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GUIA ESPECIAL 2 JORNAL DO JAN/FEV 2005 ANO XIX Nº 652 SEG 31 TER 1 QUA 2 QUI 3 SEX 4 SÁB 5 DOM 6 sintufrj.org.br [email protected] Bactérias na refeição Análises de professores dos institutos de Microbiologia e de Nutrição detectaram a pre- sença de bactérias nos alimentos servidos no restaurante Prato Pronto, no Centro de Ciência da Saúde (CCS). O decano João Ferreira afirma que há vários processos contra o restaurante. Página 4 A quinta edição do Fórum Social Mundial reuniu 150 mil pessoas de 69 países em Porto Alegre. Na pauta, o combate à exploração capi- talista e a luta por um mundo mais justo. Página 3 O mundo sob outra perspectiva Publicamos encarte especial com mais esclarecimentos sobre o Plano de Carreira – conquista histórica da categoria depois de jornadas de lutas. Além de um série de perguntas e respostas extraídas da página do Ministério da Educação na Internet, o Jornal do SINTUFRJ realizou cinco simulações de enquadramento no novo plano. Informações sobre prazos e procedimentos relacionados à implantação do plano também constam do encarte. Como se sabe, o SINTUFRJ elaborou uma cartilha com esclarecimentos detalhados que está à disposição dos sindicalizados na sede e nas subsedes da entidade. A cartilha pode ser acessada na nossa página - <www.sintufrj.org.br>. Fotos: Marcello Casal

GUIA ESPECIAL 2 - sintufrj.org.br · GUIA ESPECIAL 2 JORNAL DO JAN/FEV 2005 ANO XIX Nº 652 SEG 31 TER 1 QUA 2 QUI 3 SEX 4 SÁB 5 DOM 6 sintufrj.org.br [email protected]

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GUIAESPECIAL 2

JORNAL DO

JAN/FEV 2005 ANO XIX Nº 652 SEG 31 TER 1 QUA 2 QUI 3 SEX 4 SÁB 5 DOM 6 sintufrj.org.br [email protected]

Bactérias na refeiçãoAnálises de professores dos institutos de

Microbiologia e de Nutrição detectaram a pre-sença de bactérias nos alimentos servidos norestaurante Prato Pronto, no Centro de Ciênciada Saúde (CCS). O decano João Ferreira afirmaque há vários processos contra o restaurante.Página 4

A quinta edição do FórumSocial Mundial reuniu 150mil pessoas de 69 países emPorto Alegre. Na pauta, ocombate à exploração capi-talista e a luta por um mundomais justo. Página 3

O m

undo sob outra perspectiva

Publicamos encarte especial com mais esclarecimentos sobre o Plano de Carreira – conquista histórica da categoria depoisde jornadas de lutas. Além de um série de perguntas e respostas extraídas da página do Ministério da Educação na Internet, oJornal do SINTUFRJ realizou cinco simulações de enquadramento no novo plano. Informações sobre prazos e procedimentos

relacionados à implantação do plano também constam do encarte. Como sesabe, o SINTUFRJ elaborou uma cartilha com esclarecimentos detalhados queestá à disposição dos sindicalizados na sede e nas subsedes da entidade. Acartilha pode ser acessada na nossa página - <www.sintufrj.org.br>.

Fotos: Marcello Casal

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JORNAL DO SINDICATODOS TRABALHADORESEM EDUCAÇÃO DA UFRJ

Coordenação de Comunicação Sindical: Antonio Gutemberg Alves do Traco, Neuza Luzia e Gerusa Rodrigues / Conselho Editorial: Coordenação Geral e Coordenaçãode Comunicação / Edição: L.C. Maranhão / Reportagem: Ana de Angelis, Lili Amaral e Regina Rocha. Estagiária: Elisa Monteiro / Projeto Gráfico: Luís Fernando Couto/ Diagramação: Luís Fernando Couto, Caio Souto / Ilustração: André Amaral / Fotografia: Niko Júnior/ Revisão: Roberto Azul / Secretária: Kátia Barbieri/ Tiragem:11 mil exemplares / As matérias não assinadas deste jornal são de responsabilidade da Coordenação de Comunicação Sindical / Correspondência: aos cuidados daCoordenação de Comunicação. Fax: 21 2260-9343. Tels: 2560-8615/2590-7209 ramais 214 e 215.

Cidade Universitária - Ilha do Fundão - Rio de Janeiro - RJCx Postal 68030 - Cep 21944-970 - CGC:42126300/0001-61

Doispontos

Minerva homenageia LessaVeja a letra do samba do bloco Minerva Assanhada (UFRJ), que desfila na manhã de

sábado de carnaval na Avenida Rio Branco.

