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Produção Animal | Avicultura 3 · 2012. 6. 11. · Produção Animal | Avicultura 9 Leia as últimas notícias do setor em As cinco mais lidas no AviSite em julho Os dez melhores

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Produção Animal | Avicultura 3

Sumário

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eDITORIAL

De novo, a ciência em destaque na Revista do AviSite

Agradecimentos

Na coluna Ponto Final (página 76), o

médico veterinário Rodrigo Toledo

aproveitou o espaço que lhe coube para

falar sobre alguns profissionais da im-

prensa, que, sem o devido conhecimen-

to, acabam por difundir pragas e outros

problemas que, na verdade, não exis-

tem. É o caso da doença da vaca loca,

da gripe do frango e dos malefícios do

consumo de ovos. É verdade que essas

noticias costumam sair na imprensa em

geral. Nós, jornalistas do AviSite, im-

portante veículo de comunicação da

área avícola, nos empenhamos para fa-

zer o contrário. Seja acompanhando os

números do setor para a seção Estatísti-

cas e Preços (página 62), [que divulga

pela primeira vez em um mês de agosto

apenas parte dos resultados do primei-

ro semestre] ou participando dos princi-

pais eventos do setor, como a Festa do

Ovo de Bastos, que contou com a co-

bertura do nosso editor e da nossa área

de marketing.

Vale a pena ressaltar aqui o traba-

lho feito pela equipe da Revista para a

matéria A ciência acessível (página 32).

Foram diversos e-mails e telefonemas

trocados com os ganhadores do Prêmio

Lamas, (Conferência Facta, Santos, SP,

25 a 27 de maio de 2010), até chegar-

mos à redação final do texto que pre-

tendia explicar de forma mais acessível

todas as tecnologias e inovações pro-

postas pelos pesquisadores.

Outro trabalho aqui divulgado é o

artigo O controle da Janela de Nasci-

mento (página 48), de Thomas Calil,

que fala sobre a medida do intervalo de

tempo entre os primeiros e os últimos

pintos nascidos em um. Segundo o au-

tor, já é possível encontrar valores pró-

ximos de 12 horas, o que era impensá-

vel há alguns anos. Não satisfeito e

mostrando que a pesquisa segue cami-

nhando, Calil desafia: Porque não me-

nos que 12 horas?

Boa leitura!

Toda a equipe envolvida na Festa do Ovo de Bastos merece nosso “muito obrigado”, principal-mente Giovane Marcussi e Francis-co Oura e os fotógrafos Tetsuo Miyakubo e Teresa Godoy (sem pa-rentesco com nosso editor Paulo Godoy!). Também agradecemos aos pesquisadores premiados no Prêmio Lamas, que colaboraram em grande escala com a matéria A ciência acessível. Além disso, Air-ton Muraroli, Thomas Calil e Rodri-go Toledo contribuíram com essa edição.

4 Avicultura | Produção Animal

Coordenador EditorialJosé Carlos Godoy [email protected] - 9782

ComercialPaulo GodoyChristiane Galusni [email protected]

Redação Érica BarrosMariana [email protected]

Diagramação e arteMundo Agro e Grupo [email protected]

InternetDarcy Jú[email protected]

Circulação e assinaturaCristiane dos Santos(19) [email protected]

Fale com a redaçã[email protected]: (19) 3241 9292

expeDIenTeProdução Animal - AviculturaISSN 1983-0017

Mundo Agro Editora Ltda.Rua Erasmo Braga, 115313070-147 - Campinas, SP

Ganhadores do Prêmio

Lamas

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Eventos

6 Produção Animal | Avicultura6 Produção Animal | Avicultura

Outubro14 a 15 de outubroIV Simpósio Internacional de CoturniculturaLocal: Universidade Federal de LavrasRealização: Núcleo de Estudos em Ciência e Tecnologia Avícola (NECTA) - UFLAInformações: www.nucleoestudo.ufla.br/nectaE-mail: [email protected]

21 a 23 de outubroFIGAP/VIV América Latina 2010Local: Expo Guadalajara, Guadalajara, MéxicoInformações: www.viv.netE-mail: [email protected]

26 a 28 de outubro2010 National Poultry Waste Management SymposiumLocal: Sheraton Greensboro at Four Seasons, Greensboro, North Carolina, EUARealização: NC State UniversityInformações:www.ces.ncsu.edu/depts/poulsci/poultry_was-te_symposium.html

Novembro16 a 19 de novembroEuroTier 2010Local: Hanover, AlemanhaInformações: www.eurotier.de

17 a 19 de novembro Avisulat 2010 Local: Fundaparque, Bento Gonçalves, RSRealização: Asgav, Sips e SindilatInformações: www.avisulat.com.brE-mail: [email protected]

24 a 26 de novembroIV CLANA - Congresso Latino Americano de Nutrição AnimalLocal: Hotel Fazenda Fonte Colina Verde, Estância de São Pedro, SPRealização: CBNA e Amena (Associação Mexicana de Estudos sobre Nutrição Animal)Informações: www.cbna.com.brE-mail: [email protected]

2010

Agosto 20 de agosto 1° Workshop do SindiaviparLocal: Mabu Thermas e Resort, Foz do Iguaçu, PRRealização: Sindiavipar (Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná)Informações: www.sindiavipar.com.br

18 a 20 de agosto ExpofrigoLocal: Expo América, Nova Odessa, SPRealização: Nell Public LtdaContato: (19) 3367-4001Informações: www.expofrigo.com.brE-mail: [email protected]

23 a 27 de agosto XIII European Poultry Conference Local: Tours, FrançaInformações: www.epc2010.orgE-mail: [email protected]

Setembro09 a 10 de setembroVII Simpósio de Sanidade AvícolaLocal: Park Hotel Morotin, Santa Maria, RSRealização: LCDPA/ Universidade Federal de Santa MariaContato: (55) 3220-8072Informações: www.euvou.net/sanidadeavicolaE-mail: [email protected]

14 a 17 de setembro8ª Feira Internacional de Processamento e Industrialização da Carne (MercoAgro)Local: Parque de Exposições Tancredo Neves, Chapecó, SCInformações: www.btsmedia.biz

16 e 17 de setembroVII Curso de atualização em avicultura para postura comercialLocal: Centro de convenções Prof. Dr. Ivaldo Melito, Unesp/Fcav, Jaboticabal, SPRealização: Unesp e Associação Paulista de Avicultura Informações: www.funep.org.br/eventosE-mail: [email protected]

23 de setembroIII Workshop Nutrição de Aves em PernambucoLocal: Auditório do Centro de Ensino de Graduação (CEGOE) da Universidade Federal Rural de Pernanbuco (UFRPE), RecifeRealização: UFRPE e Corn Products BrasilContato: (81) 3320-6571E-mail: [email protected] e [email protected]

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8 Produção Animal | Avicultura

Painel do Leitor Escreva para: [email protected]

O novo nome à frente das unidades da Tyson do Brasil é o médico veterinário Vítor Hugo Branda-lise, que ocupava o posto de Diretor de Produ-ção desde a chegada da multinacional ao Brasil.

Sua competência lhe leva a esse cargo. Disponha do amigo sempre que necessitar.Sucesso em sua empreitada.Lindonez Rizzotto, Cascavel, PR

Vítor, parabéns por mais essa brilhante conquista suportada por muita dedicação, profissionalismo, competência e atitude de vencedor. Forte abraço.Delair Bolis, Athens, Geórgia, EUA

Vítor Brandalise assume presidência da Tyson do Brasil

Quando, em fevereiro de 2010, o Ministério da Agricultura decretou, com o aval do setor produtivo, o fim do frango congelado levemente temperado (CLT), houve quem dissesse que a decisão iria se refletir de forma negativa, mesmo que tempora-riamente, no preço da ave in natura.

Estava escrito que isso iria acontecer: excesso de alojamento e dificuldades na exportação. O único jeito de escoar essa produção é fazendo preço barato. Agora imaginem se ainda tivesse o levemente temperado (LT). Estaríamos vendendo frango LT a R$ 1,50. Marcelo, Itapuí, SP

Gostaria de ressaltar a importância da revista e do site aos alunos do curso de medicina veterinária da UENP (Universidade Estadual do Norte do Paraná), da qual sou docente e peço a todos os alunos interessados que se cadastrem no primeiro dia de aula. Parabéns pela labuta diária!Continuem com o ótimo trabalho e que a sorte sempre os acompanhe!Claudia Y. Tamehiro, Jacarezinho, PR

Frango in natura vale (quase) tanto quanto o extinto temperado

Sem a divulgação do alojamento de matrizes de corte (interrompida desde outubro de 2009), torna-se impossível avaliar as tendências de produção de pintos. Mas o que acontecerá se o setor mantiver, por exemplo, o mesmo com-portamento médio observado nos 11 anos decorridos entre 1999 e 2009?

Lamentável que persista a censura na UBABEF. Um setor que sempre se monitorou por dados e fatos hoje é obrigado a fazer especulações e adivinhações sobre sua produção. Em 2010, em plena era da informação, ainda há quem creia que o segredo é a alma do negócio.Osler Desouzart, Barueri, SP

Tendências da produção de pintos de corte em 2010

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Produção Animal | Avicultura 9

Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br

As cinco mais lidas no AviSite em julho

Os dez melhores empreendimentos do setor de Aves e Suínos de 2009 estão localizados nos

estados do Paraná, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Bahia. Essas foram as informações divulgadas pela Revista Exame, da Editora Abril. Leia mais na página 15.

