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Presidente nacional da OAB participa de solenidade de posse na Seccional (págs. 8 e 9) NESTA EDIÇÃO Seccional homenageia as advogadas (págs. 6 e 7) Acompanhe a prestação de contas (pág. 16) Resolução garante parcelamento (pág. 15) O presidente do Conselho Federal, Cezar Britto (E) entregou a credencial de presidente a Genelhu, na sessão solene de posse simbólica dos novos diretores e conselheiros da Seccional JORNAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - SEÇÃO DO ESPÍRITO SANTO ANO XVIII Nº 138 ABRIL/2007

Ordem Juridica 138 - Abr 2007

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Acompanhe a prestação de contas JORNAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - SEÇÃO DO ESPÍRITO SANTO ANO XVIII • Nº 138 • A BRIL/2007 (págs. 8 e 9) NESTA EDIÇÃO (págs. 6 e 7) (pág. 16) (pág. 15) O presidente do Conselho Federal, Cezar Britto (E) entregou a credencial de presidente a Genelhu, na sessão solene de posse simbólica dos novos diretores e conselheiros da Seccional

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Page 1: Ordem Juridica 138 - Abr 2007

Presidente nacional da OAB participa de solenidade de posse na Seccional

(págs. 8 e 9)

NESTA EDIÇÃO

Seccional homenageia as advogadas(págs. 6 e 7)

Acompanhe a prestação de contas(pág. 16)

Resolução garante parcelamento(pág. 15)

O presidente do Conselho Federal, Cezar Britto (E) entregou a credencial de presidente a Genelhu, na sessão solene de posse simbólica dos novos

diretores e conselheiros da Seccional

J O R N A L DA O R D E M D O S A DV O G A D O S D O B R A S I L - S E Ç Ã O D O E S P Í R I TO S A N TO A N O X V I I I • N º 1 3 8 • A B R I L / 2 0 0 7

Page 2: Ordem Juridica 138 - Abr 2007

E D I T O R I A L

A C O N T E C E U

Prerrogativas, auxílio aos advogados e direitos humanos

DIRETORIA

PRESIDENTEAntônio Augusto Genelhu Junior

VICE-PRESIDENTEStephan Eduard Schneebeli

SECRETÁRIO GERALRodrigo Rabello Vieira

SECRETÁRIO GERAL ADJUNTOAndré Luiz Moreira

TESOUREIRAMárcia Maria de Araújo Abreu

CONSELHEIROS SECCIONAIS TITULARESAlexandre Puppim, Aloísio Lira, Anabela

Galvão, Ben-Hur Brenner Dan Farina, Carlos Augusto da Motta Leal, Christiano Dias Lopes Neto, Evandro de Castro Bastos,

Francisco de Assis Araújo Herkenhoff, Gilmar Zumak Passos, Ímero Devens Junior, Jayme Henrique Rodrigues dos Santos, Luiz Carlos

Barros de Castro, Marcelo Abelha Rodrigues, Martiniano Lintz Junior, Orlando Bergamini, Paulo Luiz Pacheco, Rafael de Anchieta Piza Pimentel, Sandoval Zigoni Junior, Sebastião

Gualtemar Soares, Tarek Moysés Moussalem.

CONSELHEIROS SECCIONAIS SUPLENTESDomingos de Sá Filho, Elivan Junqueira

Modenesi, Homero Junger Mafra, Gustavo César de Mello Calmon Holliday, Ivon Alcure do Nascimento, João Nogueira

da Silva Neto, Valeska Paranhos Fragoso, Ivone Vilanova de Souza, Luiz Gonzaga

Freire Carneiro, Rodrigo Marques de Abreu Júdice, Udno Zandonade.

CONSELHEIROS FEDERAIS TITULARESAgesandro da Costa Pereira, Luiz Antônio de

Souza Basílio e Djalma Frasson

CONSELHEIROS FEDERAIS SUPLENTESPaulo Roberto da Costa Mattos

PRESIDENTES DAS SUBSEÇÕES

1ª. SUBSEÇÃO - COLATINAGleide Maria de Melo Cristo

2ª. SUBSEÇÃO – CACHOEIRO DE ITAPEMIRIMUbaldo Moreira Machado

3ª. SUBSEÇÃO - LINHARESAntonio da Silva Pereira

4ª. SUBSEÇÃO - GUARAPARIGilberto Simões Passos

5ª. SUBSEÇÃO – BARRA DE SÃO FRANCISCOJaltair Rodrigues de Oliveira

6ª. SUBSEÇÃO - GUAÇUÍDaniel Freitas Junior

7ª. SUBSEÇÃO - ALEGRECelso Piantavinha Barreto

8ª. SUBSEÇÃO – VILA VELHAMarcus Felipe Botelho Pereira

9ª. SUBSEÇÃO - CASTELODayvson Faccin Azevedo

10ª. SUBSEÇÃO - ITAPEMIRIMMauricio dos Santos Galante

11ª. SUBSEÇÃO - CARIACICAEudson dos Santos Beiriz

12ª. SUBSEÇÃO – SÃO MATEUSAndré Luiz Pacheco Carreira

13ª. SUBSEÇÃO - ARACRUZNilson Frigini

14ª. SUBSEÇÃO - IBIRAÇUFrancisco Guilherme Maria Apolônio Cometti

15ª. SUBSEÇÃO – NOVA VENÉCIACelso Cimadon

CAAES

PRESIDENTECarlos Magno Gonzaga Cardoso

VICE-PRESIDENTECarlos Augusto Alledi de Carvalho

SECRETÁRIOSérgio Vieira Cerqueira

SECRETÁRIO ADJUNTOAnésio Otto Fiedler

TESOUREIROIzael de Mello Rezende

SUPLENTES Maria Helena Reinoso Rezende e

Sérgio Zuliani Santos

ORDEM JURÍDICAFundado por Manoel Moreira Camargo

PRODUÇÃO E EDIÇÃOAssessoria de Comunicação da OAB-ES

R. Alberto de Oliveira Santos, nº 59Ed. Ricamar – 3º e 4º andares – Centro

Vitória – ES – 29.010-908 - Tel.: (27) 3232-5608e-mail [email protected]

JORNALISTA RESPONSÁVEL Raquel Salaroli – DRT/ES 556/92

[email protected]

REDAÇÃO Rosa Blackman – DRT/ES 547/92

[email protected]

FOTOGRAFIASSamuel Vieira

PUBLICIDADE Livre Iniciativa – (27) 3222-4406 / 3322-6378

PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Bios Editoração – (27) 3222-0645

7/03 Reunião com representantes do Tribunal Regional do Trabalho e da Associação dos Advogados Trabalhistas

7/03 Palestra na Subseção de Cachoeiro de Itapemirm

9/03 Recepção dos calouros do curso de Direito da Ufes

13/03 Solenidade em homenagem ao Dia da Mulher

27/03 Reunião com o procurador geral da Prefeitura de Vitória

Palestra de abertura do curso promovido pela Escola Superior de Advocacia (ESA)

28/03 Posse dos integrantes do Tribunal de Ética e Disciplina (TED)

28/03 Reunião ordinária do Conselho Seccional

30/03 Reunião com procuradores federais

13/04 Participação na Romaria dos Advogados

Reunião com advogados na Subseção de Nova Venécia

15/04 Primeira fase do Exame de Ordem da OAB-ES

17/04 Boas vindas aos alunos do curso da ESA Novo Processo de Execução Civil

18/04 Agenda de trabalho com presidente nacional da OAB:

Visita ao Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES)

Visita ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT)

Sessão solene de posse simbólica da atual diretoria

Cerimônia de nomeação do novo presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos

25/04 Reunião ordinária do Conselho Seccional

Homenagem póstuma ao advogado Vinícius Bittencourt

26/04 Primeira Audiência Pública sobre Prerrogativas

27/04 Palestra na Subseção de Cachoeiro de Itapemirim

E ainda: solicitações de providências a autoridades policiais e ligadas ao Poder Judiciário, reunião com advogados etc.

No mês de abril, três fa-

tos importantes marcaram es-

sas diretrizes da OAB-ES em

sua atuação corporativa e ins-

titucional.

Em 17 de abril, a diretoria

da Seccional assinou Resolu-

ção que estabelece normas

para recuperação de créditos

da OAB-ES. A decisão busca

atender reivindicação dos ad-

vogados para flexibilização das

normas de parcelamento dos

valores devidos à Ordem. So-

bre esta decisão, você vê ma-

téria completa e a íntegra da

Resolução na página 15.

Já no dia 18, o Conselho

Federal da OAB deu uma cla-

ra demonstração de apoio à

Seccional, que foi prestigiada

com a presença do presiden-

te nacional da Ordem, Cezar

Britto. O advogado esteve em

Vitória para entregar, pessoal-

mente, a credencial de presi-

dente da Seccional, a Antônio

Augusto Genelhu Junior. O ato

representou, simbolicamente,

a posse dos novos diretores e

conselheiros da OAB-ES, que

foram empossados, legalmen-

te, em primeiro de janeiro.