É COM LESSA QUE EU VOUautores: ROBERTO MEDRONHO/TONINHO LEDO/ROBERTO SERRÃOJÁ NÃO CAIO MAIS NESSAVOU ME REBELARCOMO BEM DIZ O LESSAEU NÃO VOU ME CALARENSINANDO COM ARTE, A TEORIA:“QUEM MISÉRIA REPARTE,NÃO CONSTRÓI ALEGRIA” A GANÂNCIA DOS JUROS, TÁ AÍ

SE PRA ELITETEM SCOTCH E CAVIARVOU RESISTINDOCOM O DIREITO DE SONHARO CAPITAL DESMORONOUA BOLSA RODOUE A MINERVA SE ASSANHOU FOGO CRUZADO NA ECONOMIA

Hesfa:decisão adiada

O conselho do Centro de Ciências da Saúde(CCS) de segunda-feira, dia 24, prorrogou pelasegunda vez consecutiva a discussão sobre o im-passe do processo eleitoral do Hospital EscolaSão Francisco de Assis. O conselho continuaaguardando o parecer do departamento jurídicoda universidade, antes de incluir a pauta na ses-são. Até que a questão seja resolvida, a diretoraprotempore do Hesfa, Ângela Maria de Abreu,continua responsável pela unidade. Relatório defuncionários apontaram várias irregularidadesno processo eleitoral, tais como:

- Durante as eleições, o colégio eleitoral foialterado, com a inclusão de nomes fora dos crité-rios estipulados pelo regimento eleitoral.

- Durante as eleições, foram apresentadasduas listagens diferentes, sendo ambas incom-pletas e contendo nomes (de aluno) sem identi-ficação institucional ou repetidos

- Há registro de discentes, que possuem pesoeleitoral de 15% neste processo, votando comodocentes, cujo peso equivale a 50% do processo.

- Houve interferência da atual direção do hos-pital-escola no processo eleitoral. A segunda co-missão eleitoral foi nomeada diretamente peladiretora do Hesfa, Ângela Maria de Abreu.

Depois de muita luta dos funcioná-rios da garagem e do SINTUFRJ, final-mente a Hollos do Brazil (empresa encu-bada do Pólo Náutico) foi transferida doSetor de Transportes da UFRJ para outrolocal. A nova sede da Hollos será umgalpão do Metrô, localizado a 500 me-tros do alojamento universitário. As ati-vidades da empresa foram paralisadasna sexta-feira, dia 21, quando terminou apintura do último barco e parte de seusequipamentos foram removidos. O res-tante da Hollos foi retirado da garagemna semana passada.

De acordo com João Francisco deSouza, chefe do setor, o único empecilhoque resta agora para que a garagem re-cupere cem por cento de seu espaço físi-co é a transferência da linha telefônica.“AHollos alega que não pode retirar o con-

têiner que serve como escritório da empresa até que a linha seja transferida, mas o pedido já foi feito aTelemar”, disse João.

Mas a expectativa do SINTUFRJ é de que este processo seja rápido. “Desta vez a Hollos saiu dagaragem para valer”, comemorou Antônio de Assis, coordenador de Políticas Sociais do SINDICATO. Asaída da Hollos é uma reividicação dos funcionários da garagem, que há três anos convivem com aexposição de substâncias nocivas à sua saúde utilizadas na fabricação de barcos (FOTOS).

Concursados vão passarpor treinamento

Todos os concursados em processo de admissão naUFRJ vão passar por um período de treinamento antes deserem destinados às unidades. A informação é do pró-rei-tor de Pessoal, Luiz Afonso Mariz. “Um servidor que vaitrabalhar na pós-graduação do Museu Nacional, por exem-plo, tem que conhecer quesitos mínimos que digam respei-to a um programa de pós. O mesmo se dá com programasde graduação. É preciso que passem por um treinamentoantes”, afirma Mariz, explicando que os concursados estãoainda apresentando documentos e realizando exames naDVST. Ele acredita que até março os novos funcionários jáestarão em atividade.

A PR-4 já tem uma planilha com as solicitações dasunidades – a demanda é de quase mil pessoas – para desti-nação dos aprovados. “Combinamos de discutir isso naequipe e depois, no CSCE. A prioridade é para as seções deensino de graduação e pós-graduação. Mas não há nadadefinido”, diz Luiz Afonso. O pró-reitor espera definir asnormas de lotação dessas pessoas ainda em fevereiro.

Mas, segundo ele, isso não impede que profissionaiscom habilitação específica possam tomar posse antes –como músicos, que vão logicamente para a Escola de Músi-ca, ou bibliotecários, que irão para o Sistema de Bibliotecase Informação da UFRJ (Sibi), e impressores, para a Gráfica.Segundo Mariz, estes não têm por que esperar muito, umavez que já têm destinação definida e podem tomar posseainda em meados de fevereiro. Mesmo que depois hajauma solenidade para todos.

SÓ PAGA O PATOQUEM NÃO DEVIA

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SÓ PAGA O PATOQUEM NÃO DEVIA

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CARLOS LESSA. Ex-reitor da UFRJ defenestrado por Lula do BNDES

Garagem: vitória dos funcionáriosEmpresa poluidora que ocupava terreno

noSetor deTtransportes finalmente é transferida

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A quinta edição do FórumSocial Mundial que terminanesta segunda-feira, dia 31,mostrou vigor político e ba-teu o recorde de participação:cerca de 150 mil pessoas fo-ram a Porto Alegre discutiralternativas políticas ao neo-liberalismo em busca de ummundo mais justo. Entidadesdo movimento social domundo todo estiveram pre-sentes – o SINTUFRJ foi re-presentado por uma delega-ção de 40 pessoas. O presi-dente Lula discursou e divi-diu a platéia no ginásio Gi-gantinho: uns vaiaram; ou-tros aplaudiram.

