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Curitiba, segunda-feira, 14 de junho de 2010 - Ano XII - Número 576 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected] DIÁRIO d o B R A S I L Cresce procura da juventude por concursos públicos Com as dificuldades de se estabele- cer em cargos privados, muitas pesso- as procuram concursos públicos como alternativa. Os jovens são muito presen- Fernando Mad Linhas da vida Risos, choro, alegria e tristeza: conhe- ça as histórias da vida de Maria Lucia Ba- ena Moreira Pág. 7 Perfil É a França no Brasil Entrevista com a diretora da Aliança Francesa aborda a relação entre os dois países por um viés histórico. Além disso, ela comenta sobre a hospitalidade do povo brasileiro. Pág. 8 Cultura Estrangeira Rádio para o povo A experiência da Rádio Comunitária Itaperuçu mostra como os veículos de co- municação populares podem ser alterna- tivas no processo de comunicação. Pág. 4 e 5 Comunicação Popular Divulgação tes nas salas de provas, já que o se- tor permite que sejam conciliados os estudos acadêmicos com o em- prego. Pág. 3 Geison Martins concilia o estudo na faculdade com os concursos

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Jornal Laboratório do curso de jornalismo da Universidade Positivo.

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Curitiba, segunda-feira, 14 de junho de 2010 - Ano XII - Número 576Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected]

DIÁRIO

do

BRASIL

Cresce procura dajuventude porconcursos públicos

Com as dificuldades de se estabele-cer em cargos privados, muitas pesso-as procuram concursos públicos comoalternativa. Os jovens são muito presen-

Fernando Mad

Linhasda vida

Risos, choro, alegria e tristeza: conhe-ça as histórias da vida de Maria Lucia Ba-ena Moreira

Pág. 7

Perfil

É a Françano Brasil

Entrevista com a diretora da AliançaFrancesa aborda a relação entre os doispaíses por um viés histórico. Além disso,ela comenta sobre a hospitalidade dopovo brasileiro.

Pág. 8

Cultura Estrangeira

Rádiopara o povo

A experiência da Rádio ComunitáriaItaperuçu mostra como os veículos de co-municação populares podem ser alterna-tivas no processo de comunicação.

Pág. 4 e 5

Comunicação Popular

Divulgação

tes nas salas de provas, já que o se-tor permite que sejam conciliadosos estudos acadêmicos com o em-prego.

Pág. 3

Geison Martinsconcilia oestudo nafaculdade comos concursos

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Opinião

Um filme de medidas, de pequenas doses, por vezes, meticu-losamente melancólico, por outras um tanto programático em suatentativa de filmar a rotina e o seu desvio. Com uma química rarade olhares e gestos, oriunda de uma construção cênica que beirao cinema sem palavras, e de um trabalho de atmosfera de grandehabilidade, onde a edição de som, a montagem e o gestual dospersonagens parecem todos parte de uma engrenagem de afetosapequenados e em ebulição.

A relação fria, mas carinhosa, entre Jacobo e sua falsa mulher(Mirella Pascual, em grande atuação), encontra na figura expan-siva do irmão de Jacobo (Herman) o ponto perfeito de desequilí-brio. A solidão, a repetição e a possibilidade de duas pessoas seaproximarem de uma nova forma depois de um longo tempo deconvívio silencioso aparecem no filme mais como insinuação doque como evento. E é notável a forma com que o roteiro e as cenasconseguem não apenas fazer a observação das manias de Jacobo,mas torná-las gestos físicos e rítmicos que denotam o espírito dopersonagem sem que para isso seja necessário qualquer tipo deexplanação verbal e direta.

O acordo monossilábico entre os dois personagens, o bilhetenão lido que Marta entrega a Herman antes de sua partida, a au-sência de Marta no último plano são pequenos movimentos derepetição e diferença, de reiteração e desvio, que fazem com quetudo permaneça no mesmo lugar, mas talvez não mais da mesmaforma. A crítica e ao mesmo tempo o elogio da solidão e da ale-gria (como o título Whisky, dos sorrisos encomendados), a formacom que o jovem casal que encontram no hotel é filmado sem ne-nhum tipo de cinismo (e, sim, ironia) e o brilho quase mímico dosolhos de Mirella, fazem do filme um pequeno acúmulo de sutile-zas que merece atenção.

Há, talvez, um excesso de comentários cômicos marcados, oque também deixa aflorar um certo esquematismo em algumaspassagens narrativas. Mas nada que tire o interesse de uma obraque é, antes de tudo, um exercício de ritmo e de anti- heroísmo.Nele, um homem rabugento e cheio de manias (o ritmo é expres-sado, organicamente, por elas) se torna protagonista de uma his-tória de afeto condensado, marcada pela ausência de expressõese intenções claras e, principalmente, sem precisar que ninguémdeixe de ser como é para que aconteça em sua beleza de não-rea-lização.

E isso é um ponto marcante no filme: não há redenção amoro-sa, porque não há crise deflagrada. Jacobo sabe que Marta sentealgo por ele, Marta sabe que Jacobo poderia sentir algo por ela – enada mais precisa acontecer para que algo, entre os dois, existaali naquele pacto de formalidades. O gesto final de Jacobo em re-compensar sua falsa mulher com uma boa quantia em dinheiro,dentro dos parâmetros do personagem, denota antes paixão doque frieza, antes desvio afetivo do que norma de conduta. E isso,para a máquina-Jacobo, é muito mais do que um gesto de meragratidão formal.

