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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 20 Domingo, 18.05.2014 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 A ênfase do mês de maio, dentro do equilíbrio que estamos buscando no outono, dentro do projeto das 4 Estações do ano, é “Uma família feliz e piedosa”, e nossa divisa é o conhecido texto de Josué 24.15b: “Mas, eu e a minha família serviremos ao Senhor”. Esta declaração de fé de Josué está falando da fonte do equilíbrio da vida familiar que se desabrocha na felicidade e na piedade, isto é: na vida com Deus.

Jornal Batista nº 20 -2014

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A ênfase do mês de maio, dentro do equilíbrio que estamos buscando no outono, dentro do projeto das 4 Estações do ano, é “Uma família feliz e piedosa”, e nossa divisa é o conhecido texto de Josué 24.15b: “Mas, eu e a minha família serviremos ao Senhor”. Esta declaração de fé de Josué está falando da fonte do equilíbrio da vida familiar que se desabrocha na felicidade e na piedade, isto é: na vida com Deus.

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Page 1: Jornal Batista nº 20 -2014

1o jornal batista – domingo, 18/05/14?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 20 Domingo, 18.05.2014R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

A ênfase do mês de maio, dentro do equilíbrio que estamos buscando no outono, dentro do projeto das 4 Estações do ano, é “Uma família feliz e piedosa”, e nossa divisa é o

conhecido texto de Josué 24.15b: “Mas, eu e a minha família serviremos ao Senhor”. Esta declaração de fé de Josué está falando da fonte do equilíbrio da vida familiar que se

desabrocha na felicidade e na piedade, isto é: na vida com Deus.

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2 o jornal batista – domingo, 18/05/14 reflexão

E D I T O R I A L

Cartas dos [email protected]

Brooklyn Tabernacle

• O prezado Irmão Már-cio Antunes Vieira em 2 de junho de 2013 visitou o Brooklyn Tabernacle e voltou empolgado dessa megaigreja de New York. Esse tipo de igreja, visando o crescimen-to da membresia, procura atingir a comunidade dos ci-dadãos sem igreja, por meio de um eficiente programa de relacionamentos, que prevê a aproximação dos que passam pelo templo (relações públi-cas) e o acolhimento dos que entram no templo (relações pessoais), que se aproveita bastante dos apertos de mão e dos abraços. Por isso, ele fi-

cou cativado pelos membros do BT (OJB, 27/4/ 2014).

Discordou de nosso artigo (OJB, 6/4/ 2014) sobre o que ouvimos no culto de 15 de dezembro de 2013, cujo foco de interesse é a execução

musical, e não a atração de pessoas.

Naquela data, ele encon-trou “um ambiente de intros-pecção dentro do templo, an-tes do início do culto”. Esse ambiente, como de costume,

talvez não tenha perdurado durante o culto.

Ele elogiou a qualidade da música, dos músicos (omitin-do o fato de que são muito usados o “play-back”, a bate-ria e o “gospel”) e das letras dos cânticos (esquecendo que, geralmente curtas, po-rém muito repetidas, são cantadas à maneira de “man-tras”). O coro, na opinião do amado missivista, “é de emocionar”. Na verdade, o coro do BT apenas serve para cantar refrões.

A impressão dele, uma soma de emoções, tem difi-culdade de aceitar nossa lista de razões.

Rolando de Nassau

Lendo a revista mis-sionária “ON MIS-SION” da Conven-ção Batista do Sul

dos Estados Unidos encon-trei algo muito interessante sobre criação de filhos. Pes-quisadores estão usando um termo novo para explicar a atitude de muitos pais nos dias de hoje. “Pais helicóp-teros” são aqueles pais que estão investindo muito na vida dos seus filhos e conse-quentemente têm alimenta-do expectativas muito altas com relação às realizações futuras dos mesmos.

Estudiosos do comporta-mento humano têm registrado um comportamento comum nestes pais. Eles estão sempre “voando sobre os filhos” e prontos para aterrissar evitan-do qualquer desvio de percur-so que possa comprometer as suas metas ou para resolver pelos filhos qualquer proble-ma que surja, pois não podem correr o risco dos filhos toma-rem decisões erradas.

“Pais helicópteros” vivem suas vidas flutuando sobre as vidas dos seus filhos e acabam sufocando o desen-volvimento da identidade dos filhos, pois estão proje-tando neles os seus próprios

sonhos ao invés de vivê-los nas suas próprias vidas. Pais que vivem assim não estão criando os filhos para a vida. Sabemos que “Os filhos são herança do SENHOR, uma recompensa que ele dá. Como flechas nas mãos do guerreiro são os filhos nasci-dos na juventude.” (Salmos 127:3,4) Guerreiros têm fle-chas para atirá-las e assim devemos entender a nossa tarefa ao criar nossos filhos – criamos nossos filhos para “atirá-los para a vida adulta”!

Você está projetando seus sonhos sobre seus filhos ou ajudando-os a descobrir os sonhos de Deus para suas

vidas? Você tem incentiva-do seus filhos a fazer teste vocacional para ajudá-los na escolha profissional? Você tem orado com eles e por eles pelas escolhas básicas da vida – profissão, cônjuge e aceitar Cristo como Salvador?

Ao invés de sermos “pais helicópteros” devemos ser “pais segundo o coração de Deus” para usados por Deus abençoarmos nossos filhos preparando-os para viver sem a nossa presença, preparados para a vida adulta!

Pr. Luiz Roberto SilvadoPresidente da Convenção

Batista Brasileira

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de Souza

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

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DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 18/05/14reflexão

Pr. Celson P. VargasIgreja Batista Monte Moriá em Volta Redonda, RJ.

Publicamente nos -sas autoridades estão aparentemente em-penhadas em divul-

gar uma imagem do Brasil como um país em franco desenvolvimento econômi-co, social, moral e até espi-ritual, pois, até dizem que “Deus é brasileiro” (grande blasfêmia). No entanto, na realidade observamos nossas autoridades financiando, a altos custos, eventos e cam-panhas que contradizem seu discurso: Copa do mundo com gastos astronômicos em estádios e propagandas por-nográficas e sensuais.

Carnaval e seus desfiles de custos bilionários, tirados disfarçadamente de nossos bolsos, onde os pobres de espíritos vão para as avenidas seminus para desfilar diante

das câmeras de tevês, jornais e revistas de todo mundo, que com isto faturam bilhões, transmitindo a triste imagem de um país de mulheres se-minuas, ideal para turismo sexual, ainda franqueado por governos que distribuem gratuitamente preservativos e criam até câmaras sexuais nas ruas (motéis públicos).

O que dizer de nossos fil-mes, novelas e programas de tevê, que têm como caracte-rísticas essenciais o sexo ex-plícito, o homossexualismo, a infidelidade conjugal, a destruição da família, a men-tira, a corrupção e o paganis-mo ou politeísmo religioso. Isto é a triste realidade de nosso Brasil dolosamente for-jada por nossas autoridades.

Como os seguidores de Cristo, que é O maior empe-nhado em tirar os seres hu-manos destas práticas, atra-vés de sua morte sacrificial e de seu evangelho reedu-

cador, devem se comportar diante desta triste realidade? Primeiro, orando por nos-sas autoridades constituídas, para que exerçam sua missão com temor e submissão a Deus, e no seu amor. “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, ora-ções, intercessões, ações de graça, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham in-vestidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito” (ITimóteo 2.1-2).

Segundo, é que vivamos neste mundo de forma exem-plar, nunca participando sob nenhuma circunstância, dos fatos acima narrados. Que sejamos “luz” para este mundo envolto nas trevas do pecado. “E não vos confor-meis com este mundo, mas transformai-vos pela renova-ção de vosso entendimento” (Romanos 12.1).

Mario Barreto França

Ao ler as Sagradas Escriturasde Deus, de Suas crenças puras,sinto que algo de bom nos satisfaz,porquanto tudo o que é celestede uma beleza sã se veste:- É sempre justo o que Deus faz

Nos meus instantes de tristeza,quando minha alma à dor é presa,suplico aos céus paciência e paz,eu sinto então que o Pai me escutae dá-me alívio nessa luta:- É sempre justo o que Deus faz.

Quando o desânimo me alcança,arrebatando-me a esperançae me obrigando a olhar atrás,eu clamo aos céus, de porta abertaque do fracasso me liberta:- É sempre justo o que Deus faz.

Quando parece que a derrotameu ser em crise logo notae ao meu redor nada me apraz,eu ouço logo nesse instantea voz do céu dizer-me: - Avante!Que é sempre justo o que Deus faz.

Quando o pecado atroz insisteque eu faça o mal, o mal conquiste,ao Pai Celeste eu clamo maise Ele me dá novo incentivoem cujo bem desperto e vivo:- É sempre justo o que Deus faz.

Se tu estás enfraquecidoporquanto aos erros dás ouvidoe às faltas vis, ouvido dás,apela ao Pai com fé e zeloque Ele ouvirá o teu apelo:É sempre justo o que Deus faz.

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GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Apoio e Segurança na Família

reflexão

No temor do SENHOR há firme confiança e ele será um refúgio para seus filhos (Provérbios14.26).

Salomão experimen-tou, na própria pele, o que significa viver em comunhão com

o Senhor e o que significa afastar-se de Deus. Foi então, com conhecimento de causa que ele escreveu: “No temor do Senhor o homem encon-tra um forte apoio e também segurança para sua família” (Provérbios 14:26).

