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Gestão e Empreendedorismo

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Gestão e Empreendedorismo

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Professor conteudista: Eliomar Borges Furquin

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SumárioGestão e EmpreendedorismoUnidade I

1 DEFINIÇÃO E HISTÓRICO DO EMPREENDEDORISMO – O ESPÍRITO EMPREENDEDOR ...........22 DEFINIR – EMPREENDEDORISMO PODE SER APRENDIDO? ............................................................73 PLANEJAMENTO ............................................................................................................................................... 104 CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR ............................................................................................... 155 EMPREENDEDORISMO – CORPORATIVO ............................................................................................... 18

Unidade II

6 PLANO DE NEGÓCIOS (PN): UMA VISÃO GERAL - O QUE É E PARA QUE SERVE? ................ 227 ESTRUTURA DO PLANO DE NEGÓCIOS ................................................................................................... 258 PESQUISA DE MERCADO .............................................................................................................................. 269 PLANEJAMENTO FINANCEIRO (PF) ........................................................................................................... 2810 DESENVOLVIMENTO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS ........................................................................ 30

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APRESENTAÇÃO

Caro aluno:

A ideia de espírito empreendedor está associada a pessoas realizadoras, que mobilizam recursos e correm riscos para iniciar organizações de todos os tipos. Embora existam empreendedores em todas as áreas da ação humana, em seu sentido restrito o conceito refere-se às pessoas que criam empresas - organizações, pessoas criativas que colocam e praticam suas habilidades no mundo dos negócios. O espírito empreendedor envolve emoção, paixão, impulso, inovação, risco e intuição. Mas deve também reservar um amplo espaço para a racionalidade. Saber localizar metas e objetivos globais e localizar os meios adequados para “chegar lá”, da melhor maneira possível. Isso significa estratégia. Entender o que é “negócio” é um dos principais objetivos desta disciplina, pois a partir deste entendimento, iremos conseguir entender melhor qual o nosso propósito e qual o verdadeiro significado do espírito empreendedor. Estabeleceremos alguns objetivos tais como:

a) adquirir conhecimentos sobre os fundamentos da gestão e do empreendedorismo e permitir o conhecimento das principais práticas de gestão aplicadas pelas organizações (com ou sem fins lucrativos), tendo em vista a busca da excelência de desempenho;

b) buscar fazer com que os alunos possam produzir, a partir das informações, os conhecimentos necessários para o desenvolvimento das seguintes competências:

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• senso de empreendedorismo;

• senso de responsabilidade social como um futuro empreendedor;

• senso crítico e capacidade de contextualização;

• capacidade de identificar, analisar e solucionar problemas.

Boa leitura!

É de extrema importância que o aluno consulte os sites abaixo para poder se atualizar com os conceitos do empreendedorismo.

www.marciorangel.com.br/artigos.htm

www.empreenderparatodos.adm.br

www.dolabela.com.br

www.endeavor.org.br

www.starta.com.br

www.sebrae.com.br

www.redeincubar.org.br

www.planodenegocios.com.br

www.seusnegocios.com.br

www.geranegocio.com.br

1 DEFINIÇÃO E HISTÓRICO DO EMPREENDEDORISMO – O ESPÍRITO EMPREENDEDOR

Abrir mão da carteira assinada para tocar a própria empresa é uma opção feita por milhares de trabalhadores a cada ano. Quer se juntar a eles?

A pessoa que assume o risco de começar uma empresa é um empreendedor. Empreendedor do latim imprendere, que

Objetivo específico - ao concluir este módulo, você vai ser capaz de compreender o que é ser empreendedor.

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significa “decidir realizar tarefa difícil e laboriosa” (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, 2001), “colocar em execução” (Dicionário Aurélio, 1975). Tem o mesmo significado da palavra francesa entrepreneur, que deu origem à inglesa entrepreneurship (comportamento do empreendedor).

A ideia de um espírito empreendedor está de fato associada a pessoas realizadoras, que mobilizam recursos e correm riscos para iniciar organizações de negócios.