E mesmo que talvez seja por demais melancólica a forma comoexpele Marta de sua vida, seu gesto é antes de tudo uma declara-ção final de que as coisas não poderiam continuar como se nadativesse acontecido. O que Jacobo sente não lhe cabe mais na roti-na que tanto preza – mesmo que na forma de um vazio acolhe-dor, ele sabe. E se protege.

Whisky uruguaiosem geloVinicius [email protected]

Reitor: José Pio Martins.Vice-Reitor: Arno Anto-nio Gnoatto; Pró-Reitorde Graduação: RenatoCasagrande; Pró-Reitorde Planejamento e Ava-liação Institucional: Cos-me Damião Massi; Pró-Reitor de Pós-Gradua-ção e Pesquisa e Pró-Reitor de Extensão: Bru-no Fernandes; Pró-Reitorde Administração: ArnoAntonio Gnoatto; Coor-denador do Curso deJornalismo: Carlos Ale-xandre Gruber de Cas-tro; Professores-orienta-dores: Ana Paula Mira eMarcelo Lima; Editores-chefes: Aline Reis (sccpa-line@ gmail.com), DanielCastro ([email protected]) e Diego Henri-que da Silva (ediegohen-rique@ hotmail.com).

“Formar jornalistas comabrangentes conhecimen-tos gerais e humanísticos,capacitação técnica, espíri-to criativo e empreendedor,sólidos princípios éticos eresponsabilidade social quecontribuam com seu traba-lho para o enriquecimentocultural, social, político eeconômico da sociedade”.

O LONA é o jornal-labora-tório diário do Curso deJornalismo da Universida-de Positivo – UPRedação LONA: (41) 3317-3044 Rua Pedro V. Parigotde Souza, 5.300 – Conectora5. Campo Comprido. Curi-tiba-PR - CEP 81280-30.Fone (41) 3317-3000

Expediente

Missão do cursode Jornalismo

Mar

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Rod

rigu

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Um time de futebol é mais importante para quem: tor-cedores ou jogadores? Eu fico do lado do torcedor, que éa minha posição também. Simples: o jogador tem um con-trato e ganha um salário para estar defendendo o time; otorcedor não tem contrato e muito menos recebe saláriopor torcer; na verdade, ele ainda gasta seu salário com otime do coração.

Um jogador é um ídolo para a torcida, muitas vezesele não está numa boa fase. Tem problemas como qual-quer mortal, mas para ele uma lesão é algo que compro-mete toda a sua história, pode inclusive mudar a histó-ria do time todo. Um jogador não faz o jogo sozinho, épara isso que existe o elenco. O elenco é todo o time, sejaele titular ou reserva, um depende do outro.

Independente da fase em que o jogador está, a torcidacostuma apoiar seu ídolo, por toda sua história e toda aimportância que ele tem dentro do elenco. Ele saiu, masvoltou! Ele se machucou, mas vai se recuperar! Ele estájogando mal, mas sempre jogou bem! De um lado a expe-riência, do outro a novidade.

Talita [email protected]

Campeonatode estrelas

A experiência não está ajudando nesse momento. Ma-chucado, sem ritmo e não titular. Porém, podemos con-tar com a certeza de que temos uma juventude que estácom muita vontade de continuar fazendo sua parte e de-fender seu time com honra e amor a camisa.

Nós, torcedores, respeitamos os jogadores, e muitas ve-zes até não nos importa a fase pela qual ele esteja pas-sando, nem o time que esteja defendendo, vamos mantero respeito e ainda agradecer pelo que um dia ele fez debom ao nosso time.

Agora, por favor, não me venha com ataque de estre-la! Sem essa de não, eu não quero dar entrevista. Vocêestá mal, não está jogando porque está machucado, masnós aqui não temos culpa por isso, e ser mal recebido éfalta de educação. Como torcedora, a decepção foi imen-sa, a demonstração de falta de respeito é o que mais ma-chuca.

Nós, torcedores, respeitamosos jogadores, e muitas vezesaté não nos importa a fasepela qual ele esteja passando,nem o time que estejadefendendo, vamos manter orespeito e ainda agradecerpelo que um dia ele fez debom ao nosso time.

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Fernando MadAltos salários e estabilida-

de profissional são chamarizesque atraem facilmente. As sa-las cheias nos domingos dosconcursos públicos são provasincontestáveis disso. E cadavez mais o número de jovensentre os inscritos impressiona,mas não sem causa. Com agrande concorrência e a buscapor profissionais especifica-mente qualificados, o cargo pú-blico é uma alternativa interes-sante para aqueles que aindanão possuem um diploma su-perior.

Porém, não é apenas a re-muneração e a segurança nocargo ocupado que aparecemrapidamente na mente dos jo-vens candidatos. “Quem dizerque pensa só na estabilidadeestá mentindo. O que vem à ca-beça na hora de se inscrever éganhar bem e trabalhar pouco,sempre”, diz Geison Martins,que acabou de prestar o segun-do concurso neste ano. “Euquero mais é ganhar bem e mepreocupar pouco. Aproveitarbastante enquanto estou novo”,completa o jovem.

O ideal de Geison pode atéparecer errado para alguns, masnão é nada infundado e nem dizrespeito a um pensamento de mi-noria. Devido à concorrência efalta de experiência, os jovenstêm que se sujeitar a salários bai-xos e acúmulos de responsabi-lidades para se manterem firmesno setor privado, o que é aindamais prejudicial para os queconciliam emprego com estu-dos.

