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1 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS O GERENCIAMENTO DA ROTINA DO TRABALHO DO DIA-A-DIA APLICADA NA DIRETORIA DE CONTABILIDADE E FINANÇAS 2012 SÃO PAULO

O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

O GERENCIAMENTO DA ROTINA DO TRABALHO DO DIA-A-DIA

APLICADA NA DIRETORIA DE CONTABILIDADE E FINANÇAS

2012

SÃO PAULO

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Flávio Roberto SEMEONE

O GERENCIAMENTO DA ROTINA DO TRABALHO DO DIA-A-DIA

APLICADA NA DIRETORIA DE CONTABILIDADE E FINANÇAS

Trabalho de Conclusão de Curso de

Pós-Graduação “Latu Sensu” em

Gestão de Políticas Públicas,

apresentado à Escola de Artes,

Ciências e Humanidades da

Universidade de São Paulo.

Orientador Professor José Carlos

Vaz

São Paulo

2012

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4

1 – INTRODUÇÃO 7

1.1 – Justificativa .............................................................................................................................. 8

1.2 – Objetivos Gerais ..................................................................................................................... 8

1.3 – Objetivo específico ................................................................................................................. 8

1.4 – Metodologia ............................................................................................................................. 9

2 – O TOTAL QUALITY CONTROL ............................................................................................... 10

2.1 - Os conceitos de qualidade, produtividade e competitividade ........................................ 11

3 – 5S – UM BREVE CONCEITO. .................................................................................................. 15

3.1 - Senso de utilização - seiri (整理); ....................................................................................... 15

3.2 - Senso de ordenação - seiton (整頓) ................................................................................... 16

3.3 - Senso de limpeza - seisou (清掃) ....................................................................................... 16

3.4 - Senso de saúde - seiketsu (清潔) ....................................................................................... 17

3.5 - Senso de autodisciplina - SHITSUKE.(躾) ........................................................................ 18

4 – O CONTROLE DE PROCESSO ............................................................................................... 19

4.1 - Conceito de processo ........................................................................................................... 19

4.2 - Diferenciação de causa/efeito ............................................................................................. 21

4.3 – O diagrama de Ishikawa ...................................................................................................... 23

4.4 – Diagrama de Pareto .................................................................................................................. 24

4.5 – Plano de Ação ........................................................................................................................... 26

5 - MÉTODO DE CONTROLE DE PROCESSO: .......................................................................... 27

5.1 – O ciclo do PDCA ........................................................................................................................ 27

6 – O GERENCIAMENTO DA ROTINA DO DIA-A-DIA .............................................................. 31

6.1 – Diagnóstico da situação atual ............................................................................................. 34

6.2 – Definições com a equipe sobre o trabalho e a metodologia .......................................... 35

6.2.1 - Método: ............................................................................................................................ 36

7 – GIRANDO O PDCA ..................................................................................................................... 37

7.1 – Entendendo seu trabalho ......................................................................................................... 37

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5

7.2 – Fluxogramas das atividades desenvolvidas .............................................................................. 42

7.3 – Determinação dos itens de controle ........................................................................................ 48

7.4 – Plano de ação ........................................................................................................................... 49

7.5 – Desenvolvimento das ações (Do) ............................................................................................. 51

7.5.1 – Plano DCF-1 P1 .................................................................................................................. 51

7.5.1.1 – Treinamento no 5S ......................................................................................................... 51

7.5.2 – Plano DCF1 – P2 ................................................................................................................. 65

7.5.3 – Desenvolvimento dos novos fluxogramas ......................................................................... 85

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RESUMO:

Este trabalho trata da aplicação das ferramentas do Total Quality

Control – TQC no estilo japonês em especial o Gerenciamento da Rotina do

Trabalho do Dia-a-Dia, aplicado numa seção administrativa, a Diretoria de

Contabilidade e Finanças, Seção de Empenho e Pagamento, buscando, dessa

forma um alinhando a uma das metas estabelecidas no Planejamento Estratégico do

Tribunal de Contas do Estado de São Paulo: M-01 Redesenhar e Padronizar os

Procedimentos Administrativos.

Neste trabalho, que é totalmente prático, a intenção principal é

modificar a forma de trabalhar de uma seção, visando, assim, um modelo mais

científico, com melhores controles, padrões operacionais definidos, treinamento e

menos “não conformidades”.

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1 – INTRODUÇÃO

No ano de 2010 tive a oportunidade de participar da formulação do

Planejamento Estratégico do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, para o

período 2011 a 2015.

Por meio da gestão Estratégica foi definido o Mapa Estratégico do

Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

Dentre as muitas metas estabelecidas está o de “redesenhar e

padronizar os procedimentos administrativos”.

Surgiu então meu projeto de desenvolver um trabalho que contribuísse

para o cumprimento dessa meta.

As ferramentas de controle total da qualidade e o gerenciamento do

trabalho da rotina do dia-a-dia mostram-se muito eficientes nesse contexto, fazendo

o aprimoramento contínuo da qualidade com a criação de manuais, padrões

operacionais, padronização de processos, estabelecimento de metas de chefias,

bloqueando as causas fundamentais de maus resultados (não conformidades).

O presente trabalho irá passar pelo processo de identificação das

rotinas da seção com reuniões com a equipe, realização de brainstorming e

identificação dos problemas, aplicação das ferramentas mais adequadas e o

desenvolvimento de planos de ação. Checaremos se os resultados foram atingidos,

corrigindo quando necessário, conduzindo o trabalho através de um Ciclo de PDCA.

Muitos resultados poderão ser colhidos quase que imediatamente,

mediante a participação e envolvimento da equipe na formulação de idéias. Porém,

os melhores resultados serão percebidos num período de aproximadamente 24

meses. Assim, os resultados atingidos no presente trabalho não resultam no fim em

si mesmo e sim na primeira etapa de um trabalho que, pretende-se, não tenha fim,

pois o Controle total da Qualidade é um ciclo.

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1.1 – Justificativa

Existe um grande acúmulo de trabalho nas mãos de poucos servidores,

gerando um alto grau de dependência e risco.

A padronização de procedimentos e criação de manuais possibilitará

que qualquer servidor realize a tarefa com um muito menos esforço em

treinamentos, facilitando todo o trabalho.

O bloqueio de maus resultados evitará retrabalhos agilizando todo o

processo da DCF-1. Criará também uma série histórica possibilitando no futuro o

acompanhamento detalhado da DCF-1.

Existe ainda a necessidade latente estabelecida nas diretrizes da

Gestão Estratégica, possibilitando o cumprimento das metas e auxiliando outras

seções deste Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

1.2 – Objetivos Gerais

O presente projeto tem por objetivo a aplicação das ferramentas do

Controle Total da Qualidade no estilo japonês, mais especificamente o

Gerenciamento do trabalho da rotina do dia-a-dia dentro da Diretoria de

Contabilidade e Finanças, Seção DCF-1.

A racionalização do trabalho, a disciplina e o envolvimento da equipe

podem superar deficiências, tais como a falta de pessoal.

Mostrar que com o uso das ferramentas de qualidade total adequadas

pode-se criar um ambiente de trabalho mais saudável e dinâmico.

1.3 – Objetivo específico

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Criar uma rotina de trabalho na Diretoria de Contabilidade e Finanças,

seção de Empenho e Pagamento – DCF-1, com manuais e procedimentos

padronizados, visando que todos consigam realizar todas as tarefas, sem, contudo,

“mecanizar os trabalhos”.

Desta forma, estaremos desenvolvendo as metas estabelecidas na

Gestão Estratégica deste Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

1.4 – Metodologia

A metodologia a ser utilizada será o trabalho de campo

Rodaremos ciclo do PDCA na Sessão DCF-1, implantando as

melhorias, criando itens de controle e gerenciando os resultados obtidos, conforme

as orientações do livro “O Gerenciamento da Rotina do Dia-a-Dia”.

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2 – O TOTAL QUALITY CONTROL

Após o término da segunda guerra mundial, o Professor William

Edwards Deming (14 de outubro de 1900 – 20 de dezembro de 1993) se engajou no

trabalho de reconstrução do Japão. Aliando seu conhecimento em técnicas de

melhoria da qualidade, controles estatísticos, especialmente os desenvolvidos por

Joseph Moses Juran (24 de dezembro de 1904 – 28 de fevereiro de 2008) e seu

envolvimento com a cultura japonesa, Deming foi convidado a participar da União

Japonesa de Cientistas e Engenheiros (JUSE).

Os membros da JUSE haviam estudado as técnicas de Shewhart (18

de março de 1891 — 11 de março de 1967) e de Frederick Winslow Taylor (20 de

Março de 1856 — 21 de Março de 1915) e precisavam de um professor de controle

estatístico para ajudar na reconstrução do Japão. Entre Junho e Agosto de 1950,

Deming treinou centenas de engenheiros, gerentes e estudantes em SPC e

conceitos de qualidade.

A partir desse ponto houve um crescimento relevante na qualidade dos

produtos japoneses e, consequentemente, um aumento na demanda por produtos

japoneses, percebida até os dias de hoje. Empresas como a Toyota e Sony foram

algumas das muitas que empregaram os métodos desenvolvidos por Deming.

