Peticao Sugestao revogacao HC Daniel Dantas

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  • 8/14/2019 Peticao Sugestao revogacao HC Daniel Dantas

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    Excelentssimo Presidente do Supremo Tribunal Federal.

    Com Base na CONSTITUIO DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988,TTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais, CAPTULO I - DOS DIREITOS EDEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS, Art. 5 Todos so iguais perante a lei, sem

    distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeirosresidentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes: XXXIV - so a todos assegurados,independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petio aos PoderesPblicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder.

    Venho, mui respeitosamente, SUGERIR, que Esta Presidncia, proponha aAVALIAO pelo Plenrio Desta Corte, se o Indiciado Daniel Dantas, devapermanecer preso, enquanto durarem as investigaes, uma vez que, a priso, emflagrante, de um de seus emissrios, por tentativa de corrupo ao Delegado da PolciaFederal, Responsvel pelas investigaes, deva ser entendido como um FATOOBJETIVO E CONCRETO, de tal forma, que seja impossivel Daniel Dantas,permanecer em liberdade durante o perodo citado, usufrindo do mencionado "HabeasCorpus" deferido. Esta sugesto parte de nosso entendimento que este deferimento,esta eivado de ilegalidade e abuso de poder, cometido por uma AutoridadeConstituda que deveria Zelar, Preservar e Fazer Cumprir o Direito Constitudo.Portanto, uma vez reconhecidas a ilegalidade e o abuso de poder, solicito que oPlenrio Desta Corte envida TODOS os esforos, utilizando de TODOS os meios deque dispuser, para que o indiciado tenha a sua priso imediatamenterestabelecida.

    1. Premissa da Sugesto - Gostaria de lembrar, que o Ministro que deferiu o"Habeas Corpus" de Daniel Dantas, foi o mesmo, que deferiu o "Habeas Corpus" deFarah Jorge Farah, criminoso CRUEL, mesmo sendo Ru CONFESSO e Condenadoa 13 anos, em regime fechado, POR UNANIMIDADE. Em seu deferimento, oMinistro, "baseou-se" na interpretao de Supremo Tribunal Federal de que "A prisopreventiva para garantia da Ordem Pblica, fundada na gravidade do delito e nanecessidade de acautelar o meio social, no encontra rspaldo na jurisprudncia desteTribunal", uma vez que, para este Ministro, Confisso e Condenao PORUNNIMIDADE no so fatos Objetivos e Concretos, de tal forma, respaldarem aimediata priso.

    Se isto um fato.....

    O que deve ser necessrio, no entendimento do citado Ministro, para serqualificado como fato objetivo e concreto, e assim, justificar uma priso, sem alegtima preocupao de ser pagamento antecipado de pena ?

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    2. Premissa da Sugesto - Texto (Anexo I) do manifesto de 42 (quarnta e dois)Procuradores da Repblica, que em solidariedade ao juiz Fausto Martin De Sanctis,da 6 Vara Federal de So Paulo, para o qual, rendo meus protestos de mais altaEstima, Considerao e Respeito.

    3. Premissa da Sugesto - Texto (Anexo II) da Ajufe (Associao dos JuzesFederais do Brasil) e da Ajufesp (Associao dos Juzes Federais de So Paulo eMato Grosso do Sul) que tambem se solidarizo ao juiz Fausto Martin De Sanctis, da 6Vara Federal de So Paulo, para o qual, rendo, mais uma vez, meus protestos de maisalta Estima, Considerao e Respeito.

    4. Premissa da Sugesto - A atitude do magistrado em teimar pelo deferimentodo "Habeas Corpus", no s agride de morte o Direito Constitudo, como tambem, ,intrinsecamente, uma presumvel induo prpria corrupo, afinal, de que vale aintegridade, e a honra, no exerccio de uma atividade Institucional, se, pelo menos,

    parte da cpula do Judicirio, assim no entende. Portanto, numa s "canetada",esto aviltantemente humilhados e degradados a Justia, o Juiz, o Ministrio Pblico, aPolcia Federal, em especial o delegado que, ousou, NO SE CORROMPER.

