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lona.redeteia.com Opinião Colunistas Página 5 “Todos que perde- ram a oportunida- de de saber mais sobre sua vida em 2007 poderão des- cobrir agora tudo o que Roberto achar relevante contar, do jeito que ele preferir”. “As cargas tributárias no Brasil elevam o pre- ço de mercadorias em quase 70%, e se você pegar algumas tabelas por ai verá que a Terra do Samba quase sem- pre possui a mercadoria com o valor mais caro em comparação a ou- tras,” Guilherme Zaleski Dea. O que fazem os estudantes de jor- nalismo depois de formados? Sai- ba por onde anda o ex-aluno Allan George. Editorial Videogame Por onde anda? Notícia Antiga Em 1636 foi fundada a Univerdade de Harvard, uma das instituições mais im- portantes do mundo. Edição 857 Curitiba, 28 de outubro de 2013 Na coluna de Games, Maximilian Rox fala sobre Martin “Marn” Phan, dono da equipe de League of Legends Team MRN, e um dos foi um dos melhores jogadores de games de luta no cenário norte-americano. “O mundo profissional de League of Legends não é recheado de mil maravilhas – ele é envolto de bons e maus momentos [...].” Games Walk On The Wild Side Morre o Nova Iorquino Lou Reed, em decorrência de pro- blemas no fígado. Sua música baseada no “rock and roll” al- cançou vários ouvintes desde a décade de 60. Mesmo com bastante idade, Reed manteve uma vida musical bem ativa, tendo lançado seu último tra- balho em 2011 em parceria com o Metallica. O fundador do Velvet Underground dei- xou este mundo com 71 anos de idade. Página 4 Inflação não sobe e nem desce Segundo constatação do Ban- co Central, a inflação do ano de 2013 deve fechar em 5,83%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), aponta que a nova expectativa para 2014 é um aumento para o índice de 5,92%. A mesma pes- quisa indica, também, uma me- lhoria na economia, o valor do PIB fica com crescimento esti- mado em 2,13%. Página 3 Wikimedia Reprodução/Facebook Lou Reed

Lona 857 - 28/10/2013

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Page 1: Lona 857 - 28/10/2013

lona.redeteia.com

Opinião

Colunistas

Página 5

“Todos que perde-ram a oportunida-de de saber mais sobre sua vida em 2007 poderão des-cobrir agora tudo o que Roberto achar relevante contar, do jeito que ele preferir”.

“As cargas tributárias no Brasil elevam o pre-ço de mercadorias em quase 70%, e se você pegar algumas tabelas por ai verá que a Terra do Samba quase sem-pre possui a mercadoria com o valor mais caro em comparação a ou-tras,” Guilherme Zaleski Dea.

O que fazem os estudantes de jor-nalismo depois de formados? Sai-ba por onde anda o ex-aluno Allan George.

Editorial Videogame Por onde anda?

Notícia AntigaEm 1636 foi fundada a Univerdade de Harvard, uma das instituições mais im-portantes do mundo.

Edição 857 Curitiba, 28 de outubro de 2013

Na coluna de Games, Maximilian Rox fala sobre Martin “Marn” Phan, dono da equipe de League of Legends Team MRN, e um dos foi um dos melhores jogadores de games de luta no cenário norte-americano. “O mundo profissional de League of Legends não é recheado de mil maravilhas – ele é envolto de bons e maus momentos [...].”

Games

Walk On The Wild Side

Morre o Nova Iorquino Lou Reed, em decorrência de pro-blemas no fígado. Sua música baseada no “rock and roll” al-cançou vários ouvintes desde a décade de 60. Mesmo com bastante idade, Reed manteve uma vida musical bem ativa, tendo lançado seu último tra-balho em 2011 em parceria com o Metallica. O fundador do Velvet Underground dei-xou este mundo com 71 anos de idade.

Página 4

Inflação não sobe e nem desceSegundo constatação do Ban-co Central, a inflação do ano de 2013 deve fechar em 5,83%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), aponta que a nova expectativa para 2014 é um aumento para o índice de 5,92%. A mesma pes-quisa indica, também, uma me-lhoria na economia, o valor do PIB fica com crescimento esti-mado em 2,13%.