Em relação ao anterior, oevento também superou asexpectativas em número deatividades: mais de duas milpromovidas por 5,7 mil orga-nizações, redes e movimen-tos sociais de 122 países. Naabertura do fórum mais de200 mil pessoas integraram acaminhada pela paz. Mais decinco mil jornalistas de 69países dos cinco continentescobriram a reunião. Em 2004,a cobertura do fórum na Ín-dia foi feita por 3.200 profis-sionais de comunicação.

Os quatro quilômetros daorla do rio Guaíba foram ocu-pados pelos 11 Espaços Te-máticos, dispostos em 150mil metros quadrados de

MUNDO

Na sua quinta versão, FSM mostra vigor político e reúne 150 mil pessoas em Porto Alegre

Fórum bate recorde

Novidade nos serviçosEste ano, uma novidade do fórum foi a contratação de

serviços via movimentos de Economia Popular e Solidária,que receberam R$ 2 milhões dos R$ 14 milhões do orça-mento total do evento. Mais de 1.500 trabalhadores deempreendimentos autogestionários foram requisitadospara o atendimento de demandas de alimentação, confec-ção e reciclagem de lixo, entre outras necessidades.

ESCOLHA DOS TEMAS - Esta edição do FSM inaugurouuma nova metodologia de escolha dos temas debatidos. Adefinição dos 11 Espaços Temáticos obedeceu a uma am-pla consulta pública feita a aproximadamente seis mil enti-dades que mostraram interesse em construir o evento co-letivamente. A pesquisa foi efetuada através da internet ecom papel impresso em localidades não conectadas à web.Mas a tarefa de organização das atividades ficou sob aresponsabilidade das entidades, em caráter de autogestão,cabendo ao COB organizar a abertura e o encerramento dofórum, como também criar as condições necessárias para aorganização do evento.

área construída — o equiva-lente a 18 estádios de futeboldo tamanho do Maracanã. Nototal, foram 498 espaços tem-porários — 203 salas eauditórios com capacidadeentre 50 e mil lugares e 295tendas para outras atividadese serviços —, sendo que 80%foram montados com lonase, no restante, foi empregadatécnica de bioconstrução ematerial reciclado. Toda aobra custou R$ 4,4 milhões eos 1.900 trabalhadores leva-

ram 44 dias para concluí-la.INFRA-ESTRUTURA –

Para atender minimamenteos participantes do 5º FSM,foi montada uma estruturacom 700 computadores,mais de 1.000 pontos deacesso à Internet, 30 cyber-cafes, 11 centrais de infor-mação, 4 espaços de atendi-mento à saúde, 600 sanitá-rios químicos, 4 praças dealimentação, 60 quiosquespara lanches e 1 feira deabastecimento.

PREOCUPAÇÕES MÚLTIPLAS. Outro detalhe da manifestação que abriu o Fórum

NAS RUAS DE PORTO ALEGRE. A marcha de abertura do Fórum. Lula discursou para platéia dividida entre aplausos e vaias

Fotos: Marcello Casal

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Uma comissão constituí-da pela Decania do Centro deCiências da Saúde (CCS), in-tegrada por um professor doInstituto de Microbiologia edois do de Nutrição, detec-tou a presença de bactériasem alimentos servidos norestaurante Prato Pronto, naPraça da Alimentação. O le-vantamento adotou os mes-mos critérios utilizados pelaVigilância Sanitária. Segundoo decano João Ferreira, alémda questão de higiene, há ain-da vários processos contra orestaurante por inadimplên-cia. “Os estudantes chamamo restaurante de 'podrão',mas vão comer mesmo as-sim, porque vende comidabarata. Mas não se sabe ascondições em que é prepara-da”, comentou Ferreira.

Os professores não en-contraram a nutricionista res-ponsável. Eles analisaramfrutas e hortaliças – alimen-tos em que é fácil detectar onível de cuidado com a higi-ene. O laudo do grupo foiapresentado ao Conselho deCentro em dezembro. Mem-bros do colegiado disseramque vão levar o caso ao Con-selho Regional de Nutrição.O decano informou que o re-sultado foi entregue à Pró-Reitoria de Planejamento eDesenvolvimento.

O pró-reitor Joel Teodó-sio considerou muito grave oresultado apontado pelo lau-do do Instituto de Microbio-logia e pelo Instituto de Nu-trição, e informa que está to-mando as providências, atémesmo para a reintegraçãode posse da área exploradapelo restaurante. A PR-3 vaientregar o estudo à Vigilân-cia Sanitária.

