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lona.redeteia.com www.simepar.br Segunda-feira, 24 de junho de 2013 Chuva com trovoadas Mín. Máx. 13ºC 18°C Curitiba Ano XIV Edição 7984 Divulgação EDIÇÃO ESPECIAL Jornada Mundial Falta exatamente um mês para a Jornada Mundial da Juventude. Maior evento católico do mundo que acontece na cidade do Rio de Janeiro no próximo mês. O evento contará com a presença do Papa Francisco. A expectativa da Igreja é que mais de 2,5 milhões de pes- soas participem. Maior evento católico do mundo acontece em um mês Lucas Kotovicz Lucas Kotovicz

Lona 798 - 24/06/2013

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Page 1: Lona 798 - 24/06/2013

lona.redeteia.com

www.simepar.br

Segunda-feira, 24 de junho de 2013

Chuva com trovoadas

Mín. Máx.

13ºC18°C

Curitiba

Ano XIVEdição 7984

Div

ulga

ção

EDIÇÃO ESPECIAL

Jornada Mundial

Falta exatamente um mês para a Jornada Mundial da Juventude. Maior evento católico do mundo que acontece na cidade do Rio de Janeiro no próximo mês. O evento contará com a presença do Papa Francisco. A expectativa da Igreja é que mais de 2,5 milhões de pes-soas participem.

Maior evento católico do mundo acontece em um mês

Luca

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Luca

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P2 Segunda

OPINIÃO

ReitorJosé Pio Martins

Vice-Reitor e Pró-Reitorde Administração

Arno Gnoatto Pró-Reitora Acadêmica

Marcia SebastianiCoordenadora do Curso de Jornalismo

Maria Zaclis Veiga Ferreira Professor-orientador

Ana Paula MiraEditores-chefes

Júlio Rocha e Marina GeronazzoEditorial

Lucas Souza

O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positi-vo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba -PR CEP 81280-30Fone: (41) 3317-3044.

EditorialPartiu Happy Hour?

junho, 2013

Kawane Martynowicz

E s t á s e t o r n a n d o c l i -c h ê , p o r é m , u m m a l n e c e s s á r i o , d i s c u t i r s o b r e a s m a n i f e s t a -ç õ e s q u e a c o n t e c e m e m t o d o o p a í s n a s ú l t i m a s s e m a n a s . A p r i n c í p i o o m o v i -m e n t o i n t i t u l a d o “ C a t r a c a L i v r e ” – q u e o r g a n i z o u a s p r i m e i -r a s m a n i f e s t a ç õ e s e m S ã o P a u l o – , e x i g i a a r e d u ç ã o d a s t a r i f a s a b u s i v a s d o t r a n s -p o r t e c o l e t i v o ( ô n i -b u s , t r e m e m e t r ô ) , q u e p o s t e r i o r m e n t e m o v e u e n o r m e s c o n -t i n g e n t e s d e p e s s o a s à s r u a s d e t o d o o p a í s . E m u m a o n d a d e p a t r i o t i s m o e l u t a p e l o s s e u s d i r e i t o s , a s f o r ç a s f o r a m s o m -a d a s ( o u n e m t a n t o ) .

C o m a f r a s e “ N ã o é s ó p o r v i n t e c e n t a -v o s ”, v á r i a s o u t r a s c i r c u n s t â n c i a s f o r a m c o l o c a d a s e m e v i -d ê n c i a p e l o s p r o t e s -t a n t e s , e s ã o i g u a l -m e n t e r e i v i n d i c a d a s , c o m o a c o r r u p ç ã o , e d u c a ç ã o e s a ú d e d e b a i x a q u a l i d a d e , b a i x o s s a l á r i o s , e v á r i a s o u t r a s . A ú l t i m a “ F a r o f a d a d o Tr a n s p o r t e ” q u e a c o n t e c e u d i a ( 2 1 ) , r e u n i u c e r c a d e 1 5 m i l p e s s o a s n a P r a -ç a R u i B a r b o s a , n o c e n t r o d e C u r i t i -b a . O s m a n i f e s t a n -t e s t i n h a m o o b j e -t i v o d e p e r m a n e c e r n a p r a ç a , p o r é m , l o g o f o r a m d i s p e r s o s e m v á r i o s g r u p o s ,