A solenidade também mar-

cou a designação e posse do

conselheiro federal Agesandro

da Costa Pereira como presi-

dente da Comissão Nacional

de Direitos Humanos da OAB.

Veja a cobertura completa do

evento nas páginas 8 e 9.

E a atuação na defesa das

prerrogativas continua cada

vez mais firme. Mensalmente,

têm ocorrido dezenas de aten-

dimento a advogados, com

intervenção direta da Ordem

em todas as vezes, seja pes-

soalmente, por telefone, por

envio de documentos e mes-

mo judicialmente.

Agora, a Seccional, por

intermédio da Comissão de

Prerrogativas, está fazendo,

também, um trabalho preven-

tivo. É nesta linha de atuação

que se insere a primeira Audi-

ência Pública sobre Prerrogati-

vas que reuniu advogados atu-

antes na área trabalhista para

denunciar violação de suas

prerrogativas e pensar, junto

com a Ordem, em ações para

garantir o respeito aos direi-

tos dos advogados e o exer-

cício pleno da advocacia. In-

formações sobre a audiência

na página 14. Já os resultados

deste debate você acompa-

nha em uma cobertura com-

pleta, na próxima edição do

Ordem Jurídica.

pág. 2 ORDEM JURÍDICA ABRIL/2007

Page 3: Ordem Juridica 138 - Abr 2007

E X A M E D E O R D E M

Data unificada em todo o País e a mesma prova em 17 Estados

O primeiro Exame de Ordem de 2007 aliou, a mesma data para todo o país, e a mesma prova em 17 Seccionais da OAB, que con-trataram um único instituto. Na avaliação do presidente da Comis-são de Estágio e Exame de Ordem da OAB-ES, Stephan Eduard Sch-neebeli, a unificação poderá tra-zer resultados favoráveis para to-dos, reforçando a seriedade com que o Exame é feito e com o nível exigido dos candidatos. A primei-ra fase foi realizada no dia 15 de abril, quando mais de 1.400 candi-datos se submeteram às provas. A segunda fase está agendada para o dia 3 de junho.

Stephan ressalta, também, que é preciso haver controle e acompanhamento permanente por parte do Conselho Federal da Ordem, para garantir critérios adequados, rigor e independência na aplicação e correção das pro-

vas em todos os Estados, como já ocorre no Espírito Santo.

Aqui no Estado, no entanto, a unificação não é novidade. Por iniciativa da própria Seccional da OAB no Espírito Santo, há anos o Conselho Federal da Ordem bus-cava unificar o Exame, em relação à data e ao conteúdo. O objetivo é garantir o equilíbrio nas provas e o rigor em todos os Estados. O processo começou com a unifica-ção das datas que já vem sendo seguida por várias Seccionais, in-clusive a do Espírito Santo, des-de o ano de 2006.

ExameConforme o edital do Exame

de Ordem, as provas são realiza-das em duas etapas. A primeira fase corresponde à prova objeti-va, de caráter eliminatório, quan-do os candidatos devem respon-

Os aprovados na primeira fase farão a prova prático-profissional em que alguns livros podem ser consultados

der a 100 questões de múltipla es-colha. É aprovado nesta fase quem acertar 50% da prova, que tem a duração de cinco horas.

A segunda fase, chamada de prá-tico-profissional, também é eliminató-ria, e com duração de cinco horas. É feita apenas pelos aprovados na pri-meira etapa. Essa segunda fase é uma prova composta necessariamente de duas partes distintas: a redação de uma peça profissional, privativa de ad-vogado (petição ou parecer sobre as-sunto constante do programa); e res-posta a cinco questões práticas, sob a forma de situações-problemas.

Nessa prova, os candidatos res-pondem questões sobre a área do Direito que optaram no momento da inscrição, ou seja, Direito Admi-nistrativo, Civil, Comercial, do Traba-lho, Penal ou Tributário. Para serem considerados aprovados, devem ter nota igual ou superior a seis. Para constituição da nota da segunda fase são avaliados o raciocínio jurí-dico, a fundamentação e sua con-sistência, a capacidade de interpre-tação e exposição, a correção gra-

Estados com prova unificada:Espírito Santo, Maranhão, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Permanbuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Paraíba, Acre, Amapá, Amazonas, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal

Veja os números dos Exames de Ordem Exame de Ordem realizado em março 2005 – índice de aprovação de 48,38% (1.327 inscritos, 642 aprovados)

Exame de Ordem realizado em agosto 2005 – índice de aprovação de 33,77% (998 inscritos, 337 aprovados)

Exame de Ordem realizado em abril e maio 2006 – índice de aprovação de 35,61% (1.752 inscritos, 624 aprovados)

Exame de Ordem realizado em agosto e setembro 2006 – índice de aprovação de 26,36% (1.028 inscritos, 271 aprovados)

Exame de Ordem realizado em dezembro de 2006 e fevereiro de 2007 – índice de aprovação de 38,04% (828 inscritos, 375 aprovados)

matical e a técnica profissional demonstrada.

A aprovação no Exame da Ordem é um dos pré-requisitos obrigatórios para o bacharel em Direito obter inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. A mé-dia nacional de aprovação nos testes até cerca de dois anos era de 30%. No entanto, muitos Es-tados vem registrando resulta-dos inferiores, de 2005 para cá. Algumas Seccionais chegaram a registrar uma média de 10% de aprovação dos inscritos, como por exemplo já registrado na Seccional de São Paulo.

pág. 3ABRIL/2007 ORDEM JURÍDICA

Page 4: Ordem Juridica 138 - Abr 2007

Setenta novos profissionais no mercado “Maravilhoso”. Esta foi a pri-

meira palavra pronunciada pela ad-vogada Patrícia Moraes Campos, de 23 anos, sobre o momento em que recebeu, das mãos do presidente da OAB-ES, Antônio Augusto Genelhu Junior, a Carteira da Ordem. A nova advogada afirmou que estava rea-lizando um sonho. Ela e outros 69 profissionais de Direito aprovados nos Exames de Ordem realizados no ano passado e que atenderam todos os requisitos legais, partici-param da primeira solenidade de entrega de Carteira desta gestão, realizada no dia 20 de março, na sede da Entidade.

Para o novo advogado Yuri Mar-tins Diaz Horta, de 24 anos, rece-ber a Carteira da Ordem é um alí-vio. “É uma felicidade por ter lu-tado tanto. Receber a Carteira é uma satisfação imensa e mais uma etapa de várias que vão se cum-prindo”, falou, ao receber o do-cumento profissional das mãos da mãe, Sônia Maria.

Na solenidade, a advogada Sue-len Fardin Brito fez a leitura do com-promisso da classe. Em seguida, o jovem advogado Marcus Modene-si Vicente, cumprindo com o pa-pel de orador da turma, disse que aquele momento representava um prêmio por toda a perseverança,

O presidente Genelhu entregou, pessoalmente, Carteiras aos novos advogados

TRT tem novos dirigentes

Desde o dia 16 de mar-

ço, o Tribunal Regional do

Trabalho da 17ª Região tem

novos dirigentes. Tomaram

posse como presidente, o

juiz José Luiz Serafini, e vice-

presidente, a juíza Wanda Lú-

cia Costa Leite França Decu-

zzi, escolhidos para o biênio

2007-2009. Serafini substituiu

o então presidente Cláudio

Armando Couce de Mene-

zes. A OAB-ES participou do

evento, sendo representada

pelo seu vice-presidente e

advogado atuante na área

trabalhista, Stephan Eduard

Schneebeli.

Antes mesmo da posse,

o novo presidente reuniu-

se com diretores da OAB-

ES e trataram de assuntos

de interesse da classe, como

atendimento aos profissio-

nais, acesso aos autos, en-

tre outros.

coragem e determi-nação empreendida durante todo um pe-ríodo. “Recebemos a satisfação de um so-nho realizado, simbo-lizado na inscrição de advogado. A tarefa mais ingente de fa-zer vogar o Direito e de invocá-lo, e de lu-tar por ele, e de alar-gar-lhe os espaços e de construí-lo”.

Marcus Modenesi acrescentou, emocionado, que dentro de poucos minutos passariam a fazer parte de uma instituição honrada que sem-pre esteve presente na defesa da consolidação do Estado de Direito. “Agora, assumimos perante toda a sociedade a nossa responsabilidade de buscar sempre a justiça, prezan-do pelos valores que engrandecem o homem: a honra, a honestidade, o respeito e a lealdade”.

