PRESTAÇÃO DE CONTAS DO PREFEITO EXERCÍCIO DE 2013consulta.tce.sc.gov.br/RelatoriosDecisao/RelatorioTecnico/4217568.pdf · 453. Prestação de Contas de Prefeito ... Diário Oficial

Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Aurora exerccio de 2013 - Reapreciao 1

PRESTAO DE CONTAS DO PREFEITO

EXERCCIO DE 2013

Municpio de Aurora

Data de Fundao 06/06/1964

Populao: 5.661 habitantes (IBGE - 2012)

PIB: 90,00 (em milhes)

(IBGE - 2011)

453


S U M R I O

INTRODUO ...................................................................................................... 4

1.1. DA SOLICITAO DA REAPRECIAO PELO PREFEITO MUNICIPAL .... 5

1.2. RESTRIES APURADAS NA ANLISE PRELIMINAR (RELATRIO N

5261/2014) ............................................................................................................ 5

2. CARACTERIZAO DO MUNICPIO ............................................................. 14

3. ANLISE DA GESTO ORAMENTRIA ..................................................... 15

3.1. Apurao do resultado oramentrio .................................................................. 16

3.2. Anlise do resultado oramentrio ..................................................................... 17

3.3. Anlise das receitas e despesas oramentrias ................................................... 18

4. ANLISE DA GESTO PATRIMONIAL E FINANCEIRA ................................ 24

4.1. Situao Patrimonial ........................................................................................... 24

4.2. Anlise do resultado financeiro ........................................................................... 25

4.2.1. Anlise do resultado financeiro por especificao de fontes de recursos ......... 26

4.3. Anlise da evoluo patrimonial e financeira ...................................................... 28

5. ANLISE DO CUMPRIMENTO DE LIMITES .................................................. 31

5.1. Sade .................................................................................................................. 31

5.2. Ensino ................................................................................................................. 33

5.2.1. Limite de 25% das receitas de impostos e transferncias .............................. 33

5.2.2. FUNDEB ........................................................................................................ 34

5.3. Limites de gastos com pessoal (LRF) .................................................................... 37

5.3.1. Limite mximo para os gastos com pessoal do Municpio ............................. 37

5.3.2. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder Executivo .................... 38

5.3.3. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder Legislativo .................. 40

6. CONSELHOS MUNICIPAIS ............................................................................ 41

6.1. Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB (CACS

FUNDEB) ................................................................................................................ 42

6.2. Conselho Municipal de Sade (CMS) ................................................................ 43

6.3. Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente......................... 46

6.3.1 Do Fundo Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente - FIA .............. 47

6.4. Conselho Municipal de Assistncia Social (CMAS) ............................................ 49

454


6.5. Conselho Municipal de Alimentao Escolar (CMAE) ....................................... 49

6.6. Conselho Municipal do Idoso (ou da Pessoa Idosa ou dos Direitos da Pessoa

Idosa) ..................................................................................................................... 51

7. DO CUMPRIMENTO DA LEI COMPLEMENTAR N 131/2009 E DO

DECRETO FEDERAL N 7.185/2010 ................................................................. 51

8. RESTRIES APURADAS ............................................................................ 56

9. SNTESE DO EXERCCIO DE 2013 ............................................................... 58

CONCLUSO ..................................................................................................... 59

ANEXO ............................................................................................................... 61

APNDICE .......................................................................................................... 62

455


PROCESSO PCP 14/00279809

UNIDADE Municpio de Aurora

RESPONSVEL Sr. Vilmar Zandonai - Prefeito Municipal

ASSUNTO Prestao de Contas do Prefeito referente ao ano de 2013 - Reapreciao

RELATRIO N 1.566/2015

INTRODUO

O Tribunal de Contas de Santa Catarina, no uso de suas

competncias para a efetivao do controle externo consoante disposto no artigo

31, 1, da Constituio Federal e dando cumprimento s atribuies assentes

nos artigos 113 da Constituio Estadual e 50 e 54 da Lei Complementar n

202/2000, procedeu ao exame das Contas apresentadas pelo Municpio de

Aurora, relativas ao exerccio de 2013.

O presente Relatrio abrange a anlise do Balano Anual do exerccio

financeiro de 2013 e as informaes dos registros contbeis e de execuo

oramentria enviadas por meio eletrnico, buscando evidenciar os resultados

alcanados pela Administrao Municipal, em atendimento s disposies dos

artigos 20 a 26 da Resoluo n TC-16/94 e artigo 22 da Instruo Normativa n

TC-02/2001, bem como o artigo 3, I da Instruo Normativa n TC-04/2004.

A referida anlise deu-se basicamente na situao Patrimonial,

Financeira e na Execuo Oramentria do Municpio, no envolvendo o exame

de legalidade e legitimidade dos atos de gesto, o resultado de eventuais

auditorias oriundas de denncias, representaes e outras, que devem integrar

processos especficos, a serem submetidos apreciao deste Tribunal de

Contas.

No que tange a anlise da situao Patrimonial e Financeira foram

abordados aspectos sobre a composio do Balano, apurao do resultado

financeiro e de quocientes patrimoniais e financeiros para auxiliar a anlise dos

resultados ao longo dos ltimos cinco exerccios.

Registre-se que a mdia regional indicada no presente relatrio

corresponde respectiva Associao de Municpios que abrange Aurora, sendo

que as mdias apresentadas foram geradas em 05/05/2015.

456


Com referncia a anlise da Gesto Oramentria tomou-se por base

os instrumentos legais do processo oramentrio, a execuo do oramento de

forma consolidada a apurao e a evoluo do resultado oramentrio,

atentando-se para o cumprimento dos limites constitucionais e legais

estabelecidos no ordenamento jurdico vigente.

1.1. DA SOLICITAO DA REAPRECIAO PELO PREFEITO

MUNICIPAL

Procedido o exame das contas do exerccio de 2013, do Municpio de

Aurora, foi emitido o Relatrio n 5.261/2014, integrante do Processo PCP

14/00279809.

Referido processo seguiu tramitao normal, sendo apreciado pelo

Tribunal Pleno em sesso de 01/12/2014, que decidiu recomendar Egrgia

Cmara de Vereadores a REJEIO das contas do exerccio de 2013, da

Prefeitura Municipal de Aurora.

Esta deciso foi comunicada ao Sr. Vilmar Zandonai - Prefeito

Municipal de Aurora, pelo ofcio n 23.413/2014 de 16/12/2014 e publicada no

Dirio Oficial Eletrnico - DOTC-e, em 16/12/2014.

O Prefeito Municipal pelo ofcio n S/N de 30/01/2015, solicitou a

reapreciao das referidas contas nos termos do artigo 55, da Lei Complementar

202/2000 e do artigo 93, I, do Regimento Interno, bem como apresentou

esclarecimentos e juntou documentos de fls. 408 a 449, dos autos.

Assim, retornaram os autos a esta Diretoria para a devida

reapreciao.

1.2. RESTRIES APURADAS NA ANLISE PRELIMINAR

(RELATRIO N 5261/2014)

1.2.1 RESTRIES DE ORDEM LEGAL

1.2.1.1 Contabilizao do Imposto sobre Produtos Industrializados pelo valor lquido no montante de R$ 41.464,69, bem como ausncia de contabilizao da deduo da referida Receita para a formao do FUNDEB, contrariando o disposto na Portaria Conjunta STN/SOF n 02/2012 que aprovou o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico - Parte I, c/c art. 85 da Lei n 4.320/64 (fls. 09 e 11 dos autos).

(Relatrio n 5261/2014, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)

457


Manifestao da Unidade:

O Responsvel no apresentou justificativas sobre esse item.

Consideraes da Anlise Tcnica:

Visto a ausncia de manifestao, mantm-se a restrio.

1.2.1.2 Dficit de execuo oramentria do Municpio (Consolidado)

da ordem de R$ 1.231.047,10, representando 8,99% da

receita arrecadada do Municpio no exerccio em exame, em

desacordo ao artigo 48, b da Lei n 4.320/64 e artigo 1, 1,

da Lei Complementar n 101/2000 (LRF), parcialmente

absorvido pelo supervit financeiro do exerccio anterior - R$

784.434,93. Registra-se o cancelamento de Restos a Pagar

no valor de R$ 89.593,03 (item 3.1 deste Relatrio).



As razes do pedido de Reapreciao e os documentos remetidos pelo Responsvel esto s fls. 408 a 449 dos autos.


O Responsvel justifica que o dficit oramentrio decorre de algumas dificuldades do primeiro ano de mandato, quais sejam: a) o reajuste de 7,97% no piso do magistrio, cujo percentual foi superior ao aumento das receitas do Municpio, principalmente por no ter havido arrecadao por conta de alienaes no exerccio de 2013. Contudo, considerando que a alienao no ocorre de maneira regular, se tal arrecadao for excluda da comparao, constata-se que em relao s receitas correntes de ICMS e FPM o percentual de aumento foi de 6,22%, conforme quadro a seguir.