ESTUDO MOSTRA RISCOÀ SAÚDE - A direção do Insti-tuto de Nutrição encaminhouà Decania do CCS o parecerda inspeção realizada pelacomissão nas dependênciasdo restaurante Prato Pronto:“As condições de funciona-mento do referido restauran-te estão em desacordo com

ALIMENTAÇÃO

Refeição com bactériasRelatório de professores dos institutos de Microbiologia e de Nutrição condena restaurante do CCS

O bandejão vem aíFinalmente foi fechado o convênio entre a UFRJ e o

Banco do Brasil que prevê a destinação de R$ 2.411.934,00para a construção do restaurante universitário e projetosde divulgação institucional.

O convênio foi assinado na terça-feira, 25, pelo reitorAloísio Teixeira, pelo pró-reitor de Planejamento e Desen-volvimento (PR-3), Joel Teodósio, pelo pró-reitor de Ex-tensão (PR-5), Marco Antônio França, pelo presidente daFUJB, Raymundo de Oliveira, e pelo superintendente esta-dual do BB Danilo Angst. Segundo Teodósio, nesta semanaserá realizada a primeira reunião entre engenheiros doBanco, a PR-3 e o Escritório Técnico da Universidade (ETU)para acertar pontos do projeto. O pró-reitor avalia que orestaurante pode estar pronto ainda este ano.

A equipe do ETU já vem desenvolvendo um projeto queprevê a construção de um restaurante ao lado da Escola deEducação Física, em frente do Instituto de Nutrição, comestrutura e equipamentos que permitam a oferta de 2.500refeições por dia. O restaurante servirá como cozinha cen-tral para abastecer os refeitórios que futuramente serãoinstalados em outros pontos da UFRJ.

A gestão dos recursos será feita pelo Comitê Gestor doFundo de Patrocínio do BB à UFRJ constituído pelos pró-reitores das áreas 3 e 5, pelo gerente da Agência da UFRJ epelo superintendente regional de Duque de Caxias.

os padrões mínimos de qua-lidade exigidos pela legisla-ção vigente”, diz o relatório.

Quanto à classificação doestabelecimento, de acordocom a auditoria, menos de 5%dos 151 itens avaliados esta-vam de acordo com os critériosestabelecidos pela Agência Na-cional de Vigilância Sanitária.

A análise dos padrões mi-crobiológicos dos alimentossobre três amostras de sala-da de verduras e legumescrus sem tempero e sem mo-lho prontas para consumoem três dias consecutivosmostrou que estas apresen-tam condições sanitárias in-satisfatórias. As três amostras

estavam impróprias paraconsumo humano por apre-sentarem contagem de coli-formes fecais acima dos pa-drões legais vigentes.

“O estabelecimento nãoapresenta condições higiêni-co-sanitárias e de infra-estru-tura para adequada produ-ção e comercialização de ali-

mentos. As amostras de ali-mento analisadas estavamfora dos padrões microbioló-gicos vigentes. Este conjuntode resultados mostra que acomercialização de alimentospelo restaurante Prato Pron-to vem oferecendo risco dire-to à saúde dos consumido-res”, conclui a análise.

DE ARREPIAR.A comissão queexaminou ascondições de higienedo Prato Pronto, noCCS, incluiu no seurelatório fotoscontundentes. Elasdenunciam a falta derespeito comcentenas de pessoas(funcionários,professores,estudantes) queconsomemdiariamente asrefeições dorestaurante

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Depois de reunião contro-versa, com a presença do rei-tor Aloísio Teixeira, o conse-lho do Centro de CiênciasMatemáticas e da Natureza(CCMN) referendou memo-rando enviado pela decanaÂngela Rocha à Reitoria, emque comunica oficialmente areeleição do atual coordena-dor do Núcleo de Comunica-ção Eletrônica (NCE), SérgioRocha. Na mesma reunião, oreitor fixou o prazo de seismeses para que seja elabo-rado um projeto acadêmicoque aprofunde a integraçãodo NCE à universidade. Neu-za Luzia, coordenadora doSINTUFRJ, destacou duaspreocupações: o respeito aoresultado eleitoral e a garan-tia de que, de fato, sejam dis-cutidos as mudanças no Nú-cleo. “Entendo que essa reu-nião limpou o campo e dissi-pou dúvidas”, afirmou.

Sérgio Rocha foi reeleitonum pleito realizado nos dias16 e 17 de dezembro. Mas suanomeação pelo reitor acabounão ocorrendo, o que gerouuma crise entre setores dacomunidade do NCE e a Rei-toria. O reitor Aloísio Teixei-ra – que estendeu o mandatode Sérgio Rocha na condiçãode protempore, para evitarque o Núcleo ficasse acéfalo,- disse que, com o afastamen-to da decana (que está de fé-rias) entendeu como maisprudente esperar nova reu-nião do conselho, o que acon-teceu na quarta-feira, dia 26.“Não tenho o menor proble-ma em fazer a nomeação. Aquestão fundamental para aReitoria é discutir mudançasno NCE”, disse. “Não há ra-zões para desconfianças.Nossa gestão, mais do quequalquer outra, sempre res-peitou as decisões colegia-das”, afirmou Aloísio.

