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O episódio envolvendo o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) no ple- nário da Câmara, dia 9, chocou o país. Ao comentar o relatório da Comissão Nacional da Verdade o deputado passou da conta ao contestar os dados irrefutáveis do relatório final, que apura os crimes da ditadura militar no Brasil. Ao negar a ocorrência de estupros praticados por militares contra as presas políticas, Bolsonaro agrediu verbal e fisicamente a deputada Maria do Rosário Nunes (PR-RS) no plenário da Câmera, diante de todos, numa total falta de decoro e de respeito à deputada, à Casa e ao povo brasileiro. Sem papas na língua, ele admite ser estuprador ao dizer em alto e bom tom diante de câmeras que “não a estupraria porque ela não merece ser estuprada". Na opinião dele e, numa clara apologia ao crime, "Maria do Rosário não merece ser estuprada", mas as demais mulheres sim. Fora Bolsonaro! Cassação já! É o que pede o povo brasileiro. Maria do Rosário, política conhecida e respeitada, ex-ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos do governo Dilma, já declarou que vai processar o deputado, mas isso só não basta. A so- ciedade brasileira está indignada e quer uma punição exemplar e exige a cassação de Bolsonaro. IMPRENSA INTERNACIONAL Enquanto a imprensa brasileira dá pouco destaque ao caso e se mantém indiferente ao sentimento de revolta da sociedade e ao clamor dos setores orga- nizados (Sindicatos, centrais sindicais, movimento de mulheres entre outros), por justiça e pela cassação, a imprensa internacional repercute o caso e o trata como “uma aberração”, “uma vergonha nacional”. O jornal francês Le Monde ao noticiar o caso não poupa adjetivos a Bolsonaro, o taxou de homofóbico, racista, atrevido e misógino (que tem ódio ou repulsa ao gênero feminino). O jornal ainda ressaltou que, em vez de pedir desculpas pela decla- ração, Bolsonaro fez questão de divulgar o vídeo em suas redes sociais, como se tivesse orgulho do que fez. O jornal norte-americano The Intercept , condenou o episódio que classifica como “uma vergonha nacional única” no Brasil. O Sinttel-Rio repudia a atitude do deputado e se une a todos os cidadãos, entidades, instituições e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) nos atos, ma- nifestações que estão em luta exigindo a punição rigorosa para o deputado e a sua cassação. PROTESTOS EM TODO O PAÍS A CUT Nacional e as regionais, Sin- dicatos filiados, federações, movimen- Que venha 2015! Esta é o último jornal do ano e é natural que façamos um balanço conjuntural do que foi realizado, conquistado e aprendido na luta de todos nós pela igualdade social e por melhores salários e condições de trabalho. Nesta retrospectiva, o ano de 2014 ficará marcado como um ano difícil, de lutas para a manutenção de conquistas sociais e eco- nômicas, obtidas graças à implementação de programas do governo que priorizam as classes menos favorecidas, até então esquecidas pelas gestões anteriores. Uma luta em que saímos vitoriosos. A disputa acirrada, favorecida pela pesada campanha da imprensa golpista contra o governo que, diga-se de passa- gem, continua, por pouco não impediu a reeleição da Presidente Dilma. Nesta eleição, infelizmente, não conseguimos reeleger dois importantes parlamentares, grandes defensores da categoria e dos trabalhadores de um modo geral no Congresso Nacional e na Assem- bleia Legislativa, Jorge Bittar e Gilberto Palmares, respectivamente. Que venha 2015. A expectativa é que este seja um ano de mais conquistas, tanto trabalhistas quanto políticas, a sociedade exige reformas política e fiscal. Quer a banda larga de qualidade para todos e regulação da mídia. Queremos também garantir melhores acordos coletivos, para isso estaremos firmes na luta com a cate- goria. É fundamental que nos mantenha- mos mobilizados, unidos e organizados no nosso Sindicato, pois sozinho nada podemos, mas juntos somos imbatíveis. A todos um Feliz Natal e um 2015 de vi- tórias e conquistas. São os votos do Sinttel a toda categoria e aos seus funcionários. A DIRETORIA CASSAÇÃO JÁ! "Mulher merece ser estuprada", diz Bolsonaro! tos sociais, movimentos de mulheres e partidos de esquerda como PT, PSOL, farão um protesto nacional hoje, dia 17, exigindo a punição exemplar e cassação do deputado Jair