O paraninfo do grupo de novos advogados foi o presidente do Tri-bunal de Ética e Disciplina da Or-dem, Setembrino Pelissari. O advo-gado lembrou aos novos advoga-dos que a ética, para o profissional do Direito, deve ser uma religião, um princípio a ser respeitado aci-ma de tudo. “O advogado que não

fizer da ética sua plataforma esta-rá desonrando a classe. Ele rece-be o encargo de ser um instrumen-to de defesa do direito, de defesa de todas as coisas de bem-estar da sociedade. Não há justiça sem advogado. O profissional faz par-te da máquina que move os inte-resses públicos. É preciso exercer a profissão com independência e coragem”, enfatizou.

A solenidade foi prestigiada pela diretoria da OAB-ES, além do ex-presidente Agesandro da Costa Pe-reira. Também estiveram presentes o procurador de Justiça Eliézer Siquei-ra de Souza, o presidente da CAA-ES, Carlos Magno Gonzaga Cardo-so e muitos familiares e amigos dos mais novos profissionais que ingres-saram na advocacia.

pág. 4 ORDEM JURÍDICA ABRIL/2007

Page 5: Ordem Juridica 138 - Abr 2007

OAB-ES adere a Movimento contra o foro privilegiado“O artigo 5º da Constituição consagra o

princípio da isonomia. Por que alguns querem criar privilégios? Como cidadão, manifesto mi-nha indignação e meu inconformismo com a proposta de criação do foro privilegiado para ex-autoridades. A isonomia existe para tornar todos iguais. Devo dizer que a OAB prestará apoio ao movimento.” A afirmação é do pre-sidente da OAB do Espírito Santo (OAB-ES), Antônio Augusto Genelhu Junior, ao comentar a instalação do Movimento Capixaba contra a Impunidade. Além da OAB, participam do mo-

vimento o Ministério Público Federal do Espí-rito Santo, as Igrejas, juízes e sociólogos.

Durante evento na Faculdade de Direi-to de Vitória (FDV), os integrantes explica-ram as razões da mobilização no Estado. A primeira ação do grupo, composto por promotores, procuradores de Justiça, ad-vogados, professores, entre outros, foi dis-cutir a proposta de emenda constitucional em tramitação e que coloca o Congresso Nacional em mais uma situação de desgas-te: a garantia da concessão de foro privi-

legiado para ex-autoridades, em ações de improbidade administrativa.

Um dos membros à frente do movimento, o procurador chefe do Ministério Público Fe-deral no Espírito Santo, Carlos Fernando Ma-zzoco, considera que a proposta represen-ta um retrocesso no combate à impunidade. Também participaram da discussão o Arcebis-po Emérito de Vitória, Dom Silvestre Scandian, o conselheiro federal da entidade, Agesandro da Costa Pereira, o juiz Grécio Nogueira Gré-gio, entre outros.

A advogada Fernanda Macha-do Santos Carvalho esteve entre os oito advogados selecionados pelo Conselho Federal da Ordem para participar do intercâmbio com o Colégio de Abogados de la Re-pública Dominicana (CARD). De-pois de retornar da República Do-minicana, Fernanda Machado dis-se que é extremamente valiosa a experiência de participar do pro-grama de intercâmbio.

“É importante conhecer a rea-lidade da prática jurídica de outros povos e, mais ainda, atuar de forma integrada na identificação de pro-blemas e possíveis soluções apli-cáveis a cada sistema legal. Além

do mais, esta iniciativa tem o méri-to de romper o relativo isolamen-to que se percebe no estudo do Direito, diferentemente de outros campos do conhecimento”, desta-cou Fernanda.

Foram selecionados três advo-gados do Rio Grande do Sul, um do Rio de Janeiro, um da Paraíba, um do Espírito Santo, um de Goi-ás, um do Maranhão. A comitiva brasileira seguiu para a América Central acompanhada pelo mem-bro consultor da Comissão de Rela-ções Internacionais, Francisco Vic-tor Bouissou, membro efetivo da Comissão de Relações Internacio-nais, Joelson Dias, e da assessora

de Relações Internacionais Paola Barbieri. A viagem foi no final do ano passado.

Na República Dominicana, Fer-nanda participou de atividades so-ciais, culturais e de debates sobre a realidade profissional dos advoga-dos. Além de visitas ao Cartório de Registro e Títulos de San Cristóbal, à Penitenciária modelo de Najayo e à escola penitenciária.

Outra atividade realizada na Re-pública Dominicana foi a participação de debate sobre Solução Alternativa de Conflitos, com a advogada Petro-nilla Rosário, palestra sobre Trabalho Infantil, com Daniel Rondon Monte-negro e sobre Direito Penal.

Advogados fazem romaria na Festa da Penha

Cerca de 200 advoga-dos participaram da Roma-ria ao Convento da Penha, no último dia 13 de abril. A caminhada fez parte da programação em comemo-ração ao Dia de Nossa Se-nhora da Penha, celebra-do no dia 12, e teve a par-ticipação do presidente da OAB-ES, Antônio Augusto Genelhu Junior.

Capixaba representa Ordem na República Dominicana

pág. 5ABRIL/2007 ORDEM JURÍDICA

Page 6: Ordem Juridica 138 - Abr 2007

E S P E C I A L

Ordem e CAAES juntas para comemorar

o nosso dever prestar homenagem às mulhe-res por suas lutas, princi-palmente sociais, e pelo

prestígio de satisfazer às neces-sidades das menos favorecidas. Ao homenagear as mulheres ad-vogadas queremos dizer que esta instituição está aberta para fa-zer reivindicações, contribuindo para tornar a sociedade cada vez mais solidária e justa”. Esta foi a saudação do presidente da Or-dem, Antônio Augusto Genelhu Junior, às dezenas de mulheres que lotaram o auditório da En-tidade na noite de 13 de mar-ço, data em que foi comemo-rado pela OAB-ES e pela Caixa de Assistência dos Advogados do Espírito Santo o Dia Interna-cional da Mulher, cujo dia oficial é 8 de março.

A solenidade lotou o auditó-rio da Seccional com profissionais do Direito e representantes de diversos segmentos da socieda-de civil organizada, como secre-tarias municipais de Cidadania e Direitos Humanos de Vitória, Pa-vivis, Delegacias Especializadas na Defesa da Mulher, Federação das Trabalhadoras Rurais, Fórum de Mulheres, Sindicado dos Co-merciários, Conselho de Mulher, além de mães, filhas e parentes de mulheres vítimas da violência doméstica.

A OAB-ES, por intermédio da Comissão de Mulheres Ad-vogadas, homenageou a dona de casa Maria Cecília, assassina-da pelo marido na frente da filha Ana Cecília Carneiro. A jovem, recentemente, passou no Exa-me de Ordem. No dia da soleni-dade comemorativa ao Dia Inter-nacional da Mulher, a presiden-te da Comissão, Ivone Vilanova de Souza, fez a entrega simbóli-

ca da Carteira. A entrega oficial foi no dia 20 de março.

De acordo com o levanta-mento da OAB-ES, há mais de duas mil mulheres inscritas nos quadros da Seccional, o que re-presenta quase 40% do total de inscrições. “Precisamos nos unir para elevar e ampliar as conquis-tas, como firmar convênios com creches e pré-escolas, entre ou-tros benefícios para que as ad-vogadas possam trabalhar com mais tranqüilidade. Melhoran-do a situação da mulher estare-mos beneficiando toda a socie-dade”, disse o presidente da CAAES, Carlos Magno Gonza-ga Cardoso.

EvoluçãoDesde a Declaração Universal

dos Direitos Humanos, de 1948, a idéia de direitos humanos sofreu modificações e aprimoramentos. A mobilização dos movimentos sociais, como a luta das mulheres, foi fundamental nessa trajetória. Para homenagear as mulheres que lideraram e mantêm os movimen-tos pela igualdade de gênero, a OAB-ES e a CAAES aproveitaram a solenidade para celebrar as con-quistas e manifestar seu apoio a todas as ações em favor da con-quista da cidadania plena, além de oferecer palestras sobre temas im-portantes para as mulheres.

Apesar de ter seus direitos garantidos pela Constituição, a mulher brasileira sabe que ain-da há muito a conquistar. Se-gundo o Censo 2000, dos qua-se 170 milhões de habitantes do país, mais de 86 milhões são mulheres. A Constituição Fede-ral em seu art. 5º afirma: “todos são iguais perante a lei...”. E o inciso I deste artigo diz textual-

mente que “homens e mulheres são iguais em direitos e obriga-ções, nos termos desta Constitui-ção”. Apesar das determinações constitucionais, os participantes da solenidade lembraram que esta igualdade, de modo geral não existe. A vida a liberdade e a igualdade são rotineiramente desrespeitadas. E as mulheres, crianças e as pessoas idosas são as maiores vítimas.

Assim, nas últimas décadas, a cidadania feminina e as relações de gênero passaram a fazer par-te dos debates sobre uma nova concepção dos direitos humanos. No Brasil, a luta política pelos di-reitos das mulheres e pela igual-dade nas relações de gênero im-pulsionou a adoção de políticas públicas e leis em campos como saúde sexual e reprodutiva, tra-balho, direitos políticos e civis e violência de gênero.