CONTROVÉRSIAS - Maisde cem técnicos-administra-tivos compareceram ao con-selho para acompanhará adiscussão entre o reitor e osconselheiros. Muitos se mos-traram preocupados com a

Debate acirrado no CCMNReitor participa de reunião. Coordenadora do SINTUFRJ defendeu resultado das urnas e discussão sobre NCE

NCE

intervenção da Reitoria. É queembora a indicação para co-ordenação dos núcleos sejaprerrogativa do reitor, o NCEtem tradição em realizar elei-ções diretas para seus repre-sentantes desde sua criação,há mais de 30 anos. E a indi-cação de protempore numprocesso em que não houveregistro de qualquer irregu-laridade causou estranheza emal-estar entre os funcioná-rios.

O diretor protempore, Sér-gio Alberto da Rocha, criticoupostura da Reitoria sobre aseleições no NCE. Para o fun-cionário, não houve justifi-cativa para a não-homologa-ção de sua vitória, já que oprocesso eleitoral transcor-reu dentro das normas insti-tucionais. Sérgio Alberto daRocha reclamou também dadiscussão sobre um projetoacadêmico para o NCE entrarna pauta do conselho.

Por outro lado, o reitorconsiderou exagerada a co-moção em torno da questão.Aloísio Teixeira aproveitoupara defender no conselho anecessidade de o NCE desen-volver um projeto acadêmi-co. De acordo com o reitor,falta ao NCE um projeto queintegre sua prestação de ser-viço com a graduação e pós-graduação da universidade.“A cultura da fragmentação éum problema histórico daUFRJ. E o isolamento dos de-partamentos e setores dimi-nui nosso potencial na pro-dução de conhecimento. Sequisermos nos constituir en-quanto universidade, tere-mos que repensar nosso pa-pel dentro de um projetomais amplo, onde cada parteapóie as demais”, afirmou oreitor.

O reitor sugeriu ao conse-lho que formasse uma co-missão responsável pela ela-boração deste projeto paraser apresentado à Reitorianos próximos 6 meses ou umano.

A diretora do SINDICATO,Neuza Luzia, ratificou a fala

do reitor sobre a importânciade projetos acadêmicos parao desenvolvimento integra-do da universidade, mas cha-mou a atenção para a neces-sidade de que estes projetossejam elaborados em con-junto pelos três segmentos.“A construção de um projetoacadêmico democrático pas-sa pela composição da co-missão que irá produzi-lo. Éessencial garantirmos umarepresentação equilibrada dedocentes, estudantes e técni-cos-administrativos, com aparticipação do SINDICATO”,afirmou a diretora.

O que é isso, professor?Apesar de muito atencioso com o reitor Aloísio Teixei-

ra, o professor José d’Albuquerque (foto), diretor do Insti-tuto de Física, que substitui a decana Ângela Rocha nacondução do conselho de centro, não demonstrou a mes-ma educação com os técnicos- administrativos. Além derude no trato com os funcionários, o professor negou apalavra para o SINTUFRJ no conselho, o que causou per-plexidade geral e fez o reitor intervir em defesa da liberda-de de expressão. A diretora do SINDICATO Neuza Luzia,lembrou ao professor que, apesar de a Universidade man-ter um modelo de representação conservador nos seusconselhos, todo conhecimento gerado na universidade éfruto do trabalho conjunto dos professores, funcionários eestudantes. “Muita coisa tem que ser discutida na UFRJ, acomeçar pela relação de discriminação que alguns que-rem impor”, disse Neuza.

CONSELHO. Salão nobre do CCMN na última quarta-feira: NCE na pauta

NEUZA. Respeito à comunidade e ao debate

Fotos: Niko Júnior

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PRÉ-VESTIBULAR

1. PODEM SE INSCREVER NO CUR-SO PRÉ-VESTIBULAR DO SINTUFRJ:

Servidores técnico-administra-

tivos da UFRJ filiados ao SINTUFRJque estejam em dia em suas rela-ções com o Sindicato, de acordo como estatuto da entidade.

Dependentes de servidores téc-

nico-administrativos da UFRJ ca-dastrados no banco de dados da en-tidade há pelo menos seis meses.

Prestadores de serviços na UFRJ

há mais de 1 ano devidamente com-provado pela Direção da Unidadeem que trabalha.

Trabalhadores sindicalizados a

entidades filiadas à CUT, e catego-rias onde haja oposição cutista or-ganizada.

Participantes do MST.

Obs.: Todo servidor técnico-adminis-trativo que se inscrever estará auto-maticamente selecionado.

2. DATA DA INSCRIÇÃO PARA OPROCESSO DE SELEÇÃO:

Dias 15, 16 e 17 de fevereiro de 2005.

3. LOCAIS DE INSCRIÇÃO:

Sede do Sindicato: (9h às 17h).

Cidade Universitária – Ilha do Fun-dão – Rio de Janeiro, RJ (perto daPrefeitura da Cidade Universitária).Telefones: 2590-7209, 2560-8615,2290-2484 e 2270-3348.