Bolsonaro. Os protestos terão início às 14h e se estenderão até à noite. O palco das mani- festações no Rio de Janeiro é a Cinelândia e a expectativa dos organizadores é de que este seja o maior protesto do país, tendo em vista que aqui é a base eleitoral do deputado. Mas a CUT garante que em São Paulo, Brasília, Porto Alegre e outras capitais também vão em massa às ruas exigir a cassação. O Sinttel-Rio e a CUT convocam a sociedade carioca, as mulheres em particular, a ocuparem a Cinelândia e usando a criatividade improvisarem com cartolinas ou outro tipo de papel cartazes com "Fora Bolsonaro! "Teu lugar é na cadeia!" "estupro é crime" e "cassação já". Os gritos da rua vão se somar à ação das diversas entidades que já deram entrada na Procuradoria Geral da República (PGR) com pedido de cassação. GREVE 24 HORAS O Sinttel-Rio submeteu a proposta à Assembléia Geral realizada no dia 11, na Rua Alexandre Mackenzie, Centro da cidade. O resultado foi a rejeição da proposta e a realização de uma GRE- VE DE 24 HORAS como advertência aos patrões. O clima na categoria é de absoluta indignação com as condições oferecidas pelas empresas. Temendo a organização e disposição dos trabalhadores, após a categoria anunciar a greve de 24h para o dia 17 TELEATENDIMENTO Teleatendentes, ao chegar ao local de trabalho não entre e não se logue. Em reunião com a comissão de trabalhadores e o Sinttel-Rio no dia 10, as empresas de call center não apresentaram nada de novo. Continuaram oferecendo apenas salário mínimo de piso salarial e o aumento do tíquete não chegou a R$0,50. Para os demais salários e benefícios estão propondo apenas repor a inflação (INPC). É imoral. de dezembro, as empresas fizeram de tudo para intimidar e tirar os tra- balhadores da luta. Realizaram todo tipo de artimanha e ameaça, mas nada funcionou, a categoria assumiu a campanha com toda garra e agora vamos à primeira greve geral do tele- atendimento no Rio de Janeiro. A Atento bem que tentou desmobili- zar a greve apresentando uma proposta com alguns itens sociais, mas mantendo o salário mínimo e o tíquete de fome. aA greve é por tempo determinado, 24 horas aO Sindicato tomou todas as medidas legais para garantir a greve aOs trabalhadores não devem aceitar provocação das chefias ou seguranças das empresas aA greve é pacífica, não deve haver tumulto, confusão ou quebra-quebra aDiante que qualquer dúvida ligue para o Sinttel (2204-9300), que haverá plantão de diretores e advogados aSó confie nas informações do Sindicato, acompa- nhe pelo nosso portal www.sinttelrio.org.br Orientações aos grevistas aNão aceite ameaças das chefias via celulares, SMS ou rede social aLeia todos os boletins do Sindicato aAjude a convencer seus colegas, vamos garantir a adesão total à greve aAssine a lista de presença Fac-símile do Edital de Greve publicado no jornal Monitor Mercantil, edição de 10/12/2014 Mobilização é geral na categoria CAMILA PALMARES A categoria respondeu o desaforo à altura: 3.345 votos, 2.790 pela greve e 543 pelo acordo. A nossa data base é 1º de janeiro de 2015. A categoria é constituída basicamente de trabalhadores entre 18 e 30 anos, alguns destes no primeiro emprego, a grande maioria mulheres. Esses trabalhadores estão cansados de receber salário mínimo para trabalhar sob forte pressão, estresse e ainda sofrer vários tipos de assédio moral. Pras eles, agora basta! 2015, O ANO DA VIRADA Se as empresas não querem entender isso o problemas é delas. Não venham querer nos convencer de que estão enfrentando crise, nós lhes dizemos: ninguém conhece mais de crise do que nós que vivemos com salários miserá- veis, somos bem informados e sabemos que esse setor de teleatendimento é um dos que mais cresce no mundo, ainda não conheceu crise no Brasil e só tende a crescer ainda mais. As empresas de teleatendimento no Brasil estão muito bem, obrigado, e longe do vermelho e da crise. Chega de chororô! Exigimos a nossa pauta. QUEREMOS: Piso salarial de R$ 1.099,00; Vale refeição / Alimentação de R$11 para jornada de 6h; Vale refeição / Alimentação de R$22 para jornada de 8h; Redução de jornada de 220 para 200 horas; Pausa 10 a cada 50 minutos traba- lhados; Fim do prazo de 72 horas corridas para entrega de atestado médico; Redução dos descontos de VA/VR e VT; Fim das metas abusivas. Protesto de mulheres no Sinttel