o n d e h o u v e a b r e -c h a p a r a q u e o u t r o s c o m a n d o s , f a c ç õ e s e v â n d a l o s c o n d u z i s -s e m a s p e s s o a s q u e e s t a v a m d i s p o s t a s a p a r t i c i p a r e m p a c i f i -c a m e n t e , p a r a o c o n -f r o n t o d i r e t o c o m o s p o l i c i a i s m i l i t a -r e s , q u e a p e n a s c o n -t r o l a v a m o t r â n s i t o , s e m i n t e r v i r . O c e n t r o c í v i c o s e t r a n s f o r m o u e m u m v e r d a d e i r o c e n á r i o d e g u e r r a e a c i d a d e a c o r d o u e m r u í n a s . C e r c a d e 1 , 5 m i l h ã o d e r e a i s e m d a n o s a o p a t r i m ô n i o p ú -b l i c o f o r a m c a l c u l a -d o s , f o r a o s s a q u e s e d e p r e d a ç ã o d o c o -m é r c i o d e t o d a A v. C a n d i d o d e A b r e u .

A c o n s c i e n t i z a ç ã o , m e s m o q u e t a r d i a , é s e m d ú v i d a s , i m p o r -t a n t e p a r a o i n í c i o d e u m a m u d a n ç a s o -c i a l e f e t i v a . P o r é m , q u e r e r l u t a r c o n t r a t a n t o s p r o b l e m a s a o m e s m o t e m p o , e a i -n d a , s e n d o a s s u n -t o s t ã o a b r a n g e n -t e s c o m o “o f i m d a c o r r u p ç ã o”, r e v e l a a p r e t e n s ã o d e u m p a í s u t ó p i c o . O s h i s t ó r i -c o s r e p r e s s o r e s e d i t a t o r i a i s a n t e a s m a n i f e s t a ç õ e s p ú b l i -c a s d e u m p a s s a d o n e m t ã o d i s t a n t e , n ã o s e r ã o e s q u e c i -d o s d o d i a p a r a a n o i t e . E g r i t a r “ F o r a D i l m a ! ”, n ã o i r á r e -s o l v e r a s c a r ê n c i a s d a p o l í t i c a g o v e r n a -

m e n t a l d e n o s s o p a í s h o j e . I n e v i t a v e l -m e n t e , i s s o m o s t r a m a i s u m a p a r t e d o p r o b l e m a a l i e n a t ó r i o ( e d e s t a v e z a m í d i a é i n o c e n t e ) d e s d e a f o r m a ç ã o d a I l h a d e Ve r a C r u z . P r o t e s t a r é o n o v o h a p p y h o u r !C o m o d i s s e n o s s o p r e f e i t o G u s t a v o F r u e t : “ H á q u e s e p -a r a r j o i o d o t r i g o , s e n ã o t o d o s s e r ã o c ú m p l i c e s ! ”. H á d e s e o r g a n i z a r o b j e -t i v o s e p r i o r i d a d e s c o m u n s , e l u t a r u n i -f o r m e m e n t e p o r e l a s , e n ã o f r a g m e n t a d o . D o c o n t r á r i o , c o m -p a n h e i r o s e c o m p a n -h e i r a s , t u d o a c a b a r á n o e s q u e c i m e n t o , o u p i o r , e m p i z z a .

Reflexos: como o jornalismo mudou a minha vida

A escolha de um cur-so é, de fato, uma das decisões mais difíceis de tomar na vida. Quando se escolhe uma profissão, ainda na infância, e segue com a ideia fixa de que ela é seu maior sonho, mas é só começar o cur-so para perceber que aq-uilo não tem nada a ver com você é frustrante. Porém, quando a escolha é certeira, e basta vir as primeiras semanas para ter certeza que você fez o certo e não se vê fazendo outra coisa, é uma grati-ficação imensa.O título, que é uma ho-menagem ao excelente TCC dos meus amigos Evelyn Bueno e Jeferson Nunes, expressa minha satisfação de ter escol-hido o caminho certo, mesmo com as milhares de dúvidas, pressões e discriminações com a profissão de jornalista. Hoje, dá pra ter a noção de que esse universo é bem maior e mais fas-cinante do que o que eu imaginava.Entre todas as profissões, escolhi o jornalismo pelo