Item 2012 2013 Percentual

ICMS 3.240.541,27 3.394.303,44 4,74%

FPM 5.141.088,30 5.508.918,55 7,15%

Total 8.381.629,57 8.903.221,99 6,22%

458


Alm do mais, os gastos com magistrio representam somente uma parte do montante das despesas com pessoal do Municpio. Portanto, verifica-se que o reajuste do piso do magistrio no pode ser considerado causador do dficit oramentrio ocorrido no exerccio de 2013. b) os prejuzos causados por chuvas, que teriam levado o

municpio de Aurora a decretar situao de emergncia e em funo disso ter aplicado mais de R$ 300.000,00 em aes de recuperao, em prejuzo situao oramentria e financeira do exerccio. Como comprovao dos fatos, o Responsvel remeteu cpia do Decreto municipal n 048, de 23/09/2013 (fl. 417 a 418), que declara a situao de emergncia, com vigncia por um prazo de 90 (noventa) dias. Tambm fez remessa de cpia do Dirio Oficial da Unio, com a Portaria n 116, 27/09/2013 (fl. 416), da Secretaria Nacional de Defesa Civil, que reconhece a situao de emergncia por procedimento sumrio no municpio de Aurora. Assim como, juntou relao de empenhos da execuo oramentria no perodo de 29/09/2013 a 31/12/2013 (fls. 412 a 415). A partir disso, em pesquisa no Sistema e-Sfinge, foram identificadas despesas realizadas em razo dos prejuzos causados pelas chuvas, no perodo de vigncia da situao de emergncia, no montante de R$ 240.464,80, as quais tiveram impacto no resultado oramentrio e financeiro do ente, conforme tabela a seguir.

FR NE Data NE Credor Vl.

Empenho (R$)

Histrico

0 3561 25/11/13 CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA SC

60,00 REFERENTE TAXA DE FISCALIZAO DO CREA PARA O PLANO DE RECUPERAO DAS ESTRADAS VICINAIS DESTE MUNICIPIO.

24 3702 09/12/13

POSTO DE COMBUSTIVEIS ESTRELA DO VALE LT

35.488,80

REFERENTE PROCESSO LICITATORIO N2/2013 - TOMADA D E PREO P/ COMPRA E SERVIO N2/2013 - PROPOSTA TRANSF. N09294-PROG. TRANSF.N 2013001257 (AES DE RESPOSTA E RECUPERAO DO MUNICIPIO DE AURORA).

24 3703 09/12/13 TERRAPLENAGEM ZIMMERMANN LTDA

18.800,00

REFERENTE PROCESSO LICITATORIO N54/2013 - PREGO N22/2013 - PROPOS-TA TRANSFERENCIA N0000009294 - PROGRAMA TRANSF.N2013001257 (AES

DE RESPOSTA E RECUPERAO DO MUNICIPIO DE AURORA.


11.280,00

REFERENTE PROCESSO LICITATORIO N54/2013 - PREGO N22/2013 - PROPO-STA TRANSFERENCIA N0000009294 - PROGRAMA TRANSF. N2013001257 (AES DE RESPOSTA E RECUPERAO DO MUNICIPIO DE AURORA.

459

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24 3705 09/12/13 TUBOS E PRE-MOLDADOS APIUNA LTDA

8.820,00

REFERENTE PROCESSO LICITATORIO N 13/2013 - TOMADA DE PREO COMPRA E SERVIO N 4/2013 - POROPOSTA TRANS- FERENCIA N0000009294 - PROGRAMA TRANSFERENCIA N2013001257 - (AES DE RESPOSTA E RECUPERAO DO MUNICIPIO DE AURORA. - AQUISICAO DE TUBOS DE

CONCRETO PARA MANUTEN-CAO DAMALHA VIARIA RURAL E URBANA DO MUNICIPIO.


24.781,18

REFERENTE PROCESSO LICITATORIO N3/2013 - CONVITE P/ COMPRA E SERVIOS N3/2013 - PROPOSTA TRANSFERE NCIA N 0000007822 - PROGRAMA TRANSFERENCIA N2013 000794 (RECUPERAO DE ESTRADAS VICINAIS DO MUNICI PIO DE AURORA - SC.


54.502,10

REFERENTE PROCESSO LICITATORIO N3/2013 - CONVITE P/ COMPRA E SERVIOS N3/2013 - PROPOSTA TRANSFERE NCIA N 0000007822 - PROGRAMA TRANSFERENCIA N2013 000794 (RECUPERAO DE ESTRADAS VICINAIS DO MUNICI PIO DE AURORA - SC.)

24 3708 09/12/13 MINERACAO RIO DO OURO LTDA

70.716,72

REFERENTE PROCESSO LICITATORIO N47/2013 - PREGO N20/2013 - PROPOS-TA TRANSFERENCIA N 0000007822 - PROGRAMA TRANSF. N2013000794 (RECUPERAO DE ESTRADAS VICINAIS DO MUNICIPIO DE AURORA - SC.


16.016,00

REFERENTE PROCESSO LICITATORIO N3/2013 - CONVITE P/ COMPRA E SERVIOS N3/2013 - PROPOSTA TRANSFERE NCIA N 0000009294 - PROGRAMA TRANSF. N2013 001257 (AES DE RESPOSTA E RECUPERAO DO MUNICIPI O DE AURORA.

TOTAL 240.464,80

Assim ser anotada na presente restrio, bem como na do item 1.2.1.3 a ressalva em relao aos gastos realizados para fazer frente ocorrncia de situao de emergncia municipal.

c) parcelamento junto ao INSS, no valor de R$ 236.154,62, realizado em 2013, anulando-se os empenhos relativos s contribuies patronais e s consignaes em folha. O Responsvel alega que estas contribuies deixaram de ser dvidas do Passivo Financeiro e na sua amortizao deve passar pelo oramento na amortizao desta dvida fundada. Relativo a este fato, reitera-se o posicionamento da instruo no item 1.2.1.2 do Relatrio n 5261/2014, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar, mantendo-se os valores em relao execuo oramentria do exerccio. Diante de todo o exposto, mantm-se a restrio, acrescentando-se a ressalva em relao a ocorrncia de situao de emergncia municipal.

460

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1.2.1.3 Dficit financeiro do Municpio (Consolidado) da ordem de R$ 356.954,17, resultante do dficit oramentrio ocorrido no exerccio em exame, correspondendo a 2,61% da Receita Arrecadada do Municpio no exerccio em exame (R$ 13.694.115,84), em desacordo ao artigo 48, b da Lei n 4.320/64 e artigo 1 da Lei Complementar n 101/2000 LRF (itens 4.2 e 8.1.3).



As razes do pedido de Reapreciao e os documentos remetidos pelo Responsvel esto s fls. 408 a 449 dos autos, sendo que so os mesmos apresentados para o item anterior, do dficit oramentrio.


O Responsvel apresentou em conjunto com o item anterior as mesmas justificativas para o dficit financeiro que seria decorrente de algumas dificuldades do primeiro ano de mandato, quais sejam, a concesso do o reajuste de 7,97% no piso do magistrio, os prejuzos causados por chuvas e o parcelamento de dbitos previdencirios junto ao INSS. Portanto, em razo das mesmas consideraes do item anterior, mantm-se a restrio, com as respectivas ressalvas.

1.2.1.4 Despesas registradas em DDO com recursos do FUNDEB sem disponibilidade financeira, no valor de R$ 2.821,45, em desacordo com o artigo 85 da Lei n 4.320/64 (Quadro 16-A e e-Sfinge ).



O Responsvel no apresentou manifestao sobre esse item.

461




1.2.1.5 Realizao de despesas, no montante de R$ 236.154,62,

empenhadas e canceladas no exerccio de 2013, em desacordo com os artigos 35, II e 60 da Lei n 4.320/64 (Quadros 02-A e 11-A e fls. 217/278 dos autos).






1.2.1.6 Divergncia, no valor de R$ 64,97, apurada entre a variao

do saldo patrimonial financeiro (R$ -1.141.389,10) e o resultado da execuo oramentria Dficit (R$ 1.231.047,10), considerando o cancelamento de restos a pagar de R$ 89.593,03, em afronta ao artigo 102 da Lei n 4.320/64 (Quadros 02 e 11).






462


1.2.1.7 Ausncia de disponibilizao em meios eletrnicos de acesso

pblico, no prazo estabelecido, de informaes

pormenorizadas sobre a execuo oramentria e financeira,

de modo a garantir a transparncia da gesto fiscal com os

requisitos mnimos necessrios, em descumprimento ao

estabelecido no artigo 48-A, II, da Lei Complementar n

101/2000 alterada pela Lei Complementar n 131/2009 c/c os

artigos 4, II e 7, II, do Decreto Federal n 7.185/2010 (item

1.2.1.6 e Captulo 7).






1.2.2 RESTRIES DE ORDEM REGULAMENTAR

1.2.2.1 Ausncia de encaminhamento do Parecer do Conselho

Municipal de Sade, em desatendimento ao que dispe o art.

1, 2, "a", da Resoluo n TC-77/2013 (item 6.2).






463



Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente, em

desatendimento ao que dispe o art. 1, 2, "b", da

Resoluo n TC-77/2013 (item 6.3).







Municipal de Assistncia Social em desatendimento ao que

dispe o art. 1, 2, "c", da Resoluo n TC-77/2013 (item

6.4).







Municipal de Alimentao Escolar em desatendimento ao que

dispe o art. 1, 2, "d", da Resoluo n TC-77/2013 (item

6.5).


464







Municipal do Idoso em desatendimento ao que dispe o art.

1, 2, "e", da Resoluo n TC-77/2013 (item 6.6).






luz das ponderaes de ordem tcnica referentes s justificativas

apresentadas pelo responsvel, por ventura do cumprimento das disposies

contidas no art. 55 da Lei Complementar n 202/2000 e art. 93, I, do Regimento

Interno, conforme consta do item 1.2, as contas relativas ao exerccio de 2013

passam a apresentar os seguintes dados:

465


2. CARACTERIZAO DO MUNICPIO1

O primeiro colonizador a chegar na localidade foi o alemo Otto

Wehmuth, em 1910. Otto morreu em um desastre pouco depois, mas logo

vieram as famlias Strey, Schoeninger, Gunther e Kruger. Os colonos

denominaram o lugar de Lautembarch e somente em 1943 o nome foi trocado

para Aurora. No incio, a mata fechada da regio dificultou o estabelecimento dos

imigrantes, que praticavam a agricultura de subsistncia. Com o tempo,

ampliaram as terras cultivadas. A principal fonte de renda continua sendo a

agropecuria.