Jornal do Sinttel-Rio nº 1.444

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Teleatendimento: Greve 24 horas

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Page 1: Jornal do Sinttel-Rio nº 1.444

O episódio envolvendo o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) no ple-nário da Câmara, dia 9, chocou o país. Ao comentar o relatório da Comissão Nacional da Verdade o deputado passou da conta ao contestar os dados irrefutáveis do relatório final, que apura os crimes da ditadura militar no Brasil.

Ao negar a ocorrência de estupros praticados por militares contra as presas políticas, Bolsonaro agrediu verbal e fisicamente a deputada Maria do Rosário Nunes (PR-RS) no plenário da Câmera, diante de todos, numa total falta de decoro e de respeito à deputada, à Casa e ao povo brasileiro. Sem papas na língua, ele admite ser estuprador ao dizer em alto e bom tom diante de câmeras que “não a estupraria porque ela não merece ser estuprada". Na opinião dele e, numa clara apologia ao crime, "Maria do Rosário não merece ser estuprada", mas as demais mulheres sim. Fora Bolsonaro! Cassação já! É o que pede o povo brasileiro.

Maria do Rosário, política conhecida e respeitada, ex-ministra da Secretaria

Especial de Direitos Humanos do governo Dilma, já declarou que vai processar o deputado, mas isso só não basta. A so-ciedade brasileira está indignada e quer uma punição exemplar e exige a cassação de Bolsonaro.

IMPRENSA INTERNACIONALEnquanto a imprensa brasileira dá

pouco destaque ao caso e se mantém indiferente ao sentimento de revolta da sociedade e ao clamor dos setores orga-nizados (Sindicatos, centrais sindicais, movimento de mulheres entre outros), por justiça e pela cassação, a imprensa internacional repercute o caso e o trata como “uma aberração”, “uma vergonha nacional”.

O jornal francês Le Monde ao noticiar o caso não poupa adjetivos a Bolsonaro, o taxou de homofóbico, racista, atrevido e misógino (que tem ódio ou repulsa ao gênero feminino). O jornal ainda ressaltou que, em vez de pedir desculpas pela decla-ração, Bolsonaro fez questão de divulgar o vídeo em suas redes sociais, como se

tivesse orgulho do que fez. O jornal norte-americano The Intercept,

condenou o episódio que classifica como “uma vergonha nacional única” no Brasil.

O Sinttel-Rio repudia a atitude do deputado e se une a todos os cidadãos, entidades, instituições e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) nos atos, ma-

nifestações que estão em luta exigindo a punição rigorosa para o deputado e a sua cassação.

PROTESTOS EM TODO O PAÍS

A CUT Nacional e as regionais, Sin-dicatos filiados, federações, movimen-

Que venha 2015!

Esta é o último jornal do ano e é natural que façamos um balanço conjuntural do que foi realizado, conquistado e aprendido na luta de todos nós pela igualdade social e por melhores salários e condições de trabalho.

Nesta retrospectiva, o ano de 2014 ficará marcado como um ano difícil, de lutas para a manutenção de conquistas sociais e eco-nômicas, obtidas graças à implementação de programas do governo que priorizam as classes menos favorecidas, até então esquecidas pelas gestões anteriores. Uma luta em que saímos vitoriosos.