Há duas coisas que estão faltando na família de hoje: apoio e segurança. Pais se sentem desorientados. Filhos se sentem largados à sua própria sorte. Consequente-mente, cada membro da fa-mília anda agarrando às suas próprias futilidades. A família

atual está desunida e infeliz.A sugestão do Autor de

Provérbios é o “temor do Senhor” – o respeito ao Se-nhor, o amor ao Senhor, a comunhão com o Senhor. Pais e mães devem olhar para si mesmos e para o drama que virou sua família – a obe-diência à Bíblia e ao Senhor da Bíblia constituem o mais firme apoio para a construção da família funcional e feliz. E, quando isso acontece, quando o temor do Senhor capacita os pais, a família experimenta apoio visível e sensível. Filhos que vivem em famílias apoiadas no Se-nhor sabem o que é viver em segurança. Segurança pro-funda, o mesmo no meio da doença, do desemprego, das perseguições. Decidamos, como Josué: “eu e minha fa-mília seguiremos ao Senhor”.

Pr. Eli FernandesIgreja Batista da Liberdade, SP

A propósito do mês da fa-mília, o mês de maio, este texto trata do amor que pre-cisa haver nas relações con-jugais como baluarte da vida familiar.

A ênfase do mês de maio, dentro do equilíbrio que es-tamos buscando no outono, dentro do projeto das 4 Esta-ções do ano, é “Uma família feliz e piedosa”, e nossa di-visa é o conhecido texto de Josué 24.15b: “Mas, eu e a minha família serviremos ao Senhor”. Esta declaração de fé de Josué está falando da fonte do equilíbrio da vida familiar que se desabrocha na felicidade e na piedade, isto é: na vida com Deus.

Quando olhamos no que o nosso mundo está fazendo para que haja felicidade na vida familiar, parece-nos que tudo acontece como que contribuindo para que Maio pareça ser um mês mágico, encantador, poético. Mês das noivas... da família... do amor.

Assim deveriam ser todos os dias, todas as semanas, todos os meses do ano. Mas, o amor está em falta. Até está em voga um tal medo de amar. Medo de tentar e tudo acabar

em sofrimento. Carlos Drum-mond de Andrade perpetuou o sentimento do amor, escre-vendo: “a cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, no egoísmo que nada arrisca e que, esquivando-se assim do sofrimento, perdemos tam-bém a possibilidade da felici-dade do amor”.

Assim vejo o casamento: a pressuposição do amor bilateral. Quem não estabe-lece os vínculos do coração, da alma e do amor com a pessoa amada, não tem vín-culo com ela. Quando nos amamos, nos arriscamos. Damos e recebemos amor. Somos um do outro, não pos-se, sinônimo de propriedade, senão de gostoso pertencer, de sintonia de comunhão que nos faz, na prática, “uma só carne”.

Já preguei algumas vezes defendendo a verdade da tê-nue linha que separa o amor do ódio. É no lar onde as pessoas são profundamente íntimas nos diversos tipos de relacionamento. Porém, é também no lar onde acon-tecem as mais profundas má-goas, decepções e desapon-tamentos. Por que cultivar sem cessar o amor? Porque

é mais fácil odiar que amar. Reluto quando um casal se apresenta para marcar data de casamento com pouco tempo de conhecimento. E o motivo é simples pra mim: quanto menos tempo de namoro, mais apaixonados. Quanto mais apaixonados, menos enxergam os defeitos um do outro. Tanto mais apaixonados, mais são re-gidos pelas emoções cegas e tanto mais sujeitos às de-cepções e desencantos. O amadurecimento da paixão é o amor.

Deus não nos fez para vi-ver sozinhos. Ter e viver um grande amor exige de nós mais amadurecimento; me-nos inflexibilidade, intole-rância, ansiedade, inveja. Peçamos a Deus que nos conceda equilíbrio, sensatez.

Neste mês de maio, cada um de nós possa se autoa-valiar, e, numa nova esteira, permitir-se re-trabalhar e re--significar a vida na presença de Deus, assumindo as fra-quezas, esperando menos, cobrando menos, acusando menos, dando mais. Dando--se mais. Como diz o poeta Vinicius de Moraes: “funda-mental é mesmo o amor”. E ele deve ter se abeberado em Paulo, que diz: “sem amor, nada seria”. É isso!

ConvoCação para reCadastramento

Convocamos os membros da Igreja Evan-gélica Batista do Engenho Novo para se reca-dastrarem durante os meses de Maio e Junho de 2014, para acertos e atualizações do rol de membros, Rua Allan Kardec, 38 - Engenho Novo, Rio de Janeiro – Telefones de contato: 2501-7010 e 3349-8048, ou na secretaria da igreja.

Pastor Nelson Taylor

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5o jornal batista – domingo, 18/05/14reflexão

Aguardávamos na fila para entrar no banco, eram quase dez horas. Ao nosso

lado, estava um senhor alto, magro, simpático, falando de Jesus para o rapaz à sua frente. Falava da salvação da alma como a maior riqueza que uma pessoa pode ter nesta vida. Logo a porta gira-tória do banco foi destravada e os clientes começaram a entrar. Peguei minha senha na linha das prioridades e ocupei uma cadeira. Zênia tinha ido ao andar superior resolver um problema do seu cartão. Ao meu lado, veio sentar-se aquele irmão que estivera evangelizando o ra-paz na fila. Ele é presbítero da Assembléia de Deus, alfaiate aposentado e tinha dois celu-lares à mão. Seu nome: Levi Santos. Logo começou a falar da sua família. Uma filha, doutora em química, crente fiel, trabalha na Espanha. O filho mais novo tem apenas 10 anos de idade. O menino tem seu próprio celular e o presbítero me contou, como se fosse a coisa mais simples do mundo, que na noite an-terior, cerca de dez horas, o seu celular tocou. No visor, ele viu que era seu filho que chamava e disse: “Fala, meu filho”. O menino respondeu: “A sua bênção, pai”. “Deus te abençoe, filho, durma bem”, abençoou o pai. O filho ligara para pedir a bênção paterna, pois estava indo para a cama. Deve ser algo muito raro. Nunca ouvi falar. Um meni-no de 10 anos ligar para o pai pelo celular às 22 horas para pedir sua bênção antes de ir para a cama? Fantástico! Maravilha, gente! Por duas ra-zões que não posso deixar de comentar. Primeira: O celu-lar, tão usado para o mal, tam-bém pode ser um instrumento de bênção, para uma comuni-cação de valor espiritual, para acrescentar qualidade de vida no Espírito, estreitando, na graça de uma bênção paterna, o relacionamento entre um menino de dez anos e seu pai. A tecnologia a serviço do bem, a serviço da alma é algo que deveríamos nos preocu-par em desenvolver. Muitos crentes estão usando os re-cursos tecnoclógicos apenas para seus fins profissionais, para diletantismo, para dis-

tração nos games diariamente renovados, mas não estão pensando, nem de longe, em usar toda essa tecnologia para cumprir um propósito evangélico, espiritual, para abençoar vidas. Como estarí-amos apressando a evangeli-zação do mundo, do mundo inteiro, se usássemos os sites de relacionamento, o skype, o facebook, o celular e toda a tecnologia disponível para falar a outros do amor salva-dor de Cristo, da santidade do viver, da esperança da vida eterna!. Bastaria que o Reino de Cristo fosse nossa prioridade essencial. Não desconheço que muito tem sido feito. Há grupos religio-sos que editam páginas de teologia, doutrina, estudos bíblicos, em dezenas de blogs na internet. Nós, os batistas, estamos atrasados. Supliquemos a Deus por um avivamento espiritual nas igrejas batistas do Bra-sil. Cristãos que vivam em Cristo, desejarão anunciar Cristo, como o fez Paulo, de todos os modos possíveis. Com certeza, Paulo usaria toda a tecnologia hoje dis-ponivel para proclamar o evangelho de Jesus.

A segunda reflexão que essa história impõe é o fato de que um menino de dez anos vai para a cama às dez horas da noite, não sem an-tes pedir a bênção do pai, ao invés de ficar grudado nos games até altas horas. Finalmente, encontrei um pai que, certamente coad-juvado pela esposa, teve sabedoria para impor limites aos filhos e está colhendo os seus frutos. A moderna tec-nologia pode ser bênção ou maldição. Depende do uso que dela fazemos. Muitos cristãos deixaram-se viciar, esse é o termo, pela virtu-alidade de tal maneira que chegam a permitir que suas almas sejam tomadas por um evidente esvaziamento e suas mentes, prisioneiras das brincadeiras e relacio-namentos virtuais marcados pela futilidade, vão perden-do sua vitalidade espiritual. Continuemos a orar por um avivamento, que certamente libertará os crentes do poder destruidor das caixinhas ma-ravilhosas que estão em suas mãos.

Cleverson Pereira do VallePastor da 1ª Ig. Batista em Artur Nogueira, SP

Se você comprar uma camisa branca na loja e, ao comer um lan-che cair molho nela,

as pessoas vão perceber que ela está suja.

Ninguém vai reparar o restante da camisa que está limpa, mas vão reparar a pe-quena mancha que ficou. Ela deixa de ser limpa, a condição dela agora é de uma roupa suja que necessita ser lavada.

A vida do cristão não é di-ferente deste exemplo acima, todo mundo está de olho, o cristão é vigiado o tempo todo.

O grande desafio é fazer diferença em um mundo de iguais. Se todo mundo faz aquilo que não deve ser feito, o cristão não está incluído no todo mundo.

O cristão precisa fazer di-ferença em um mundo de iguais, não pode fazer o que desagrada a Deus.