Página 3

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Expediente

Quando a polêmica das biografias não-autorizadas explo-diu, a figura do can-tor Roberto Carlos logo foi lembrada por já ter pedido a censura de um liv-ro que narrava sua vida. Isso foi há seis anos, quando essa prática ainda não estava na moda. Ag-ora, Roberto Carlos anunciou que se posiciona a favor do projeto que lib-eraria a publicação de biografias não-

autorizadas e que está trabalhando em sua autobiogra-fia.Para não dizer que mudou completa-mente de opinião, o cantor disse que a legislação sobre as biografias deve-ria ser mais flexív-el. Para Roberto Carlos, penalizar o autor que publica material duvidoso não é o suficiente, o necessário seria im-pedir a publicação. Mas essa declara-

ção não fez grande diferença, o cantor alterou pouco seu discurso na época em que pediu a cen-sura do livro.O que mais chama atenção é o fato de que o músico está anunciando sua autobiografia. Ele aproveitou o mo-mento mais opor-tuno possível para divulgar sua nova empreitada. En-quanto todos es-tão pensando sobre biografias, Rober-

to Carlos anuncia que a sua está para sair. E todos que perderam a opor-tunidade de saber mais sobre sua vida em 2007 poderão descobrir agora tudo o que Rober-to achar relevante contar, do jeito que ele preferir.Pode ser que a au-tobiografia de Ro-berto Carlos seja, de fato, interes-sante, relevante e bem escrita. E é claro, também, que

Estratégia de Marketing

Allan George

Reitor: José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto Pró-Reitora Acadêmica Marcia SebastianiCoordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira

Professora-orientadora: Ana Paula MiraEditores: Júlio Rocha, Lucas de Lavor e Marina GeronazzoEditorial: Da Redação

muitas biografias n ã o - a u t o r i z a d a s são apenas rela-tos de pouco valor literário feitos ape-nas para vender, como as muitas bi-ografias de Johnny Depp, Dave Grohl e ídolos teen. Mas um bom trabalho, feito por um bom bió-grafo pode render uma obra comple-ta e de muita pro-fundidade, como o Anjo Pornográfico, biografia de Nelson Rodrigues por Ruy

Castro.Pode ser que Rober-to Carlos, depois de ter sua própria versão da história de sua vida nas prateleiras, fique mais flexível em re-lação ao trabalho de biógrafos. E quem sabe logo Caetano Veloso e compan-hia resolvem seguir os passos do rei em começam a escrever a própria história. Verdade seja dita, o dinheiro é garan-tido.

Editorial

Logo depois da gradua-ção, eu trabalhava como instrutor de inglês, infor-mática e gestão empresa-rial na escola Mega Byte. Fui brevemente passado para coordenador peda-gógico, mas senti que não era o melhor pra mim no momento e resolvi sair. Busquei um espaço no mercado como jornalis-ta, porém, não encontrei nada... Diante de tal ne-gativa de vida (rs), resolvi abrir minha própria escola de inglês. Tive problemas com a minha sócia (mais com a mãe dela que com ela) e também falhei em

alguns pontos como ges-tor. Após alguns meses, o projeto se mostrou pouco promissor e resolvi fechar antes que o prejuízo se tornasse maior. Tentei no-vamente um bom espaço como jornalista, infeliz-mente, sem sucesso. Tra-balhei em um escritório de representação comercial por uns cinco meses. Em seguida, surgiu a opor-tunidade de, por meio da LMA Services, atuar como representante da Sulplast (empresa fabricante de peças termoplásticas e em fibra de vidro para a indústria automotiva, em especial tratores e cami-

Por Onde Anda?

nhões) em Curitiba, bus-cando novos negócios e também tomando conta dos negócios já sedimen-tados aqui na cidade. Tra-balho com pós-venda e atendimento a problemas de qualidade e logística. Também comecei a prestar consultoria para a Biocarb Agroquímica, fazendo a correção de linguagem e direcionamento dos POP’s e BPF’s. Além disso, faço treinamentos gerenciais e motivacionais para os fun-cionários da Linha de Pro-dução e fiz a reformulação do texto do site. Gosto bastante do meu trabalho. Às vezes me sinto perdi-