O Municpio de Aurora tem uma populao estimada em 5.6612

habitantes e ndice de Desenvolvimento Humano de 0,733. O Produto Interno

Bruto alcanava o valor de R$ 90.001.127,004, revelando um PIB per capita

poca de R$ 16.201,82, considerando uma populao estimada em 2011 de

5.555 habitantes.

Grfico 01 Produto Interno Bruto PIB

Fonte: IBGE 2011

No tocante ao desenvolvimento econmico e social mensurado pelo

IDH/PNUD/2010, o Municpio de Aurora encontra-se na seguinte situao:

1 Disponvel em: www.sc.gov.br/portalturismo

2 IBGE - 2013

3 PNUD - 2010

4 Produto Interno Bruto dos Municpios IBGE/2011

0,00

50.000.000,00

100.000.000,00

150.000.000,00

200.000.000,00

Mdia AMAVI MUNICPIO

196.777.451,68

90.001.127,00

PIB EM REAIS

466


Grfico 02 ndice de Desenvolvimento Humano IDH

Fonte: PNUD 2010

3. ANLISE DA GESTO ORAMENTRIA

A anlise da gesto oramentria envolve os seguintes aspectos:

demonstrao da apurao do resultado oramentrio do presente exerccio,

com a demonstrao dos valores previstos ou autorizados pelo Poder

Legislativo; apurando-se quocientes que demonstram a evoluo relativa do

resultado da execuo oramentria do Municpio; a demonstrao da execuo

das receitas e despesas, cotejando-as com os valores orados, bem como a

evoluo do esforo tributrio, IPTU per capita e o esforo de cobrana da dvida

ativa. Por fim, apura-se o total da receita com impostos (includas as

transferncias de impostos) e a receita corrente lquida.

Segue abaixo os instrumentos de planejamento aplicveis ao

exerccio em anlise, as datas das audincias pblicas realizadas e o valor da

receita e despesa inicialmente oradas:

Quadro 01 Leis Oramentrias

LEIS DATA DAS AUDINCIAS RECEITA ESTIMADA

17.700.000,00 PPA 1.342/2009 21/07/2009

LDO 1.350/2012 14/08/2012 DESPESA FIXADA

17.700.000,00 LOA 1.462/2012 28/09/2012

0,72

0,72

0,73

0,73

0,74

0,74

0,75

BRASIL SANTA CATARINA Mdia AMAVI MUNICPIO

0,727

0,744

0,730 0,730

467


3.1. Apurao do resultado oramentrio

O confronto entre a receita arrecadada e a despesa realizada, resultou

no Dficit de execuo oramentria da ordem de R$ 994.892,48,

correspondendo a 7,27% da receita arrecadada.

Aps os ajustes da receita e despesa o municpio apresentou Dficit

de R$ 1.231.047,10.

Salienta-se que o resultado consolidado, Dficit de R$ 1.231.047,10,

composto pelo resultado do Oramento Centralizado - Prefeitura Municipal,

Dficit de R$ 968.654,24 e do conjunto do Oramento das demais Unidades

Municipais Dficit de R$ 262.392,86.

Ressalta-se que o Dficit em questo foi parcialmente absorvido

pelo supervit financeiro do exerccio anterior (R$ 784.434,93), conforme

demonstrado na apurao da variao do patrimnio financeiro (item 4.2, deste

Relatrio).

Assim, a execuo oramentria do Municpio pode ser demonstrada,

sinteticamente, da seguinte forma:

Quadro 02 Demonstrao do Resultado da Execuo Oramentria (em Reais) 2013

Descrio Previso/Autorizao Execuo % Executado

RECEITA 17.700.000,00 13.694.115,84 77,37

DESPESA (considerando as alteraes oramentrias)

18.504.337,69 14.689.008,32 79,38

Dficit de Execuo Oramentria 994.892,48

Resultado Oramentrio Consolidado Ajustado

RECEITA 17.700.000,00 13.694.115,84 77,37

DESPESA (considerando as alteraes oramentrias)

18.504.337,69 14.925.162,94 80,66

Dficit de Execuo Oramentria 1.231.047,10

Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

Quadro 02 A Ajustes do Resultado Oramentrio Consolidado

Descrio Valor

Prefeitura Municipal: Despesas liquidadas, empenhadas e canceladas e/ou no empenhadas (ajuste do exerccio atual)

153.778,61

Demais Unidades (exceto Instituto/Fundo de Previdncia): Despesas liquidadas, empenhadas e canceladas e/ou no empenhadas (ajuste do exerccio atual)

82.376,01

Total adicionado na Despesa Oramentria 236.154,62

Obs.: A divergncia entre a variao do patrimnio financeiro ajustado e o resultado da execuo

oramentria ajustada no montante de R$ 64,97 considerando o cancelamento de Restos a

Pagar no valor de R$ 89.593,03 est anotada no item 8.1.6 das "Restries de Ordem Legal" do

captulo Restries Apuradas, deste Relatrio.

468


Obs.: Vide restrio do Dficit de Execuo Oramentria anotada no item 8.1.2 das Restries

de Ordem Legal do captulo Restries Apuradas, deste Relatrio.

Obs.: Com relao s despesas liquidadas, empenhadas e canceladas no exerccio em anlise,

vide restrio anotada no item 8.1.5 das Restries de Ordem Legal, deste Relatrio.

3.2. Anlise do resultado oramentrio

A anlise da evoluo do resultado oramentrio facilitada com o

uso de quocientes, pois os resultados absolutos expressos nas demonstraes

contbeis so relativizados, permitindo a comparao de dados entre exerccios

e Municpios distintos.

A seguir exibido quadro que evidencia a evoluo do Quociente de

Resultado Oramentrio do Municpio de Aurora nos ltimos 5 anos:

Quadro 03 Quocientes de Resultado Oramentrio Ajustado 2009-2013

ITENS / ANO 2009 2010 2011 2012 2013 1 Receita realizada 10.008.804,05 9.884.692,09 11.780.277,75 13.314.415,57 13.694.115,84

2 Despesa executada 9.255.672,34 9.894.044,71 12.078.789,05 13.089.897,48 14.925.162,94

QUOCIENTE 2009 2010 2011 2012 2013 Resultado Oramentrio (12) 1,08 1,00 0,98 1,02 0,92

Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

O resultado oramentrio pode ser verificado por meio do quociente

entre a receita oramentria e a despesa oramentria. Quando esse indicador

for superior a 1,00 tem-se que o resultado oramentrio foi superavitrio

(receitas superiores s despesas).

Grfico 03 Evoluo dos Quocientes de Resultado Oramentrio: 2009 2013

Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

1,08 1,00 0,98

1,02

0,92

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

2009 2010 2011 2012 2013

Municpio Mdia AMAVI Mdia dos Municpios

469


3.3. Anlise das receitas e despesas oramentrias

Os quadros que sintetizam a execuo das receitas e despesas no

exerccio trazem tambm os valores previstos ou autorizados pelo Legislativo

Municipal, de forma que se possa avaliar a destinao de recursos pelo Poder

Executivo, bem como o cumprimento de imposies constitucionais.

No mbito do Municpio, a receita oramentria pode ser entendida

como os recursos financeiros arrecadados para fazer frente s suas despesas.

A receita arrecadada do exerccio em exame atingiu o montante de R$

13.694.115,84, equivalendo a 77,37% da receita orada.

As receitas por origem e o cotejamento entre os valores previstos e os

arrecadados so assim demonstrados:

Quadro 04 Comparativo da Receita Oramentria Prevista e Arrecadada (em Reais): 2013

RECEITA POR ORIGEM PREVISO ARRECADAO %

ARRECADADO

Receita Tributria 666.000,00 544.461,46 81,75

Receita de Contribuies 100.000,00 153.627,90 153,63

Receita Patrimonial 121.000,00 46.079,09 38,08

Receita Agropecuria 100.000,00 52.202,15 52,20

Transferncias Correntes 12.951.000,00 11.742.542,18 90,67

Outras Receitas Correntes 171.000,00 912.258,79 533,48

RECEITA CORRENTE 14.109.000,00 13.451.171,57 95,34

Alienao de Bens 20.000,00 - -

Transferncias de Capital 3.571.000,00 242.944,27 6,80

RECEITA DE CAPITAL 3.591.000,00 242.944,27 6,77

TOTAL DA RECEITA 17.700.000,00 13.694.115,84 77,37 Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge Mdulo Planejamento e Demonstrativos do Balano Geral

consolidado.

470

mailto:c@[11571]mailto:c@[11572]mailto:c@[11573]mailto:c@[11574]mailto:c@[11577]mailto:c@[11578]mailto:c@[11580]mailto:c@[11582]


Grfico 04 Composio da Receita Oramentria Arrecadada: 2013


O grfico anterior apresenta a relao de cada receita por origem com

o total arrecadado no exerccio. Destaca-se que parcela significativa da receita,

85,75%, est concentrada nas transferncias correntes.

Um aspecto importante a ser analisado na gesto da receita

oramentria pode ser traduzido como esforo tributrio. O grfico que segue

mostra a evoluo da receita tributria em relao ao total das receitas correntes

do Municpio.