simples fato de ir bem em português, querer saber de tudo e amar futebol. Durante o ensino médio, o jornalismo esportivo me encantou, e não me restaram dúvidas de que eu deveria seguir esse caminho, mesmo pen-sando num problema futuro que surgiria: a parcialidade. Torcedora do Coritiba como todos sempre puderam ver, me assombrava a ideia de ter que falar de outros times, e muitas vezes bem, ain-da mais dos rivais. Práti-ca que eu acreditava ser inalcansável.Depois de quase um ano e meio descobri que su-perei os fatores parciais e subjetivos os quais me rondavam, pelo menos no esporte. Sem querer, andei fazendo notas para a rádio, textos para links na matéria de tele e APS’s sobre o Atlético Pa-ranaense, Paraná Clube e Corínthians, e com a maior naturalidade que, quando percebi, fiquei surpresa e orgulhosa ao mesmo tempo. E, como consequência, já nem im-

plico mais com as pessoas que torcem para times de fora. São os reflexos do bom jornalismo, objetivo e com o intuito somente de informar, me guiando para o que é notícia e como fazê-la, embora eu ache o sensacionalismo de Nelson Rodrigues, lá na década de 20, e dos programas policiais mui-to mais atraentes.Outro aspecto que reflete essa mudança signifi-cativa de agir e pensar é a mania de ler tudo em voz alta, almejando falar bem, que eu adquiri esse ano. Placas na rua, ma-térias curtas em portais, qualquer texto sintético que aparecer, até letra de música, tudo eu leio em voz alta, gesticulo e ainda repito, até perce-ber que está bom. E não só comigo, mas percebi alguns colegas meus que também fazem isso, de tanto que são salientadas frases do tipo “revise o texto em voz alta”, “treine mais” e “mais emoção”. Fica claro que funciona, e que os professores estão nos motivando de ma-

neira correta.São muitos os reflexos que comprovam que você pertence àquele universo, e que ele está contribuindo para a for-mação da sua identidade. Tirar uma fotografia não é mais um ato simples: analisar o ambiente, pen-sar num enquadramento, na regra dos terços e se a luz está adequada são etapas que antecedem o clique, cuja prática foi adquirida no curso. Sem-pre tive a mania de cor-rigir os textos alheios, ficar procurando erros e reescrever os piores (fiz muitos inimigos por cau-sa disso), mas ela se in-tensificou com os conhe-cimentos jornalísticos e o perfeccionismo na hora de escrever. E para finali-zar, tive que editar essa crônica algumas vezes, pois estava com lead e no formato de pirâmide in-vertida.

Padam

À minha mãe

Eu não sei o que é o amor.Em certos dias – feria-do de domingo, 0h47, frio e chuva fraca –, até desconfio ter um travo por dentro, me corroendo em acordes menores, como se me fosse reservado um painel sem cor.Já tentei. Por duas vez-es, tentei amar. Comecei me apaix-onando. Escrevi car-tas. Namorei. Fiz juras

de amor. Ofereci pro-vas. Fui monogâmico à revelia. Construí edifícios, cada qual de quatro anos. Na metade do prédio eu já sabia que não tinha mais amor. [E minha carga de desejos é ter-rível, sufocante.]Meus amores são semiáridos. Tenho sede, mas represento um deserto, areia es-cassa e truculenta. Digo do amor como um mecânico ao tele-fone. Mecânico.

Moro sozinho e na mesma casa há quase dez anos. Morar sozinho é um exercício de amor ao próprio território, é não se desesperar no dia em que solidão pisa no peito, nem se entregar às mulheres carinhosas que pedem quartos. É viver numa pulsação de noite, silêncio e retorno.Neste Dia das Mães, inúmeras manifesta-ções de afeto nas redes sociais. Os almoços

protocolares. Os ami-gos que viajam aos seus parentes. Não me encontro em nenhu-ma ideologia afetiva e, para piorar, sempre fui um ator ruim.A minha mãe mora aqui pertinho. Ten-ho certeza de que ela não esperava ter um filho tão impróprio ao amor. Eu pouco ab-raço, de vez em quan-do uso a ironia para demonstrar o quanto ainda preciso de seu abrigo, sei que ela tem

medo de perguntar de meus rumos amoro-sos, falo pouco.Sempre amei em dis-ritmia. De tempos em tempos, resplandeço em Piaf, mas logo es-tou no mesmo subter-râneo.É insuficiente, sempre é.Minha mãe, onde foi que errei? Como poderei ser in-teiro se me falta cora-ção?