Entretanto, é importante acrescentar a participação de outros

pesquisadores no desenvolvimento do Controle Total da Qualidade. Um dos mais

importantes colaboradores foi Kuoru Ishikawa.

Kuoru Ishikawa trabalhava na JUSE e conseguiu transformar o método

de TQC americano num método com filosofia japonesa. Daí surgiu o TQC no estilo

japonês.

Entre as colaborações de Ishikawa está o desenvolvimento de diversas

ferramentas que foram incorporadas ao TQC. Dentre elas podemos destacar o

Diagrama de Causa – Efeito ou Diagrama de Ishikawa.

O Diagrama de Ishikawa se mostra uma ferramenta muito eficiente na

solução de problemas. Bem parecido com a árvore de problemas, porém, de

construção mais simples, pode ser aplicado em qualquer caso.

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A importância das “sete ferramentas da qualidade” também foi

enfatizada por Ishikawa, assim como lhe é creditada a criação dos círculos de

controle da qualidade (CCQ).

Ishikawa acreditava que as empresas deveriam mudar a forma de

pensar, era uma questão de mudança de comportamento, de filosofia de trabalho.

2.1 - Os conceitos de qualidade, produtividade e competitividade

Podemos pensar qualidade de várias maneiras. Se perguntarmos a

qualquer pessoa o que é qualidade? Em sentido estreito, a maioria irá dizer “algo

que não apresente defeito”.

Partindo dessa premissa podemos entender que uma BMW realmente

é um automóvel de qualidade indiscutível. Entretanto, qual o custo dessa qualidade?

Agora vamos analisar qualidade num sentido mais amplo, mas antes,

vamos fazer um exercício:

Por que as pessoas se organizam? Ou melhor, qual o objetivo das

organizações humanas? Organizar no sentido de criar associações humanas, tais

como empresas.

A resposta mais adequada seria: “O grande objetivo das associações

humanas é atender as necessidades do ser humano na sua luta pela sobrevivência

na Terra” (CAMPOS, Vicente Falconi, 2004).

Nesse contexto uma boa definição de qualidade de um produto ou

serviço seria “o que atende perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível,

de forma segura e no tempo certo às necessidades do cliente” (CAMPOS, Vicente

Falconi, 2004).

Portanto, em outros termos pode-se dizer:

A - ... que atende perfeitamente... = Projeto Perfeito

B - ... de forma confiável... = Sem Defeitos

C - ... de forma acessível... = Baixo Custo

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D - ... de forma segura... = Segurança dos Clientes

E - ... no tempo certo = Entrega no prazo certo, no local certo

e na quantidade certa

Agora, voltando a falar de veículos, qual o líder de vendas na categoria

de sedãs médios? Toyota Corola.

E por quê? Veja que as colocações acima se encaixam perfeitamente

ao caso proposto.

O professor Vicente Falconi Campos 1 chama esse cinco itens acima

de “dimensões da qualidade”

Mas, e a produtividade? Podemos definir produtividade como a relação

existente entre o que a empresa produz e o que consome.

Aumentar a produtividade é produzir cada vez mais e/ou melhor com

cada vez menos (CAMPOS, Vicente Falconi, 2004).

As organizações produzem produtos e/ou serviços de tal forma a

atenderem as necessidades de seus clientes. Esses produtos e serviços têm um

valor. O valor nesse caso é o intrínseco do produto/serviço, ou seja, esse

produto/serviço deve ser desejado pelos clientes. O preço é uma função do valor.

Cobra-se pelo valor que se agrega. Quando uma empresa consegue com que o

valor suplante o preço, ela dominará o mercado.

Com isso temos uma equação: Produtividade é a relação entre valor

produzido e valor consumido, assim:

2

1 Campos, Vicente Falconi, TQC – Controle Total da Qualidade (no estilo japonês), pág.014

2 Ibid, pág.003

PRODUTIVIDADE = VALOR PRODUZIDO = Taxa de valor agregado

VALOR CONSUMIDO

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Para aumentar a produtividade de uma organização humana, deve-se

agregar o máximo de valor (máxima satisfação das necessidades dos clientes) ao

menor custo. Não basta aumentar a quantidade produzida, é necessário que o

produto tenha valor, que atenda às necessidades dos clientes (CAMPOS, Vicente

Falconi, 2004).

Agora, vamos substituir os termos “valor produzido” e “valor

consumido” por “qualidade” e “custos” respectivamente, e então teremos:

3

Para melhorar a produtividade são necessários três tipos diferentes de

aportes:

1 – Aporte de equipamentos e materiais;

2 – Aporte de procedimentos;

3 – Aporte de conhecimento;

No primeiro, tudo que uma empresa necessita é capital. Existindo

capital, pode-se comprar qualquer equipamento ou material.

O segundo caso está diretamente ligado ao primeiro, pois, não se

podem adotar novos procedimentos se não houver o devido preparo, treinamento

das pessoas envolvidas no processo.

As organizações fazem aporte de conhecimento de várias maneiras:

através de recrutamento de talentos, através de treinamento e incentivo à educação

dos funcionários. O capital intelectual se tornou tão importante que já se discute uma

forma de incluí-lo nos balanços das empresas (como bem intangível). Portanto, o

3 Campos, Vicente Falconi, TQC – Controle Total da Qualidade (no estilo japonês), 2004, pág.004

PRODUTIVIDADE = QUALIDADE

CUSTOS

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14

conhecimento passa a ser de suma importância às empresas. Treinar funcionários,

prepará-los e depois perdê-los é como jogar dinheiro no lixo. É perda de ativo.

A decantada estabilidade de emprego não deveria se meta dos

sindicatos, mas sim dos empresários (Campos, Vicente Falconi, 2004).

E como encaixamos a competitividade nessa equação?

A competitividade de forma sucinta pode ser entendida como “fazer

melhor e mais barato que a concorrência”. É isso que vai fazer com que os clientes

decidam pelo seu produto e não o do concorrente.

Existe uma relação direta entre qualidade, produtividade e

competitividade. O gráfico a seguir4 irá exemplificar essa relação:

4 Campos, Vicente Falconi, TQC – Controle Total da Qualidade (no estilo japonês), 2004. pág.008

PROJETO PERFEITO

FABRICAÇÃO PERFEITA

SEGURANÇA PERFEITA

ENTREGA NO PRAZO CERTO

CUSTO BAIXO

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3 – 5S – UM BREVE CONCEITO.

Implantar o 5S é uma boa maneira de se iniciar um TQC. O 5S pode

ser um aliado motivacional, pois:

Envolve toda a equipe de maneira igual;

Organiza o ambiente deixando-o mais “clean”;

Cria o ambiente da qualidade.

O 5S tem origem em cinco palavras japonesas:

Seiri (整理): O significado é “arrumado”;

Seiton (整頓): O significado é “arranjo”;

Seisou (清掃): O significado é “limpeza”;

Seiketsu (清潔): O significado é “asseio”;

Shitsuke.(躾): O significado é “Educação”.

Entretanto, é preciso ressaltar que não é correto fazer uma tradução

literal, pois palavras japonesas muitas vezes têm um significado mais amplo.

No caso do 5S, o melhor foi defini-los como “sensos”. Esses sensos

foram perfeitamente adaptados à realidade brasileira, trazendo uma maior

compreensão:

3.1 - Senso de utilização - seiri (整理);

Está relacionado com a melhor utilização dos recursos disponíveis.

Muitas pessoas definem esse senso também como SENSO DE SELEÇÃO.

Em sentido restrito, para possibilitar a ação imediata, significa:

“manter no ambiente considerado, somente os recursos necessários” 5

A idéia é manter a mão o que se usa sempre, guardado e no armário o

que se uma eventualmente.

5 Silva, João Martins – 5S O Ambiente da Qualidade na Prática, 1996, pág. 36.

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16

O que nunca se usa deve ter três destinos, baseando-se em apenas

uma pergunta: Tem serventia para alguém?

Caso positivo, encaminhe a quem possa aproveitar e em caso negativo

deve ser enviado para reciclagem ou lixo.

Interessante se puder tirar fotos antes de começar o processo de 5S e

compará-las com os resultados alcançados. Os resultados são surpreendentes.

3.2 - Senso de ordenação - seiton (整頓)

Também conhecido como senso de organização, está relacionado com

a disposição do layout, dos arquivos, inclusive os arquivos informatizados e a

comunicação visual.

Encontrar documentos de forma rápida e segura, conservá-los e,

quando for possível ou necessário, expurgá-los. O mesmo conceito vale para

arquivos em meio magnético. Esse senso busca a racionalidade nos espaços e vai

proporcionar um grande “limpeza” visual.

Sentido amplo adotado:

“Dispor os recursos de forma sistemática e estabelecer um excelente

sistema de comunicação visual para rápido acesso a eles.” 6

Existe uma ligação muito estreita entre os dois primeiros sensos, tanto

que no Japão se faz referência ao seiri/seiton como constituindo um conceito

unitário.7

3.3 - Senso de limpeza - seisou (清掃)

O significado desse senso não necessita muitas interpretações. Quer

dizer exatamente isso: manter limpo o local de trabalho, manter asseado.