Tributria 3,98%

Contribuies 1,12%

Patrimonial 0,34%

Agropecuria 0,38%

Transferncia Corrente 85,75%

Outras Correntes

6,66%

Transferncias de Capital 1,77%

471


Grfico 05 Evoluo do Esforo Tributrio (%): 2009 2013


Relativamente s receitas arrecadadas, deve-se dar destaque s

receitas prprias com impostos no exerccio da competncia tributria

estabelecida constitucionalmente e exigida pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Nesse sentido, destaca-se no grfico a seguir a evoluo do IPTU

arrecadado per capita nos ltimos 5 (cinco) anos.

Grfico 06 Evoluo Comparativa do IPTU per capita (em Reais): 2009 2013

Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados, IBGE e anlise tcnica.

3,53 3,41 3,06 3,34

4,05

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

2009 2010 2011 2012 2013


10,53 11,82 13,15 13,81

16,49

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

2009 2010 2011 2012 2013


472


A Dvida Ativa apresentou o seguinte comportamento no exerccio em

anlise:

Quadro 05 Movimentao da Dvida Ativa (em Reais): 2013

Saldo

Anterior Inscrio

Atualizao,

juros e multa

Proviso

(lquida) Recebimento

Outras

Baixas

Saldo

Final

139.001,43 53.733,80 0,00 0,00 12.669,91 0,00 180.065,32

Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados.

Importante tambm analisar a eficincia na cobrana da dvida ativa

ao longo dos ltimos cinco anos. O grfico seguinte mostra o percentual de

dvida ativa recebida em relao ao saldo do exerccio anterior:

Grfico 07 Evoluo do Esforo de Cobrana da Dvida Ativa (%): 2009 2013


No tocante as despesas executadas em contraposio s oradas

(incluindo as alteraes oramentrias), segundo a classificao funcional, tem-

se a demonstrao do prximo quadro:

Quadro 06 Comparativo entre a Despesa por Funo de Governo Autorizada e Executada: 2013

DESPESA POR FUNO DE GOVERNO

AUTORIZAO (R$) EXECUO (R$) % EXECUTADO

01-Legislativa 700.000,00 638.080,96 91,15

04-Administrao 2.307.878,15 2.260.402,45 97,94

08-Assistncia Social 285.156,44 199.278,90 69,88

10-Sade 4.042.298,39 3.394.192,95 83,97

28,14

18,97

34,23

29,76

9,11

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

2009 2010 2011 2012 2013


473



AUTORIZAO (R$) EXECUO (R$) % EXECUTADO

12-Educao 5.246.136,78 4.419.414,10 84,24

13-Cultura 46.000,00 44.350,00 96,41

20-Agricultura 1.378.124,02 814.581,29 59,11

26-Transporte 3.948.743,91 2.697.031,44 68,30

27-Desporto e Lazer 530.000,00 221.676,23 41,83

99-Reserva de Contingncia 20.000,00 - -

TOTAL DA DESPESA 18.504.337,69 14.689.008,32 79,38

Fontes: Dados do Sistema e-Sfinge Mdulo Planejamento e Demonstrativos do Balano

Geral consolidado.

A anlise entre despesa autorizada e executada configura-se

importante quando se tem como objetivo subsidiar o parecer prvio, permitindo

identificar quais funes foram priorizadas ou contingenciadas em relao

deliberao legislativa no tocante ao oramento municipal.

O grfico seguinte demonstra o cotejamento entre as despesas

autorizadas e executadas segundo as funes de governo. Trata-se de uma

representao grfica do Quadro anterior.

Grfico 08 Despesa Oramentria por Funo de Governo Autorizada x Executada: 2013


A evoluo das despesas executadas por funo de governo est

demonstrada no quadro a seguir:

91,15

97,94

69,88

83,97

84,24

96,41

59,11

68,30

41,83

0,00 2.000.000,00 4.000.000,00 6.000.000,00

01-Legislativa

04-Administrao

08-Assistncia Social

10-Sade

12-Educao

13-Cultura

20-Agricultura

26-Transporte

27-Desporto e Lazer

99-Reserva de Contingncia

AUTORIZAO

EXECUO

474


Quadro 07 Evoluo das Despesas Executadas por Funo de Governo (em Reais): 2009 2013


2009 2010 2011 2012 2013

01-Legislativa 353.162,26 378.985,06 436.283,22 534.384,76 638.080,96

04-Administrao 1.520.538,67 1.439.357,88 1.620.483,48 1.724.148,11 2.260.402,45

06-Segurana Pblica 16.569,67 - - - -

08-Assistncia Social 145.220,12 68.299,71 153.615,32 153.760,56 199.278,90

10-Sade 1.911.999,37 2.066.605,52 2.712.932,04 2.992.588,63 3.394.192,95

12-Educao 2.318.187,69 2.937.745,29 3.456.833,13 3.668.120,25 4.419.414,10

13-Cultura - 91.099,35 68.852,42 55.580,99 44.350,00

18-Gesto Ambiental 527,50 - - - -

20-Agricultura 513.001,78 1.018.125,18 1.220.994,37 1.155.203,48 814.581,29

26-Transporte 2.270.326,13 1.803.880,08 2.250.400,50 2.668.711,30 2.697.031,44

27-Desporto e Lazer 197.212,27 89.946,64 158.394,57 137.399,40 221.676,23

28-Encargos Especiais 251.732,56 - - - -

TOTAL DA DESPESA REALIZADA 9.498.478,02 9.894.044,71 12.078.789,05 13.089.897,48 14.689.008,32


No quadro a seguir, demonstra-se a apurao das receitas decorrente

de impostos, informao utilizada no clculo dos limites com sade e educao.

Quadro 08 Apurao da Receita com Impostos: 2013

RECEITAS COM IMPOSTOS (includas as transferncias de impostos)

Valor (R$) %

Imposto Predial e Territorial Urbano 93.373,20 0,94

Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza 88.795,29 0,90

Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer Natureza 119.757,79 1,21

Imposto s/Transmisso Inter vivos de Bens Imveis e Direitos Reais sobre Bens Imveis

74.922,74 0,76

Cota do ICMS 3.394.303,44 34,24

Cota-Parte do IPVA 537.490,33 5,42

Cota-Parte do IPI sobre Exportao 51.830,86 0,52

Cota-Parte do FPM 5.508.918,55 55,57

Cota do ITR 8.166,89 0,08

Transferncias Financeiras do ICMS - Desonerao L.C. n 87/96 15.842,51 0,16

Receita de Dvida Ativa Proveniente de Impostos 10.572,67 0,11

Receita de Multas e Juros provenientes de impostos, inclusive da dvida ativa decorrente de impostos

10.043,49 0,10

TOTAL DA RECEITA COM IMPOSTOS 9.914.017,76 100,00


475


O ingresso de recursos provenientes de impostos tem importncia na

gesto oramentria municipal, eis que serve como denominador dos

percentuais mnimos de aplicao em sade e educao.

Da mesma forma, o total da Receita Corrente Lquida (RCL),

demonstrado no quadro seguinte, serve como parmetro para o clculo dos

percentuais mximos das despesas de pessoal estabelecidos na Lei de

Responsabilidade Fiscal.

Quadro 09 Apurao da Receita Corrente Lquida: 2013

DEMONSTRATIVO DA RECEITA CORRENTE LQUIDA DO MUNICPIO Valor (R$)

Receitas Correntes Arrecadadas 15.301.156,10

(-) Deduo das receitas para formao do FUNDEB 1.849.984,53

TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 13.451.171,57


4. ANLISE DA GESTO PATRIMONIAL E FINANCEIRA

A anlise compreendida neste captulo consiste em demonstrar a

situao patrimonial existente ao final do exerccio, em contraposio situao

existente no final do exerccio anterior; discriminando especificamente a variao

da situao financeira do Municpio e sua capacidade de pagamento de curto

prazo.

4.1. Situao Patrimonial

A situao patrimonial do Municpio est assim demonstrada:

Quadro 10 Balano Patrimonial do Municpio de Aurora (em Reais): 2012 2013

ATIVO 2012 2013

PASSIVO 2012 2013

Financeiro 1.551.758,01 875.907,13

Disponvel 1.551.780,39 866.853,59

Bancos Conta Movimento 347.062,72 50.212,80

Bancos Conta Vinculada 1.204.652,70 816.640,79

Aplicaes Financeiras de

Recursos Prprios 64,97 -

Realizvel -22,38 9.053,54

Crditos a Receber -22,38 9.053,54

Financeiro 767.323,08 996.706,68

Depsitos 75.250,21 304.677,62

Consignaes 55.436,01 261.618,27 (*)

Depsitos de Diversas

Origens 19.814,20 43.059,35

Restos a Pagar 692.072,87 692.029,06

Obrigaes a Pagar 692.072,87 692.029,06

Permanente 5.049.970,34 5.781.547,46

Crditos - 68,10

Devedores - Entidades e

Agentes

- 68,10

Permanente 254.035,89 179.441,84

Dvida Fundada 254.035,89 179.441,84

DIVERSAS PROVISES 0,00 0,00

476


ATIVO 2012 2013

PASSIVO 2012 2013

Dvida Ativa 139.001,43 180.065,32

Crditos Inscritos em Dvida

Ativa a Longo Prazo

139.001,43 180.065,32

Imobilizado 4.910.968,91 5.601.414,04

Bens Mveis e Imveis 4.910.968,91 5.601.414,04

Bens Imveis 580.222,29 778.478,75

Bens Mveis 4.330.746,62 4.822.935,29

Valores Pendentes a

Longo Prazo

0,00 0,00

ATIVO REAL 6.601.728,35 6.657.454,59

SALDO PATRIMONIAL 0,00 0,00

PASSIVO REAL 1.021.358,97 1.176.148,52

SALDO PATRIMONIAL 5.580.369,38 5.481.306,07

Ativo Real Lquido 5.580.369,38 5.481.306,07

TOTAL 6.601.728,35 6.657.454,59

TOTAL 6.601.728,35 6.657.454,59

Fonte: Demonstrativos do Balano Geral Consolidado.