Daniel Zanella

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SEGUNDA24 JUNHO, 2013

P3 GERAL

AUGUSTO TORTATO

Há mais de dois anos atrás, o então Papa Eméri-to Bento XVI, revelava no final da Jornada Mun-dial da Juventude (JMJ) em Madrid na Espanha: “Chegou a hora de anun-ciar, que a próxima sede da Jornada Mundial da Juventude será: Rio de Ja-neiro”.Faltam exatamente trinta dias para o evento acon-tecer na capital carioca com a presença do Papa Francisco. A expectativa do Comitê Organizador Local (COL), é que mais de 2,5 milhões de pessoas de todo o mundo parti-cipem das atividades que acontecem de 23 á 28 de julho. Sendo um desafio maior que Copa do Mundo e Olimpíadas, Presidente da Rio Eventos, Leonardo Maciel revela que Jor-nada Mundial da Juven-tude será o maior evento e mais complexo que a cidade receberá. Em en-trevista ao site VEJA, Leonardo, se diz assus-tado por não saber exata-mente o número exato de pessoas que virão ao Rio, “Costumo dizer que é o evento de imprevisibili-dade... é difícil mensurar a vinda dos católicos para o Rio”.Os números incertos de participantes nos eventos acabam fazendo a cidade do Rio e o COL sofrerem com a organização. Es-timasse que mais de 1,5 milhão de pessoas fiquem dependentes do trans-porte público para se lo-comoverem aos lugares onde aconteceram os eventos da Jornada. De Copacabana a Guarat-iba, do Theatro Municipal a favela de Sumaré. Em cinco dias no Brasil, papa Francisco percorrerá vári-os locais da capital carioca e celebrará missa no San-tuário de Nossa Senhora de Aparecida na cidade de Aparecida (SP) no dia 24 de julho.O evento é dividido em Atos Centrais, o quais contam com a presença do Papa, as catequeses e os festivais de música. Os números da Jornada impressionam. São mais de 1,5 milhão de hóstias, 5,5 milhões de kits de café da manhã, 12,5 mil agen-tes do exército, marinha e aeronáutica além de 1.700 agentes da Força Nacional da Segurança.

De bairro esquecido a fama mundial

Guaratiba. Este é o nome do bairro que fica na Zona Oeste do Rio de Ja-neiro (RJ) que receberá a

visita do papa Francisco e mais de 2,5 milhões de peregrinos nos dias 27 e 28 de julho. O bairro que se esperaria que fosse perfeito, está es-quecido pelo poder públi-co da cidade. Problemas

como a falta de projetos de mobilidade, sinaliza-ção, aumento no índice de violência e a falta de saneamento básico são os problemas de Guaratiba que possui mais de 110 mil habitantes. Desde que a ida do papa ao local foi anunciada, uma movimentação de tratores e caminhões se foi visto pelo lugar para a terraplanagem do terreno que tem mais de 1,5 mil-hões de metros quadra-

dos. Já do lado de fora, onde as obras são por conta da prefeitura do Rio, tudo segue a passos lentos. Em entrevista ao portal G1, padre Renato Mar-tins, representante da Arquidiocese do Rio e re-sponsável pelos Atos Cen-trais revelou que a escolha do bairro para receber a visita do Santo Padre o papa, foi um pedido do Arcebispo do Rio de Ja-neiro, Dom Orani Tem-pesta. “Fazer o evento aqui era um desejo de chegar até a Zona Oeste que sempre foi esquecida. Mas não adianta o Papa se encontrar com todos os peregrinos e ir embora e nada acontecer. Vir aqui foi bom para me depa-rar com a realidade deste bairro. Dom Orani vai receber cada ponto citado

aqui e vai dividi-los com o Papa que, com certe-za, tocará nesses pontos quando encontrar com o prefeito”. Um terreno com mais de 1,5 milhões de metros quadrados foi escolhido

para receber a Vigília e a Missa de Envio. O espaço foi ba-tizado como Campus Fi-dei (Campo da Fé) pelo arcebispo Dom Orani.Campus Fidei, será divi-dido em 22 lotes em que cada espaço corresponde em média a sete campos do Maracanã. Para o es-paço estão previstos 4.673 banheiros, 615 lavatórios, 4.920 pias/bebedouros e 2.016 posições de mic-tório. O Campus contará

com um abastecimento de 12 milhões de litros de água, que serão dis-tribuídos por 177 bolsões. O sistema é um dos mais modernos do mundo e foi utilizado nas Olimpíadas de Londres, em 2012.Para chegar ao espaço, os peregrinos terão que per-correr a pé mais de 13 km já que o tráfico de veícu-los será bloqueado.