Não é por 4000 reais Guilherme Zaleski DeaEntertaiment America sobre o preço da tão esperada novidade no Brasil: 3.999 reais.A reação em cadeia que se seguiu foi uma completa revolta dos jogadores em inúme-ras redes sociais. A loucura desse preço é tamanha que o fato chegou a virar notí-cia em grandes veícu-los de comunicação, como o G1, e sites especializados inter-nacionais, como o Ko-taku US e o Polygon. Se comparado com o preço do concorren-te – o Xbox One tem um preço sugerido de 2.200 reais, quase a metade – a situação fica pior ainda.Já se tornou rotina li-darmos com altos pre-ços. As cargas tributá-rias no Brasil elevam o preço de mercadorias em quase 70%, e se você pegar algumas ta-belas por ai verá que a

Terra do Samba quase sempre possui a mer-cadoria com o valor mais caro em compa-ração a outras. E isso já se tornou rotina, desde comprar jogos de lançamento a 200 reais (enquanto que na Terra do Tio Sam eles são vendidos por 60 dólares, cerca de 120 reais) e comprar iPhones 5 por 2.500 reais (contra 699 dóla-res em outros países) a pagarmos 70.000 reais por modelos de carros que custam menos que a metade na Europa. Claro, o Governo vem tentan-do diminuir esses pre-ços com desonerações tributárias e incenti-vos à fabricação local (itens produzidos em território brasileiro possuem descontos de impostos), e algumas grandes empresas têm utilizado esses incen-tivos para melhora-

rem os preços (Apple, Sony e Microsoft pro-duzem em território brasileiro). Tanto o Playstation 3 quanto o Xbox 360, os representantes da Sony e da Microsoft na atual geração de con-soles, são fabricados em território brasilei-ro e possuem preços nas lojas bem abaixo do anunciado quando foram lançados (esta-mos falando de mais de 1.000 reais de dife-rença). Após a revolta dos jogadores sobre o preço do PS4, a pró-pria Sony se pronun-ciou, mostrando uma tabela em que é pos-sível ver como os im-postos afetam o preço, adicionando que eles continuam a vender o console com pre-juízo. Mas uma per-gunta ainda ficava no ar: como a Microsoft conseguiu um preço tão baixo? A resposta

veio alguns dias atrás no site da ANATEL, quando saiu a regula-rização do Xbox One juntamente com a re-velação de que este já seria fabricado por aqui. Assim, o Brasil se vê novamente na mesma situação das gerações anteriores: um lançamento com preços absurdos – o Playstation 3 em seu lançamento chegou a ser vendido por 7.000 reais em grandes lojas.

Aos poucos, nós nos acostumamos com es-ses preços. A cada mês parece que há algum item tecnológico novo que consegue quebrar o recorde de “lança-mento mais caro do ano” (o Galaxy Note 3, da Samsung, foi lança-do por aqui com pre-ço sugerido de 2.899 reais). Impostos e mais impostos tornam tudo mais caro, e nós,

consumidores, nos cansamos cada vez mais. Mas isso mos-tra sinais de que irá mudar logo: se con-seguimos provocar tal reação a ponto de uma das maiores empresas tecnológicas brasi-leiras dar uma expli-cação oficial, quem sabe o que poderá vir por ai? No meio do ano, milhões de bra-sileiros saíram às ruas por 0,20 centavos, o que logo evoluiu para algo muito maior. Aos poucos a mentalidade do brasileiro está mu-dando, e com o poder vasto que a internet nos proporciona isso tende a aumentar cada vez mais. A revolta não foi só por 0,20 e nem agora será por 4.000 reais. Esse lado é apenas uma faceta de um problema muito maior que assombra o Brasil por décadas.