Abrir um empreendimento significa, para o trabalhador, a passagem para o outro lado da relação de trabalho. É preciso, pois, além de ter espírito empreendedor, preparar-se para trilhar esse novo caminho, que, embora difícil, pode ser compensador e resultar em sucesso pessoal e independência econômica.

Em uma reportagem da Revista Exame, de agosto/2000 n°. 721, foram explanados alguns conceitos importantes para o futuro empreendedor.

A reportagem é de David Cohen e contou com a colaboração de Suzana Naiditch e José Maria Furtado. Site: www.exame.com.br

“Como empreender entendemos a vontade e aptidão para

realizar algo. O espírito empreendedor não escolhe credo, cor, ou raça. É ele um dos fatores essenciais para aumentar a riqueza do país e melhorar as condições de vida de seus cidadãos. Essa afirmação leva imediatamente a duas questões. A primeira: o que é espírito empreendedor? E a segunda: é possível ensinar uma pessoa a se tornar empreendedora?”

Mitos sobre empreendedores

Mito 1

Empreendedores nascem feitos.

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Embora empreendedores nasçam com certa inteligência, vontade de criar e energia, sua formação depende da acumulação de habilidades relevantes, experiência, contatos.

Mito 2

Qualquer um pode começar um negócio.

Realidade

Pode. Sobreviver e florescer é a questão. Empreendedores que entendem a diferença entre uma ideia e uma oportunidade e pensam grande têm mais chances de serem bem-sucedidos.

Mito 3

Dinheiro é o fator mais importante para montar uma empresa.

Realidade

Se as outras peças e o talento estão no lugar, o dinheiro virá. Dinheiro é como o pincel e a tinta para um pintor - materiais que, nas mãos certas, produzem maravilhas.

Mito 4

Empreendedores não têm chefe e são completamente independentes.

Realidade

Todo mundo é chefe do empreendedor: seus sócios, investidores, clientes, fornecedores, empregados, família, comunidade. Mas os empreendedores podem escolher as exigências que vão atender, e quando.

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Empreendedores devem ser jovens e cheios de energia.

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Essas qualidades podem ajudar, mas idade não é barreira. O que é crítico é possuir conhecimento relevante, experiência e contatos que facilitem reconhecer e agarrar uma oportunidade.

Mito 6

Empreendedores trabalham mais do que executivos de grandes companhias.

Realidade

Alguns trabalham mais; outros, não.

Mito 7

Empreendedores são “lobos solitários”.

Realidade

Os empreendedores mais bem-sucedidos são líderes que constroem grandes equipes e ótimos relacionamentos com pares, diretores, investidores, clientes, fornecedores e outros.

Mito 8

Empreendedores são jogadores.

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Empreendedores bem-sucedidos calculam muito bem os riscos. Eles tentam influenciar o jogo de probabilidades, frequentemente atraindo outros para dividir os riscos com eles.

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Qualquer empreendedor com uma boa ideia pode atrair investimentos de risco.

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Nos Estados Unidos, apenas entre 1 e 3 em cada 100 empreendedores com boas ideias conseguem atrair capitalistas de risco.

Mito 10

Empreendedores querem o show todo só para eles.

Realidade

Privilegiar o próprio ego coloca um teto nas possibilidades de crescimento. Os melhores empreendedores geralmente sabem construir um time, uma organização, uma companhia.

Mito 11

Empreendedores sofrem um estresse tremendo.

Realidade

Sem dúvida, mas não há evidências de que o empreendedor sofra mais estresse do que outros profissionais com muita responsabilidade. A maioria dos empreendedores, ao contrário, acha seu trabalho muito satisfatório.

O Brasil é um país de empreendedores, os dos pequenos, dos médios e dos grandes empreendimentos, parece que é um talento nato do nosso povo. Porém, a vida de um empreendedor não é fácil, e ainda é preciso saber se você tem disposição para enfrentar as barras que acompanham esta opção.

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2 DEFINIR – EMPREENDEDORISMO PODE SER APRENDIDO?