Subsede do Sindicato no Cen-

tro: (16h às 20h). Instituto de Filo-sofia e Ciências Sociais – UFRJ. Lar-go de São Francisco, 1, sala 402. Te-lefone: 3852-1026.

Subsede do Sindicato na Praia

Vermelha: (9h às 17h). Av. Vences-lau Brás 71 (próximo ao Hospital de

Psiquiatria). Telefone: 2542-9143.

4. DOCUMENTOS NECESSÁRIOS:

Servidores técnico-administra-

tivos da UFRJ:– Documento de identidade;– Comprovante de sindicalização(contracheque, carteirinha do Sin-dicato ou recibo de mensalidadepaga);– Comprovante de conclusão ou de-claração de que está cursando o úl-timo ano do Ensino Médio.

Dependentes de servidores téc-

nico-administrativos:– Documento de identidade;– Comprovante de dependente desindicalizado (carteira de identida-de do dependente e comprovantede sindicalização do responsável oudeclaração de dependente emitidapelo Sindicato);– Comprovante de conclusão ou de-claração de que está cursando o úl-timo ano do Ensino Médio.

Prestadores de serviços na

UFRJ:– Documento de identidade;– Declaração do setor de pessoal daUFRJ onde presta seus serviços;– Comprovante de conclusão ou de-claração de que está cursando o úl-timo ano do Ensino Médio.

Trabalhadores sindicalizados a

entidades filiadas à CUT, e catego-rias onde haja oposição cutista or-ganizada:– Documento de identidade;– Comprovante de sindicalização(contracheque ou carteirinha doSindicato com recibo de mensali-dade paga);– Comprovante de conclusão ou de-claração de que está cursando o úl-timo ano do Ensino Médio.

Participantes do MST:

– Documento de identidade;– Declaração da direção estadual do

MST de que participa efetivamentedo movimento;– Comprovante de conclusão ou de-claração de que está cursando o úl-timo ano do Ensino Médio.

5. NÚMERO DE VAGAS OFERECI-DAS E DISTRIBUIÇÃO DAS VAGASPOR CATEGORIA:Ao todo serão oferecidas 240 vagas.Deste total será subtraído o númerode vagas que venham a ser ocupa-das pelos alunos remanescentes de2004. As vagas restantes serão dis-tribuídas da seguinte forma: 75%para funcionários técnico-adminis-trativos da UFRJ e seus dependen-tes e 25% para as demais categoriascitadas no item 1.

6. O PROCESSO DE SELEÇÃO

Os funcionários técnico-administra-tivos da UFRJ terão suas vagas au-tomaticamente asseguradas.

Dos 75% de vagas destinadas aosservidores da UFRJ, aquelas que nãoforem preenchidas pelos servido-res serão destinadas aos seus de-pendentes, obedecendo ao seguin-te critério:• Sorteio público, no caso de o nú-mero de candidatos exceder o nú-mero de vagas.

Obs.: Terão preferência os dependen-tes que já houverem concluído o En-sino Médio.

Os 25% as vagas destinadas às ou-tras categorias (citadas no item 1),serão ocupados obedecendo ao se-guinte critério:• Sorteio público, no caso de o nú-mero de candidatos exceder o nú-mero de vagas.

7. HORÁRIOS E LOCAIS DO CUR-SO:

O Curso Pré-Vestibular do SINTU-FRJ funciona de segunda a sábado

em dois locais distintos:

IFCS – O curso funciona de segundaa sexta, das 18h às 21h50. Aos sába-dos o horário é das 8h às 13h.Fundão - O curso funciona de se-gunda a sexta, das 16h às 20h20. Aossábados a aula será no IFCS, no ho-rário das 8h às 13h.

8. MATRÍCULA:

Os candidatos selecionados deve-rão fazer a matrícula nos dias 22 e23 de fevereiro de 2005. Os candida-tos que não atenderem a esse re-quisito serão considerados desis-tentes.

Obs.: Os funcionários técnico-admi-nistrativos da UFRJ serão conside-rados matriculados no ato da pró-pria inscrição, de 15 a 17 de feverei-ro, não necessitando retornar nosdias 22 e 23 de fevereiro.

9. AULA INAUGURAL:

A aula inaugural do ano letivo serárealizada no dia 28 de fevereiro de2005, no Salão Nobre do IFCS, 2ºandar, às 18h. Contamos com todosos selecionados, pois na oportuni-dade serão distribuídas as turmas eexplicados os procedimentos docurso (além de tirar dúvidas dos alu-nos, por ventura existentes, sobre adinâmica do curso).

10. CALENDÁRIO:

PROCESSO DE SELEÇÃO DOCPV/SINTUFRJ (2005)

INSCRIÇÕES: 15, 16 e 17 de fe-vereiro de 2005.

SORTEIO: 18 de fevereiro de2005 na subsede do IFCS, às18h.

MATRÍCULA: 22 e 23 de feve-reiro de 2005 na subsede doIFCS, de 16h às 20h.

INÍCIO DAS AULAS: 28 de feve-reiro de 2005.

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das pelo uso do cigarro pro-vocam doenças coronaria-nas, tais como angina e infar-to do miocárdio.