    5. Premissa da Sugesto - No possvel, que apenas uns poucos conheamprofundamente a Constituio da Repblica Federativa do Brasil, haja visto que, ovolume de "Habeas Corpus" deferidos, contrariando TODAS as Instncias Inferiores,no menos importantes e relevantes. Esta situao, de forma contundente, tem ocondo de espelhar uma profunda INCAPACIDADE , uma gritante IGNORNCIA , oumesmo, exercebada DESQUALIFICAO, por parte Destes "contrariados"que tambem so Integrantes do Judicirio.

    6. Premissa da Sugesto - Aqui chamo a ateno de : Para que vivamos emuma Sociedade Justa, Fraterna e Digna, indispensvel, qui visceral, que oPoder Constitudo seja claro, e suficientemente coerente, ao se pronunciarsobree com base no Direito Constitudo.

    7. Premissa da Sugesto - Aqui chamo a ateno para Rui Barbosa:

    "De tanto vertriunfaras nulidades,

    de tanto verprosperara desonra,de tanto vercrescera injustia,de tanto veragigantarem-se os poderes nas mos dos maus,o homem chega a desanimarda virtude,a rir-se da honra,a tervergonha de ser honesto",

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    Atenciosamente,

    Plnio Marcos Moreira da RochaRua Gustavo Sampaio no.112 apto. 603

    LEME Rio de Janeiro RJ

    CEP22010-010

    Tel. (21) 2542-7710

    Petio - Sugesto revogao do "Habeas Corpus" deferido a favor de Daniel Dantas

    Supremo Tribunal Federal

    Praa dos Tres Poderes

    70150-900 - Braslia DF

    Enviada atravs do SEDEX SQ005054337BRem 15 de julho de 2008

    ANEXO I - Procuradores lamentam deciso que soltou Daniel Dantas

    http://www.netlegis.com.br/index.jsp?arquivo=/detalhesNoticia.jsp&cod=42214

    Um grupo de 42 procuradores da Repblica divulgou carta aberta sociedade brasileira de pesar peladeciso do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Gilmar Mendes, que colocou em liberdadeo banqueiro Daniel Dantas. Na carta, os procuradores consideram pfio o argumento de falta defundamentao em que se baseou o Ministro para mandar soltar o banqueiro, que havia sido preso porordem do juiz Fausto Martin De Sanctis, da 6 Vara Federal de So Paulo.

    A carta dos procuradores foi divulgada no momento em que Daniel Dantas era colocado em liberdadepela segunda vez por ordem do Ministro Gilmar Mendes, depois de ter sido preso mais uma vez pordeterminao do juiz De Sanctis. O documento se refere primeira priso e primeira soltura dobanqueiro.

    Alm de lamentar o tempo recorde para a deciso, os procuradores reclamam tambm do fato de quedecises proferidas por juzos de 1 instncia possam ser diretamente desconstitudas pelo Presidentedo Supremo Tribunal Federal, suprimindo-se a participao do Tribunal Regional Federal e do SuperiorTribunal de Justia.

    Na verdade, o Ministro deu liminar em Habeas Corpus Preventivo impetrado h mais de dois meses peladefesa de Daniel Dantas e cujos pedidos de liminar j haviam sido analisados e negados pelo Tribunal

    Regional Federal da 3 Regio e pelo Superior Tribunal de Justia. No houve, portanto, a alegadasupresso de intncias.Conjur

    Leia o documento dos procuradoresCarta aberta sociedade brasileira sobre a recente deciso doPresidente do Supremo Tribunal Federal no habeas corpus n 95.009-4.

    http://www.netlegis.com.br/index.jsp?arquivo=/detalhesNoticia.jsp&cod=42214http://www.netlegis.com.br/index.jsp?arquivo=/detalhesNoticia.jsp&cod=42214
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    Dia de luto para as instituies democrticas brasileiras

    1. Os Procuradores da Repblica subscritos vm manifestar seu pesar com a recente deciso doPresidente do Supremo Tribunal Federal no Habeas Corpus 95.009-4, em que so pacientes DanielValente Dantas e Outros.As instituies democrticas brasileiras foram frontalmente atingidas pela deciso liminar que, em tempo

    recorde, sob o pfio argumento de falta de fundamentao, desconsiderou todo um trabalhocriteriosamente tratado nas 175 (cento e setenta e cinco) pginas do decreto de priso provisriaproferido por juiz federal da 1 instncia, no Estado de So Paulo.