Um cargo público se torna

também a solução para quem de-seja concluir com calma os estu-dos. “Agora eu posso me concen-trar e terminar minha faculdade.Passei por momentos complica-dos quando estava em empresasprivadas. Precisava fazer horaextra e atrasava para as aulas, per-dia provas, não tinha tempo paratrabalhos. E era ainda pior por-que eu corria risco de perder abolsa de estudos’’, relata RafaelCarvalho, que após vários concur-sos assumiu um cargo público emmarço deste ano. “Agora possofazer os trabalhos com calma, mededicar aos trabalhos. Posso cor-rer e recuperar o tempo de dedica-ção perdido”.

Para o psicólogo HenriquePadilha, a ideia de buscar bomemprego com pouco trabalho nãoé exatamente o problema a ser tra-tado nesse caso. “O que acontececom os concursos públicos é se-melhante ao vestibular. Na horade escolher o curso universitário,por muitas vezes o jovem escolhepor influência de futuro financei-ro, estabilidade. Nem o candida-to analisa se é algo que realmentetem vontade”, compara. “A van-tagem dos concursos públicos éque o jovem não terá a sensaçãode tempo perdido, afinal o salárioestará na conta todo o mês”, com-pleta.

Independente dos ideais pes-soais de cada um, milhares de jo-vens lotarão as salas buscandouma vaga no desejado mundo doscargos públicos ainda esse ano.Sempre há, claro, quem prefira oestresse e a dita insegurança dosetor privado. Para estes, fica ummuito obrigado de todos osconcursandos.

Jovens apostamem concursospúblicos parauma vida maistranquila

Agora, 20% das aulas práticas veiculares serão à noite; a medidavisa ensinar motoristas a agir no trânsito neste horário

Jéssica Tokarski

“Quem dizer que pensa só na estabilidade estámentindo. O que vem à cabeça na hora de seinscrever é ganhar bem e trabalhar pouco”Geison Martins, estudante

Entrou em vigor no final domês de maio a Lei n° 12.217/2010. Segundo a lei, os Centrosde Formação de Condutores(CFCs) serão obrigados a ofere-cer aulas noturnas de direçãoveicular. O Conselho Nacionalde Trânsito (Contran) definiuque, das 20 horas/aulas neces-sárias para obter a Permissãopara dirigir (PPD), 20% terão queser noturnas, ou seja, quatro au-las. Nos casos de adição ou mu-dança de categoria, a porcenta-gem é a mesma, o que significatrês aulas das 15 obrigatórias. Anorma vale para os alunos queabriram seu processo de obten-ção de Carteira Nacional de Ha-bilitação (CNH) a partir do dia17 de maio.

O dono de autoescolaVanderlei José Melo acredita quea medida é correta e que as aulasnoturnas são importantes no pro-cesso de formação do condutor.“Temos uma matéria chamadaDireção Defensiva; nela mostra-mos aos alunos as condições ad-versas no ato de dirigir, como porexemplo dirigir à noite, com chu-va, em estradas mal sinalizadas,

Lei que obriga autoescolasa oferecer aulas noturnasjá está em vigor

Jéssica Tokarski etc. O ideal seria que pudésse-mos preparar os alunos para to-das estas adversidades, mas in-felizmente é muito difícil. Entãopelo menos vamos ensiná-los ausar as luzes, alta, baixa, encon-trar um veículo com luz alta emsentido contrário e outras situa-ções que possam vir a ocorrer ànoite”, comenta Melo.

A estudante Heloísa Venski,que dirige há cinco meses, já per-cebe as diferenças entre condu-zir um veículo de dia e à noite.“De noite a atenção redobra. Hápossibilidade de ofuscamento edevemos saber também que, aoolhar diretamente para um car-ro com luz alta, perdemos a no-ção de direção por instantes”.

O Coordenador daControladoria Regional deTrânsito do DETRAN/PR,Herivelto do Carmo, diz quenão há previsão para a reali-zação de exames práticos noperíodo noturno. Entretanto, aregra servirá ao menos parainicializar a aprendizagem dosmotoristas e alertá-los dos pe-rigos redobrados que existemno trânsito nesse horário.

Segundo Carmo, o aumentodas taxas para retirar a habilita-

ção depende dos CFCs. “Vai domercado e dos custos de cada um,o DETRAN não interfere nessaquestão. As taxas recolhidas pornós não sofrerão alteração em ra-zão disso”, explica o coordenador.No entanto, dificilmente os custoscontinuarão os mesmos, já quemuitas autoescolas terão que con-tratar mais profissionais. “Dificil-mente escaparemos dessa medida.O horário noturno é o que tem maisprocura, agora ainda teremos queencaixar esses alunos que fazemaulas de dia para completar a car-ga horária à noite”, conta Melo.

Apesar de a lei trazer benefí-cios para os condutores, causaráalguns transtornos para a orga-nização dos CFCs. “Teremos quenos adaptar com esta regulamen-tação para continuarmos forman-do alunos no mesmo prazo quecostumávamos trabalhar. E seprecisarmos contratar mais fun-cionários, também será necessá-rio adquirir mais veículos”, escla-rece Melo. Ele lembra também queapenas os estados do Paraná e deTocantins têm como conferir queas autoescolas estão cumprindoa legislação: “São os dois únicosestados da federação que possu-em biometria digital”, explica.