* Ajuste efetuado em razo da anlise realizada na restrio 1.2.1.2, do Relatrio n 5261/2014, de

Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar.

Obs.: A divergncia, no valor de R$ 261.618,27, entre o Resultado Patrimonial apurado na

Demonstrao das Variaes Patrimoniais Anexo 15 (R$ 162.554,96) e o Saldo Patrimonial do

exerccio corrente, apurado no Balano Patrimonial Anexo 14, (R$ 5.481.306,07), deduzido o

Saldo Patrimonial do exerccio anterior (R$ 5.580.369,38), em decorrncia do ajuste efetuado

pela Instruo.

Obs.: A divergncia, no valor de R$ 261.618,27, entre o saldo apresentado na Demonstrao da

Dvida Flutuante Anexo 17 (R$ 735.088,41) e o saldo do Passivo Financeiro constante do

Balano Patrimonial Anexo 14 da Lei n 4.320/64 (R$ 996.706,68), em decorrncia do ajuste

efetuado pela Instruo.

4.2. Anlise do resultado financeiro

Dentre os componentes patrimoniais relevante no processo de

anlise das contas municipais, para fins de emisso do parecer prvio, a

verificao da evoluo do patrimnio financeiro e, sobretudo, a apurao da

situao financeira no final do exerccio, eis que a existncia de passivos

financeiros superiores a ativos financeiros revela restries na capacidade de

pagamento do Municpio frente s suas obrigaes financeiras de curto prazo.

O confronto entre o Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro do

exerccio encerrado resulta em Dficit Financeiro de R$ 356.954,17 e a sua

correlao demonstra que para cada R$ 1,00 (um real) de recursos financeiros

existentes, o Municpio possui R$ 1,41 de dvida de curto prazo.

Em relao ao exerccio anterior, ocorreu variao negativa de R$

1.141.389,10 passando de um Supervit de R$ 784.434,93 para um Dficit de

R$ 356.954,17.

Registre-se que a Prefeitura apresentou um Dficit de R$ 215.338,31.

Dessa forma, a variao do patrimnio financeiro do Municpio durante

o exerccio demonstrada no quadro seguinte:

477


Quadro 11 Variao do patrimnio financeiro do Municpio (em Reais) 2012 - 2013

Grupo Patrimonial Saldo inicial Saldo final Variao

Ativo Financeiro 1.551.758,01 875.907,13 -675.850,88

Passivo Financeiro 767.323,08 1.232.861,30 465.538,22

Saldo Patrimonial Financeiro Ajustado 784.434,93 -356.954,17 -1.141.389,10 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

O saldo patrimonial financeiro foi ajustado pelas seguintes situaes:

Quadro 11 A Ajustes do Patrimnio Financeiro (em Reais)

Descrio Valor

Prefeitura: Despesas liquidadas, empenhadas e canceladas e/ou no empenhadas Ajuste exerccio atual

153.778,61

Demais Unidades: Despesas liquidadas, empenhadas e canceladas e/ou no empenhadas Ajuste exerccio atual

82.376,01

Total acrescido no Saldo Final do Passivo Financeiro 236.154,62

Obs.: A divergncia entre a variao do Saldo Patrimonial Financeiro e o Resultado da Execuo

Oramentria consta como restrio anotada no item 8.1.6 das Restries de Ordem Legal do


Obs.: Vide restrio anotada Dficit Financeiro no item 8.1.3 das Restries de Ordem Legal do


4.2.1. Anlise do resultado financeiro por especificao de

fontes de recursos

A situao financeira analisada neste item tem como objetivo

demonstrar o confronto entre os recursos financeiros e as respectivas obrigaes

financeiras, segregadas por vnculo de recurso.

Referida anlise atende ao que determina o artigo 8, 50, I da Lei de

Responsabilidade Fiscal LRF, ou seja, vincular os recursos a sua

disponibilidade especfica.

Para o clculo utilizou-se os seguintes critrios:

a) FR Fonte de Recursos: refere-se discriminao das

especificaes das fontes de recursos, conforme tabela de destinao de receita

deste Tribunal de Contas;

b) Disponibilidade de Caixa Bruta: constitui-se dos saldos recursos

financeiros (caixa, bancos, aplicaes financeiras e outras disponibilidades

financeiras) em 31/12/2013, segregados por especificaes de fontes de

recursos;

478


c) Obrigaes financeiras: representa os valores, igualmente por

disponibilidade de fontes de recursos, dos depsitos de terceiros e resultantes de

consignaes, caues, outros depsitos de diversas origens e dos restos a

pagar, sendo que, este ltimo refere-se s despesas empenhadas, liquidadas ou

no, e que esto pendentes de pagamento.

Ressalta-se, todavia, que em razo da anlise tcnica decorrente de

auditorias, levantamentos, ofcios circulares encaminhados aos jurisdicionados,

entre outros instrumentos de verificaes, poder haver ajustes na

disponibilidade de caixa e nas obrigaes financeiras apresentadas pelo ente.

d) Disponibilidade de Caixa lquida/resultado financeiro: evidencia o

resultado financeiro por especificaes de fontes de recursos, apurado entre o

confronto dos recursos financeiros e as obrigaes financeiras, levando-se em

considerao os possveis ajustes.

No tocante ao Samae - Servio Autnomo Municipal de gua e

Esgoto, Autarquias e Empresas Pblicas, suas disponibilidades de caixa sero

consideradas como recursos vinculados, mesmo que registradas contabilmente

com especificao de Fonte de Recursos 00 - recursos ordinrios. O mesmo

procedimento ser adotado com relao s obrigaes financeiras.

A seguir, expe-se resumo da situao constatada do Municpio de

Aurora, sendo que no Apndice, deste Relatrio, encontra-se o clculo de forma

detalhada.

Quadro 11- B Demonstrativo do Resultado Financeiro por especificaes de Fonte de Recurso (em Reais)

FONTE DE RECURSOS

DISPONIBILIDADE DE CAIXA LQUIDA

/ INSUFICINCIA FINANCEIRA

Supervit / Dficit

RECURSOS VINCULADOS

00 - Recursos Ordinrios 0,00 Supervit

12 - Servios de Sade 441,75 Supervit

16 - Contribuio de Interveno do Domnio Econmico - CIDE -6.057,12 Dficit

17 - Contribuio para o Custeio dos Servios de Iluminao Pblica - COSIP

-1.665,76 Dficit

18 - Transferncias do FUNDEB - (aplicao na remunerao dos profissionais do Magistrio em efetivo exerccio na Educao Bsica) - R$ -104.147,28 -114.193,52 Dficit 19 - Transferncias do FUNDEB - (aplicao em outras despesas da Educao Bsica) - R$ -10.046,24

22 - Transferncias de Convnios - Educao -21.975,86 Dficit

23 - Transferncias de Convnios - Sade 61.746,00 Supervit

24 - Transferncias de Convnios - Outros (no relacionados educao/sade/assistncia social)

547.425,83 Supervit

52 - Outras Transferncias de Recursos para o Fundo de Assistncia Social

1.822,36 Supervit

58 - Salrio Educao -1.543,71 Dficit

59 - Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE 0,00 Supervit

60 - Programa Nacional de Alimentao Escolar - PNAE -9.337,71 Dficit

61 - Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar - PNATE 0,00 Supervit

479


FONTE DE RECURSOS

DISPONIBILIDADE DE CAIXA LQUIDA

/ INSUFICINCIA FINANCEIRA

Supervit / Dficit

64 - Ateno Bsica -87.092,57 Dficit

66 - Vigilncia em Sade 19.609,41 Supervit

67 - Assistncia Farmacutica Bsica 24.210,29 Supervit

71 - Outros Recursos do Fundo Nacional de Sade -1.582,62 Dficit

77 - FIA Imposto de Renda 27,00 Supervit

89 - Alienaes de Bens destinados a Outros Programas 190,47 Supervit

SOMATRIO DAS FONTES DE RECURSOS COM INSUFICINCIA FINANCEIRA

-243.448,87

RECURSOS ORDINRIOS

00 - Recursos Ordinrios -446.743,02

01- Receitas de Impostos e de Transferncia de Impostos - Educao -163.287,27

02 - Receitas de Impostos e de Transferncia de Impostos - Sade -158.948,12

TOTAL RECURSOS NO VINCULADOS -768.978,41 Dficit

Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge. * As disponibilidades de caixa da Cmara Municipal de Aurora foram consideradas como

recursos vinculados.

4.3. Anlise da evoluo patrimonial e financeira

A presente anlise est baseada na demonstrao de quocientes e/ou

ndices, os quais podem ser definidos como nmeros comparveis obtidos a

partir da diviso de valores absolutos, destinados a medir componentes

patrimoniais, financeiros e oramentrios existentes nas demonstraes

contbeis.

