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Manual de Normas de Serviço Manual de Normas de Serviço Corregedoria Regional Eleitoral Tribunal Regional Eleitoral do Ceará

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  • Manualde Normas de Servio

    Manualde Normas de Servio

    Corregedoria Regional Eleitoral

    Tribunal Regional Eleitoral do Cear

  • Manual de Normas de ServiosCorregedoria Regional Eleitoral do Cear

  • Manual de Normas de Servios / Corregedoria Regional Eleitoral do Cear - 1 ed. -

    Fortaleza: TRE-CE, 2008.

    184 p.

    I. Direito Eleitoral - Legislao - Brasil

    Tiragem: 650 exemplaresGrfica: RDS Editora

  • NR==k =NUU

    V

    Tribunal Regional Eleitoral do Cear

    Manual de Normas de ServiosCorregedoria Regional Eleitoral do Cear

    Fortaleza2008

  • TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO CEARR. Jaime Benvolo, 21 - CentroCEP 60.050-080 Fortaleza - CearPABX: (00xx85) 3388-3511 FAX: (00xx85) 3253.5007Correio eletrnico: [email protected]

    CORREGEDORIA REGIONAL ELEITORAL

    Desa. Gizela Nunes da CostaVICE-PRESIDENTE E CORREGEDORA REGIONAL ELEITORAL

    Dr. Herclito Vieira de Sousa NetoJUIZ AUXILIAR , AT 27.03.2008

    Dra. Joriza Magalhes PinheiroJUZA AUXILIAR , DESDE 17.06.2008

    EQUIPE TCNICA

    ASSESSORIA DA CRE (ASCRE)Waldemir Higino Farias Paz

    ASSESSOR-CHEFE DA CORREGEDORIAJoo Ribeiro Lima Jnior

    Vicente de Castro Bonfim Neto

    RELATORIA DA CRE (RELCRE)Liliane Cortez Horn

    ASSESSORARafael Pordeus Bezerra Furtado

    GABINETE DA CRE (GACRE)Norma Farias AragoOFICIALA DE GABINETE

    Jos Arimata Martins Noronha

    Ricardo Hiroshi de Andrade Terayama

    COORDENADORIA DE ASSUNTOS JURDICOS E CORREICIONAIS (CAJUC)

    Lenina Beserra Coelho CanamaryCOORDENADORA

    Fbio Augusto Moreira de AguiarJacinto Botelho LcioLiana Maira Farias Paz

    Nyrsandra Garcia Rabelo Taleires

    COORDENADORIA DE SUPERVISO E FISCALIZAO DO

    CADASTRO ELEITORAL (COFIC)Andr Luis Pessoa Ramalho Vianna

    COORDENADORKtia Regina P. C. Fontenele Magalhes

    Mariana Nogueira CoelhoVincius Vieira de LimaVando Matias Gadelha

    PARCERIA INSTITUCIONALCorregedoria - TRE/MSSecretaria Judiciria - TRE/CE

    ZONAS COLABORADORAS28 Zona Eleitoral78 Zona Eleitoral94 Zona Eleitoral99 Zona Eleitoral

    113 Zona Eleitoral114 Zona Eleitoral

    EDITORAO ELETRNICAAna Izabel Nbrega AmaralAntnio Sales Rios Neto

    ARTE DA CAPAAna Izabel Nbrega Amaral

    REVISO FINALAna Izabel Nbrega Amaral

    NORMALIZAO BIBLIOGRFICA

    Jlio Srgio S. Lima, Reg. 731

  • COMPOSIO DO PLENO

    Desa. Huguette Braquehais

    PRESIDENTE

    Desa. Gizela Nunes da Costa

    VICE-PRESIDENTE E CORREGEDORA

    Dra. Maria Nailde Pinheiro NogueiraDr. Anastcio Jorge Matos de Sousa Marinho

    Dr. Tarcsio Brilhante de HolandaDr. Danilo Fontenele Sampaio

    Dr. Haroldo Correia de Oliveira Mximo

    JUZES

    Dra. Nilce Cunha RodriguesPROCURADORA REGIONAL ELEITORAL

    Dr. Joaquim Boaventura Furtado BonfimDIRETOR -GERAL

  • APRESENTAO

    A Corregedoria Regional Eleitoral do Cear vem realizando diversasaes no intuito de promover a padronizao e a transparncia dos procedimentosrealizados nas zonas eleitorais do interior do estado, bem como de facilitar ostrabalhos e as rotinas desenvolvidas.

    Dando continuidade implementao dessas aes e tendo emvista a proximidade do pleito municipal, buscou-se reunir em um mesmo trabalhonormas e diretrizes a serem utilizadas na rotina cartorria, visando, especialmente,velar pela boa ordem e celeridade dos servios eleitorais, a fiel execuo dospreceitos normativos, bem como a perfeita exao no cumprimento dasatribuies desenvolvidas por juzes e servidores.

    Sem pretenso de esgotar a matria, o contedo do material abrangeinstrues sobre cartrio e juzes eleitorais, funo correcional, ofcios de justia,principais servios e rotinas desenvolvidas nos cartrios, bem como disposiessobre feitos de natureza cvel, administrativa e criminal em trmite na primeirainstncia.

    Buscou-se, mediante a disponibilizao de diversos modelos efluxogramas, sistematizar e uniformizar a matria, tornando-a mais acessvelaos seus usurios na rotina cartorria e no perodo eleitoral, sem, contudo,expressar qualquer juzo de valor que possa influenciar o livre convencimentodos magistrados no exerccio do seu mister.

    O material, adaptado pela Corregedoria Regional Eleitoral do Cear,utilizou como fonte os Manuais de Prticas Cartorrias da Corregedoria GeralEleitoral, do TRE-CE e, principalmente, do TRE-MS, bem como a mais recentelegislao aplicvel espcie.

    Nesse passo, destaque-se que o presente Manual de Normas deServios foi adaptado levando em conta o trabalho idealizado pela Corregedoriado Mato Grosso do Sul que, h 7 (sete) anos, colhe resultados positivos daadoo das normas regulamentares padronizadoras.

    Essa experincia triunfante acabou por estreitar os laos de parceriacom aquela Unidade, atravs do Exmo. Des. Elpdio Helvcio Chaves Martins,que frise-se gentilmente cedeu o material ali produzido, alm de envidar osesforos necessrios para, nos termos do Direcionamento Institucional dascorregedorias eleitorais desta Justia Especializada, oportunizar s zonaseleitorais deste estado contato com a referida equipe por ocasio do I Seminriode Direito Eleitoral promovido por esta Corregedoria.

  • No posso olvidar e agradeo, no azo, a especial colaborao dosDrs. Ademar da Silva Lima, Mnica Lima Chaves, Incio de Alencar Cortez Neto,Csar Morel Alcntara, Francisca Adelineide Viana e Francisco Willo BorgesCabral, Excelentssimos Juzes da 28 Zona Eleitoral Juazeiro do Norte, 78Zona Eleitoral Farias Brito, 94 Zona Eleitoral - Fortaleza, 99 Zona Eleitoral Novo Oriente, 113 Zona Eleitoral - Fortaleza e 114 Zona Eleitoral Fortaleza,respectivamente, bem como das equipes de servidores lotados em cada umadessas zonas que, mesmo em poca de preparao para o micro processoeleitoral, enrobusteceram o presente trabalho com diversas sugestes para seuaperfeioamento e que foram, em sua grande maioria, inseridas e aproveitadasno manual que ora apresento.

    Desse modo, em compasso com os destinatrios finais dessasnormas de servio, espera-se dar mais um importante avano na construo deuma Justia Eleitoral ainda mais clere e transparente.

    Fortaleza/CE, agosto de 2008.

    Desa. Gizela Nunes da CostaCORREGEDORA REGIONAL ELEITORAL DO CEAR

  • NDICE

    Ttulo I Funo Correicional ..................................................................................................... 13Captulo I Inspeo e Correio .............................................................................. 15

    Seo nica Procedimentos da Correio Ordinria .............................16

    Ttulo II Juzes Eleitorais ........................................................................................................... 19Captulo I Disposies Gerais ................................................................................. 21

    Ttulo III Cartrio Eleitoral .......................................................................................................... 23Captulo I Disposies Gerais ................................................................................. 25Captulo II Atribuies do Chefe de Cartrio ........................................................... 25Captulo III Atribuies dos Demais Servidores ...................................................... 27

    Ttulo IV Ordem Geral dos Servios ....................................................................................... 29Captulo I Disposies Gerais ................................................................................. 31Captulo II Do Protocolo em Geral ............................................................................ 31Captulo III Remessa de Documentos e Processos ................................................ 32Captulo IV Remessa de Cartas Precatrias .......................................................... 33Captulo V Das Cpias Reprogrficas e Autenticaes ........................................ 34

    Ttulo V Ofcio de Justia nos Cartrios Eleitorais .................................................................. 37Captulo I Disposies Gerais ................................................................................. 39Captulo II Livros ...................................................................................................... 40Captulo III Classificadores ou Pastas ..................................................................... 47

    Ttulo VI Principais Servios e Rotinas nos Cartrios Eleitorais ............................................ 51Captulo I Disposies Gerais ................................................................................. 53Captulo II Operao no Cadastro ........................................................................... 53

    Seo I Disposies Gerais ................................................................... 53Seo II Requerimento de Alistamento Eleitoral RAE (arts. 2 a 8 da Resoluo TSE n 21.538/03) .................................................... 54Seo III Alistamento (arts. 9 a 17 da Resoluo TSE n 21.538) .......56Seo IV Suspenso do Alistamento ..................................................... 58Seo V Portadores de Necessidades Especiais .................................60Seo VI Transferncia (art. 18 da Resoluo TSE n 21.538/03) ......60Seo VII Reviso (art. 6 da Resoluo TSE n 21.538/03 .................63Seo VIII Segunda Via (art. 19 da Resoluo TSE n 21.538/03 ........65Seo IX Digitao e Transmisso ......................................................... 66Seo X Do Ttulo eleitoral ...................................................................... 66

    Captulo III Atualizao da Situao do Eleitor FASE ........................................... 67Captulo IV Justificativa (arts. 80 a 82 da Resoluo TSE n 21.538/03 ...............68Captulo V Restabelecimento de Inscrio Cancelada por Equvoco (art. 20 da

    Resoluo TSE n 21.538/03 ................................................................ 70Captulo VI Ocorrncia na Crtica do movimento RAE ............................................ 70Captulo VII Cancelamento de Inscrio ................................................................. 71

    Seo I Procedimento Genrico ............................................................. 71Seo II Cancelamento por Falecimento ................................................. 73

    Captulo VIII Regularizao da Situao do eleitor (arts. 33 a 47 da Resoluo TSE n 21.538/03) ................................................................................ 75Seo I Disposies Gerais ................................................................... 75Seo II Procedimentos ........................................................................... 76Seo III Grupos Formados por Pessoas Distintas ................................77Seo IV Grupos Formados por Inscries da Mesma Pessoa ............78Seo V Grupos Contendo Inscrio Suspensa ...................................78