Um show de arquitetura

Se engana quem pensa que os palcos para as cele-brações da Jornada Mun-dial da Juventude serão apenas um altar e uma cadeira para o Papa Fran-cisco.Os espaços contam com um palco principal na Praia de Copacabana com mais de 4mil m² além de mais 13 palcos com 100mil

m² cada, aonde serão in-terpretados os últimos passos de Jesus Cristo. No palco central serão quatro plataformas circulares de alturas diversas uni-das por uma escadaria. O palco, de 70m de largura,

60 de pro-fundidade e 30 de al-tura, terá c a p a c i d -ade para até mil pessoas. O local ainda c o n t a r á com um telão de 15m de al-tura e 61m de largura. Em Guara-tiba, onde acontecerá o último

Ato Central, o palco terá 3mil m² e capacidade para 750 pessoas. A estrutura contará com uma grande cruz de ferro revestida de dourado de 33 metros de altura, que faz referência à idade de Cristo. Atrás da estrutura, serão dis-postas 360 torres brancas em forma de ciclorama que remete a imagem de um grande órgão, instru-mento usando muito em igrejas antigas. A expectativa é que as ob-

ras sejam entregues até a primeira semana de julho.

Uma agenda movimen-tada

Após a renúncia do Papa Emérito Bento XVI e a es-colha do Papa Francisco, a agenda da Jornada no Brasil mudou e muito. Agora com um pontífice mais jovem a disposição de eventos são enormes. Em sua primeira visita internacional, Papa Francisco, visitará lugar-es como o Conjunto de Favelas de Manguinhos, o Hospital São Francisco de Assis, um encontro no Theatro Municipal, uma viagem até o Santuário Aparecida do Norte, en-contro com a Presidente Dilma Rousseff entre out-ros. De acordo com a

agenda oficial divulgada pelo Vaticano, Francisco chega ao Brasil no dia 22 de julho (segunda-feira) e retorna a Roma no dia 28 (domingo).Padres famosos partici-pam de celebração

Os principais nomes da música católica no Brasil se apresentarão para o Papa Francisco no Missa de Envio no dia 28 de julho no Campus Fi-dei. O time de cantores é composto pelos padre Reginaldo Manzotti, Mar-celo Rossi, Fábio de Melo entre outros. Um CD, com 15 faixas foi gravado espe-cialmente para o evento. “No Coração da Jornada”, lançado pela gravadora Sony Music em maio de deste ano, já se encontra com as 160.000 mil tira-gens esgotadas. O lucro arrecada-do através da venda dos CD’s ajudará nas despesas da Jornada Mundial da Juventude.

O começo das Jornadas

As JMJs tem sua origem em grandes encontros com os jovens celebra-dos pelo Beato Papa João Paulo II em Roma. O En-contro Internacional da Juventude aconteceu em 1984, na Praça São Pedro, no Vaticano. Foi lá que o Papa entregou aos jovens a Cruz que se tornaria um dos principais símbolos da JMJ, conhecida como a Cruz da Jornada.No ano seguinte, em 1985, foi declarado pelas Nações Unidas o Ano In-ternacional da Juventude. Em março do mesmo ano houve outro encontro in-ternacional de jovens no Vaticano e o Papa institui a Jornada Mundial da Ju-ventude. A JMJ prevê a cada dois ou três anos um encontro internacional dos jovens com o Papa, que dura aproximadamente uma semana. A última edição internacional da JMJ foi realizada em agosto de 2011, na cidade de Madri, na Espanha, e reuniu mais de 190 países. A edição brasileira estava prevista para acontecer em 2014, porém devido a Copa foi adiantada para 2013. Desde que foi criada, a Jornada já reuniu mais de 14,5 milhões de pessoas. A maior até agora aconte-ceu nas Filipinas em 1995 que contou com a presen-ça de 4 milhões.