A disputa acirrada, favorecida pela pesada campanha da imprensa golpista contra o governo que, diga-se de passa-gem, continua, por pouco não impediu a reeleição da Presidente Dilma.

Nesta eleição, infelizmente, não conseguimos reeleger dois importantes parlamentares, grandes defensores da categoria e dos trabalhadores de um modo geral no Congresso Nacional e na Assem-bleia Legislativa, Jorge Bittar e Gilberto Palmares, respectivamente.

Que venha 2015. A expectativa é que este seja um ano de mais conquistas, tanto trabalhistas quanto políticas, a sociedade exige reformas política e fiscal. Quer a banda larga de qualidade para todos e regulação da mídia. Queremos também garantir melhores acordos coletivos, para isso estaremos firmes na luta com a cate-goria. É fundamental que nos mantenha-mos mobilizados, unidos e organizados no nosso Sindicato, pois sozinho nada podemos, mas juntos somos imbatíveis.

A todos um Feliz Natal e um 2015 de vi-tórias e conquistas. São os votos do Sinttel a toda categoria e aos seus funcionários.

A DIRETORIA

CASSAÇÃO JÁ! "Mulher merece ser estuprada", diz Bolsonaro!tos sociais, movimentos de mulheres e partidos de esquerda como PT, PSOL, farão um protesto nacional hoje, dia 17, exigindo a punição exemplar e cassação do deputado Jair Bolsonaro.

Os protestos terão início às 14h e se estenderão até à noite. O palco das mani-festações no Rio de Janeiro é a Cinelândia e a expectativa dos organizadores é de que este seja o maior protesto do país, tendo em vista que aqui é a base eleitoral do deputado. Mas a CUT garante que em São Paulo, Brasília, Porto Alegre e outras capitais também vão em massa às ruas exigir a cassação.

O Sinttel-Rio e a CUT convocam a sociedade carioca, as mulheres em particular, a ocuparem a Cinelândia e usando a criatividade improvisarem com cartolinas ou outro tipo de papel cartazes com "Fora Bolsonaro! "Teu lugar é na cadeia!" "estupro é crime" e "cassação já". Os gritos da rua vão se somar à ação das diversas entidades que já deram entrada na Procuradoria Geral da República (PGR) com pedido de cassação.

GREVE 24 HORAS

O Sinttel-Rio submeteu a proposta à Assembléia Geral realizada no dia 11, na Rua Alexandre Mackenzie, Centro da cidade. O resultado foi a rejeição da proposta e a realização de uma GRE-VE DE 24 HORAS como advertência aos patrões. O clima na categoria é de absoluta indignação com as condições oferecidas pelas empresas.

Temendo a organização e disposição dos trabalhadores, após a categoria anunciar a greve de 24h para o dia 17

TELEATENDIMENTO

Teleatendentes, ao chegar ao local de trabalho não entre e não se logue. Em reunião com a comissão de trabalhadores e o Sinttel-Rio no dia 10, as empresas de call center não apresentaram nada de novo. Continuaram oferecendo apenas salário mínimo de piso salarial e o aumento do tíquete não chegou a R$0,50. Para os demais salários e benefícios estão propondo apenas repor a inflação (INPC). É imoral.

de dezembro, as empresas fizeram de tudo para intimidar e tirar os tra-balhadores da luta. Realizaram todo tipo de artimanha e ameaça, mas nada funcionou, a categoria assumiu a campanha com toda garra e agora vamos à primeira greve geral do tele-atendimento no Rio de Janeiro.

A Atento bem que tentou desmobili-zar a greve apresentando uma proposta com alguns itens sociais, mas mantendo o salário mínimo e o tíquete de fome.

aA greve é por tempo determinado, 24 horasaO Sindicato tomou todas as medidas legais para garantir a greveaOs trabalhadores não devem aceitar provocação das chefias ou seguranças das empresasaA greve é pacífica, não deve haver tumulto,

confusão ou quebra-quebraaDiante que qualquer dúvida ligue para o Sinttel (2204-9300), que haverá plantão de diretores e advogadosaSó confie nas informações do Sindicato, acompa-nhe pelo nosso portal www.sinttelrio.org.br

Orientações aos grevistasaNão aceite ameaças das chefias via celulares, SMS ou rede socialaLeia todos os boletins do SindicatoaAjude a convencer seus colegas, vamos garantir a adesão total à greveaAssine a lista de presença

Fac-símile do Edital de Greve publicado no jornal

Monitor Mercantil, edição de 10/12/2014

Mobilização é geral na categoria

CAMILA PALMARES

A categoria respondeu o desaforo à altura: 3.345 votos, 2.790 pela greve e 543 pelo acordo.