Revista Exame aponta os 10 melhores do setor de aves e suínos de 2009

1

Dados do IBGE sobre o abate animal inspecionado no Brasil mostram um dos resultados do melhora-

mento genético na produção avícola: o aumento prati-camente contínuo no ganho de peso do frango.

Como exemplo principal, tomou-se a evolução média brasileira do peso do frango abatido em estabe-lecimentos sob inspeção. Um ganho de 10% ou, gros-so modo, 1% ao ano.

Evolução do peso médio do frango no Brasil entre 2000 e 2010

Notícias

3

Se a produção brasileira de carne de frango seguir a mesma evolução e os mesmos desempenhos observados nos últimos 20 anos, em 2019 a participação regional terá as seguintes características: Sul: pouco mais de 55% da

produção brasileira de carne de frango; Nordeste: entre 8% e 9% do total; Norte: entre 1,5% a 2,0% do total); Re-gião Sudeste: sofreu um retrocesso, em 2019 pode estar com apenas 17% de toda produção brasileira. Região Cen-tro-Oeste: é a única com perspectivas de crescimento. A ponto de apresentar a tendência de, em 2019, responder por pelo menos 17% da produção brasileira de carne de frango, igualando (ou até mesmo superando) a produção da Região Sudeste.

Tendências da distribuição regional da produção brasileira de frangos5

2

Após mais de um ano sem nenhuma ocorrência do gênero (a última divulgada pelo órgão data

de junho de 2009), o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) do Ministério da Agricultura voltou a colocar em julho três abate-douros avícolas em Regime Especial de Fiscalização: um do Mato Grosso, um do Mato Grosso do Sul e um de São Paulo.

DIPOA coloca abatedouros de três estados em Regime Especial de Fiscalização

4

Que a Rússia vem reduzindo suas compras de fran-go nos EUA não chega a ser novidade. Mas em

março e abril ficaram reduzidas a zero e em maio não passaram das 100 toneladas. Já a radicalização chinesa data do final de 2009. No ano passado, entre janeiro e maio, as importações chinesas aumentaram 6%. Mas o ano foi encerrado com redução próxima de meio por cento (332,8 mil toneladas em 2008; 331,5 mil tonela-das em 2009). Mais informações na página 14.

Compras de frango de Rússia e China nos EUA ficam próximas de zero

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10 Produção Animal | Avicultura

Notícias

MAPA tem novas normas sobre hidratação do frangoÚnica grande alteração é referente às aves abrangidas pelo decreto

Instrução Normativa

Foi publicada, na edição do dia 27 de Julho do Diário Oficial da União,

a Instrução Normativa (IN) nº 12 de 26 de julho de 2010, através da qual o Secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura estabelece os parâmetros para avaliação do teor total de água contida em cortes específicos de frango, congelados e resfriados.

Já em vigor, a nova IN revoga a

Instrução Normativa nº 9, de 4 de maio de 2010, que também trata da questão da hidratação. A norma mais recente, porém, em nada altera os parâmetros originalmente estabeleci-dos, todos integralmente mantidos.

Em outras palavras, a única grande alteração refere-se às aves abrangidas pela IN, ou seja, enquanto o instrumen-to anterior tratava de cortes de frango,

galinha e galeto, a nova norma restrin-ge-se ao frango.

Outras breves alterações, presentes nos dois anexos que completam a nova IN, referem-se ao tipo de corte de peito de frango sujeito aos parâmetros estabelecidos. Entre em www.avisite.com.br/legislacao/anexos/20100727_in12.pdf para acessar a íntegra da Ins-trução Normativa nº 12/2010.

10 Produção Animal | Avicultura

Enquanto IN anterior tratava de cortes, galinha e galeto, a nova norma restringe-se ao frango inteiro

Sri Lanka anuncia que vai adquirir frango do BrasilGoverno vai manter o monopólio das importações para regular mercado

Novo Mercado

Segundo o Colombo Page, jornal virtual publicado na capital política

do Sri Lanka, Colombo, o governo local decidiu importar três mil tonela-das de carne de frango para fazer frente a um déficit do produto no mercado interno. Conforme o jornal, a despeito dos preços dos alimentos serem controlados, o preço do frango vem registrando forte escalada nos últimos tempos.

Atualmente, o Sri Lanka produz cerca de nove mil toneladas anuais de

carne de frango, enquanto o consumo é pelo menos um terço maior, chegan-do a 12 mil toneladas. Daí a necessida-de de importar. Mas segundo Johnston Fernando, Ministro de Cooperativas e Comércio Interno do Sri Lanka, o go-verno vai manter o monopólio das importações, não só como forma de proteção dos avicultores locais, mas também para regular o mercado.

As importações serão efetuadas do Brasil e realizadas através da Sathosa, nome popular dado à Cooperative

Wholesale Establishment (CWE), em-presa estatal cujo objetivo principal é garantir a normalidade de abasteci-mento e preços do Sri Lanka, em espe-cial na área de alimentos. Não há da-dos recentes sobre eventuais importações de carne do frango do Brasil pelo Sri Lanka. Porém, informa-ções de 2009 da UBABEF dão conta da compra, no ano passado, de 519.336 quilos de frango no mercado brasileiro. Ou seja: as importações deste ano podem mais do que quintuplicar.

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Produção Animal | Avicultura 11

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“Papelada já está pronta, caso não haja avanço nas negociações”

Durante o 4º Encontro Empresarial Brasil- União Européia, (15 de

Julho, Brasília, DF), os produtores de frangos brasileiros mostraram-se dis-postos a entrar com uma ação na Organização Mundial do Comércio (OMC), caso o bloco não recue em relação às medidas protecionistas ado-tadas depois da crise financeira. Na ocasião, o presidente da União Brasileira de Avicultura (UBABEF),

Francisco Turra informou que a papelada jurídica já está pronta. “A or-dem é entrar (contra o bloco) na OMC se não houver avanço nas ne-gociações”, disse ao Estado de São Paulo. “O mercado mundial ainda vive um período de recuperação. Por isso, queremos demonstrar que adotar barreiras para o comércio interna-cional é prejudicial não apenas para nós, forne-cedores, como também para os compradores europeus, que são afe-tados pela diminuição da oferta de um produ-to diferenciado e com-petitivo como o frango brasileiro”, declarou Turra.

De acordo com o Globo Rural, a UE exige

que preparações de frango feitas a partir de carne congelada sejam vendidas congeladas, para não dar ao consumidor a falsa impressão de estar adquirindo um produto fresco. “O problema para as indústrias brasileiras é que a medida gera reserva de mercado para os produtores europeus, já que o frango importado do Brasil vai à Europa congelado e o produto local é

vendido fresco. Como a lei sanitária europeia impede que a carne seja descongelada e novamente congelada, o frango brasileiro fica impossibilitado de servir de base para preparações, como uma ave temperada, por exemplo”, afirma o veículo.

Já o diretor de mercados da UBABEF, Ricardo Santin, informou ao jornal Correio do Povo que espera uma flexibilização. Para ele, a solução pode-ria ser o uso de etiqueta no produto com a informação ao consumidor. O diretor lembra que um contencioso de 2005 deu vitória ao Brasil e forçou a UE a alterar seu sistema de cotas de im-portação. Atualmente, o Brasil conta com tarifas reduzidas para a quantida-de de frango entregue dentro da cota (340 mil toneladas ao ano). O que está fora dela é sobretaxado. A proposta da UBABEF é de que a UE adote uma tarifa média.

Avicultores pretendem entrar com ação na OMC contra UE

Redução de barreiras

Proposta da UBABEF é que o bloco

econômico adote uma tarifa média, baseada nas duas

existentes hojeTURRA

Adotar barreiras é prejudicial não ape-nas para nós como também para com-pradores europeus

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12 Produção Animal | Avicultura

Notícias

O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) publicou no

Diário Oficial da União, em 1º de julho, nova Resolução (nº 953) alte-rando dispositivos da Resolução CFMV nº 947, de 26 de março de 2010, que determinou o registro de todo e qualquer estabelecimento avícola naquele órgão e fixou limites de ação para os médicos veterinários atuantes como Responsáveis Técnicos (RT).

O quadro ao lado mostra que a nova Resolução em nada altera a obrigatoriedade do registro dos estabelecimentos avícolas em geral e apenas fixa novos parâmetros para os chamados RTs – por exemplo, máximo de 80 granjas por

profissional.Conforme notícia publicada no

Correio do Povo, em relação aos novos parâmetros estabelecidos para os RTs, “as indústrias, que aceitam 120 granjas por profissional, fariam uma última tentativa de reversão, num encontro com o presidente do CFMV, Benedito de Arruda. Depois disso, o caminho será a via judicial”.

Há, porém, quem seja taxativo na afirmação de que a Resolução origi-nal e sua emenda não envolvem acordo: “ambas são absolutamente inconstitucionais no que diz respeito ao registro obrigatório de granjas no CFMV ou CRMV ou na limitação do número de empresas que podem ser atendidas pelo mesmo Responsável Técnico”.