Participantes do JMJ Rio 2013 começam contagem regressiva para encontro que recebe o Papa Franscico

• Comosúltimosprotestosquevemacontecendonopaísmuito se pensou que a JMJ seria cancelada. Nesta semana a Igreja disse que tanto o evento quanto a visita do Papa continuam con-firmadas;• AindadátempoparaseinscrevercomoperegrinodaJMJ.Entre as regalias estão os kits almoço e café da manhã, kit peregri-no e hospedagem. Os valores são variados dependendo da estadia da pessoa no Rio de Janeiro. Mais informações através do site: www.rio2013.com ;• Curitibareceberámaisde30milestrangeirosnaSemanaMissionária, evento que antecede a JMJ. Entre as atividades estão missas, grupos de conversa, visita em comunidades carentes e catequeses;• ARedeTeiamarcarápresençanoeventoefaráumacober-tura completa.

Contagem regressiva para o maior evento católico começa. JMJ contará com a presença de 2,5 milhões de pessoas

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SEGUNDA24 JUNHO, 2013

P4PROTESTOS

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Protestos e manifestações estão em alta. Na última se-mana o Brasil inteiro parou e saiu para as ruas. Isso é algo que não vemos muito por aqui, mas no cinema é um tema um tanto quanto recorrente. Nessa lista não coloquei apenas filmes que tem o protesto como tema principal, mas também al-guns que usam o tema como plano de fundo. Dessa vez também resolvi fazer uma lista um pouco mais curta, vão ser apenas cinco filmes.

5 – Across the Universe (2007)Abrindo a lista com um filme bem mamão com açú-car. Across the Universe é um musical somente com música do The Beatles. O filme além de ter uma ótima trilha-sonora, tem várias referências á banda. O filme se passa em 1960 e tem como plano de fundo s movimentos da contra-cultura e protestos conta a Guerra do Vietnã. Não é uma obra de arte, porém

um prato cheio para fãs de musicais e de Beatles.

4 – Clube da Luta (1999)Um clássico dos cinemas, todo mundo já viu ou já ouviu falar. Você pode estar es- t r a -nhando o fato de Clube da Luta estar nessa lista, qual a rela-ção dele c o m p r o -t e s -t o s ? Bas-t a lem-b r a r que a p a r t i r do meio do filme um grande movimento é organizado pe-los personagens. Com certeza um filme que inspira mui- t o s revolucionários por aí.

O final todo mundo já con-hece.

3 – Milk (2008)O longa mostra Sean Penn representando o ativis-ta político, Harvey Milk.

Harvey foi um grande nome se tratando dos direi-tos homossexuais dos anos 70. No filme, Milk luta por d i - reitos iguais e

opor tunidades para todo mundo.

Ótimo filme de Gus Van Sant.

2 – Os Miseráveis (2012)

Mais um mu-sical nessa

l i s t a . D e s s a

vez um q u e c o n -c o r -r e u a o

O s -car de

M e l h o r Filme do

ano passado. Os Miseráveis

se passa durante a Revolução Fran-cesa do século

XIX. Uma ótima produção, adaptada de

um musical da Broadway, que por sua vez foi adapta-do de um clássico de Victor Hugo. Muito recomendado para pessoas que já estão acostumadas com o forma-to.

1 – V de Vingança (2005)Para fechar essa lista ne-nhum outro filme seria mais do que adequado, V de Vingança com certeza é o filme do momento. A más-cara do V é vista em qual-quer protesto e manifesta-ção que aconteça por aí, se tornou um ícone para qual-quer manifestante. O filme é baseado na HQ de Alan Moore e mostra a resposta do povo contra a opressão de um governo.

Gosto de pensar sobre o quê uma história pode rep-resentar em nossas vidas. A interpretação de discussões filosóficas, sociais, psicológi-cas e morais de uma narra-tiva muitas vezes nos fazem refletir por momentos lon-gos, analisando alguns con-ceitos que antes não tínham-os parado para pensar. Um detalhe solto, pequeno, ou um ponto de vista diferente, inusitado; mas que levantam em nós o maior dos quest-ionamentos.

Assim é com os games. Podemos passar anos jo-gando sem nos questionar porque aquele encanador vermelho chuta tartarugas e busca sem fim pela indefesa princesa, para um dia nos darmos conta da natureza de sua aventura – da força encontrada nos cogume-los até sua jornada nas es-trelas para derrotar o vilão. Parte daquele mundo único adquire um sentido novo quando você o interpreta de uma forma mais ampla, e uma reflexão válida e mar-cante pode ser encontrada naquele simples videogame.

