Jornal Ei, Táxi edição 24 ago 2012

Jorge, Amado por muitos. Pág. 15

Taxistas de Lauro de Freitas sofrem com clandes-

tinos. Pág. 12

Transalvador e Infraero a um passo da assinatura do convênio. Pág. 13

Edição mensal . Distribuição Gratuita . 10.000 exemplareswww.eitaxi.com.br

ANO II, nº 24

Agosto 2012Salvador-BA

“Fazendo a sociedade conhecer os nossos problemas e anseios, estaremos compartilhando os nossos objetivos e colaborando para uma cidade melhor. Após a sua leitura, ofereça o seu Jornal Ei, Táxi ao passageiro, amigo ou familiar”.

Jaiminho é mais um taxista candidato a vereador de Salvador

CategoriaMudança na lei de taxistas de Belo Horizonte liga o alerta da categoria em Salvador. Pág. 14

ServiçoDia do taxista foi comemorado na capital e no interior. Pág. 06

O Ei, Táxi entrevista mais um taxista candidato a vereador, dessa vez Jaime Dias, taxista há 25 anos. Jaiminho, como é conhecido, promete que vai trabalhar para melhorar a vida do taxista. “A categoria necessita de uma pessoa que fale em seu nome dentro da câmara municipal”, declara. Pág. 08

Jaiminho

Foto

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Pág. 2 Ei Táxiwww.eitaxi.com.brANO II . Número 24 . Agosto 2012 . Salvador-BA

Editorial

CNPJ: 12.987.045/0001-80 Diretor Executivo e Editor: Adriano Rios - CRA 2-00306, Atendimento Comercial: Lorena Filardi Atendimento Comercial: Rafael Rauen Colunista: Saulo Carregosa, Repórter: Sérgio Toniello Filho Revisão: Anariel Rios, Estagiária em Jornalismo e Diagramação: Yasmin do Vale, Edição: mensal Tiragem: 10.000 exemplares

Distribuição Gratuita em toda Salvador e região metropolitana. Impressão A TARDE. O conteúdo dos anúncios e informes publicitários são de responsabilidade do anunciante

e não necessariamente expressam a opinião do jornal. Comercial: (71) 3498-9731 / 9152-2172 [email protected]. Jornalismo: [email protected].

Expediente

Email do LeitorA campanha eleitoral já está nas ruas. Os candidatos estão lançando as suas propostas e pela primeira vez na história da categoria de Salvador todos os taxistas que se candidataram a vereador, e procuraram o Ei, Táxi, tiveram a oportunidade de expressar as suas ideias. Estamos certos do nosso papel in-dependente, ainda que alguns não aceitem que o direito da candidatura é de todos os taxistas. O Ei, Táxi não pertence a nenhum dos lados, muito menos é tendencioso na sua linha editorial. Cabe a cada candidato fazer o seu trabalho com respeito e profissionalismo, tendo em mente que o voto é do taxista. Dia 7 de outubro, caso a categoria queira, algum ou todos os candidatos serão agraciados com a vitória nas urnas.Falando, agora, sobre a liberdade de imprensa e a tendência que alguns bra-sileiros, quando funcionários públicos, concursados ou não, têm em tomar posse do cargo que representa. Se levarmos em consideração que a nossa de-mocracia ainda é recente, talvez até entendamos certos comportamentos. To-davia, quando lembramos de que ser funcionário público ou estar funcionário público nada mais é do que estar a serviço da população, não concordamos com certas tentativas autoritárias e/ou intimidatórias. É preciso entender, de-finitivamente, que o serviço público é mantido através dos impostos pagos por todos os cidadãos, o que autoriza qualquer um de nós a questionar essa pres-tação de serviço, bem como dar o direito a todas as classes de lutar por melho-rias de trabalho, quando desejam e o fazem com legitimidade.O Ei, Táxi manterá a sua linha editorial, independentemente, de agradar ou não a um ou outro. Qualquer um possui o direito de discordar do que é es-crito, entretanto isso não lhe permite a tentativa de impedir que o cidadão, no caso o taxista, seja informado sobre diversos assuntos. Vale pontuar que o direito de res-posta àqueles que se sentirem injustiçados é legítimo e presente em nossa linha editorial.Portanto, continuaremos informando a cate-goria com independência, imparcialidade e, acima de tudo, profissionalismo. Sigamos em frente, amigo taxista!Atenciosamente,

Adriano Rios

Em menos de um mês, tivemos a satisfação de presenciar dois atos honrosos. A Transalvador informou através de nota que o taxista Fernando Nascimento Souza de alvará A-3780, deu mais um exemplo de comportamento cidadão devolvendo um notebook (compu-tador portátil) que foi esquecido dentro de seu táxi. Segundo o órgão, foi registrado “mais uma demonstração de civilidade, educação e cidadania de nossos condutores de táxis.”.No dia 8 deste mês, o taxista levou a senhora Delina, de Amaralina até o Cabula, onde a mesma esqueceu no veículo um notebook. A senhora, por sinal, entrou em contato com a Gerência de Táxi da Transalvador (Getax) para avisar o caso ocorrido, contudo, para que a situação pudesse ser esclarecida de forma sucinta, Dona Delina informou o número do alvará do veículo (escrito na traseira e portas do veículo), e com isso foi feita a devolução do aparelho.Já o outro caso de civilidade foi do taxista Jair Souza de Jesus de alvará A-1589. No dia 16 de julho, ele devolveu uma bolsa com celular, CDs, perfumes, chaves, documentos pessoais e ainda R$ 200, à usuária Rosilene Auxiliadora, que saiu da Rodoviária de Salvador até o Cabula.A Transalvador volta a ressaltar que os usuários de táxi devem sempre anotar o número do alvará do veículo que estiver utilizando, pois com este número, ligando para 2109-3676, a Getax da Transalvador chega, em questão de pouco tempo, até o taxista.

SBT convoca taxistasA Salvador Bahia Táxi (SBT) está convocando novos taxistas para o seu time. Com o ob-jetivo de atender a demanda do crescente mercado, a empresa está precisando de táxis para dar conta de novos convênios. O taxista interessado em associar-se deverá entrar em contato com a SBT pelos seguintes contatos: (71) 3266-1366 / 0800 600 1366 ou [email protected].

Errata

Nos anúncios de campanha eleitoral publicados na edição passada, julho de 2012, deixamos de informar os valores correspondetes. Sendo assim, o anúncio da candidata à vereadora Mulher Perereca 28069 custou R$ 700. Enquanto que o anúncio do candidato a vereador Leo Prates 25678 custou R$ 1.000.