Na opinião da delegada da delegacia da mulher da Serra, Sta-el Oliveira, os direitos de cidada-nia das mulheres e as condições para seu exercício são questões centrais da democracia, e não apenas questões das mulheres. Por isso, a Lei Maria da Penha é um avanço na luta pela igualdade de gênero. Segundo Stael Olivei-ra, com a implementação da “Lei Maria da Penha” as mulheres têm seus direitos assegurados e maior clareza sobre o que é violência. “Antes, as mulheres consideravam

violência, apenas as agressões fí-sicas e visíveis para a sociedade. Além de existir a cultura de que em briga de marido e mulher nin-guém deveria interferir”.

A Lei Maria da Penha descri-minou o que é violência, como: distrato, humilhação, violência emocional e psicológica e o tema passou a ser tratado como políti-ca pública. Como resultado dis-so, percebeu-se um aumento no número de registros em delega-cias especializadas. Os que atuam na defesa das mulheres lembram que, há alguns anos, os principais fatores apontados como causa da violência doméstica eram ligados às questões econômicas, como: desemprego, problemas com di-nheiro, falta de comida em casa e dificuldade no trabalho. Atual-mente, a independência femini-na é que tem motivado os ata-ques masculinos.

A presidente da Comissão da Mulher Advogada, Ivone Vi-lanova de Souza, concorda que as mulheres estão mais conscien-tes nos seus direitos e os homens não aceitam essa evolução femi-nina. Outro ponto é a indepen-dência. “Muitos homens têm di-ficuldade de aceitar as mulhe-res como provedoras do lar, em busca de mais formação e cresci-mento profissional e utilizam de violência para tentar conter esse avanço. Mas a nossa luta conti-nuará”, ressaltou Ivone.

Apesar dos avanços na conquista dos seus direitos, muitas mulheres ainda são espancadas dentro da própria casa. E em silêncio.

“ÉEm um auditório lotado, as mulheres foram homenageadas pela Seccional e pela CAAES

pág. 6 ORDEM JURÍDICA ABRIL/2007

Page 7: Ordem Juridica 138 - Abr 2007

Conheça um pouco da Lei “Maria da Penha”DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER

Art. 7º - São formas de violência doméstica e fami-liar contra a mulher, entre outras:

I - a violência física, entendida como qualquer condu-ta que ofenda sua integridade ou saúde corporal;

II - a violência psicológica, entendida como qual-quer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudi-que e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, compor-tamentos, crenças e decisões, mediante amea-ça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;

III - a violência sexual, entendida como qualquer con-duta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, median-te intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qual-quer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a for-ce ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à pros-tituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;

IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, des-truição parcial ou total de seus objetos, instrumen-tos de trabalho, documentos pessoais, bens, va-lores e direitos ou recursos econômicos, incluin-do os destinados a satisfazer suas necessidades;

V - a violência moral, entendida como qualquer con-duta que configure calúnia, difamação ou injúria.

Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasi-leira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no execu-tivo e legislativo.

A lei que torna mais rigorosa a pena contra quem agride mulheres foi sancionada no dia 7 de agosto de 2006, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e batizada com o nome de Ma-ria da Penha, em homenagem a uma vítima da violência doméstica. Em 1983, a biofarmacêu-tica Maria da Penha Maia Fernandes levou um tiro nas costas e, aos 38 anos, ficou paraplégi-ca. O autor do disparo foi seu marido, o pro-fessor universitário Marco Antonio Heredia Vi-veros, que após a primeira tentativa ainda ten-tou matá-la por eletrocução.

O Ministério da Saúde lançou no dia 30 de maio de 2006 uma campanha nacional de incentivo ao parto normal e redução da cesárea desne-cessária. De acordo com dados de 2004 do Sis-tema de Nascidos Vivos (Sinasc) do ministério, 41,8% dos partos realizados em todo o Brasil foram cirúrgicos. A meta é alcançar a taxa de 25%, no máximo, até 2007, num processo de redução gradual.

O direito da mulher em trabalho de parto e pós-parto à acompanhante na Rede SUS é ga-rantido pela lei federal n° 11.108, de 2005, e regulamentado pelo Ministério da Saúde por meio da portaria GM/MS n° 2.418/05. O prazo para a adequação e reorganização do espaço disponível previsto expirou em 5 de junho de

2006. Os casos de descumprimento da lei são analisados pelas secretarias municipais de saú-de, pelas secretarias estaduais de saúde e pelo Ministério da Saúde, nesta ordem. O cumpri-mento da lei é uma das ações de redução da mortalidade materna, infantil e neonatal previs-to no Pacto pela Vida, firmado pelas três ins-tâncias de governo.

Campanha pela ampliação da licença-materni-dade de quatro para seis meses foi deflagra-da pela Sociedade Brasileira de Pediatria, em conjunto com a OAB, em julho de 2005. Um mês depois, a senadora Patrícia Saboya (PSB-CE) apresentou no Senado Federal um projeto de lei prevendo a prorrogação da licença para funcionárias de empresas privadas em troca de benefícios fiscais. Na mesma época, lançou um desafio para que os prefeitos dos municípios de todo o Brasil adotassem a nova licença por meio de projetos de leis locais.

A iniciativa ganhou adesões em várias partes do país. No Ceará, a licença de seis meses já é rea-lidade em oito municípios. A primeira benefici-ária da iniciativa, Júlia, é de Beberibe e nasceu em março. Recentemente, a Câmara Municipal de Fortaleza também aprovou proposta nesse sentido. No Espírito Santo, a extensão do be-nefício foi adotada pela capital, Vitória, e pe-los municípios de Serra e Castelo. No Amapá, a Assembléia Legislativa votou projeto com o mesmo propósito e o governador já sancionou a proposta. Em várias Câmaras Municipais do país tramitam propostas semelhantes. É o caso de Cuiabá (MT), Londrina(PR), Macapá (AP) e Vila Velha (ES).

No Brasil, o problema mais comum enfren-tado pela mulher é a violência. Os dados cons-tam de uma pesquisa inédita, feita em 2004, sobre violência contra a mulher, encomen-dada pelo Instituto Patrícia Galvão ao Ibope Opinião, com apoio da Fundação Ford. Fo-ram realizadas 2.002 entrevistas pessoais em todos os estados brasileiros, capitais e regi-ões metropolitanas. Cidades menores foram selecionadas probabilisticamente, dentro da proporcionalidade por tamanho de municí-pio. A margem de erro máximo, para o total da amostra, é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O intervalo de confiança estimado é de 95%. Veja os dados:

• 30% dos entrevistados apontam a violência contra a mulher dentro e fora de casa em pri-meiro lugar, na frente de uma série de outros problemas, como câncer de mama e de úte-ro (17%) e a Aids (10%). Os indicadores de preocupação com a questão da violência não mostram diferenças entre os sexos, tampou-co na maioria das variáveis estudadas. Isto é,

trata-se de um problema amplamente difun-dido no conjunto da sociedade.

• 91% dos brasileiros consideram muito gra-ve o fato de mulheres serem agredidas por companheiros e maridos. As mulheres são mais enfáticas (94%), mas, ainda assim, 88% dos homens concordam com a alta gravi-dade do problema.

• A percepção da gravidade da violência contra a mulher se confirma quando 90% dos brasi-leiros acham que o agressor deveria sofrer um processo e ser encaminhado para uma reedu-cação. O contraste entre a quase unanimidade destas opiniões e a realidade concreta na vida das mulheres é gritante. São poucos os casos que chegam a processo e escassas as institui-ções que lidam com reeducação do agressor.

• A idéia de que a mulher deve agüentar agres-sões em nome da estabilidade familiar é cla-ramente rejeitada pelos entrevistados (86%), assim como o chavão em relação ao agressor, “ele bate, mas ruim com ele, pior sem ele”, que é rejeitado por 80% dos entrevistados.

• Com relação ao chavão conformista “ele bate, mas ruim com ele, pior sem ele”, há diferen-ças significativas e culturalmente relevantes: as mulheres (83%) tendem a rejeitar mais do que os homens (76%); os mais jovens (83%) mais do que os mais velhos (68%).

• Em uma pergunta que pede um posiciona-mento mais próximo daquilo que o entrevis-tado pensa, 82% respondem que “não existe nenhuma situação que justifique a agressão do homem a sua mulher”. Em contrapartida, 16% (a maioria homens) conseguem imagi-nar situações em que há essa possibilidade. Observa-se que 19% dos homens admitem a agressão, assim como 13% das mulheres.

• Homens e mulheres fazem o mesmo diag-nóstico: 81% dos entrevistados apontam o uso de bebidas como o fator que mais pro-voca violência contra a mulher; em segun-do lugar, mencionadas por 63% dos entre-vistados, vêm as situações de ciúmes em relação à companheira ou mulher.