  • Seo VI Grupos Contendo Inscrio com Perda de Direitos Polticos .79Seo VII Competncia para Regularizao de Situao Eleitoral ........79Seo VIII Consideraes Especiais ...................................................... 80Seo IX Hiptese de Ilcito Penal (arts. 48 e 49 Resoluo TSE n 1.538/03 .............................................................................. 82

    Captulo IX Filiao Partidria .................................................................................. 82Seo I Disposies Gerais ................................................................... 82Seo II Desfiliao e Dupla Filiao ...................................................... 83

    Captulo X Mesrios ................................................................................................ 84Seo I Composio da Mesa Receptora de Votos ............................... 84Seo II Convocao .............................................................................. 85Seo III Nomeao ................................................................................. 86Seo IV Mesrios Faltosos ................................................................... 86Seo V Disposies Outras ................................................................. 87

    Captulo XI Multas .................................................................................................... 88Seo I Aplicao da Penalidade de Multa ............................................. 88Seo II Guia de Recolhimento da Unio (GRU) ..................................... 91Seo III Das Multas No Satisfeitas no Prazo Legal .............................91Seo IV Destinao e Disposies Outras .......................................... 93

    Captulo XII Restrio de Direitos Polticos (arts. 51 a 53 da Resoluo TSE n 21.538/03) ....................................................................................... 93Seo I Disposies Gerais ................................................................... 93Seo II Da Perda de Direitos Polticos ................................................... 94Seo III Da Suspenso de Direitos Polticos ......................................... 94Seo IV Procedimento para a Suspenso ........................................... 95Seo V Restabelecimento de Inscrio Suspensa ..............................96Seo VI Disposies Outras ................................................................ 97

    Captulo XIII Certides .............................................................................................. 98Captulo XIV Conservao e Descarte de Documentos (art. 55 da Resoluo

    TSE n 21.538/03) .............................................................................. 99Seo I Disposies Gerais ................................................................... 99Seo II Procedimentos de Inutilizao ................................................ 100

    Captulo XV Alistamento Fora de Cartrio nas Zonas Eleitorais do Interior do Estado (Resoluo TRE-CE n 342/2008) ......................................... 100

    Ttulo VII Processos ............................................................................................................... 103Captulo I Disposies Gerais ............................................................................... 105Captulo II Comunicao dos Atos ......................................................................... 105Captulo III Audincia .............................................................................................. 106

    Ttulo VIII Aes Eleitorais e Feitos Criminais ........................................................................ 109Captulo I Ao de Impugnao de Registro de Candidatura AIRC ................... 111Captulo II Ao de Investigao Judicial Eleitoral AIJE ...................................... 112Captulo III Ao de Impugnao de Mandato Eletivo AIME (Art. 14, 10 e 11,

    da F/88) ................................................................................................. 115Captulo IV Recurso Contra Diplomao RCD (Art. 262 do CE) ........................ 116Captulo V Rito Sumarssimo (Art. 96, caput, da Lei n 9.504/97) ....................... 117Captulo VI Feitos Criminais ................................................................................... 117

    Seo I Disposies Gerais ................................................................. 117Seo II Competncia ............................................................................ 117Seo III Termo Circunstanciado de Ocorrncia TCO ....................... 118Seo IV Suspenso Condicional do Processo .................................. 121Seo V Inqurito Policial ...................................................................... 122Seo VI Processo-Crime .................................................................... 123Seo VII Prazos .................................................................................. 125Seo VIII Habeas Corpus .................................................................... 127Seo IX Priso ..................................................................................... 127Seo X Fiana ..................................................................................... 127

  • Seo XI Sentena ............................................................................... 129Seo XII Execuo .............................................................................. 130Seo XIII Antecedentes Criminais ....................................................... 131

    Ttulo IX Disposies Finais ................................................................................................... 133Captulo I Disposies Finais ................................................................................ 135

    Ttulo X Anexo 1 Modelos Sugeridos ................................................................................. 137- Termos de Abertura e de Encerramento de Livros ............................................... 139- Descarte de Materiais e Documentos ................................................................... 140- Informaes ao Juiz Eleitoral Coincidncias; Regularizao; Grupos Formados por Pessoas Distintas (Gmeos e Homnimos) e Grupos Formados por Inscries da Mesma Pessoa ................................................................................ 142- Tabela-Base para Clculo das Multas Eleitorais Lei n 4.737, de 15.7.65 e Resoluo TSE n 21.538/03 ................................................................................. 144- Certido para o No-Pagamento de Multa ............................................................. 145- Termo de Inscrio de Dbito de Multa Eleitoral .................................................... 146- Certido de Inscrio de Dbito de Multa Eleitoral ................................................ 147- Procedimentos para a Suspenso de Inscrio Eleitoral Certides e Informaes ........................................................................................................ 148- Certides e Termos Processuais .......................................................................... 150

    A- Certido de Registro e Autuao ........................................................ 150B Certido de Encerramento de Autos ................................................. 150C Certido de Abertura de Autos .......................................................... 150D Termo de Recebimento de Autos ....................................................... 150E Termo de Concluso .......................................................................... 151F Termo de Juntada ............................................................................... 151G Termo de Vista .................................................................................. 151H Termo de Remessa ............................................................................ 151I Certides de Desentranhamento de Documentos .............................. 152J Certides de Processos Apensados ................................................. 154L Certido para Remessa de Autos Superior Instncia .................... 155

    - Certides e Mandados Diversos Modelos Sugeridos de Certides e Mandados para Uso em Cartrio ............................................................................................. 156- Editais, Termos de Audincia de Convocao de Mesrios e Escrutinadores .... 165

    A Edital anunciando a Realizao de Audincia Pblica para a Nomeao de Mesrios .................................................................. 165B Termo de Audincia para a Nomeao de Mesrios ........................ 166C Edital de Nomeao de Mesrios ...................................................... 167D Edital de Nomeao de Escrutinadores e Auxiliares ........................ 169E Ofcio Comunicando Nomeao e Convocao de Mesrios ........... 170F Ofcio Comunicando Nomeao e Convocao de Escrutinadores . 172

    - Edital de Verificao das Urnas, Carga e Colocao de Lacres e do RespectivoTermo de Audincia ............................................................................. 173

    A Edital Anunciando a Execuo de Carga, Lacramento e Conferncia de Urnas Eletrnicas .......................................................................... 173B Termo de Audincia de Verificao, Carga e Lacre das Urnas ....... 174

    - Portaria de Designao de Oficial de Justia Ad Hoc .......................................... 175- Comunicao de Desfiliao Partidria ................................................................. 176- Declarao de Residncia e/ou Pobreza .............................................................. 177

    Ttulo XI Anexo 2 Fluxograma das Aes Eleitorais .......................................................... 179- Ao de Impugnao de Registro de Candidatura (AIRC) ................................... 181- Fluxograma do Procedimento das Representaes e Reclamaes em Sentido Estrito .................................................................................................................. 181- Ao de Investigao Judicial Eleitoral (AIJE) ....................................................... 182- Ao de Impugnao de Mandato Eletivo (AIME) ................................................. 183- Recurso Contra Diplomao (RCD) (ou contra expedio do diploma) ............... 183

  • Ttulo I

    FUNO CORREICIONAL

  • Misso: Velar pela regularidade dos servios eleitorais, assegurando a correta aplicao de princpios e normas.

    Manual de Normas de Servios - CRE/CE 15

    Captulo IInspeo e Correio

    1.1. A atividade correcional visa averiguar a regularidade e a eficincia dasatividades cartorrias e dos servios eleitorais executados quanto ao estritocumprimento da lei e dos prazos, bem como a integridade do cadastro eleitoral,sendo exercida, em todo o Estado, pelo Corregedor Regional Eleitoral, e, nos limitesde suas atribuies, pelo juiz eleitoral.

    1.1.1. A atividade correcional ser exercida com base nas disposies desteTtulo e naquelas estabelecidas nas resolues TSE n21.538/2003, TSEn21.372/2003 e TRE n 225/2003.

    1.2. O Corregedor Regional Eleitoral poder constituir comissoespecialmente designada, composta por servidores do Tribunal e presidida peloJuiz Auxiliar da Corregedoria, para realizar inspees e correies. A comissoapresentar relatrio circunstanciado da inspeo e/ou correio ao Corregedor,que determinar as providncias pertinentes, objetivando a regularizao dosprocedimentos. (Art. 56, caput e pargrafo nico da RES. TSE n. 21.538/2003)

    1.3. No desempenho de suas atribuies, o Corregedor Regional locomover-se- para as zonas eleitorais nos seguintes casos (Resoluo TSE n. 7.651/65,art. 14):

    I por determinao do Tribunal Superior Eleitoral ou do Tribunal RegionalEleitoral;

    II a pedido dos juzes eleitorais;

    III a requerimento de partido poltico, deferido pelo Tribunal Regional Eleitoral;

    IV sempre que entender necessrio.

    1.4. O controle e o acompanhamento dos servios nos cartrios eleitorais,centrais de atendimento ao eleitor e postos de alistamento eleitoral so realizados,de forma direta, mediante inspees, correies e atos normativos e, indiretamente,pela anlise de relatrios mensais e outros documentos apresentados.(Art. 1, daRES. TSE n. 21,372/2003).

    1.4.1. A inspeo nos cartrios eleitorais, centrais de atendimento ao eleitor epostos de alistamento eleitoral ser realizada pelo Corregedor Regional Eleitoral oupor comisso de correio e consistir na fiscalizao e averiguao especfica daprestao jurisdicional e dos servios eleitorais, com o objetivo de identificarpossveis irregularidades e/ou procedimentos inadequados (Resoluo TSEn. 21.538/03, art. 56).

    1.4.1.1. A realizao da inspeo independe de comunicao prvia, podendoconsistir em providncia preliminar correio.

    1.4.1.2. Do ato de inspeo ser lavrado relatrio circunstanciadoimediatamente submetido ao Corregedor Regional, que o encaminhar ao juiz

  • Manual de Normas de Servios - CRE/CE

    Misso: Velar pela regularidade dos servios eleitorais, assegurando a correta aplicao de princpios e normas.

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    eleitoral para a adoo das providncias cabveis no prazo por ele fixado ou, se for ocaso, determinar a abertura de correio.

    1.4.1.2.1. No prazo determinado devero ser observadas as providnciasconstantes no relatrio circunstanciado de inspeo, devendo ser encaminhadoofcio Corregedoria Regional informando as medidas adotadas.

    1.4.2. A correio consiste na fiscalizao e orientao permanentes dosservios eleitorais, sendo exercida em todo o Estado do Cear, pelo Corregedor(a)Regional Eleitoral ou por comisso de correio e, no mbito de suas respectivasjurisdies, pelos juzes eleitorais.