Uma frase para identificar esse senso é;

“praticar a limpeza de maneira habitual e rotineira e, sobretudo, não

sujar”

6 Silva, João Martins – 5S O Ambiente da Qualidade na Prática, 199, pág. 42.

7 Ibid, pág.43.

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Funcionários de seção administrativa tendem a ter uma postura mais

acomodada em relação a esse senso, pois sempre há um funcionário da limpeza a

varrer o chão, recolher o lixo e até mesmo limpar computadores e periféricos.

A limpeza é uma prática que deve ser exercitada, portanto, não se

deve ficar somente na dependência dos funcionários responsáveis pela limpeza.

Quando sujar, limpe, mas de preferência, não suje.

3.4 - Senso de saúde - seiketsu (清潔)

A tradução literal também é limpeza, porém, a limpeza aqui tem um

sentido de asseio, manutenção das condições físicas. Outro significado adotado é

SENSO DE CONSERVAÇÃO.

Manter o ambiente de trabalho em boas condições para, dessa forma,

evitar o aparecimento de situações de risco à saúde dos funcionários.

Um paço importante para se praticar esses senso é justamente

praticando os três primeiros sensos, entretanto, os resultados desse senso não são

facilmente visíveis e levam muito mais tempo também.

Alguns passos que devem ser observados e estão relacionados com o

senso de saúde:

Observação dos fatores que eventualmente possam estar

desencadeando patologias ou qualquer outro tipo de problema;

Estímulo à participação de programas de saúde, tais como programa

de prevenção de diabetes, hipertensão, colesterol, programas de combate ao

tabagismo, sedentarismo e obesidade;

Observação da sobrecarga de trabalho atribuída a alguns funcionários;

Observação das limitações físicas e técnicas dos funcionários.

Esse último ponto merece um destaque, pois, existem casos de

funcionários desempenharem uma função melhor que outra.

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18

3.5 - Senso de autodisciplina - SHITSUKE.(躾)

Uma anedota para exemplificar:

Estavam na piscina de um hotel três hóspedes: um japonês, um

americano e um brasileiro.

O garçom chegou ao bar da piscina e pediu a outro hóspede que

observasse.

O garçom caminha até o americano e lhe diz algo ao pé do ouvido.

Imediatamente o americano se levanta e salta na piscina.

Em seguida faz a mesma coisa com o japonês, que, da mesma forma o

japonês saltou na piscina.

Depois o garçom se dirigiu ao brasileiro e novamente falou algo e o

brasileiro também pulou na piscina.

Espantado, o hóspede do bar indagou:

- O que você disse àqueles homens?

- Ao americano eu disse que era patriótico pular na piscina.

Ao japonês eu disse que era lei.

E ao brasileiro eu disse que era proibido.

Talvez o senso de autodisciplina seja o que melhor identifica a cultura

japonesa. E talvez por isso o 5S no Japão vem funcionando de forma muito

eficiente.

O brasileiro, como a anedota exemplifica, tem a fama de não respeitar

regras, de resolver tudo através do “jeitinho”. E isso realmente pode ser um entrave.

Disciplina não é a característica mais marcante do brasileiro, mas também está

longe de ser uma verdade absoluta.

Page 19: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

19

Antes da segunda guerra mundial os produtos japoneses não eram

competitivos e hoje são sinônimos de qualidade.

Com base em treinamento é possível conseguir atingir um auto nível de

padronização e qualidade.

A autodisciplina na verdade começa no berço, quando os pais ensinam

os filhos o respeito às regras, o respeito ao próximo e as noções de higiene e saúde.

Assim pode-se resumir o senso de autodisciplina, como o objetivo final

do 5S, pois todo o trabalho realizado até o momento é um trabalho que não tem fim

em si mesmo. E por ser um exercício permanente o senso de autodisciplina é o mais

importante.

Em sentido amplo o senso de autodisciplina pode ser expresso no 5S,

como:

“Ter todas as pessoas comprometidas com o cumprimento dos padrões

técnicos e éticos e com a melhoria contínua em nível pessoal e organizacional” 8

Detalhando um pouco mais, temos:

Quando os indivíduos praticam os outros 4S de modo que não há mais

necessidade de orientações constantes;

Quando os indivíduos praticam os outros 4S até mesmo em suas vidas

privadas, passando esse conhecimento à frente.

Abaixo está demonstrado o caminho a ser seguido no desenvolvimento

do gerenciamento da rotina na Diretoria de Contabilidade e Finanças - Seção DCF-

1.

4 – O CONTROLE DE PROCESSO

4.1 - Conceito de processo

Basicamente um processo pode ser definido como um conjunto de

causas (input) que sofrerão uma transformação, e resultarão num produto (output).

8 Silva, João Martins – 5S O Ambiente da Qualidade na Prática, 1996, pág56

Page 20: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

20

A palavra processo tem origem no termo latim processus. De acordo

com o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, o conceito refere-se à ação

de andar para frente (levar algo a cabo), ao decorrer do tempo, ao conjunto das

fases sucessivas de um fenômeno natural ou de uma operação artificial.

Existe também o processo como um trâmite jurídico ou administrativo,

visando atingir um determinado fim.

Dentro de um processo podem existir muitos outros processos.

Observando a figura acima, nota-se que cada processo deve possuir

entradas e saídas, diversas são as oportunidades de se medir a qualidade e a

eficiência de cada processo ao transformar os insumos em produtos ou serviços.

Segundo William Edwards Deming, “Não se gerencia o que não se mede; não se

mede o que não se define; não se define o que não se entende; não há sucesso no

que não se gerencia”

Um processo também pode ser definido como um conjunto de entradas

ou (insumos ou input), que resultarão em um produto final (saídas ou output), como

no diagrama abaixo:

Segundo Vicente Falconi Campos, processo é um conjunto de causas

que provoca um ou mais efeitos (Campos, 2004).

PROCESSO

Page 21: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

21

Uma empresa é um processo dentro desse processo podem existir

diversos outros processos, ou seja, existem diversas causas (inputs) que conduzirão

a um ou mais resultados (outputs).

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo é um processo que tem

uma série de causas que conduzem ao efeito principal: o resultado das auditorias.

As causas são equipamentos, mão-de-obra treinada, métodos. Mas, para garantir o

resultado final (atividade fim), é necessário um setor financeiro, um setor de

compras, etc. Cada um desses setores também é um processo e dentro desses

processos existem outros processos. Esse conceito é necessário para a

diferenciação de causa/efeito.

4.2 - Diferenciação de causa/efeito

É muito comum as pessoas confundirem causa e efeito. Essa confusão

por vezes leva a tomada de decisão errada, pois não está amparada num

conhecimento efetivo dos fatos.

Vejamos: numa determinada diretoria existem diversos relatórios que

devem ser entregues no prazo, porém, existem recorrentes atrasos na entrega de

alguns relatórios. Se perguntado ao responsável qual era seu problema a resposta

poderá ser “falta de pessoal”

“Falta de pessoal” não deve ser tratada como um problema, pois

nunca foi meta ou objetivo da diretoria ter um número determinado de funcionários.

Eventualmente, “falta de pessoal” poderá a causa ou uma das causas de um

problema, que, no caso acima seria “atraso na entrega de relatórios”.

Uma forma bem interessante de se diferenciar causa de efeito é

fazendo a seguinte pergunta: É objetivo da empresa (ou diretoria, seção)?

Então, o problema pode ser entendido com um resultado indesejável

num determinado processo. E para se resolver um problema deve-se tomar medidas

contra a causa (ou causas) fundamentais de um problema e não o seu efeito. Muitas

vezes vemos ações onde em vez de se atacar a causa de um problema, se ataca o

efeito.

Vejam os exemplos abaixo:

Page 22: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

22

Antigamente estavam acontecendo muitos roubos em caixas

eletrônicos no período noturno/madrugada. Para inibir o governo restringiu saques

após as 22 horas. Pergunta: Qual era o problema? Os roubos; Mas os caixas

eletrônicos funcionarem normalmente após as 22 horas realmente é uma causa?

Criar restrição ao uso não elimina o problema de fato, apenas o esconde.

Recentemente vimos entrar em vigor a lei 15429/2011, que proíbe o

uso de telefones celulares dentro das agências bancárias. Agora vamos analisar a

relação causa/efeito: Existiam até então muitos golpes e roubos, as chamadas

“saidinhas” sendo praticados com a ajuda de aparelhos de telefonia móvel. Agora a

causa do problema é realmente ou somente o uso de celular dentro das agências,

ou a falta de segurança dentro das agências? Nesse caso o governo não atacou a

causa principal do problema e mais uma vez temos um problema “maquiado”.

Estava marcada para o dia 15 de novembro de 2011 uma

manifestação contra a corrupção. Entre os pleitos sugeridos estava o seguinte:

“Fechar o Congresso Nacional, pois existem muitos deputados corruptos”. Ora, o

problema são os deputados corruptos ou o Congresso Nacional? Então, se acaba

com a democracia para se acabar com a corrupção. Precisamos eliminar os

deputados corruptos e não fechar o congresso.