Fonte: Pesquisa Ibope/Instituto Patrícia Galvão 2004

Violência doméstica é o maior problema

Conquistas femininas no Brasil

e defender conquistas femininas

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C A P A

Posse simbólica com presidente nacional da OABO presidente nacional da

OAB, Cezar Britto, veio ao Estado, no dia 18 de

abril, para entregar as creden-ciais ao atual presidente da Or-dem, Antônio Augusto Genelhu Junior, como presidente eleito da Entidade.

Na cerimônia, Britto também empossou o ex-presidente da OAB do Espírito Santo e atual conselheiro federal pelo Estado, Agesandro da Costa Pereira, no cargo de presidente da Comis-são Nacional de Direitos Huma-nos (CNDH) da OAB.

Antes mesmo de tomar pos-se, em fevereiro, Britto prometeu prestigiar a Seccional capixaba. O presidente lembrou da luta da Seccional e falou de sua certeza do trabalho firme dos novos dire-tores da OAB-ES, tanto no cam-po corporativo quanto institucio-nal. Esta foi a motivação de sua visita ao Estado.

Sobre Agesandro, e plage-ando o hino do Espírito Santo, o presidente nacional abriu a ses-são afirmando que o conselhei-ro federal era e é “a falange do presente em busca de um futu-ro esperançoso”, a qual tinha a honra e o prazer de levar para o Brasil.

Nesse clima de emoção e orgulho que sucederam todas as manifestações e os discursos feitos em toda a solenidade. O evento foi realizado na sede da Ordem, em Vitória, sendo pres-tigiada por autoridades dos três Poderes, presidentes das Subse-ções do Estado, diretores, con-selheiros estaduais e federais e dezenas de advogados.

Em discurso, o presidente da OAB-ES, Antônio Augusto Gene-lhu Junior, disse que “a nomea-ção de Agesandro não só signi-fica homenagem a um cidadão puro e legalista, mas represen-ta, também, induvidosamente, a concessão para que o Brasil co-nheça o eterno adversário das de-magogias, do autoritarismo, do arbítrio, da corrupção e o com-batente eterno pela efetividade dos direitos dos cidadãos”.

Depois disso, Genelhu brin-cou “e é este o advogado que me coube suceder na direção da OAB-ES, podendo todos avaliar as dificuldades de impor um tra-balho à altura do que ele impôs”. Em seguida, Genelhu disse que ao lado da diretoria e dos conse-lheiros pretende ter como rota e padrão a missão por ele realiza-da à frente da Seccional. “É cla-ro que os estilos são diferentes, mas a distinção reside somente na forma de administrar, sem al-cançar a implementação das atri-buições da OAB”.

Ele finalizou destacando que “priorizamos, em princípio, a de-fesa das prerrogativas dos advo-gados, uma vez que entendemos que o cerceamento dos direitos dos advogados representa o cer-ceamento do cidadão e a fragili-zação da OAB, significa a fragili-zação da sociedade civil”.

Falange do presente Britto destacou as qualifica-

ções de Agesandro Pereira para conduzir a CNDH, comissão histó-rica e das mais importantes da en-tidade. Ele relembrou os difíceis momentos vividos por Agesandro quando ainda era presidente da OAB capixaba e denunciou o en-volvimento de autoridades de ór-

gãos dos três Poderes com ações de corrupção no Estado.

“Sofreu ameaças, foi perse-guido, mas jamais recuou na sua obstinação em denunciar os cri-minosos, sobretudo àqueles que denominamos de criminosos do colarinho branco”, lembrou Cezar Britto. “Sua coragem e determi-nação, sobretudo ao tempo em que presidiu esta Seccional capi-xaba da OAB, tornaram-se refe-rência para todos nós, advoga-dos, referência de bravura e de espírito”, lembrou Britto.

Ao finalizar a sessão, o presi-dente nacional da OAB lembrou

que nenhuma outra instituição do país está historicamente mais en-volvida na luta contra o crime e elegeu o combate ao crime or-ganizado como a principal ban-deira a ser seguida pela CNDH nos próximos anos.

Para impunhá-la, disse Ce-zar Britto, não há ninguém mais capacitado que Agesandro Pe-reira. “Ele tem sido aqui, neste Estado, onde é notória a ação de uma das mais ativas e per-versas vertentes do crime or-ganizado, um implacável com-batente da lei. Um combaten-te do Bem”.

Britto: reuniões com advogados e magistrados capixabasAntes de presidir a sessão

solene na OAB-ES, o presiden-te nacional da Ordem dos Ad-vogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, encontrou-se com advo-gados e a magistratura local, en-tre vários outros compromissos de trabalho.

Pela manhã, Britto reuniu-se com o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, Jorge Góes Coutinho, na sede do Tribunal. Na ocasião debateram questões como a garantia das prerroga-tivas profissionais da advocacia

Entre os demais compromissos, Britto foi ao TRT com advogados trabalhistas para reunião com o presidente Serafini

estadual e a aplicação da tecno-

logia aos julgamentos pela Jus-

tiça, como o uso das videoconfe-

rências em inquéritos de pessoas

presas e de testemunhas. O pre-

sidente da OAB também visitou

o presidente do Tribunal Regio-

nal do Trabalho (TRT), José Luiz

Serafini, acompanhado por ad-

vogados trabalhistas.

Na sede OAB-ES, Britto se en-

controu com os presidentes das

Comissões da Casa, dos quais ou-

viu várias reivindicações.

Britto entregou as credenciais ao presidente Genelhu e reforçou seu apoio à atuação da Seccional

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Posse simbólica com presidente nacional da OABVisivelmente emocionado, o

ex-presidente da Seccional capi-xaba e atual conselheiro federal eleito, Agesandro da Costa Pe-reira, levantou-se da mesa e foi à tribuna fazer o discurso em agra-decimento à indicação e nomea-ção como presidente da Comis-são Nacional dos Direitos Huma-nos da OAB.

Diante do público, o qual cha-mou de colegas e amigos de luta pela defesa da ética, da moral e do estado democrático de direito, Agesandro falou sobre sua traje-tória dentro da Ordem, dos mo-mentos mais marcantes da atua-ção da OAB-ES e do papel da ins-tituição para garantir os princípios fundamentais descritos na Cons-tituição Federal brasileira.

“Nossa corporação representa muito mais do que uma corpora-ção profissional. Atinge os mais al-tos níveis pela própria vontade da Lei. A Ordem é um partícipe res-guardando os direitos fundamen-tais do homem. Ao meu lado esti-veram muitos homens de bem no combate à violência, na sustenta-ção do estado de direito, na mora-lização da vida política, no resgate das instituições. Esse compromisso pautou nossa vida e nossa caminha-da”, afirmou Agesandro.

Citando antigos conselheiros da Seccional capixaba, o arcebis-po emérito Dom Silvestre Scan-

“Agora, Agesandro é do Brasil”dian e outros líderes sindicais e de organizações não-governa-mentais, o recém nomeado pre-sidente da CNDH disse que “al-guns dos nossos amigos tomba-ram, mas nós resistimos a tudo. A presença do Cezar Britto significa sua posição face à sua luta inicia-da e ainda não concluída compro-metida com a normalidade das instituições e com os ideais da Ordem e da República”.

Com voz firme, Agesandro disse que o presidente nacional veio ao Seccional num ato de de-monstração de que está ao lado da OAB-ES, Entidade que é um exemplo de dignidade na vida pública capixaba. Fez questão de frisar que o atual presidente da Casa, Antônio Augusto Genelhu Junior, é o colega em que depo-sita toda a sua confiança e que tem a certeza de que ele servirá ao Estado mais do que ele mes-mo serviu.

Agesandro afirmou ainda que recebia a “convocação” do pre-sidente Britto para CNDH não só como uma homenagem aos anos dedicados ao combate às violações aos direitos humanos, mas como um reconhecimento do trabalho que a OAB capixaba vem desempenhando, sobretu-do na defesa e sustentação des-ses tipos de direitos nos últimos quinze anos.

As tarefas a serem desempe-nhadas pela Comissão que assu-miu serão as mais variadas, segun-do o conselheiro federal da enti-dade. Isso porque, segundo ele, é forçoso reconhecer que uma larga margem do povo brasileiro está ausente do amparo de qualquer legalidade. “Temos um segmen-to muito expressivo da sociedade que sofre todas as restrições pos-síveis, não tendo reconhecido nem mesmo o seu direito à vida, que é o mais importante dos direitos constitucionais”, afirmou.

Agesandro Pereira vem de uma longa luta em prol do respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana. Quando foi presidente da OAB do Espírito Santo, enfrentou situações de violência e de ame-aças por ter denunciado, à frente do movimento de resistência cha-mado “Reage Espírito Santo”, que as instituições governamentais e órgãos dos demais Poderes esta-vam contaminados com a corrup-ção, colocando em risco, não só a segurança dos advogados mas de toda a sociedade capixaba.