Fundação Casa de Jorge Amado, no Pelourinho. Foto: Divulgação

Fundação Casa de Jorge Amado –

o Acervo de JorgePor Saulo Carregosa

Apontada como a principal re-ferência geográfica cultural da capital baiana, a Fundação Casa de Jorge Amado - FCJA é o local apropriado para baianos e turistas conhecerem o acervo preservado de um dos prin-cipais escritores da Litera-tura brasileira, Jorge Amado que completaria 100 anos em 10 de agosto de 2012. A Fun-dação que completou 25 anos é uma organização não go-

vernamental, sem fins lucrativos e abriga todo o acervo (mais de 250.000 documentos também di-gitalizados) de Jorge. A FCJA possui uma arquite-tura barroca, uma ca-racterística forte, his-tórica e colonial da região do largo do pelourinho, um dos principais cartões-pos-tais de Salvador. Todos os livros (Gabriela Cravo e Canela, Ju-biabá, Dona Flor e seus dois maridos, etc), ci-tações e fotos estão disponíveis para quem visita o espaço. Qual-quer pessoa pode con-ferir o acervo dispo-nível que traz também os principais feitos de Zélia Gattai, mulher de Jorge e também escritora. O local nasceu com o compromisso de estimular à sociedade com a preservação da

memória de JA, de manter viva a Literatura Brasileira, de promover debates e encontros visando a di-vulgação das mais variadas formas

de expressão através da escrita, dos registros fotográficos e de cenas elencadas com o conteúdo das obras desse grande escritor.

Já foram apresentados no espaço, a exposição “A Bahia de Jorge Amado” que traz fotos, tiradas por Léo de Azevedo, dos persona-

gens criados e inseridos nas his-tórias dos seus livros; curso de Jorge Amado com palestras de estudiosos sobre suas obras, ofi-

cinas de dramaturgia a partir de versos; feira gastronômica, como as “Merendas de dona Flor” com as comidas tipicamente baianas,

etc. O espaço conta ainda com um trabalho sensa-cional de responsabilidade social intensa e com com-promisso educacional e cultural para com a cidade de Salvador, disponibili-zando atendimento a es-colas (recebe um grupo de 30 alunos por vez), distri-buição de livros, espaço do aluno, doações, dentre ou-tros. O seu horário de fun-cionamento é de segunda à sexta das 10 às 18 e sábado das 10 às 16 horas e a en-trada R$ 3,00 (menores de 5 anos não pagam). Toda quarta a entrada é gra-

tuita. Para conferir o que está disponível no local basta acessar o site www.jorgeamado.org.br. Informações: 3321-0070.

MúsicaJam no MamHá mais de uma década o evento atrai apreciadores do Jazz e da Mpb para um dos lo-cais mais deslumbrantes da ca-pital baiana para uma linda vista do pôr do sol. Local: Área externa do Museu de Arte Mo-derna - Av Contorno, Solar do Unhão. Ingressos: R$ 5,00 e R$ 2,50. Todo sábado, a partir das 18 horas.Danniel Viera e Banda Di MaréCensura: 18 anosO cantor apresentará, além dos seus principais sucessos, como

Pele Nua, todos os principais hits do sertanejo. Para compor a noite, a Banda di Maré, um dos fortes nomes do axé music fará o seu show. Local: Bar Leopoldina. Às 22 horas todas às quintas.

Teatro7 contoCensura: 14 anosO ator baiano Luis Miranda co-mandará o espetáculo com sete anos de sucesso e sete persona-gens em uma comédia que leva o humor e a reflexão social ao palco. A peça “7 conto” mostra sete percepções diferentes que retratam o Brasil alegre e cômico, além, é claro, dos seus problemas sócio-políticos. Local: Teatro Jorge Amado. Aos sábados e do-mingos, às 20 e 19 horas respecti-vamente até 18/11/12. Preço: R$ 50,00 (inteira).

A Filha do Meio Censura: 16 anos

A Filha do Meio conta a história da família De Tulha, cuja ma-triarca, Julha de Tulha, é uma mulher riquíssima, linda, feliz e mãe muito dedicada. No entanto, ela esconde um terrível segredo que poderá mudar seu destino e o de toda a sua família. Julha mora com seu marido Astolfo de Tulha que possui uma doença terminal, mas esconde de todos. Eles vivem numa casa grande no bairro de Fusca, no interior da Bahia, com as três filhas: Rebeca, Celeste e Jéssica. Zulmira, a narradora e empregada da casa é a única que tem conhecimento de todos os segredos da família De Tulha. Local: Teatro Sesi. Aos sábados e domingos, às 20 horas. O espetá-culo vai até 26/08/12. Preço: R$ 20,00 (inteira).Reinações de Nari-zinho: uma aventura no sítioCensura: livreInspirada na obra de Monteiro Lo-

bato, a peça conta a história de alguns personagens do sítio e do desejo de Emília, após tornar-se uma “boneca gente” e de casar-se para se transformar em Condessa ou Marquesa. Entretanto, não vai ser fácil, pois a Cuca bola um plano para acabar com a aventura do Sítio do Pica Pau Amarelo. Di-reção-geral de Fernanda Jun-queira Ayres. Local: Teatro Isba. Domingo, às 16 horas. Preço: R$ 30 (inteira).

ExposiçõesPelos Caminhos de SalvadorA fotografia e pintura “Pelos Ca-minhos de Salvador” retrata parte da urbanização, crescimento e modernização da cidade de Sal-vador. A mostra constitui um imenso apanhado de imagens e fotografias que apresentam as di-versas transformações no corpo urbano da capital, iniciadas no

final do século XIX. Local: Museu Tempostal. Terça e sexta, das 10 às 18 horas, e sábado, domingo e feriado, das 13 às 17 horas. En-trada gratuita.Pelourinho – Um cartão-postal da BahiaA mostra de 150 imagens traz um panorama da comunidade, dos grupos culturais e da arquite-tura do Pelourinho. As peças vêm do acervo do Museu Tempostal e também de diversas instituições que retratam a história do Pelô a partir do século XIX, destacando com o século XX. Contém princi-palmente imagens do Terreiro de Jesus de 1808, dos bondes que cruzavam o centro histórico em 1930 e da ladeira do Pelourinho na década de 60. Por último, uma foto aérea de 1990 faz parte da mostra. Local: Museu Tempostal. Terça à sexta, das 12 às 18 horas. Sábados e domingos e feriados, das 12 às 17 horas. Entrada gra-tuita.