2013 marca um gran-de ano na indústria dos videogames: é o ano em que o Xbox One, da Microsoft, e o Playstation 4, da Sony, serão lançados nos Estados Unidos, mar-cando o começo da oi-tava geração de conso-les de videogame. Há muita euforia por par-te dos jogadores, afi-nal não é sempre que temos uma transição de gerações no mer-cado. Esse lançamento também é muito espe-rado pelos jogadores brasileiros, pois pela primeira vez teremos o lançamento simultâ-neo dos consoles aqui no Brasil – país que sempre fora relegado em termos de lança-mento e esquecido pelas produtoras. Po-rém, uma bomba ex-plodiu no colo do fãs na semana passada, com o anúncio oficial da Sony Computer

do, pois tenho que lidar com algo novo com gran-de frequência, e é nesse momento que a formação como jornalista me ajuda bastante, pois o jornalista é um decodificador e sin-tetizador de informação, e mais do que isso, creio que é o profissional que faz isso de maneira mais rápi-da. Graças a essa habilida-de, consigo que me adap-tar bem a diversas áreas de conhecimento, além da habilidade de escrita, que é uma ótima ferramenta para conseguir trabalhar de maneira eficiente.

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3Notícias do Dia

Virada Cultural do Paraná movimentou São José dos PinhaisNem a chuva desanimou o público que participou animado de apresentações de bandas locais e nacionais

A Virada Cultural do Paraná, realiza-da pelo Governo do Estado, movimentou a cidade de São José dos Pinhais no últi-mo sábado (26). O objetivo do evento é reunir um pouco da diversidade cultu-ral brasileira e levar gratuitamente para a população. O mu-nicípio de São José dos Pinhais foi uma das 11 cidades par-ticipantes escolhidas para receber o Palco Conexões, onde toca-ram atrações locais e nacionais.

Durante todo o dia, com programação que começou às 10h e terminou de ma-drugada na Praça do Verbo Divino, foram diversas atrações, como: oficinas de confecção de bone-cos, exposição de ar-

Jorge Camargo

tes visuais, ações de educação no trânsito, teatro de rua e apre-sentações musicais, voltadas para todos os públicos. Ao cair da noite, a atenção f icou por conta do Palco Conexões e do placo 2 – que rece-beu apresentações de grupos folclóricos e de dança.

O show mais aguar-dado da noite foi o da cantora Zélia Dun-can, que apresentou músicas conhecidas do seu repertório, animando o público. A carioca destacou a importância desse evento para o Paraná e para o Brasil : “Eu espero que a Virada Cultura do Paraná ganhe espaço a cada ano e que as pessoas vejam a importância que tem [o evento], tanto para quem vem

cantar quanto para quem vem ouvir. Isso faz parte do desen-volvimento de uma cidade, de um esta-do: poder ver um pe-queno retrato do que esta acontecendo no Brasil, que é muita coisa”. E completou: “O que falta divul-gação para a músi-ca no Brasil. Que as pessoas saibam onde procurar e que sai-bam que na Virada Cultural do Paraná vão encontrar muita coisa”, f inalizou. Para fechar a noite, Planta & Raiz subiu ao palco com o show da turnê que comemora os 15 anos da banda. Nem mes-mo a chuva que caiu durante a apresen-tação desanimou o público formado por jovens e famílias in-teiras que lotaram a Praça.

Virada Cultural do Paraná

O evento é promovi-do pelo Governo do Estado em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura e o Departamento de Trânsito do Esta-do (Detran), e com apoio do SESI-PR, SESC-PR e das pre-feituras. Na segunda edição da Virada Cul-

tura do Paraná foram mais de 500 atrações gratuitas contratadas para realizar shows e atividades culturais - o destaque deste ano é a semana de arte-e-ducação com ações voltadas à educação no trânsito.As cidades escolhi-das que realizarão o evento nos dias 26 e 27 de outubro foram Campo Mourão, Cia-norte, Cornélio Pro-cópio, Cascavel, Gua-

rapuava, Londrina, Maringá, Pato Bran-co, Ponta Grossa, To-ledo e São José dos Pinhais.Em Curitiba, a Vira-da Cultural do Para-ná acontece nos dias 3 a 10 de novembro, com atividades cultu-rais diversif icadas e shows gratuitos. Para mais informações e conferir a progra-mação, acesse o site http://www.corrente-cultural.com.br.