A questão dos RTs está sendo encarada pelos próprios médicos veterinários como “cerceamento do livre exercício profissional”, obser-vando-se até mesmo acusações de “desvirtuamento do que seja um Responsável Técnico”.

Um dos médicos veterinários que levanta essa questão ilustra o pro-blema observando que se essa inter-pretação for legalmente aceita, logo o Conselho Federal de Farmácia (um dos exemplos citados) vai limitar a Responsabilidade Técnica de seus profissionais nos laboratórios fabri-cantes de medicamentos a um nú-mero “x” de produtos. “E não é o número de produtos ou de granjas que está em discussão e, sim, a Responsabilidade Técnica em si, a capacidade de responder legalmen-te pelos assuntos que lhe estão afetos. E se o RT falhar, a lei (no caso dos médicos veterinários, a Lei 5.517, de 1968) já prevê todas as punições a que está sujeito”. A re-solução CFMV n°947 pode ser con-sultada através do endereço: www.avisite.com.br/legislacao/anexos/resolucao_947.pdf.

Nova norma fixa novos parâmetros para os chamados RTs

Exigências do CFMV para avicultura permanecem sob contestação

Outra resolução

Resolução CFMV nº 947/2010

Como era

Art. 4º (...).§ 1º O Produtor Rural será isento de taxa de registro e Certificado de Regularida-de. Art. 7º São considerados estabelecimen-tos avícolas de produção comercial para fins desta Resolução, as granjas de aves comerciais de corte, as granjas de explo-ração de aves comerciais para produção de ovos.Art. 8º (...).§ 1º O Produtor Rural será isento de taxa de registro e Certificado de Regularida-de.Art. 9º O Médico Veterinário que atender estabelecimentos de produção comercial poderá ser Responsável Técnico de até 20 (vinte) propriedades, desde que não ultrapasse 100 (cem) km de distância do domicílio do profissional.

Como ficou (com a Resolução nº 953/2010)

"Art. 4º (...).§ 1º O Produtor Rural será isento de taxa de registro, Certificado de Regularidade e anuidade.Art. 7º São considerados estabelecimen-tos avícolas de produção comercial, para fins desta Resolução, as granjas de aves comerciais de corte, as granjas de explo-ração de aves comerciais para produção de ovos e outros estabelecimentos de ex-ploração de aves de produção, considera-das exóticas ou não.Art. 8º (...)§ 1º O Produtor Rural será isento de taxa de registro, Certificado de Regularidade e anuidade.Art. 9º O Médico Veterinário que atender estabelecimentos de produção comercial poderá ser Responsável Técnico de até 80 (oitenta) propriedades, desde que não ultrapasse 100 (cem) km de distância do domicílio do profissional e que a capaci-dade máxima de aves alojadas não exceda o número de 4.000.000 (quatro milhões) de aves."

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Produção Animal | Avicultura 13

Novo relatório apresentado por deputado estadual conta com pequenas alterações

No dia 6 de Julho, a comissão especial da Câmara aprovou o relatório do

deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) sobre a reforma do Código Florestal por 13 votos contra cinco. Antes da aprovação, o clima na sessão era tenso, com dificuldade para controlar as discussões entre ambientalistas e ruralistas dentro da própria comissão. O novo relatório apresentado no dia 5 de Julho, conta com

ligeiras modificações. Uma delas é o cancelamento da permissão anteriormente concedida aos estados de reduzirem as faixas de proteção obrigatória de matas ciliares. Agora “as matas ciliares de rios de até 5 metros de largura terão que ter pelo menos 15 metros. No projeto anterior, os estados poderiam reduzir esse limite para 7,5 metros”, conforme publicado na notícia divulgada no O Globo.

Comissão especial da Câmara aprova reforma do Código Florestal

Legislação

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Produtores locais pedem fim da importação de frango barato

Na tentativa de coibir o que denunciam ser “um verdadeiro

dumping contra nossa avicultura”, produtores de frango das Filipinas pediram ao governo que interrompa a importação de produto barato. O Departamento de Agricultura filipino respondeu que, doravante, nenhuma nova licença de importação será emitida sem prévia consulta ao setor.

Segundo a entidade nacional dos produtores de frango das Filipinas (UBRA, na sigla em inglês), o maior

problema enfrentado pelo setor na atualidade é causado pelos cortes de frango provenientes dos EUA, que chegam ao país a preços altamente atrativos.

De sua parte, a UBRA reconhece que deixar de importar [carne de frango] é impossível: “o setor está sem condições de atender integralmente à demanda devido aos impactos negativos causados na atividade pelo fenômeno climático El Niño”. Mas alerta que todo o setor acabará sendo desestruturado se as autoridades não evitarem o que chama de “concorrência desleal”.

Observando que nos primeiros quatro meses de 2010, os “traders” filipinos fizeram com que as importações de carne de frango do país aumentassem 123% em relação ao mesmo período do ano passado, os dirigentes da UBRA dizem estar profundamente preocupados com as “leg quarters (coxa/sobrecoxa) da América do Norte”: Elas estão exaurindo nossa avicultura.

“American legs” atrapalham avicultura filipina

“Concorrência desleal”

Deixar de importar carne é impossível, mas concorrência

desleal pode desestruturar o setor

nacional

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14 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Exportação sofre retração de 11% no ano

Os últimos dados do Departamento de Agricultura

dos EUA (USDA), relativos ao mês de maio, apontam que nos cinco primei-ros meses de 2010 as exportações norte-americanas de carne de frango não chegaram ao 1,162 milhão de

toneladas, recuando 10,94% em relação ao mesmo período do ano passado. Por sua vez, o volume ex-portado nos 12 meses encerrados em maio de 2010 apresentou queda de 8,17% sobre idêntico período anterior.

É curioso notar que as vendas externas dos EUA vêm apresentando, ainda que aproximadamente, com-portamento similar ao das exporta-ções brasileiras. Ou seja, atingiram seu melhor momento em 2010 no mês de março e depois regrediram.

Venda externa norte-americana não chega a 1, 162 milhão de toneladas

Recuo nos EUA

USDA aponta queda significativa no volume negociado em relação a 2009

Para dar melhor idéia das implica-ções das retaliações russa e chinesa

ao frango de origem norte-americana, o gráfico abaixo reproduz a evolução mensal das importações dos dois paí-ses desde janeiro de 2008 até maio de 2010. E deixa claro que no trimestre março-maio essas importações ficaram próximas de zero.

Que a Rússia vem reduzindo suas compras de frango nos EUA não chega a ser novidade. Em 2009, por exemplo,

as compras dos russos caíram 29% nos cinco primeiros meses do ano e 11% na totalidade do ano. Mas entre janeiro e maio deste ano, comparativamente aos mesmos cinco meses do ano pas-sado, as importações russas recuaram 87%. Pior: em março e abril ficaram reduzidas a zero e em maio não passa-ram das 100 toneladas (contra 61 mil toneladas em maio de 2009).

Já a radicalização chinesa data do final de 2009. No ano passado, entre

janeiro e maio, as importações chinesas aumentaram 6%. Mas o ano foi encer-rado com redução próxima de meio por cento (332,8 mil toneladas em 2008; 331,5 mil toneladas em 2009). Neste ano, a redução sobre os primei-ros cinco meses de 2009 ficou em 84% E no trimestre março-maio mal alcan-çaram as seis mil toneladas, o que significou redução de 94% em relação ao que foi importado no mesmo tri-mestre de 2009.

Compra de frango de Rússia e China nos EUA é praticamente nula

Próximas de zero

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Produção Animal | Avicultura 15

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São dos estados do Paraná, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul,

Santa Catarina e Bahia os 10 melhores empreendimentos do setor de Aves e Suínos de 2009 apontados pela Revista Exame, da Editora Abril. Sete deles são empresas privadas, das quais apenas uma (BRF) tem capital aberto. As três restantes são cooperativas (C. Vale e Copacol, do Paraná; e Cosuel, do Rio Grande do Sul).

Dos dez melhores, 60% (empresas destacadas no quadro) operam exclusiva-mente com avicultura, enquanto outros três (C. Vale, Copacol e BRF) têm no fran-go o forte de suas atividades. Pelas infor-mações disponíveis na internet, apenas a Cosuel (Cooperativa de Suinocultores de Encantado) opera exclusivamente com suínos.

A ressalvar, apenas, que a Avipal Nordeste já não existe como empresa isolada, integrando hoje o grupo BRF.

60% operam exclusivamente com avicultura

As 10 melhores do setor de aves e suínos em 2009Revista Exame

AVES E SUÍNOS Os 10 melhores de 2009

ORDEM PONTOS*EMPRESA/

ESTADO-SEDE

1 495 C. Vale, Paraná

2 490 Nutriza, Goiás

3 460 Superfrango, Goiás

4 440 Copacol, Paraná

5 405 BRF, Santa Catarina

6 400 Avivar, Minas Gerais

7 390 Rivelli Alimentos, Minas Gerais

8 375 Doux, Rio Grande do Sul

9 360 Avipal Nordeste, Bahia

10 305 Cosuel, RS

Fonte: Revista Exame Elaboração: AVISITE * Acesse www.exame.com.br para conhecer critérios de pontuação.