Os quocientes escolhidos para viabilizar a anlise da evoluo

patrimonial e financeira do Municpio, nos ltimos cinco anos, esto dispostos no

quadro a seguir, com a devida memria de clculo:

Quadro 12 Quocientes de Situao Patrimonial e Financeira 2009 2013

ITENS / ANO 2009 2010 2011 2012 2013 1 Despesa Executada 9.498.478,02 9.894.044,71 12.078.789,05 13.089.897,48 14.689.008,32

2 Restos a Pagar 0,00 0,00 306.842,55 692.072,87 692.029,06

3 Ativo Financeiro Ajustado 943.012,72 863.440,64 901.220,65 1.551.758,01 875.907,13

4 Passivo Financeiro Ajustado 85.909,05 15.101,34 351.693,81 767.323,08 1.232.861,30

5 Ativo Real 4.889.721,26 5.299.999,65 5.765.947,87 6.601.728,35 6.657.454,59

6 Passivo Real 543.987,92 439.711,05 684.626,36 1.021.358,97 1.176.148,52

QUOCIENTES 2009 2010 2011 2012 2013 Resultado Patrimonial (56) 8,99 12,05 8,42 6,46 5,66

Situao Financeira (34) 10,98 57,18 2,56 2,02 0,71

Restos a Pagar (21)*100 0,00 0,00 2,54 5,29 4,71


O Quociente do Resultado Patrimonial resultante da relao entre o

Ativo Real e o Passivo Real.

480


No h um parmetro mnimo definido, mas se o resultado deste

quociente apresentar-se inferior a 1,00 ser indicativo da existncia de dvidas

(curto e longo prazo) sem ativos suficientes para cobri-las.

Grfico 09 Evoluo do Quociente de Resultado Patrimonial: 2009 2013


Como demonstra o grfico anterior, no final do exerccio de 2013 o

Ativo Real apresenta-se 5,66 vezes maior que o Passivo Real (dvidas).

O Quociente da Situao Financeira resultante da relao entre o

Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro, demonstrando a capacidade de

pagamento de curto prazo do Municpio.

O ideal que esse quociente apresente valor maior que 1,00, pois

assim indicar que as obrigaes financeiras de curto prazo podem ser cobertas

pelos ativos financeiros do Municpio.

8,99

12,05

8,42 6,46 5,66

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

2009 2010 2011 2012 2013


481


Grfico 10 Evoluo do Quociente da Situao Financeira: 2009 2013


Como demonstra o grfico, a situao financeira do Municpio

apresenta-se Deficitria, sendo que no final do exerccio de 2013 o Ativo

Financeiro representa 0,71 vezes o valor do Passivo Financeiro.

O Quociente de Restos a Pagar (processados e no processados)

expressa em termos percentuais relao entre o saldo final dos restos a pagar

e o total da Despesa Oramentria.

Quanto menor esse quociente, menos comprometida ser a gesto

oramentria e o fluxo financeiro do Municpio. Aumentos significativos deste

quociente podem indicar que o Municpio no est conseguindo pagar no

exerccio as despesas que nele empenhou.

A situao apresentada pelo Municpio de Aurora demonstrada no

grfico a seguir:

10,98

57,18

2,56 2,02 0,71 0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

2009 2010 2011 2012 2013


482


Grfico 11 Evoluo do Quociente de Restos a Pagar (%): 2009 2013


Verifica-se no grfico anterior que o saldo final de Restos a Pagar

corresponde a 4,71% da despesa oramentria do exerccio.

5. ANLISE DO CUMPRIMENTO DE LIMITES

O ordenamento vigente estabelece limites mnimos para aplicao de

recursos na Educao e Sade, bem como os limites mximos para despesas

com pessoal.

5.1. Sade

Limite: mnimo de 15% das receitas com impostos, inclusive

transferncias, de aplicao em Aes e Servios Pblicos de Sade para o

exerccio de 2013 artigo 77, III, e 4, do Ato das Disposies Constitucionais

Transitrias - ADCT.

Constatou-se que o Municpio aplicou o montante de R$ 2.507.773,96

em gastos com Aes e Servios Pblicos de Sade, o que corresponde a

25,30% da receita proveniente de impostos, sendo aplicado A MAIOR o valor de

R$ 1.020.671,30, representando 10,30% do mesmo parmetro, CUMPRINDO o

disposto no artigo 77, III, e 4, do Ato das Disposies Constitucionais

Transitrias - ADCT.

0,00 0,00

2,54

5,29

4,71

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

2009 2010 2011 2012 2013


483


A apurao das despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade,

pode ser demonstrada da seguinte forma:

Quadro 13 Apurao das Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade: 2013

COMPONENTE VALOR (R$) %

Total da Receita com Impostos 9.914.017,76 100,00

Total das Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade 3.394.192,95 34,24

Ateno Bsica 3.394.192,95 34,24

(-) Total das Dedues com Aes e Servios Pblicos de Sade* 886.418,99 8,94

Total das Despesas para Efeito do Clculo 2.507.773,96 25,30

Valor Mnimo a ser Aplicado 1.487.102,66 15,00

Valor Acima do Limite 1.020.671,30 10,30

Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues, incluindo-se os convnios, dispostas no Anexo deste Relatrio.

O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da

aplicao em Aes e Servios Pblicos de Sade:

Grfico 12 Evoluo Histrica e Comparativa da Sade (%): 2009 2013


O grfico anterior demonstra que o Municpio de Aurora em 2013

aumentou seus gastos com Aes e Servios Pblicos de Sade, em termos

percentuais, quando comparado ao exerccio anterior.

16,46

22,36 24,23 24,03

25,30

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

2009 2010 2011 2012 2013

Municpio Mdia AMAVI Mdia dos Municpios Limite

484


5.2. Ensino

5.2.1. Limite de 25% das receitas de impostos e transferncias

Limite: mnimo de 25% proveniente de impostos, compreendida a

proveniente de transferncias, em gastos com Manuteno e Desenvolvimento

do Ensino (exerccio de 2013) art. 212 da Constituio Federal.

Apurou-se que o Municpio aplicou o montante de R$ 3.556.794,07 em

gastos com manuteno e desenvolvimento do ensino, o que corresponde a

35,88% da receita proveniente de impostos, sendo aplicado A MAIOR o valor de

R$ 1.078.289,63, representando 10,88% do mesmo parmetro, CUMPRINDO o

disposto no artigo 212 da Constituio Federal.

A apurao das despesas com a Manuteno e Desenvolvimento do

Ensino, pode ser demonstrada da seguinte forma:

Quadro 14 Apurao das Despesas com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino: 2013


Total da Receita com Impostos 9.914.017,76 100,00

Valor Aplicado Educao Infantil 885.419,38 8,93

Educao Infantil 885.419,38 8,93

Valor Aplicado Ensino Fundamental 3.533.922,72 35,65

Ensino Fundamental 3.533.922,72 35,65

(-) Total das Dedues com Educao Bsica* 842.437,64 8,50

(-) Ganho com FUNDEB 18.128,63 0,18

(-) Rendimentos de Aplicaes Financeiras 1.981,76 0,02

Total das Despesas para efeito de Clculo 3.556.794,07 35,88

Valor Mnimo a ser Aplicado 2.478.504,44 25,00

Valor Acima do Limite (25%) 1.078.289,63 10,88 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica. *Dedues, incluindo-se os convnios, dispostas no Anexo deste Relatrio.


aplicao em Manuteno e Desenvolvimento do Ensino:

485


Grfico 13 Evoluo Histrica e Comparativa do Ensino (%): 2009 2013


O grfico anterior demonstra que o Municpio de Aurora em 2013

aumentou seus gastos com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino, em

termos percentuais, quando comparado ao exerccio anterior.

5.2.2. FUNDEB

Limite 1: mnimo de 60% dos recursos oriundos do FUNDEB na

remunerao dos profissionais do magistrio em efetivo exerccio art. 60, XII,

do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias - ADCT c/c art. 22 da Lei n

11.494/07.

Verificou-se que o Municpio aplicou o valor de R$ 1.635.797,49,

equivalendo a 87,47% dos recursos oriundos do FUNDEB, em gastos com a

remunerao dos profissionais do magistrio em efetivo exerccio, CUMPRINDO

o estabelecido no artigo 60, inciso XII do Ato das Disposies Constitucionais

Transitrias (ADCT) e artigo 22 da Lei n 11.494/2007.

A apurao das despesas com profissionais do magistrio em efetivo

exerccio pode ser demonstrada da seguinte forma:

Quadro 15 Apurao das Despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio

FUNDEB: 2013

COMPONENTE VALOR (R$)

Transferncias do FUNDEB 1.868.113,16

(+) Rendimentos de Aplicaes Financeiras das Contas do FUNDEB 1.981,76

Total dos recursos oriundos do FUNDEB 1.870.094,92

60% dos Recursos Oriundos do FUNDEB 1.122.056,95

28,81

31,69 30,06

31,39

35,88

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

2009 2010 2011 2012 2013


486


Despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio aplicadas com Recursos do FUNDEB

1.635.797,49

Valor Acima do Limite 513.740,54

Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e da anlise tcnica.


aplicao em despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio:

Grfico 14 Evoluo Histrica e Comparativa 60% do FUNDEB (%): 2009 2013


Limite 2: mnimo de 95% dos recursos oriundos do FUNDEB (no

exerccio financeiro em que forem creditados), em despesas com Manuteno e

Desenvolvimento da Educao Bsica art. 21 da Lei n 11.494/07.

Constatou-se que o Municpio aplicou o valor de R$ 1.867.273,47,

equivalendo a 99,85% dos recursos oriundos do FUNDEB, em despesas com

Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica, CUMPRINDO o

estabelecido no artigo 21 da Lei n 11.494/2007.

A apurao das despesas com Manuteno e Desenvolvimento da

Educao Bsica com recursos oriundos do FUNDEB pode ser demonstrada da

seguinte forma:

73,33

100,00 100,00 100,00

87,47

0,00

20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

120,00

2009 2010 2011 2012 2013


487


Quadro 16 Apurao das Despesas com FUNDEB: 2013


Total dos Recursos Oriundos do FUNDEB 1.870.094,92

95% dos Recursos do FUNDEB 1.776.590,17

Despesas com manuteno e desenvolvimento da educao bsica aplicadas no exerccio com recursos do FUNDEB *

1.867.273,47

Valor Acima do Limite 90.683,30


Obs.: * Apurao efetuada com base na execuo oramentria (despesas empenhadas, liquidadas e pagas e os restos a pagar inscritos no exerccio com disponibilidade financeira, considerando-se ainda as possveis excluses relativas s despesas imprprias, entre outras).