A nossa data base é 1º de janeiro de 2015. A categoria é constituída basicamente de trabalhadores entre 18 e 30 anos, alguns destes no primeiro emprego, a grande maioria mulheres. Esses trabalhadores estão cansados de receber salário mínimo para trabalhar sob forte pressão, estresse e ainda sofrer vários tipos de assédio moral. Pras eles, agora basta!

2015, O ANO DA VIRADASe as empresas não querem entender

isso o problemas é delas. Não venham querer nos convencer de que estão enfrentando crise, nós lhes dizemos: ninguém conhece mais de crise do que nós que vivemos com salários miserá-veis, somos bem informados e sabemos que esse setor de teleatendimento é um

dos que mais cresce no mundo, ainda não conheceu crise no Brasil e só tende a crescer ainda mais.

As empresas de teleatendimento no Brasil estão muito bem, obrigado, e longe do vermelho e da crise. Chega de chororô! Exigimos a nossa pauta.

QUEREMOS:Piso salarial de R$ 1.099,00;Vale refeição / Alimentação de R$11

para jornada de 6h;Vale refeição / Alimentação de R$22

para jornada de 8h;Redução de jornada de 220 para 200

horas;Pausa 10 a cada 50 minutos traba-

lhados;Fim do prazo de 72 horas corridas

para entrega de atestado médico;Redução dos descontos de VA/VR

e VT;Fim das metas abusivas.

Protesto de mulheres no Sinttel

Page 2: Jornal do Sinttel-Rio nº 1.444

bers

ot

humor 1.444

Rua Morais e Silva, 94 - Maracanã - RJ - CEP 20271-030 - Tel.: 2204-9300E-mail Geral [email protected] - Site http://www.sinttelrio.org.br

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DIRETOR DE IMPRENSAMarcello Miranda

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EDIÇÃO Socorro Andrade

Reg. 460 DRT/PB - [email protected]

REDAÇÃOSocorro Andrade e

Simone Kabarite - Reg. 0035866/RJ

ILUSTRAÇÃO Alexandre Bersot

http://www.behance.net/alexandrebersot

DIAGRAMAÇÃOL&B Comunicação Ltda

IMPRESSÃOGráfica do SINTTEL-Rio:Jorge Motta Reg. 17.924 DRT /RJ (prod. gráfica)

Valdir Tedesco (impressor)

CIRCULAÇÃO Semanal

TIRAGEM 12 mil exemplares

Democratizar e universalizar

2014 foi um ano importante para o país e para as telecomu-nicações. Depois de muitas ba-talhas, foi aprovada a Lei 12.965, o Marco Civil da Internet. Um debate que envolveu questões importantes como a proteção à privacidade dos usuários, garantindo maior liberdade de expressão na internet e preservando a intimidade e a vida privada; e a neutralidade da rede.

O Marco Civil da Internet, junto com a Lei 12.485, Lei da TV paga, caminham no sentido de ampliar a demo-cratização das comunicações em nosso país. Apesar dessas vitórias, ainda há riscos. O Marco Civil demanda várias regulamentações que não podem de nenhuma forma des-virtuar os princípios contidos na Lei. Já no que diz respeito à lei da TV paga, está em consulta pública a revisão da instrução normativa número 100, que trata da produção independente nacional.

Outras lutas importantes vão permear o calendário de 2015. Os compromissos de universali-zação da banda larga assumidos pela presidenta Dilma devem ser amplamente discutidos com a sociedade e, para isso, o Instituto Telecom propõe o reestabelecimento imediato do Fórum Brasil Conectado.