Por Saulo Carregosa

AgendaCultural

Turismo


Em Camaçari, o Sindicato dos Taxistas (Sintac) manteve a tradição de todos os anos e co-memorou o dia do taxista. Este ano, para agradecer a São Cris-tóvão, padroeiro dos taxistas a data foi antecipada para o dia 22 de julho, domingo. A tradicional carreata pela ci-dade da região metropolitana de Salvador deu início aos fes-tejos que teve ainda a missa na Igreja de São Cristóvão, fei-joada, familiares da categoria e muitos brindes sorteados entre os taxistas presentes. Para Édson Fernandes, presi-dente do sindicato, foi mais uma demosntração de que

Sindicatos e Associações manteviveram a tradição e festejaram o dia do taxista pelo interior do estado

a categoria, em Camaçari, é unida e participativa. “Esse ano fiquei muito feliz pela quantidade de colegas que pu-deram participar, haja vista que temos que manter o ser-viço na cidade.”, comemorou Édson.Como não poderia ser dife-rente o Ei, Táxi registrou pre-sença na festa e fez alguns cli-ques dos momentos de con-fraternização e religiosidade entre os taxistas de Camaçari. Parceiros da categoria também marcaram presença levando brindes para sorteios como Te-rezinha da Frutosdias, Jacke-line da Americar e Neruda e

Windson Júnior da Indiana.Já em Santo Amaro, a ATASA (Associação dos Taxistas de Santo Amaro) também realizou a tradicional missa e a maior carreata de todos os tempos desse evento. Quem come-

morou o acontecido foi José Roberto da Conceição, presi-dente da ATASA, um dos orga-nizadores do evento.A missa aconteceu na Igreja de Nossa Senhora da Purifi-cação às 8 horas. Em seguida

Sinditáxi comemorou com os taxistas de Salvador o Dia de São CristóvãoUma missa na Gruta de São Cristóvão, no dia 25 de julho, às 11 horas, no Rio Vermelho com direito a queima de fogos celebrou o dia do padroeiro dos motoristas e também dos taxistas em Salvador. Num evento promovido pelo sin-dicato da classe na capital baiana, vários taxistas foram agradecer por todas as bençãos que São Cristóvão tem dado à categoria, principalmente nos dias atuais com tanta violência na cidade.A festa que não parou por aí teve sequência com uma sa-borosíssima feijoada na sede do sindicato, no Ogunjá. Para Carlos Augusto, presidente do órgão, foi importante manter a tradição de comemorar a data,

principalmente pela missa. Assanhaço, como é chamado pela categoria, sempre emo-cionado, declarou ainda que nesse momento de campanha eleitoral a presença de candi-datos a vereadores pela cate-goria mostra a imparcialidade que o órgão mantém quando o assunto é política. “O Sin-ditáxi é apartidário, está de portas abertas para todos e de-seja que tenham sucesso no pleito.”, explicou.Para não deixar a festa passar batida na imprensa, o Ei, Táxi estava por lá, registrando todos os momentos. Entre os parceiros da categoria, a turma da Indiana Veículos não bo-beou, marcou presença, em peso, sorteando brindes e sa-

boreando a feijoada. “Depois da missa a melhor parte foi, sem dúvida, a feijoada.”, de-clarou Mário, venda direta da concessionária.

uma carreata pela cidade com muito buzinaço fez o santama-rense levantar cedo da cama em pleno domingo, dia 28 de julho. Por lá a data de come-moração foi após o dia do pa-droeiro, 25 de julho.

Vanessa Gomes (Indiana) brindando mais um taxista

Missa na Gruta de São Cristóvão

Foto: Ei, Táxi

Jackeline Medina (Americar)e Édson Fernandes (Sintac) Terezinha (Frutosdias)e Édson Fernandes(Sintac)

Foto: Ei, Táxi

Foto: Ei, Táxi

Foto: Ei, Táxi


Ei, Táxi: Por que o senhor re-solveu se candidatar a vere-ador de Salvador?Jaiminho: Os taxistas pre-cisam de um representante na câmara. Alguém que, junto com a Getax, com o Sinditáxi e junto com o futuro prefeito, trabalhe para resolver as ne-cessidades da classe. Além do mais, eu sou um taxista da praça, ou seja, um taxista de verdade!E.T.: O senhor se sente pre-parado pra assumir essa res-ponsabilidade como repre-sentante da categoria? Por quê?Jaiminho: Sim. Sou taxista e conheço os nossos anseios, convivo com essa realidade há 25 anos. Sempre busquei a minha qualificação profis-sional, e assim, tenho forma-ções em administração, ma-rketing, tecnologia da infor-mação, sou comunicador, mas também sou ator profissional. Ou seja, reúno experiências di-versas para poder ajudar a re-solver os nossos problemas. Por tudo isso, mas principalmente por ser um taxista autêntico, sinto-me preparado pra as-sumir esse desafio.E.T.: O senhor sabe que existem outros candidatos a representante dos taxistas na câmara municipal. No que o senhor se difere deles e por que o taxista poderia

Jaime Dias, alvará (A-5969), taxista desde 1987 e associado à Ligue Táxi desde 88. Soteropolitano, nascido na Vila América, bairro de Brotas, Jaiminho, como é conhecido, seguiu seus dois irmãos que também são taxistas em Salvador. Ele pode ser visto com frequência nos bairros do Campo Grande, Rio Vermelho e Brotas, locais onde costuma pegar os seus passageiros, porém garante que conhece a cidade e a categoria como poucos. “Sou um apaixonado pelo que faço, embora, hoje, a nossa profissão enfrente problemas no dia a dia.”, ressalta.

confiar em suas propostas?Jaiminho: Acho que o sol é pra todos, mas a vontade e a seriedade em trabalhar pela categoria são de poucos. Trans-porto passageiros há mais de duas décadas, muitos colegas me conhecem e sabem do meu caráter e da minha capacidade profissional. A própria Ligue Táxi, instituição séria que é, pode referenciar o meu tra-balho. Sem contar que tenho muito bom humor e simpatia para lidar com as pessoas. Isso é extremamente importante que os colegas percebam, pois depois de eleito, muitos cos-tumam mudar de comporta-mento e não reconhecem o que fizeram por ele. Comigo, pela minha humildade, isso não acontecerá.E.T.: Qual tem sido a sua principal bandeira de luta por melhorias da categoria?Jaiminho: Segurança, menos burocracia dentro da Getax, tornar essa relação entre o órgão e a categoria muito mais acessível, qualificar o profis-sional do volante através de cursos variados, tornar o Sin-ditáxi mais atuante, dentre outras.E.T.: Como o senhor tem visto a atuação dos representantes do Poder Legislativo muni-cipal? A categoria tem sido assistida pelos vereadores?Jaiminho: Nem tanto. Falta