Aquele que conheceu a Cristo e o convidou para fazer morada em sua vida, não pode continuar fazendo as mesmas coisas que fazia antes de abraçar o evange-lho.

Tiago no capítulo 4 verso 4 diz: “ Infiéis, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Por-tanto qualquer que quiser ser

amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.”

O cristão não pode conti-nuar de mãos dadas com os inimigos da cruz de Cristo.

A salvação é de graça, nin-guém paga nada por ela, ago-ra, viver a vida cristã há um preço alto a ser pago. O cris-tão deve andar em novidade de vida. Deve fazer diferença.

Não pode continuar agindo como antes, o cristão deve mostrar atitudes diferentes.

O cristão não pode amar o mundo, ou seja, as coisas er-radas que há no mundo. Ele é desafiado a amar a Deus e ao próximo.

O desafio é fazer diferença, pois todos estão de olho no comportamento do cristão.

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vida em famíliaGilson e Bifano

6 o jornal batista – domingo, 18/05/14 reflexão

Primavera é sinônimo de alegria. Renasci-mento das flores. A primavera em todo

hemisfério norte sempre foi um momento de tranquilida-de e de fartura à mesa.

Foi na primavera que Deus prometeu visitar Sara e dá-lhe um filho (Gn 18.14).

Com certeza esta estação ficou marcada no coração de Abraão e Sara. A estação do cumprimento da promessa. Mas, para um outro persona-gem da Bíblia, a primavera passou ser lembrada após um fato em sua vida, como algo triste e que marcou negativa-mente sua história.

Este homem se chamada Davi.

Foi numa tarde quente de primavera que este homem cometeu o pecado de adul-tério com Bate-Seba. Sua vida e de sua família foram tremendamente influenciada de forma negativa (II Sm 11).

Davi com certeza não acordou, naquele fatídico dia, pensando em adulterar. Aconteceu de forma repenti-na, avassaladora, como um turbilhão.

A história é conhecida. Re-lata algo triste que aconteceu na vida de um homem que o próprio Deus o considerou como sendo segundo o seu coração.

Davi, o homem que saiu vitorioso na luta contra Go-lias (I Sm 17), ao encarar um outro gigante, sua volúpia, saiu derrotado e essa derrota lhe custou caro, não somente para si mesmo, mas para toda sua família.

Davi se esqueceu que um “golias” estava dentro de si mesmo e precisava todos os dias ser abatido. Não com suas próprias forças, mas sempre confiando no poder de Deus, como fez com o filisteu (II Sm 17.45).

Davi nos ensina que quan-do menos esperamos, um “golias” dentro de nós mes-mo pode se levantar e nos derrotar.

Davi nos ensina que estes “golias” podem nos atacar quando experimentamos vários tipos de vitórias nos

diversos campos de nossa existência.

Davi nos ensina que quan-do deparamos com este ou outro tipo de “golias”, o mes-mo só é vencido quando o enfrentamos no nome do Se-nhor e na força de seu poder.

Davi nos ensina que a so-berba, a prepotência podem significar o primeiro passo rumo à queda, seja ela no âmbito sexual, financeiro ou outra área qualquer. É interessante observar quantas vezes o texto sagrado usa a expressão “ordenou” para demonstrar a prepotência de um homem.

O que Davi fez desagradou a Deus (II Sm11.26). Todo o pecado desagrada a Deus. O pecado do adultério desagra-da a Deus porque viola o séti-mo mandamento (Ex 20.14), quebra o princípio da aliança no casamento (Gn 2.24), o princípio da monogamia con-jugal e é um pecado contra o próprio corpo (I Co 6.12-20).

Mas Deus, por sua infinita misericórdia, mandou um homem para confrontar o “homem segundo o coração de Deus”. Seu nome era Natã (II Sm12).

Pecado precisa de confron-tação. Foi difícil para Davi ser confrontado. Doeu. Mas reconheceu sua falta e pediu perdão (Sl 51). Foi perdoado, mas as sequelas ficaram.

Deus perdoa, mas não ga-rante que as sequelas fiquem para sempre entranhadas no corpo, na família (II Sm 12.11).

Pecado é assim. Desagra-da a Deus, precisa de con-frontação, de reconheci-mento de erro, de confissão. Davi não deixou de ser ama-do e considerado por Deus como o homem segundo o seu coração. Talvez por se ar-repender profundamente dos seus pecados e nunca mais voltar a cometer o mesmo pe-cado é que o credenciaram a ser conhecido desta maneira nas Escrituras Sagradas.

É por isso que gosto de Davi e estou a estudar sobre sua vida por todo este ano de 2014.

Juntos pela família.

Edgar Silva SantosPastor da PIB Jardim Mauá, AM

“Dionísio, por suas faça -nhas milita-res, alçara-

-se do ínfimo grau de com-batente a general das tropas, depois a rei de Siracusa, cujo governo reteve por 39 anos, à custa de muita crueldade.

Nunca deixou de oprimir o povo e de manifestar a todo instante cobiça insaciável.

Temido e ao mesmo tempo odiado pelo povo, descon-fiava da própria sombra. O medo da morte sufocava-o.

Seu filhinho Dionísio cres-ceu no serralho, entre mulhe-res, preso ao aborrecimento das longas horas da juventu-de. Seu pai o deixara, de caso pensado, sem instrução, para que mais tarde não tivesse a tola ideia de destroná-lo.

Via em cada pessoa um as-sassino. Para se ter uma ideia mandou que se construíssem cárceres de tal modo que todos os sons, ainda os mais leves, pudessem ser ouvidos pelo tirano do lugar onde estivesse à escuta. Um deles se tornou famoso e ficou co-nhecido como “a orelha de Dionísio”.

Vivia no fausto, na riqueza. Mas sentia-se infeliz, como certa vez demonstrou a Dâ-mocles.

Este, parasita e bajulador, não se cansava de exaltar as virtudes, a riqueza e a feli-cidade do monarca. Numa certa ocasião, Dionísio per-guntou-lhe se gostaria de experimentar-lhe a enaltecida

ventura. A tal convite Dâmo-cles não se fez de rogado.

Tudo o que havia de mais escolhido foi colocado a seus pés. Sentado em confortável poltrona de couro, pousando os pés em ricos tapetes da Pérsia, tinha o adulador às suas ordens lacaios, música suave, caros perfumes orien-tais, mesa aparatosa, vinhos raros, iguarias e manjares apetitosos. Dâmocles não cabia em si de satisfação pro-funda e arrebatadora.

Julgava-se o homem mais feliz do mundo, mas, ao le-vantar os olhos, se lhe depara agudíssima espada sobre sua cabeça. “Oh, que horror!” – exclama ele. A espada pendia do teto, suspensa por um fino cabelo de crina de animal. Se ele arrebentasse! Era uma vez...

Dâmocles perdeu o apetite. Já não queria os manjares, nem os vinhos. A música já não o empolgava. Sua aten-ção se concentrava num só ponto: no fio. Gélido, quis evadir-se, mas a voz impe-riosa de Dionísio não no permite.

Naquela posição angustio-sa teve de permanecer duran-te o banquete todo. Desse dia em diante, nunca mais quis ser Dionísio.”

Muitas famílias estão sendo dominadas por um senso insaciável de ter, de amea-lhar riquezas cada vez mais; contagiadas pelo fascínio do mundo, vislumbram somente os tesouros que ele oferece. Do ponto de vista espiritual, a situação destas famílias assemelha-se à do povo de Is-rael, proclamada pelo profeta

Ezequiel nestas palavras: “... os nossos ossos se secaram e pereceu nossa esperança...” (Ez. 37:11b). Quando se perde a sintonia com Deus, quando já não é possível reconhecê-lo “em todos os caminhos” (Prov.3:6), dá-se o primeiro passo na espiral descendente que leva ao fundo do poço. Neste ponto a alma se seca e a esperança se esvai, completamente.

Aos lares hoje impõe-se o desafio de viverem não à se-melhança de Dionísio ou de Dâmocles, mas à semelhança de Cristo, buscando nele os valores que são capazes de fazê-los subsistir e triunfar, mesmo nas circunstâncias mais adversas. Vivendo na perspectiva de Cristo, vamos viver para o outro, fazendo autodoação amorosa, culti-vando o perdão restaurador e reacendendo a esperança no coração daqueles que seguem a trilha de uma vida que não lhes anima a dar sequer mais um passo.

Podemos salvar as nossas casas dos males hodiernos, como Abigail, na silenciosa submissão ao Senhor, sal-vou a sua. Podemos também deixá-las ao desamparo, ao desabrigo de todos aqueles bens, com quais Deus deseja premiar-nos pela Sua miseri-córdia e para a Sua própria glória. Que escolha faremos?

De maneira resoluta e guiados pela Mão Onipo-tente, desviaremos sim dos nossos lares a espada afiada do inimigo, que é astuto e “anda em derredor, rugin-do como leão, buscando a quem possa tragar”.

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7o jornal batista – domingo, 18/05/14missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

“Deus tem coi-sas do co -ração dele para o seu

coração. Coisas aque você precisa ouvir, decisões que você precisa tomar”. Essa foi a palavra do pastor Fernando Brandão, Diretor Executivo da JMN, durante a abertura do Congresso SIM, Todos So-mos Vocacionados 2014. O evento, que foi realizado en-tre os dias 1 e 3 de maio, na Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro, recebeu cerca de 1.500 jovens de todo o Brasil.