Existe um dito popular que diz: “a vaca está com carrapato e para se

acabar com o carrapato, mata-se a vaca”

Compreender a distinção entre causa/efeito e saber que não se elimina

um resultado indesejável extinguindo o próprio resultado são de vital importância na

solução das anomalias.

Abaixo o diagrama de Ishikawa, que é uma das ferramentas da

qualidade e que é de grande ajuda na solução de problemas:

Page 23: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

23

Diagrama de Ishikawa para correlação do efeito e suas causas9

4.3 – O diagrama de Ishikawa

Kuoru Ishikawa criou esse método e o batizou de “Diagrama de

Ishikawa”, mas também é conhecido como “Espinha de Peixe” ou “Diagrama de

Causa/Efeito”.

Existe muita semelhança entre o Diagrama de Ishikawa e outro

diagrama muito conhecido, chamado de “Árvore de Problemas”, sendo que o

primeiro, de construção mais simples, é aplicável a basicamente todos os tipos de

problemas que se queira analisar, enquanto o diagrama “Árvore de Problemas”,

mais sofisticado, tem sua aplicação mais indicada quando tratamos de problemas

9 Campos, Vicente Falconi, TQC – Controle Total da Qualidade (no estilo japonês) , 2004, pág.020

Page 24: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

24

com maior abrangência e resultados que exigem ações mais elaboradas, com

resultados em prazos maiores.

No gráfico acima está um modelo. Nele observa-se que na ponta está

colocado o efeito, ou seja, um resultado indesejado de um determinado processo.

Esse resultado indesejado deve estar relacionado com uma meta da seção, da

empresa, ou com um item de controle ou um item que se deseja controlar.

O esqueleto do gráfico foi dividido em seis vértices e na ponta de cada

vértice estão colocados os fatores, chamados 6M. Basicamente as causas estarão

relacionadas a um ou alguns desses fatores, entretanto, eles podem ser alterados

conforme a realidade de cada problema.

Numa reunião com sua equipe, faça o gráfico em um quadro ou papel

flip chart, distribua post-it aos colaboradores e realizem um brainstorming. Não deve

existir restrição aos palpites apresentados. Após a realização do brainstorming, em

consenso com a equipe procurem analisar quais são as causas fundamentais do

problema proposto, selecionando aquele ou aqueles que se julgarem mais

significativos.

4.4 – Diagrama de Pareto

O Diagrama de Pareto é mais uma das ferramentas que pode ser

utilizadas no gerenciamento da rotina do dia-a-dia. Desenvolvida pelo gênio dos

métodos estatísticos Joseph Juran, é utilizado para estratificar informações.

A idéia básica do Diagrama de Pareto é que um pequeno número de

causas pode ser responsável por um grande número de problemas.

O procedimento é relativamente simples, pois existem causas

possíveis de estratificação, entretanto, outras não.

Para melhor entendimento vamos dar um exemplo na área industrial:

Uma determinada linha de produção identifica o seguinte efeito indesejável:

excesso de paradas para manutenção na linha A.

Page 25: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

25

O próximo passo será a estratificação dos dados relacionados com o

problema, quais sejam:

O número total de paradas para manutenção;

As causas separadas quantitativamente e qualitativamente.

Ao final dessa análise, poderemos ter um quadro semelhante ao

apresentado abaixo:

A apresentação gráfica do Diagrama de Pareto ficaria assim:

Observe que se as três primeiras causas representam 85% dos motivos de paradas,

assim, teremos resultados mais eficientes e imediatos se atacarmos prioritariamente

essas causas.

Número total de paradas no mês de fevereiro de 2011 55

Quebra de mancal 25

Aquecimento excessivo da bomba de óleo 14

Atraso na entrega de matéria prima 8

Quebra de pistão da máquina XXX 5

Queda na pressão de CO2 2

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Quebra de mancal

Aquecimento excessivo da

bomba de óleo

Atraso na entrega de

matéria prima

Quebra de pistão da

máquina XXX

Queda na pressão de CO2

Rótulos

FREQUÊNCIA

% ACUMULADO

Linear (% ACUMULADO)

Page 26: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

26

4.5 – Plano de Ação

O Plano de Ação, também conhecido como 5W1H (hoje em dia se usa

até 2H quando existem custos envolvidos na solução do problema). Consiste em um

mapa onde se deve concentrar o ataque a causa ou causas fundamentais do

problema. Nele devem constar:

O que será feito (What): Qual medida será tomada para que o

problema seja solucionado. Essa medida deve ser o fruto da discussão em cima do

Diagrama de Ishikawa;

O responsável (Who): para o desenvolvimento da tarefa deve existir

apenas um responsável. Nunca atribuir responsabilidade a uma equipe, seção etc.

Isso se deve ao fato de que o responsável deverá ser cobrado pela execução do

plano de ação.

O prazo (When): Quando será feito, ou melhor, até quando será feito.

Deve-se definir um prazo final para conclusão dos trabalhos;

Onde (Where): Em que local será conduzida a ação proposta.

Por que (Why): Explicação sucinta dos motivos que ensejaram a ação.

O efeito indesejado, a anomalia encontrada que deve ser tratada;

Contramedidas (How): Como a causa do problema será tratada;

Quanto irá custar esse plano (How Much): Caso existam custos

envolvidos (aquisição de equipamentos, outros materiais, etc) no desenvolvimento

dessa ação, eles devem ser relacionados.

Abaixo um modelo de plano de ação:

Page 27: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

27

5 - MÉTODO DE CONTROLE DE PROCESSO:

Método é uma palavra que provém do termo grego methodos

(“caminho” ou “via”) e que se refere ao meio utilizado para chegar a um fim. O seu

significado original aponta para o caminho que conduz a algures.

A palavra método pode referir-se a diversos conceitos. Por exemplo,

aos métodos de classificação científica. Esta é a disciplina por intermédio da qual os

biólogos agrupam e categorizam os organismos e os seus conjuntos.

Por sua vez, o método científico é o conjunto de passos seguidos por

uma ciência para alcançar conhecimentos válidos podendo ser verificados por

instrumentos fiáveis. O método científico é, por assim dizer, o conjunto de passos

que permite que o investigador descarte a sua própria subjetividade.

Entre os métodos científicos existe um que todos os funcionários de

uma empresa podem aprender. Esse método é utilizado em empresas que

introduziram o TQC. É o método do Ciclo do PDCA de controle.

5.1 – O ciclo do PDCA

CONTRAMEDIDAS RESPONSÁVEL PRAZO LOCAL JUSTIFICATIVA PROCEDIMENTO CUSTO

(WHAT) (WHO) (WHEN) (WHERE) (WHY) (HOW) (HOW MUCH)

* Observação no horário de

desligar as luzes

40 lâmpadas

fluorescentes

compactas (40 x R$

8,00)

320,00R$

PLANO DE AÇÃO - CONDOMÍNIO ASA SUL

Reduzir o consumo

de energia elétrica

em 20%

Consumo excessivo de

energia elétrica

encarecendo os custos

do condomínio

Severino 13/12/2011 Condomínio Asa Sul

* Instalar lâmpadas fluorescentes

compactas

* Desligar 2 dos quatro elevadores

entre 00:00 e 05:00

Page 28: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

28

No gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia é essencial

exercer o controle, pois, só se controla aquilo que se mede, como já

mencionado antes,

Uma das formas de exercer esse controle é através do ciclo do

PDCA

O ciclo de controle do PDCA é um controle exercido sobre os

processos e é composto de quatro fases a saber:

Planejamento – Plan – (P)

Esta fase consiste no estabelecimento das metas sobre os itens de

controle e o método para atingir as metas propostas. Nesta fase também se

estabelecem os procedimentos operacionais padrão, pois, não se pode esquecer

que o cumprimento da meta proposta está condicionado ao cumprimento dos

procedimentos operacionais-padrão.

Execução – Do – (D)

Fase destinada à execução das tarefas exatamente como

estabelecidas no planejamento. Está incluído nesta fase o treinamento baseado nos

procedimentos operacionais-padrão. Não se devem esquecer auditorias sobre o

treinamento realizado.

Verificação – Check – (C)

Fase onde se coleta os resultados decorrentes da execução e

compara-se com os resultados esperados.

Existem várias maneiras de se coletar os dados e controlá-los: Gráfico

sequencial, histogramas, gráfico de Pareto, tabelas, cartas de controle. Tudo

depende apenas do objeto a ser controlado (item de controle).

Atuação Corretiva - Action – (A)

Na fase final do ciclo, caso os resultados alcançados não sejam

satisfatórios, adotam-se medidas corretivas a fim de que o problema nunca mais

ocorra. Caso os resultados sejam satisfatórios, padroniza-se.