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16 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Grupo é especializado em produtos cozidos de carne bovina

A conclusão da compra do grupo belga Toledo, especializado em

produtos cozidos de carne bovina, com vendas concentradas no oeste europeu, foi anunciado pela JBS no dia 13 de Julho, segundo informa-ções do jornal Valor Econômico. O

grupo possui uma carteira de mais de 100 clientes, incluindo redes de food service, cozinhas industriais e grandes empresas de alimentos, os quais utilizam os itens processados pela companhia como ingredientes em seus produtos inacabados. O

site da Toledo (www.toledoint.com) mostra que a empresa também opera com aves (carne de frango e de galinha). Em relação à carne bovina o site deixa claro que o produto é importado da América do Sul.

JBS conclui compra do grupo belga ToledoAquisição

Somente no primeiro semestre do ano foram registrados 32 casos

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS),

nos seis primeiros meses de 2010 foram registrados no mundo 32 casos humanos de infecção pelo vírus H5N1 da Influenza Aviária. Um total de 14 pessoas (cerca de 44%) dos infectados, morreu em conse-qüência da doença. Neste ano, o maior número de casos vem ocorrendo no Egito, onde foram registrados, oficialmente, 19 casos e sete mortes. Os outros casos ocorreram no Vietnã (sete registros, duas mortes), Indonésia (quatro registros, três mortes), Camboja e China (am-bos com um registro fatal cada).

Do final de 2003, quando começaram a ser detectadas as primeiras ocorrências da doen-ça, até agora, somam 500 os casos oficialmente relatados à OMS pelos 15 países direta-mente afetados por infecções e/ou mortes decorrentes do H5N1. As mortes, no caso, envolveram 296 pessoas, quase 60% dos 500 casos registra-dos, índice revelador da altíssi-ma letalidade da doença (a Influenza Sazonal apresenta letalidade inferior a 1%).

Chegam a 500 os casos humanos oficiais de H5N1

Influenza Aviária

Autoridades declaram que evento já está resolvido

Tão temido, ao menos em termos de saúde animal, quanto a Influenza

Aviária, o vírus da Doença de Newcastle foi detectado em julho na avicultura japonesa. Segundo relato apresentado pelas autoridades sanitárias japonesas à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), a ocorrência foi observada em uma granja localizada na província de Ehime.

Consta no relatório à OIE que a granja afetada alojou 60 pintos de um dia (finalidade não informada) em 22 de junho de 2010, data em que duas aves foram encontradas mortas. Entre 28 de junho e 1º de julho outras 33 aves mor-reram. Mas já em 1º de julho se tinha o diagnóstico do problema, a partir das duas aves inicialmente mortas: vírus da Doença de Newcastle, o que levou ao sacrifício sanitário de todas as aves remanescentes.

Situações como essa, de ocorrência de surtos da Doença de Newcastle, solicitam continuidade de observações e a decorrência de certo período até que o caso possa ser considerado encerrado e oficializado à OIE. Mas, curiosamente, as autoridades sanitárias japonesas declara-ram que o evento está resolvido e que nenhum outro relatório será enviado ao órgão mundial de saúde animal.

Japão registra surto

Doença de Newcastle

INFLUENZA AVIÁRIACasos humanos e em aves causados pelo vírus H5N1

2003 a 2010

CASOS HUMANOS

CASOS EM AVES

PAÍS TOTAL MORTES PAÍS TOTAL

Indonésia 166 137 Vietnã 2.583

Vietnã 119 59 Tailândia 1.141

Egito 109 34 Egito 1.084

China 39 26 Bangladesh 353

Tailândia 25 17 Indonésia 261

Camboja 10 8 Turquia 219

Azerbai-jão 8 5 România 165

Turquia 12 4 Rússia 149

Iraque 3 2 China 98

Laos 2 2 Mianmar 96

Nigéria 1 1 Índia 82

Paquistão 3 1 Nigéria 65

Bangla-desh 1 0 Coréia do

Sul 59

Djibuti 1 0 Paquistão 51

Mianmar 1 0 Demais* 319

Total 500 296 Total 6.725

Fontes: OMS (casos humanos) e OIE (casos em aves)Elaboração e análises: AVISITE

* 37 países

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Produção Animal | Avicultura 17

Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br

Nas condições analisadas, procedimento não mata a ave

Entidade avalia atordoamento do frango por choque elétrico

Abate halal

Movimentando, anualmente, valores estimados em US$500

bilhões, a indústria de alimentos halal está atada a um questiona-mento por muitos considerado pro-saico: antes de ser sacrificado (atra-vés de corte profundo na garganta) o frango pode ser atordoado por choque elétrico?

Ao procurar definir essa questão, em 1997, a Conferência da Organização Islâmica (OIC, na sigla em inglês) declarou que “os frangos não devem ser eletricamente atordoados” porque grande parte deles morre (pelo choque elétrico) antes da degola, o que contraria o abate preconi-zado pelo Islã.

Desde então, a esse posicio-namento tem sido contrapos-to que os ani-mais maiores – bovinos e ovinos, por exemplo – pas-sam pelo ator-doamento elétrico, aprovado pelos religiosos islâmicos. Por que – per-guntava-se – a diferenciação das aves em relação aos demais ani-mais? A resposta sempre foi a de que sendo pequenos (em relação aos demais animais), os frangos estão mais sujeitos à eletrocução.

Mais recentemente, o processo chegou a ser questionado pelo pris-ma do bem-estar animal: “a degola do abate islâmico é inadequada, pois faz o animal sofrer”, clamavam os opositores do método. Mas sem maior eco junto à opinião pública

porque a resposta da parte acusada era indagar “quem garante que ao ser atordoada [por choque elétrico] a ave sofra menos que na degola?”.

É provável que as discussões ainda estivessem se arrastando não fosse, nos últimos meses, ter entra-do em pauta, na União Européia, a

necessidade de informar-se, na em-balagem, a forma de abate do ani-mal. E como, por envolver direta-mente o consumidor final, essa possibilidade representa grande risco, parece que os envolvidos com a matéria se aprofundaram na tenta-

tiva de equacioná-la. De que forma? Colocando especia-listas em campo.

Dois dirigentes da Academia Internacional de Jurisprudência Islâmica (IIFA na sigla em inglês), órgão da OIC, ava-liaram, em abate-douros avícolas da Turquia, o processo de atordoamento elétrico pré-abate. E concluíram que, nas condições ob-servadas (água com corrente elétrica de 40 ampères; passa-gem da ave pela água por dois se-gundos), o choque elétrico não mata a ave: “três segun-dos depois retorna-vam à consciência plena”.

Se aceita pelo Conselho de Ulemás da IIFA, a comprovação de que “as aves não morrem em conse-

qüência do choque elétrico recebi-do” deve ter grandes implicações – não só na indústria de alimentos halal, mas em toda a comunidade islâmica. Porque, principalmente, se passar a integrar o “Padrão de Alimento Halal” terá de ser seguida por muçulmanos de todo o mundo.

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Notícias

18 Produção Animal | Avicultura

Pesquisa do laboratório gaúcho é melhor artigo publicado em 2009

Integração e união. Esse é o principal lema do Laboratório de Ensino Zootécnico Nutrição Monogástrica (LEZO) da Universidade Federal

do Rio Grande do Sul (UFRGS), um órgão que investe na qualificação de profissionais, através dos cursos de mestrado, doutorado e inicia-ção cientifica, cujo papel no meio científico é de extrema relevância. Com freqüência, diversas empresas o procuram para testar seus pro-dutos, cientes da credibilidade da instituição.

Todos esses frutos foram colhidos com a dedicação e trabalho de uma série de profissionais empenhados no desenvolvimento em pes-quisa aplicada em nutrição.

Desde sua criação, da qual participou Antônio Mário Penz Jr, atual Diretor Global em Avicultura do Grupo Provimi, os profissionais do LEZO levam consigo a filosofia de trabalho em equipe, onde o proble-ma de um pode ser solucionado pela participação de todos.

Essa união converte para um ponto em comum: pesquisas e pro-jetos desenvolvidos com seriedade. A prova disso é a mais recente premiação concedida a um trabalho realizado no LEZO. Trata-se do estudo orientado pela professora e pesquisadora Andréa Machado Leal Ribeiro, componente da tese de mestrado da aluna Maria Esperanza Mayorca. Nela, foram analisadas diferentes metodologias de digestibilidade in vivo e em seguida foi avaliado qual é a mais adequada para a análise do aproveitamento de nutrientes e da ener-gia que um animal pode extrair de um alimento qualquer. A pesquisa ajuda a estabelecer uma padronização nas metodologias, possibilitan-do comparações entre resultados de diferentes laboratórios.

A ideia para essa linha científica surgiu em uma visita a um cen-tro de pesquisas em São Paulo quando a professora Andréa se depa-rou com pintos cor de rosa. Intrigada, ela perguntou à técnica respon-sável o porquê daquela cor. A resposta foi que a coloração era em função do óxido férrico, substância geralmente utilizada em pesquisas com suínos, que funciona como marcador fecal e estabelece o início e o final de um experimento. “Fiquei perplexa, pois nunca tinha visto tal metodologia para aves e eu disse isso a ela, que me respondeu com muita veemência ‘Na minha Universidade nós sempre usamos esse marcador para aves’! Foi daí, então, que resolvi fazer um experi-mento comparativo sobre as diferentes metodologias empregadas”, completa.