muito mais atenção à categoria por parte do poder legislativo municipal.E.T.: Caso seja eleito, o que o senhor fará pela categoria?Jaiminho: Nós sabemos de al-guns problemas que teremos que buscar soluções, mas é fundamental ouvir a categoria nas ruas, quem sabe numa grande assembleia. Posso pon-tuar alguns como conseguir um posto bancário na sede da Getax, diminuir a insegurança pública que enfrentamos nas ruas, melhorar a infraestrutura dos pontos, resolver a falta de banheiros em alguns pontos, revitalizar os pontos, fiscalizar os carros particulares que es-tacionam nos pontos de táxis, conseguir baratear o combus-tível para o taxista, qualificar a prestação de serviço desse

profissional, trabalhar em par-ceria com o Sinditáxi, buscar a possibilidade de o taxista adi-quirir o carro diretamente com a fábrica, através do sindicato etc.E.T.: A categoria tem se reu-nido com autoridades em au-diências públicas para tratar dos problemas com o trans-porte clandestino. Por que o

senhor não tem participado dos encontros? O que o se-nhor tem a falar sobre esse problema?Jaiminho: Até já fui convi-dado, mas por imprevistos não pude comparecer. O transporte clandestino é um grave pro-blema não só aqui como em vários lugares. Por isso, a pre-feitura precisa dar uma cele-ridade na assinatura do con-vênio para que essa situação seja controlada urgentemente.E.T.: Você acha que o ser-viço de táxi em Salvador está preparado para uma copa do mundo?Jaiminho: Ainda não. O sindi-cato tem se mobilizado nesse sentido, através de cursos de língua estrangeira que ofe-rece ao taxista. Essa atitude de Assanhaço deve ser aplaudida. Porém é preciso mais! Outros cursos como atendimento ao cliente, história da cidade, en-sinamentos de como se vestir, já que infelizmente alguns co-legas se descuidam com essa parte, dentre outras ativi-dades. Precisamos requalificar a nossa categoria.E.T.: A Secopa (Secretaria Estadual para Assuntos da Copa do Mundo 2014) desen-volve um programa de qua-lificação para a categoria. O senhor já foi convidado para algum curso? Para o senhor, os taxistas estão bem infor-mados sobre esse programa?Jaiminho: Convidado, não! As informações sobre esse pro-grama ainda estão muito fe-chadas, caso estejam aconte-cendo. Se você fizer uma pes-quisa nas ruas verá que poucos taxistas sabem disso.E.T.: Como profissional da praça o senhor tem contato direto com os turistas. Qual a imagem da capital baiana

para os turistas? Qual o re-flexo disso na sua profissão?Jaiminho: Salvador, infeliz-mente, não está sendo cui-dada. Seus pontos turísticos estão abandonados. Muitos turistas falam de como era a nossa cidade e como está aca-bada, atualmente. O reflexo disso é a fuga desses turistas para outros lugares como o Li-toral Norte. Assim, perdemos muito com a diminuição de boas corridas.E.T.: Qual a avaliação do se-nhor sobre a Getax (Gerência de Táxi e Transportes Espe-ciais)?Jaiminho: Acho que pre-cisa ser renovada. Melhorar a comunicação com a cate-goria, apesar dos profissio-nais que trabalham no órgão serem empenhados em atender o taxista, ser reestruturada e instalar um posto bancário. Outro problema é a confusão que fica o trânsito no local du-rante a vistoria. Já passou da hora de resolver isso.E.T.: O trânsito de Salvador se transformou num caos. Para o senhor, quais seriam as medidas para solucioná--lo?Jaiminho: O trânsito de Sal-vador deu um nó. A engenharia de trânsito precisar rever seus estudos, ouvir o taxista que roda por toda a cidade. Existem muitos semáforos na cidade, a lei de carga e descarga que não funciona, ruas que deveriam ser mão única e não são. Re-almente, é necessária uma rea-valiação completa desse tema.E.T.: Que mensagem o senhor quer deixar para o taxista?Jaiminho: Dizer aos colegas que estamos juntos nessa luta. Buscar soluções para nossos problemas que também acabam sendo problemas da sociedade. A categoria necessita de uma pessoa que fale em seu nome dentro da câmara municipal.

Jaiminho é mais um taxista candidato a vereador de SalvadorPor Adriano Rios

Jaiminho

Foto: Ei, Táxi

Pág. 10 Ei Táxiwww.eitaxi.com.brANO II . Número 24 . Agosto 2012 . Salvador-BA Pág. 11Ei Táxi www.eitaxi.com.brwww.eitaxi.com.br ANO II . Número 24 . Agosto 2012 . Salvador-BAANO II . Número 24 . Agosto 2012 . Salvador-BA

Por: Sérgio Toniello Filho

O crônico problema do trans-porte clandestino de passa-geiros no aeroporto Interna-cional Luis Eduardo Maga-lhães, que prejudica centenas de profissionais habilitados a trabalhar no local e traz in-segurança a passageiros e tu-ristas está prestes a ser eli-minado. Atendendo aos reite-rados apelos dos taxistas que atuam no aeroporto, represen-tantes do Ministério Público do Estado da Bahia, da Se-cretaria de Segurança Pública do Estado, da Superinten-dência da Polícia Rodoviária Federal na Bahia, da Getax/Transalvador, da Guarda Muni-cipal de Salvador e represen-tantes das Cooperativas e As-sociações dos Taxistas de Sal-vador e Região Metropolitana deram seguimento, dia 2 de agosto, numa série de reuniões com o objetivo de acabar de vez com o problema.No primeiro encontro, pre-sidido pelo coordenador do Centro de Apoio Operacional de Segurança Pública e Defesa Social (Ceosp), promotor de Justiça Geder Gomes, foi discu-tida qual a melhor maneira de

Por: Sergio Toniello Filho

A dois meses das eleições mu-nicipais de 2012, aumenta o interesse dos eleitores pelos projetos dos seis candidatos a prefeito de Salvador. Os candi-datos, por sua vez, procuram manter-se cada vez mais pró-ximos do público, visitando os bairros, estabelecendo contato com as associações comunitá-rias, procurando saber quais são os principais problemas a enfrentar e que soluções adotar para melhorar a vida dos soteropolitanos. A partir do dia 21 deste mês, quando

A contribuição sindical está pre-vista nos artigos 578 a 591 da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT e possui natureza tributária e é recolhida compulsoriamente pelos empregadores no mês de ja-neiro e pelos transportadores au-tônomos no mês de fevereiro de cada ano. Já dos taxistas é reco-lhida sempre quando ocorre a vis-toria dos veículos. Entretanto, em Salvador, o novo valor de R$ 50 reais tem tirado o sono de quase 7,3 mil taxistas que vêm pas-sando pelo processo da vistoria.“Isso é um assalto. Não sei como o sindicato inventou este valor. E o pior disso tudo é que a Getax é conivente com este aumento.”, reclamou o taxista Gilberto de Oliveira, da Coastaxi, de alvará A-3109.