O objetivo do SIM é des-pertar os participantes para a necessidade de serem repre-sentantes de Cristo na família, igreja e sociedade, além de alcançarem a paz de Cristo e compreenderem a vontade do Senhor para suas próprias vidas. A programação do con-gresso viabilizou a aborda-gem de temas interessantes e atuais que ajudaram os par-ticipantes a compreenderem sua vocação no trabalho, estu-dos e nas demais áreas.

Fernanda Loureiro, da Pri-meira Igreja Batista de Campo Grande, no Rio de Janeiro, teve a oportunidade de con-versar com o pastor Fernando Brandão sobre vocação. Ela é formada em jornalismo e ficou sabendo sobre a importância da comunicação não somente para a divulgação de missões, mas também para o desperta-mento de vocacionados para a obra missionária. “O fato do executivo de missões pa-rar para conversar conosco é imprescindível porque isso aproxima a Junta de Missões da gente, o que isso inclui todo mundo”, afirma a jovem.

No início do segundo dia do SIM 4D, o pastor Brandão falou sobre a necessidade de nos submetermos ao Espírito Santo para que vivamos para a glória de Deus. Em seguida, ele chamou Andrei, que é de Brasília e participou da pri-meira edição do SIM, em Su-maré (SP), em 2012. O jovem compartilhou seu testemunho e emocionou a todos:

“Depois do SIM 2012, par-ticipei da Trans em Brasília e,

um dia, quando cheguei em casa, meu pai me disse que inicialmente não acreditava em mim, mas que por fim conseguia ver o chamado de Cristo para minha vida”, disse Andrei. Atualmente, ele está como missionário em forma-ção atuando na Cristolândia de Belo Horizonte. Além de compartilhar o amor de Cristo com pessoas ainda presas às drogas, ele ajuda os ‘inter-nos’, que são aqueles que aceitam ser abrigados pela Cristolândia, recebendo o tra-tamento e o acompanhamen-to necessários na luta contra a dependência química.

Ao ser perguntado se está feliz, Andrei respondeu que sim, e apontou dois jovens que estavam no culto e que foram alcançados por ele no período em que atuou na Cristolândia Recife (PE). “Quando olho para o Tiago e Magno, eu vejo que valeu a pena”, afirmou Andrei.

Os dois jovens de Recife foram convidados para abraçar Andrei e um deles testemu-nhou: “Cheguei à Cristolândia num período da minha vida em que achava que nada mais daria certo. Mas Deus usou o Andrei para me mostrar o amor de Cristo e hoje eu vivo para a glória de Jesus, declarou ele”. Tiago e Magno, hoje, seguem os passos de Andrei. Os dois estão no Rio de Ja-neiro em treinamento porque fazem parte da nova turma de Radicais Brasil. O encontro dos três no SIM 4D na PIB do Rio emocionou a todos.

“Deus usou e continuará usando a vida do Andrei para mudar a vida de muitos. Você não pode viver da experiência de ninguém, você tem que ter a sua experiência com Deus. E ele quer chamar você para isso, para mudar histórias”, concluiu o pastor Fernan-do Brandão, que antes de se despedir pediu a todos que repetissem com ele o texto de 2 Coríntios 5.15 e, em segui-da, fez uma oração pedindo a Deus que ajudasse a cada um dos presentes a usar sua voca-ção para mudar positivamente a vida de outras pessoas.

A nova turma do projeto Radical Cristolândia partici-

pou ativamente do SIM. Para alguns alunos, foi uma experi-ência nova e importante para o novo caminho que estão trilhando com Cristo. “É bom demais estar aqui no SIM, porque isso tudo é novo para mim. Sou vocacionado e estou gostando de poder interagir com pessoas de outros esta-dos. Por estar no SIM, estou tendo um vasto conhecimento da vida do Senhor Jesus Cristo. Nunca imaginei que um dia fa-ria parte disso”, disse o radical Magno dos Santos.

Iago José Maria também faz parte nesta turma de radicais. Ele foi alcançado pela Cristolân-dia Recife (PE) enquanto estava envolvido com drogas. Ele con-ta que, por meio do amor de Cristo, compartilhado no proje-to, sua recuperação e encontro com Cristo foram possíveis. “Foi muito bom participar do SIM. Ajudei no túnel missionário e tive experiências maravilhosas. Eu estava morto, mas agora es-tou vivo para a glória de Deus”, afirma o jovem.

Missionários e funcionários de Missões Nacionais fizeram parte da equipe de apoio e alguns foram responsáveis pela ministração de palestras. O coordenador do projeto Radical Cristolândia, pastor Fernando Arêde, falou sobre o tema ‘Droga: Uma endemia urbana’. Ele discorreu sobre a realidade dos dependentes químicos no Brasil, e também sobre como os cristãos podem ajudar essas pessoas.

A missionária Valdice De-coté, que atua no projeto de plantação de igrejas em Vitória (ES), falou sobre Pequenos Gru-pos Multiplicadores, e também compartilhou um pouco de sua experiência no campo. O objetivo de sua palestra foi despertar os participantes para que se tornem multiplicadores por meio de ações práticas de evangelismo e discipulado. “Imagina se cada pessoa aqui decide fazer um pequeno gru-po com seis ou sete pessoas. Isso é importante para o cresci-mento e multiplicação de discí-pulos; ajuda no crescimento da igreja de Cristo, no avanço do evangelho”, disse ela.

O pastor Diogo Carvalho, Gerente Operacional de Mis-

sões, participou da oficina Vo-luntários sem Fronteiras. Ele fa-lou sobre vocação, importância da devocional, participação em projetos missionários, como a operação Jesus Transforma, e afirmou: “Sirva muito. Ofereça seu corpo como sacrifício vivo. Lembre-se de que o caminho da humildade antecede o ca-minho da honra.”

A missionária Marília Ma-nhães, Coordenadora do Mi-nistério com Surdos, ajudou, com sua equipe, na tradução dos cultos para a linguagem de sinais, durante todo o evento. Ela também visitou o túnel missionário com um grupo de surdos. “A minha experiência é que hoje eu pude perceber a importância de entender mais sobre como que as pessoas fora do nosso contexto vivem. Também compreendi a respon-sabilidade de ir aos campos e ajudar pessoas para que encon-trem salvação e transformação de vida em Cristo”, relatou Leo-nardo do Nascimento, da Igreja em Libras do Rio de Janeiro.

No túnel missionário, as Juntas de Missões Nacionais e Mundiais apresentaram al-guns projetos de foma diferen-te, com vídeos e encenações que permitiram aos visitantes uma melhor compreensão da realidade que os missionários enfrentam. Os visitantes fo-ram impactados e despertados para a necessidade de inter-ceder e também participar, de forma mais efetiva, dos projetos missionários.

Para o pastor Donaldo San-tos, Coordenador do Projeto Radical Amazônia, esteve no túnel falando sobre seu projeto missionário. A par-ticipação dele foi de grande importância para diversas pessoas compreenderem a obra de evangelização entre os ribeirinhos. “Algumas pes-soas já se inscreveram para o projeto, e outras puderam tirar suas dúvidas”, disse ele.

No estande de Missões Na-cionais foram expostos mate-riais de diversos projetos, e apresentados projetos como Cristolândia, Trans Copa e Projeto Radical Amazônia. Para os visitantes, foram rea-lizadas atividades como pin-tura no rosto e tranças com

fitas com as cores da bandeira do Brasil. Quem passou pelo estande, e se interessou pelos projetos, pode cadastrar seus dados para receber mais infor-mações e o link de inscrição.

No espaço separado para aconselhamento, missionários conversaram sobre vocação, compartilharam experiências e, assim, ajudaram os partici-pantes do SIM a tirar dúvidas. “Foi uma experiência muito boa porque nós tivemos a opor-tunidade de ajudar os partici-pantes do SIM a entenderem a chamada e Deus”, avalia o pastor Valdir Soares, Gerente Nacional para Evangelização dos Povos Indígenas.

A última noite do SIM foi o desfecho de um preparo para novas descobertas a serviço do Reino. O pastor Neil Barreto, da Igreja Batista Betânia, deu uma palavra de encorajamen-to, ressaltando a importância do que será feito de agora em diante pelos vocacionados. Também houve momento de oração por toda a equipe que ajudou na realização e divulga-ção do evento.

GratidãoEm nome da Convenção Ba-

tista Brasileira e das Juntas de Missões Mundiais e Nacionais foi entregue ao administrador da PIB do Rio de Janeiro, João Marcos Soren, uma placa em gratidão à igreja por receber o congresso em suas instala-ções. Dando continuidade a esse momento de gratidão, as equipes do staff e dos vo-luntários também foram ho-menageadas pela dedicação e trabalho em todo o evento.

SorteioUm momento bastante es-

perado pelos congressistas foi o sorteio das viagens mis-sionárias para Haiti, Cabo Verde, Rio Grande do Sul e Amazônia. Os ganhadores acompanharão os projetos das JMM e JMN existentes nessas localidades.

Próximas edições:Em setembro, será realiza-

do o congresso SIM Salva-dor (BA). Em Manaus (AM) o evento ocorrerá em outubro. Acompanhe o site www.vo-cacao4d.com.br e curta a pá-gina do evento no Facebook: www.facebook.com/simtsv

Palavras edificantes marcaram o congresso SIM 2014

Ganhadoras do sorteio das viagens missionárias Radicais Cristolândia deram testemunho sobre vocação e salvação Momento de oração pela equipe de voluntários

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Mark GreenwoodDepartamento de Ação Social da CBB

Nos dias 21 a 26 de Abril 2014, a Convenção Batista Brasileira recebeu,

no Seminário Batista do Sul do Brasil, dois eventos de nível e repercussão conti-nental: a Conferência Batista Latino-Americana pela Paz, e a Cumbre (encontro de líde-res) da União Batista Latino--Americana (UBLA). Os dois eventos reuniram executivos, presidentes e representantes de dezessete convenções ba-tistas de todo o continente, além de representantes de agências missionárias batistas, europeias e norte-americanas.