A reflexão pode marcar o jogador de diferentes for-mas – depende de gostos, do lado crítico, do lado poético, de mente mais aberta. As-sim como Dante Alighieri

nos trouxe sua visão de sua aventura do Inferno ao Céu, podemos encontrar nessa mesma travessia discussões que atingem os campos mais diversos da interpretação humana. E como falamos de viagens ao Inferno, falemos de Devil May Cry.

Diretamente inspirado pela Divina Comédia, a Capcom nos traz a história de um outro Dante, filho do demônio Sparda com uma humana, Eva. Ainda jovem em Devil May Cry 3, Dante sai a procura de seu irmão Vergil na torre Temen-ni-gru, antes trancada nas pro-fundezas da Terra pelo pai dos dois irmãos, e que agora apareceu no meio da cidade por obra do irmão de Dante. Separada por andares cir-culares e guardada pelo cão de três cabeças Cérberus, a travessia da Temen-ni-gru lembra o mesmo caminho de Alighieri cruzando os cír-culos infernais. Assim como no Purgatório da Divina Comédia, Dante se encon-tra com representantes dos sete pecados mortais, para, ao topo da torre, se deparar com um portal. Alighieri, ao fim do Purgatório, é con-duzido ao Paraíso. Dante, porém, é transportado para o Inferno.

Mais do que simples-

mente se inspirar pela obra clássica da Divina Comé-dia, Hideaki Itsuno refez a camin-hada de Aligh-ieri por u m n o v o olhar ; e de-ixa aos j o g a -d o r e s que a p e r -cebem o in-evitável q u e s -t i o n -amen-to: o Paraíso d e Dante seria o Infer-no? Se-ria lá o seu lar, só por c a u s a do seu sangue herda-do?

E n -contramos outra relação com a obra de Dante, dessa vez no mundo futurista e

Press Start

SEGUNDA24 JUNHO, 2013

COLUNISTASP5

pós-apocalíptico de Fallout 3. Destruída e infectada pela contaminação nuclear, a hu-

manidade tenta sobreviver nas ruínas do que foi a civili-zação, sob a mutação de ali-

mentos e água. Em meio aos sobreviventes encontramos em Underworld uma cidade

pequena, po-voada por mutantes e guardada pelo robô Cer-berus. Há um barzinho, “O nono círculo”, no canto mais poluído e ra-dioativo da ci-dade. A rela-ção é direta: o Inferno já es-taria na Terra.

Gosto de pensar sobre o quê uma história pode representar em nossas vi-das. A Divina Comédia nos mostra que o próprio In-ferno pode se apresentar por inúmeros c o n c e i t o s , lugares e ide-ias. Se o mais profundo cír-culo do Infer-no de Dante é cristalizado

por um frio intenso e agoni-ante, como você imaginaria o inferno?

Cinema no Divã

Matheus Klocker

Um outro Inferno; de um outro Dante

Maximilian Rox

Filmes sobre protestos

Page 6: Lona 798 - 24/06/2013

AGENDASEGUNDA24 JUNHO, 2013

NOTÍCIANTIGA

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Recentemente, o prefeito Gus-tavo Fruet, tentando acalm-ar as manifesta-ções, anunciou que o preço da passagem de ôni-bus em Curitiba seria reduzido para R$ 2,70. No dia 24 de junho de 2005, o então pre-feito Beto Richa an-

unciou uma de-cisão parecida. A redução da tarifa de R$ 1,90 para R$ 1,80.

Além da queda no preço, Richa anunciou que faria licitação

pública para para a contrata-ção de empresas operadoras no sistema de trans-porte. Foi a pri-meira vez que se fez uma licitação pública no trans-porte coletivo curitibano.

O que fazer em Curitiba?

Espaço Cultural Falec

Até 14 de julho, de quarta a sábado às 20h e domingo às 18h, no Espaço Cultur-al Falec (R. Mateus Leme, 990 - Centro Cívico) tem apresentação do espetáculo “O Inoportuno”. Baseado no texto de Harold Pinter. Ingresso: R$ 20,00 inteira e R$ 10,00 meia-entrada. Informações: (41) 3352-2685.

26 de junho, às 21 horas: El Merekumbé. Show de lançamento do segundo disco.Teatro do Paiol: R$ 5

26 de junho, às 20h30: Orquestra OPUS convida: Daniela Mercury Teatro Positivo: R$ 50 e R$ 25 (meia-en-trada)