    1.4.2.1. As correies nas zonas eleitorais dar-se-o sob as seguintesmodalidades: permanente, ordinria ou extraordinria, e sero determinadasmediante ato da autoridade judiciria competente (Resoluo TSE n. 21.372/03).

    1.4.2.1.1. A correio permanente exercida pelo juiz eleitoral no dia-a-diadas atividades cartorrias, e compreende a fiscalizao da regularidade dasatividades do cartrio eleitoral relacionadas execuo dos servios e aodesempenho das atribuies conferidas aos servidores.

    1.4.2.1.2. A correio ordinria consiste na fiscalizao peridica, prevista eefetivada segundo critrios estabelecidos pela Corregedoria Regional Eleitoral epelas instrues do Tribunal Superior Eleitoral.

    1.4.2.1.2.1. A correio ordinria ser realizada anualmente pelo juiz eleitoralou por substituto legal, pelo menos uma vez a cada ano, at o dia 19 de dezembro.(Resoluo TSE n. 21.372/2003, art. 1, 1 e Resoluo TSE n. 21.538/03, art. 57).

    1.4.3. A correio extraordinria consiste na fiscalizao das atividadescartorrias em carter excepcional, determinada e conduzida pelo CorregedorRegional Eleitoral ou pelo Juiz Eleitoral, sempre que se tomar conhecimento deerros, abusos, irregularidades ou transgresses s disciplinas administrativas oujudicirias que devam ser corrigidos, evitados ou sanados.

    1.4.3.1. A correio extraordinria, quando conduzida pelo Corregedor RegionalEleitoral ou por comisso de correio, presidida pelo Juiz Auxiliar da Corregedoria,poder dar-se a qualquer tempo, sem necessidade de prvia comunicao.

    Seo nicaProcedimentos da Correio Ordinria

    1.5. Ao juiz eleitoral caber presidir pessoalmente os trabalhos da correio,vedada sua delegao aos servidores do cartrio e, constatadas irregularidades,tomar as providncias cabveis para san-las.

    1.6. O chefe de cartrio ou servidor do quadro do Tribunal Regional Eleitoralatuar como secretrio na correio e, ao final dos trabalhos dever lavrar o respectivotermo de correio.

  • Misso: Velar pela regularidade dos servios eleitorais, assegurando a correta aplicao de princpios e normas.

    Manual de Normas de Servios - CRE/CE 17

    1.7. O juiz eleitoral, ao designar dia e horrio da correio ordinria, determinara expedio de edital, para conhecimento de todos os interessados, noticiando arealizao dos trabalhos, que se dar na sede do cartrio eleitoral, bem comodesignar o servidor que atuar como secretrio (Resoluo TSE n. 21.372/03,art. 2).

    1.7.1. O edital ser afixado no trio do cartrio eleitoral, com antecedncia de15 (quinze) dias, oportunizando aos interessados a apresentao de quaisquerreclamaes pertinentes s atividades desenvolvidas pelo cartrio eleitoral.

    1.8. O representante do Ministrio Pblico Eleitoral ser cientificado da data ehora da realizao da correio, para, querendo, acompanhar os trabalhos.

    1.9. A autoridade que presidir os trabalhos de correio, alm de outrasprovidncias que entender necessrias, aferir a regularidade do funcionamento docartrio eleitoral e de seus servios, verificando se (Art. 3, Res. TSEn. 21.372/2003):

    I - os servidores esto regularmente investidos em suas funes;II - os horrios de trabalho e de atendimento ao pblico esto sendo

    regularmente cumpridos;III - a proibio relativa filiao partidria de servidor da Justia Eleitoral est

    sendo observada;IV - o cartrio possui os livros indispensveis e se estes so escriturados de

    forma regular;V - os feitos so registrados em livro prprio e se seguem ordem cronolgica;VI - os autos, livros e papis findos ou em andamento esto bem guardados,

    conservados e catalogados;VII - os processos tm trmite regular;VIII - as decises e editais so publicados na forma regulamentar;IX - so exigidas qualificao completa e assinatura no livro destinado

    carga de processos;X - esto sendo devidamente aplicadas as multas previstas na legislao,

    bem como feitas as necessrias anotaes no cadastro;XI - esto sendo inscritas em livro prprio as multas decorrentes de deciso

    condenatria no pagas no prazo de 30 dias e encaminhados os respectivos autosao TRE no prazo de 5 dias;

    XII - as instalaes do cartrio so adequadas s necessidades do servio;XIII - os documentos de uso exclusivo da Justia Eleitoral esto resguardados

    do acesso de pessoas estranhas ao servio eleitoral;XIV - esto sendo regularmente comunicados pelos oficiais do registro civil

    os bitos dos cidados alistveis no municpio e feitas, no cadastro, as anotaesrelativas ao cancelamento das inscries;

    XV - esto sendo devidamente comunicadas as situaes de condenaocriminal transitada em julgado, incapacidade civil absoluta, conscrio e recusa decumprimento do servio militar obrigatrio, improbidade administrativa e opo pelogozo dos direitos polticos em Portugal, e feitas, no cadastro, as anotaes relativas suspenso de direitos polticos;

    XVI - as comunicaes relativas a bito ou suspenso de direitos polticosreferentes a eleitores no pertencentes zona eleitoral so encaminhadas autoridade judiciria competente;

  • Manual de Normas de Servios - CRE/CE

    Misso: Velar pela regularidade dos servios eleitorais, assegurando a correta aplicao de princpios e normas.

    18

    XVII - so obedecidos os procedimentos relativos anotao, no cadastro,das filiaes e desfiliaes partidrias;

    XVIII - os documentos de conservao obrigatria esto sendo arquivadospelo perodo mnimo estabelecido e de forma organizada;

    XIX - as ausncias ao pleito e as justificativas eleitorais esto sendodevidamente anotadas no cadastro;

    XX - os Requerimentos de Alistamento Eleitoral - RAE e os Formulrios deAtualizao de Situao de Eleitor - FASE esto sendo preenchidos, digitados etransmitidos na conformidade das instrues pertinentes, inclusive em relao aocampo do FASE complemento obrigatrio;

    XXI - as duplicidades e pluralidades de inscries de competncia da zonaeleitoral esto sendo tratadas com a devida celeridade;

    XXII - a eventual utilizao de chancela obedece s normas vigentes;XXIII - a guarda de formulrios e ttulos em branco segue critrios rigorosos

    de segurana;XXIV - a entrega de ttulos feita somente ao prprio eleitor, com a assinatura

    ou aposio de impresso digital no Protocolo de Entrega de Ttulo Eleitoral - PETE;XXV - a guarda e conservao dos bens patrimoniais da Justia Eleitoral

    esto sendo devidamente observadas;XXVI - as informaes solicitadas so prestadas com a celeridade requerida;XXVII - so feitas as devidas anotaes no histrico de inscries de mesrios

    faltosos;XXVIII - todos os servidores tm acesso s normas expedidas relacionadas

    atividade dos cartrios;XXIX - o restabelecimento de inscries canceladas feito em estrita

    observncia ao que dispem as normas pertinentes;XXX - o tratamento do banco de erros tem sido realizado com a freqncia e a

    correo necessrias;XXXI - existem prticas viciosas, erros, abusos ou irregularidades a serem

    evitadas, coibidas ou sanadas.

    1.10. Na ltima folha dos autos submetidos a exame, e aps os ltimosregistros feitos nos livros cartorrios, dever ser lanada a anotao vistos emcorreio (art. 8, da Res. TSE n. 21.372/2003).

    1.11. Findos os trabalhos ser lavrado o termo prprio, em duas vias, queconter a data de sua realizao, todas as ocorrncias, determinaes,recomendaes e/ou providncias havidas, sem rasuras, borres e/ou entrelinhas.

    1.11.1. O termo ser assinado pelo juiz eleitoral e representante do MinistrioPblico Eleitoral, quando presente, sendo uma cpia destinada ao arquivo em cartrioe a outra remetida Corregedoria Regional, at o dia 30 de janeiro do anosubseqente sua realizao.

    1.11.2. Quando a autoridade que presidir a correio for o CorregedorRegional, o termo ser assinado por este, pelo juiz eleitoral, pelo representante doMinistrio Pblico Eleitoral, quando presente, e pelo secretrio designado para ostrabalhos.

  • Ttulo II

    JUZES ELEITORAIS

  • Misso: Velar pela regularidade dos servios eleitorais, assegurando a correta aplicao de princpios e normas.

    Manual de Normas de Servios - CRE/CE 21

    Captulo IDisposies Gerais

    1.1. A jurisdio eleitoral de primeiro grau exercida, na abrangncia territorialda respectiva zona eleitoral, por juiz de direito designado, nos termos da ResoluoTSE n. 21.009/2002 e suas alteraes.

    1.1.1. O juiz eleitoral, ato contnuo assuno de suas funes eleitorais, fara devida comunicao Corregedoria Regional Eleitoral, procedendo de igual modoem seus afastamentos.

    1.2. A substituio do juiz eleitoral em suas faltas, frias e impedimentosseguem as disposies da legislao em vigor.

    1.2.1. O chefe de cartrio proceder imediata comunicao do afastamentodo juiz eleitoral Corregedoria Regional Eleitoral, informando o perodo e o nome deseu substituto.

    1.2.1.1. Se, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da data de sua designao,o juiz substituto no assumir suas funes, o chefe de cartrio far comunicao Corregedoria Regional Eleitoral.

    1.3. O juiz eleitoral dever despachar todos os dias na sede de sua zonaeleitoral (CE, art. 34), onde presidir as audincias em dia e hora previamentedesignados.

    1.4. Os servidores do cartrio eleitoral sero permanentemente orientados einstrudos pelo juiz eleitoral para a adequada organizao de suas atividadesadministrativas e processuais.

    1.5. Sem prejuzo das atribuies conferidas no Cdigo Eleitoral e legislaopertinente, compete ao juiz eleitoral exercer quaisquer outras decorrentes de lei,para o melhor ordenamento, presteza e finalizao dos servios eleitorais.

  • Ttulo III

    CARTRIO ELEITORAL

  • Misso: Velar pela regularidade dos servios eleitorais, assegurando a correta aplicao de princpios e normas.

    Manual de Normas de Servios - CRE/CE 25

    Captulo IDisposies Gerais

    1.1. A jornada de trabalho dos servidores do Tribunal e dos cartrios eleitoraisdo Estado ser regulada por portaria da Presidncia, da Corregedoria ou do JuizEleitoral do interior, conforme suas competncias.

    1.2. O horrio de expediente de cada cartrio eleitoral do interior do estadodever ser informado Secretaria de Recursos Humanos, atravs da Guia deFreqncia Mensal.