ACM NETO lidera primeira pes-quisa e debate eleitoral é iniciado

Ministério Público estadual no combate ao transporte clandestino

começa o horário eleitoral gra-tuito no rádio e televisão,os eleitores poderão conhecer muito mais sobre as propostas de cada candidato. Portanto, fique atento, leitor Taxista, porque o horário eleitoral gra-tuito vai até o dia 4 de ou-tubro, a três dias da realização do primeiro turno das eleições.Até hoje, os candidatos a pre-feito de Salvador – ACM Neto (DEM), Nelson Pelegrino (PT), Mário Kértész (PMDB), Márcio Marinho (PRB), Hamilton Assis (PSOLl) e Rogério da Luz (PRTB) tiveram uma única oportunidade de falar para toda a população: foi no de-bate realizado pela TV Band Bahia e pela Band News FM, no

O taxista mostrou um documento do Ministério do Trabalho e Em-prego (TEM) ao jornal Ei,Táxi em que uma nota técnica do órgão diz “para os agentes ou trabalha-dores autônomos e para os pro-fissionais liberais corresponde a 30% do maior valor de referência fixado pelo Poder Executivo, vi-gente à época em que é devida a contribuição sindical arredon-dada para Cr$ 1,00 (um cruzeiro) a fração por ventura existente. Portanto, alcança o valor de R$ 5,70, ou seja, 30% do MRV.”.Ainda de acordo com ele, o pro-cesso está sendo julgado pela 22ª vara do Tribunal Regional do Tra-balho (TRT). “Acredito que sexta--feira (17) saia alguma resposta. Além disso, queremos que os taxistas que já passaram pela vis-toria, cerca de 1970, sejam reem-

dia 2 de agosto quando todos tiveram oportunidade de apre-sentar suas estratégias e de-finir que estilo de trabalho deverão adotar, caso sejam eleitos para governar aproxi-madamente 3 milhões de ha-bitantes da capital.Passados pouco mais de 30 dias da definição das candidaturas, escolha dos candidatos a vice--prefeito e definição das coli-gações entre os partidos, quem está bem na cotação popular é ACM Neto, do Democratas. Na primeira pesquisa de intenção de voto para a Prefeitura de Salvador, realizada pelo Insti-tuto Ibope sob encomenda da TV Bahia, ACM Neto aparece com ampla vantagem sobre os

Plano de saúde para taxistas, familiares e funcionários públicos

O taxista que estiver interessado em proteger a sua família com um seguro saúde, agora, terá a comodidade de receber, em casa ou no ponto, um representante da equipe da Assiste. Os planos de sáude que já possuiam condições especiais para os taxistas, agora, também, foram ampliados para os funcionários públicos. Portanto, amigo taxista, procure a equipe da Assiste e faça o seu seguro saúde. O atendimento poderá ser agendado pelos contatos (71) 3374-3238 / 9214-5299 / 9952-6172 / 8755-2795 ou [email protected].

Categoria reivindica contra aumento da contribuição sindical

Política

outros candidatos, com 40% das intenções de voto. Em se-gundo lugar na pesquisa vem Nelson Pelegrino, com 13% das intenções de voto. A se-guir, aparecem Mario Kertész (PMDB), com 8% das inten-ções de voto e Márcio Marinho (PRB) com 6%. O candidato do PRTB, Da Luz, aparece com 1%

e Hamilton Assis (PSOL) não pontuou.O IBOPE ouviu 602 pessoas entre os dias 29 de julho e 2 de agosto e a margem de erro é de 4 pontos percentuais. A pesquisa foi registrada no Tri-bunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BA-00047/2012.

bolsados.”, contou.Um artigo da Constituição Fe-deral prescreve o recolhimento anual por todos aqueles que participem de uma determi-nada categoria econômica ou profissional, ou de uma pro-fissão liberal, independente-mente de serem ou não as-sociados a um sindicato. De acordo com o presidente do Sindicato dos Taxistas de Salvador, Carlos Augusto (Assanhaço), a Confederação Nacional do Transporte (CNT) exigiu do sindicato da cate-goria que o valor aumentasse para R$ 152,84. “O aumento deveria ser maior, porém bo-tamos somente R$ 50. O sindi-cato só está seguindo uma exi-gência da CNT.”, justificou.

punir os motoristas que fazem o transporte de forma clan-destina. Uma das sugestões foi adotar providências contra os infratores no âmbito cri-minal com seu enquadramento nos crimes de estelionato, for-mação de quadrilha e contra a relação de consumo, pre-visto na Lei 8.137/90. Outra sugestão apresentada: a utili-zação da Guarda Municipal nas ações de fiscalização contra os clandestinos.O Promotor de Justiça Geder Gomes afirmou que uma opção seria “indicar a instauração de investigação criminal, com co-

laboração do MP, para iden-tificar os envolvidos na ati-tude irregular, com a conse-quente deflagração de ação penal contra eles, ventilando--se inclusive a possibilidade de pedido de prisão preven-tiva e medida cautelar para evitar que essas pessoas e veí-culos transitem na área do ae-roporto”.No final do encontro ficou de-finido que o possível enqua-dramento do transporte clan-destino na seara criminal será melhor delineado na próxima reunião. Já a participação da Guarda Municipal está descar-

tada, segundo a promotora Heliete Viana, coordena-dora do GEPAM – Grupo de Atuação Especial de Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa. “Em princípio somos con-trários à atuação da Guarda Municipal na fiscalização do transporte clandestino, pois poderia haver sobreposição de competências caso fosse permitida tal atuação. En-tendo que a GETAX tem a competência para atuar na fiscalização do transporte clandestino” Já a Guarda

Municipal, segundo a Promo-tora deve cuidar dos os bens públicos para evitar que sejam deteriorados e/ou furtados. O grupo estuda, ainda, a possibi-lidade de estabelecer um con-vênio entre a Polícia Militar e a Transalvador para operações conjuntas.A realização de eventos in-ternacionais de porte como a Copa das Confederações, em 2013, e jogos da Copa do Mundo, em 2014, aumenta a preocupação com a segurança dos profissionais que atuam legalmente no aeroporto e do bem estar dos milhares de vi-

sitantes que virão à Bahia para esses eventos “o objetivo do Ministério Público é articular os diversos órgãos do estado e da prefeitura de Salvador, que de forma integrada e sis-têmica podem contribuir com a solução do problema. O MP atento ao fato do aeroporto ser uma das principais portas de entrada da Bahia e à questão de que grandes eventos inter-nacionais estão para acontecer aqui. Por isso, problemas li-gados à questão de segurança pública, nesse cenário, devem ser enfrentados pelo Estado de forma organizada e efetiva. Nesse sentido iniciamos uma série de reuniões em busca das soluções adequadas”, ressaltou o Promotor de Justiça Geder Gomes.Estiveram presentes, represen-tando a categoria, os taxistas Reginald Cohim (líder do com-bate ao transporte clandes-tino), Vicente Barreto (Diretor da Coometas), Heleniel Fer-nandes (Diretor da Comtas) e Raimundo Batista (Vice-presi-dente da ATALEMA). O próximo encontro acontecerá dia no dia 27/08, às 14h30min, na sala 12, Ministério Público/CAB.