Se você está pensando em ter seu próprio negócio, veja aqui como descobrir e aprimorar seu potencial para um caminho de sucesso. A essência do empresário de sucesso é a busca de novos negócios e oportunidades, e a preocupação sempre presente com a melhoria do produto. Enquanto a maior parte das pessoas tende a enxergar apenas dificuldades e insucessos, o empreendedor deve ser otimista e buscar o sucesso, a despeito das dificuldades.

Iniciativa pessoal e disciplina

Uma vez que decido fazer algo, farei mesmo e nada pode me deter?

Quando começo uma tarefa, estabeleço metas e objetivos

claros para mim mesmo?

Depois de uma grande decepção em um projeto, sou capaz de juntar os pedaços e começar de novo?

Normalmente sou capaz de achar mais de uma solução para um problema?

Acredito que é importante organizar minhas tarefas antes de começá-las?

Constantemente fico pensando em novas ideias? Posso me concentrar em um assunto por longos períodos de

tempo?

Encontro energia adicional quando assumo tarefas de que gosto?

Objetivo específico - ao concluir este módulo, você vai ser capaz de saber se tem um “tino” para o negócio.

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Normalmente trabalho longas horas para finalizar uma tarefa?

Comportamento geral

Quando faço um bom trabalho, fico satisfeito de saber que foi bem feito?

Gosto da sensação de estar no comando?

Quando penso no futuro, vejo-me gerenciando o meu próprio negócio?

Tento fazer um trabalho ainda melhor do que esperam de mim?

Satisfação pessoal significa mais para mim do que ter dinheiro para gastar comigo mesmo?

Sempre tento achar o lado benéfico de uma má situação?

Persisto quando os outros me dizem que não pode ser feito?

Gosto de ser capaz de tomar minhas próprias decisões no trabalho?

Posso aceitar falhas, mas não admito a derrota?

Empenho-me em usar erros do passado como processos de aprendizado?

Acho que respostas a problemas vêm intuitivamente?

Prefiro tomar as decisões finais?

Cuidado

Algumas pessoas superestimam as vendas iniciais, fazem despesas demais e se comprometem com financiamentos,

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contando em pagá-los com o faturamento, o que nem sempre acontece.

Outras escolhem o negócio certo, mas o instalam no local errado. Muitos erram na qualidade, no preço do produto ou, ainda, no atendimento e são engolidos pela concorrência. O importante, porém, é perceber que a maior parte desses e de outros erros pode ser evitada planejando-se o negócio.

Nos últimos anos, as escolas de todos os ciclos bem como a maioria das universidades de todo o Brasil, têm dedicado atenção especial à introdução de disciplinas relativas ao empreendedorismo em sala de aula. Fruto, principalmente, das novas configurações político-econômicas do planeta.

Movimento crescente

Nesse cenário, iniciativas que trabalhem com o incentivo ao ensino do empreendedorismo têm sido bem vistas. Não apenas porque o tema ainda é incipiente e precisa desse apoio para crescer, mas também para trabalhar com uma mudança na cultura dos jovens, ainda ligados à lógica da estabilidade das grandes companhias. Antigamente, quando as pessoas saíam da faculdade estavam automaticamente empregadas em uma empresa de porte.

Uma parte significativa dos alunos (dos mais variados cursos) tem se interessado pelo tema ao se chocar com a realidade do mercado. Entre os alunos, o empreendedorismo é uma disciplina que tem um grau de aceitação grande. O empreendedorismo é uma opção de carreira muito interessante para o jovem que sai da faculdade e não encontra emprego e também para a escola que tem a oportunidade de fomentar um aspecto social muito grande.

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3 PLANEJAMENTO

Planejar consiste em tomar três tipos de decisões:

• definir o objetivo – qual situação deverá ser alcançada;

• definir um ou mais cursos de ação – caminhos para atingir o objetivo;

• definir meios de execução – previsão dos recursos necessários para realizar o objetivo.

As decisões deste tipo, que afetam o futuro da empresa a longo prazo, são decisões de planejamento estratégico.

O planejamento estratégico irá definir qual será a direção da empresa e qual será a sua forma de competir com outras empresas do mercado. É o processo de tomada de decisões. Toda empresa tem de ter estratégia e planejamento estratégico. Quando um empreendedor decide iniciar um negócio, a partir de uma ideia de produto ou serviço, já está fazendo planejamento estratégico:

• a escolha de um negócio – base para o planejamento estratégico;

• a empresa cresce e consequentemente as práticas de planejamento estratégico evoluem, sustentando, assim, seu desenvolvimento.