A consolidação de várias em-presas de telecomunicações, se ocorrer, precisa de uma análise profunda da Anatel e do Cade, que devem ter como principal foco a universalização, qualida-de e preços módicos. A conso-lidação, num setor estratégico como este, não pode se resumir a uma situação de mercado. É fundamental a ação do Estado.

Não podemos esquecer que a consulta pública sobre a renovação dos contratos de concessão do STFC termina agora, no apagar de 2014. No entanto, todo o debate do que será escrito nos novos contratos e no novo Plano Geral de Metas de Universalização ocorrerá em 2015, com vigência a partir de 2016.

Em 2015 também continuará o debate sobre a terceirização dos serviços de telecomunica-ções, tendo claro que a qualida-de dos mesmos não pode estar desvinculada das condições de trabalho e salário. Não pode haver atividade fim, como a rede externa e os call center, terceirizada.

E, mais uma vez, o Instituto Telecom estará junto com o FNDC e a Campanha Banda Larga é um Direito Seu na de-fesa de um grande debate sobre as (tele) comunicações no Brasil. Afinal, o desenvolvimento eco-nômico e social passa por dar acesso de qualidade a serviços básicos em áreas como educa-ção, saúde e cultura. E as (tele)comunicações têm um peso gigantesco na construção de um país mais plural e democrático.

Leia mais no www.institutotelecom.com.br

Curiosamente, ao mesmo tempo em que choravam miséria, as chamadas grandes do setor - Vivo, TIM, Oi Embratel e Claro - concentravam investimento em aquisições e fusões milionárias.

A Vivo, da espanhola Telefonica, fez uma negociação difícil, acenando inclusive, com cortes de benefícios. Foi difícil fazê-la avançar, ceder e chegar à

Fechado acordos das operadoras Depois de uma campanha dura e difícil, onde as empresas só choravam misérias, chegou-se ao fechamento de acordos, sem conseguirmos garantir o ganho real que defendíamos. Com a realização das assembleias na Claro e Embratel, onde os trabalhadores do Rio e de outros estados aprovaram a proposta negociada, encerra-se a campanha nacional das operadoras. Antes, também já tinham aprovado seus acordos os trabalhadores da TIM, Vivo, GVT, Nextel, Cittá e Oi.

proposta finalmente aceita pela categoria. Acontece que, nesse mesmo período, a empresa fechava negócio com o grupo francês Vivendi e adquiria a GVT, pela vultosa cifra de € 7,2 bilhões.

EMBRATEL/CLAROCom a Embratel e Claro, empresas do

grupo mexicano América Móvil, um dos

O Sinttel está com convê-nio com o CETEF Centro que garante um excelente desconto. Para os alunos que se matricularem nos cursos de automação, eletrotécnica, telecomunicações, eletrônica e mecatrônica, mecânica in-dustrial e edificações ainda no mês de dezembro o desconto é de 40%, a mensalidade fica no valor de R$ 143,00,com o vencimento para o dia 10 de

Natal dos Correios é prorrogadoO prazo de adoção de cartas para a campanha Papai Noel dos

Correios foi prorrogado até o dia 19 de dezembro, para atender a demanda das cartas que foram recebidas até o dia 25 de no-vembro. O principal objetivo da campanha é possibilitar que as pessoas atendam aos pedidos de presentes de crianças carentes que escrevem ao Papai Noel.

Esta é a última chance de participar e fazer uma criança feliz. No ano passado, mais de 1,7 mil cartas foram selecionadas pelos Correios, e mais de 95% foram atendidas.Os locais para adoção das cartas, assim como informações mais detalhadas estão disponíveis no site da campanha: blog.correios.com.br/papainoeldoscorreios .

O Sinttel participou da 4ª Conferência Mundial de Mulheres da Uni Global Unions, de 3 a 5 de dezembro, e em segui-da do Congresso Mundial da UNI, de 7 a 10/12/2014, realizados na Cidade do Cabo, África do Sul. A Conferência contou com a participação de seis representantes sindicais brasileiras, dos estados do Rio, São Paulo e Acre da delegação da Fenattel, entre elas a diretora do Sinttel, Yeda Paura. Entre as pautas debatidas e os relatos de lideranças sindicais na Conferência estavam questões ligadas à luta da mulher no mercado de trabalho, pela igualdade salarial e contra o assédio moral.