Page 29: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

29

A seguir estão duas formas de representação do ciclo do PDCA:

10

12

10

Campos, Vicente Falconi, TQC – Controle Total da Qualidade (no estilo japonês) , 2004, pág.034

Definir

as Metas

Definir os

métodos que

permitirão

atingir as metas

propostas

Educar,

Treinar

Executar a

tarefa

(coletar

dados)

Verificar os resultados

da tarefa executada

Atuar corretivamente

Page 30: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

30

11

11

Campos, Vicente Falconi, TQC – Controle Total da Qualidade (no estilo japonês), 2004, pág.046

Page 31: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

31

6 – O GERENCIAMENTO DA ROTINA DO DIA-A-DIA

Como colocado anteriormente, o gerenciamento da rotina do dia-a-dia

é aplicável em qualquer tipo de empresa, de qualquer tamanho. Para tanto,

devemos reduzir ao que Vicente Falconi Campos chama de “Unidade Gerencial

Básica”

A unidade gerencial básica é transformar em “microempresa” uma

seção ou departamento. No trabalho específico a DCF-1 é a Unidade Gerencial

Básica e o chefe de seção é o Presidente.

Para início do processo de gerenciamento da rotina do dia-a-dia

existem algumas etapas que devem ser seguidas, quais sejam:

A - Diagnóstico da situação atual: Uma análise prévia para saberem

que ponto está a rotina atual. Quem são os colaboradores; o que fazem; quais os

processos envolvidos; quais as limitações, existência ou não de procedimentos

operacionais padrão, existência ou não de manuais operacionais; existência ou não

de itens de controle.

B – Treinamento inicial no 5S: potencializa o gerenciamento da rotina

do dia-a-dia, pois cria um espírito participativo de colaboração e organização na

equipe;

C - Elaboração do macrofluxograma: Nessa etapa deve-se

desenvolver juntamente com a equipe o macrofluxograma. Nele devem constar:

Seus fornecedores externos e internos;

Os insumos: são os inputs, ou seja, as entradas. Tudo o que será

trabalhado, processado, transformado pela seção;

O seu negócio: o que faz, missão (da seção), visão (da seção),

pessoas (quem é sua equipe) e equipamentos disponíveis;

O produto: o resultado do trabalho da seção deve gerar um ou mais

produtos. Esses produtos devem estar todos relacionados;

Page 32: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

32

Clientes: os produtos prontos devem possuir clientes, ou seja, alguém

interessado no resultado de seu trabalho. Os produtos devem estar relacionados aos

clientes. Se a Unidade Gerencial Básica produz um produto que não tenha cliente, é

trabalho perdido, sem significado e que por consequência, pode ser eliminado. Não

existe produto que não tenha cliente.

D - Fluxogramas dos processos existentes: Para melhor

compreensão dos processos, os fluxogramas também auxiliam quando se busca

simplificar e/ou eliminar etapas desnecessárias. Devem ser montados de forma

participativa;

E - Determinação dos itens de controle, suas metas e o período de

verificação;

F - Definição dos métodos para se atingir as metas estabelecidas nos

itens de controle.

Abaixo, para melhor compreensão das etapas a serem cumpridas está

o fluxo para implantação do gerenciamento da rotina do dia-a-dia:

Page 33: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

33

12

12

Campos, Vicente Falconi, Gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia, 2004,pag.041

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Page 34: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

34

6.1 – Diagnóstico da situação atual

No segundo semestre de 2010, sob coordenação da FUNDAP, iniciam-

se os trabalhos de elaboração do Planejamento Estratégico do Tribunal de Contas

do Estado de São Paulo – 2011-2015.

Ao final dos trabalhos de elaboração do Planejamento Estratégico do

Tribunal de Contas do Estado de São Paulo – 2011-2015, com a homologação pela

Egrégia Presidência do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, uma das metas

estabelecidas no Mapa Estratégico, a M-01 era “Redesenhar e padronizar os

procedimentos administrativos”.

Em reuniões com a equipe iniciou-se o processo de diagnóstico da

situação atual, procurando, dessa forma, um melhor entendimento dos passos a

serem seguidos em direção ao gerenciamento da rotina do dia-a-dia, As conclusões

foram:

Os trabalhos eram realizados corretamente, nunca houve problemas

de grande relevância; porém, muitos dos trabalhos são realizados de forma

empírica; e cada um a sua maneira. Isso estava gerando dificuldade e demora na

conferência dos trabalhos por parte da chefia;

Nos últimos anos em especial houve um incremento muito grande de

novas atividades, mas não existe uma relação das atividades desenvolvidas na

seção. Grande risco de “esquecimento” de alguma tarefa, visto que algumas delas

são diárias, porém, existem até as tarefas realizadas anualmente;

Alguns membros da equipe realizam apenas um tipo de atividade,

outros realizam várias atividades relacionadas à Seção. Existe nesse ponto uma

sobrecarga de trabalho para alguns, sendo que outros estavam subutilizados;

São produzidas diversas informações e algumas dessas informações

são produzidas há muito tempo e ninguém sabe se ainda são úteis e ou necessárias

aos clientes ou ainda se o formato apresentado atualmente deve ser alterado,

automatizado ou modificado de alguma forma. Desperdício de tempo e trabalho.

Lembre-se: trabalho que não agrega valor agrega somente custo;

Page 35: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

35

Total desconhecimento por parte da equipe sobre qual seria o

processo crítico da seção. Entendimento de processo crítico como aquele tido como

o mais importante, que pode ocorrer problemas em cascata e caso ocorra alguma

falha produzirá prejuízo;

Não existe nenhum item de controle. Está diretamente relacionado com

o item acima. A identificação do processo crítico leva ao item ou itens de controle;

Não existe nenhum padrão operacional. Cada membro da equipe

realiza o trabalho a sua maneira. Alta probabilidade de erros e também dificuldade

na conferência e treinamento;

Não existe um cronograma de treinamento. Está diretamente

relacionado com os itens I e III;

Numa seção com oito pessoas nos últimos cinco anos quatro colegas

pediram exoneração em virtude de serem aprovados em outros concursos,

revelando um turn-over relativamente elevado: É uma questão fora da gerência da

seção, pois as causas do turn-over estão relacionadas com questões salariais e,

principalmente, carreira.

Não existem problemas relacionados ao absenteísmo;

A Seção trabalha de forma harmoniosa, sem problemas de

relacionamento entre os membros da equipe;

Nessa análise feita de maneira extremamente crítica, a intenção é que

a Chefia tenha absoluto controle sobre a seção, pois muitas vezes se tem a

impressão que, como não têm ocorrido problemas relevantes, então nada precisa

ser feito. Na verdade existe muito a ser realizado, pois se não se tem o controle o

que de fato está se gerenciando?

6.2 – Definições com a equipe sobre o trabalho e a metodologia

Reunião do Grupo de Cumbuca. Discussão preliminar:

Page 36: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

36

Explicação sobre o contexto do trabalho a ser desenvolvido, conteúdo,

e as mudanças desejáveis, e condução essas mudanças.

O TQC trabalha normalmente a motivação, inclusive em forma de

premiação. Como motivar os servidores sem promessa de premiação por meta

alcançada?

Um TQC perfeito é Top-Down, ou seja, começa na alta direção. Como

realizar esse trabalho restrito a uma Seção?

O gerenciamento do trabalho da rotina do dia-a-dia está contido no

TQC, porém, não é o próprio TQC, que é mais abrangente e pode perfeitamente ser

realizado em um único ambiente de trabalho

Para lidar com essas questões existem alguns argumentos que fazem

a diferença:

A melhoria na organização do trabalho, treinamento e padronização

trariam benefícios a todos, facilitando a rotina e reduzindo o tempo na execução dos

trabalhos e também reduzindo o número de retrabalhos e a sobrecarga.

No caso de ausência de funcionários, por qualquer motivo, sempre

haverá alguém apto a substituí-lo;

Possibilidade de utilizar no futuro, como forma de avaliação, todo o

processo desenvolvido na rotina do trabalho do dia-a-dia, quando o Tribunal de

Contas do Estado de São Paulo iniciar de fato a avaliação de desempenho prevista

na Lei 1026/2007, que instituiu o plano de cargos e salários.

6.2.1 - Método:

Reuniões de “Grupo de Cumbuca” 13.

Essas reuniões têm como base o comprometimento de todos com as

reuniões e os resultados, e o método consiste em:

Realização de reuniões semanais (aproximadamente duas horas) em

dias horários pré-definidos. Vicente Falconi Campos define que um grupo de

13

Campos, Vicente Falconi, Gerenciamento da Rotina do trabalho do dia-a-dia, 2004, pág.011

Page 37: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

37

Cumbuca tenha no máximo seis participantes, entretanto, tendo em vista que a

equipe toda se resume a oito participantes, excluir dois poderia ser mais prejudicial

que benéfico. Assim, todos os membros da equipe estavam no “Grupo de

Cumbuca”.

Todos devem ler com antecedência o capítulo do livro a ser discutido

na reunião;

No dia e horário marcado, coloca-se o nome de todos os integrantes

em uma cumbuca e então, sorteia-se um nome.