“O ideal seria quepudéssemospreparar os

alunos para todasestas

adversidades,mas infelizmente é

muito difícil”.Vanderlei JoséMelo, dono de

autoescola

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Camila AragãoCamila Kelczeski

A comunicação comuni-tária trata-se de uma “comu-nicação do povo”, feita porele e para ele , visando àtransformação das estrutu-ras opressivas e as condi-ções desumanas de sobrevi-vência . É caracter izadacomo uma expressão das lu-tas populares por condiçõesmelhores de vida. Um instru-mento político das classes

subalternas, para externarsua concepção de mundo, eo compromisso na constru-ção de uma sociedade justa.“A ideia de fazer a rádiosurgiu porque nós estáva-mos com problemas na cida-de; foi a maneira que acha-mos para solucionar”, contauma das fundadoras da Rá-dio Comunitária Itaperuçu.

No iníc io , entendia-seque, para democratizar a co-municação, era necessária aexistência de meios de comu-nicação democráticos. No fi-nal dos anos 80, com a cria-ção do FNDC - Fórum Naci-onal pela Democratização daComunicação entendeu-seque era preciso “democrati-zar a comunicação para de-mocrat izar a sociedade”,adotando esse lema em suasatividades. Os grupos queatualmente se articulam emtorno da comunicação comoatividade-fim são basica-

mente produtores e/ou usu-ários das rádios comunitári-as e canais comunitários deTV a Cabo. O FNDC se des-mantelou em função de vári-os fatores, mas basicamentedevido à enorme distânciaque separava o interesse e oconhecimento acumulado deseus ideólogos e as necessi-dades dos conjuntos dosmovimentos sociais.

O serviço de Radiodifu-são Comunitária foi criadopela Lei 9.612/98, regula-mentada pelo Decreto 2.615do mesmo ano. Trata-se deuma radiodifusão sonora,em frequência modulada, debaixa potência (25 Watts).Os grupos que podem explo-rar são associações e funda-ções comunitárias que nãopossuem fins lucrativos eque tenha sede na localida-de da prestação do serviço.A programação deve ser plu-ralista e sem qualquer tipo

comunidadeÀ serviço da

de censura, e aberta à ex-pressão de todos os habitan-tes da comunidade.

A programação diár iadeve conter informações, la-zer, manifestações culturaise tudo aquilo que contribuapara a comunidade, sem dis-cr iminação, respei tandosempre os valores éticos esociais das pessoas e das fa-mílias. Qualquer cidadão dacomunidade tem o direito deemitir a opinião sobre qual-quer assunto abordado naprogramação da emissora,assim como manifestar assuas idéias, sugestões, recla-mações e reivindicações. “Omicrofone vai estar sempreaberto para os moradores.Qualquer pessoa pode parti-cipar da programação”, co-menta o locutor da RadioComunitária de Itaperuçu,Reginaldo Liberato.

A Agência Nacional deTelecomunicações (Anatel)

define a freqüência em queserá utilizada a emissora.Esse canal pode variar de 88a 108 Mhz em FM.

A le i 10 .597 , de 2002 ,prevê que a autor izaçãopara a execução do serviçoda radiodifusão tem valida-de de 10 anos e renováveispor mais 10, desde que asexigências legais sejam cum-pridas. A cada entidade éoutorgada apenas uma auto-rização para a execução doserviço. Para que a radio nãoperca a sua autor izaçãodeve se trabalhar dentro dalei. A Rádio Itaperuçu é aterceira rádio comunitáriado Paraná, sendo muito res-peitada, pois em 8 anos atu-ando na comunidade, nuncateve problemas em relação aodescumprimento da lei

HistóriaA história da Rádio Itape-

ruçu FM teve início no ano

Rádioscomunitárias sãoapoio àpopulação pormeio detrabalhos sociais

Eduardo Macarios

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Eduardo Macarios

de 1998, em uma igreja cató-lica da cidade. Nessa época,o único meio de comunica-ção existente na cidade eraum alto falante, que trans-mitia as missas e alguns re-cados. Um grupo de mais oumenos oito pessoas da igre-ja deu os primeiros passosem direção à rádio. Surgiuuma rádio “pirata”, que fa-zia a transmissão de missase recados para a comunida-de. Mas como não tinhamdocumentação, a Anatel pe-diu para fechar a rádio até asua regularização. Foramquatro anos até que toda adocumentação est ivessepronta e rádio pudesse ir aoar. Nesse momento, quemassumiu o projeto foram asirmãs Claudete e Mir ianBini, pois são escrivãs emum cartório local, e sabiamum pouco mais sobre as leis.Depois de muito esforço, aRádio Itaperuçu foi ao ar.Para a compra dos equipa-mentos, foram feitos bingos,festa, e colocaram barracasnas festas com frutas paravender. “Antigamente a sa-

fra de poncã era muito forteaqui, e para arrecadar di-nheiro nós colocávamos umabarraca nas festas para ven-der a fruta”, comenta Clau-dete.

O terreno onde está loca-lizada a Rádio Itaperuçu foidoado pela Votorantim, e aprimeira construção foi feitacom ajuda de comercianteslocais. No começo era uma“casinha meia água”, graçasa doações foi possível am-pliar a casa e aumentar a es-trutura da rádio.