De volta ao Rio Grande do Sul, a pesquisadora apresentou o projeto para Mayorca, que acatou a sugestão. Nesse momento, o conhecido espírito em equipe habitual do LEZO deu prova de que funciona: auxiliada por alunos do LEZO e com o auxílio de Alexandre Kessler, mestre em zootecnia com ênfase em Nutrição e Alimentação Animal, Mayorca desenvolveu a tese de mestrado “Methodological variations in apparent nutrient metabolism determination in broiler chickens”. No dia 27 de Julho, a tese foi laureada com o prêmio “Professor Geraldo Gonçalves Carneiro”, atribuído ao melhor artigo publicado no ano de 2009 em revista ou periódico científico, oferta-do pela Sociedade Brasileira de Zootecnia (SBZ).

No decorrer dos anos, o centro foi responsável pela formação de 45 alunos de mestrado, 15 de doutorado e mais de 50 alunos de iniciação científica. A ampla maioria atua nas indústrias de rações, de insumos, na pesquisa e em universidades.

Trabalho em equipe leva Lezo à premiação Da UFRGS

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19 Produção Animal | Avicultura

Schwarzenegger decreta fim das gaiolas de postura na CalifórniaMedida passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2015

Legislação

Inspiradora da medida, a Sociedade Huma-nitária dos EUA (HSUS, na sigla em inglês)

– principal entidade norte-americana prote-tora dos animais - comemora: com uma simples penada, o governador Arnold Schwarzenegger, da Califórnia, transformou em lei projeto que proíbe a utilização, na-quele estado, de gaiolas para poedeiras. A proibição vigora a partir de 2015 e abrange, inclusive, as gaiolas enriquecidas, permitidas na União Europeia, mas ignoradas no texto legal californiano.

A nova legislação aprovada exige que todo ovo “in casca” comercializado no esta-do da California a partir de 1º de janeiro de 2015 seja proveniente de aves “habilitadas a permanecer de pé, estender completamente seus membros, deitar-se e estender as asas sem tocarem-se umas nas outras, o que exige que sejam criadas fora de gaiolas”.

Segundo a Associação dos Produtores de Ovos da Califórnia (ACEF, na sigla em in-glês), o estado produz, anualmente, 4,9 bilhões de ovos, volume que faz da Califór-nia o quinto maior produtor de ovos dos EUA. A maior parte desse volume vem de pequenas granjas familiares que geram mi-lhares de empregos agora em risco - diz a

ACEF, criada há menos de dois meses para, principalmente, enfrentar os desafios dessa nova legislação.

Caderno PosturaAs principais notícias do setor produtor de ovos

Na CalifórniaDentro de cinco anos, galinhas só fora das gaiolas

Notícias Curtas .......................................19Festa do Ovo de Bastos ........................24 Lançada a genética Novogen ...............30

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20 Produção Animal | Avicultura

Caderno Postura

Há diferenças entre os diversos tipos de ovos?Equipe constata que alterações se restringem ao aspecto visual

Consumidores questionam

Ovo branco; ovo vermelho; ovo orgânico; ovo caipira. Se, no

Brasil, as opções oferecidas ao consu-midor já não são poucas, nos EUA e em outros mercados do Hemisfério Norte elas são ainda maiores: ovo proveniente de galinhas criadas sobre piso, em galpão (cage-free), ou então ao ar livre; ovo pasteurizado; ovo nutricionalmente enriquecido; ovo fértil, etc. Mas – essa é a grande questão que o consumidor começa a levantar – qual a diferença qualitativa e de composição entre eles?

Para responder a essa questão, o Serviço de Pesquisa Agrícola do De-partamento de Agricultura dos EUA (USDA) incumbiu sua Unidade de Pesquisa da Segurança e Qualidade

do Ovo (ESQRU, na sigla em inglês), localizada em Athens, na Georgia.

Liderada pela Dra. Deana R. Jones, a equipe da ES-QRU constatou que as grandes diferenças existentes entre os ovos parecem se restringir ao aspecto visual (branco ou vermelho) e à massa (peso do ovo). No mais, as diferenças observadas em termos de qualidade ou mesmo de composição do produto, se existem, são pouco significativas.

Acesse as observações a respeito feitas pelo pessoal de comunicação social do Serviço de Pesquisa Agrícola do USDA através do link www.ars.usda.gov/is/pr/2010/100707.htm.

Para acessar um resumo do trabalho técnico-científi-co “Qualidade física e composição do ovo disponível no varejo” (ou Physical quality and composition of retail shell eggs), publicado no “journal” da Poultry Science Association (PSA) acesse http://ps.fass.org/ e faça uma busca com o título original da pesquisa.

USDA Diferenças observadas em termos de qualidade são pouco significativas

UE pode adiar banimento de gaiolas em casos excepcionaisPedido de protelação de prazo apresentado pela Polônia já foi negado

Conselho

Faltando menos de dois anos para que entre em vigor a legislação (estabelecida nos anos 1990) proibindo

definitivamente o uso de gaiolas convencionais na produ-ção de ovos (o permitido, no máximo, será a utilização das gaiolas equipadas ou enriquecidas), a União Europeia acena com a possibilidade de adiamento da proibição. Mas só em casos excepcionais e para países-membros específicos.

Abordada com muito cuidado por Sabine Laruelle, representante belga no Comitê, a questão do adiamento foi colocada informalmente aos integrantes do Comitê de Agricultura do Parlamento Europeu em reunião realizada em Bruxelas em julho. Na ocasião a representante da Bélgica (país que ora preside o Conselho de Ministros da UE), assinalou que “ainda existe a possibilidade de um ou dois estados-membros retardarem a aplicação da proibição”.

Para o Eurogroup for Animals, notícia do gênero é, simplesmente, alarmante. Porque há anos a ONG defende intransigentemente o fim das gaiolas convencionais. E também porque, no início deste ano, o Conselho de Agricultura e Pesca, órgão do Conselho Europeu (CE, instituição que define a política e as prioridades da União Européia) havia rejeitado pedido, apresentado pela Polô-nia, de protelação por cinco anos do início do embargo à criação de poedeiras em gaiolas comuns.

Aparentemente, a posição então adotada pelo Con-selho de Agricultura punha fim a qualquer outra possível discussão em torno do assunto. Mas, tudo indica, ainda prevalece a perspectiva de países como a Polônia mante-rem suas gaiolas após 1º de janeiro de 2012. “Depende apenas de se discutir o assunto no Conselho”, diz Laruelle.

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21 Produção Animal | Avicultura

EUA tem nova legislação para redução de salmonelas em ovosObrigações abrangem, também, a fase pós-produção

FDA

Entraram em vigor nos EUA, na segunda sema-na de julho, novas normas visando à redução

da contaminação de ovos por Salmonella enteriti-dis (SE). A nova legislação em vigor abrange, por ora, apenas as empresas consideradas grandes produtoras de ovos (plantéis acima de 50 mil poedeiras, o que abrange 80% da produção nor-te-americana de ovos). Produtores com plantel entre 3 mil e 50 mil poedeiras têm dois anos para se adequar às novas exigências.

O que difere a atual legislação de outras ante-riores com objetivo similar é que esta foi baixada pela Food and Drug Administration (FDA), o órgão norte-americano fiscalizador de alimentos e medi-camentos. Por isso, as obrigações propostas abrangem, também, a fase pós-produção, a que vai da manipulação inicial do produto logo após a postura até sua chegada ao consumidor.

A última exigência é um dos aspectos que chama a atenção no novo regulamento baixado pela FDA. Ou seja: medidas de prevenção ou de redução adotadas na produção – caso da refrigera-ção – precisam, necessariamente, ter continuidade no transporte e no armazenamento.

Curiosidade: segundo comunicado de impren-sa divulgado pela FDA, com a aplicação das novas

normas, será evitado, nos EUA, cerca de 30 mortes anuais causadas pelo consumo de ovos contamina-dos por SE. Ou seja: as mortes decorrentes de toxiinfecções por SE presentes no ovo são infinita-mente menores que as causadas pela fome ou desnutrição.

Para acessar a íntegra do documento denomi-nado “Regras finais sobre a prevenção de Salmo-nella enteritidis na produção, estocagem e trans-porte de ovos”: http://edocket.access.gpo.gov/2009/pdf/E9-16119.pdf.

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22 Produção Animal | Avicultura

Caderno Postura

Produção de ovos da China deve alcançar novo recorde Apesar disso, volume adicional pode ficar apenas 0,3% acima de 2008

Em 2010

Após chegar aos 27 milhões de toneladas

em 2008 – um aumento de mais de 10% em apenas dois anos – a produção chinesa de ovos de galinha recuou 1,5% em 2009, fechando o ano com um volume da ordem de 26,6 milhões de toneladas.

Reflexo da recessão mundial, sem dúvida. Mas, para a avicultura chinesa, verdadeiro “balde de água fria”, pois no momento em que os problemas econômi-cos mundiais começaram a se manifestar, o setor vinha

sendo fortemente subsidiado pelo governo para aumen-tar a capacidade de produção de ovos – procedimento deflagrado com um substancial aumento das importações (da Europa e dos EUA) de linhagens (reprodutoras) de postura.