O Congresso Uni Global Unions, reali-zado posteriormente à Conferência, nesta edição teve como tema: "Todos Incluídos". O evento reuniu representantes e lideran-ças sindicais de mais de 180 países e tem como proposta central debater a situação sindical mundial, delinear estratégias para aumentar a representatividade, através do número de trabalhadores sindicalizados, para o fortalecimento da luta pela justiça

social. Os representantes que debateram temas ligados aos direitos trabalhistas, me-lhores salários e de condições de trabalho, garantia de direitos dos trabalhadores e de organização sindical.

O Uni tem sede em Nyon, na Suíça, e representa mais de 20 milhões de trabalhadores em mais de 900 sindica-tos de diversos setores, entre eles o de trabalhadores de telecomunicações. A Presidência da entidade será assumida pela finlandesa Ana Selin.

A programação do evento contou com discussões sobre estratégias para garantir a justiça, a organização e representatividade sindical de vários setores, principalmente de serviços. Na ocasião, os relatos de re-presentantes sindicais de teleatendimento de vários países são similares a situações vivenciadas pelos trabalhadores brasileiros, e reforçaram a avaliação sobre a empresa Atento, gigante do setor e presente em todo o mundo, que mantém uma relação de exploração e precarização com os tra-balhadores da categoria.

Os representantes da Fenattel partici-param da Moção referente ao setor de teleatendimento, quando Cenise Monteiro de Moraes, diretora da Secretaria das Mulheres do Sintetel, fez uma exposição sobre a realidade dos trabalhadores do segmento no Brasil, e sobre a luta pela

regulamentação da profissão, cujo Projeto de Lei 2673/2007, do ex-deputado Jorge Bittar, já obteve dois pareceres favoráveis da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC). A próxima edição do Congresso acontecerá em 2018, em Liverpool, Inglaterra.

Sinttel participa de congresso internacional

cada mês.O início está previsto para o dia 6 de Janeiro 2015, lembrando que o curso tem a duração de um ano e seis meses, sendo seis meses de estágio oferecidos pela escola.

O Sinttel também fechou con-vênio com a unidade de Campo Grande (tels: 2464-5827 e 3071-1670) do curso IBL IDIOMAS, com 40% de desconto para inglês e espanhol e 20% para inglês teens, alemão, francês e

italiano. No CCAA , o desconto é de 30% no 1° semestre e 10% nos demais, para os cursos de inglês e espanhol. Para alunos maiores de 21 anos, 33 % de desconto para o curso de inglês. As unidades são: Pavuna- tel: 2447-1310; São João de Meriti -tel: 3756-5342; Queimados - tel: 2265-3803; Duque de Caxias – tel: 2761-6054; Barra da Tijuca - tel: 2439-8551 e Barra - tel:

CONVÊNIOS DE EDUCAÇÃO

UNI GLOBAL UNIONS

VivoVivo vai pagar hoje, dia 17, a

segunda parcela do 13°salário já reajustado e sexta, dia 19, a recarga do vale refeição tam-bém com o reajuste.

maiores conglomerados de telecomu-nicações do mundo, dava-se o mesmo. Enquanto a fusão estava acontecendo na prática dentro das empresas, Claro e Embratel empurravam negociação com a barriga.

Claro e Embratel só negociaram no final de novembro e depois de uma dura queda de braço. Após uma semana de negociações, chegou-se a uma proposta que rendeu um ganho real, que não foi o que cobrávamos, mas foi superior ao garantido pelas demais operadoras.

A Oi, que especula-se, deve se fundir

a TIM, do grupo Telecom Itália, foi a que mais chorou, não bastasse isso, às vésperas do início das negociações, anunciou um corte de 500 trabalhadores em todo país.

CAMILA PALMARES

Assembleia na Embratel Mackenzie

Assembleia na Claro Mena Barreto

A diretora do Sinttel Yeda Paura (em primeiro plano) no Congresso Mundial da Uni