Processo de elaboração de um plano estratégico:

a) análise da missão e da situação estratégia – onde estamos?

b) análise externa – ameaças e oportunidades do mercado;

c) análise de pontos fortes e fracos da empresas;

d) definição da estratégia – para onde devemos ir?

Objetivo específico - ao concluir este módulo, você vai ser capaz de elaborar um plano de ação.

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Análise da missão

O primeiro segredo para o sucesso de uma empresa é definir a verdadeira natureza do negócio, porque um empreendimento só irá surgir se você tiver os objetivos do mesmo bem definidos; caso contrário você não terá uma empresa. Estamos falando do primeiro passo para elaboração do planejamento estratégico.

Mesmo as empresas que atuam com “negócios de oportunidade” são consideradas negócios, pois estão atingindo os objetivos do empreendimento. Porém não são todas as empresas que conseguem se definir, porque não tomam um verdadeiro posicionamento no mercado. Ficam fazendo “experiências”. Algumas acertam, outras erram e acabam fechando.

Para atingir um mercado, o primeiro passo é sabermos exatamente qual é a nossa especialidade. Como citamos anteriormente, isso servirá para o desenvolvimento do processo estratégico.

Exemplo de missão de empresa, dentro de sua filosofia essencial:

“Nossa missão é colocar no mercado produtos e serviços da melhor qualidade possível para satisfação das necessidades dos clientes”.

Análise externa

Quando um avião decola, independente de qual é o seu destino, o piloto tem em suas mãos um plano de voo. Neste documento, constam informações sobre a aeronave, o aeroporto de partida, o de destino, além da rota e das condições de voo. Conhecer estes dados permite ao comandante traçar uma linha de ação clara, que ajudará a manter a segurança dos passageiros e da tripulação. Em uma empresa, o conceito é

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semelhante. Um bom planejamento permite ao empreendedor guiar o seu negócio com mais segurança para alcançar bons resultados.

Em um empreendimento, um planejamento tem a mesma função que o plano de voo em um avião. A leitura do cenário atual em que vive a economia, a política, o mercado que atua ou irá atuar é fundamental para a empresa que pretende trilhar um caminho mais estável.

O plano não é uma garantia plena de sucesso. Como em um avião, no entanto, trabalhar com um planejamento claro reduz riscos.

Análise de pontos fortes e fracos da empresa

Nesta fase da análise, devemos fazer uma revisão dos nossos pontos fracos e fortes (sim, é isso mesmo, primeiro dos seus pontos, pois você é um empreendedor) e se a empresa já existe, dos pontos da empresa. É a oportunidade de olharmos para dentro, fazendo assim uma análise sobre nossas virtudes e defeitos. Tudo é importante. Esse momento é como se nós olhássemos no espelho, relatando exatamente aquilo que está refletido nele. Após esta análise, devemos sempre ter em mente a necessidade de reler o que até aqui foi escrito e verificar o que devemos adaptar e mudar para atingir as nossas expectativas e desejos.

Você poderá utilizar as “dicas” como instrumento de trabalho:

Ambiente interno

Preciso sentir-me seguro.

Não se importe em correr riscos, ele faz parte do seu cotidiano, mas o planejamento adequado irá diminuir estes riscos.

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Simplesmente imagine uma viajem à praia, verifique quais os possíveis riscos ou “contratempos” que você poderá ter com o seu veículo da sua casa até o seu destino.

Verifique sempre:

• os pneus;

• seus documentos;

• o combustível, água e óleo do motor;

• tenha sempre uma mapa do local onde você irá;

• lista de telefones úteis;

• roupas que irá utilizar.

Você está vendo como é simples?

Lembre-se:

• identifique os benefícios que pode ter em caso de vitória;

• identifique o risco associado a cada meta, avalie a sua gravidade e as consequências do impacto. O planejamento não garante um sucesso em sua viagem, porém ele irá ajudar a diminuir os riscos.