Os presentes foram aben-çoados com ricas apresen-tações, palestras, sermões e oficinas, tratando de temas relevantes à vida social e espiritual do povo latino--americano. Os temas inclu-íram, entre outros: a rele-vância da igreja no contexto urbano; como tratar crianças na igreja e abordar temas da infância; conflitos ecológicos e o cuidar da criação e a ex-periência de participantes em situações de conflito e guerra civil. As oficinas focaram desafios para ações práticas e missionárias e para a edu-cação teológica.

Durante a Conferência pela Paz, liderada pelo pastor Ed-gar Palácios, de El Salvador, foi formada a Comunidade Batista Latino-Americano Pela Paz, que estabeleceu os se-guintes objetivos:

Proclamar o Reino de Deus à América Latina, com um convite para o arrependimen-to e à fé em Jesus Cristo.

Denunciar profeticamente o pecado estrutural, ou ins-titucional, assim como é, e o pecado de poderes imperiais que corroem a nossa esfera de vida e minam a nossa autode-terminação.

Acompanhar o nossos po-vos nas suas lutas pela vida, justiça e direitos humanos.

Ser uma rede crescente de batistas pacificadores, que permita a koinonia (comu-nhão) para o nosso fortaleci-mento espiritual.

Estar abertos para trabalhar juntos com outras organiza-ções regionais cristãs, e in-terconfessionais que estejam comprometidas com a paz e a justiça.

Dar seguimento a esta Con-ferência pela Paz com outras reuniões em nível latino-ame-ricano.

Publicar um informe perió-dico sobre os esforços batistas pacificadores na região.

Quem desejar fazer parte desta Comunidade Batista pela Paz entre em contato com a CBB através do e-mail [email protected].

Como executivo, o pastor equatoriano Parrish Jacome liderou a Cumbre da UBLA. Nas comunicações após o encontro ele destaca as se-guintes decisões que foram desenvolvidas ao longo do evento, desejando que todos os batistas estejam compro-metidos em apoiar estas ini-ciativas, para o bem de todo o continente:

Apoiar a campanha de 100 dias de Oração a favor da América Latina, que o De-partamento de Evangelismo da UBLA lançou no dia 26 de Abril.

Declarar o primeiro do-mingo de agosto (dia 3) o Dia Continental de Oração, conforme a decisão tomada na Cumbre em México, 2013, exortando todas as igrejas a se unirem em oração pela nossa região, pelo movimento “Je-sus, transformação e vida”, e a levantarem ofertas especiais nos seus cultos para apoiar este trabalho da UBLA.

Realizar conferências regio-nais de evangelismo e mis-sões, difundindo os pilares e estratégias do movimento “Jesus, transformação e vida”, começando em 2014 com um evento em Honduras, nos dias 3 a 5 de dezembro, para toda a América Latina.

Dar apoio ao convênio en-tre o Departamento de Evan-gelismo da UBLA e a Junta de Missões Nacionais (JMN) da CBB, para formar líderes para o projeto de trabalho com dependentes químicos

em cada país. A proposta é poder compartilhar a experi-ência do Projeto Cristolândia, formando líderes ao longo de 1 ano no Brasil, para retorna-rem logo a seus países para começar este trabalho.

Dar apoio ao convênio entre o Departamento de Missões da UBLA e a Junta de Missões Mundiais (JMM) da CBB, para implantar una agência missionária em cada organização membro da UBLA, providenciando forma-ção, treinamento e recursos para que missionários sejam enviados pelo mundo.

Fortalecer o convênio entre o Departamento de Missões da UBLA e a Junta de Missões Mundiais (JMM) da CBB, para o programa Radical Latino--Americano, como também em relação à sua nova gestão. O diretor de área apresentará os procedimentos e metodolo-gias a serem implementados.

Promover a mobilização missionária nas igrejas locais do continente, encorajando

que estabeleçam uma semana de trabalho missioneiro em outra cidade ou país.

Publicar, na revista eletrô-nica “Diálogo Teológico”, da Editora Mundo Hispano, as palestras e contribuições compartilhadas na Cumbre Continental.

Dar apoio ao plano de le-vantamento de fundos para o movimento “Jesus, transforma-ção e vida”, pelo qual as orga-nizações membros de UBLA levantarão, além do seu atual compromisso de 1% de suas entradas, doações através de igrejas, indivíduos, instituições, dentro das metas aprovadas por presidentes, executivos e representantes das organizações membros da UBLA.

Realizar a próxima Cum-bre Continental de Líderes Batistas, no Estado da Flórida (EUA), nos dias 21 a 25 de Abril, 2015, com conferências em dias antecedentes para grupos de interesse específico.

Divulgar intensamente, por todos os meios de comuni-

cação, os projetos e ativida-des que a UBLA desenvolve, para que sejam conhecidos e apoiados em todos os países do continente.

Se trabalhos realizados pela UBLA e os convênios com as Juntas Missionárias da CBB lhe chamaram a atenção, en-tre em contato diretamente com elas: Junta de Missões Nacionais - [email protected] ou entre em contato com a Central de Atendimento: Do Rio de Janeiro - (21) 2107-1818 / Outras capitais e regiões me-tropolitanas - 4007-1075 / Demais localidades - 0800-707-1818 e Junta de Missões Mundiais – [email protected] ou através do telefone (21) 2122-1900.

Mas além de tudo, devemos orar pela Comunidade Batista Latino-Americano pela Paz, por ministérios urbanos e com crianças, e pelos projetos mis-sionários da UBLA, para que em tudo possamos ser dignos servos do Senhor.

Batistas Latino-Americanos: fidelidade como mensageiros da paz e do evangelho de Jesus Cristo

Foto: Sélio Morais

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Aracaju vive momentos de comunhão e adoração durante campanha da JMM

Crianças também tiveram seu momento no culto

Dr. Humberto Chagas deu seu testemunho durante o Sim, Todos Somos Vocacionados

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Kátia Sandes – Jornalista da Terceira Igreja Batista de Aracaju

Comunhão, Vinho e Pão são as pala-vras que resumem o encerramento da

Campanha de Missões Mun-diais 2014 realizada na Ter-ceira Igreja Batista de Aracaju (TIBA), na manhã do dia 30 de março. O domingo foi todo es-pecial marcado primeiramente pela presença de Deus e pela interação virtual dos missioná-rios de Missões Mundiais Pr. Robson e Zelma Cunha, que apresentaram aos irmãos da TIBA o trabalho missionário desenvolvido na cidade de Gersminton, na África do Sul.

A TIBA realizou um link direto através da Internet com os missionários no continente africano, abrindo oportunida-de para os irmãos da igreja

Testemunho de Humberto Chagas – médico e missionário da JMM no Senegal durante o Sim, Todos Somos Vocacionados

Nasci em um lar muito pobre, na favela da Man -gueira, no Rio de

Janeiro. Mesmo sendo de um lar cristão, dediquei minha vida a Deus aos 15 anos em um acampamen-to dos Embaixadores do Rei. Foi ali também que compreendi o chamado de Deus para minha vida. Entendemos no SIM que todos fomos chamados, mas também que Deus chama alguns por critérios dele para obras específicas. E foi assim comigo.

Aos 17 anos, o Senhor co-locou no meu coração o so-nho de ser médico, mas pre-cisava de uma confirmação dele. Perguntei ao Pai se eu tinha entendido direito, por ser pobre, estudado sempre em escolas públicas bem modestas e que, com isso, não teria como concorrer para entrar no curso de Me-dicina em uma universidade pública.

Naquela época, eu já ti-nha aprendido que Deus tem todo o interesse de nos ajudar, de nos orientar nas escolhas. E começou a va-ler uma coisa que eu tinha

assistirem ao testemunho desses missionários, além de falarem com eles através das tecnologias de comunicação e informação.

Os missionários destaca-ram as atividades de evange-

aprendido na igreja, que não é um provérbio bíblico, mas é um provérbio: “Deus opera quando o homem coopera”.

Comecei a estudar, estudei muito, como nunca antes. Mesmo estudando muito e bastante confiante, não passei.

Fui para meu quarto. Cho-rei e entendi que deveria continuar. Deus falou comi-go: “Vá em frente”. E fui em frente, fiz vestibular de novo, me preparei de novo, veio mais um vestibular, e não passei. Fiquei muito triste, e quase desisti.

E vieram os “amigos de Jó”: “Faz outra coisa, faz isso, faz aquilo. Você tem chamado missionário. Vai para o seminário. Pense nis-so”. Eu fiquei muito abalado com aquilo. Aquela porta estava fechada.

Fui para meu quarto de novo. Com muita paciência, Deus me disse que deveria continuar. E continuei. Veio o vestibular pela terceira vez, e passei, para a glória de Deus.

Assim que entrei na facul-dade, fiz a seguinte oração: “Pai, eu só entrei aqui porque o Senhor abriu essa porta. Eu entrei aqui com o Senhor e quero continuar com o Senhor. E mais: quero sair daqui com o Senhor”.