O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da aplicao

em Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica com recursos oriundos

do FUNDEB:

Grfico 15 Evoluo Histrica e Comparativa 95% do FUNDEB (%): 2009 2013


Com relao s despesas com Manuteno e Desenvolvimento da

Educao Bsica custeadas com recursos do FUNDEB, no exerccio em anlise,

o Municpio de Aurora reduziu sua aplicao, quando comparado ao exerccio

anterior.

97,11

100,00 100,00 100,00 99,85

86,00

88,00

90,00

92,00

94,00

96,00

98,00

100,00

102,00

2009 2010 2011 2012 2013


488


Limite 3: utilizao dos recursos do FUNDEB, no exerccio seguinte

ao do recebimento e mediante abertura de crdito adicional - artigo 21, 2 da

Lei n 11.494/2007.

Ante a inexistncia de saldo no encerramento do exerccio de 2012 de

recursos do FUNDEB, resta prejudicada a verificao prevista no art. 21, 2 da

Lei n 11.494/2007.

Supervit financeiro do FUNDEB em 31/12/2013: No tocante ao

controle da utilizao dos recursos do FUNDEB para o exerccio seguinte

apresenta-se o Quadro abaixo:

Quadro 16A Controle da utilizao de recursos para o exerccio subsequente (art. 21, 2 da

Lei n 11.494/2007


Saldo Financeiro do FUNDEB em 31/12/2013 3.464,47

(-) Despesas inscritas em Restos a Pagar no exerccio e em exerccios anteriores pendentes de pagamento e/ou despesas registradas em DDO no exerccio, com disponibilidade dos recursos do FUNDEB

3.464,47

(=) Recursos do FUNDEB que no foram utilizados 0,00

Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge e anlise tcnica.

Obs.: Constatou-se a existncia de despesas registradas em DDO sem cobertura financeira com

recursos do FUNDEB, vide restrio anotada em "Restries de Ordem Legal".

5.3. Limites de gastos com pessoal (LRF)

5.3.1. Limite mximo para os gastos com pessoal do Municpio

Limite: 60% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal

do Municpio art. 169 da Constituio Federal c/c o art. 19, III da Lei

Complementar n 101/2000 (LRF).

Quadro 17 Apurao das Despesas com Pessoal do Municpio: 2013


TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 13.451.171,57 100,00

LIMITE DE 60% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 8.070.702,94 60,00

Despesas com Pessoal do Poder Executivo 6.702.023,90 49,82

Pessoal e Encargos 6.702.023,90 49,82

Despesas com Pessoal do Poder Legislativo 466.047,44 3,46

Pessoal e Encargos 466.047,44 3,46

Total das dedues das despesas com pessoal* 499,00 -

489


TOTAL DA DESPESA PARA EFEITO DE CLCULO DA DESPESA COM PESSOAL DO MUNICPIO

7.167.572,34 53,29

Valor Abaixo do Limite (60%) 903.130,60 6,71 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues dispostas no Anexo deste Relatrio.

No exerccio em exame, o Municpio gastou 53,29% do total da receita

corrente lquida em despesas com pessoal, CUMPRINDO o limite contido no

artigo 169 da Constituio Federal, regulamentado pela Lei Complementar n

101/2000.

O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das

despesas com pessoal do Municpio:

Grfico 16 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Municpio: 2009 2013


O grfico anterior mostra a reduo dos gastos com pessoal do

Municpio de Aurora, quando comparado ao exerccio anterior.

5.3.2. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder

Executivo


do Poder Executivo (Prefeitura, Fundos, Fundaes, Autarquias e Empresas

Estatais Dependentes) Artigo 20, III, 'b' da Lei Complementar n 101/2000

(LRF).

45,71 49,00 48,62

55,59 53,29

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

2009 2010 2011 2012 2013


490


Quadro 18 Apurao das Despesas com Pessoal do Poder Executivo: 2013



LIMITE DE 54% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 7.263.632,65 54,00

Despesas com Pessoal do Poder Executivo 6.702.023,90 49,82

Dedues das despesas com pessoal do Poder Executivo* 499,00 -

Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Executivo

6.701.524,90 49,82

Valor Abaixo do Limite (54%) 562.107,75 4,18 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues dispostas no Anexo deste Relatrio.

O demonstrativo acima comprova que, no exerccio em exame, o

Poder Executivo gastou 49,82% do total da receita corrente lquida em despesas

com pessoal, CUMPRINDO a norma contida no artigo 20, III, 'b' da Lei

Complementar n 101/2000.


despesas com pessoal do Poder Executivo:

Grfico 17 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Executivo: 2009 2013


Da anlise do grfico, verifica-se que os gastos com pessoal do Poder

Executivo reduziram, quando comparado ao exerccio anterior.

43,09 46,37 46,16

52,84 49,82

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

2009 2010 2011 2012 2013


491


5.3.3. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder

Legislativo


do Poder Legislativo (Cmara Municipal) Artigo 20, III, 'a' da Lei Complementar

n 101/2000 (LRF).

Quadro 19 Apurao das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo: 2013



LIMITE DE 6% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 807.070,29 6,00

Despesas com Pessoal do Poder Legislativo 466.047,44 3,46

Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo

466.047,44 3,46

Valor Abaixo do Limite (6%) 341.022,85 2,54 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

O Poder Legislativo gastou, no exerccio em exame, 3,46% do total da

receita corrente lquida em despesas com pessoal, CUMPRINDO a norma

contida no artigo 20, III, 'a' da Lei Complementar n 101/2000.


despesas com pessoal do Poder Legislativo:

Grfico 18 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Legislativo: 2009

2013

2,62 2,64 2,46 2,75

3,46

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

2009 2010 2011 2012 2013


492


Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica. O estudo evolutivo dos gastos com pessoal da Cmara expe que

houve um aumento do percentual quando comparado ao exerccio anterior.

6. CONSELHOS MUNICIPAIS

Os Conselhos Municipais so considerados rgos pblicos que

contribuem de forma significativa na execuo de polticas pblicas setoriais.

Podem ser de natureza obrigatria ou discricionria, ou seja, os de

criao obrigatria so exigidos por leis federais, cujas funes so definidas

como deliberativas, fiscalizadoras, assessoramento, supervisora e executiva;

enquanto que os discricionrios so decorrentes de legislao municipal.

O artigo 20, 2 da Resoluo n TC-16/94, alterado pelo artigo 1 da

Resoluo n. TC 077/2013, de 29 de abril de 2013 exige a remessa dos

pareceres dos conselhos obrigatrios, juntamente com a prestao de contas

anual, quais sejam:

a) Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do

Fundeb, previsto no art. 24, da Lei Federal n. 11.494, de 20 de junho de 2007.

b) Conselho Municipal de Sade, previsto no art. 1, caput e 2 da Lei

Federal n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990;

c) Conselho Municipal dos Diretitos da Infncia e do Adolescente,

previsto no art. 88, inciso II da Lei Federal n. 8.069, de 13 de junho de 1990;

d) Conselho Municipal de Assistncia Social, previsto no art. 16, inciso

IV, da Lei Federal n. 8.742, de 07 de dezembro de 1993;

e) Conselho Municipal de Alimentao Escolar, previsto no art. 18 da Lei

Federal n. 11.947, de 16 de junho de 2009;

f) Conselho Municipal do Idoso, previsto no art. 6 da Lei Federal n.

8.842, de 04 de janeiro de 1994.

493


6.1. Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social

do FUNDEB (CACS FUNDEB)

O Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do

Fundeb est previsto no artigo 24 da Lei Federal n. 44.494, de 20 de junho de

2007.

Referido rgo tem a funo de acompanhar a correta aplicao dos

recursos do Fundeb e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar

(PNATE), bem como supervisionar o censo escolar anual.

O Conselho Municipal do Fundeb autnomo, no subordinado ao

Poder Executivo e seus membros no so remunerados. No entanto, dever ser

criado por lei especfica municipal, e sua composio deve obedecer ao que

prescreve o art. 24, 1, IV e 2 da Lei n. 11.494/2007:

Art. 24. O acompanhamento e o controle social sobre a distribuio, a transferncia e a aplicao dos recursos dos Fundos sero exercidos, junto aos respectivos governos, no mbito da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, por conselhos institudos especificamente para esse fim.

1o Os conselhos sero criados por legislao especfica,

editada no pertinente mbito governamental, observados os seguintes critrios de composio:

[....]

IV - em mbito municipal, por no mnimo 9 (nove) membros, sendo:

a) 2 (dois) representantes do Poder Executivo Municipal, dos quais pelo menos 1 (um) da Secretaria Municipal de Educao ou rgo educacional equivalente;

b) 1 (um) representante dos professores da educao bsica pblica;

c) 1 (um) representante dos diretores das escolas bsicas pblicas;

d) 1 (um) representante dos servidores tcnico-administrativos das escolas bsicas pblicas;

e) 2 (dois) representantes dos pais de alunos da educao bsica pblica;

f) 2 (dois) representantes dos estudantes da educao bsica pblica, um dos quais indicado pela entidade de estudantes secundaristas.

494


2o Integraro ainda os conselhos municipais dos

Fundos, quando houver, 1 (um) representante do respectivo Conselho Municipal de Educao e 1 (um) representante do Conselho Tutelar a que se refere a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, indicados por seus pares.