O resultado – inesperado e indesejado – foi uma super oferta de ovos no ano que passou (porque, concomitantemente ao aumento de produção ocor-reu substancial redução no consumo), gerando bai-xos preços e pesados prejuízos para o setor produtivo.

A recuperação do consumo interno aliada a uma retomada das compras pelos países importadores vem garantindo a retomada da produção em 2010, a ponto de se projetar novo recorde no volume produ-zido. Mas ainda que as previsões sugiram aumento de quase 2% no ano, o volume adicional poderá ficar apenas 0,3% acima do recorde de 2008.

Vendas externas de ovos in casca recuam 7% no semestreExportações não repetem bom desempenho de 2009

Do Brasil

Dados levantados pela Jox Assessoria Agropecuária junto à SECEX/MDIC apontam que, a despeito de

terem apresentado resultado positivo no bimestre maio-junho de 2010, as exportações brasileiras de ovos in casca não conseguiram repetir o desempenho observado no mesmo período do ano passado. Isso quer dizer que fecharam o primeiro semestre com queda de volume em relação ao mesmo período de 2009.

Embora em menor escala, a queda se repetiu quando são considerados os resultados dos últimos 12 meses. Assim, enquanto no semestre foi registrada redução de 7,22%, entre julho de 2009 e junho de 2010 a redução em relação aos 12 meses anteriores foi de 3,28%.

OVO BRANCO EXTRAEvolução das Exportações do Produto In Casca nos

últimos 24 meses

MILHARES DE CAIXAS DE 30 DÚZIAS

MÊS 2008/2009 2009/2010 VAR. %

JUL 100.998 53.844 -46,69%

AGO 66.882 92.734 38,65%

SET 86.018 120.301 39,86%

OUT 168.081 153.790 -8,50%

NOV 133.542 176.329 32,04%

DEZ 211.045 177.080 -16,09%

JAN 203.240 166.969 -17,85%

FEV 177.936 135.088 -24,08%

MAR 186.135 209.875 12,75%

ABR 135.333 99.692 -26,34%

MAI 76.824 84.444 9,92%

JUN 49.219 72.753 47,81%

Em 6 meses 828.687 768.821 -7,22%

Em 12 meses 1.595.253 1.542.899 -3,28%

Fonte: JOX – Elaboração e análises: AVISITE

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23 Produção Animal | Avicultura

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24 Produção Animal | Avicultura

Caderno Postura

Na cidade que tem a força econômica da avicultura reconhecida como prin-cipal atividade, não poderia ter sido

diferente: Bastos recebeu, durante a 51ª edição da Festa do Ovos milhares de visitantes na ex-posição agro-avícola e em torno de 600 parti-cipantes na Jornada Técnica. A Festa do Ovo, que tem também um caráter festivo, concen-

tra ainda o Concurso de Qualidade do Ovo e o Encontro de Avicultores, marcado por um almoço.

Na manhã de palestras realizada no pri-meiro dia do evento, as preocupações e dúvi-das em torno da Circular 04 e os desdobra-mentos do Código Florestal dominaram os debates.

A Circular 04, de 1º de outubro de 2009, trata das diretrizes para aplicação das circula-res 175 e 176, de 2005 e 2006, que discorre so-bre os procedimentos de inspeção de carne de aves e ovos para estabelecimentos comerciais. Estas normas e exigências já estavam na legis-lação, mas passam a ser auditadas esse ano, e têm o objetivo de garantir a segurança ali-mentar do produto ovo. Em outras palavras, a circular de outubro padroniza os procedimen-tos para auditoria. Para falar sobre a Circular 04, a comissão organizadora do evento reuniu Elaine Cristina Zago, da Divisão de Inspeção de Carne de Aves e Ovos do Ministério da Agricultura e Tabatha Lacerda, da UBABEF.

À Elaine coube detalhar como será a fisca-lização em granjas e estabelecimentos proces-sadores de ovos. Em entrepostos de ovos, por exemplo, a freqüência de fiscalização do Siste-ma de Inspeção Federal (SIF) é de uma vez por mês. A fiscal do Dipoa ainda abordou as pers-

Crédito das fotos: Tetsuo Miyakubo

Programas de autocontrole em

debate na Jornada Técnica da Festa do

Ovo

Abertura da exposição Agro-Avícola

APPCC, BPFs, PPHO, POP... e agora?

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25 Produção Animal | Avicultura

pectivas do ministério para o restante de 2010, como a revisão da Portaria 01/90, o estabeleci-mento de um programa de redução de patóge-nos (PRP) para ovos e o aumento do escopo de análises do Plano nacional de controle de resí-duos (PNCRC) para ovos.

Tabatha evidenciou a necessidade de im-plantação dos chamados programas de auto-controle, que incluem as Boas Práticas de Fa-bricação (BPF’s), o Programa de Procedimentos Padrão de Higiene Operacional (PPHO), Pro-cedimento Operacional Padrão (POP) e o Pro-grama de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), entre outros. O concei-to de autocontrole se baseia nas seguintes ações: Documentar, realizar, registrar e ser au-ditável. “O produtor precisa estar preparado para a fiscalização, ter um plano concreto e de preferência (obviamente) funcionando. O pri-meiro passo é conhecer a legislação, depois aplicá-la e registrar todos os procedimentos” ressalta Tabatha.

Para auxiliar os avicultores e mostrar que as medidas podem ser cumpridas a UBABEF está organizando cursos de preparação e tam-bém está disponibilizando um conjunto de documentos com alguns manuais, incluindo

os programas de autocontrole. Este material pode ser solicitado através do e-mail [email protected] ou pelo telefone (11) 3812-7666. (A Circular 04 também pode ser acessada em www.avisite.com.br/legislacao.)

Nos debates e intervenções entre a platéia e os palestrantes, ficou claro que ainda há dú-vidas quanto a temas como certificação e ras-treabilidade. O coordenador da Jornada Téc-nica, José Roberto Bottura, mostrou preocupação com as exigências da Circular 04, principalmente no que se refere ao auto-controle nas granjas. Ele lembrou que, devido ao aumento do volume de trabalho com o pre-enchimento dos controles exigidos, pode ser necessária a contratação de um novo profis-sional ou o aumento da carga horária dos res-ponsáveis técnicos.

Participando da discussão, Nilce Maria So-ares, da Unidade de Pesquisa e Desenvolvi-mento de Bastos do Instituto Biológico, co-mentou a nova realidade da avicultura de postura e afirmou que as mudanças serão po-sitivas. “Toda certificação parece complexa antes de ser implementada. Porém, ao iniciar o processo vemos que é mais fácil do que pa-rece. Na verdade, basta ter os registros do que ocorre na granja”, afirmou a pesquisadora. “Temos que mudar o conceito e pensar como empresários avícolas, não importando se o plantel for de mil ou um milhão de poedeiras. Ao iniciarmos os procedimentos, percebemos que dá para fazer”, completou Nilce, finali-zando que o foco deve ser a segurança alimen-

SAMANTA PINEDA

São mais de 16 mil regulamentos

ambientais no país, entre

portarias, leis e normas técnicas

TABATHA LACERDA

Documentar, realizar, registrar

e ser auditável são as principais

ações do autocontrole

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Caderno Postura

tar do produto ovo. Para ela, ao aumentar essa segurança, a imagem do produto melhora e toda a cadeia sai ganhando.

legislação que confronta a proteção ao meio-ambiente e a produção de alimentos também esteve no centro dos debates da Jor-nada Técnica da Festa do Ovo de Bastos. Sa-manta Pineda, consultora jurídica da Frente Parlamentar da Agropecuária, que participou da elaboração do relatório que sugere mudan-ças no Código Florestal, mostrou como é com-

plexa a legislação brasileira. “Temos mais de 16 mil regulamentos ambientais no país, en-tre portarias, leis e normas técnicas. É preciso uma ajuda especializada para lidar com a questão”, afirmou Samanta.

A advogada mostrou que, apesar do que parece, o Brasil tem uma boa gestão de seus re-cursos florestais, uma vez que os países desen-volvidos têm proporcionalmente áreas muito menores de preservação e cobertura vegetal nativa.

Além disso, Samanta lembrou que a avi-cultura é uma das atividades de produção ani-mal das mais ecológicas, uma vez que necessi-ta de pequenas áreas para produção, tem menor taxa de emissão de carbono quando comparada à suinocultura e pecuária e não possui plantel significativo dentro da Amazô-nia legal.

A advogada ainda deixou um importante recado à platéia, ao mostrar a diferença de vi-sibilidade entre causas ditas ecológicas e o se-tor produtor de alimentos. “É fundamental que a agropecuária tenha participação políti-ca. Acabou o tempo em que o foco era apenas o produto. É preciso união, organização e acompanhamento do processo político. Se-não, sempre seremos surpreendidos por novas legislações irreais que podem até inviabilizar o setor produtivo”, concluiu.

