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VILLAGE VISCONDE DE ITAMARACÁ CNPJ: 68.008.416/0001-90 LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL 2012 Ref.: Notificações n ˢ 106/2013 & 106-A/2013 MARCOS MORI Engenheiro Agrônomo CREA/SP 5061317180

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VILLAGE VISCONDE DE ITAMARACÁ CNPJ: 68.008.416/0001-90

LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL

2012

Ref.: Notificações n ˢ 106/2013 & 106-A/2013

MARCOS MORI Engenheiro Agrônomo CREA/SP 5061317180

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LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL VILLAGE VISCONDE DE ITAMARACÁ 2012

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Índice

1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ......................................................... 3

2. ACOMPANHAMENTO MENSAL ................................................................ 3

3. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ...................................................................... 3

3.1. Identificação .......................................................................................... 4

3.2. Ocupação do Solo ................................................................................. 4

3.3. Caracterização ...................................................................................... 4

3.3.1. Terrenos Residenciais ..................................................................... 4

3.3.2. Ruas e Passeios ............................................................................. 5

3.3.3. Arborização ..................................................................................... 7

3.3.4. Sistemas de Lazer / Áreas Verdes ................................................ 10

3.3.5. Abastecimento de Água ................................................................ 14

3.3.6. Rede de Captação de Águas Pluviais ........................................... 14

3.3.7. Rede de Esgoto ............................................................................. 14

3.3.8. Flora .............................................................................................. 15

3.3.9. Fauna ............................................................................................ 16

3.3.10. Recursos Naturais ......................................................................... 18

3.3.11. Obras e Terraplenagens ............................................................... 19

3.3.12. Transplante de Árvores ................................................................. 20

3.3.13. Coleta de lixo ................................................................................. 21

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 21

5. ASPECTOS LEGAIS INCIDENTES .......................................................... 22

6. ENCERRAMENTO .................................................................................... 23

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1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

Em atenção às Notificações nos 106/2013 & 106-A/2013, expedidas pela

Prefeitura do Município de Valinhos, por intermédio do Departamento de Meio

Ambiente / Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, em 14 de fevereiro

de 2013 para o LOTEAMENTO RESIDENCIAL VILLAGE VISCONDE DE

ITAMARACÁ, fases I e II, situado à Rua Emílio Romanetti, nº 230 – Bairro Sítio

Recreio dos Cafezais, elaborou-se o presente documento que visa atender as

exigências da Lei Municipal nº 4.123, de 04 de maio de 2007, que dispõe sobre

a necessidade de caracterização e monitoramento ambiental dos recursos

naturais incidentes em loteamentos fechados e condomínios horizontais

residenciais do município de Valinhos.

Todas as informações constantes desse relatório foram obtidas em visitas

ao referido loteamento e descrevem a atual situação do empreendimento.

O Loteamento Residencial Village Visconde de Itamaracá está em

conformidade com os artigos 1º e 2º da Lei Municipal nº 4.123/2007, por

apresentar laudo técnico ambiental anualmente à Prefeitura do Município de

Valinhos.

Laudo Técnico referente ao ano 2012.

2. ACOMPANHAMENTO MENSAL

O Loteamento Residencial Village Visconde de Itamaracá atende ao

disposto nos artigos 4º e 5º da Lei Municipal nº 4.123/2007, pois este laudo

técnico é baseado nos relatórios mensais de monitoramento do ano de 2012.

Durante visitas técnicas ao local, objeto do presente documento, foram

coletadas informações sobre as alterações na estrutura imobiliária (início e

término de obras de edificação) e observados os procedimentos adotados para

preservação e recuperação dos recursos naturais.

3. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

O Diagnóstico Ambiental descreve a ocupação e uso do solo e trata da

identificação, caracterização e avaliação dos recursos naturais existentes no

empreendimento, conforme segue.

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3.1. Identificação

O Loteamento Village Visconde de Itamaracá está situado à Rua Emílio

Romanetti, nº 230 e foi instalado em um terreno de 544.039,91 m²,

geograficamente posicionado sob as coordenadas S 22°59'02.35" e

O 47°01'35.26" tendo como marco a portaria principal.