    1.3. Cumpre ao servidor do Cartrio Eleitoral exercer com zelo, dignidade eprobidade as funes do seu cargo.

    1.4. So deveres especiais do servidor do Cartrio Eleitoral:

    I comparecer diariamente ao expediente no horrio fixado;

    II exercer pessoalmente suas funes, s podendo afastar-se em gozo delicena, frias, dispensa ou nos demais casos previstos na legislao.

    III facilitar s autoridades competentes a inspeo do seu servio;

    IV tratar com urbanidade a todos com quem se relacionar no exerccio desuas funes;

    V cumprir, nos prazos fixados, os atos e as providncias que lhe so afetosou forem determinados pelo Juiz Eleitoral;

    VI estar em dia com as leis, regulamentos, regimentos, instrues e ordensde servio que digam respeito s suas funes.

    Captulo IIAtribuies do Chefe de Cartrio

    2.1. Ao Chefe de Cartrio incumbem as atribuies inerentes s atividadesadministrativas e processuais do Cartrio Eleitoral, competindo-lhe, em especial:

    I planejar, organizar e orientar as atividades administrativas do CartrioEleitoral;

    II planejar e acompanhar o processo eleitoral em nvel tcnico e operacional;

    III coordenar, dirigir e orientar os servios do cartrio, tomando as decisese providncias necessrias, propondo ao Juiz Eleitoral as que no sejam de suacompetncia;

  • Manual de Normas de Servios - CRE/CE

    Misso: Velar pela regularidade dos servios eleitorais, assegurando a correta aplicao de princpios e normas.

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    IV despachar diariamente com o Juiz, mantendo-o informado das atividadesdo cartrio;

    V propor ou solicitar ao Juiz a requisio de servidores, bem como arenovao ou a dispensa dos mesmos, nos termos da legislao pertinente;

    VI exercer ao disciplinar sobre seus subordinados, representando aoJuiz Eleitoral quando necessrio;

    VII distribuir os servios do cartrio aos auxiliares, orientando quanto forma de execuo;

    VIII fiscalizar a execuo das tarefas, o emprego de material, sua utilizaoe manuteno das instalaes e equipamentos;

    IX organizar a escala de frias dos servidores do cartrio e submet-la apreciao do Juiz;

    X adotar as medidas necessrias para a preparao e realizao dos pleitoseleitorais, em estrito cumprimento s normas vigentes e s determinaes do juizeleitoral;

    XI zelar pela conservao e guarda do material permanente e dosequipamentos alocados no cartrio;

    XII requisitar o material de consumo necessrio ao desenvolvimento dasatividades laborais do cartrio eleitoral, utilizando o sistema informatizado prprio;

    XIII sugerir ao Juiz a realizao de treinamento para os servidores com afinalidade de aperfeioar os trabalhos cartorrios;

    XIV realizar, quando requerido, o inventrio dos bens pertencentes JustiaEleitoral;

    XV acompanhar e catalogar a legislao eleitoral, as resolues do TSE edo TRE e demais instrues recebidas, promovendo sistematicamente estudoscom os demais servidores;

    XVI supervisionar o correto procedimento das operaes de alistamento,transferncia, reviso, segunda via, justificativa, perda e suspenso de direitospolticos, restabelecimento, atualizao e/ou regularizao de inscries eleitorais;

    XVII - velar pela regularidade da insero de dados no SADP3, sob a supervisodo Juiz Eleitoral;

    XVIII autuar e processar os feitos de natureza judicial e administrativa;

    XIX expedir declaraes e certides, mandados e cartas precatrias;

    XX controlar a tramitao dos processos dentro do respectivo cartrio,cumprindo fielmente os procedimentos de rotina;

    XXI cumprir efetivamente o seu expediente dirio;

  • Misso: Velar pela regularidade dos servios eleitorais, assegurando a correta aplicao de princpios e normas.

    Manual de Normas de Servios - CRE/CE 27

    XXII providenciar os livros necessrios para os registros em geral;

    XXIII velar pela observncia dos prazos legais, solicitando ao MinistrioPblico e advogados a devoluo dos autos que lhes forem entregues, findos osprazos estabelecidos em lei ou pelo Juiz;

    XXIV arquivar em pasta prpria os termos de audincias e demais atosjudiciais;

    XXV registrar em livro prprio as sentenas proferidas, providenciando suapublicao;

    XXVI certificar, nos autos, os decursos dos prazos e demais atos;

    XXVII expedir editais e providenciar sua publicao para conhecimento daspartes interessadas;

    XXVIII solicitar recibo de carga dos autos processuais ao Juiz, MinistrioPblico ou advogados, registrando-os em livro prprio;

    XXIX rever mensalmente os processos que estejam paralisados, certificandoo motivo e dando conhecimento ao Juiz;

    XXX arquivar os processos com trnsito em julgado e encaminhar ao Tribunalos que se encontrarem em grau de recurso;

    XXXI arquivar os documentos, livros e papis da escrivania que ficaro sobsua guarda e responsabilidade;

    XXXII promover o descarte de documentos e materiais, com as cautelaslegais e com a autorizao expressa do Juiz;

    XXXIII exercer outras atividades inerentes ao cargo ou que lhe forematribudas pela autoridade judiciria competente.

    Captulo IIIAtribuies dos demais servidores

    3. Aos demais servidores lotados no Cartrio Eleitoral, incumbir, sem prejuzodas atribuies inerentes ao cargo:

    I atender prontamente s ordens emanadas de seus superiores;

    II executar os servios cartorrios segundo as orientaes dos superioreshierrquicos e em conformidade com estas Normas de Servio;

    III atender ao pblico com presteza e cortesia;

    IV exercer outras atividades pertinentes ao cargo e que tenham sidodeterminadas pela autoridade competente.

  • Ttulo IVORDEM GERAL DOS

    SERVIOS

  • Misso: Velar pela regularidade dos servios eleitorais, assegurando a correta aplicao de princpios e normas.

    Manual de Normas de Servios - CRE/CE 31

    Captulo IDisposies Gerais

    1.1. Todos documentos expedidos pelo cartrio eleitoral sero datados,recebendo numerao cronolgica renovvel anualmente e assinados pelo juizeleitoral ou pelo chefe de cartrio, conforme a competncia.

    1.1.1. Os documentos expedidos sero identificados com o braso, refernciaao juzo, comarca, endereo e telefone da zona eleitoral.

    1.1.2. Sempre que endereados aos membros do Poder Judicirio, Legislativo,Executivo e Ministrio Pblico, em qualquer de suas esferas de atuao, osexpedientes sero assinados exclusivamente pelo magistrado.

    1.1.3. O chefe de cartrio poder, a critrio do juiz eleitoral, assinar as demaiscorrespondncias, com a observao de que o faz por determinao do magistrado.

    1.2. Sempre que o expediente atender solicitao de outro juzo ou Tribunal,dever mencionar, a ttulo de referncia, o nmero do documento atendido,procedendo da mesma forma quando se tratar de processo.

    1.3. Devero ser colhidas as assinaturas do Juiz, Promotor, procuradores,partes, testemunhas e serventurios, em livros, autos e papis, logo aps lavraturado documento.

    1.4. As normas, instrues, ofcios, resolues e demais documentosencaminhados s zonas eleitorais, depois de protocolados no SistemaSADP3,devero ser devidamente ordenados e arquivados em pastas prprias, demodo a facilitar a sua imediata localizao.

    Captulo IIDo Protocolo em Geral

    2.1. Todos os documentos, processos, papis e correspondncias, e objetos,inclusive os expedientes recebidos por fax, encaminhados Zona Eleitoral seroobrigatoriamente protocolizados no Sistema de Acompanhamento de Documentose Processos 3 - SADP3, com numerao em ordem cronolgica renovvel a cadaano.

    2.1.1. Dever ser aposto, no documento original (1. via) e na cpia dointeressado, o carimbo de protocolo, protocolo impresso (onde houver) ou outro,constando os seguintes dados:

    I identificao da Zona Eleitoral que recebe o expediente;II data e hora do protocolo fornecido pelo SADP3;III nmero do protocolo fornecido pelo SADP3;IV nome, matrcula e rubrica do servidor.

    2.1.2. No sistema SADP3 ser feito breve resumo, em campo prprio, docontedo do expediente ou petio recebidos com intuito de facilitar sua identificao.

  • Manual de Normas de Servios - CRE/CE

    Misso: Velar pela regularidade dos servios eleitorais, assegurando a correta aplicao de princpios e normas.

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    2.1.3. O protocolo de documentos e processos nas zonas eleitorais dar-se-durante o horrio de atendimento ao pblico.

    2.1.4. Em ano eleitoral, a Corregedoria Regional poder estabelecer aoscartrios eleitorais horrio de expediente diferenciado e plantes, com ampladivulgao nos meios de comunicao.

    2.2. O chefe de cartrio tomar conhecimento do contedo dascorrespondncias recebidas pelo cartrio eleitoral, ressalvadas as de naturezaconfidencial dirigidas ao juiz eleitoral.

    2.2.1. As peties, os expedientes e as correspondncias recebidas, inclusivepor e-mail, sero obrigatoriamente encaminhados ao magistrado para apreciao.

    2.3. O chefe de cartrio cumprir prontamente as determinaes do juizeleitoral, certificando a execuo das providncias e/ou apresentar documento quea comprove.

    2.4. O arquivamento e a remessa de expedientes ou autos sero anotadosno sistema SADP3.

    2.5.Nos municpios onde houver mais de uma Zona Eleitoral, caber a cadauma receber os expedientes que lhes so endereados, salvo nos municpios ondehouver regularmente instituda a Diretoria do Frum Eleitoral com competncia paraadministrao do protocolo central (v. Res-TRE/CE n.os 260/05 e 271/05).

    Captulo IIIRemessa de Documentos e Processos

    3.1. O encaminhamento dos autos, documentos e objetos dever ser feitomediante recibo, fazendo-se o devido registro:

    I na cpia do documento que os envia;

    II no livro de carga ou concluso ou;

    III no protocolo de correspondncias ou;

    IV em outro meio oficial disponvel.

    3.2. Recebidos pelos Correios ou malote, peties, autos ou cartas precatriasno pertencentes zona eleitoral, esta dever protocoliz-los e encaminh-los azona competente, logo aps a sua identificao, correndo eventual prazo a partir daremessa zona correta. Referido encaminhamento deve ser registrado,concomitantemente, no SADP3.

    3.3. Expedientes e documentos estranhos rotina cartorria, recebidos porvia postal, devero conservar o respectivo envelope de correspondncia, em anexo.

  • Misso: Velar pela regularidade dos servios eleitorais, assegurando a correta aplicao de princpios e normas.