Em consulta ao processo eletrnico gerado atravs dos dados

encaminhados pelo Municpio de Aurora, constata-se que o Parecer do

Conselho do FUNDEB indica que as respectivas contas foram aprovadas.

6.2. Conselho Municipal de Sade (CMS)

O Conselho Municipal de Sade CMS est previsto no art. 1, inciso

II da Lei Federal n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990.

Trata-se de um rgo colegiado composto por representantes do

governo, prestadores de servio, profissionais de sade e usurios, atua na

formao de estratgias e no controle da execuo das polticas de sade,

inclusive nos aspectos econmicos e financeiros, cujas decises sero

homologadas pelo chefe do poder executivo municipal5.

Compe-se, conforme prescreve a terceira diretriz da Resoluo n.

453, de 10 de maio de 2012:

a) 50% de entidades e movimentos representativos de usurios;

b) 25% de entidades representativas dos trabalhadores da rea de

Sade;

c) 25% de representao de governo e prestadores de servios

privados conveniados, ou sem fins lucrativos.

O Conselho Municipal de Sade tem as competncias elencadas pela

quinta diretriz da Resoluo n. 453/2012:

Quinta Diretriz: aos Conselhos de Sade Nacional,

Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, que tm

competncias definidas nas leis federais, bem como em

indicaes advindas das Conferncias de Sade, compete:

I - fortalecer a participao e o Controle Social no SUS,

mobilizar e articular a sociedade de forma permanente na

5 Viana, Luiz Cludio. O papel dos conselhos municipais na gesto pblica [monografia];

orientadora, Maria Eliana Cristina Bar. - Florianpolis, SC, 2011. p. 26

495

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm


defesa dos princpios constitucionais que fundamentam o

SUS;

II - elaborar o Regimento Interno do Conselho e outras

normas de funcionamento;

III - discutir, elaborar e aprovar propostas de

operacionalizao das diretrizes aprovadas pelas

Conferncias de Sade;

IV - atuar na formulao e no controle da execuo da

poltica de sade, incluindo os seus aspectos econmicos

e financeiros, e propor estratgias para a sua aplicao

aos setores pblico e privado;

V - definir diretrizes para elaborao dos planos de sade

e deliberar sobre o seu contedo, conforme as diversas

situaes epidemiolgicas e a capacidade organizacional

dos servios;

VI - anualmente deliberar sobre a aprovao ou no do

relatrio de gesto;

VII - estabelecer estratgias e procedimentos de

acompanhamento da gesto do SUS, articulando-se com

os demais colegiados, a exemplo dos de seguridade

social, meio ambiente, justia, educao, trabalho,

agricultura, idosos, criana e adolescente e outros;

VIII - proceder reviso peridica dos planos de sade;

IX - deliberar sobre os programas de sade e aprovar

projetos a serem encaminhados ao Poder Legislativo,

propor a adoo de critrios definidores de qualidade e

resolutividade, atualizando-os face ao processo de

incorporao dos avanos cientficos e tecnolgicos na

rea da Sade;

X - avaliar, explicitando os critrios utilizados, a

organizao e o funcionamento do Sistema nico de

Sade do SUS;

XI - avaliar e deliberar sobre contratos, consrcios e

convnios, conforme as diretrizes dos Planos de Sade

Nacional, Estaduais, do Distrito Federal e Municipais;

XII - acompanhar e controlar a atuao do setor privado

credenciado mediante contrato ou convnio na rea de

sade;

XIII - aprovar a proposta oramentria anual da sade,

tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei

de Diretrizes Oramentrias, observado o princpio do

processo de planejamento e oramento ascendentes,

conforme legislao vigente;

XIV - propor critrios para programao e execuo

financeira e oramentria dos Fundos de Sade e

acompanhar a movimentao e destino dos recursos;

496


XV - fiscalizar e controlar gastos e deliberar sobre critrios

de movimentao de recursos da Sade, incluindo o

Fundo de Sade e os recursos transferidos e prprios do

Municpio, Estado, Distrito Federal e da Unio, com base

no que a lei disciplina;

XVI - analisar, discutir e aprovar o relatrio de gesto, com

a prestao de contas e informaes financeiras,

repassadas em tempo hbil aos conselheiros, e garantia

do devido assessoramento;

XVII - fiscalizar e acompanhar o desenvolvimento das

aes e dos servios de sade e encaminhar denncias

aos respectivos rgos de controle interno e externo,

conforme legislao vigente;

XVIII - examinar propostas e denncias de indcios de

irregularidades, responder no seu mbito a consultas sobre

assuntos pertinentes s aes e aos servios de sade,

bem como apreciar recursos a respeito de deliberaes do

Conselho nas suas respectivas instncias;

XIX - estabelecer a periodicidade de convocao e

organizar as Conferncias de Sade, propor sua

convocao ordinria ou extraordinria e estruturar a

comisso organizadora, submeter o respectivo regimento e

programa ao Pleno do Conselho de Sade

correspondente, convocar a sociedade para a participao

nas pr-conferncias e conferncias de sade;

XX - estimular articulao e intercmbio entre os

Conselhos de Sade, entidades, movimentos populares,

instituies pblicas e privadas para a promoo da

Sade;

XXI - estimular, apoiar e promover estudos e pesquisas

sobre assuntos e temas na rea de sade pertinente ao

desenvolvimento do Sistema nico de Sade (SUS);

XXII - acompanhar o processo de desenvolvimento e

incorporao cientfica e tecnolgica, observados os

padres ticos compatveis com o desenvolvimento

sociocultural do Pas;

XXIII - estabelecer aes de informao, educao e

comunicao em sade, divulgar as funes e

competncias do Conselho de Sade, seus trabalhos e

decises nos meios de comunicao, incluindo

informaes sobre as agendas, datas e local das reunies

e dos eventos;

XXIV - deliberar, elaborar, apoiar e promover a educao

permanente para o controle social, de acordo com as

Diretrizes e a Poltica Nacional de Educao Permanente

para o Controle Social do SUS;

XXV - incrementar e aperfeioar o relacionamento

sistemtico com os poderes constitudos, Ministrio

497


Pblico, Judicirio e Legislativo, meios de comunicao,

bem como setores relevantes no representados nos

conselhos;

XXVI - acompanhar a aplicao das normas sobre tica

em pesquisas aprovadas pelo CNS;

XXVII - deliberar, encaminhar e avaliar a Poltica de

Gesto do Trabalho e Educao para a Sade no SUS;

XXVIII - acompanhar a implementao das propostas

constantes do relatrio das plenrias dos Conselhos de

Sade; e

XXIX - atualizar periodicamente as informaes sobre o

Conselho de Sade no Sistema de Acompanhamento dos

Conselhos de Sade (SIACS).

Salienta-se que os membros do Conselho no so remunerados e

suas funes so consideradas de relevncia pblica. Em consulta ao processo eletrnico gerado atravs dos dados


Conselho Municipal de Sade no foi encaminhado, em desatendimento ao que

dispe do art. 1, 2, "a", da Resoluo TC n 77/2013.


6.3. Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do

Adolescente

A Constituio Federal trata do dever da famlia, da sociedade e do

Estado, em carter prioritrio, em assegurar criana e ao adolescente uma

srie de direitos, conforme pode ser constatado em seu artigo 227:

dever da famlia, da sociedade e do Estado assegurar criana, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito vida, sade, alimentao, educao, ao lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e convivncia familiar e comunitria, alm de coloc-los a salvo de toda forma de negligncia, discriminao, explorao, violncia, crueldade e opresso.

Nessa linha foi promulgada a Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990,

que dispe sobre o Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA) e trata sobre a

proteo integral desses.

A referida Lei prev em seu artigo 88, incisos II e IV, a criao do

Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente e a manuteno

de fundo especial, respectivamente. Esse fundo, no caso dos Municpios, deve

ser criado por lei municipal, obedecendo ao disposto no artigo 167, IX da

Constituio Federal e artigo 74 da Lei n 4.320/64.

498


O Conselho Municipal da Criana e do Adolescente rgo deliberativo e controlador das aes relacionadas poltica de atendimento dos direitos da criana e do adolescente.

Em consulta ao processo eletrnico gerado atravs dos dados


Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente no foi

encaminhado, em desatendimento ao que dispe do art. 1, 2, "b", da

Resoluo TC n 77/2013.


6.3.1 Do Fundo Municipal dos Direitos da Criana e do

Adolescente - FIA

A receita do referido Fundo deve ser vinculada aos seus objetivos e

sua finalidade, sendo que a forma de aplicao dos recursos determinada pelo

Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente. Isto

operacionalizado atravs da aprovao de seu Plano de Aplicao feita

anualmente, em consonncia com o Plano de Ao elaborado anteriormente

tambm pelo referido Conselho, de acordo com o artigo 260, 2 da Lei n

8.069/90 c/c o artigo 1 da Resoluo do Conselho Nacional dos Direitos da

Criana e do Adolescente - CONANDA n 105, de 15 de junho de 2005,

conforme segue:

Lei n 8.069/90 Art. 260. [...] 2 Os Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente fixaro critrios de utilizao, atravs de planos de aplicao das doaes subsidiadas e demais receitas, aplicando necessariamente percentual para incentivo ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criana ou adolescente, rfos ou abandonado, na forma do disposto no art. 227, 3, VI, da Constituio Fede

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PRESTAÇÃO DE CONTAS DO PREFEITO EXERCÍCIO DE 2013consulta.tce.sc.gov.br/RelatoriosDecisao/RelatorioTecnico/4217568.pdf · 453. Prestação de Contas de Prefeito ... Diário Oficial