3.2. Ocupação do Solo

O loteamento está dividido em Área Particular e Área Comum, distribuídas

da seguinte forma:

Área Particular:

Terrenos Residenciais: ......................... 353.286,79 m²;

Área Comum:

Ruas e Passeios: .................................. 78.219,87 m²;

Sistema de Lazer / Área Verde: ............ 112.204,27 m²;

Portaria:................................................. 328,98 m².

3.3. Caracterização

3.3.1. Terrenos Residenciais

O loteamento é formado por 279 lotes, sendo que atualmente 250 possuem

construções de alvenaria já finalizadas, 5 estão em fase de construção e 24

lotes permanecem vazios.

Comparativo da ocupação do solo entre os anos 2009 e 2012.

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Os terrenos vazios estão recobertos com vegetação rasteira que é

controlada periodicamente por meio de roçadas e o material resultante é

espalhado por sua superfície. Para evitar acidentes e prejuízos ao meio

ambiente, e atendendo à legislação ambiental de Valinhos, Lei Municipal

nº 2.953, de 24 de maio de 1996, artigo 56 do Código de Posturas, é

expressamente proibido o método de queimadas para limpeza dos terrenos.

Observa-se a vegetação dos lotes vazios mantida roçada.

3.3.2. Ruas e Passeios

A rede viária do loteamento é formada por dezesseis ruas pavimentadas

com asfalto e delimitadas com guias de concreto. Os reparos, quando

necessários são realizados por empresas especializadas que se

responsabilizam pelo descarte correto das sobras dos materiais utilizados.

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Nos lotes edificados, os passeios são recobertos geralmente por grama

esmeralda (Zoysia japonica), que permitem a infiltração da água da chuva.

Para facilitar o trânsito de pedestres,

alguns são cortados em sua porção

central por caminhos construídos de

alvenaria ou pedra, em conformidade

com a Lei Municipal nº 3.320/99, a

qual determina que todos os terrenos

que tenham guias e sarjetas devem

ter passeio público. Nas áreas

localizadas em frente às residências é

permitida a impermeabilização do

acesso de veículos às garagens. Os

proprietários de imóveis em fase de

construção estão atendendo às

normas para adequação e construção

de calçadas. Nos terrenos particulares vazios, grande parte dos passeios

apresenta-se recoberto por capim e são roçados sempre que necessário.

Os passeios dos lotes vazios são roçados sempre que necessário.

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3.3.3. Arborização

Ao longo das vias de circulação do loteamento estão distribuídos

exemplares de flamboyant (Delonix regia), aroeira-salsa (Schinus molle), ipês

amarelo, rosa e branco (Tabebuia sp), aroeira-mansa (Schinus terebinthifolius),

palmeira-jerivá (Syagrus romanzoffiana), quaresmeira (Tibouchina granulosa),

resedás rosa e branco (Lagerstroemia sp), pata-de-vaca (Bauhinia sp),

palmeira-imperial (Roystonea oleracea), canafístula (Peltophorum dubium),

jacarandá-mimoso (Jacaranda mimosifolia), pau-brasil (Caesalpinia echinata),

chorão (Salix sp), jatobá (Hymenaea courbaril), falso-barbatimão (Cassia

leptophylla), tipuana (Tipuana tipu), manacá-da-serra (Tibouchina mutabilis),

oiti (Licania tomentosa), melaleuca (Melaleuca sp), pau-ferro (Caesalpinia

ferrea), escova-de-garrafa (Callistemon viminalis), ipê-de-jardim (Tecoma

stans) e sibipiruna (Caesalpinia peltophoroides) .

Árvores encontradas nas vias de circulação do Loteamento Village Visconde de

Itamaracá.

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As árvores do sistema viário apresentam bom estado fitossanitário.

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São realizadas podas periódicas para boa conformação das copas.

São realizadas inspeções periódicas para avaliar a necessidade de podas

de manutenção e condução, para que os galhos não interfiram nas redes de

telefonia e elétrica, ou para suspender as copas e facilitar o trânsito de

pedestres e veículos. Todas as plantas apresentam bom estado fitossanitário,

livres de pragas e doenças.

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3.3.4. Sistemas de Lazer / Áreas Verdes

No Loteamento existem cinco áreas de lazer:

Sistema de Lazer 1:

Área verde de 45.202,51 m², que contém Área de Preservação Permanente

(APP), com faixa de proteção a recursos naturais respeitada e protegida. Em

seu interior existe uma represa alimentada por córrego vindo de loteamento

vizinho. A vegetação arbórea é diversificada, com predominância de eucalipto e

moitas de bambu.