Durante os seis anos de curso superior, eu me per-

lismo desenvolvidas naquele país, apresentaram informa-ções sobre a realidade da cidade em que vivem, bem como explicitaram dificulda-des percebidas e vivenciadas desde o momento em que

guntava o que fazer, pois Deus tinha me chamado para a obra missionária, e achava que sempre, para ser médico missionário, teria que fazer clínica médica ou pediatria. E no quinto ano, Deus me mostrou a ortopedia.

Foi durante a especializa-ção em ortopedia que, um dia, a missionária Analzira Nascimento falou na cape-la de um hospital onde eu estava de plantão sobre a experiência dela em Angola, que a ONU precisava de en-fermeiros bons…

Eu disse: “Deus, é isso mesmo. O Senhor me cha-mou para ser um médico or-topedista e eu topo, eu vou ser bom nisso”. Mas poderia ter sido na teologia. Porque Deus também chama teólo-gos e pastores. E o SIM fa-lou muito dos profissionais. Nós também precisamos de pastores segundo o coração de Deus, mas esse não foi o meu chamado. O meu chamado é para ser médico ortopedista.

Cresci profissionalmente aqui no Brasil, Deus abriu uma porta em Linhares/ES e eu prosperei. Até que Deus resolveu fechar essa porta e me chamar para o Senegal. Muitas pessoas nos bombar-dearam de questionamentos, inclusive pastores: “Por que deixar tudo isso? Ninguém desce!”.

chegaram lá. Eles também ressaltaram a forte presença de Deus sobre a vida deles com o sustento, proteção, cuidado e providência em todos os dias.

Antes do encerramento do culto, as classes da Escola Bíblica Dominical (EBD) apresentaram as ofertas ar-recadadas pelos alunos, com o propósito de serem entregues à Junta de Mis-sões Mundiais através da Campanha de 2014. O valor arrecadado ultrapassou o alvo inicial.

Os irmãos da TIBA encerra-ram o culto muito satisfeitos com o resultado da Campa-nha dentro da igreja, uma vez que incentivou ainda mais a visão missionária e a primazia da oferta a ser en-tregue para a obra de Deus. Após alimentarem o espírito, os irmãos também se ali-

Como ninguém desce? Um discípulo obedece. E foi isso que entendi. Minha esposa, a dentista e missionária Elisân-gela Chagas, e eu decidimos acreditar que quem abriu a porta aqui vai abrir em outro lugar.

Não importa se a porta está aberta ou fechada. O mais importante é quem está com a mão na maçaneta. Se Deus é dono da sua vida, e a porta está fechada, isso pode ser pedagógico para você.

Toda boa dádiva vem do alto. Não se esqueça disso, não negocie o que Deus deu a você. Foi ele quem abriu as portas. E se a porta está fechada, não tem pro-blema. Se é ele que está na maçaneta, vá em frente. E

mentaram fisicamente com o almoço especial prepara-do por Mulheres Cristãs em Ação (MCA) como parte da programação de encerramen-to da campanha de Missões Mundiais 2014.

Terceira Igreja Batista de Aracaju (TIBA)

A TIBA, localizada na ca-pital sergipana, é uma igreja composta por 100 membros que se reúnem para adorar a Deus, viver em comunhão e propagar as boas novas do evangelho. A igreja desen-volve trabalhos evangelís-ticos através do Ministério Pastoral, Mulheres Cristãs em Ação (MCA), União de Jovens (UNIJOV), além do Ministério de Louvor Nova Vida, Depar tamento de Evangelismo e Departamen-to de Comunicação e Au-diovisual.

assim fui para o Senegal. E a minha oração é que todos nós estejamos sensíveis a vi-ver aquilo que é proposta de Deus para todos nós. Todos somos vocacionados.

Todos somos vocacionados para cumprir a missão de Deus

Congresso SIM discute sentido de vidaO Sim, Todos Somos Vocacionados aconteceu na Pri-

meira Igreja Batista do Rio de Janeiro de 1 a 3 de maio. Durante os dias de congresso, 1.500 jovens do Brasil e de outros países debateram sobre vocação, chamado e sentido de vida.

Testemunhos, oficinas e painéis com participação de missionários da JMM (como Humberto Chagas) e da JMN, além de convidados musicais, também marcaram o con-gresso, visto pelo diretor executivo de Missões Mundiais, Pr. João Marcos B. Soares, como uma oportunidade para que vocacionados para o ministério missionário se apresentem.

“Essa é a grande vantagem do SIM, pois falamos para pessoas que já estão pensando nessa possibilidade. E quando ela entende que pode cumprir sua vocação através da profissão, com certeza estamos fazendo crescer essa possibilidade”, explica o Pr. João Marcos.

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12 o jornal batista – domingo, 18/05/14 notícias do brasil batista

OBITUÁRIO

Falece em Recife oDr Merval de Sousa Rosa

Merval Rosa: Sabedoria de Mestre

Extraído do site STBN

Na tarde desta sex-ta, 09/05/2014, aprouve ao Se -nhor nosso Deus

chamar para a Glória o seu servo, Merval de Sousa Rosa, ex-diretor geral do STBNB. O Pr. Merval vinha sofrendo de uma enfermidade degenera-tiva há alguns anos, que se agravou depois do falecimen-to de sua querida esposa, irmã Anita Rosa. Sempre querido por todos, quase uma unani-midade. Suas características pessoais foram marcadas por uma gentileza, uma tranquili-dade no trato com as pessoas, uma imensa capacidade para escutar os seus pares e aque-les que vinham em busca de uma palavra de orientação.

MERVAL DE SOUZA ROSA, de Altos, Piauí, 03.08.1926, filho de Jesuí-na Maria do Espírito Santo. Após os estudos primários em sua terra natal, deslo-cou-se para outros centros, onde também estudou. Sua cidade de origem – ALTOS - está localizada entre Te-resina e Campo Maior. Em 13.12.1948, vindo do inte-

Zaqueu Moreira de Oliveira

Depois de pertinaz enfermidade, no dia 09 de maio ú l t imo , pa r t iu

para a presença do Senhor um dos mais destacados mestres entre os batistas brasileiros, que atuou como pastor, professor, líder, psi-cólogo e escritor: Merval Rosa. Eu era menino ainda quando conheci um jovem recém- convertido muito ati-vo, na Primeira Igreja Batista de Teresina. Mais tarde, em um retiro de adolescentes promovido por aquela Igre-ja, o mesmo jovem, então seminarista do Seminário do Norte, foi o preletor, falando baseado no livro do profeta Amós. Minha terceira etapa de contato com ele foi como estudante no STBNB. Ali estudei a disciplina Criti-cismo Bíblico, exatamente com MERVAL DE SOUZA ROSA, que de início minis-trou várias disciplinas e foi indicado para ensinar na área de teologia.

rior do Piauí, com 22 anos de idade, matriculou-se no Seminário Teológico Batis-ta do Norte do Brasil, no Recife. Nos anos seguintes, Bacharelou-se em Teolo-gia. Em 1954, com 28 anos de idade, começou suas atividades como Professor do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil. Casou-se com Anita, com quem teve os filhos Ane-ci, Esdras, Miriam, Rute e Éster.

O Dr. Merval Rosa deixa um legado cultural, acadê-mico e, sobretudo, espi-ritual, muito forte, tendo influenciado centenas de jovens, seus alunos no STBNB, durante as cinco décadas que transitou em nossa instituição. Foi pas-tor na Igreja Evangélica Batista em Casa Amare-la e também em outras igrejas pernambucanas. Também foi licenciado em Letras Clássicas pela Faculdade de Filosofia de Pernambuco. Mestre em Teologia pelo Southern Baptist Theological Semi-nary (USA). Doutor em Psicologia Educacional

O fato de o professor Mer-val mencionar em classe alguns teólogos contem-porâneos, tais como Karl Barth, Emil Brunner, Paul Tillich, Jürgen Moltmann, Reinhold Niebuhr e Rudolf Bultmann, fê-lo suspeito de ser “modernista” ou liberal, chegando à acusação à Junta Administrativa do Seminá-rio. Com muita sabedoria, o reitor de então, David Mein, ao ser questionado sobre o assunto, resolveu solicitar

pela Kansas State Univer-sity (USA). Docente na Universidade Federal Ru-ral de Pernambuco onde também foi Pró-reitor aca-dêmico e no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil. Também serviu como diretor geral do STB-NB na década passada. Foi também diretor do Colégio Americano Batista na dé-cada de 1990 e Presidente da Convenção Batista de Pernambuco durante vá-rias gestões.

Dentre os livros que es-creveu destacam-se:

• O ministro evangélico: sua identidade e integri-dade

• A família e os Desafios de um novo tempo

• Antropologia Filosó-fica

• Psicologia da Religião• Psicologia Evolutiva:

Vol.01 – Problemática do Desenvolvimento

• Psicologia Evolutiva: Vol.02 – Psicologia da Infância

• Psicologia Evolutiva: Vol.03 – Psicologia Da Adolescência

uma reunião da Junta em formato de retiro no sítio Sil-vânia, perto do Recife, tendo como preletor o professor Merval Rosa. No final, os membros da Junta estavam convencidos da falsidade da acusação. Só que o inciden-te o conduziu a desistir de ensinar teologia, partindo para a área de psicologia. Foi assim que a denominação perdeu um teólogo e ganhou um apreciado psicólogo. De qualquer forma entendemos

• Psicologia Evolutiva: Vol.04 – Da Idade Adulta

Deixa o Pr. Merval uma saudade imensa e as mar-cas na vida de tantos quan-to foram seus alunos e ami-gos. O culto de gratidão pela vida do Pr. Merval de

que “os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis” (Rm 11.29).