EstruturaO veículo trabalha com a

comunicação comunitária,fazendo a localização de do-cumentos perdidos, denún-cias sobre saneamento e as-falto, além da divulgação deeventos da cidade. Não pos-suem uma linha de reporta-gens e música. Eles transmi-tem o que a comunidadepede. Em relação à música, adiretoria decidiu não tocarfunk, devido ao vocabulárioutilizado.

A rádio não tem uma ren-

da, ela sobrevive de apoiosculturais, que pagam as con-tas de luz e água, além dacompra de algum equipa-mento, quando necessário.Os valores cobrados poranúncios são simbólicos (emtorno de vinte ou trinta re-ais). Devido a essa precarie-dade, eles não possuem gra-vadores e internet, além detodos os funcionários da rá-dio serem voluntários. Porisso, os próprios apresenta-dores têm que fazer a opera-ção de mesa. Reginaldo Li-berato tem um programa di-ário e se orgulha do que faz:“a recompensa que nós te-

A rádio não temuma renda, elasobrevive deapoiosculturais, quepagam ascontas de luz eágua, além dacompra dealgumequipamento,quandonecessário

mos é a ajuda feita para acomunidade. É isso que nosmotiva para trabalhar volun-tariamente”.

A Itaperuçu está entre asquatro rádios mais ouvidasna região. Seus ouvintes sãode 7.000 pessoas, em uma ci-dade de 13.000 habitantes.Comunidade

A comunidade possuiuma participação muito ati-va na programação da RádioItaperuçu. A aprovação e oapoio ao serviço social sãomuito gratificantes a todos.Quem confirma é o comerci-ante Ari da Foto. “A rádiosurgiu na hora certa na ci-

dade, trouxe muitos benefíci-os a população”. Muitos mo-radores da cidade comentamque existia uma cidade an-tes da criação da rádio, ehouve uma mudança em Ita-peruçu depois que a rádiosurgiu.

Toda a comunidade ajudaquando a rádio sol ic i ta .“Uma senhora deve todos osseus objetos perdidos devidoa chuva, e veio nos pedirajuda, para ganhar pelo me-nos um colchão. Fiz o pedi-do, e rapidamente recebemosvárias ligações querendo fa-zer a doação do colchão”,conta Liberato.

Depois de muito esforço, a Rádio Itaperuçufoi ao ar. Para a compra dos equipamentos,foram feitos bingos, festa, e colocarambarracas nas festas com frutas para vender

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Como juntar documentos, normas,procedimentos, projetos, notícias e oprincipal elemento que tornam as ati-vidades organizacionais possíveis,que são as pessoas? Para interligarprocessos administrativos, estratégiaempresarial e relações humanas, asorganizações utilizam a intranet, umportal eletrônico interno, com acessorestrito aos colaboradores.

Mas o que chama a atenção nestaferramenta que está dentro do paco-te da comunicação empresarial sãoas novas formas e possibilidades deintegração e humanização. Como fa-lamos por aqui, a comunicação estácada vez mais ligada a valores e cul-tura empresarial. Nunca se falou tan-to em comunicação e informação emuma era cada vez mais digital. O re-cado é que quem não se atualizar vaificar para trás no mercado de traba-lho. É por isso que algumas empresasestão cada vez mais atentas as novasferramentas que integram a socieda-

Cuidados com a peletambém no inverno

Integração, comunicaçãoe informação na intranet

Vanessa DaskoEscreve semanalmente sobre comunicaçãoempresarial, sempre às [email protected]

Saúde

Comunicação Empresarial

Jefferson Leandro Nunes

Durante a estação do frio, a tendên-cia é a pele sofrer mais com alterações doclima. O organismo humano tenta man-ter o maior órgão do corpo em uma tem-peratura agradável, porém, quando frioé intenso, isso se torna difícil. Essa situ-ação acaba causando ressecamento e atérachaduras na pele, e em pessoas queapresentam rugas pode ser ainda pior.

Segundo o dermatologista Jonas Wre-zinger, é comum as pessoas sofreremcom os males causados pelo inverno. Eleafirma que os cuidados com a pele nes-se período diminuem, pois a preocupa-ção sempre é maior no verão. “A preo-cupação das pessoas está geralmentevoltada para o verão, quando exibemmais a pele, porém isso é um erro. Noinverno, a pele também precisa de cui-dados, às vezes até mais do que no ca-lor”, declarou Wrezinger.

Na maioria dos casos, as mulheres sãomais cuidadosas com a pele do que oshomens. Para a manicure Eliane Barbo-sa, de 40 anos, é importante cuidar dapele sempre. “Tanto no verão quanto noinverno devemos cuidar da pele. Eu usomuitos cremes hidratantes e procuro nãome expor muito a situações de tempera-tura extrema”, disse Eliane. O dermato-logista Wrezinger aconselha em primei-ro lugar uma boa hidratação. Ele tambémsugere o uso de cremes hidratantes e aler-ta para o excesso no tempo de banho. “Ofrio faz com que nosso corpo sinta maisnecessidade de calor, e o banho quentese torna um grande vilão nessa hora.Com a temperatura elevada da água, ascélulas que produzem a gordura do cor-po diminuem sua atividade, o que agra-va a situação”.

As pessoas que sofrem com algumas

Jefferson Leandro Nunes

de e o público interno, stakeholders,nos produtos e serviços prestados.