    Manual de Normas de Servios - CRE/CE 33

    3.4. Na cpia do expediente arquivado em cartrio devero ser consignadoso nmero do registro da correspondncia e a data de recebimento pelo destinatrio,devendo o aviso de recebimento da mesma ser arquivado em pasta prpria, anexado fatura do servio correspondente para posterior conferncia e certificao da faturamensal, ressalvados aqueles referentes a atos processuais, os quais devero serjuntados aos autos respectivos.

    3.5. Os autos sero enviados ao juiz eleitoral ou ao representante do MinistrioPblico Eleitoral na data da assinatura do Termo de Concluso ou Vista.

    3.6. No caso de remessa dos autos ao segundo grau de jurisdio, o cartriocuidar para que todos os interessados estejam previamente intimados da decisode primeiro grau.

    3.7. Em todos os casos de remessa de processos, o cartrio, antes doencaminhamento, dever proceder reviso geral, a fim de verificar se todos os atose termos esto assinados, se a numerao das folhas est correta e se os autosesto devidamente formalizados, inclusive volumes e documentos, procedendo aatualizao no sistema SADP3.

    3.8. O expediente protocolizado que no pertencer jurisdio da zona eleitoralser remetido autoridade judiciria competente, mediante registro no SADP3.

    3.9.Todos os expedientes e processos destinados Zona Eleitoralpertencente a outro Estado da Federao ou Corregedoria Geral Eleitoral seroencaminhados por intermdio da Corregedoria Regional Eleitoral, com exceo dascartas precatrias que sero encaminhadas na forma definida nos itens 4.1 a4.3.1., deste manual.

    3.10. O cartrio eleitoral, antes da remessa autoridade competente, dedocumentos que se refiram inscrio eleitoral que pertena zona eleitoral diversa,ou que necessite de providncias por parte da Corregedoria-Geral e/ou CorregedorialRegional Eleitoral, diligenciar para que estejam presentes todos os dadosnecessrios ao esclarecimento dos fatos e efetivao do procedimento pertinente.

    3.11. As comunicaes de condenao criminal, incapacidade civil absoluta,conscrito e extino de punibilidade, relativas a eleitores com inscrio eleitoralcancelada ou pessoas no inscritas perante a Justia Eleitoral, sero encaminhadas Corregedoria Regional Eleitoral, para registro na base de perdas e suspensodos direitos polticos ou encaminhamento devido.

    Captulo IVRemessa de Cartas Precatrias

    4.1. A remessa de cartas precatrias aos Juzos Eleitorais da capital e deoutras circunscries far-se- sem a intermediao da Corregedoria RegionalEleitoral (art. 1 do Provim. CRE/CE n. 01/2006).

    4.1.1. Nos municpios com mais de uma Zona Eleitoral onde houverregularmente instituda a Diretoria do Frum Eleitoral com competncia para

  • Manual de Normas de Servios - CRE/CE

    Misso: Velar pela regularidade dos servios eleitorais, assegurando a correta aplicao de princpios e normas.

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    administrao do protocolo central, a remessa da carta precatria dever ser a estaendereada (v. Res-TRE/CE n.os 260/05 e 271/05).

    4.1.2. Se a zona eleitoral estiver situada no interior do Estado, a remessa far-se- diretamente zona eleitoral onde se dar o cumprimento da carta precatria(art. 1, II, do Provim. CRE/CE n. 01/2006).

    4.1.3. Caso o Juzo deprecado pertena a outra unidade da Federao, aCarta Precatria dever ser remetida Corregedoria Regional Eleitoral qual estvinculado (art. 1, III, do Provim. CRE/CE n. 01/2006).

    4.2. Em caso de demora no cumprimento da carta precatria, o juzo deprecantedever comunicar o fato Corregedoria Regional Eleitoral (art. 2 do Provim.CRE/CE n. 01/2006).

    4.3. Na devoluo de carta precatria, sero adotados os mesmosprocedimentos definidos nos itens anteriores.

    4.3.1.Quando tratar-se de devoluo de carta precatria de Juzo deprecantepertencente a outra unidade da Federao, a Corregedoria Regional Eleitoral doCear dever ser imediatamente comunicada, atravs de ofcio, sobre a devoluoefetuada.

    Captulo VDas Cpias Reprogrficas e Autenticaes

    5.1. Os interessados na obteno de cpias de documentos ou peasprocessuais enderearo requerimento ao juiz eleitoral, justificando seu interesse.

    5.1.1. O juiz eleitoral poder permitir que os documentos/autos sejam retiradosdo cartrio para reproduo, mas sempre acompanhado de servidor da JustiaEleitoral com o intuito de garantir a integridade do documento, ressalvados os casosde segredo de justia e as disposies do art. 29 e pargrafos da Resoluo TSEn. 21.538/03.

    5.1.2. Os interessados arcaro com os custos da reproduo dos documentos.

    5.2. As cpias de processos findos ou em andamento, judiciais ouadministrativos, podero ser autenticadas pelo cartrio eleitoral, sem custo para ointeressado.

    5.2.1. O chefe de cartrio e, na sua ausncia, os servidores da zona eleitoral,aps criteriosa conferncia, podero autenticar as cpias de documentos originais,fazendo meno de que o documento confere com o original, consignando nome,matrcula e assinatura do atendente, anotando em cada cpia o nmero dos autose respectiva zona eleitoral, quando for o caso.

  • Misso: Velar pela regularidade dos servios eleitorais, assegurando a correta aplicao de princpios e normas.

    Manual de Normas de Servios - CRE/CE 35

    5.2.2. Quando a reproduo for de cpia de documento constante nos autos,o cartrio autenticar anotando que confere com cpia integrante do processo.

    5.3. Os documentos autenticados pela zona eleitoral nos termos acima,gozaro de f pblica e tero validade perante qualquer rgo ou repartio.

  • Ttulo VOFCIO DE JUSTIA NOSCARTRIOS ELEITORAIS

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    Manual de Normas de Servios - CRE/CE 39

    Captulo IDisposies Gerais

    1.1. Os procedimentos relativos documentao e preservao dos termose atos cartorrios dar-se-o atravs de registros em livros, pastas-arquivo e sistemainformatizado devidamente organizados e padronizados de forma a garantir o seucontrole e permanente acompanhamento.

    1.2. A escriturao de todos os atos, livros e papis deve ser feita em vernculoe sem abreviaturas, utilizando-se tinta indelvel de cor preta ou azul.

    1.3. Na escriturao dos livros e demais termos devem ser evitados erros,omisses, emendas, rasuras, borres ou entrelinhas.

    1.4. Quando necessrio, efetuar-se-o as necessrias ressalvas antes dasubscrio do ato, de forma legvel e autenticada. As anotaes de sem efeitodevem estar acompanhadas da assinatura de quem as fez.

    1.5. Aps o encerramento dos atos e termos sero colhidas as assinaturas,no se admitindo espaos em branco. Estes sero inutilizados com traos horizontaisou diagonais, e/ou com a aposio do termo em branco.

    1.6. Nos autos e termos, ser lanado abaixo de todas as assinaturas, o(s)nome(s) por extenso do(s) signatrio(s), sendo vedada a assinatura de papis embranco.

    1.7. Os livros e papis em andamento ou findos devem ser bem conservadose, sendo o caso, encadernados e classificados.

    1.8. Os livros podem ter as folhas presas, caso em que devem ser manuscritos,e/ou folhas soltas, podendo neste caso ser formados mediante traslados, cpiasreprogrficas ou desenvolvidos em programas de computador e encadernados aoencerramento.

    1.9. O extravio ou danificao de qualquer livro ou documento ser comunicadoao Juiz para apurao de responsabilidade. A restaurao dever ser feitaimediatamente sob a superviso do Juiz, vista dos elementos existentes.

    1.10. Os livros, em mdia com 200 (duzentas) folhas, sero abertos eencerrados pelo Juiz, que as rubricar.

    1.10.1. O Juiz Eleitoral, aps abrir o livro, poder autorizar, mediante portaria,a aposio de chancela nas folhas, ou atribuir ao Chefe de Cartrio, tambm porintermdio de portaria, o encargo de rubricar as respectivas folhas.

    1.11. No termo de abertura e de encerramento, em livro de folhas presas,constaro o nmero do livro, o nmero de folhas, a declarao de estarem rubricadas,a finalidade, a serventia, a data, o nome e a assinatura do Juiz.

    1.12. No termo de abertura em livro de folhas soltas, constaro o nmero dolivro, a declarao de que o mesmo de folhas soltas, e de que estas esto

  • Manual de Normas de Servios - CRE/CE

    Misso: Velar pela regularidade dos servios eleitorais, assegurando a correta aplicao de princpios e normas.

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    devidamente rubricadas, a finalidade, a serventia, a data, o nome e a assinatura doJuiz. O termo de encerramento dever conter, alm dos elementos descritos notermo de abertura, a declarao da quantidade de folhas que o livro possui porocasio do encerramento.

    1.13. Nos termos e atos em geral, a qualificao das pessoas dever ser amais completa possvel, contendo por inteiro o nmero da carteira de identidade ergo emissor, o nmero do CPF, a nacionalidade, a naturalidade, o estado civil, afiliao, a profisso, o endereo do trabalho, da residncia e do domiclio (constandorua, nmero, complementos, bairro, cidade e Estado).

    Captulo IILivros

    2.1. Os Cartrios Eleitorais devero manter obrigatria e devidamenteescriturados os seguintes livros:

    I Atas;

    II Carga de Autos ao Ministrio Pblico Eleitoral e Carga de Autos aosAdvogados;

    III Concluso ao Juiz;

    IV Carga de Mandados;

    V Inscrio de Multas Eleitorais;

    VI Registro de Protocolo Geral (utilizado somente em casos de contingnciasocorridas no Sistema SADP-3);

    VII Registro de Feitos Criminais (inquritos policiais, termos circunstanciadose processos-crime eleitorais);

    VIII Registro Geral de Feitos;

    IX Registro de Cartas Precatrias;

    X Registro de Sentenas;

    XI Rol de Culpados;

    XII Registro de Transaes Penais

    XIII Registro de Suspenso Condicional do Processo

    XIV Termo de Audincia;

    XV Termo de Fiana;

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    Manual de Normas de Servios - CRE/CE 41

    XVI Registro de Objetos Apreendidos;

    XVII Registro de Comit Financeiro e Prestao de Contas de Campanha.

    2.2. O Livro de Atas, organizado em folhas soltas, conter cpias das atas detodas as reunies, visitas especiais e solenidades realizadas (instalao do cartrio,sorteio da ordem do nmero dos candidatos na cdula, distribuio de outdoors,diplomao de eleitos, termos de assuno dos Juzes, Promotores, e Chefes deCartrio etc.), alm de eventos outros cujos registros sejam de valor histrico Justia Eleitoral.