Fatores diversos levaram Merval Rosa a não ser eleito para assumir a direção do STBNB após a saída de Da-vid Mein. Não sabia eu, que bem depois, ao me tornar reitor e diretor geral da re-ferida Instituição entre 1994 e 2002, eu seria sucedido naquela função por Merval Rosa, pois aquele era o tem-po (kairós) de Deus para que isso acontecesse. Assim tive o privilégio de tê-lo como conterrâneo (piauiense), meu professor no Seminário do Norte e sucessor na direção do mesmo Seminário.

A simpatia de Merval, e o fato de ser ele considerado pelos alunos como um dos melhores professores do STBNB, era algo inquestio-nável. Lembro-me de certa ocasião quando eu estava triste por algum motivo de menor importância, e encon-trei pelos corredores o citado mestre. Ele, no seu senso de humor, assim se expres-

Souza Rosa ocorreu à 15h de sábado, 10/05/2014, no templo da Igreja Batista da Capunga. O sepultamento ocorreu às 17h no Cemi-tério Parque das Flores. Somos gratos a Deus pela vida, amizade e ministério do Pr. Merval.

sou: “Nunca desanimando, porque dias piores virão.” Mesmo com a expressão jocosa do que foi dito, eu percebi que estava olhando demasiadamente para mim mesmo, e que havia outros com motivos muito mais sérios que mereciam a mi-nha atenção. Assim, aquelas palavras me reconduziram a novo ânimo e a tentar ajudar outras pessoas em situação mais delicada que a minha naquele momento.

Merval Rosa se destacou como escritor de alto nível e líder incontestável, inclusive foi o primeiro presidente elei-to da atual Convenção Batista de Pernambuco, em 1973. Entretanto, sua atuação mais importante foi como mestre no STBNB, o que me leva no momento a citar o texto bíblico: “As palavras dos sábios, ouvidas em silêncio, valem mais do que os gritos de quem governa entre to-los” (Ec 9.17). É isso! “Com a sabedoria edifica-se a casa, e com a inteligência ela se firma.” (Pv 24.3).

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13o jornal batista – domingo, 18/05/14notícias do brasil batista

Celso Aloisio Santos BarbosaMembro do Conselho Editorial de “O Jornal Batista”

No dia 13 de abril passado a Igreja Bat i s ta em Ca -chambi, do Rio

de Janeiro, esteve reunida em culto dominical matutino, em momento solene e de saudade, para relembrar resu-midamente a vida centenária do Pastor Antonio Lopes, que foi seu pastor no passado de sua organização, revivendo seu centenário de existência - 1909 – 2009.

Para tanto foram convida-dos e estiveram presentes seus filhos e cônjuges Dulce Con-suelo, Antonio Lopes Filho, Noemi Lucília , Maria Stela, além do neto Pastor João Rei-naldo Purin Junior. Também presentes uma neta e uma bisneta do homenageado.

Foi orador da manhã o gen-ro do Pastor Antonio Lopes,

Oliveira de AraújoPastor da (PIBV) Primeira Igreja Batista de Vitória/ES

Cuide de sua saúde física.Isso vai contribuir para que

você possa ter uma vida lon-ga e de boa qualidade. Seus hábitos de saúde em parte serão os hábitos do seu filho. Procure, então, ser o que você quer que o seu filho seja. Se você quer que o seu filho não fume, não fume. Se quer que ele não se torne um alcoóla-tra, não chegue sequer perto do álcool. Se você quer que o seu filho procure um médico para prevenção e tratamento, vá também ao médico.

Cuide de sua saúde emocional.

Pais equilibrados emocio-nalmente podem até não gerar filhos totalmente equi-librados. mas pais desequi-librados dificilmente terão filhos equilibrados emocio-nalmente. O clima em casa depende, quase cem por cento, dos corações dos pais. Não desconte os seus proble-

Reverendo Ebenézer Soares Ferreira, que discursou so-bre a vida de Antonio Lopes, trazendo-nos belo sermão e saudosa lembrança do velho obreiro. Para ilustrar o culto, foram distribuídos a toda a congregação retrato e bio-grafia do Pastor Lopes, como motivadores à lembrança de todos os presentes, O clima foi de saudade e gratidão pela vida do obreiro, que peregri-nou pelos campos paulista e carioca por bons anos.

Dirigiu a reunião , relem-brando seus anos de mocida-de na Igreja em Cachambi, seu atual Pastor, Reverendo Ilson Marinho, que colocou à disposição da família visi-tante o moderno templo da Igreja Batista em Cachambi, que se atualiza cada dia , além de manter a doutrina e os bons costumes tradicio-nais batistas.

Momento especial da reu-nião foi o do oferecimento à

mas no seu filho. Lembre-se que você pode até esquecer as “explosões”, mas talvez ele fique marcado para sem-pre. Se você tem dificuldades emocionais, procure ajuda. Pais que cuidam de si mes-mos fazem um investimento tão importante quanto a casa, a comida e a escola que ga-rantem para os filhos.

Cuide de sua saúde espiritual.

Seus hábitos espirituais deverão integrar a cesta de hábitos espirituais de seu filho. Se você, por exemplo, dá importância à igreja, não faltando sem motivo, seu fi-lho tenderá a fazer o mesmo. Se o seu filho vê você lendo a Bíblia e orando, é possível que esse bom modelo com-ponha a biografia dele mais adiante.

Cuide bem do seu filho! Você pode alcançar o maior sucesso no que faz na vida, mas se falhar como pai, você é um fracasso!

Com o abraço do pastor e amigo,

Igreja, na presença dos mem-bros familiares, de bela placa comemorativa do centenário do Pastor Lopes, oferecimen-to por parte do autor destas linhas.. Placa de madeira, de bom tamanhão e de fundo preto e letras douradas, artisti-camente preparada por Paulo Lomba, artista batista para tais produtos, que estava presente ao culto que se realizava. A placa será aposta em parede especial da Igreja.

Momentos deste tipo enal-tecem o ministério batista e alentam os que participam de cultos similares.

O culto foi enriquecido com o “Coral Olinda Lopes” da Igreja e orquestra musical de membros locais. Ao final, todos os presentes foram con-vidados a lauto almoço.

O dia marcou a presença da Igreja Batista em Cachambi. Parabéns a seu Pastor, Reve-rendo Ilson Marinho, já de cabelos brancos...

Mais um Centenário EmplacadoPastor Antonio Lopes

Seu filho será, em boa parte,

aquilo que você é hoje. Então cuide de você mesmo.

Page 14: Jornal Batista nº 20 -2014

14 o jornal batista – domingo, 18/05/14 ponto de vista

Roberto Torres Hollanda(“A história é a mestra de vida” – Cícero)

Antes que se apagas-sem as marcas, ao invés de traçar os perfis biográficos

de perseguidos e persegui-dores, Josué Sylvestre optou por pintar o quadro histórico das perseguições religiosas no Nordeste.

Tenho a grata satisfação de anunciar aos prezados leitores o lançamento, no segundo semestre de 2014, do livro “Fatos e personagens de perseguições a Evangé-licos” do prolífico escritor paraibano, atualmente radi-cado na capital paranaense. Muitos fatos e personagens foram esquecidos porque, tradicionalmente entre os Evangélicos, não tem havido pesquisadores.

Havia fatos encobertos, omitidos e adulterados, dian-te dos quais intelectuais de-sistiam de aprofundar seus conhecimentos, e persona-gens temiam revelar suas ex-periências.

Pedro Souto Maior, sócio efetivo do Instituto Históri-co e Geográfico Brasileiro, traduziu atas de sínodos re-alizados durante o domínio holandês, que davam conta das perseguições a Evangé-licos, então chamados de Protestantes.

Na mesma época, início do século XX, Domingos Ribeiro traduziu do francês “A tragédia de Guanabara ou história dos protomártires do Cristianismo no Brasil”, de Jean Crespin. Fiquei de-cepcionado com o crítico literário Wilson Martins por não ter mencionado essa obra histórica em sua mo-numental “História da Inte-ligência Brasileira”. Lembro que na primeira metade do século XX pude ler, escritos por Salomão Luiz Ginsburg e Álvaro Reis, alguns relatos corajosos a respeito de per-seguições movidas contra Evangélicos.

Em 23 de abril de 1935 houve uma polêmica entre o frei Damião De Bozzano e o pastor Synésio Lyra, em Campina Grande (PB), tendo como tema o assunto da tran-substanciação da eucaristia. Entretanto, o historiador Epa-minondas Câmara, em seu livro “Datas Campinenses”, não fez qualquer referência a essa polêmica. O historiador Hortênsio de Souza Ribeiro, que foi moderador (os outros foram Vergniaud Wanderley, chefe de polícia, e o jorna-lista Orris Barbosa), em seu

livro “Vultos e Fatos”, nada escreveu sobre o debate. Os intelectuais não expunham suas ideias.

Synésio Lyra, depois do formidável acontecimento teológico literário, talvez pressionado, deixou em 1938 o pastorado da Igreja Evangélica Pernambuca -na e foi para o da Igreja Evangélica Fluminense, no Rio de Janeiro, onde eu o conheci pessoalmente na década de 40. Não somente no Nordeste, mas em todo o território nacional havia todo tipo de perseguição aos Evangélicos.

Na década de 50, na re-gião próxima ao futuro Dis-trito Federal, em Formosa (GO), um alto-falante trans-mitia o aviso: “Qualquer fa-mília católica que tenha os seus filhos na Escola Evan-gélica será excomungada” (John Lawrence Miller, Im-pacto Brasília, p. 142. Brasí-lia: Editora Ser, 2007).