O nome sorteado deverá comentar o capítulo;

Ao final de cada capítulo existem questões para discussão do “Grupo

de Cumbuca”. Essas questões devem ser discutidas por todos os integrantes do

grupo e as conclusões relevantes devem ser anotadas;

Caso o sorteado não tenha lido o capítulo para discussão, a reunião

deve ser cancelada e uma nova reunião deve ser marcada. Não se pode abrir

exceção, pois se rompe o comprometimento;

O nome sorteado deve voltar para a cumbuca, ou seja, na próxima

reunião a mesma pessoa poderá ser sorteada novamente.

Concomitantemente com as “reuniões de grupo de cumbuca”, serão

realizados diversos outros trabalhos, tais como a implantação e treinamento no 5S e

na relação causa/efeito.

7 – GIRANDO O PDCA

Iniciamos o giro do PDCA e na fase do planejamento (P) várias etapas

serão cumpridas.

7.1 – Entendendo seu trabalho

O perfeito entendimento por parte da equipe do que é sua empresa,

qual o seu negócio, qual seu produto, quem são os clientes e fornecedores é

essencial, como também entender o papel de cada um dentro da empresa.

Page 38: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

38

O Tribunal de Contas um Órgão da Administração Direta do Estado de

São Paulo e suas atribuições definidas na Constituição Federal e Estadual, mas será

que só isso basta?

A manutenção de um serviço público só se justifica quando a sua

utilidade e/ou essencialidade é reconhecida pela sociedade. A sociedade é o cliente

final do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. O mais difícil de mensurar

talvez seja o produto produzido pelo Tribunal de Contas. Não se consegue chegar

ao final de um exercício e apontar quanto de recursos públicos foi “protegido” de

desvios e outras irregularidades, quanto se evitou corrupção e/ou mau uso do

dinheiro público.

Sobre uma ótica macro, as funções de Chefe de Seção, Agentes da

Fiscalização e Auxiliares da Fiscalização Financeira são funções operacionais. Cabe

aos que ocupam a função operacional executar as tarefas necessárias ao bom

andamento dos serviços. Não importa o cargo ocupado pelo servidor, pois função e

cargo se distinguem.

Diretores ocupam as posições gerenciais, sendo responsáveis pelo

treinamento dos Chefes de Seção e ao cumprimento das metas estabelecidas pela

Administração.

À Presidência do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, cabe a

função de direção. A direção deve estabelecer as metas conforme o Plano

Estratégico.

Numa visão micro o chefe de Seção passa a ocupar a posição

gerencial, enquanto os Agentes de Fiscalização e Auxiliares da Fiscalização

Financeira continuam a ocupar as funções operacionais.

A seguir a tabela extraída do livro14, demonstra como o trabalho é

exercido em cada função:

14

Campos, Vicente Falconi, Gerenciamento da Rotina do trabalho do dia-a-dia. Nova Lima: INDG, 2004, pág.027

Page 39: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

39

O entendimento do quadro acima nos leva a algumas conclusões:

Quanto mais elevado o nível hierárquico, mais conhecimento é

demandado;

NORMAL OCORRÊNCIAS DE ANOMALIAS

* Estabelece METAS para corrigir a "situação Atual".

* Compreende o "Relatório da Situação Atual"

* Atinge METAS (PDCA).

* Faz semestralmente o "Relatório da Situação Atual"

para a Chefia.

* Treina função supervisão.

* Elimina as anomalias crônicas, atuando nas causas

fundamentais (PDCA)

* Revê periodicamente as anomalias, detectando as

anomalias crônicas (Análise de Pareto).

* Verifica se a função operação está

cumprindo os procedimentos

operacionais padrão.

* Verifica diariamente as anomalias no local da

ocorrência, atuando completamente à função supervisão.

* Treina a função operação.* Registra as anomalias e relata para a função gerencial.

* Conduz análise das Anomalias, atacando as causas

imediatas (p. ex: o padrão foi cumprido?).

OPERAÇÃO

* Cumpre os procedimentos

Opreacionais Padrão.

* Relata as anomalias.

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SITUAÇÃO FUNÇÕES

* Estabelece METAS que garantem a

sobrevivência da empresa a partir do

plano estratégico

DIREÇÃO

GERENCIAMENTO

Page 40: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

40

A função gerenciamento não deve e não pode utilizar seu tempo em

funções operacionais, pois quando isso acontece, está deixando de controlar,

planejar, corrigir e treinar.

Todas as ocorrências relatadas na coluna da esquerda estabelecem

um processo dentro da normalidade, com padrões, metas e treinamento sendo

executados. O que ocorre nessa coluna agrega valor.

Todas as ocorrências relacionadas na coluna da direita não agregam

valor, pois são anomalias. Anomalias só geram custos, portanto precisam ser

tratadas (CAMPOS, Vicente Falconi, 2004, p.26).

Realizada a análise preliminar do negócio deve-se desenvolver

juntamente com a equipe o mapa completo do negócio, ou seja, o macrofluxograma.

Seus fornecedores externos e internos;

Os insumos: são os inputs, ou seja, as entradas. Tudo o que será

trabalhado, processado, transformado pela seção;

O seu negócio: o que faz, missão (da seção), visão (da seção),

pessoas (quem é sua equipe) e equipamentos disponíveis. Por muitas vezes pode

ocorrer que nem a empresa e, por conseqüência, nem a seção possuam missão e

ou visão. Ocorrendo o fato desenvolva a missão e visão da seção. A orientação é

que a “missão” deve ser a razão de existir da empresa ou seção. “Visão” dever ser a

visão de futuro, o que a empresa ou seção deseja ser.

O produto: o resultado do trabalho da seção deve gerar um ou mais

produtos. Esses produtos devem estar todos relacionados;

Clientes: os produtos prontos devem possuir clientes, ou seja, alguém

interessado no resultado de seu trabalho. Os produtos devem estar relacionados aos

clientes. Se a Unidade Gerencial Básica produz um produto que não tenha cliente, é

trabalho perdido, sem significado e que por consequência, pode ser eliminado. Não

existe produto que não tenha cliente.

Page 41: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

41

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8

Page 42: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

42

Definido o negócio é o momento de detalharmos as atividades

desenvolvidas na seção. Dessa forma haverá uma visão de etapas que podem ser

simplificadas, ou até mesmo suprimidas.

7.2 – Fluxogramas das atividades desenvolvidas

Para execução dessa etapa do trabalho, e equipe decidiu dividir a rotina em

três:

Rotina Operacional: é a rotina básica da seção onde se concentram a

maioria dos trabalhos realizados. O entendimento da equipe é que essa rotina deve

ser compreendida por todos os membros da equipe. Também ficou definido que

essa rotina seria o objeto principal dessa fase do gerenciamento do trabalho do dia-

a-dia.

Rotina Técnica: envolvem atividades que demandam um conhecimento

mais apurado de certos programas, tais como planilhas eletrônicas, banco de dados,

mala direta, editores de texto. Nem todos os membros da equipe possuem esse

conhecimento.

Rotina Gerencial: Além dos conhecimentos mencionados nas duas rotinas

anteriores, demandará um conhecimento mais profundo de contabilidade, orçamento

e finanças. Essa rotina deve ser realizada apenas por duas pessoas, além do Chefe

de Seção.

Page 43: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

43

PESSOAL

INDEPENDENTES

SIAFEM

ADIANTAMENTOS

EMPENHO UTILIDADE PUBLICA

CONTRATOS

SIAFÍSICO

ESPORÁDICOS

PESSOAL

INDEPENDENTES

SIAFEM

ADIANTAMENTOS

LIQUIDAÇÃO UTILIDADE PUBLICA

CONTRATOS

SIAFÍSICO

ESPORÁDICOS

PESSOAL

INDEPENDENTES

SIAFEM

ADIANTAMENTOS

PAGAMENTO UTILIDADE PUBLICA

CONTRATOS

SIAFÍSICO

ESPORÁDICOS

CONTRATOS

RESERVA DE SIAFEM

RECURSOS ESPORÁDICOS

ROTINA OPERACIONAL

Page 44: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

44

Fluxograma da reserva de recursos

INÍCIO

Recepciona o

processo

As

informações

estão corretas

Confere

informações:

Credor, itens de

siafísico, valores.

O processo já

está

cadastrado

S

N

S

N

Emitir a Nota

de Reserva

Imprimir

Juntar uma via

ao processo e

outra na

contra capa

Encaminhar o

TCA a Chefia

FIM

Devolver ao

Gabinete

Cadastrar no

Siafem

Page 45: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

45

Fluxograma de nota de empenho

Recepciona o

TCA

Confere as

informações

A despesa

está

autorizada

Devolve ao

gabinete

Emissão no

Siafísico

Procede

emissão no

sistema

Siafem

Procede

emissão do

CT

Exige NL

contrato

Procede

emissão de

NL contrato

Encaminha

para

conferência

(Chefia)

INÍCIO

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S

N

S

N

S

NConferência

OK

Corrija

conforme

indicado

A

Page 46: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

46

Confirma

emissão da

nota de

empen ho

Imprime

Junta uma via

no TCA outra

na pasta

(Ivone)

Faz informação

de

encaminhamento

Colhe

assinaturas e

encaminha ao

destino

FIM

A

Page 47: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

47

Liquidação e pagamento

Normalmente a emissão da programação de desembolso é feita na

sequência da liquidação. Portanto, o fluxograma das duas atividades será feitos de

forma integrada:

INÍCIO

Recepciona o

TCA

Confere as

informações

Está

atestado

Devolva ao

gabinete

Procede a

liquidação

Retenção

de I.R.