Jorge Camargo

Banco Central prevê fechamento do ano com inflação estávelPesquisa também aponta crescimento na economia: estimativa é de PIB 2,13% para 2013.

O Banco C entra l (B C) constatou, em pesquisa di-vulgada na sex-ta-fe ira , que o índice de inf la-ção deve fechar, nesse ano, em 5,83%. A expec-tat iva foi medida pelo índice Na-cional de Preços ao C onsumidor Amplo (IPCA) que prevê para 2014 5 ,92% de inf lação, di fe-rente da previ-são anter ior que era de 5 ,94. A anál ise também mantém a pers-pect iva de taxa de juros em 10% ao ano no f ina l de 2013 com a

Lucas de Lavor

medição da S e-l ic , que também apontou a taxa de 10,25% para o ano de 2014.O B C também aponta a pro-jeção de Índice Gera l de Preços – Disponibi l ida-de Interna (IGP-DI) que foi a l -terada de 5 ,79% para 5 ,81% nes-se ano, e o Índi-ce de Preços ao C onsumidor da Fundação Inst i-tuto de Pesquisas Econômicas (IP-C-Fipe) , em que se mantém em 4,04% este ano e tem ajuste para 5 ,20% no ano de 2014.

Cres cimento na e conomia

Em outra pes-quisa , o Banco C entra l concluiu que inst ituições f inanceiras revi-ram a projeção de crescimen-to da economia. Agora , a est ima-t iva de cresci-mento do Produ-to Interno Bruto (PIB) , que é o to-ta l de bens pro-duzidos no país , mudou de 2 ,20% para 2 ,13%. Até o f ina l de 2013 o número perma-nece em 2,5%. As mesmas inst i -tuições f inancei-ras fazem uma

projeção de mu-dança na dív ida l íquida do setor públ ico e o PIC: de 34,55% para 34,50%, vá l ido para esse ano e

para o próximo.Outras previsões não apresentam mudança s ig-ni f icat iva , com exceção do sa l-do negat ivo em

transações cor-rentes , que se-gue em US$ 79 bi lhão, anter ior-mente em US$ 74,4 bi lhão.

Lucas de Lavor

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4 Geral

O dia em que o rock morreuO adeus de Lou Reed, um artista à frente do seu tempo, que ,durante quase 50 anos, tratou a música como arte

Poucos artistas to-cam sob suas pró-prias regras, igno-rando o status quo que domina a in-dústria musical. É muito mais fácil se entregar à mesmice que conduz o mun-do, em várias áreas, atualmente. Ser ori-ginal é para poucos. O nova iorquino Lou Reed, que mor-reu neste domingo (27) em decorrên-cia de problemas no fígado após um transplante realiza-do no último mês de maio, era um desses artistas.

Lou passava longe da chatice do “poli-ticamente correto”, moda entre as ban-das atuais. Sua mú-sica era baseada no rock and roll clás-sico, sem firulas ou enganações. Suas letras eram ácidas e incisivas. Falavam

Marcos Anubis

de prostituição, sa-domas o quismo, drogas e marginali-dade. Elas tocavam as feridas da Amé-rica. “Jackie está só usando anfetami-nas. Pensou que era James Dean por um dia. Aí, acho que ela tinha que desmoro-nar. Valium deveria ter ajudado nessa doideira. Disse, hey

babe, dê um pas-seio no lado selva-gem”, canta Reed em “Walk On The Wild Side”, um de seus maiores clássicos.

A arte, seja ela qual for, deveria ter esse objetivo, ser uma voz divergente das demais. De que vale dizer amém para tudo o que é bem

visto e apreciado pela sociedade? De que vale ser apenas mais um?

Um artista à frente do seu tempo

Dono de uma per-sonalidade forte, como sua arte, Reed não media palavras para falar sobre qualquer assunto. “Música é tudo. As pessoas deviam morrer por ela. Es-tão morrendo por qualquer outra coi-sa, então por que não pela música?”, comentou certa vez referindo-se ao rock and roll.