E por que não integrar todas essasferramentas, como os formatos de re-des sociais, para desenvolver uma in-tranet inovadora, que vai além da in-formação de procedimentos internos?Essa é uma das estratégias que as em-presas estão começando a desenvol-ver em 2010. Além da informação ecomunicação de notícias e procedi-mentos administrativos, a intranetestá em revolução. Com as várias pos-sibilidades disponíveis pelo mercadode comunicação digital, ela pode se

É com a chegadado frio que muitaspessoasdescuidam dapele, o que fazcom que algumasdoenças,ressecamento ealergias sejammais frequentes

doenças como bronquite, rinite ou asmatêm maior intolerância ao inverno, poisjá possuem a pele geneticamente maisseca, e ficam mais sujeitas a dermatitese alergias. “É difícil saber todos os cui-dados que devemos ter com a pele. Eunão uso nenhum tipo de creme, sofrocom a pele oleosa, e ainda nesse frio,sem chance de tomar um banho quenão seja de água extremamente quen-te”, declara o estudante de biologia Re-nan Ferreira, de 20 anos.

A hidratação da pele pode ser feitainterna e externamente. A interna ocor-re quando o suor, que abriga água e saisminerais, atravessa as camadas da pele,chegando à epiderme. A externa acon-tece quando introduzimos água, pormeio de cremes e cosméticos na cama-da superficial da pele. No verão, o cor-po produz mais suor, o que mantém apele mais constantemente hidratada, jáno inverno o suor é escasso e o corponão possui essa alternativa de hidrata-ção, sendo fundamental o uso de cremese o aumento com os cuidados. “É trivi-al que as pessoas cuidem de sua pele,mas há riscos quando esse tratamentonão é acompanhado por um especialis-ta. O costume da população é se diag-nosticar por conta própria, e isso podetrazer agravantes ao invés de soluções”,alerta Wrezinger.

Dicas para cuidar da pele como be-ber bastante líquido, evitar alimentosgordurosos, esbanjar das frutas e verdu-ras, não tomar banhos excessivamentequentes, estar atento à utilização dema-siada do ar-condicionado e consultarum dermatologista sempre que necessá-rio, são essenciais para mantê-la bemhidratada e livre de alergias e outrasdoenças que incomodam bastante, sejano inverno ou no verão.

Se por um lado o papel dojornalista nas empresas éajudar nas formas decomunicação voltada paracolaboradores e outros públicosestratégicos, como a própriasociedade, ele também podeparticipar da formatação dessanova forma de comunicaçãointerna

tornar um ambiente de integraçãohumana e compartilhamento de co-nhecimento dentro das empresas.

Os chamados “orkuts corporati-vos” estão sendo aos poucos inclu-ídos no ambiente virtual das orga-nizações. E as vantagens de inves-tir em integração humana são vá-rias. Entre as principais está a ge-ração de transparência, comparti-lhamento de informações e conhe-cimento, além de melhora significa-tiva no clima organizacional. Sepor um lado o papel do jornalistanas empresas é ajudar nas formasde comunicação voltada para cola-boradores e outros públicos estra-tégicos, como a própria sociedade,ele também pode participar da for-matação dessa nova forma de co-municação interna. Esta maneirade integrar colaboradores é umaquebra de paredes entre departa-mentos e setores da organização.

Pensar em planejamento estra-tégico de comunicação nas empre-sas sem dar uma atenção especialao desenvolvimento e criação deum portal eletrônico interativo eligado diretamente com as redessociais é não cumprir um planocompleto de políticas da comuni-cação institucional. Claro que nãodizemos aqui de abrir o conteúdoda empresa para toda a comunida-de. Mas sim, de integrar links econteúdos dessas redes, das quaismuitos colaboradores fazem parte,para centralizar e ao mesmo tem-po valorizar a humanização nasempresas.

Essa é uma lição de casa quenão pode faltar ao comunicadorempresarial. E já tem sites ligadosnessas inovações e gerando prêmi-os para portais que trazem novi-dades. E como sempre, um dica nof inal . O Intranet Porta l(www.intranetportal.com.br), pri-meiro site do Brasil focado em por-tais corporativos e de gestão doconhecimento, traz diversos textossobre o assunto e inclusive a ter-ceira edição do Prêmio intranetportal, para portais inovadores. Sea sua empresa tem uma intranetinterativa, as inscrições estão aber-tas até o dia 26 de junho. Até apróxima!

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Curitiba, segunda-feira, 14 de junho de 2010 7

PerfilRodolfo May

- Se você pudesse, o que muda-ria no seu corpo?, perguntei.- Assim que eu tiver a oportu-nidade quero tirar todas essasrugas, ela respondeu.

Faria sentido ouvir isso desenhoras que enchem seusrostos de maquiagem e pas-sam milhares de cremes paradiminuir os efeitos da tercei-ra idade. Mas ouvir isso dequem evita se maquiar e nãogosta de brincos e colares foium tanto estranho. Qual se-ria a explicação para tantavontade de se livrar das suasmarcas? Quem sabe o objeti-vo de tirar essas linhas dorosto era minimizar o franzi-do de seu rosto quando sorri.Quem sabe ela gostaria mes-mo de apagar o sofrimento desua tristeza. Quem sabe es-quecer o próprio tempo.Quem sabe...

Essas rugas no rosto deMaria Lucia Baena Moreirasão marcas de uma soma detristezas com alegrias, risoscom choros, de vida commorte. Morte, essa, que jápassou por sua história emdois momentos.