No Brasil, 32 % dos novos empresários decidiram abrir seu próprio negócio porque estavam desempregados ou insatisfeitos no emprego. Esse é um dado que não tem muito a ver com o espírito empreendedor. Entre os empresários paulistas, 45% não procuraram identificar seus clientes antes de abrir a empresa. O principal motivo entre os empresários que faliram: 16% achavam desnecessário, 14% alegaram falta de experiência, 12% resolveram correr o risco e 8% nem sequer tinham pensado nesse assunto, isso sim é o que se pode chamar de aventura.

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Definição de estratégias: para onde devemos ir?

As organizações são compostas por pessoas que pensam e agem de forma diferente.

Não há receita de como e onde obter uma boa administração, mas, com certeza, existem formas de ação que podem contribuir para encurtar o período de busca e torná-lo mais produtivo.

É fundamental que, individualmente ou participando de grupos, disponha-se a buscar, com determinação, o maior número de informações sobre as oportunidades de trabalho da sua cidade e região.

Lembre-se de que informação é a base do conhecimento.

Você percebeu que estamos falando em trabalho, porém não estamos pensando apenas em emprego, mas em todas as formas de trabalho, isto é, você pode ser empregado, trabalhador autônomo ou dono de um negócio – o seu negócio.

É uma alternativa possível e deve ser considerada com muita atenção. Na cidade ou região onde você vive talvez existam oportunidades interessantes e promissoras de iniciar um autoempreendimento. É preciso pesquisar e procurar conhecê-las!

A decisão de tocar seu próprio negócio deve ser clara. De início, a sua decisão é o principal, e é importante também ter criatividade, organização e muita informação sobre as possibilidades existentes em sua região.

Estamos sempre buscando uma qualidade de vida melhor.

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4 CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR

Na experiência brasileira, apesar de ainda embrionário, o ensino de empreendedorismo vem crescendo muito . A adoção do método de formação de empreendedores criado pelo consultor Fernando Dolabela é um exemplo (vide seu livro O segredo de Luiza). Outro exemplo é o programa Brasil Empreendedor, lançado pelo Governo Federal, cuja meta é capacitar mais de dois milhões de empresários. “Também a chegada de investidores estrangeiros está multiplicando o número de incubadoras de empresas e cursos de empreendedorismo nas universidades (havia duas incubadoras no país em 1988, 27 em 1995 e hoje há mais de 200)”.

Alguns atributos caracterizam o empreendedor:

• primeiro, sua capacidade de desenvolver uma “visão”;

• segundo, sua capacidade de persuadir terceiros com escopo de angariar recursos para concretizar sua ideia.

Algumas características comuns a todos os empreendedores

Integridade – é uma qualidade do caráter, ligada à honestidade e à coerência entre princípios e atitudes, como base do compromisso com as pessoas e com o negócio.

Liderança – é a capacidade de reunir as forças de um grupo em torno de um objetivo, transformando as pessoas em parceiros, estimulando seu crescimento e dando exemplo para manter a motivação elevada.

Comunicação e relacionamento – é a capacidade de expressar de forma clara as próprias ideias e emoções, e também de ouvir os outros. Essas características auxiliam no desenvolvimento da habilidade de conviver e interagir com as outras pessoas.

Objetivo específico - ao concluir este módulo, você vai ser capaz de apontar e descrever todas as possíveis características do empreendedor.

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Senso administrativo – é a capacidade de agir para prevenir ou corrigir problemas decorrentes das variações do mercado, reconhecendo e analisando, no dia a dia, mudanças na economia e no comportamento dos clientes.

Visão de oportunidade – é o talento natural de estar sempre atento ao que acontece ao redor. É ser capaz de identificar as necessidades dos clientes e transformar isso em um negócio.

Motivação – é estar sempre disposto e entusiasmado para trabalhar em busca da realização de objetivos.

Organização/planejamento – todo empreendimento precisa ser organizado. É necessário ter metas, planejar como alcançá-las e controlar os resultados. Acompanhar sistematicamente os custos, as vendas e o desenvolvimento das metas faz parte do dia a dia do empreendedor. Quem não for capaz de organizar-se tem poucas chances de ser um bom empresário.