Emissão de

NL de

retenção de IR

Retenção

de INSS

Emissão de

NL de

retenção de

INSS

Retenção

de ISS

Emissão de

NL de

retenção de

ISS

Emissão da

programação

de desenbolso

(PD)

Encaminhar a

Chefia

FIM

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Page 48: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

48

7.3 – Determinação dos itens de controle

Fase do planejamento do PDCA. A definição dos itens de controle

obedece à seguinte lógica: se você possuir metas definidas pela gerência então

essas metas obrigatoriamente serão seus itens de controle prioritários. Caso não

possua metas estabelecidas, está livre para definição de seus itens de controle.

Porém caso a Seção, além de não possuir metas estabelecidas também não possuir

padrões operacionais, comece pela criação dos padrões. Isso será imprescindível no

acompanhamento do PDCA, pois, como já foi mencionado (pág.18 - quadro tipo de

trabalho exercido em cada função), na há como corrigir anomalias sem um padrão

operacional.

Abaixo, brainstorming realizado com a equipe, resultando no Diagrama

de Ishikawa:

Inexistência de

procedimento

operacional

padrão

Falta de

manuais

Indefinição

quanto a

responsabilidade

Inexistência de

exigência legal

Falta de

treinamento

MÉTODO

MÃO-DE-OBRA

LEGISLAÇÃO

DIAGRAMA DE ISHIKAWA

EFEITO

CAUSA

Page 49: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

49

Nesse primeiro Diagrama de Ishikawa desenvolvido com a equipe,

nota-se que houve uma adaptação em relação ao modelo apresentado (pág.34).

Isso acontece com freqüência, dependendo do ramo de atividade da empresa.

Feito o Diagrama, restava definir qual era a causa prioritária ou causas

prioritárias. Uma forma interessante de proceder é distribuindo post-it aos membros

da equipe e pedindo para pontuar em cinco pontos o que considerar de alta

prioridade, três pontos média prioridade e um ponto o que entender de baixa

prioridade. Outra forma é por consenso. No caso acima, a definição foi por consenso

e ficou definido que falta de manuais e falta de treinamento eram as prioridades.

7.4 – Plano de ação

Com a definição das causas prioritárias há a necessidade de

formulação dos planos de ação, visando à solução das anomalias detectadas. Para

formulação dos referidos Planos de Ação não se deve esquecer também a

necessidade de indicar um responsável pela execução. Somente uma pessoa deve

ser responsável pela ação, pois é essa pessoa que no prazo estabelecido deverá

apresentar os resultados.

As ações decorrentes dos planos delineados abaixo ocorrem de forma

simultânea, entretanto, para melhor compreensão deste trabalho os planos de ação

serão apresentados separadamente. Assim, seguindo a lógica do PDCA estamos

fechando a fase do planejamento com a apresentação dos primeiros planos de ação

e iniciando a fase da execução (Do). Ocorre que, conforme explicado no capítulo 4,

dentro de um processo podem existir inúmeros outros processo e como o PDCA é

um controle de processo, surgirão novos planos de ação em virtude da identificação

de outros efeitos indesejáveis (não conformidades).

Page 50: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

50

CONTRAMEDIDAS RESPONSÁVEL PRAZO LOCAL JUSTIFICATIVA PROCEDIMENTO

(WHAT) (WHO) (WHEN) (WHERE) (WHY) (HOW)

Treinamento da

equipe no

Gerenciamento da

Rotina do Dia a Dia

- A equipe deve conhe-

cer as ferramentas de

solução de problemas;

- Criar um clima de

comprometimento.

- Conduzir reuniões semanais de

Grupo de Cumbuca;

-Promover reuniões relâmpago e

treinamento em 5S e na função

operacional

PLANO DE AÇÃO - DCF1 P1

Flávio Semeone. 13/12/2011 DCF-1

CONTRAMEDIDAS RESPONSÁVEL PRAZO LOCAL JUSTIFICATIVA PROCEDIMENTO

(WHAT) (WHO) (WHEN) (WHERE) (WHY) (HOW)

- Padronizar a rotina - Iniciar diálogo com os operadores,

Criar os manuais da

operacional, visando a visando a uniformização de informa-

rotina operacional

redução de retrabalhos. ções, gerando manuais únicos que

- Facilitar o treinamento atendam a expectativa de todos os

na função operacional operadores.

PLANO DE AÇÃO - DCF1 P2

Alberto T. Saito 31/12/2011 DCF-1

CONTRAMEDIDAS RESPONSÁVEL PRAZO LOCAL JUSTIFICATIVA PROCEDIMENTO

(WHAT) (WHO) (WHEN) (WHERE) (WHY) (HOW)

-Treinamento no modelo "fazer junto"

Treinamento de -Promover reuniões relâmpago;

75% equipe na roti- Promover reuniões de "Grupo de

na operacional Cumbuca"

PLANO DE AÇÃO - DCF1 P3

Flávio Semeone. 13/12/2011 DCF-1

- A equipe deve saber

executar o procedimen-

to operacional padrão,

conforme os manuais de

operação.

Page 51: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

51

7.5 – Desenvolvimento das ações (Do)

7.5.1 – Plano DCF-1 P1

O desenvolvimento dessa ação foi atribuído ao Chefe de Seção, pois

cabe a ele conhecer e definir as potencialidades, treinar no gerenciamento da rotina

do dia-a-dia e nos conceitos de 5S.

7.5.1.1 – Treinamento no 5S

Antes de começarmos o treinamento propriamente dito, foi necessária

a preparação do ambiente para o 5S. Isso aconteceu através de provocações aos

membros da equipe.

Frases como “nossa, essa sala precisa de um 5S urgente”;

Mostrando onde não está bom;

Tirando fotos e depois mostrando aos membros da equipe o quanto

está desorganizado;

Pedindo para alguém achar um determinado documento que deveria

estar arquivado (no computador ou em pasta);

Perguntando se alguém já havia ouvido falar em 5S.

Após um período de instigação foi distribuído material de leitura e,

conforme técnica descrita no capítulo 6.2.1, foi marcada a primeira reunião de

“Grupo de Cumbuca” para discutir o ambiente 5S.

Conforme explicado no capítulo 3, e seguindo a lógica do 5S a

discussão começa pelo 1º S, que é “seleção” (seiri) e a cada reunião houve um

incremento de um S.

Observa-se que as reuniões foram transcorridas concomitantemente

com as diversas outras ações que estavam sendo desenvolvidas na seção. Os

Page 52: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

52

resultados estavam aparecendo de forma bem clara: mesas organizadas, pastas

identificadas e muitos objetos disponibilizados por falta de utilidade.

Tomar a iniciativa é um passo fundamental. Comece pela mesa de

quem está liderando as mudanças, no caso da DCF-1, a mesa do chefe. Selecione

objetos, organize. O “fazer junto” é muito importante, pois mostra a toda equipe que

ninguém está acima e que todos fazem parte da transformação. Limpe a mesa, varra

o chão, descarte o que não se usa mais.

A cobrança deve ser constante, pois, como 4º S – conservação ou

saúde e o 5º S – autodisciplina são baseados nos 3 S anteriores, o treinamento do é

a persistência.

Em aplicações maiores, como em uma empresa inteira, pode ser

implementado um sistema de auditoria de 5S, a técnica usada é a seguinte:

Divide-se a empresa em setores a que chamaremos de “Estados”: no caso do

Tribunal de Contas os “Estados” poderiam ser os Departamentos, por

exemplo. “Escolhe-se então um “Governador”, que poderia ser o Diretor de

Departamento”

Em seguida, dividem-se os “Estados em “Prefeituras”: Continuando com o

exemplo acima, as “Prefeituras” poderiam ser as Diretorias e os “Prefeitos” os

respectivos Diretores.

Com a implantação do 5S e o devido treinamento, inicia-se uma espécie de

competição, onde uma prefeitura faz auditoria de 5S em outra prefeitura, com

data e horários marcados. Nada de auditoria surpresa. É aconselhável a

criação de um relatório de auditoria padrão aprovado por todos os “prefeitos”

A equipe auditora deve ser composta de dois membros, devendo haver um

rodízio desses membros.

A participação da alta direção é fundamental para o sucesso do programa. De

forma alguma a equipe auditora pode sentir-se constrangida em auditar uma

prefeitura a que esteja subordinada.

Page 53: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

53

Mensalmente deve ser divulgado em local de fácil visualização o ranking das

prefeituras.

Pode ser estabelecido um prêmio ao final do ano para a prefeitura que atingiu

os melhores resultados.

Abaixo estão as fotos do “antes” do 5S

Page 54: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

54

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55

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58

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59

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64

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65

7.5.2 – Plano DCF1 – P2

O desenvolvimento dos manuais operacionais ficou sob

responsabilidade de Alberto Saito, É importante ressaltar que alguns manuais já

haviam sido desenvolvidos.