Lágrimas de tristezaO casamento com o profes-

sor Maadir Moreira ocorreuapenas quando t inha 30anos, realmente tarde para ospadrões dos anos 60. Dessaunião, nasceram Denise (em1964) e Mario (em 1967). Des-cendente direto de árabe,Maadir tinha uma forte per-sonalidade. Não deixava suaesposa receber determinadosparentes em sua casa, nãogostava de ter visitas apóscerto horário. O filho maisnovo do casal foi crescendo elogo foi se percebendo a se-melhança na personalidadedo pai. Quando os dois bri-gavam, só restava a MariaLucia ouvir os gritos e espe-rar o castigo dado a seu fi-lho. Gritos que não durarammuito. Em 1980, Maadir fale-ceu vítima de um derrame,logo após uma sessão de bri-gas com seu filho. No enter-ro, os alunos do curso de jor-nalismo prestaram homena-gem ao professor que estavaindo cedo. O caixão era acom-panhado por Denise e MariaLúcia (Mário não quis seaproximar). As duas tambémacompanhariam outro caixãomais de 30 anos depois.

Dizem que a pior perda é a

de um filho. Maria Lucia vi-ria a falar um dia: “Isso deve-ria ser proibido. Nunca umamãe deveria enterrar um fi-lho”. A luta de Mário duroudois anos contra um câncer.Toda a carga emocional dabatalha caía sobre a vida desua mãe e sua irmã, já que eleestava separado de sua espo-sa há 10 anos. As idas para ohospital, quimioterapia, ci-rurgia, ida para São Paulo,exames, cadeira de rodas eoutras dificuldades mais comcerteza acrescentaram ao ros-to de Lucia mais algumas des-sas marcas do tempo.

A união com Alcy Joa-quim Ramalho veio de umadeclaração de amor feita naUFPR (onde os dois trabalha-vam) em 1978.

Todos os dias ele a obser-vava e resolveu abrir mão detudo por Maria Lucia: deixouum casamento estável e nãose relacionou mais com osseus dois filhos por conta daseparação.

Depois de 20 anos moran-do juntos, ele pediu sua ama-da em casamento em umacama de hospital. O infarto,em 2004, deixou Ramalhoseis meses no hospital, comdif iculdade para selocomover e complicadassequelas no sistema respira-tório.

Muitos diriam que ele nãoresistiria, outros que ficariavegetat ivo . Seu médicocardiologista afirma que eleé guerreiro e um caso de es-tudo. Guerreira é a palavracom a qual a família descre-ve Maria Lúcia.

Entre problemas financei-ros, de seu marido e a desco-berta do primeiro câncer deseu filho, ela ainda mantevesuas esperanças.

Lutava a cada dia parasorrir mais do que chorar,sempre pensando que logo

vida

Nas

linh

as d

a

Rodolfo May

estariam todos bem.

Superação- Como você lida com a morte

de seu filho?, perguntei- Perder um filho é a coisa

mais difícil do mundo, mas comas pessoas que me cercam eu nãoposso ficar acuada. Guardo Má-rio dentro de mim e levo minhavida em frente, ela respondeu.

Suas rugas se destacarame seu semblante ganhou ou-tro brilho ao contar de suafilha, Denise, seu genro, Pau-lo May e seus dois netos queconvivem com ela diariamen-te. São essas pessoas quemarcam seu rosto com tantosorriso, tanta alegria.

Por jogar vôlei há 63 anos,sua vida é extremamente ati-va. Detesta ficar presa e terhorário para voltar. Os diasl ivres e la dedica amusculação, Pilates e exercí-cios aeróbicos. Nas terças equintas-feiras vai para a Du-que de Caxias treinar seu vô-lei com as Damas de Vinho –“quanto mais velhas, me-lhor” – (categoria de campe-onatos nacionais para se-nhoras com mais de 70 anos).

- O que você mais tem navida?, perguntei.

Nem precisei esperar suaresposta. Conclui sozinho:AMIGOS.

Ela havia contado dasturmas do vôlei, do baralhoàs terças-feiras à noite, seusfamiliares, companheiras detrabalho da Universidade...São tantas as turmas que atéimpressiona o relacionamen-to constante dela com pesso-as 20, 30 ou até 40 anos maisjovens.

Pela superação em suavida, simpatia e educação,Maria Lucia merecia viver pelomenos mais 78 anos. Quemsabe diminuir as rugas nãoseja uma preparação para sualonga vida. Quem sabe...

As rugas que marcam o rosto de Maria Lucia são osdetalhes que a diferenciam de sua foto com 20 anos

Essas rugas no rostode Maria Lucia BaenaMoreira são marcasde uma soma detristezas com alegrias,risos com choros, devida com morte

As idas para o hospital,quimioterapia, cirurgia, ida paraSão Paulo, exames, cadeira derodas e outras dificuldadesmais com certezaacrescentaram ao rosto deLucia mais algumas dessasmarcas do tempo

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Curitiba, segunda-feira, 14 de junho de 20108

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O cinema nacional marca presença entre as estreias com "OlhosAzuis". Na trama, John Wayne, chefe do departamento deimigração do aeroporto de Nova York, está prestes a se aposentare decide se divertir em seu último dia de trabalho. Depois debeber um pouco, John impede a entrada de um grupo de latino-americanos nos Estados Unidos apenas por diversão. Entre elesestá o brasileiro Nonato, dois poetas argentinos, uma bailarinacubana e um grupo de lutadores hondurenhos. Dois anos depois,John vem ao Brasil atrás de uma garota chamada Luiza. Aqui,conhece a prostituta Bia, que o ajuda nessa busca.