Parece que a convocação, em janeiro de 1959, do II Concílio Ecumênico, no Vaticano, pelo papa João XXIII, esfriou a indignação dos Evangélicos ante as violências cometidas pela Igreja Católica Romana con-tra a liberdade religiosa. Em duas décadas, houve o silêncio e acomodação dos Evangélicos, mas esse esfriamento, na década de 80, não impediu a energia e contundência verbal de do ex-padre Aníbal Pereira dos Reis.

Durante mais de 60 anos frei Damião de Bozzano foi uma figura de proa na ala mais reacionária da Igreja Católica Romana. Quando morreu, em maio de 1997, suscitou uma onda de mis-ticismo no Brasil, propalada pela imprensa secular (re-vista “Manchete”, jornal “O Dia), mas contestada pela evangélica (mensário “Carta Aberta”, revista “Vinde”). A revista “Veja”, por inter-médio da repórter Virginie Leite, inicialmente se inte-ressou pela posição evangé-lica, mas recuou. Antes, em fevereiro de 1972, admitira que frei Damião ordenou o incêndio de um templo evangélico na Paraíba.

Por tudo isso, nessa oca-sião, Josué Sylvestre decidiu escrever extensamente sobre o tema e reunir os documen-tos para uma obra sobre as perseguições religiosas em Pernambuco e na Paraíba. O livro também contém episó-dios ocorridos no Rio Gran-de do Norte, em Sergipe, Alagoas, Ceará e Piauí.

Era importante, necessário e inadiável; como escreveu o pastor Ney Ladeia, para “resgatar a verdade, preser-var a história e homenagear os heróis”. O livro de Josué conta detalhes da luta con-tra a opressão das consci-ências, sem incentivar o revanchismo ou o espírito vingativo.

Cremos que escrever his-tória é um esforço para en-

tender e explicar o passado. O pesquisador deve deixar de lado as preocupações de ordem ideológica na abor-dagem do passado. Durante a fase preliminar de esclare-cimento, o pesquisador usa a técnica que permite fazer com que as “fontes” falem, por meio de depoimentos e testemunhos. Além desse material, Josué cita uma impressionante bibliografia

e documentação, e aplica farta iconografia. Na fase de conclusão, será excelente se o historiador puder de-monstrar que o passado não sobreviveu.

As partes 9 e 10 (capítulos 35 a 39) do livro deixam-nos a alegre impressão de que os crentes perseguidos vence-ram pela fé. Com emoção e convicção, recomendamos este livro de Josué Sylvestre.

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SAÃANACN

FARAOMALCO

Saíram da cidade

de Ur (Gn 11:31)

Segundomarido de Rute(Rt 4:13)

As de Jeri-có ruíram

pela fé (Hb 11:30)

Esaú, emrelação

aos filhosde Jacó

Filho, eminglês

Foi alimen-tado porcorvos (I Rs 17:1-6)

"Herança"de Salo-

mão (I Rs 2:12)

Um doscontroles da imagem

da TV

Aplica-ção; em-

prego (pl.)

Alimentode supers-tições de

fim de ano

Título re-cusado porGideão (Jz8:22-23)

Forma a-pocopadade "muito"

Gritar;vociferar

Dono da jumentinhaque falou

(Nm 22:30)OlavoBilac,

poeta par-nasiano

Tocam nocarrilhãoda igreja

Atividadede Pedroe André

(Mt 4:19)

Matizar; abrilhan-

tar

Estado ex-portadorde açaí

Poemajaponêscom trêsversos

Indivíduosjulgadospor umcrime

Seu filhofoi vítimado Anjo

da Morte

Autor(abrev.)

A Terra doLeite e do

Mel

Teve suaorelha

cortadapor Pedro

Gravata,em inglêsClube mi-neiro (fut.)

(?) McKel-len, atorNegrinhofolclórico

Relação;listagemApêndiceda xícara

23 letragrega

"Confia no Senhor detodo o teu coração, enão te estribes no teu próprio entendimento"

MalvadaÁrea paraa práticado surfe

Pai deZorobabel(Ne 12:1)

Evangeli-zaram

Lídia emTiatira (At 16:14)

Prosélito deAntioquia(At 6:5)O Cartu-nista dasMulatas

a

3/psi — son — tie. 4/boaz. 5/malco. 6/balaão — haicai. 7/nicolau. 8/salatiel

Page 15: Jornal Batista nº 20 -2014

15o jornal batista – domingo, 18/05/14notícias do brasil batista

Machados, a pe-quena cidade repleta de coli-nas no agreste

de Pernambuco, é conhecida como a Terra da Banana. Mas outros frutos tem sido também produzidos naquele lugar. Frutos como os des-critos por Jesus em João 15 – “Aquele que permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto”.

Há oito anos, quando a missionária Salomita chegou para trabalhar na Igreja Batis-ta em Machados, percebeu a necessidade de um acompa-nhamento mais de perto de homens e mulheres alcoóla-tras: “Então surgiu a ideia de fazermos cursos de crochê, pintura. E com a ideia co-locada em prática, surgiram as pessoas para ajudar. A Mulheres Cristãs em Ação (MCA) Mata-Centro, em Reci-fe, nos trouxe material como tinta, linha, agulha, pano de prato, e então começamos o trabalho,” conta Salomita, ilustrando a provisão que Deus tem dado ao trabalho através de seus servos.

O próximo passo foi abrir

uma Casa de Recuperação: “Com este trabalho, vemos homens e mulheres resga-tadas das drogas e álcool, e casamentos sendo feitos e refeitos”, entusiasma a mis-sionária.

Além disso, o chamado para mostrar o amor de Deus de forma prática naquela co-munidade, e produzir frutos, levou a igreja em Machados a iniciar um PEPE – progra-ma para pré-escolares. Com o crescimento, sentiu-se a necessidade da construção do Centro Social Batista, que aconteceu como fruto do apoio dos irmãos da SIB de Caxias, RJ, igreja que até hoje apoia este trabalho.

Em 2012, o trabalho batis-ta em Machados expandiu, e iniciaram um núcleo do Espaço Voar – programa so-cioeducativo para crianças de 7 a 11 anos. Este programa auxilia igrejas a mostrarem o amor de Deus de forma prá-tica a crianças, auxiliando-os também em seu desenvol-vimento escolar e como ci-dadão. Um dos frutos deste trabalho foi Kátia (o nome da criança foi trocado para

preservar sua identidade). Esta menina de 10 anos de idade teve uma mudança radical em sua vida desde que começou a frequentar o Espaço Voar nesta igreja. A família de Kátia vive em situação bastante difícil. Sua irmã teve um filho quando tinha 12 anos de idade, e as pessoas da igreja perceberam que Kátia corria o mesmo risco, pois ela frequentava festas noturnas com adultos e usava roupas não apropriadas para a sua idade. Kátia facil-mente se envolvia em brigas na rua, criava barulhentas confusões que levaram sua mãe diversas vezes para a de-legacia. Devido ao seu com-portamento, Kátia não estava mais frequentando a escola, encontrando-se então em situação bastante vulnerável.

O primeiro contato de Ká-tia com a igreja foi através do Espaço Voar, pois sua mãe queria que ela recebesse algum tipo de ensino, já que ela não estava frequentando a escola. Durante as atividades deste programa, as crianças são ensinadas sobre o amor de Jesus, e convidadas a vir

a igreja. Recentemente, Sa-lomita disse a Kátia: “Que-rida Kátia, eu sei que você ainda não fez uma decisão por Jesus, mas como você está frequentando atividades na igreja, as pessoas que te veem te identificam como uma pessoa da igreja. Então eu gostaria de te pedir que procurasse não falar pala-vrões, evitasse brigas na rua e que usasse roupas adequadas à sua idade”. Kátia entendeu, mas não tinha muitas opções de roupa para usar. Assim, novamente membros de uma igreja em Recife trouxeram, com muito carinho, roupas com as quais Kátia se sentiu muito bem.

Com esta orientação da missionária, e como fruto do contato amoroso da equipe do Espaço Voar durante a se-mana, Kátia quis se envolver mais com a igreja e participar de diversas atividades. Re-centemente, em uma EBD, ao ouvir a história bíblica, Kátia se sentiu muito tocada e entendeu o amor de Jesus por ela de uma maneira especial. Desde então, Kátia está muito entusiasmada com as ativi-

dades da igreja, e não perde nenhum dia de Espaço Voar. Ao inteirar-se mais da vida de Kátia, a equipe ficou sabendo que ela não estava frequen-tando a escola, e a ajudou a voltar a estudar. A história de Kátia hoje é outra. No dia a dia, ela vai a escola, é ativa nas atividades da igreja, e está crescendo intelectual e espiritualmente.

Através da vida dos crentes que permanecem na Videira, participantes desta igreja em Machados, e as outras igrejas que se envolveram no trabalho, vemos frutos como a vida de Kátia, e os muitos que deixaram o ál-cool e encontram sua alegria em Jesus. Sabemos que estes novos crentes também pro-duzem frutos, e assim vemos o crescimento do reino de Deus.

É muito bonito ver a trans-formação na vida de Kátia desde que ela encontrou Je-sus. A situação familiar desta criança ainda é bastante ins-tável. Oremos para que Kátia permaneça na Videira, e que em sua vida sejam vistos lin-dos frutos.

Uma igreja que produz frutosDepartamento de Ação Social da CBB

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