Determinação/perseverança – é ser capaz de enfrentar e superar as dificuldades sem se deixar abater, tendo claro que obstáculos podem surgir e vencê-los é a condição para atingir os objetivos.

Criatividade/inovação – é a capacidade de buscar soluções novas e adequadas para os problemas, de estar o tempo todo procurando as melhores formas de atender os desejos do cliente, melhorando a qualidade e reduzindo os custos.

Iniciativa – é a capacidade de, ao perceber um problema ou detectar uma oportunidade, agir rapidamente para solucioná-lo ou aproveitá-la.

Riscos

Abrir uma empresa é uma decisão que envolve mais riscos do que a vida com carteira assinada, mas que pode trazer em troca

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a sensação de vitória que só as conquistas pessoais são capazes de proporcionar. Aos interessados, um aviso, 56% dos pequenos e micronegócios fecham antes de completar cinco anos. O alto porcentual, divulgado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE-SP), mostra que todo cuidado é pouco quando se trata de montar um empreendimento. “Ninguém nasce empreendedor. Todo mundo precisa ter noções de gerenciamento antes de aventurar-se”, afirma José Luiz Ricca, diretor superintendente do SEBRAE-SP.

Causas para esta realidade:

• deficiências no planejamento;

• falhas na gestão;

• brigas entre sócios.

Respostas claras e antecipadas para algumas questões (abaixo) serão de extrema importância para as decisões do empreendedor:

1 – Definir claramente o seu ramo de negócio. Será que esse tipo de negócio é o que você realmente deseja e para o qual tem mais vocação e capacidade?

2 – Que produtos ou serviços pretende comercializar? As pessoas estão interessadas em comprar o que eu pretendo vender?

3 – O preço do produto/serviço que pretendo vender é o ideal?

4 – Qual é o número mínimo de produtos/serviços que devem ser comercializados para não levar a firma à falência?

5 – Qual o local ideal para “tocar” o negócio?

6 - Quem serão os seus clientes?

7 - Quem serão os seus eventuais concorrentes?

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8 - Qual o preço de venda desses concorrentes e como eles atuam?

9 - De quanto dinheiro você vai precisar?

As respostas para essas e outras perguntas significam a forma de planejar o seu negócio (vide módulo 3). E, lembre-se, uma das principais causas de falência das pequenas e microempresas tem sido a falta de planejamento.

Como você pode notar, abrir o seu próprio negócio requer um planejamento.

Peter Drucker disse que a finalidade do processo de planejamento é enfrentar a incerteza do futuro.

Sabemos que somente uma parte do futuro é incerta ou desconhecida. Outra parte é conhecida e previsível. As duas situações exigem preparação, senão a empresa fará parte da estatística apontada pelo SEBRAE, ou será atropelada pelos acontecimentos.

O julgamento do desempenho de uma moderna administração possui dois aspectos do planejamento: determinar os objetivos “certos” e, em seguida, escolher os meios “certos” de alcançar os objetivos. Ambos os aspectos do planejamento são vitais para o processo de empreendedorismo.

5 EMPREENDEDORISMO – CORPORATIVO

Definição - conceito

O empreendedorismo corporativo, ou seja, aquele praticado dentro das organizações, e que foi “batizado” pelo professor americano Guifford Pinchot III de intrapreneurship, ou intraempreendedorismo, em português, não é um fenômeno

Peter Ferdinand Drucker (nasceu em 19 de novembro de 1909, em Viena, Áustria - faleceu em 11 de novembro de 2005, em Claremont, Califórnia, EUA). Era filósofo e administrador austríaco, sendo considerado o pai do marketing moderno e também da administração moderna. É o mais renomado dos pensadores de administração.

Fonte: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Peter_Drucker>.

Leitura recomendada: os livros de Peter Drucker Desafios Gerenciais para o século XXI e Administrando em tempos de grandes mudanças, ambos editados pela Thomson Pioneira.

Objetivo específico - ao concluir este módulo, você vai ser capaz de compreender como pode ser um intraempreendedor, e contribuir para aumentar a competitividade da empresa onde trabalha.