    2.3. Os Livros de Carga de Autos ao Ministrio Pblico Eleitoral e aos Advogadose o de Concluso ao Juiz sero utilizados para anotar a retirada de quaisquer autosdo cartrio pelo Juiz, representante do Ministrio Pblico Eleitoral, advogados (partes)e interessados e contero:

    I data da carga/concluso

    II nmero do processo;

    III natureza do feito;

    IV partes;

    V nome de quem recebeu os autos (se advogado, mencionar o nmero doregistro na OAB, o endereo e o telefone);

    VI assinatura de quem recebeu os autos;

    VII data da devoluo e assinatura do servidor.

    2.3.1. Alm da anotao no livro prprio, a carga de autos deve ser registradano ato da entrega do processo ao advogado interessado, no sistema SADP3.

    2.3.2. A concluso tambm deve ser registrada no Sistema SADP3, por ocasioda entrega dos autos ao Juiz Eleitoral.

    2.3.3. Os autos retirados devem ser restitudos no prazo legal ou naquelefixado pelo Juiz Eleitoral, devendo o cartrio proceder verificao semanal do Livrode Carga de Autos, visando identificar se h cargas com prazos de devoluo vencidos.

    2.3.4. Expirado o prazo sem a restituio dos autos, caber ao cartrioprovidenciar sua cobrana mediante ofcio. No atendida a solicitao, o cartriocomunicar ao Juiz Eleitoral, que adotar as providncias legais necessrias.

    2.3.5. Todas as cargas devero receber as correspondentes baixas, assimque restitudos os autos, na presena do interessado sempre que possvel ou porele exigido.

    2.3.6. A carga dos autos e sua restituio devero ser certificadas nos autoscom a meno da data da entrega (carga) e do recebimento, respectivamente.

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    Misso: Velar pela regularidade dos servios eleitorais, assegurando a correta aplicao de princpios e normas.

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    2.4. O Livro de Carga de Mandados ser utilizado para o lanamento dosmandados entregues aos Oficiais de Justia em exerccio, contendo os seguintesdados:

    I nmero do mandado;

    II natureza do feito (com referncia ao protocolo no SADP3, nmero e ano doprocesso);

    III nome do Oficial de Justia;

    IV data da entrega do mandado;

    V prazo para cumprimento;

    VI ato a ser praticado;

    VII data da devoluo e assinatura do servidor;

    VIII observaes (anotaes outras referentes execuo ou no domandado).

    2.4.1. Sero tambm registradas no Livro de Carga de Mandados as petiesque, por despacho judicial, sirvam como tal.

    2.4.2. Todas as cargas devem receber as correspondentes baixas, assimque restitudos os mandados, na presena do Oficial de Justia sempre que possvelou por este exigido. A restituio dever ser certificada nos autos, constando o diaem consonncia com a baixa registrada.

    2.4.3. Os estagirios, onde houver, no podero ser designados Oficiais deJustia ad hoc.

    2.5. O Livro de Inscrio de Multas Eleitorais, em folhas soltas, destina-se inscrio das multas arbitradas e no pagas, previstas no Cdigo Eleitoral e na Lein. 9.504/97, observado o disposto na Portaria n. 94/99 do Tribunal Superior Eleitoral.

    2.5.1. O registro da multa conter as seguintes informaes:

    I nmero de ordem, seqencial e cronolgica;

    II nmero do processo que deu origem multa;

    III nome, qualificao, CPF do devedor, inclusive dos solidrios, se houver;

    IV dispositivo legal infringido;

    V data da publicao ou notificao da deciso;

    VI data do trnsito em julgado da deciso;

    VII termo final do prazo para recolhimento da multa;

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    VIII data da inscrio da multa;

    IX data do encaminhamento dos autos e respectivo termo de inscrio demulta ao Tribunal Regional Eleitoral;

    X data da comunicao da liquidao da dvida (nmero e data do documentorecebido da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional que comunicou a liquidaoda dvida);

    XI observaes.

    2.6. O Livro Registro de Protocolo Geral somente ser utilizado em caso defalha temporria na transmisso e/ou recebimento de dados eletrnicos entre aZona e o TRE, ou nos casos de quebra de equipamento ou queda de energia, demodo que o Sistema de Acompanhamento de Documentos e Processos SADP3,no possa ser acessado no momento da entrada de documentos e peties nocartrio. Dever conter os seguintes dados:

    I nmero de ordem, seqencial e anual;

    II data/hora;

    III referncia (nmero do ofcio, nmero do processo etc.);

    IV origem (procedncia do documento);

    V assunto;

    VI nmero do protocolo registrado no Sistema SADP3.

    2.6.1. To logo seja sanada a falha ou o defeito que impossibilitou o uso dosistema informatizado, no momento da entrada do documento ou petio, o cartrioprovidenciar o registro do mesmo no Sistema SADP3, mencionando, em campoespecfico, o nmero, data e hora do protocolo registrado no livro e a causa daimpossibilidade da protocolizao por ocasio da entrada da petio ou documento.

    2.7. O Livro de Registro de Feitos Criminais dever ser utilizado na forma doitem 2.6 e subitem 2.6.1 e destina-se escriturao de todos os inquritos policiais,termos circunstanciados e processos-crime eleitorais, incluindo-se o habeas corpus,e conter os seguintes dados;

    I nmero de ordem, seqencial e anual;

    II data do registro (autuao);

    III nmero de protocolo no SADP3;

    IV natureza do feito;

    V nmero do inqurito policial ou do termo circunstanciado, registrado nadelegacia de polcia, ou na Superintendncia da Polcia Federal no Cear;

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    VI autor;

    VII indiciado ou ru;

    VIII artigo da lei violado;

    IX observaes (trnsito em julgado, data do arquivamento, remessa aoutro local e suspenso condicional do processo, nos termos do art. 89 da Lein. 9.099/95).

    2.8. No Livro Geral de Feitos sero registrados todas as representaes eprocedimentos cveis/administrativos (suspenso e restabelecimento de direitospolticos, cancelamento e restabelecimento de inscries, duplicidades epluralidades, sindicncias, impugnaes, mesrios faltosos, pesquisas eleitorais,prestaes de contas anuais dos partidos, pedido de providncia etc.) e outrosdeterminados pelo Juiz Eleitoral. Ser utilizado na forma do item 2.6 e subitem 2.6.1e conter os seguintes dados:

    I nmero de ordem e ano do processo (seqencial);

    II nmero do Protocolo no SADP3;

    III data do registro (dia, ms e ano, em nmeros);

    IV natureza do feito (ex.: Suspenso de Direitos Polticos; Cancelamento deInscrio; Restabelecimento de Direitos Polticos; Restabelecimento de InscrioCancelada; Representao e Reclamao contra o Descumprimento da Lei Eleitoral;Investigao Judicial Eleitoral; Captao de Sufrgio etc.).

    V nome das partes ou interessados;

    VI observaes (deciso de primeiro grau transitada em julgado, data enmero da caixa do arquivamento do processo, outros dados importantes).

    2.9. O Livro de Registro de Cartas Precatrias destina-se ao registro de todasas cartas precatrias, cujas diligncias ou atos, de natureza cvel ou criminal, deveroser cumpridos na zona eleitoral. Dever conter:

    I nmero de ordem anual e renovvel;

    II nmero do Protocolo no SADP3;

    III dados do Juzo deprecante (Zona, Municpio sede, Estado;

    IV dados do processo em trmite no Juzo deprecante (nmero do processoe natureza do feito);

    V nome das partes ou interessados;

    VI observaes (data do cumprimento da diligncia ou ato, data da baixa eremessa ao Juzo deprecante, outros dados importantes).

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    Manual de Normas de Servios - CRE/CE 45

    2.10. O Livro de Registro de Sentenas destina-se ao registro de todas assentenas cveis e criminais prolatadas pelo Juiz Eleitoral e conter os seguintesdados:

    I nmero da sentena, em srie anual renovvel;

    II nmero e ano do processo;

    III nome das partes.

    2.10.1. Todas as sentenas, mesmo que extintivas de punibilidade deveroser registradas. Dispensvel o registro de sentenas administrativas.

    2.10.2. As sentenas sero numeradas em srie anual renovvel (ex.: 1/03,2/03...; 1/04, 2/04...) e organizadas, em folhas soltas, mediante traslados, cpiasreprogrficas ou reproduzidas por computador. As cpias sero assinadas peloJuiz, nunca ultrapassando o nmero de 200 (duzentas) folhas, e encadernadas, nofinal.

    2.11. O Livro de Rol de Culpados, em folhas soltas, ser utilizado quando emao penal eleitoral houver condenao com trnsito em julgado e conter osseguintes dados:

    I nmero de ordem, em srie anual renovvel;

    II data do registro (dia, ms e ano em que foram feitas as anotaes);

    III nmero e ano do processo (no qual o culpado foi condenado);

    IV culpado (nome e filiao, escriturados integralmente e sem abreviaturas,local e data de nascimento, nacionalidade, profisso, endereo e nmero dosdocumentos: RG e rgo expedidor, CPF, ttulo eleitoral, Zona em que inscrito ecircunscrio);

    V incidncia (dispositivo penal no qual foi condenado);

    VI data de condenao/trnsito (data da sentena e do trnsito em julgado);

    VII pena (espcie, durao da pena, regime inicial e estabelecimento paracumprimento);

    VIII baixa (data da baixa do nome no rol dos culpados);

    IX observaes (anotaes outras; por ex.: se foi concedido sursis, se estevadido etc.).

    2.12. O Cartrio Eleitoral dispor, ainda, do Livro de Termo de Fiana, emfolhas soltas, destinado ao registro dos termos de fiana, observando o disposto noart. 329 do Cdigo de Processo Penal.

    2.13. O Livro de Registro de Transaes Penais destinado ao registro dabenesse facultada pelo art. 76 da Lei 9.099/95, bem como ao controle do prazodisposto no inciso II do 2 desse mesmo artigo e conter:

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    I nmero de ordem, em srie anual e renovvel;

    II data do registro, nmero e ano do processo;

    III dados do beneficiado (nome e filiao, escriturados integralmente e semabreviaturas, local e data de nascimento, nacionalidade, profisso, endereo, nmerodo documento de identidade e rgo expedidor, CPF, nmero da inscrio eleitoral,zona e circunscrio);

    IV dispositivos da Lei n. 9.099/95 aplicados;

    V data da homologao da transao;

    VI condies aplicadas (espcie e durao);

    VII baixa (data do trmino ou cumprimento da transao);

    VIII observaes.

    2.14. O Livro de Registro de Suspenso Condicional do Processo destina-seao registro do benefcio previsto no art. 89 da Lei 9.099/95, bem como ao controle doprazo de cinco anos, disposto no art. 64, I do Cdigo Penal (v. item 6.50 do Ttulo VIIIdeste Manual) e dever conter

    I nmero de ordem, em srie anual e renovvel;

    II data do registro, nmero e ano do processo;

    III dados do beneficiado (nome e filiao, escriturados integralmente e semabreviaturas, local e data de nascimento, nacionalidade, profisso, endereo, nmerodo documento de identidade e rgo expedidor, CPF, nmero da inscrio eleitoral,zona e circunscrio);

    IV dispositivos da Lei n. 9.099/95 aplicados;

    V data do deferimento da suspenso;

    VI perodo de prova arbitrado e condies;

    VII baixa (data do trmino ou cumprimento da suspenso);

    VIII revogao;

    IX observaes.