    2.As instituies democrticas foram frontalmente atingidas pela falsa aparncia de normalidade dada aofato de que decises proferidas por juzos de 1 instncia possam ser diretamente desconstitudas peloPresidente do Supremo Tribunal Federal, suprimindo-se a participao do Tribunal Regional Federal edo Superior Tribunal de Justia.Definitivamente no h normalidade na flagrante supresso de instncias do Judicirio brasileiro, sendo,nesse sentido, indita a absurda deciso proferida pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal.

    3.No se deve aceitar com normalidade o fato de que a possvel participao em tentativa de suborno deAutoridade Policial no sirva de fundamento para o decreto de priso provisria. Definitivamente no h

    normalidade na soltura, em tempo recorde, de investigado que pode ter atuado decisivamente paracorromper e atrapalhar a legtima atuao de rgos estatais.

    4. O Regime Democrtico foi frontalmente atingido pela deciso do Presidente do Supremo TribunalFederal, proferida em tempo recorde, desconstituindo as 175 (cento e setenta e cinco) pginas dadeciso que decretou a priso temporria de conhecidas pessoas da alta sociedade brasileira, sob oargumento da necessidade de proteo ao mais fraco.Definitivamente no h normalidade em se considerar grandes banqueiros investigados por servirem demandantes para a corrupo de servidores pblicos o lado mais fraco da sociedade.

    5.As decises judiciais, em um Estado Democrtico de Direito, devem ser cumpridas, como o foi amalsinada deciso do Presidente do Supremo Tribunal Federal. Contudo, os Procuradores da Repblicasubscritos no podem permanecer silentes frente descarada afronta s instituies democrticasbrasileiras, sob pena de assim tambm contriburem para a falsa aparncia de normalidade que sepretende instaurar.

    Brasil, 11 de julho de 2008.Srgio Luiz Pinel Dias - PRESPaulo Guaresqui - PRESHelder Magno da Silva - PRESJoo Marques Brando Neto - PRSCCarlos Bruno Ferreira da Silva - PRRJLuiz Francisco Fernandes - PRR1Janice Agostinho Barreto - PRR3Luciana Sperb - PRM Guarulhos

    Ramiro Rockembach da Silva Matos Teixeira de Almeida- PRBAAna Lcia Amaral - PRR3Luciana Loureiro - PRDFVitor Veggi - PRPBLuiza Cristina Fonseca Frischeisen - PRR3Elizeta Maria de Paiva Ramos - PRR1Geraldo Assuno Tavares - PRCERodrigo Santos - PRTOEdmilson da Costa Barreiros Jnior - PRAM

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    Ana Letcia Absy - PRSPDaniel de Resende Salgado - PRGOOrlando Martello Junior - PRPRGeraldo Fernando Magalhes - PRSPSrgio Gardenghi Suiama - PRSPAdailton Ramos do Nascimento - PRMG

    Adriana Scordamaglia - PRSPFernando Lacerda Dias - PRSPSteven Shuniti Zwicker - PRM GuarulhosAnderson Santos - PRBAEdmar Machado - PRMGPablo Coutinho Barreto - PRPEMaurcio Ribeiro Manso - PRRJJulio de Castilhos - PRESgueda Aparecida Silva Souto - PRMGRodrigo Poerson - PRRJCarlos Vinicius Cabeleira - PRESMarco Tulio Oliveira - PRGOAndria Bayo Pereira Freire - PRRJ