Agesandro: “Temos um segmento muito expressivo da sociedade que sofre todas as restrições possíveis, não tendo reconhecido nem mesmo o seu direito à vida, que é o mais importante dos direitos constitucionais”

Jorge Góes Coutinho, presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo: “Estou feliz por estar compartilhando deste momento. Agesandro é um homem que é uma grande reserva moral do nosso país. É um ícone da luta incansável con-tra a corrupção, a violência e o crime organizado. Somos testemunhas vivas ao lado da sociedade civil do Fórum Reage Espírito Santo da mudança de rota do Estado. Agesandro foi importante para a virada dessa página para que pudéssemos viver dias mais esperançosos do que no passado”.

Ricardo Ferraço, vice-governador: “Estamos felizes e devedores deste gesto do Cezar Britto de vir ao Estado não somente para fazer homenagem ao Agesandro, mas para homena-gear o povo do Espírito Santo ao convidá-lo para presidir à Comissão Nacional dos Direi-tos Humanos da OAB. O fato é muito mais forte do que qualquer discurso. Fica a grati-dão de todos pelo convite a este bravo brasileiro e capixaba”.

Arcebispo Emérito Dom Silvestre Scandian: “Tenho que falar sobre este homem

destemido, autêntico. Agesandro lu-

tou e luta contra a corrupção e o crime

organizado e pela defesa da vida. Ele

foi e é o protagonista na defesa do

povo capixaba. Ele é um exemplo para

todos nós e líder. Ele nos incentiva a

continuar a sua

luta para que a

união cresça e

a resistência ao

mal também”.

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Intrujice de um inusitado “estado de necessidade”Em uma cidade do interior

do Estado a Delegacia de Polícia era conjugada com a cadeia pú-blica, localizada em uma rua no perímetro urbano, cujas janelas com grades se alinhavam com a calçada ao longo do prédio. Cer-to dia, um cidadão transitava na calçada da rua da cadeia, falan-do distraidamente no seu celu-lar, quando, inopinadamente, um preso passou o braço pelo vão das grades da janela da cadeia e tomou o celular de sua mão. O descuidado transeunte, ainda que perplexo, entrou na delega-cia e relatou o fato ao delegado de polícia que, de imediato, em companhia da vítima percorreu as celas e em uma delas a víti-ma reconheceu não só o preso, bem como o seu celular. O dele-gado lavrou o auto de prisão em flagrante, com todas as formali-dades da lei.

O advogado do preso agin-do com a presteza e celeridade que caracterizam os advogados que atuam nessa área, requereu ao juiz da Comarca o relaxamen-to da prisão em flagrante, com os seguintes argumentos:

P I T O R E S C O J U D I C I Á R I O

“É público e notoriamente sa-bido que o indiciado ora reque-rente é conhecido e reconheci-do pela autoridade policial des-ta Comarca, como comerciante e gerente distribuidor de drogas da maioria dos pontos de venda de drogas nesta cidade, de onde provem os seus rendimentos com os quais mantém o seu comércio e o seu sustento e dos seus auxi-liares nesse mister.

Ocorre que, ao ser preso e recolhido à cadeia pública des-ta Comarca, onde se encontra há mais de quatro meses e, estan-do impedido de manter contatos com os clientes compradores e com os seus subordinados, vis-to que não lhe é dado o direito, como qualquer cidadão, de ter em sua posse um telefone celular, e em decorrência disso as vendas do seu comércio cairam vertigino-samente, além de estar perden-do os pontos de vendas para os concorrentes que são muitos e conseqüentemente a receita do seu comércio foi para o espaço, deixando-o a míngua de recur-sos financeiros para manter em dia os seus compromissos, bem

como para prover os pagamentos aos seus fornecedores, dos salá-rios de seus auxiliares, inclusive sem recursos para pagar os ho-norários de seu advogado.

Ora, é sabido e nenhuma autoridade ignora que os inte-grantes do Movimento Sem Ter-ra (MST), invadem e tomam pro-priedades alheias, assaltam cami-nhões que transportam mercado-rias, invadem Ministérios, afron-tam as autoridades, sem falar nas ameaças que fazem de assalto a bancos, e não se tem notícia da prisão de nenhum deles. Logo, não está sendo aplicado o con-sagrado princípio constitucional da isonomia. Trata-se, em verda-de de uma injusta discriminação ao ora requerente.

Ademais disso, não pode prosperar a prisão em flagran-te do requerente, levada a efei-to pela autoridade policial, visto que, conforme noticiam os fatos acima expostos está configurada a exclusão da ilicitude, por não haver crime a ser punido, pos-to que o ora indicado praticou o fato, em estado de necessida-de, como preceituado no inciso

I, do artigo 23 de Código Penal Brasileiro.

Razões pelas quais é de ser acolhido e deferido o pedido de relaxamento da prisão em flagran-te, por ser de inteira justiça”.

Seu Clidinho ao saber do caso comentou sucintamente: o pedido de relaxamento de pri-são com os insólitos argumen-tos formulados pela advogado do acusado, nada mais é do que intrujice de um inusitado “esta-do de necessidade”.

Nacyr Amm - OAB-ES 720

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S U B S E Ç Õ E S

1ª Subseção retoma grupo de estudos jurídicosEm mais um esforço de contribuir para o aperfeiçoamento dos advo-gados que militam nas comarcas de Pancas, Itarana, Alto Rio Novo, Bai-xo Guandu, Itaguaçu, Marilândia, São Domingos do Norte e de Colatina, a 1ª Subseção retomou as reuniões do grupo de estudos na região. Neste primeiro momento serão debatidas questões ligadas à Sucessão Legíti-ma, Sucessão Testamentária e Liqui-dação da Herança.

De acordo com a presidente da Sub-seção, Gleide Maria de Melo Cristo, a proposta é capacitar os profissionais que militam na advocacia e com o Di-reito, reciclando os conhecimentos e proporcionando um melhor desempe-nho em suas atividades com enriqueci-mento pessoal e profissional. Em abril, os advogados militantes na região também puderam trocar experiências com advogado Nacyr Amm que profe-riu palestra para a classe local.

9ª Subseção promove curso de Execução CivilPara atender à demanda dos pro-fissionais do Direito que atuam nas comarcas de Conceição do Castelo,

Subseções investem em cursos para advogadosAfonso Cláudio, Venda Nova do Imi-grante e Laranja da Terra, a 9ª Sub-seção em parceria com a OAB-ES/Es-cola Superior de Advocacia (ESA) re-alizará o curso “O novo processo de execução civil”. As aulas serão reali-zadas na Associação Festa da Polen-ta, localizada na Rua Antonio Marti-nez, nº 116, bairro Santa Cruz, Ven-da Nova do Imigrante, nos dias 19 de maio e 2 de junho.

Os interessados deverão fazer ins-crição na Sala dos Advogados, insta-lada no Fórum da Comarca de Cas-telo, situada na Avenida Nossa Se-nhora da Penha, nº 120, centro da cidade. As matrículas poderão ser feitas até o dia 11de maio, das 12 às 18 horas. Esclarecimento de dú-vidas ou mais informações sobre o curso poderão ser obtidos na Sub-seção de Castelo, com Joseane (28) 3542-2776, ou na ESA, pelo telefo-ne (27) 3232-5647.

Conforme a organização do curso no primeiro dia serão abordados os temas: Teoria Geral da Execu-ção/Liquidação de Sentença; Cum-primento de sentença-obrigação de dar quantia e o cumprimento de sentença-obrigação de dar coi-sa e de fazer. Serão 12 horas/aulas que serão ministradas, no dia 19 de maio, das 9 horas às 12 horas e das

13 horas às 16 horas. No segundo dia do curso, serão tratados os te-mas Execução de Título Extrajudi-cial, Defesa em sede executiva e o Processo executivo e as novas téc-nicas de digitalização.

O curso será ministrado pelos profes-sores Fábio Bonomo e Filipi Pim. Bo-nomo atua como docente da Escola do Ministério Público do Espírito San-to e de faculdades de Direito na dis-ciplina de Direito Processual Civil e autor de vários livros e sinopses pre-paratórias para concurso. Filipi Pim é mestre em Garantias Constitucionais e professor de faculdades em Vitória e Vila Velha.

13ª Subseção abre nova turma de pós-graduação Quais as demandas da classe militan-te em Aracruz? O que pensam e o que querem para aperfeiçoamento pessoal? Para responder e atender a essas e ou-tras questões apresentadas pelos ad-vogados que atuam na 13ª Subseção, a diretoria da Entidade está promovendo encontros com os profissionais para ou-vir as sugestões e aproximar ainda mais a Subseção dos advogados.

De acordo com o presidente da 13ª Subseção, Nilson Frigini, foi assim que

foram implementadas as turmas de pós-graduação no município. Frigini comenta ainda que acompanhando o interesse da classe já abriu a terceira turma de pós-graduação, desta vez, na área de Processo do Trabalho e Di-reito do Trabalho.