Foto: Ei, TáxiCategoria reunida com o Ministério Público Estadual

Por Sérgio Toniello Filho

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No fim do mês passado, dia 31, o Ei, Táxi acompanhou na sede da Transalvador a reunião que definiu os detalhes para a as-sinatura do convênio entre o órgão municipal e a Infraero. A determinação para que hou-vesse a reunião partiu do Pre-feito João Henrique, após um contato com o taxista líder no combate ao transporte clan-destino, Reginald Cohim. “En-contrei com o prefeito num shopping da cidade e o mesmo determinou que o superinten-dente da Transalvador, Renato Araújo, retomasse essa reivin-dicação antiga da categoria. Embora existam as nossas queixas sobre a atual admi-nistração, não iremos deixar de agradecer ao prefeito pela atitude de dar um basta nisso antes do término do seu man-dato”, declarou Cohim.Falando sobre o convênio, o Ei, Táxi teve acesso às bases con-tratuais entre os órgãos muni-cipal e federal. Destacam-sem algumas cláusulas:Cláusula Primeira: trata do objetivo direto.Constitui objeto do presente convênio a prestação recíproca da colaboração técnica visando a orientação, o ordenamento e a fiscalização do trânsito e transporte no sistema viário aberto a circulação pública.Cláusula Segunda: define as obrigações das partes.Pela Infraero: implantar, manter e recuperar, sob orientação e supervisão da Transalvador, as sinalizações vertical e horizontal no sis-tema viário do Aeroporto. Dis-ponibilizar, se necessário, local para a Transalvador depositar materiais e equipamentos, bem como, para atender as neces-

Transalvador e Infraero a um passo da assinatura do convênio

sidades básicas de seus servi-dores. Pela Transalvador: desen-volver ações efetivas de orien-tação, ordenamento e fiscali-zação do trânsito e transporte no sistema viário aberto à cir-culação de veículos em geral do Aeroporto.Claúsula Terceira: trata das despesas.Cada partícipe responderá pelas despesas oriundas das ações de sua competência, de-correntes da execução deste ajuste.Cláusula Quinta: trata dos se-tores de operação e fiscalização de cada órgão.Como executor municipal es-tará o Gerente da GETAX (Ge-rência de Táxi e Transportes Es-peciais). Pelo lado da Infraero, ainda não havia sido definido, até o fechamento da matéria.Cláusula sétima: trata do tempo de vigência.A vigência do convênio é de 12 meses, a contar a data da sua assinatura, podendo as partes, de comum acordo, prorrogar sua vigência por igual período

até o limite de 60 meses, res-peitada a legislação vigente aplicável, mediante termo adi-tivo.

No encontro estiveram pre-sentes o Superintendente da Transalvador, Renato Araújo, o Superintendente da In-fraeo, Manoel Henrique Ban-deira e o Assessor Regional do órgão, Jarbas Meira, além do taxista Reginald Cohim, convidado pelo prefeito João Henrique para representar a categoria. De acordo com Jarbas Meira, a minuta está em fase final de avaliação pelo jurídico do órgão e re-tornará à Transalvador já assi-nada, ainda esse mês. Essa in-formação, sendo confirmada, significará um passo deci-sivo para a resolução dos pro-blemas. A próxima etapa será a integração com os órgãos de segurança pública, no caso as polícias Federal, Civil e Mi-litar. Assunto esse, que vem sendo coordenado pelo Minis-tério Público Estadual.Mesmo que ainda não tenha

sido oficializado o convênio com a Polícia Militar (PM) para combater o transporte clandes-tino no Aeroporto de Salvador, cerca de seis pessoas que reali-zavam transporte irregular no local já foram presas nos úl-

timos dias.A polícia tem intensificado os trabalhos para expulsar os clandestinos do aeroporto. “Semana passada a PM prendeu cerca de seis clandestinos. In-clusive, um deles, tinha uma BMW preta, e outro é candi-dato a vereador. Um clandes-tino também teve a ousadia de jogar o seu carro em cima de um dos policiais. É uma ver-dadeira guerra, que provavel-mente terá um fim em breve.”, explicou o taxista Reginald Cohim.Segundo informações de ou-tros taxistas que rodam no ae-roporto e preferiram não se identificar, as operações da PM aconteceram de fato, inclusive com os veículos sendo guin-chados pelas autoridades, in-formação confirmada pelo As-sessor Regional da Infraero, Jarbas Meira.

Superintendente da Transalvador, Renato Araújo, recebe Infraero e taxista Foto: Ei, Táxi

em dia.”, alerta o taxista de Camaçari, Alberto Pimentel, de alvará 1612.De acordo com Pimentel, muitos taxistas de Camaçari, Dias d’Avila e Santo Amaro estão sendo impedidos de transportar seus clientes para Salvador. “A Agerba diz que para realizar transporte inter-municipal, o veículo precisar ter mais do que nove passa-geiros e estar cadastrado no órgão. Mas o grande problema é que temos contrato com em-presas no Polo Petroquímico que solicitam nosso serviço para transportar passageiros até Salvador. Sempre foi desta forma, agora eles estão que-rendo mudar.”, explica.Pimentel revela que a Agerba já apreendeu alguns carros de taxistas e cobrou altos valores

de multa. “O preço da multa é quase R$ 3 mil, é um absurdo para quem está com alvará e documentos em dia. Já fi-zemos a defesa e agora espe-ramos uma solução positiva.”, relata.Um dos taxistas que teve o ve-ículo apreendido foi Gabriel Andrade, de alvará 203, se-gundo ele o carro já foi libe-rado, mas foram sete dias sem poder trabalhar. “Recorri da decisão, agora estou esperando uma reposta. Estava levando dois passageiros para Salvador, saindo do Porto de Aratu, e fui parado por agentes da Agerba, mostrei meus documentos em dia e meu alvará, mas mesmo assim acabaram me multando e rebocaram o carro. Além do prejuízo, causou um cons-trangimento com meus passa-

Outro problema a ser resol-vido em Lauro de Freitas é a questão dos alvarás. Segundo o taxista Cerqueira, existem 62 alvarás na cidade. “A prefei-tura está inventando para dis-ponibilizar mais alvarás, cerca de 200. Não sei qual o motivo de tantos alvarás, se temos um número reduzido de taxistas atuando na cidade.”, ques-tiona.De acordo com o diretor de transporte da SMTT, ainda não há nenhuma previsão pra libe-ração de mais alvarás. “A pre-feitura ainda está decidindo essa questão. Mas a quanti-dade que temos hoje é pouca. A necessidade básica é chegar a 100 alvarás, acredito que seria o ideal.”, explica.