A represa do Sistema de Lazer 1 sofre intenso processo de assoreamento.

Às margens da represa existe uma área de reflorestamento heterogêneo

com várias espécies nativas e algumas exóticas, destacando-se as árvores

frutíferas para alimentação da fauna que habita o local. O manejo e os tratos

culturais (condução por meio de tutoramento, poda de formação das copas,

controle de formigas cortadeiras e roçada das plantas rasteiras) vêm sendo

feitos regularmente de modo a garantir o pleno desenvolvimento da vegetação.

Na extremidade desta área está localizado um reservatório utilizado no

sistema de recalque do esgoto gerado pelas residências deste Residencial e do

loteamento vizinho.

No entorno da mata é mantido um aceiro de 4 metros de largura, para se

evitar a propagação de incêndios que por ventura aconteçam em propriedades

vizinhas.

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Sistema de Lazer 2:

Área verde de 60.438,59 m² que contém Área de Preservação Permanente

(APP), com faixa de proteção a recursos naturais respeitada e protegida. Em

seu interior existe uma nascente que abastece um pequeno lago ornamental e

outras duas represas maiores. A vegetação arbórea é diversificada, com

predominância de patas-de-vaca e fícus, além de moitas de bambu.

Próxima da nascente existe uma gruta construída na época em que a área

do loteamento pertencia a uma fazenda. O local está preservado e o acesso de

moradores é permitido. Escadarias de pedra granítica formam o caminho que

conduz até a gruta.

Dentro do Sistema de Lazer 2 existe uma área de reflorestamento

heterogêneo com várias espécies nativas e algumas exóticas, destacando-se

as árvores frutíferas para alimentação da fauna que habita o local. O manejo e

os tratos culturais (condução por meio de tutoramento, poda de formação das

copas, controle de formigas cortadeiras e roçada das plantas rasteiras) vêm

sendo feitos regularmente de modo a garantir o pleno desenvolvimento da

vegetação.

O Sistema de Lazer 2 possui duas represas.

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Área reflorestada: bom desenvolvimento das mudas e cobertura do terreno com grama

para se evitar erosão.

A represa do Sistema de Lazer 2 é abastecida por uma nascente.

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Sistema de Lazer 3:

Área de 120,00 m² (3,00 metros X 40,00 metros), totalmente gramada e

roçada regularmente.

Sistema de Lazer 4:

Área de 90,66 m², localizado na entrada do loteamento, utilizada como

jardim com reposição periódica de espécies anuais de flores e forrações e

parte gramada mantida roçada.

Sistema de Lazer 5:

Área de 6.352,51 m², dividida em treze áreas verdes localizadas nos finais

de ruas sem saída, compostas por árvores ornamentais e frutíferas que atraem

a avifauna. Em 2012 foram realizadas podas de limpeza e formação, além de

roçada da vegetação rasteira.

Entre as árvores frutíferas encontram-se manga, jabuticaba, amora,

cambuci, pitanga, abacate, mexerica poncan, cajú, limão, carambola, araçá,

acerola, laranja, caqui, lichia, goiaba, nespera, jaca, atemóia, jambo, cereja-

das-antilhas, tangerina, calabura e abil.

As árvores ornamentais estão representadas por exemplares de ipês

amarelos, rosas e brancos, fícus, espatódea e aroeira-salsa.

Nos finais das ruas existem treze áreas verdes arborizadas.

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3.3.5. Abastecimento de Água

As necessidades hídricas do loteamento são supridas por ligação direta das

residências à rede municipal de abastecimento.

3.3.6. Rede de Captação de Águas Pluviais

A captação de águas pluviais é feita através de bueiros localizados ao

longo das ruas internas do loteamento, que se interligam a galerias

subterrâneas construídas com tubos de concreto, exclusivas para este fim e

que deságuam em escadas

hidráulicas (foto a esquerda) antes de

chegar à represa do Sistema de

Lazer 2. A estrutura foi devidamente

calculada em função da área de

drenagem e da declividade do

terreno. Com o sistema de escadas

hidráulicas diminui-se a velocidade

da água, evitando o surgimento de

processos erosivos. Foi concedida

autorização pelo então DEPRN

(Departamento Estadual de Proteção

de Recursos Naturais) para a

construção destas estruturas.