DOENÇAS CEREBRO-VASCULARES - O fumo é res-ponsável por 25% das mor-tes por doenças cerebrovas-culares entre elas derramecerebral.

DOENÇAS PULMONARESOBSTRUTIVAS CRÔNICAS -

APOSENTADO ESPECIAL

VIDA SAUDÁVEL

Uma poesiaQuem teve a idéia de cortar o tempo em fatias aQue se deu o nome de ano, foi um indivíduo genialIndustrializou a esperança, fazendo-aFuncionar no limite da exaustão.Doze meses dão para qualquer ser humanoSe cansar e entregar os pontos.Aí o milagre da renovação e tudo começa outra vez,Com outro número e outra vontade de acreditarQue daqui para diante vai ser diferente.

Carlos Drummond de Andrade

O fumo provoca câncer,doenças cardiovasculares ecoronarianas, devastaçãopulmonar e afeta o metabo-lismo.

O fumo é responsável por30% das mortes por câncer e90% das mortes por câncerde pulmão. Os outros tiposde câncer relacionados como uso do cigarro são: câncerde boca, laringe, faringe, esô-

Os riscos do cigarrofago, pâncreas, rim, bexiga ecolo do útero. São dados de-vastadores que devem ser le-vado em conta pelos consu-midores de cigarro de todasas idades. Mas o fumo nãocausa só câncer. Ele tambémé responsável por um grandenúmero de outras doençasque levam à morte.

DOENÇAS CORONARIA-NAS - 25% das mortes causa-

Nas doenças pulmonaresobstrutivas crônicas taiscomo bronquite e enfisema,85% das mortes são causa-das pelo fumo. Outras doen-ças também relacionadas aouso do cigarro ampliam a gra-vidade das conseqüências deseu uso.

O PORQUÊ DE NÃO FU-MAR - Fumantes têm 10 ve-zes mais de chances de ter

câncer de pulmão; Fumantestêm 50% a mais de chancesde terem infarto que os nãofumantes; Fumantes têm 5vezes mais chances de sofrerde bronquite crônica e enfi-sema pulmonar que os nãofumantes; Dependendo dograu de enfisema pulmonar,mesmo que o indivíduo sus-penda o uso do cigarro se tor-na irreversível o processo.

RECEITA

SEM GORDURA

Mousse de melanciaINGREDIENTES600 gr de polpa de melancia2 envelopes de gelatina sem sabor (cor vermelha)1 xícara de água morna, dividida6 envelopes de adoçante8 colheres de sopa de passas amolecidas em meia xícarade vinho branco seco.MODO DE FAZERNuma panela, amoleça a gelatina em meia xícara de água.Leve ao fogo baixo mexendo até dissolver.No liquidificador, bata a polpa da melancia com a águarestante.Adicione a gelatina e adoce a gosto. Divida a mistura em8 taças e leve à geladeira para firmar.Na hora de servir, numa panelinha leve ao fogo as passascom ovinho até levantar fervura e despeje, dividindoigualmente, sobre cada porção.

Fonte: Vigilante do Peso

As inscrições para a ex-cursão em Grussaí no pró-ximo dia 1º de abril conti-nuam abertas na secretariado SINDICATO. Não percaessa oportunidade de pas-sar um fim de semana ma-ravilhoso “curtindo o Sesc-Mineiro e as praias em SãoJoão da Barra, em Campos.Preço: adultos R$ 150,00(parcelados em 3 vezes)ecrianças R$ 70,00 (incluin-do refeições e bebidas).Passeios de trem Maria Fu-maça, pagos à parte. Ins-crevam-se já. Vagas são li-mitadas. Maior informa-ções na secretaria do SIN-DICATO.

NOTAS

Excursão

Reunião dos AposentadosDia 16 de fevereiroPAUTA:Plano de Carreira (esclarecimentos sobre a nova lei, situação dos aposentados).Informações sobre ações judiciais (FGTS, 28%).Projetos da Coordenação de Aposentados.Assuntos gerais.

Atenção: esclarecimentos e informações sobre o Plano de Carreira no Guia Especial

A importância de comer fibras?Quando as pesquisas começaram a mostrar que pessoas adeptas de

dietas ricas em gorduras e pobres em fibras são mais propensas a doen-ças cardiovasculares, diabetes e câncer de colo do útero, o mundo passoua olhar com outros olhos um prato de verduras. Veja, a seguir, os alimen-tos ricos em fibras.

CEREAIS – farelos de trigo, aveia, arroz integral, farinha de centeioe trigo integral.

LEGUMINOSAS – feijão, soja, grão-de-bico, lentilha, ervilha.

SEMENTES OLEAGINOSAS – castanha-do-pará, amendoim, amên-doa, coco, girassol e gergelim.

FRUTAS SECAS - figo, pêssego, ameixa, uva-passa, tâmara, damasco FRUTAS – goiaba, jabuticaba, amora, figo, abacate, ameixa, maçã,

pêra, pitanga, acerola, manga, papaia, kiwi, maracujá, uva, laranja, tangeri-na e banana.