“Os clandestinos estão tomando conta de Lauro de Freitas.”. O alerta do taxista Antônio Cer-queira de alvará A-0004 re-trata a atual situação em que se encontra a cidade de Lauro de Freitas. Além de tirarem o sossego dos taxistas do aero-porto de Salvador, os clandes-tinos estão trabalhando irre-gularmente em diversos super-mercados. De acordo com Cer-queira, o Atacadão, Atakarejo e Max Atacado, localizados na Estrada do Coco, são domi-nados por cerca de 500 clan-

destinos.“O pior disso tudo é que a pre-feitura de Lauro de Freitas concedeu um alvará de freta-mento para que os clandes-tinos possam trabalhar nor-malmente.”, explicou. Ainda segundo o taxista, as pessoas que realizam o transporte ir-regular podem ser facilmente identificadas. “Inclusive, a pre-feitura deu coletes coloridos para que eles pudessem usar. Cada estabelecimento tem uma cor. Isso é um absurdo. Estão querendo que os taxistas regu-larizados trabalhem junto com clandestinos.”, relata.O diretor de transporte Secre-taria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT), Edson das Neves, confirmou ao Ei,Táxi

de que a prefeitura cedeu li-cenças para pessoas realizarem o transporte irregular. “Na ver-dade, o que existem nesses supermercados são carros de cargas, que possuem capaci-dade para transportar merca-dorias que os clientes com-pram dentro desses estabele-cimentos. Um táxi normal não ia ter condições de realizar este tipo de trabalho, por isso, como a frota de taxistas ainda é pequena em Lauro de Freitas, o alvará de fretamento é dado para motoristas que possuem transporte de carga.”, explica.O diretor acrescenta também que os responsáveis por este tipo de transporte são os donos dos mercados. “Quem fez a so-licitação para esse serviço

Taxistas de Lauro de Freitas sofrem com clandestinosInterior

foram os proprietários desses estabelecimentos. Até por este motivo fica difícil realizar uma melhor fiscalização nestes lo-cais.”, diz.Apesar disso, Edson afirma que equipes da SMTT realizam constantes fiscalizações contra clandestinos na região. “As-sumi há pouco tempo o cargo de diretor de transporte, mas já posso garantir que a secre-taria está empenhada para combater o transporte clan-destino. O grande problema é que mesmo quando punimos o clandestino, ele acaba vol-tando rapidamente a realizar o transporte irregular.”, pontua. Lauro de Freitas com mais alvarás

Taxistas da RMS alegam perseguição da Agerba

O acidente que matou 11 pes-soas que estavam numa van clandestina na BR-324, em Candeias, no início do mês de julho, fez intensificar as fisca-lizações de transportes clan-destinos nas estradas esta-duais e federais. Entretanto, taxistas regularizados da re-gião metropolitana de Sal-vador alegam que estão so-frendo constantes persegui-ções e sendo multados injusta-mente por agentes da Agência Estadual de Regulação de Ser-viços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba). “Achei impor-tante aumentar a fiscalização, mas o que acontece é que a Agerba está dificultando o tra-balho dos taxistas que pos-suem alvará e seus documentos

geiros.”, conta.O diretor da Agerba, Eduardo Pessoa, nega que ocorra perse-guição aos taxistas e revela que a infração só acontece quando um taxista da Região Metropo-litana de Salvador sai da sua ci-dade para pegar algum cliente na capital. “A fiscalização dos

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- - Brigar pela diminuição dos valores aplicados nas multas aos taxistas

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clandestinos tem sido rigorosa, cerca de 120 clandestinos têm sido multados por dia. Caso tenha acontecido algum en-gano em relação ao taxista, só é ele apresentar a defesa.”, ex-plica Pessoa.

Pág. 14 Ei Táxi Pág. 15Ei Táxi www.eitaxi.com.brwww.eitaxi.com.br ANO II . Número 24 . Agosto 2012 . Salvador-BAANO II . Número 24 . Agosto 2012 . Salvador-BA

que a venda das placas é um direito adquirido. Entretanto, o Sincavir não vai se pronun-ciar agora a respeito da decisão do TJMG. Só depois da publi-cação do acórdão irá comentar a questão e anunciar que me-didas judiciais poderão ser to-madas. Como já foi derrotada na primeira e na segunda ins-tância, a entidade que repre-senta os interesses dos taxistas só poderá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STJ).LimitesA legislação municipal estipula uma permissão por pessoa fí-sica e mínimo de seis e má-ximo de 30 licenças para as empresas. O número de per-missões de empresas não pode ultrapassar 10% da frota. De acordo com a promotoria, pelo menos 2.500 táxis que rodam em BH teriam sido negociados de forma irregular, por meio de doações fraudulentas e ou-tros meios ilegais. Pessoas fí-sicas que detêm mais de uma placa, se valendo de laranjas, também são investigadas.

Jorge Amado – JA nasceu em 10 de agosto de 1912 em Fer-radas, distrito de Itabuna na Bahia, filho do fazendeiro de Cacau, João Amado de Faria e de sua mãe Eulália de Faria Amado. Toda a sua história familiar ele le-varia em suas obras ao longo da sua carreira. Ainda com um ano foi para Ilhéus onde passaria pra-ticamente toda a sua infância. Mais tarde passou a morar em Salvador e a estudar no Colégio Antônio Vieira e no Ginásio Ypi-ranga. Ainda nesta época Jorge passou a ingressar e a participar da vida literária, fazendo parte da fundação da Academia dos Re-beldes. Com 19 anos, em 1931, publicou os seus dois primeiros romances “O país do carnaval” e “Cacau”. Casou-se cedo, em 1933, aos 21 anos, com Matilde Garcia