3.3.7. Rede de Esgoto

Todo o esgoto gerado pelos

moradores do loteamento é

coletado através de canalização

exclusiva para este fim e

direcionado para um

reservatório de 70 m³ (foto ao

lado) que, através de sistema

de recalque, bombeia o efluente

para a rede pública de coleta de

esgotos.

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3.3.8. Flora

A flora existente no Loteamento Village Visconde de

Itamaracá está distribuída nos terrenos residenciais,

nos passeios e sistemas de lazer / áreas verdes e

encontra-se descrita no item “Caracterização”.

São encontradas diversas espécies arbóreas nos sistemas de lazer / áreas

verdes 1 e 2 e no reflorestamento existente. Não foi realizado um inventário

florestal com quantificação de indivíduos, mas um estudo qualitativo das

espécies que compõem as matas existentes no perímetro do empreendimento.

Espécies arbóreas presentes nos sistemas de lazer 1 e 2:

Açoita-cavalo (Luehea grandiflora), Amora-de-árvore (Morus nigra), Araçá

(Psidium cattleianum), Aroeira-branca (Lithraea molleoides), Aroeira-mansa

(Schinus terebinthifolius), Bambu amarelo (Bambusa vittata), Bambu comum

(Bambusa vulgaris), Bambu gigante (Dendrocalamus giganteus), Cambará

(Gochnatia polymorpha), Camboatã (Cupania vernalis), Canela-fedorenta

(Nectandra rígida), Canelinha (Nectandra megapotamica), Canjarana (Cabralea

canjerana), Capixingui (Croton floribundus), Cássia-imperial (Cassia fistula),

Castanha-do-maranhão (Pachira aquática), Cedro (Cedrela fissilis), Cinamomo

(Melia azedarach), Embaúba (Cecropia glaziovi), Eritrina-candelabro (Erythrina

speciosa), Espatodea (Spathodea nilotica), Eucalipto (Eucaliptus sp), Ficus

(Ficus benjamina), Flamboyant (Delonix regia), Goiabeira (Psidium guajava),

Guapuruvu (Schizolobium parahyba), Ingá (Ingá uruguensis), Ipê-amarelo

(Tabebuia chrysotricha), Ipê-branco (Tabebuia rósea-alba), Ipê-de-jardim

(Tecoma stans), Jacarandá-de-espinho (Machaerium nyctitans), Jacarandá-

mimoso (Jacaranda mimosifolia), Jacarandá-paulista (Machaerium villosum),

Jambolão (Syzygium cumini), Jatobá (Hymenaea courbaril), Jequitibá-branco

(Cariniana estrellensis), Leucena (Leucaena leucocephala), Melaleuca

(Melaleuca leucadendron), Oiti (Licania tomentosa), Paineira (Chorisia

speciosa), Palmeira jerivá (Syagrus romanzoffiana), Pata-de-vaca (Bauhinia

forticata), Pau-de-balsa (Ochroma pyramidale), Pau-d'óleo (Copaifera

langsdorffii), Pau-de-viola (Cythalexylum myrianthum), Pau-jacaré (Piptadenia

gonoacantha), Pau-mulato (Calycophyllum spruceanum), Pau-pólvora (Trema

micrantha), Quaresmeira (Tibouchina granulosa), Sibipiruna (Caesalpinia

peltophoroides), Taiúva (Maclura tinctoria) e Uvaia (Eugenia pyriformis).

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Espécies arbóreas presentes nos reflorestamentos:

Abacateiro (Persea americana), Amora-de-árvore (Morus nigra), Aroeira-mansa

(Schinus terebinthifolius), Cabreúva (Myroxylon peruiferum), Canela-fedorenta

(Nectandra rígida), Castanha-do-maranhão (Pachira aquática), Cinamomo

(Melia azedarach), Flamboyant (Delonix regia), Goiabeira (Psidium guajava),

Guapuruvu (Schizolobium parahyba), Ipê-amarelo (Tabebuia chrysotricha), Ipê-

de-jardim (Tecoma stans), Jacarandá-mimoso (Jacaranda mimosifolia),

Jambolão (Syzygium cumini), Jatobá (Hymenaea courbaril), Jequitibá-branco

(Cariniana estrellensis), Paineira (Chorisia speciosa), Palmeira jerivá (Syagrus

romanzoffiana), Pata-de-vaca (Bauhinia forticata), Pau-mulato (Calycophyllum

spruceanum), Pitangueira (Eugenia uniflora) e Uvaia (Eugenia pyriformis).