Ele adiantou ainda que acaba de fe-char parceria com a ESA e com a 14ª Subseção para a realização do cur-so sobre “O novo processo de exe-cução penal”. As aulas estão previs-tas para começar no mês de maio, na sede do Lions Club, em Aracruz. A taxa de inscrição será de R$ 50,00, para advogados, e de R$ 45,00, para estudantes.

7ª Subseção tem novos delegadosO presidente da 7ª Subseção, Celso Piantavinha Barreto, nomeou no dia 28 de março como delegados os ad-vogados San Martin Donato Roosevel e Maria Helena Mazzon. O primeiro será o representante da Subseção nas comarcas de Iúna, Ibatiba, Ibitirama e Irupi. Já a advogada Maria Helena de-verá atuar junto à comarca de Muniz Freire. Os dois profissionais foram elei-tos para o triênio 2007/2009.

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A Comissão de Prerrogati-vas da OAB-ES promoveu no dia 26 de abril a primeira au-diência pública sobre o tema voltada para os advogados que militam na área trabalhis-ta. A proposta do presidente da Comissão, Homero Mafra, é que sempre na última quin-ta-feira de cada mês seja rea-lizada uma ação para ouvir as demandas da classe.

De acordo com o presiden-te da Comissão, a audiência pública é uma das formas de ficar mais perto da classe e co-nhecer mais profundamente as situações enfrentadas pe-

Comissão de Prerrogativas realiza audiência públicalos profissionais em seu dia-a-dia.

À Comissão de Defesa dos Direitos e Prerrogativas dos Advogados, compete ze-lar pela dignidade, prerroga-tivas e decoro da Ordem e de seus inscritos; dar assis-tência aos advogados quan-do sofrerem constrangimen-to ou embaraço no exercício profissional; propor medidas ao Conselho Seccional que visem assegurar o direito de advogado, quando tolhido, coagido ou molestado, de qualquer forma, por autori-dade civil ou militar, incluin-

do o desagravo público, em sessão do Conselho.

À Comissão cabe, ainda, propor ao Conselho que re-presente ao poder competen-te contra autoridade, serven-tuário de justiça ou. funcio-nários e servidores públicos pela inobservância dos direi-tos assegurados ao advoga-do no Estatuto da Advocacia e da OAB; além de colaborar com o Presidente da Seccio-nal no acompanhamento e as-sistência aos advogados que, eventualmente, respondam a processo criminal; acompa-nhar os processos criminais que tenham como vítima o advogado.

Na próxima edição do Ordem Jurídica você vai acompa-nhar todos os resultados des-ta primeira audiência pública sobre prerrogativas.

Denúncias

Os advogados capi-

xabas possuem mais um

canal de comunicação

com a OAB-ES para de-

nunciar casos de amea-

ça ao exercício profissio-

nal e/ou solicitar apoio

da Comissão de Prer-

rogativas. Para utilizar

é só enviar e-mail para

o endereço eletrônico

prerrogativas@oabes.

org.br ou ligar para o

telefone 3232-5606.

pág. 14 ORDEM JURÍDICA ABRIL/2007

Page 15: Ordem Juridica 138 - Abr 2007

Resolução garante parcelamento de dívidaEm 17 de abril, a diretoria da Seccional assinou a Resolução

nº 01 de 2007 que estabelece a possibilidade de parcelamen-

to de dívida de advogados e estagiários inscritos na OAB-ES.

A decisão permite o parcelamento de todo o débito apurado,

que poderá ser pago em até 30 parcelas mensais, desde que o

valor mínimo da parcela seja de R$ 55,00.

A resolução considera uma reivindicação dos advo-

gados para a flexibilização das normas de parcelamen-

to. O objetivo é garantir aos profissionais uma possi-

bilidade de solucionar os problemas de débito que ti-

verem junto à Ordem e, assim, regularizar a situação

profissional.

O texto estabelece todas as normas para recuperação dos

créditos da OAB-ES. Para ter direito ao parcelamento, o inte-

ressado deverá requerer, por escrito, à Seccional ou à sua res-

pectiva Subseção. O requerimento deverá ser feito até 90

dias após a data da publicação da Resolução.

Acompanhe, abaixo, a íntegra do documento.

A DIRETORIA DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – SEÇÃO DO ESPÍRITO SANTO, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Regu-lamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, considerando:

• a competência da Seccional para cobrança das contribuições, preços de serviços e multas instituídos pelo Conselho, na forma dos artigos 46 e 58, IX da Lei 8.906/94;

• a existência de créditos da Seccional relativo a anuidades não pagas e mul-tas aplicadas a Advogados e Estagiários inscritos na Seccional;

• o alto grau de inadimplência verificada nos parcelamentos de realizados an-teriormente;

• a reivindicação dos Advogados pela flexibilização das normas de parcela-mento,

R E S O L V E:

I – A Gerência de Serviços Institucionais deverá proceder ao levantamento dos inscritos nos Quadros da OAB-ES, discriminando: • os Advogados que se encontram suspensos por infração ao art. 34, inciso

XXIII, da Lei nº 8.906/94;

• os Advogados que tiveram a inscrição cancelada;

• os Estagiários com contratos de estágio em vigor.

II - Os créditos da Seccional serão apurados pela Gerência Administrativa e Financeira, que deverá proceder ao levantamento discriminando:• os valores relativos a anuidades, preços de serviços e multas, devidos por

Advogados inscritos na Seccional;

• os valores relativos a anuidades, preços de serviços e multas, devidos por Estagi-ários inscritos na Seccional, observado o levantamento realizado pela GESIN;

• os créditos que já foram objeto de cobrança administrativa formal;

• os créditos que se encontram ajuizados.

III – A Assessoria Jurídica informará à GESAF os processos ajuizados, com nome do executado, número do processo judicial e da Certidão de Dívida emitida pelo Conselho Seccional.

IV - Os Advogados e Estagiários inscritos nos Quadros da OAB-ES poderão, dentro dos noventa dias seguintes à publicação da presente Resolução, re-querer o pagamento parcelado dos débitos vencidos e não pagos, ajuizados ou não, da seguinte forma:1. O parcelamento deverá abranger todo o débito apurado;

2. Número máximo de 30 (trinta) parcelas mensais, limitado ao valor mínimo, por parcela, de R$ 55,00 (cinqüenta e cinco reais);

3. Sobre o valor das parcelas mensais incidirá correção monetária e juros de 1% ao mês;

4. No caso de inadimplemento ocorrerá o vencimento antecipado das parce-las vincendas, incidindo multa de 2% sobre o valor em atraso.

V - O parcelamento deverá ser requerido pelo interessado, por escrito, junto à Seccional ou às Subseções.

VI – O parcelamento será concedido mediante a celebração de Termo de Con-fissão de Dívida e Parcelamento de Débito conforme modelo constante do Anexo à presente Resolução, ficando a sua implementação a cargo da Ge-rência de Serviços Administrativos e Financeiros, observadas as normas cons-tantes desta Resolução.

VII – Os Presidentes das Subseções ficarão responsáveis pela formalização dos Termos de Confissão de Dívida e Parcelamento de Débito relativos aos Advo-gados e Estagiários inscritos na Seccional e que possuem domicílio profissio-nal no âmbito do seu território, encaminhando os instrumentos jurídicos e a comprovação do depósito da primeira parcela à GESAF até, no máximo, 03 (três) dias após a sua formalização;

VIII – A GESAF e as Subseções, estas no que couber, deverão adotar, também, os seguintes procedimentos: a) Exigir a comprovação, no ato da assinatura do Termo de Confissão de Dí-

vida e Parcelamento de Débito, do recolhimento, na instituição bancária recebedora, do valor referente à primeira parcela;

b) providenciar, na forma do sistema fornecido pelo Banco recebedor, a emis-são das Fichas de Compensação para pagamento das demais parcelas, en-viando-as ao advogado;

c) cuidar para que o Banco recebedor promova a emissão de relatórios quanto aos recebimentos, mantendo rigoroso controle dos pagamentos das parcelas.

IX - Os advogados excluídos e que tenham logrado êxito em Processo de Re-abilitação terão de efetuar o pagamento à vista de seus débitos, para rein-gresso efetivo nos quadros da Ordem.

X - As hipóteses não previstas nesta Resolução, bem assim, as situações es-peciais dos advogados em débito, serão resolvidas pelo Secretário Geral em conjunto com o Tesoureiro do Conselho Seccional.

XI - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua assinatura, revogadas as disposições em contrário, especialmente a Resolução nº 003, de 2003 e a Re-solução nº 004, de 2004.

Vitória-ES, em 17 de abril de 2007.