    2.15. O Livro de Termo de Audincia conter cpias reprogrficas oureproduzidas por computador dos termos das audincias realizadas em qualquertipo de feito registrado no Cartrio Eleitoral. Nele dever conter o nmero e o ano doprocesso, os nomes das partes e a natureza do feito.

    2.16. O Livro de Registro de Objetos Apreendidos, em folhas presas, destina-se ao registro de objetos apreendidos e conter os seguintes dados:

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    I nmero de ordem;

    II data da apreenso;

    III natureza e caractersticas do objeto apreendido;

    IV quantidade;

    V circunstncia da apreenso;

    VI observaes (liberao, destinao, etc.).

    2.17. O Livro de Registro de Comit Financeiro e Prestao de Contas servirpara o registro dos comits financeiros e dos processos de prestao de contasdos comits financeiros dos partidos polticos e dos candidatos s eleiesmunicipais, contendo os seguintes campos:

    I nmero e ano do registro;

    II data do registro;

    III assunto;

    IV nome do candidato ou dos componentes do comit financeiro;

    V partido;

    VI cargo;

    VII observaes.

    2.18. As zonas eleitorais que migraram todos os expedientes em tramitaopara o Sistema de Acompanhamento de Documentos e Processos SADP3 estodesobrigadas a realizar a escriturao nos livros de Registro Geral de Feitos eRegistro de Feitos Criminais.

    Captulo IIIClassificadores ou Pastas

    3.1. Os Cartrios Eleitorais, objetivando a melhor organizao e manuseio doseu expediente, possuiro os seguintes classificadores (pastas-arquivo):

    I resolues do Tribunal Superior Eleitoral e provimentos da Corregedoria-Geral Eleitoral, com divisrias separando cada tipo de expediente;

    II resolues, portarias, comunicados, ofcios, circulares e demaisexpedientes normativos oriundos do Tribunal Regional Eleitoral, com divisriasseparando cada tipo de expediente;

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    III portarias, provimentos, ofcios-circulares e outros expedientes normativosoriginrios da Corregedoria Regional Eleitoral, com divisrias separando as diversasespcies de expediente;

    IV portarias e atos normativos do Juiz Eleitoral;

    V documentos e ofcios recebidos (excetuados os normativos do TribunalSuperior Eleitoral, do Tribunal Regional Eleitoral, da Corregedoria, os dos partidospolticos, suspenso e restabelecimento de direitos polticos e as comunicaes debitos, que sero arquivados em pastas prprias);

    VI documentos e ofcios expedidos (arquivo de todos os ofcios expedidospelo cartrio);

    VII editais;

    VIII partidos polticos, com divisrias separando os diversos documentospor municpio e agremiao partidria;

    IX suspenso e restabelecimento de direitos polticos;

    X comunicao de bitos;

    XI certides;

    XII inventrio;

    XIII relatrio de atividades;

    XIV inspees e correies;

    XV funcional, com divisrias separando os documentos por servidor docartrio.

    3.2. Os expedientes devidamente protocolizados no Sistema SADP3, depoisde concludas as providncias exaradas no despacho judicial, devero ser guardadosem pastas prprias em ordem cronolgica de chegada ao Cartrio Eleitoral, com acertido de seu cumprimento aposta no rodap da folha inicial.

    3.2.1. As pastas Atos Normativos do Tribunal Superior Eleitoral, TribunalRegional Eleitoral e da Corregedoria Regional destinam-se ao arquivo dasresolues, portarias, provimentos, e circulares e demais instrues de consultaconstante pelos servidores. Os atos normativos que no forem de consulta constantepodem ser arquivados em meio magntico.

    3.2.2. A pasta Editais ser utilizada para o arquivo de todos os editais publicadosem cartrio ou na imprensa oficial, com certificao da publicao, atravs de carimbo,na parte inferior ou no verso do edital.

    3.2.3. As pastas Partidos Polticos, organizadas por municpio e poragremiao partidria, destinam-se ao arquivamento das relaes de filiados

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    Manual de Normas de Servios - CRE/CE 49

    remetidas pelos partidos, das comunicaes de desfiliao partidria, das listas oudisquetes contendo os filiados emitidos pelo Tribunal Regional Eleitoral paraconferncia, das comunicaes das composies dos diretrios partidrios,comisses partidrias provisrias, suas alteraes e outros expedientes alusivosaos partidos.

    3.2.4. A pasta Suspenso e Restabelecimento de Direitos Polticos objetiva oarquivamento dos expedientes relativos suspenso e/ou restabelecimento dosdireitos polticos em razo de incapacidade civil absoluta, condenao criminaltransitada em julgado, improbidade administrativa e conscrio.

    3.2.5. A pasta Comunicao de bitos ser utilizada para o arquivamento dosexpedientes relativos comunicao de bitos de cidados alistveis, tanto dosrecebidos do Cartrio de Registro Civil quanto de outras Zonas Eleitorais, com asdevidas anotaes, observadas as disposies do artigo 9 do Provimento CREn. 01/2008.

    3.2.6. A pasta Certides servir para o arquivo das certides requeridas peloeleitor, as quais sero lavradas, em 2 (duas) vias, sendo a primeira do requerente ea segunda do Cartrio Eleitoral. O servidor exigir do eleitor, no ato da entrega dacertido, a aposio do recibo na via a ser arquivada em cartrio, com data eassinatura ou identificao digital.

    3.2.7. A pasta Relatrio de Atividades tem a finalidade de arquivar as cpiasdos relatrios/estatsticas mensais e anual das atividades do cartrio enviadas Corregedoria, conforme modelo oficial.

    3.2.8. A pasta Inventrio conter o arquivo dos expedientes relativos ao controlee fiscalizao dos materiais permanentes do cartrio, consoante orientaes dosetor administrativo.

    3.2.9. A pasta Inspeo e Correio destina-se ao arquivo dos termos dasinspees e correies realizadas na Zona Eleitoral pelo Juiz Eleitoral ou peloCorregedor Regional Eleitoral.

    3.2.10. A pasta Funcional conter todos os documentos relevantes para a vidafuncional dos servidores (ficha cadastral, ofcio/portaria de autorizao de requisiopelo Tribunal Regional Eleitoral, ofcio de requisio, portaria de designao,comunicao de frias, anotao de sanes disciplinares etc.) e dever possuirdivisrias separando os documentos relativos a cada servidor do cartrio.

  • Ttulo VIPRINCIPAIS SERVIOS E

    ROTINAS NOS CARTRIOSELEIT ORAIS

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    Captulo IDisposies Gerais

    1.1. Na atuao administrativa, em decorrncia de disposies legais e, emespecial, da legislao eleitoral, os principais servios cartorrios e as rotinasprocedimentais conseqentes esto voltadas para as seguintes atividades:

    I operao no cadastro (alistamento, transferncia, reviso e 2 via);

    II atualizao da situao do eleitor;

    III justificativa;

    IV restabelecimento de inscrio;

    V ocorrncia na crtica do movimento RAE;

    VI cancelamento de inscrio;

    VII regularizao da situao do eleitor (duplicidades e pluralidades);

    VIII filiao partidria;

    IX mesrios;

    X multas;

    XI perda e suspenso de direitos polticos;

    XII fiana;

    XIII quitao eleitoral;

    XIV descarte de material.

    1.2. Na realizao de qualquer dos procedimentos mencionados no itemacima, devero ser rigorosamente observadas as instrues pertinentes baixadaspelo Tribunal Superior Eleitoral, Tribunal Regional Eleitoral e Juiz Eleitoral.

    Captulo IIOPERAO NO CADASTRO

    Seo IDisposies Gerais

    2.1. O alistamento eleitoral e o voto so obrigatrios para os maiores de18 (dezoito) anos (CF, art. 14, 1., I) e facultativos para:

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    I os analfabetos (CF, art. 14, 1., II, a);

    II os maiores de 70 (setenta) anos (CF, art. 14, 1., II, b);

    III os maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18 (dezoito) anos (CF, art. 14, 1., c);

    IV o menor que completar 16 (dezesseis) anos at a data do pleito, inclusive(Resoluo TSE n. 21.538/03, art. 14).

    2.2. No podem se alistar como eleitores:

    I os estrangeiros (CF, art. 14, 2.);

    II os conscritos, durante o servio militar obrigatrio (CF, art. 14, 2.);

    III os que tenham perdido os direitos polticos, no caso de cancelamento danaturalizao por sentena transitada em julgado (CF, art. 15, I);

    IV os que tenham os direitos polticos suspensos nos casos de:

    a) incapacidade civil absoluta (CF, art. 15, II);

    b) condenao criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos(CF, art. 15, III);

    c) recusa de cumprir obrigao a todos imposta ou prestao alternativa (CF,art. 15, IV);

    d) improbidade administrativa, nos termos do art. 37, 4. (CF, art. 15, V).

    Seo IIRequerimento de Alist amento Eleitoral RAE(arts. 2 a 8 da Resoluo TSE n 21.538/03 )

    2.3. Para o alistamento eleitoral, a transferncia, a reviso ou a segunda via,ser utilizado o formulrio RAE Requerimento de Alistamento Eleitoral , que servircomo documento de entrada de dados e ser processado eletronicamente.

    2.3.1. No preenchimento do RAE sero observados rigorosamente osprocedimentos especificados na resoluo de regncia, bem como os provimentose orientaes emanados das Corregedorias Geral e Regional.

    2.4. No preenchimento do RAE, para quaisquer das operaes (alistamento,transferncia, reviso, segunda via), dever-se-, obrigatria e previamente, consultaro Cadastro de Eleitores.

    2.4.1. Efetuada a consulta referida no caput e restando dvida acerca dasituao do eleitor, dever o cartrio proceder consulta combinada, com os dadosabaixo:

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    I nome do eleitor;

    II nome de sua me;

    III data de nascimento inicial ou intervalo de datas;

    IV no caso de eleitor(a) casado(a), consultar tambm pelo nome de solteiro(a).

    2.4.2. Para se evitar incorrer em Banco de Erros nos requerimentos dealistamento, transferncia ou reviso (retificao), nos quais o nome da me ou dopai do alistando ou do eleitor tenha sido identificado apenas por uma letra ou grupode letras sem sentido ou smbolo grfico ou com registros como NC, IG,IGNORADO, FALECIDO ou palavra que no seja considerada nome de pessoa,referidos termos no podero constar do seu preenchimento, exceo de NOCONSTA (Provimento n. 14/01-CGE).