Jorge, Amado por muitosRosa, com quem teve uma filha chamada Lila. Em 1935, formou--se em Direito pela Universidade do Rio de Janeiro - UFRJ, ainda na faculdade passou a integrar o grupo dos comunistas. Após a sua volta do exílio, em 1944, da Argentina e do Uruguai, ele re-solveu separar-se da sua primeira mulher. Um ano depois, juntou--se com a sua segunda e úl-tima mulher Zélia Gattai (futu-ramente, também escritora), que seria a sua maior paixão. Após a Segunda Guerra Mundial, a fa-mília Amado teve que exilar-se na França por causa da ilegalidade concebida ao Partido Comunista Brasileiro - PCB. Ainda nesse ano, nasce João Jorge, primeiro filho do casal. Entre 1950 e 1952 morou em Praga e viu nascer a sua filha Paloma Amado. Na sua volta ao Brasil em 1955, JA pas-

sara de vez a dedicar-se somente à literatura, atitude que passou a ser reconhecida colocando-o como membro da Academia Bra-sileira de Letras (número 23) di-vidindo as atenções com ícones como Machado de Assis e José de Alencar. Toda a sua obra li-terária foi reconhecida mundial-mente, pois 49 idiomas receberam as lindas frases, versos, estrofes e poesia do mesmo. Esses traba-lhos receberam adaptações em todas as outras formas de arte e expressão, como cinema, tele-visão e teatro. JA começou a es-crever apenas para expressar o que sentia. Gostava de exaltar a cultura rica do seu estado, o com-portamento das famílias baianas no ciclo do cacau, a pós-abolição da escravatura, mesmo com a dis-criminação e preconceitos pre-sentes, os sincretismos etc. Suas

obras mais conhecidas foram: Ca-pitães da Areia, Dona Flor e seus dois maridos, Gabriela Cravo e Ca-nela, e Jubiabá. Jorge Amado era torcedor mais fiel do “mais que-rido” “Ypiranga”, time 11 vezes campeão baiano. Em 6 de agosto de 2001 o poeta e escritor en-traria definitivamente para a his-tória da literatura brasileira, pois morreria e deixaria de contribuir para a nossa cultura. Baianíssimo, Jorge Amado sempre mostrou, através dos seus livros, grande criatividade, vanguardismo, sen-

A notícia veiculada em meios de comunicação de Minas Ge-rais em que empresas perderam concessão de táxis na Justiça tem tirado o sono de taxistas mineiros. E a preocupação também já chegou na Bahia. A decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) cassou 430 placas de pessoas jurídicas na capital. A Empresa de Trans-porte e Trânsito de Belo Hori-zonte (BHTrans), órgão seme-lhante a Transalvador, afirma que seguirá recomendação da Justiça e abrirá licitação em 180 dias após a publicação da decisão do TJMG.As licenças são referentes às pessoas jurídicas que de-tinham veículos sem terem passado por processo licita-tório e que tiveram essa con-cessão cassada pela 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A de-cisão, que coube ao desembar-gador Almeida Melo, tornou as placas de táxis das pessoas fí-sicas intransferíveis sem uma prévia concorrência pública e vitalícias – os atuais deten-tores podem usufruir delas en-quanto viverem. Ou seja, nin-guém mais vai transferir per-missão em Belo Horizonte, in-dependente da pessoa ter fale-cido, aposentado por invalidez ou desistido de ser taxista.Segundo o desembargador, as empresas contam com asses-soramento jurídico e por este motivo não poderia ter adqui-rido permissões de táxi sem li-citação. O presidente do TJMG, Joaquim Herculano Rodrigues, determinou também que as permissões de empresas sejam passadas a pessoas físicas através de licitação que deve

Mudança na lei de taxistas de Belo Horizonte liga o alerta da categoria em Salvador

acontecer até o final de 2013. De acordo com ele, as empresas só poderão existir, se as pes-soas físicas não forem taxistas.Para o taxista mineiro Cris-tian Carlos Soares, da Coomo-taxi, provavelmente a cate-goria não vai recorrer da de-cisão, pois “temos o táxi para trabalhar, mas, penso que de-veríamos buscar em Brasília uma lei que amparasse as famí-lias de permissionários mortos com filhos menores de 18. Não sei se será possível, de repente podemos conseguir politica-mente uma lei que garanta um tempo extra de exploração da permissão para a viúva.”, ex-plica.O diretor presidente da Coometas, Vicente Barreto, se pronunciou em posição de apoio aos colegas mineiros. “Temos que mostrar força po-liticamente, com a criação da Associação Nacional dos Taxistas teremos como de-monstrar nossa união e solida-riedade aos companheiros que estão passando por este pro-

blema evitando assim que ou-tros no futuro venham a passar pela mesma situação.”, res-salta.Barreto acrescenta que a ca-tegoria precisa se mobilizar urgentemente para proteção dos que ficarão desamparados. “Não devemos ficar somente na hipótese de falecimento, mas também na transferência entre familiares, mesmo que o titular esteja em vida e que os regulamentos e leis muni-cipais sejam cumpridos até a data destas decisões ficando o permissionário livre para passar sua permissão, nos casos de sentenças aferidas por Tribunais que não sejam retro-ativas e sim que passem a va-lidar com as respectivas alte-rações a partir daquelas deci-sões.”.Ele disse ainda que esteve na Getax (Gerência de Táxi e Transportes Especiais) e o ge-rente do órgão tranquilizou a categoria e garantiu que até o momento na Bahia ne-nhum promotor tomou par-

tido para este tipo de decisão. “Porém, depois de muitas de-cisões em outros estados, não teremos surpresa caso a qual-quer momento algum apareça com estas ou outras ideias.”, alerta o diretor presidente da Coometas.O taxista Roberto Santana, da Comtas, lembra que está em tramitação no Senado, em fase conclusiva, um substitutivo da Lei 12.468 que irá derrubar o anseio do Ministério Público de Belo Horizonte em querer pre-judicar a classe. “Precisamos informar a todos os taxistas do Brasil para se movimentarem pela aprovação desta emenda, pois, assim esta ideia de alguns magistrados quererem nos pre-judicar acabará.”, aconselha.De acordo com o Sindicato In-termunicipal dos Condutores Autônomos de Veículos Ro-doviários, Taxistas e Trans-portadores Rodoviários Au-tônomos de Bens (Sincavir), sempre existe a defesa do co-mércio das permissões para ex-plorar o serviço, por entender

Valor R$ 1.000,00

timentos puros e eternos e es-cassez de pudor (numa época em que a mulher não era res-peitada). Sem a obra dele, a Bahia não teria sido conhecida e reconhecida mais profunda-mente pelo resto do Brasil e do mundo. Os seus pensamentos foram sempre representativos para a Bahia, visto que conse-guiu, através dos seus versos e estrofes, difundir, e muito, os comportamentos vividos da vida contemporânea. Salve Jorge!

Jorge Amado Foto: Divulgação

Por: Saulo Carregosa


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