ANTÔNIO AUGUSTO GENELHU JUNIORPresidente

STEPHAN EDUARD SCHNEEBELIVice Presidente

RODRIGO RABELLO VIEIRASecretário Geral

ANDRÉ LUIZ MOREIRASecretário Geral Adjunto

MÁRCIA MARIA DE ARAÚJO ABREUTesoureira

RESOLUÇÃO Nº 01, 17 DE ABRIL DE 2007

Estabelece normas para recuperação dos créditos da OAB-ES.

pág. 15ABRIL/2007 ORDEM JURÍDICA

Page 16: Ordem Juridica 138 - Abr 2007

P R E S T A N D O C O N T A S

Nesta edição, o Ordem Jurídica traz o balanço da OAB-ES de 2006. Em conformidade com a previsão legal, o demons-trativo foi fechado no final do mês de março. O balanço apre-senta o levantamento contábil, abrangente de um período do ano, demonstrativo da situação econômica e financeira da Or-dem que constitui o documento oficial com o qual se consi-

deram encerradas as operações de resultados realizadas na-quele “exercício social”

O balanço demonstra, também, as contas ativas, ou seja, os seus bens e direitos, bem como as suas contas passivas, que representam as suas obrigações perante terceiros. Na próxima edição, começam a ser publicados os balancetes referente ao exercício de 2007.

Ordem fecha balanço de 2006

BALANÇO PATRIMONIAL COMPARADO LEVANTADO EM 31/12/2006

DISCRIMINAÇÃO EM 31/12/2005 EM 31/12/2006ATIVO

CIRCULANTE .................................................................................. 7.916.617,89 2.876.065,26 DISPONÍVEL .................................................................................. 963.771,62 1.498.755,66 Caixa .............................................................................................. 1.334,59 1.456,27 Valores com Subseções ................................................................. 295,71 295,71 CAAES Cheques a Receber ............................................................. 10.344,52 7.088,04 Bancos Conta Movimento ............................................................... 50.223,35 89.530,89 Bancos Conta Aplicação ................................................................. 901.573,45 1.400.384,75

REALIZÁVEL .................................................................................. 6.952.846,27 1.377.309,60 Anuidades a Receber 2001 a 2004 .................................................. 3.464.028,20 - Anuidades a Receber 2005 ............................................................. 1.504.200,61 - Consolidação e Parcelamentos a Receber ....................................... 408.776,49 - Adiantamentos para Subseções ..................................................... 22.388,48 16.291,48 Adiantamentos a Empregados ....................................................... - 473,43 Adiantamentos de Fornecedores ...................................................... 4.258,00 95,00 Creditos a Recuperar ....................................................................... 3.327,43 5.208,69 Debitos a Identificar ....................................................................... 6.713,23 5.778,97 Adiantamentos de Repasses Estatutários ......................................... 1.539.153,83 1.349.462,03

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ....................................................... 2.684.402,95 80.144,91 Anuidades a Recer - Dívida Ativa ..................................................... 2.590.364,87 - Multas a Receber - TED ................................................................... 6.930,00 - Cheques em Cobrança .................................................................... 87.108,08 80.144,91

PERMANENTE ................................................................................ 2.661.218,09 2.503.017,73 IMOBILIZADO .................................................................................. 2.661.218,09 2.503.017,73 Imóveis ........................................................................................... 2.120.775,91 2.120.775,91 Terrenos ......................................................................................... 12.740,00 12.740,00 Outras Imobilizações ...................................................................... 1.447.385,27 1.517.386,93 Obras em Andamento .................................................................... - 16.500,53 (-) Depreciações Acumuladas ........................................................ (919.683,09) (1.164.385,64)

TOTAL DO ATIVO ............................................................................ 13.262.238,93 5.459.227,90

DISCRIMINAÇÃO EM 31/12/2005 EM 31/12/2006

PASSIVO + PATRIMÔNIO LIQUIDO

CIRCULANTE .................................................................................. 1.032.751,66 754.451,05OBRIGAÇÕES A PAGAR .................................................................. 119.814,15 166.218,65Fornecedores ................................................................................. 10.988,00 - IRRF/CSLL/PIS/COFINS/ISS a recolher ............................................ 43,80 43,80 Creditos Terceiros .......................................................................... - 2.099,00 Honorários de Sucumbencia .......................................................... 615,92 812,53 Créditos a Identificar - Tesouraria ................................................... - 1.007,46 Creditos Anuidades a Restituir ......................................................... 2.825,30 3.835,66 Créditos a Identificar ...................................................................... 105.341,13 158.420,20

OBRIGAÇÕES ESTATUTÁRIAS ........................................................ 912.937,51 588.232,40 Conselho Federal ............................................................................ 511.138,01 414.811,46 Caixa de Assist.dos Advogados ....................................................... 231.897,71 173.420,94 Fundo Cultural ................................................................................. 169.901,79 -

RESULTADO DE EXERCICIOS FUTUROS ......................................... 7.974.300,17 - Receitas de Anuidades - 2005 ......................................................... 1.504.200,61 - Receitas de Abuidades - 2001 a 2004 ............................................. 3.464.028,20 - Receitas de Consolidado/Cancelamentos ....................................... 408.776,49 - Receitas de Dívida Ativa ................................................................. 2.597.294,87 -

PATRIMÔNIO SOCIAL ..................................................................... 4.255.187,10 4.704.776,85 Conta Patrimonial ............................................................................ 3.803.723,00 4.419.092,07 Superávit de Exercícios Anteriores ................................................... 312.264,10 - Reserva Sede Cach Itapemirim ........................................................ 139.200,00 - Resultado do Exercício .................................................................... - 285.684,78

TOTAL DO PASSIVO + PL .............................................................. 13.262.238,93 5.459.227,90

Vitória - ES, 31 de Dezembro de 2006

DR. AGESANDRO DA COSTA PEREIRAPRESIDENTE

DR. CARLOS AUGUSTO ALLEDI DE CARVALHOTESOUREIRO

JORGE MESQUITA RIBEIROCONTADOR CRC - ES 8708/P

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO APURADO EM 31/12/2006

DISCRIMINAÇÃO EM 31/12/2005 EM 31/12/2006

1-RECEITAS1.1-RECEITAS ORDINÁRIAS1.1.1-Contribuições Ordinárias ............................ 3.670.355,55 4.251.874,03 1.1.2-Taxas ......................................................... 292.608,80 245.020,82 1.1.3-Multas ....................................................... 164.481,86 218.216,42

4.127.446,21 4.715.111,27 1.2-RECEITA PATRIMONIAL1.2.1-Aplicações Financeiras .............................. 173.733,55 231.318,10

1.3-ESCOLA SUPERIOR DE ADVOCACIA1.3.1-Inscrições .................................................. 39.207,44 36.511,50 1.3.2-Locação Auditório ..................................... 4.800,00 41.311,50

1.4 - RECEITAS S/SERVIÇOS DIVERSOS1.4.1-Serviços Prestados .................................... 58.776,87 73.201,48 1.4.2-Recuperação Despesas CAAES .................. 366.229,05 176.537,25

TOTAL DAS RECEITAS ........................................ 4.765.393,12 5.237.479,60

2-DESPESAS2.2-DESPESAS ORDINÁRIAS2.2.1-Serviços,enc. e materiais Seccional ........... 967.170,10 1.136.932,56 2.2.2-Serviços,enc. e materiais Subseções ......... 244.253,40 289.028,94 2.2.3-Gastos com pessoal Seccional .................. 1.233.475,28 1.293.720,52 2.2.4-Gastos com pessoal Subseções ................ 232.780,22 278.850,30 2.2.5-Financeiras ................................................ 31.521,01 43.157,45 2.2.6-Tributarias .................................................. 22.059,36 4.268,68 2.2.7-Associações de Classe ............................. 20.611,00 23.130,40 2.2.8-Depreciações ............................................. 217.440,03 254.557,65

TOTAL DAS DESPESAS ...................................... 2.969.310,40 3.323.646,50

RESULTADO OPERACIONAL .............................. 1.796.082,72 1.913.833,10

DISCRIMINAÇÃO EM 31/12/2005 EM 31/12/2006

1.5 - RECEITAS NÃO OPERACIONAIS1.5.1 - Doações e Auxilios Financeiros ................ 19.405,13 229.893,47

19.405,13 229.893,47

RECEITA EXTRA ORÇAMENTARIA ...................... 19.405,13 229.893,47

SUPERÁVIT DO EXERCICIO ............................... 1.815.487,85 2.143.726,57

REPASSE ESTATUTARIO 1.731.991,62 1.858.041,79 RESULTADO LIQUIDO DO EXERCICIODEFICIT DO EXERCICIO APÓS REPASSESUPERÁVIT DO EXERCICIO APÓS REPASSE ...... 83.496,23 285.684,78

Vitória - ES, 31 de Dezembro de 2006

DR AGESANDRO DA COSTA PEREIRAPRESIDENTE

DR CARLOS AUGUSTO ALLEDI DE CARVALHOTESOUREIRO

JORGE MESQUITA RIBEIROCONTADOR CRC - ES 8708/P

pág. 16 ORDEM JURÍDICA ABRIL/2007