    2.5. No momento do preenchimento do RAE, o alistando ou o eleitormanifestar sua preferncia sobre o local de votao, dentre os disponveis na ZonaEleitoral, devendo o servidor consignar o cdigo correspondente.

    2.5.1. Recomenda-se sejam criadas sees especiais para deficientes fsicosem locais de acesso facilitado, consignando-se no RAE o cdigo do local de votaoespecial.

    2.6. Na presena do eleitor, o servidor providenciar o preenchimento dosespaos reservados ao cartrio no formulrio RAE, antes de submet-lo apreciaodo Juiz.

    2.6.1. considerado em desacordo com as normas que disciplinam a matria,baixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, o processamento de formulrio RAE sema assinatura do eleitor e o deferimento pela autoridade judiciria competente, sendovedada a utilizao de chancela do Juiz em substituio sua assinatura.

    2.6.2. No permitido que o RAE seja assinado por procurador.

    2.6.3. No espao destinado para a data do requerimento dever constar adata do preenchimento do formulrio RAE.

    2.6.4. A assinatura ou a aposio de impresso digital do polegar, se o eleitorno souber assinar, no formulrio RAE, ser feito na presena do servidor da JustiaEleitoral, o qual dever atestar de imediato a satisfao dessa exigncia no espaoreservado, assinando o documento aps indicar o nmero de sua inscrio eleitoral.

    2.7. Na hiptese de utilizao de RAE manual, aps devidamente preenchido,o servidor destacar o canhoto do requerimento e o entregar ao requerente.

    2.8. Processados os RAEs, o Cartrio Eleitoral imprimir relaes de eleitoresalistados e transferidos, contendo nome, endereo, nmero de inscrio e operao,as quais sero publicadas em cartrio, nos dias 1. e 15 de cada ms, ou no primeirodia til seguinte, datas em que comearo a correr os prazos para recursos ( 1.e 2. do art. 7. da Lei n. 6.996/82).

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    2.8.1. Da deciso que indeferir o requerimento, caber recurso interpostopelo requerente no prazo de 5 (cinco) dias e, do que deferir, poder recorrer qualquerdelegado de partido poltico no prazo de 10 (dez) dias.

    2.8.2. Na afixao dos editais, sero utilizados os relatrios de afixaodisponibilizados pelo Sistema ELO.

    2.8.3. Decorrido o prazo de que trata o caput, os RAEs devero ser arquivadosem ordem alfabtica anual ou numrica por lotes gerados.

    Seo IIIAlistamento

    (arts. 9. a 17 da Resoluo TSE n. 21.538/03 )

    2.9. Dever ser consignada OPERAO 1 ALISTAMENTO quando oalistando requerer inscrio e quando em seu nome no for identificada inscrioem nenhuma zona eleitoral do pas ou exterior, ou a nica inscrio localizada estivercancelada por determinao de autoridade judiciria (FASE 450). Para o alistamento,o requerente apresentar um dos seguintes documentos, do qual se infira anacionalidade brasileira, e o cumprimento das obrigaes relativas ao servio militarobrigatrio (Lei n. 7.444/85, art. 5., 2.):

    I carteira de identidade ou carteira emitida pelos rgos criados por leifederal controladores do exerccio profissional (ex.: OAB, CREA, CRM, CRO etc.);

    II certificado de quitao do servio militar, para requerentes do sexomasculino que a ele estejam obrigados; ou do certificado de alistamento militar,dentro dos primeiros 6 (seis) meses do ano em que completar 18 (dezoito) anos(Processos n.s 79.779/02-CGE e 18.505 Classe 19);

    III certido de nascimento ou casamento, extrada do Registro Civil;

    IV instrumento pblico do qual se infira, por direito, ter o requerente a idademnima de 16 (dezesseis) anos e do qual constem, tambm, os demais elementosnecessrios sua qualificao.

    2.9.1. A comprovao de residncia poder ser feita mediante um ou maisdocumentos dos quais se infira ter o eleitor nascido no Municpio, ser o mesmoresidente, ter vnculo profissional, patrimonial ou comunitrio no Municpio a abonara residncia exigida, a exemplo de contas de luz, gua ou telefone, envelopes decorrespondncia, nota fiscal, contracheque, cheque bancrio, documento do INCRA,entre outros, a critrio do Juiz (Resoluo n 172/99 CRE/CE, art. 1, 1).

    2.9.2. A legislao pertinente (Decreto n. 57.654, de 20.01.66, que regulament aa Lei do Servio Militar) prev, nos arts. 19 e 41, 1., que a obrigao para com oServio Militar, em tempo de paz, comea no 1. dia de janeiro do ano em que obrasileiro completar dezoito anos e subsistir at 31 de dezembro do ano em quecompletar 45 (quarenta e cinco) anos e que a apresentao obrigatria para oalistamento ser feita dentro dos primeiros 6 (seis) meses do ano em que o brasileirocompletar 18 (dezoito) anos de idade.

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    2.9.3. Os documentos comprobatrios de quitao com o Servio Militarobrigatrio ou prestao alternativa so: Certificado de Reservista, Certificado deDispensa de Incorporao, Certificado de Alistamento Militar CAM (vlido por doisanos), Certificado de Prestao Alternativa do Servio Militar Obrigatrio, Certificadode Dispensa de Prestao do Servio Alternativo, Certificado de Iseno Militar eCertificado de Iseno do Servio Alternativo.

    2.9.4. No podero ser aceitos os Certificados de Eximido e Certificado deRecusa de Prestao do Servio Alternativo.

    2.9.5. Se o interessado no possuir quaisquer dos documentoscomprobatrios de quitao com o servio militar obrigatrio ou prestao alternativa,dever ser orientado a procurar a Junta Militar mais prxima de sua residncia, a fimde regularizar sua situao.

    2.9.6. facultado o alistamento, no ano em que se realizarem eleies, domenor que completar 16 (dezesseis) anos at a data do pleito, inclusive, desde queefetue sua inscrio dentro do prazo estabelecido para o alistamento eleitoral.

    2.10. Aos estrangeiros em geral vedado o alistamento eleitoral, nos termosdo 2. do art. 14 da Constituio Federal.

    2.10.1. Os brasileiros naturalizados podero alistar-se desde que apresentemcdula de identidade de modelo idntico do brasileiro, contendo, no campoNATURALIDADE, o pas onde nasceu e a portaria ministerial que lhe confere anacionalidade brasileira. Devero, ainda, apresentar a portaria ministerial com afinalidade de se verificar a data de sua expedio.

    2.11. Pessoas nascidas no estrangeiro, de pai brasileiro ou de me brasileiraa servio da Repblica Federativa do Brasil, (art. 12, inciso I, letra b, da CF), nonecessitam fazer opo pela nacionalidade brasileira, bastando apresentar, pararequerer o alistamento eleitoral, certido de nascimento devidamente transcrita, oucdula de identidade idntica do brasileiro.

    2.12. Pessoas nascidas no estrangeiro, de pai brasileiro ou de me brasileira,que venham a residir no Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidadebrasileira (art. 12, inciso I, letra c, da CF), devero apresentar, ao requerer oalistamento eleitoral, Certido de Registro de Opo de Nacionalidade, do qualconste a homologao da opo pela nacionalidade brasileira por Juiz Federal, oucdula de identidade idntica do brasileiro.

    2.12.1. Os brasileiros natos, em decorrncia do mesmo dispositivoconstitucional, que tenham sido registrados em repartio competente (Consulado),anteriormente a 07 de junho de 1994 (Emenda Constitucional de Reviso n. 03) nonecessitam fazer a opo de nacionalidade brasileira; nesse caso, o alistamentopoder ser feito com a apresentao da certido de nascimento devidamentetranscrita ou da cdula de identidade de modelo idntico do brasileiro.

    2.13. No poder se alistar quem portar cdula de identidade idntica dobrasileiro em que conste expresso pendncia de opo ou expresso semelhante,devendo ser orientado, se quiser optar pela nacionalidade brasileira, a requerer a

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    homologao da opo perante o Ministrio da Justia (art. 109, inciso X, da CF),sendo que os menores de 18 (dezoito) e maiores de 16 (dezesseis) anos relativamente incapazes , podero requerer a opo, desde que assistidos por seurepresentante legal.

    2.14. Os portugueses que obtiverem a igualdade de direitos e obrigaescivis e o gozo de direitos polticos, nos termos do Decreto n. 70.436/72, queregulamentou o Estatuto da Igualdade (Decreto n. 70.391/72), podero alistar-secomo eleitores, sendo deles exigida a apresentao da cdula de identidade idntica do brasileiro, constando o Decreto n. 70.391/72 e o nmero da portaria ministerial.

    2.14.1. Comparecendo ao cartrio cidado portugus interessado em adquirira igualdade de direitos e obrigaes civis e gozo de direitos polticos no Brasil,dever ser orientado a dirigir petio assinada por ele ou por procurador com poderesespeciais ao Ministrio da Justia. Os requerimentos devero ser encaminhadosatravs do Consulado de Portugal ou atravs da Prefeitura do municpio onde residiro requerente (art. 6., 2., do Decreto n. 70.436/72).

    2.14.2. Os portugueses que no obtiverem a igualdade de direitos e obrigaescivis e gozo de direitos polticos, previstos no Estatuto da Igualdade, tero o mesmotratamento que os estrangeiros em geral.

    2.14.3. Os brasileiros que adquirirem em Portugal o gozo dos direitos polticosprevistos no Estatuto da Igualdade tero sua inscrio eleitoral suspensa no Brasil(art. 51, 4., da Resoluo TSE n. 21.538/03).

    2.15. O brasileiro nato que no se alistar at os 19 (dezenove) anos ou onaturalizado que no se alistar at um ano depois de adquirir a nacionalidadebrasileira incorrer em multa imposta pelo Juiz Eleitoral e cobrada no ato da inscrioeleitoral.

    2.15.1. No se aplicar multa ao no-alistado que requerer sua inscrioeleitoral at o centsimo qinquagsimo primeiro dia anterior eleio subseqente data em que completar 19 (dezenove) anos (art. 15, pargrafo nico, da ResoluoTSE n. 21.538/03).

    2.15.2. No se aplicar a multa prevista no art. 8. do Cdigo Eleitoral aoanalfabeto que deixar tal condio (art. 16, pargrafo nico, da Resoluo TSEn. 21.538/03).

    2.16. So aplicveis aos indgenas integrados, reconhecidos no plenoexerccio dos direitos civis, nos termos da legislao especial (Estatuto do ndio), asexigncias impostas para o alistamento eleitoral, inclusive de comprovao dequitao do servio militar ou de cumprimento de prestao alternativa.

    Seo IVSuspenso do Alist amento

    2.17. O alistamento se dar a qualquer tempo, exceto no perodocompreendido nos 150 dias que antecedem a eleio (Lei n. 9.504/97, art. 91)

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