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recente. Pelo contrário, nos últimos cem anos diversas empresas tiveram no comportamento empreendedor e na consequente geração de inovações a base para o sucesso.

Este tema passou a despertar muito interesse no mundo empresarial no momento em que passamos a conviver com a globalização. Você percebeu que tudo o que tratamos nos negócios está relacionado com a concorrência e a competitividade da organização?

A mudança é necessária dentro da organização. Hoje preço baixo não é mais sinônimo de sucesso em vendas (vide as lojas de R$ 1,99).

É aí que entra o comportamento empreendedor. Profissionais com iniciativa, visionários, sem medo de tentar e que aprendem com os erros, determinados, criativos, ousados e capazes de mobilizar recursos e implementar novos negócios dentro do ambiente corporativo, são a única forma de se estabelecer essa vantagem competitiva definitiva.

Hoje dentro das universidades trabalhamos com uma disciplina chamada Organização do Futuro, e é exatamente sobre isso que estamos falando. Se a sua empresa quer realmente fazer parte do futuro ela deve, imediatamente, mudar.

Hashimoto (2006) comenta que os novos negócios, criados pelas empresas de forma isolada do resto da organização, normalmente são linhas de negócios ou produtos com poucas aderências aos produtos e negócios já existentes.

O empreendedorismo corporativo possui uma ampla gama de aplicações. É muito difícil afirmar categoricamente que uma empresa é ou não intraempreendedora. Qualquer funcionário que por iniciativa própria promova alguma mudança dentro ou fora do seu escopo de trabalho, para o qual ele não é originalmente

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O conceito não se resume unicamente à criação e desenvolvimento de novos produtos, ele indica qualquer norma de proposição de mudanças e melhorias na organização que, de alguma forma, se traduz em aumento de valor para o cliente ou para o acionista (Hashimoto, 2006, p. 8).

Alguns pontos para reflexão quanto ao conceito de empreendedorismo corporativo, conforme Hashimoto:

• Uma boa ideia por si só não se transforma em resultado sem um estudo de viabilidade, um planejamento de implementação, investimentos, ajustes e acompanhamento. O sucesso está diretamente relacionado com a eficácia das ações.

• Muitas vezes um problema grave da organização serve como estopim para a revisão de paradigmas e pressupostos que levam a um processo de ruptura e busca de novos conceitos para aumentarem a competitividade e a eficácia. Mais uma vez, o valor do esforço pela necessidade de sobreviver.

• As empresas estão descobrindo que inovação é gerada por gente e não por tecnologia. Iniciativas, equipes autogeridas, liderança situacional, descentralização, remuneração variável, entre outras, são, na verdade, iniciativas que promovem o empreendedorismo interno.

• Permitir que as pessoas tenham a liberdade de conduzir iniciativas pessoais e não só ignorar os fracassos daí decorrentes, mas incentivar o erro como processo de aprendizado não é fácil de implementar em nenhuma empresa.

• Há uma necessidade crescente de promover uma cultura interna de inovação como fonte de competitividade,

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evidenciando que as cabeças pensantes dos departamentos de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) não estão dando conta da demanda por novidades e melhorias nos produtos e serviços oferecidos no mercado.

Aplicação empresarial

Para que você tenha realmente a ajuda das pessoas, é preciso que isso seja recíproco. O importante é usar novas maneiras de trabalhar com as pessoas adotando o compartilhamento de ideias e objetivos. Isto é empowerment.

Empowerment é uma abordagem de projeto de trabalho que objetiva a delegação de poder de decisão, autonomia e participação dos funcionários na administração das empresas. Analisa-se o desenvolvimento do empowerment por meio dos estágios evolutivos das áreas de gestão, das configurações organizacionais, das estratégias competitivas, da gestão de recursos humanos e da qualidade.1

Alguns fundamentos irão nos ajudar a entender melhor o que devemos fazer e propiciar dentro da organização:

• delegação de responsabilidade;

• liberdade para trabalhar;

• atividade grupal;

• auto avaliação - empregado e empresa (clima organizacional).

1 Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Empowerment.

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