A lista de bandas e músicos influ-enciados por Lou Reed é imensa. Billy Idol, David Bowie, Radiohead, Strokes e Jesus and Mary Chain, entre outros, receberam uma fagulha de sua obra em seus trab-alhos.

O último grupo a reconhecer a im-portância de Reed foi o Metallica. Em

2011 o quarteto lançou “Lulu”, gra-vado em parceria com o velho mes-tre. O disco rece-beu duras críticas dos fãs da banda. “Eles estão amea-çando atirar em mim. Nem sequer ouviram o álbum, mas já estão reco-mendando várias formas de tortura e morte”, declarou o cantor em uma en-trevista para o jor-nal USA Today, na época.

Experiente e con-sciente do seu val-or, Lou não levou a sério a repercussão negativa. “Eu não tenho fãs, mesmo. Depois de ‘Metal Machine Music’ todos fugiram. E quem liga para isso? Eu estou nessa pela diversão”, afir-mou. O álbum cita-do por Lou, lança-do em 1975, é mais um exemplo da sua repudia pelo lugar comum. O disco não tem canções estruturadas de forma tradicional. Ele é uma coleção

de quatro músicas com 16 minutos de duração cada, que mesclam sons ale-atórios e microfo-nia.

A atitude do Me-tallica foi corajosa. Alheio ao precon-ceito e falta de con-hecimento de al-guns fãs, o grupo abriu os horizontes de sua carreira em uma aposta arrisca-da, mas artistica-mente interessante. “É algo que eles nunca ouviram an-tes. Ninguém ouve ritmos ou escreve poesia do jeito que Lou faz. Sei que não é para todos, mas eu penso que é um disco fantástico”, disse o baterista da banda, Lars Ulrich, em uma entrevista na época do lança-mento de “Lulu”.

Em um mundo do rock cada vez mais mumificado e com as mãos atadas, Lou Reed fará muito falta.

Reprodução/Facebook Lou Reed

Metallica e Lou Reed durante o lançamento de “Lulu”.

Reprodução/Facebook Lou Reed

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5Colunistas

Press Start

O fim de um sonho

Maximilian Rox

Realizar nossos sonhos nunca será algo fácil. Nem sempre o mundo nos dará todas as condi-ções favoráveis para completar nossos objeti-vos: seja viver da música, da literatura, ou mesmo dos ga-mes. No entan-to, assim que alcançado, sua existência não será eterna: os sonhos, assim como quando acordamos, ha-verão de acabar um dia – assim como acabou para Martin “Marn” Phan, dono da equi-pe de League of Legends Team MRN, que le-v o u s e u a p e l i -do para frente do c e n á r i o prof i s s i o -nal norte-a-mericano.

Marn foi um dos melhores jogadores de games de luta no cenário nor-t e - a m e r i c a n o. Já jogou em grandes orga-nizações como a Evil Geniu-ses, chegando a vencer com-petições im-portantes e prestigiadas no cenário, como a Evolution em 2010 pelo títu-

lo da Tatsuno-ko vs. Capcom. Dono de um Dudley excep-cional, iniciou sua carreira no League of Le-gends em 2012, formando a primeira equi-pe que levaria o nome MRN. J u n t a m e n t e de ClakeyD e Nickwu – que poster iormen-te voltariam à r e p r e s e n t a - l a frente à LCS – seguiu rumo ao cenário pro-fissional que sempre sonhou concretizar.

Sempre caris-mático, Marn

seguiu firme em seu sonho, primeiramente como jogador e posteriormente como dono da equipe. Porém, com a desclas-sificação para a próxima ro-dada da LCS, o time acabou saindo da liga p r o f i s s i o n a l n o r t e - a m e r i -cana, e conse-q u e n t e m e n t e fechando suas

portas para o e-Sport nos Es-tados Unidos. Nascida den-tro dos games de luta, a Team MRN despede-se do cenário profissional de League of Le-gends, onde Martin Phan viu seus objeti-vos de no cam-po dos games c o m p e t i t i v o s serem realiza-dos.