    Fernanda Oliveira - PRM IlhusLuiz Fernando Gaspar Costa PRSPDouglas Santos Arajo PRAPPaulo Roberto de Alencar Araripe Furtado PRR1Paulo Srgio Duarte da Rocha Jnior PRRNCristianna Dutra Brunelli Ncul - PRRS

    ANEXO II - Juzes federais defendem independncia das decises por Glucia Milicio

    http://www.netlegis.com.br/index.jsp?arquivo=/detalhesNoticia.jsp&cod=42211

    Causou mal estar na magistratura a informao de que o juiz Fausto Martin De Sanctis, da 6 VaraCriminal Federal de So Paulo, teria desrespeitado deciso do presidente do Supremo Tribunal Federal,Ministro Gilmar Mendes, ao mandar prender novamente o banqueiro Daniel Dantas. Ambos entraram emrota de coliso ao apreciar fatos referentes Operao Satiagraha, que investiga um suposto esquemade crimes financeiros comandado pelo banqueiro Daniel Dantas.

    Na tera-feira (8/7), a PF prendeu Daniel Dantas, por ordem de De Sanctis. Na quarta-feira o banqueirofoi solto, por determinao de Gilmar Mendes, ao julgar liminar em pedido de Habeas Corpus preventivoque chegara ao Supremo no dia 26 de junho. Na quinta-feira (10/7), o juiz expediu nova ordem de prisocontra Daniel Dantas, com alegao de que novos fatos ocorridos aps a primeira priso do banqueiro

    justificavam a medida.

    Em defesa do juiz De Sanctis, a Ajufe (Associao dos Juzes Federais do Brasil) e a Ajufesp

    (Associao dos Juzes Federais de So Paulo e Mato Grosso do Sul) divulgaram nota para manifestarpreocupao com a sucesso de fatos envolvendo a priso de Daniel Dantas.

    De acordo com o presidente da Ajufesp, Ricardo de Castro Nascimento, no Estado Democrtico deDireito o juiz independente em suas decises. Ele ressaltou que discordar delas e decidir de formacontrria natural na democracia e na ordem constitucional. Esse confronto, no entanto, deve limitar-seao caso concreto e aos autos do processo. Qualquer coisa fora disso viola as prerrogativas domagistrado, pedra fundamental da autonomia e independncia do Poder Judicirio, registrou.

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    Na mesma linha, o presidente da Ajufe, Fernando Mattos, ressaltou que no cabe a associao nem aningum fazer uma correo da deciso que decretou a priso temporria do banqueiro, tampoucoquestionar a determinao de sua soltura ou, ainda, da que decretou sua priso preventiva.

    Cabe Ajufe, no entanto, esclarecer opinio pblica que os juzes federais de primeira instncia,assim como os magistrados de segunda instncia e os de instncia especial ou extraordinria merecem

    respeito sua independncia funcional, garantida pelo princpio do livre convencimento e do direito dedecidir segundo suas prprias convices a partir da prova existente nos autos, escreveu o presidente.

    As associaes rebatem tambm a informao divulgada pela coluna Painel, da Folha de S.Paulo, deque o juiz mandou monitorar o gabinete do Ministro Gilmar Mendes. No faz parte do carter do juiz aprtica de monitoramento de integrantes da cpula do Poder Judicirio, sobretudo do Supremo TribunalFederal. Temos a certeza de que esse fato divulgado pela imprensa ser devidamente esclarecido, diz anota da Ajufesp.

    O Ministro da Justia, Tarso Genro, e o diretor-geral da Polcia Federal, Luiz Fernando Corra, negaramna quinta-feira (10/7) ao Ministro Gilmar Mendes que agentes da PF estivessem monitorando o seugabinete. Disseram tambm desconhecer a existncia de uma fita gravada pelos agentes que registra oencontro de assessores do Ministro do STF com os advogados do banqueiro Daniel Dantas.

    Leia a nota da Ajufe

    ASSOCIAO DOS JUZES FEDERAIS DO BRASIL AJUFE, entidade de classe de mbito nacionalda magistratura federal, vem a pblico manifestar sua extrema preocupao com a sucesso de fatosdecorrente das decises envolvendo a priso do senhor Daniel Dantas.