Nas dependências do loteamento existem árvores que necessitam de

autorização do Departamento de Meio Ambiente para a realização de podas

rasas ou supressão.

As áreas verdes dos sistemas de lazer 1 e 2 apresentam vegetação

secundária em estágios inicial e médio de regeneração (RESOLUÇÃO

CONAMA nº 001, de 31 de janeiro de 1994), com fisionomia florestal,

apresentando árvores de variados tamanhos.

3.3.9. Fauna

No perímetro do loteamento existe avifauna

permanente, representada por pavão, galinhas

d’angola, patos, marrecos, galinhas d’água, gansos e

quero-queros. Observa-se com freqüência a presença

de garças, sabiás, bem-te-vis, sanhaços, beija-flores, maritacas, corruíras,

corujas, anus-brancos, pica-paus, gaviões, urubus e pardais. Entre os

mamíferos encontram-se pequenos

roedores e gambás. Os répteis,

raramente observados, estão

representados por lagartos teiús,

calangos e outras espécies de lagartos

de menor porte. Não há registro da

ocorrência de cobras. Nenhuma das

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espécies citadas consta no Decreto Estadual 42.838 de 04 de fevereiro de

1998 que “declara as espécies da fauna silvestre ameaçadas de extinção e as

provavelmente ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo e dá

providências correlatas” e na Instrução Normativa nº 3, de 27 de maio de

2.003, do Ministério do Meio Ambiente, que em seu anexo fornece as listas das

espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção.

A avifauna se concentra na região dos lagos.

Aves de várias espécies são encontradas nas áreas verdes do Loteamento.

A fauna vive livremente e recebe complementação alimentar.

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3.3.10. Recursos Naturais

Existem duas APP’s com limites respeitados, reflorestadas e enriquecidas

com plantas nativas e algumas exóticas, principalmente frutíferas.

Há somente uma nascente no interior do loteamento, localizada no Sistema

de Lazer 2, preservada e protegida por vegetação. Ela alimenta um lago

ornamentado por pedras, conhecido como “fonte” e segue um córrego que

abastece outras duas represas a jusante. Quando o loteamento foi implantado,

optou-se pelo plantio de bambu e uma alameda de ficus (Ficus benjamina) para

identificar e sombrear o caminho da rua principal à fonte. Porém, a

agressividade dessas espécies exóticas dominou a paisagem e está causando

transtornos no caminho e na vegetação adjacente. Foi emitida pelo então

DEPRN (Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais)

autorização para substituição dos fícus e moitas de bambu por espécies

arbóreas nativas.

A nascente do Sistema de Lazer 2 está preservada e protegida por vegetação.

Existe, também, um córrego provindo de loteamento vizinho que alimenta

uma represa no Sistema de Lazer 1. Nas duas áreas foi respeitado o

estabelecido na Lei Federal nº 4771/65, que prevê o mínimo de 50 metros de

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raio da nascente, faixa ciliar de 30 metros de largura ao longo de curso d’água

com menos de 10 metros de largura e faixa de 30 metros às margens das

represas como Áreas de Preservação Permanente.

As represas dos dois Sistemas de Lazer estão sofrendo processo de

assoreamento.

3.3.11. Obras e Terraplenagens

Foram realizadas terraplenagens em dois lotes no ano de 2012. Porém, em

um deles existe uma APP e não foi solicitada autorização ao Departamento de

Meio Ambiente para a movimentação de solo, o que gerou o auto de infração

nº 73/2012, imposição de multa e projeto de compensação ambiental,

contemplando o plantio e manutenções periódicas em 225 mudas de várias

espécies arbóreas nativas e plantio de grama no talude gerado.

A compensação pela intervenção na APP deu-se com o plantio de grama no talude e...

... plantio de 225 mudas de árvores nativas nas áreas verdes 1 e 2 do Loteamento.