A idéia era produzir manuais altamente didáticos de tal forma que, com

poucas horas de treinamento, mesmo um operador iniciando na função, conseguiria

desenvolver o trabalho de forma satisfatória. Para tanto, o procedimento adotado foi

o de ir criando os manuais conforme as atividades eram executadas e em seguida

entregar o uma versão do manual aos demais operadores para aperfeiçoamento.

Esse procedimento deve ser feito quantas vezes forem necessárias, até que se

consiga produzir uma versão consensual final.

Conforme os manuais eram criados também eram incluídos numa

pasta no servidor de rede do Tribunal de Constas para que todos da Diretoria

tivessem acesso. Os manuais eram numerados e depois separados por assunto ou

tipo de tarefa, ficando distribuídos assim:

Page 66: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

66

Page 67: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

67

Page 68: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

68

Abaixo está um modelo de manual desenvolvido:

Page 69: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

69

MANUAL M01 – EMPENHO SIAFÍSICO

1. Cadastramento de CT (Contrato)

Clicar na opção “Clear”

Page 70: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

70

Digitar a opção CG09

Digitar o número do CPF e a senha correspondente

Page 71: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

71

Digitar o sistema que deseja acessar (no caso, o SIAFISICO9).

Dar enter

Page 72: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

72

Dar enter novamente.

Selecionar a opção “CONTAB”

Page 73: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

73

Selecionar a opção “Contrato”

Selecionar a opção “INCCONTNE – Inclui CT de Empenho Original”

Page 74: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

74

Preencher os campos conforme modelo abaixo:

Unidade Gestora

Campo numérico com 6 posições – Unidade Orçamentária ou Administrativa que gerencia os

recursos orçamentários. Formato:

99 – Os dois dígitos iniciais indicam o órgão/ministério;

9 - O terceiro indentifica o tipo da UG;

999- Os três últimos formam a numeração seqüencial atribuída às UGs (Unidades Gestoras);

Gestão: 00001 – Unidade Sede

Exercício - 2009-08-17

CNPJ/CPF - Fornecedor

Page 75: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

75

Preencher as telas seguintes de acordo com os dados contantes nas pastas de Protocolo TCA

Fig 1 - Exemplo de Contrato para Serviços

PTRES –

Programa

de

Trabalho

Resumido

Page 76: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

76

Fig. 2 – Exemplo de Contrato p/ “Materiais”

PTRES – Programa de trabalho

Campo numérico de 17 posições.

Estrutura que permite a elaboração e execução orçamentária bem como o controle e

acompanhamento dos planos definidos pela instituição a serem exercidos em um determinado

período. Possui a seguinte composição:

Função

Programa

Subprograma

Projeto/Atividade

Subprojeto/subatividade

Obs. Não é necessário digitar zeros à esquerda

Tecle <Enter> para continuar

PTRES UO Programa trabalho Nome

020101 02001 01032020013610000 Reforma e conservação sedes do Trib.

Contas

020102 02001 01032020019260000 Modernização do sistema de Controle

externo

020103 02001 01032020048210000 Controle e fiscalização financeira e

orçamentária

020104 02001 01272010153730000 Pagamento e aposentadorias

Page 77: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

77

O sistema gerou o n. de contrato (2009CT00426) que deverá ser colado na pasta de empenho

Page 78: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

78

INCLUSÃO DESCRIÇÃO DE CONTRATO

Page 79: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

79

Incluir os dados referentes aos seguintes campos (seguir tela abaixo):

Item de Material

Unidade Forn.

Quantidade

Preço Unitário (digitar separadamente o inteiro e a casa decimal, se houver)

Inclusão da descrição quando for para apenas 1 ítem.

Page 80: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

80

Inclusão da descrição para mais de um item

Digitar o 1º. Item (conforme abaixo) e dar enter para aparecer o 2º. Item.

Page 81: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

81

Digitar o 2º. Item e confirmar.

Digitar o 3º. Item e confirmar

Page 82: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

82

Caso haja mais saldo a empenhar, deverão ser digitados quantos itens estiverem definidos para

serem adquiridos.

No caso abaixo, como não havia mais itens (o saldo a ser empenhado foi zerado), o sistema

automaticamente gerou o n. do CT (Contrato) - 2009CT 00427

Após o término da elaboração do CT anotar o n.do CT (apontado na tela acima) e encaminhar ao

chefe para verificação.

Page 83: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

83

O primeiro passo é estabelecer um mapa com as potencialidades da

equipe definindo, conforme a divisão das rotinas, quem será responsável por qual

processo.

Assim, a equipe está formada por nove membros:

Alberto - Agente da Fiscalização Financeira;

Andréa - Agente da Fiscalização Financeira;

Cláudio - Agente da Fiscalização Financeira;

Cleide - Agente da Fiscalização Financeira;

Flávio – Chefe de Seção;

Gisleine - Agente da Fiscalização Financeira;

José Ricardo – Agente da Fiscalização Financeira;

Lara - Auxiliar da Fiscalização Financeira;

Talita - Auxiliar da Fiscalização Financeira;

A divisão das tarefas foi feita levando-se em consideração dois

critérios:

O nível de conhecimento técnico: conhecimentos contábeis,

orçamentários, financeiros, editores de texto, planilhas eletrônicas,

banco de dados;

O nível de comprometimento e confiabilidade: quanto cada membro

da equipe estava disposto a aprender e se desenvolver. É um

critério muito subjetivo em a decisão é tomada com base no feeling

do Chefe de Seção.

Page 84: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

84

Assim, foi desenvolvido o quadro abaixo, lembrando sempre que no

gerenciamento do trabalho da rotina do dia-a-dia não existe nenhum modelo rígido,

inflexível, podendo sofrer alterações a qualquer momento

9.1.3 – Treinamento na rotina operacional

O Treinamento na rotina operacional, como dito anteriormente, ocorreu

concomitantemente ao desenvolvimento de outras ações, como, a criação dos

manuais operacionais e treinamento no ambiente 5S. Nessa fase procuramos

intensificar o estímulo às idéias que pudessem melhorar a rotina, simplificando

etapas, desenvolvendo ferramentas que “agilizassem” os e ou reduzissem erros nos

processos.

O resultado foi o desenvolvimento pelos membros da equipe de

diversas ferramentas que proporcionaram ganhos significativos de tempo. Essas

ferramentas estarão disponíveis no capítulo destinado aos anexos.

ROTINA OPERACIONAL ROTINA TÉCNICA ROTINA ESPECIALIZADA

EMISSÃO DE NOTA DE RESERVA CONTROLE DE CONTRATOS PLANO PLURIANUAL

EMISSÃO DE NOTA DE EMPENHO CONTROLE DE ISS LDO

EMISSÃO DE NOTA DE LIQUIDAÇÃO CONTROLE DE INSS ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO

PROGRAMAÇÃO DE DESENBOLSO CONTROLE DO ALMOXARIFADO CONTROLE DAS DESPESAS COM PESSOAL

CONTROLE DE UTILIDADE PÚBLICA PREVISÃO E CONTROLE ORÇAMENTÁRIO

DEMONSTRATIVO DE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA STAFF DO DIRETOR

ORDEM CRONOLÓGICA DE PAGAMENTO FOLHA DE PAGAMENTO

GEFIP AJUSTES CONTÁBEIS

CONTROLE DE PESSOAL REQUISITADO

CONTROLE DE OBRAS

CONTROLE TELEFÔNICO

SIMPA

SAI

RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL

ALBERTO ALBERTO ALBERTO

ANDRÉA CLÁUDIO CLÁUDIO

CLÁUDIO CLEIDE CLEIDE

CLEIDE FLÁVIO FLÁVIO

FLÁVIO GISLEINE

GISLEINE JOSÉ RICARDO

JOSÉ RICARDO LARA

LARA TALITA

TALITA

O

Q

U

E

Q

U

E

M

DIVISÃO DOS PROCESSOS ENVOLVIDOS NA DCF-1

Page 85: O gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia aplicada na

85

Alguns manuais já estavam em desenvolvimento quando iniciamos o

trabalho de gerenciamento da rotina do dia-a-dia, portanto, enquanto os demais

manuais eram criados, o treinamento teve início.

7.5.3 – Desenvolvimento dos novos fluxogramas

Em reunião com a equipe, iniciamos as discussões para o

aperfeiçoamento dos fluxogramas, utilizando-se da técnica de “brainstorming”. A

idéia era: o que podemos fazer para simplificar os trabalhos?

Como resultado, obtivemos o seguinte Diagrama de Ishikawa:

Excesso de

retrabalhos

Falta de padrão na

descrição dos

lançamentos

Informações

com erro na

origem

Falta de treinamento

MÉTODO

DIAGRAMA DE ISHIKAWA

EFEITO

CAUSA

Desatenção do operador

Falta de ferramentas que

auxiliem nos cáuculos

MATÉRIA

PRIMA

Ajustes alheios à vontade

da Seção

MÃO DE OBRA MEDIDA