Em cartaz no UCI Estação e no UCI Palladium

O gringo e a prostituta

Juliana Guerra

Cultura

Outro filme que estreou sexta é a comédia romântica "PlanoB". Depois de muito esperar pelo homem perfeito, Zoe (JenniferLopez) decide ser mãe. No dia marcado para a inseminaçãoartificial, ela conhece Stan, que tem tudo para ser o companheiroideal. Durante algum tempo, Zoe tenta manter uma relação deamizade com o rapaz e se esforça para esconder os sinais dagravidez. Quando ela revela os motivos pelo qual age tãoestranhamente, Stan diz aceitar a situação. O relacionamento setorna então uma preparação para o parto. Em cartaz no CinemarkMueller, UCI Estação, UCI Palladium e Cinemark São José dosPinhais.

Solteirona procura

O amor pela cultura e pelalíngua francesa trouxe LaureGyselinck para o Brasil em2004. No país que hoje é a suacasa, ela formou uma famí-lia e faz o que gosta: traba-lha com a cultura e a línguafrancesa. Seu primeiro desti-no foi Goiânia; ficou lá du-rante dois anos e logo veiopara Curitiba, onde reside hátrês anos e é diretora da Ali-ança Francesa (AF). Segundoela, a adaptação ao novo larfoi fácil, pois os brasileirossão muito acolhedores. Nes-sa entrevista, Laure fala so-bre a AF e seus objetivos noBrasil.

Qual é o principal objetivoda AF no Brasil?

Disseminar a cultura epr incipalmente a l ínguafrancesa no país. Para isso,há a realização de diversoseventos voltados tambémpara a comunidade e as au-las de Francês na AF. O bom

é que a cultura francesa e abrasileira são próximas, o quefacilita a procura das pesso-as pelo novo aprendizado.

O que aproxima a França doBrasil?

Com certeza é a históriamundial. No Século XVIII, aFrança era uma das potênci-as mundiais e tudo girava emtorno da Europa. O descobri-mento do Brasi l resultounuma mistura de etnias, e afrancesa foi uma das quesempre esteve presente aqui.Hoje, há uma grande amiza-de entre esses povos, os bra-sileiros são muito bem-vin-dos na França, assim como agente é muito bem recebidoaqui no Brasil.

Qual é a intenção dos even-tos promovidos pela AF?

A língua é o maior víncu-lo de cultura de um país.Através de eventos, a AF ten-ta mostrar e ensinar um pou-co mais da cultura contempo-rânea francesa. As pessoas

Eventos apresentam

a cultura francesa a

brasileirospensam que a França se re-sume principalmente aos pa-trimônios históricos, e isso éum erro. O nosso objetivo émostrar a cultura de hoje,que mudou muito em relaçãoao passado.

A AF, além de ser uma Ali-ança, é uma escola. Vocêsfazem algum tipo de inter-câmbio?

No momento não. Masnós realizamos as entrevis-tas para candidatos. A Fran-ça incentiva muito a entradade estudantes estrangeirosno país. Isso facilita o inter-câmbio que é superimportan-te para o conhecimento deoutra língua, assim como acultura do outro país.

O “Ano da França no Bra-sil” foi contemplado com di-versos eventos na cidade, emuitos deles real izadospela AF. Qual foi o retornodo público em relação a es-ses eventos?

Os brasileiros, principal-mente os curitibanos, têmmuita curiosidade em rela-ção à cultura francesa. Detodos os eventos divulgados,a participação e a recepçãodas pessoas foram ótimas, oque é muito importante, poisisso ajuda a AF a cumprir oseu objetivo, que é dissemi-nar a cultura Francesa noBrasil.

Jéssica Leite

Div

ulga

ção

Estreou sexta nas telonas do Brasil a comédia romântica"Cartas para Julieta". No filme, Sophie está em Verona, na Itália, ese junta a um grupo de voluntários que respondem as cartasdeixadas em um muro destinadas a Julieta Capuleto - da obra"Romeu e Julieta". Uma das cartas que Sophie responde foi enviadapor Claire Smith em 1951. Após receber a resposta a sua carta,Claire volta a Verona em busca de um amor que já consideravaperdido. Em cartaz no Cinemark Barigüi, Cinemark Mueller, UCIEstação e UCI Palladium.

Uma carta para Julieta Capuleto

Divulgação

Divulgação

Na Cinemateca de Curitiba está em cartaz o filme "CasamentoSilencioso". Em 1953, a Romênia passa uma semana de luto pelamorte de Joseph Stalin. Durante essa semana, foi proibido qualquertipo de comemoração. O anúncio foi dado quando Mara e Iancuestavam prestes a casar e toda a vila estava convidada para a festa.Apesar da proibição, o casal resolve seguir em frente com acerimônia. Para que a festa aconteça, todos os convidados tomammuito cuidado para que as autoridades não notem nada.

Em cartaz na Cinemateca de Curitiba

Escondidinhos

“As pessoas pensam que a França seresume principalmente aos patrimônioshistóricos, e isso é um erro. O nossoobjetivo é mostrar a cultura de hoje.”Laure, diretora da AF

Serviço: Quem quiser conferir os eventos promovidos pela Aliança Francesa,deve entrar no site www.afcuritiba.com.br

Div

ulga

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