Particularmen-te, acho interes-sante a jornada de Marn até o topo do Lea-gue of Legends p r o f i s s i o n a l nos Es-

tados Unidos. Não só por a c o m p a n h a r o cenário dos e-Sports como um todo, mas sua mudança dos games de luta para o tí-tulo da Riot foi e x t r e m a m e n -te precisa: sua entrada no ce-nário profissio-nal foi certeira, em tempo da ascensão com-pleta de League

of Legends no e-Sport inter-nacional. Seu faro para uma c o m u n i d a d e profissional em crescimento e sua tentativa, juntamente dos patrocinadores certos, torna-ram realidade o sonho de pro-f issionalização de sua equipe.

Evite dizer que seus sonhos são i m p o s s í v e i s . Eles podem existir, basta você acreditar. Não estou aqui para escrever um motivacio-nal, nem um

guia de

como se tor-nar um profis-sional. Só digo que eles podem se esconder nas oportunidades pequenas, mui-tas vezes tími-das, que você deixa escapar. Não falo só de games: afinal, para muitos, jogar é só um meio de entre-tenimento e la-zer. Mas se al-meja escrever

um livro, lan-çar um álbum, se tornar um ator, passar em medicina, se tornar um pro-fissional; conti-nue em frente: são as peque-nas metas que

c o n s -

troem nossos maiores objeti-vos. Só não dei-xe que o sonho te consuma, ou que ele seja c o n s u m a d o sem que você possa aprovei-tá-lo.

O mundo pro-fissional de League of Le-gends não é recheado de mil maravilhas – ele é envolto

de bons e maus m o m e n t o s , onde sobrevi-vem aqueles que melhor se adaptam. Um cenário bem es-truturado pode ser o motivo de seu sucesso ou queda, tudo de-pende de resul-tados. Por isso, aqueles que al-

c a n ç a m esse pa-t a m a r d e v e m

ser cui-d a d o s o s e dedica-

dos, pois sua colocação

é almejada por toda uma co-munidade – e você só conse-guirá manter-se no topo se for realmente um dos melho-res.

Leaguepedia

Martin “Marn” Phan, dono da equipe de League of Legends Team MRN.

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NOTÍCIANTIGA O que fazer em Curitiba?

Galeria Teix

De 5 a 30 de setembro, na Galeria Teix (Rua Vicente Machado, 666), fica a exposição “Quanto um Chapéu de Palha”, e reúne 11 obras inéditas em tecido, borda-das e pintadas à mão do artista Alexandre Linhares. Informações: (41) 3018-2732.

Exposição “Consciente do Inconsciente” no MASAC

De 8 de agosto a 3 de novembro, no Masac – Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba (Largo da Or-dem - Setor Histórico), tem a exposição São Francisco de Assis – O Homem Atemporal, com esculturas da ar-tista plástica Nilva Rossi.

Memorial de Curitiba

Até dia 3 de novembro, no Memorial de Curitiba (R. Claudino dos Santos, 79 – Setor Histórico) fica a ex-posição “Curitiba Protesta”. As recentes manifestações populares que tomaram conta das ruas de todo o país são tema da exposição Curitiba Protesta. Integram a mostra 60 imagens feitas por fotojornalistas que acom-panharam as manifestações, apresentando um recorte visual dos principais momentos dos atos que lotaram ruas e avenidas do centro da capital. Entrada franca. In-formações: (41) 3321-3328.

Em 1636 foi fun-dada a Univerda-de de Harvard, uma das institui-ções mais impor-tantes do mundo.

Considerada a mais antiga insti-tuição dos Estados Unidos, é loca-

lizada em Cam-bridge, Massachu-setts. Antigamente era conhecida como “New Col-lege”, mas teve seu nome altera-do para “Harvard College” em 1939 em homenagem a John Harvard, um

de seus patrocina-dores.

A coleção de li-vros de Harvard é a quarta maior do mundo, além disso, é a universi-dade privada com maior dotação fi-nanceira.

Wik

imed

ia