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3.3.12. Transplante de Árvores

Em atendimento ao disposto

no Artigo 8º da Lei Municipal

nº 4.123/2007, em 2012 foi

requerida ao Departamento de

Meio Ambiente da Prefeitura de

Valinhos, autorização para o

transplante de cinco árvores

situadas em passeio de terreno

particular, fora de Área de

Preservação Permanente, sendo

três sibipirunas (foto ao lado) e

duas tipuanas. As árvores foram

transplantadas para área verde 1

do Loteamento e em seus lugares

plantados resedás.

As árvores foram transplantadas para a área verde 1 do Loteamento.

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3.3.13. Coleta de lixo

O lixo gerado pelos moradores é

coletado no interior do condomínio

pela empresa contratada pelo

poder público. Os materiais

recicláveis são depositados nos

passeios em dias específicos e

posteriormente são levados por

empresas de reciclagem (foto).

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por apresentar 10% dos terrenos sem edificações ou em obras, o

Loteamento Village Visconde de Itamaracá é passível de geração de resíduos

impactantes, tais como restos de concreto e de materiais de construção. Para

que não haja prejuízos ao meio ambiente, os responsáveis pelo

empreendimento estabeleceram que esses resíduos são de responsabilidade

dos proprietários dos lotes e devem ser coletados e retirados das obras por

empresas especializadas, que garantam que seu descarte seja feito de forma

apropriada.

As árvores do sistema viário estão em desenvolvimento e são realizadas

podas periódicas para que haja uma boa conformação das copas e não

ocorram interferências nas redes de energia elétrica e de telefonia.

O loteamento mantém um plano de manutenção e preservação das APP’s e

dos recursos naturais existentes em seu perímetro. O tipo de intervenção

necessária e sua periodicidade são determinados por engenheiro agrônomo e

os procedimentos são executados por profissionais treinados para tal fim.

Durante as visitas de acompanhamento mensal não foram registrados

vazamentos nas redes de água e esgoto.

Não existem pontos de erosão no interior do loteamento.

Não houve supressão de árvores nativas existentes nas áreas de uso

comum durante o ano de 2012.

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LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL VILLAGE VISCONDE DE ITAMARACÁ 2012

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5. ASPECTOS LEGAIS INCIDENTES

Os aspectos legais pertinentes ao cumprimento da Lei do Município de

Valinhos nº 4.123, de 04 de maio de 2007 e que nortearam a elaboração deste

estudo, estão inseridos nas seguintes normas ambientais:

Lei Federal nº 4771/65 e suas alterações;

Decreto Estadual nº 42838 de 04 de fevereiro de 1998 – Declara as

espécies da fauna silvestre ameaçadas de extinção e as

provavelmente ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo e

dá providências correlatas;

Instrução Normativa nº 3 de 27 de maio de 2003 / Ministério do

Meio Ambiente – Listas das espécies da fauna brasileira

ameaçadas de extinção;

Resolução CONAMA nº 001, de 31 de janeiro de 1994;

Resolução SMA nº 18, de 11 de abril de 2007 – Disciplina

procedimentos para a autorização de supressão de exemplares

arbóreos nativos isolados;

Lei Municipal nº 3.320, de 10 de junho de 1999, que dispõe sobre a

execução de muro de alinhamento e passeio-público;

Lei Municipal nº 2.953, de 24 de maio de 1996, Artigo 56 do Código

de Posturas.

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LAUDO TÉCNICO AMBIENTAL VILLAGE VISCONDE DE ITAMARACÁ 2012

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6. ENCERRAMENTO

Nada mais havendo a esclarecer, encerro o presente laudo que consta de

23 (vinte e três) folhas impressas eletronicamente de um só lado, datado e

assinado. Acompanha um anexo com imagem de satélite detalhando o

perímetro do loteamento, uma cópia da Anotação de Responsabilidade Técnica

(ART) do engenheiro agrônomo responsável pelo laudo técnico e um CD

contendo arquivo digital do laudo, em atendimento ao artigo 2º da Lei Municipal

nº 4.123/2007, para ser disponibilizado no site da prefeitura para consulta

pública.

Valinhos, 25 de abril de 2013.

__________________________

Marcos Mori

Engenheiro Agrônomo

CREA 5061317180

ART nº 92221220130634915

__________________________

Waldir Nigro Famá

Síndico Loteamento Village Visconde de

Itamaracá