VERDURAS E LEGUMES – abóbora, alho-poró, alcachofra, pimen-tão, broto de soja, brócolis, couve-de-bruxelas, couve flor, vagem, aspar-gos, palmito, cenoura, beterraba, milho, ervilha verde, folhas verdes (cou-ve, espinafre, agrião, bertalha).

ÚLTIMA PÁGINA

Para o reitor Aloísio Teixei-ra a proposta do governo deorçamento global e pago emduodécimos mensais é umamedida que assegura às uni-versidades autonomia parapropor e executar sua dotação.O anteprojeto de reforma uni-versitária propõe que o novoregime seja implantado nasinstituições federais de ensinosuperior de forma progressi-va, a partir do próximo ano até2008. Na análise que fez do ar-tigo que trata do assunto, Aloí-sio aponta a necessidade deajustes, mas reconhece que osriscos tem a sua contraparti-da, que é a possibilidade deplena gestão.

– O modelo acaba com acorreria de fim de ano, por-que permite as instituiçõesincorporar os excedentes noexercício seguinte. Além dis-so, tendo a dotação é possí-vel corrigir erros e isto estámais de acordo com as de-mandas importantes da uni-versidade – avalia.

De qualquer maneira, se-gundo o reitor, a parte finan-ceira requer análise mais cui-dadosa para uma projeçãotambém cuidadosa. É preci-so fazer algumas contas an-tes de um posicionamentodefinitivo sobre a questão –recomendou. Apesar das pre-cauções, Aloísio admite queter regulamentado a parte fi-nanceira é importante paraque a universidade possa seplanejar. Ele acrescenta que,de qualquer forma, o artigo42 do anteprojeto coloca al-guns mecanismos de defesa,como acréscimo para cobriraumento de despesas.

AS CONSEQUÊNCIAS —Na avaliação do reitor, a pro-posta de orçamento global éum dos artigos que suscitarámuitas discussões. Se perma-necer no projeto, uma das

“Modelo permitecorreção de erros”

Na segunda parte da entrevista sobre a reforma, o reitor afirma que os riscos tem contrapartida

conseqüências é o descre-denciamento das fundaçõesjunto aos Ministérios da Edu-cação e da Ciência e Tecno-logia. Segundo Aloísio, asfundações - como a José Bo-nifácio, da UFRJ - que atuamna intermediação para agili-zação de repasses de recur-sos às universidades (“nãoestando sujeitas a autarquiasque regem os recursos fis-cais”) desempenharão outropapel, enquanto as universi-dades terão que se capacitarpara gestão autônoma.

DEMOCRATIZAÇÃO DOACESSO – Aloísio não acre-dita na possibilidade de fixa-

ção de cota como soluçãoreal. Por esta razão, defendea tese de que a democratiza-ção do acesso, a expansão devagas e o fim do vestibular –“existiria só para preenchervagas residuais” — tem a vercom outras questões estrutu-rais. Uma delas, e que estácontemplada no projeto dogoverno, é o envolvimentoda universidade com os ní-veis fundamental e médio doensino; outra, a adoção deuma política consistente deassistência estudantil. Segun-do o reitor essa demanda nãoestá bem incluída no projeto,porque prevê concurso espe-

cial e isso, na sua opinião,“não dá horizonte estável”.

Mas foi mais veemente nadefesa da proposta do pri-meiro emprego acadêmico,afirmando que a relação en-tre o estudante e a universi-dade não é de emprego. “Seele (o estudante) não temcondições financeiras devereceber bolsa de estudantecarente e até bolsa vinculadaà projetos acadêmicos. Masele não deve ser transforma-do num substituto dos técni-cos-administrativos. O estu-dante está aqui para se de-senvolver e o poder públicoestá aqui para garantir isso”.

O reitor não duvidaque seja alcançada, masnão deixa de considerarambiciosa a meta esta-belecida pelo governo deaumento de 40% dasvagas nas instituiçõesfederais, num prazo decinco anos. Hoje, lem-bra, menos de 20% dasvagas estão na univer-sidade pública. Mas paraalcançar esse objetivo,avalia que será neces-sário mais do que umesforço considerável porparte do governo: “De-mandará aporte consis-tente de recursos paraa expansão do ensinosuperior público, muitoalém do que está pre-visto no anteprojeto”,prevê.

Plano jurídicoO artigo 85 do ante-

projeto do governo, se-gundo Aloísio Teixeira,contraria uma reivindi-cação forte da UFRJ eque diz respeito à recu-peração da autonomiano plano jurídico. “A pro-curadoria foi desmonta-da, hoje só atua na pri-meira instância, e o pro-curador está fora da uni-versidade”, disse. A pro-posta do governo é deque a Procuradoria Ge-ral Federal continue re-presentando judicial eextrajudicialmente asinstituições federais deeducação superior, comas respectivas ativida-des de consultoria e as-sessoramento jurídico.

Uma metaambiciosa

REFORMA UNIVERSITÁRIA

Fotos: Niko Júnior

META. Aloísio acha que o objetivo do governo de aumentar 40% das vagas é muito ambicioso