ENCONTRO DOS AVICULTORES Autoridades reunidas

DEBATES

Ainda há dúvidas quanto a temas como certificação e rastreabilidade

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NOVSA-0002 An. Denagard 21x28.indd 1 02/07/10 15:24

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28 Produção Animal | Avicultura

Caderno Postura

A cidade de Bastos realizou dois dias antes da abertura do evento, o Concurso de Qualida-

de de Ovos.Prestes a completar 40 anos, o concurso é pro-

movido por uma comissão de produtores que re-úne um corpo de jurados formado por médicos veterinários, zootecnistas e pesquisadores espe-cialistas em avicultura. Os juízes analisam os ovos inscritos nas categorias Ovos Brancos, Ovos Ver-melhos e Ovos de Codorna e premiam os cinco primeiros colocados.

De acordo com informações da organização do evento, este ano, a participação de avicultores de outras cidades foi estimulada com a mudança de um dos critérios de avaliação, que dará igual-dade de condições a produtores de regiões mais distantes. Antes, o exame de densidade específica - feito através de imersões dos ovos em água com diferentes índices de salinidade – acabava privile-giando os ovos das granjas mais próximas, pois valorizava muito o frescor do ovo. A partir deste ano, o exame de qualidade foi feito com a Nabel Digital Egg Tester, uma máquina japonesa de alta tecnologia, que avalia a consistência da gema e do albúmem, além de medir a espessura da casca.

Sérgio Kenji Kakimoto, um dos coordenado-res do concurso, que é avicultor e médico veteri-nário, explica que a intenção é oferecer oportuni-dade de competição para avicultores de outras regiões do Estado de São Paulo, de granjas do Pa-raná, do Mato Grosso de Sul, de Minas Gerais e de todas as demais regiões produtoras de ovos do Brasil. Segundo ele, o exame de densidade especí-fica era um detalhe que acabava privilegiando os ovos mais frescos e, de certa forma, desequilibran-do a competição para os ovos inscritos por avicul-tores de municípios mais distantes.

Um dos responsáveis pelas mudanças opera-das na modernização do tradicional concurso, Kakimoto faz eco às opiniões dos demais avicul-tores que compõem a comissão organizadora, se-gundo as quais é preciso estar cada vez mais em sintonia com o mercado, o que justifica a ampli-tude das regras do concurso.

Veja abaixo, os vencedores do Concurso de Qualidade.

Concurso de qualidade buscou avicultores de regiões mais distantes

PRIMEIRA ETAPA Juízes avaliam todas as bandejas inscritas e selecionam as 12 melhores

SEGUNDA ETAPA Análise da uniformidade dos ovos e do aspecto externo

ÚLTIMA ETAPA Avaliação da qualidade interna com auxílio da Nabel Digital Egg Tester

Ovos brancos Ovos vermelhos

1º lugar: Granja Ono

1º lugar: Granja Mizohata

2º lugar: Granja Ueyama

2º lugar: Granja Ono

3º lugar: Granja Mizohata

3º lugar: Granja Katsuhide Maki

4º lugar: Granja Hirai

4º lugar: Granja Higashi

5º lugar: Granja Higashi

5º lugar: Granja Eiji Miyakubo

6º lugar: Granja Morishita 3

6º lugar: Granja Marcelo Maki

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30 Produção Animal | Avicultura

Caderno Postura

Globoaves e Grupo Grimaud trazem Novogen ao Brasil

Estande da Novogen na Festa do Ovo

Revista do AviSite: Porque a esco-lha do Brasil?

Mickaël Le Helloco: A escolha de trazer a Novogen para o Brasil traz alguns fatores positivos. É o mais im-portante mercado da América do sul quanto à avicultura de postura e ain-da é uma plataforma de exportação para este e outros continentes. É uma escolha estratégica.

Revista do AviSite: A parceria com a Globoaves traz quais benefícios?

Mickaël: Além de ser uma empre-sa com experiência no mercado de genética avícola brasileiro, a Globoa-

ves tem uma ampla rede de distribui-ção. Isso dá tranqüilidade para a No-vogen concentrar seus esforços no desenvolvimento da genética.

Revista do AviSite: Quando nas-ceu a Novogen?

Mickaël: A empresa surgiu há dois anos, sendo o braço do Grupo Gri-maud para genética de postura. E os resultados têm sido muito bons: ter-minamos 2009 com participação de 2,5% no mercado mundial. Nossa expectativa é elevar nossa participa-ção mundial para 5% até o fim de 2010.

MICKAËL LE HELLOCO Brasil é escolha estratégica

Uma das grandes novidades anun-ciadas na Festa do Ovo de Bastos de 2010 foi a chegada de uma nova

opção de genética de postura ao Brasil. A Novogen é a empresa do grupo Grimaud com atuação na genética de postura, nas-cida em 2008 e já presente em diversos pa-íses ao redor do mundo. O grupo é tradi-cional em genética de animais e nos últimos anos adquiriu a Hubbard, no seg-mento de frango de corte.

Em um mercado concentrado, a notícia de um novo player é sempre importante: a genética de postura viu uma série de fu-

sões e aquisições nos últimos anos, o que acabou reduzindo o setor a dois grandes grupos principais.

Mas, além disso, a chegada da Novogen ao país vem associada a um nome de peso: a Globoaves, empresa com experiência nas genéticas avícolas de corte e postura é só-cia da companhia, em nível mundial.

Presente à Festa do Ovo, a equipe do AviSite conversou com Mickaël Le Hello-co, diretor geral da Novogen e Roberto Ka-efer, sócio e diretor comercial da Globoa-ves sobre o projeto e as perspectivas da empresa.

Nova linhagem genética para o mercado de postura foi apresentada na Festa do Ovo

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31 Produção Animal | Avicultura

Revista do AviSite: Como surgiu o interes-se da Globoaves nesta parceria?

Roberto Kaefer: A parceria com a Novogen nos interessou, pois não seríamos apenas o distribuidor do produto. Somos conjuntamen-te donos da genética, e isso é muito interes-sante. Além disso, é uma sociedade em nível internacional, ou seja, somos sócios da empre-sa em nível mundial e não apenas nas opera-ções do Brasil. É claro que isso se converte em maior liberdade comercial e mais consistência junto ao produtor, que é nosso objetivo final: atender suas necessidades cada vez melhor.

Revista do AviSite: Como está o Brasil em termos de genética avícola?

Roberto Kaefer: São sete anos de projeto, e um relacionamento que vem das aves colori-das, pois em 2009 a Globoaves já havia se as-

sociado ao Grupo Grimaud na Global Bree-ders, com foco em matrizes de frango colorido (linhagens coloniais). E o fato de a empresa oferecer nova opção à genética de postura é salutar para todo o mercado. E, para nós da Globoaves, e até para o Brasil, é uma consoli-dação ainda maior como país referência em genética avícola.

Revista do AviSite: Quais são os objetivos da empresa?

Roberto Kaefer: O lançamento de nossa li-nhagem no Brasil acontece na metade do ano, por isso este será um período de entrada e ava-liações. Mas a Novogen já vem dando bons re-sultados em outros países, por isso nossa ex-pectativa para o fim de 2011 é alcançar 10% de participação no mercado nacional de gené-tica de postura.

ROBERTO KAEFER Globoaves se consolida como referência em genética

AS LINHAGENSO desenvolvimento de produtos genéticos demanda

longo tempo de investimento, seleção e aprimoramento, até o lançamento comercial de determinada linhagem. Por isso o Grupo Grimaud afirma que desde o início dos anos 1990 tem adquirido linhagens puras de postura pa-ra se concentrar no foco principal de seu negócio e atin-gir o objetivo se ser um dos principais grupos internacio-nais de genética multiespécie.

De acordo com a empresa, o pool de genes adquirido nos anos 90 é composto pelas linhagens Leghorn, Rhode Island e Sussex, tradicionalmente utilizadas hoje pelas empresas de seleção. Após mais de uma década de me-lhoramentos, a Novogen comercializa os produtos NO-VOgen BROWN e NOVOgen WHITE, respectivamente destinados aos mercados de ovos vermelhos e brancos.

Segundo a empresa, as linhagens são dotadas de ní-veis elevados de produtividade, facilidade de manejo e apresentam qualidade interna e externa do ovo muito equilibrada. A Novogen também destaca a capacidade de adaptação aos diferentes ambientes e sistemas de produ-ção, característica apreciada pelo mercado e pelos produ-tores de ovos.

Para garantir a segurança de abastecimento dos clien-tes, os lotes de avós e reprodutores são mantidos dos dois lados do oceano. Novas localizações estratégicas estão, hoje, em estudo.

Atualmente, a partir destas bases de produção, a NO-VOGEN dispõe e comercializa reprodutores para postu-ra de ovos vermelhos e ovos brancos, adaptados aos dife-rentes sistemas de produção e necessidades dos mercados.

A EMPRESAEm julho de 2008 o grupo Grimaud lançou a empre-

sa, ao identificar a necessidade de alternativas para um mercado em crescimento e cada vez mais segmentado. A

meta é oferecer uma nova opção à indústria avícola, com produtos de boa performance e competitivos.

Do ponto de vista empresarial, a companhia se bene-ficia das sinergias desenvolvidas no Grupo Grimaud, tan-to técnicas como comerciais, e ao mesmo tempo, com-pleta uma oferta variada de produtos genéticos. Comercialmente, a rede mundial do Grupo Grimaud também oferece o suporte para o crescimento da Novo-gen, acompanhando os seus distribuidores.