    Esclarece a AJUFE, inicialmente, que no lhe cumpre nem a ningum, a no ser aos rgos judiciaiscompetentes manifestar-se acerca da correo, ou no, da deciso que decretou a priso temporriadesse senhor, tampouco da que determinou sua soltura ou da que decretou sua priso preventiva.

    Cabe AJUFE, no entanto, esclarecer opinio pblica que os juzes federais de primeira instncia,assim como os magistrados de segunda instncia e os de instncia especial ou extraordinria merecemrespeito sua independncia funcional, garantida pelo princpio do livre convencimento e do direito dedecidir segundo suas prprias convices a partir da prova existente nos autos.

    O Juiz Federal Fausto Martin De Sanctis, ao proferir suas decises no mbito do procedimento criminaldistribudo 6 Vara Federal Criminal da Subseo Judiciria de So Paulo (SP), da qual titular, nadamais fez do que exercer o seu papel jurisdicional, que a Constituio da Repblica Federativa do Brasil eas leis processuais do Pas lhe atribuem.

    Se das decises h inconformismo, que este seja manifestado pelos meios processuais cabveis, dentrodo devido processo legal, que inerente ao Estado Democrtico de Direito.

    Em nenhum momento o Juiz Federal Fausto Martin De Sanctis, ao decidir, desrespeitou ou desobedeceu

    qualquer rgo jurisdicional de qualquer instncia. Jamais houve qualquer pedido de monitoramento dogabinete do Ministro Gilmar Mendes, como foi afirmado na coluna Painel, da Folha de S. Paulo de hoje(11/07).

    A AJUFE v com extrema preocupao a afirmao contida na notcia divulgada nessa coluna, pois issopode representar, na verdade, uma tentativa de macular a imagem de um juiz honrado, ntegro, dedicadoao trabalho e consciente de seus deveres e obrigaes.

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    Entende a AJUFE que no adequada a atitude de encaminhar-se cpia de decises do Ministro GilmarMendes Presidncia do Tribunal Regional Federal da Terceira Regio, Corregedoria-Geral da JustiaFederal da Terceira Regio, ao Conselho da Justia Federal e Corregedoria Nacional de Justia, poisnenhum desses rgos competente para rever a deciso judicial.

    Aceitar-se que se leve para o mbito administrativo e disciplinar uma deciso judicial, proferida

    fundamentadamente, como determina a Constituio, implica violao independncia funcional do juiz,o que danoso ao Estado Democrtico de Direito.

    Nenhum juiz pode ser punido apenas porque decidiu, muito menos porque, aparentemente, sua decisopoderia ser entendida como afrontosa a deciso de instncia superior.

    A AJUFE acompanhar o caso, prestando a necessria assistncia ao Juiz Federal Fausto Martin DeSanctis.

    Braslia, 11 de julho de 2008.Fernando Cesar Baptista de MattosPresidente da AJUFE

    Leia a nota da Ajufesp

    A Ajufesp manifesta seu apoio ao juiz federal Fausto Martin de Sanctis, titular da 6Vara Criminal daJustia Federal de So Paulo.

    No Estado Democrtico de Direito, o juiz independente em suas decises. Discordar delas e decidir deforma contrria natural na democracia e na ordem constitucional, mas esse confronto deve limitar-seao caso concreto e aos autos do processo. Qualquer coisa fora disso viola as prerrogativas domagistrado, pedra fundamental da autonomia e independncia do Poder Judicirio.

    No faz parte do carter do juiz em questo a prtica de monitoramento de integrantes da cpula doPoder Judicirio, sobretudo do Supremo Tribunal Federal. Temos a certeza de que esse fato divulgadopela imprensa ser devidamente esclarecido.

    A atuao independente de um magistrado, no exerccio da funo jurisdicional, no est sujeita aqualquer espcie de controle administrativo. A legislao prev os recursos judiciais disponveis aos quese sentirem prejudicados.

    So Paulo, 11 de julho de 2008.Ricardo de Castro NascimentoPresidenteConjur