Mais informações: www.novogen-layer.com

NOVOgen BROWN

NOVOgen WHITE

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A Revista do AviSite vem, desde a sua fundação, se en-gajando na causa da ciência avícola e divulgando as

pesquisas premiadas nos principais eventos da avicultura brasileira. Com o prêmio “José Maria Lamas da Silva” (Conferência Facta, Santos, SP, 25 a 27 de maio de 2010), dada a sua importância, a responsabilidade de divulgar es-sas pesquisas é maior ainda. Desta vez, optamos por es-tender o espaço dedicado aos comentários enviados pelos autores e às fotos que ilustram as pesquisas. Desta forma, buscamos descomplicar termos técnicos e científicos. Por outro lado, como nosso espaço é limitado, diminuímos as páginas dedicadas à divulgação dos trabalhos na íntegra.

Também perguntamos a todos os líderes das pesquisas qual foi a principal contribuição dos trabalhos para a avi-cultura brasileira. Em alguns casos, foi difícil chegar a uma só resposta, já que as contribuições foram muitas. Mas, de toda forma, os pesquisadores aceitaram o desafio e nomearam a principal contribuição de seus trabalhos (tabela abaixo).

Prova do comprometimento destes pesquisadores com o desenvolvimento da avicultura é o fato de que, em al-guns casos novos projetos de estudo já foram iniciados a

partir das conclusões alcançadas.Confira nas próximas páginas os comentários dos au-

tores e os trabalhos. A íntegra dos estudos está disponível em www.avisite.com.br/cet.

TECNOLOGIAS E INOVAÇÕES APRESENTADAS NO PRÊMIO LAMAS

SanidadeProteção vacinal para amostras variantes de

bronquite infecciosa

NutriçãoEfeito da relação Iso:Lis dig sobre o desempe-

nho nos frangos de corte

NutriçãoEfeito da dieta materna no desempenho da

progênie

ProduçãoGait Score e Espondilolistese em frangos

criados em dois tipos de camas

ProduçãoUso da geoestatística na interpretação das

condições ambientais do aviário

Outras áreas Estimação dos valores genéticos e econômicos

para as características sob seleção

Outras áreasDeterioração ambiental de granjas

devido ao calor

Prêmio Lamas

Pesquisadores aceitam o desafio de descomplicar estudos premiados

A ciência acessível

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Produção Animal | Avicultura 33

A Bronquite Infecciosa das Ga-linhas (BIG) é controlada por

vacinas. Porém, os casos de BIG com sintomas diferentes dos usu-ais e a alta frequencia de mutação no genoma viral despertam uma série de dúvidas na comunidade científica: Está havendo falhas na proteção vacinal? Existe ou não um novo sorotipo de VBIG? Sua presença no campo é a causa na doença das aves? A equipe lidera-da por Iara Maria Trevisol, médica veterinária e pesquisadora na área de virologia da Embrapa Suínos e Aves (que tem uma linha de pes-quisa para a VBIG) está fazendo sua parte na busca por respostas.

O grupo desenvolveu uma pes-quisa com a finalidade de verifi-car se o sistema respiratório das aves imunizadas com vacinas vi-vas de VBIG (Massachussets) per-manece de fato saudável quando agredido com tipos de amostras variantes (isoladas de casos clíni-cos de campo). “Dessa forma, pre-tendemos responder se as varian-tes brasileiras do VBI são imunotipos diferentes da amostra Mass, o que deixaria as aves doen-tes mesmo com a vacina, ou se são imunotipos iguais a Mass. Nesse caso, as aves permaneceriam sau-dáveis quando a vacina é utilizada corretamente, porque uma induz

proteção para a outra”, completa Iara. Os resultados mostraram que a vacina existente ainda é eficaz, mesmo frente às amostras varian-tes.

Para os pesquisadores, esse re-sultado foi excelente já que o ob-

jetivo do trabalho de validar a me-todologia de protectotipos (termo usado para descrever o impacto que uma vacina destinada a prote-ger contra um antígeno pode ter sobre outros tipos) foi alcançado. Mas, como apenas duas variantes foram testadas, o grupo já tem um novo projeto aprovado no CNPq que pretende ampliar essa amos-tragem.

Há também um terceiro proje-to, que está sendo submetido à aprovação com recursos específi-cos para estudar uma vacina na-cional para o controle da enfermi-dade. Iara enfatiza que essa informações ajudarão a elaborar estratégias de controle mais apro-priadas, como a revisão de progra-mas de vacinas ou a inclusão do diagnóstico diferencial de outras enfermidades (micoplasmose e co-libacilose). “Essas medidas mais simples devem ser consideradas antes de aumentar o custo de um programa de vacina e principal-mente, antes de permitir que no-vos vírus vacinais sejam introdu-zidos no país”, conclui.

Proteção vacinal para amostras variantes de bronquite infecciosa

Sanidade

Inoculação em ovos embrionados

Embriões 6 dias após inoculação, apresentando enrolamento, nanismo e hemorragia

Cabines isoladoras para testes in vivo

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34 Produção Animal | Avicultura

Prêmio Lamas

Atualmente, com os avanços cien-tíficos na área de nutrição ani-

mal, as rações para aves estão sendo formuladas dentro do conceito de pro-teína ideal, onde os aminoácidos – sintetizados ou não pelo frango – são exatamente balanceados com o intui-to de se obter o rendimento máximo de ganho de peso. Para se estabelecer essas proporções, usa-se a lisina como o aminoácido referência no cálculo de uma relação ideal entre os aminoáci-dos que otimizam o aumento de car-ne nos frangos e aqueles que dimi-nuem a excreção de nitrogênio.

O projeto ganhador do Prêmio La-mas em Nutrição visa suprir a carên-cia do setor em estudos científicos so-bre a relação ideal da lisina (lis) com outro aminoácido essencial na dieta do frango de corte: a isoleucina (iso). “Ao se conhecer a relação ideal de Iso:Lis digestível (dig) em diversas fa-ses da criação do frango de corte, po-deremos formular dietas que propor-cionam o melhor desempenho animal com o menor custo possível, além de reduzir a excreção de nitrogênio pela

ave”, esclarece Anastácia Maria de Araújo Campos, autora do trabalho que compõe sua tese de doutorado em nutrição na Universidade Federal de Viçosa. Os resultados finais aponta-ram que as relações Iso:Lis dig afeta-ram de forma linear o ganho de peso,

a conversão alimentar e o rendimento de peito e de filé de 7 a 21 dias. A pes-quisa conclui também que a relação Iso:Lis dig indicada para o período de 28 a 40 dias de idade é de 68%.

Além da isoleucina, as relações da valina, arginina e do triptofano com a lisina para frangos de corte de 7-21 e de 28-40 dias de idade também foram estudadas no projeto.

Para Anastácia, os resultados des-ses estudos possibilitarão melhorias na formulação de dietas adequadas, que garantam maior desempenho e a menor excreção de nitrogênio, com o menor custo de produção. Entretanto, vale ressaltar, atualmente, apenas os aminoácidos lisina, metionina e a tre-onina são facilmente encontrados no mercado a preço acessível. Contudo, de acordo com Anastácia, o desenvol-vimento de pesquisas como essas, as quais comprovam a importância e a viabilidade da utilização de outros aminoácidos na dieta dos frangos, in-centivam a produção e a comerciali-zação de novos aminoácidos sintéti-cos, que futuramente estarão no mercado.

Efeito da relação Iso:Lis dig sobre o desempenho nos frangos de corte

Nutrição

Relação Iso:Lis dig afeta rendimento de peito e filé

Imagem dos experimentos realizados em Viçosa

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Produção Animal | Avicultura 35

Efeito da dieta materna no desempenho da progênie

Menção Honrosa - Nutrição

O estudo em questão suplementou as matrizes de frango de corte com óleo

de soja (rico em ômega 6), óleo de peixe (rico em ômega 3) e vitamina E com o ob-jetivo de melhorar as qualidades genéti-cas nas progênies. E os resultados foram favoráveis: foi constatado que a adição do óleo de soja nas dietas maternas promo-veu um ganho de peso superior nos pin-tos, enquanto a vitamina E proporcionou maiores valores de pH na carne de peito.

Isso aconteceu porque a adição desses óleos na dieta das matrizes elevou a con-centração de ácidos graxos nos ovos em-brionados. E o perfil de ácidos graxos da gema do ovo pode influenciar o processo de embriogênese. “Além da função de nu-trir o embrião, este componente dietético materno pode influenciar a síntese de hormônios através de ação hormonal so-bre os seus receptores ou ainda agir direta-mente na transcrição genética”, comenta a zootecnista Jovanir Fernandes, professo-

ra adjunta da Universidade Federal do Pa-raná e autora principal do trabalho.

O estudo se destaca ao suplementar as matrizes ao invés dos frangos. Já existem algumas publicações que também apre-sentam essa nova aborda-gem, mas o projeto ino-va ao estimular a discussão acerca da evo-lução da nutrigêmonica, ciência que estuda a in-teração molecular entre a nutrição e a resposta dos genes. Em relação a esse assunto, Jovanir res-salta que um único nu-triente ou uma classe in-teira pode apresentar efeitos amplos na ex-pressão genética e esse é um ramo de pesquisa que merece ser explora-do. “São necessários

mais trabalhos que forneçam informação crítica e novas técnicas para o entendi-mento de como a expressão gênica é regu-lada por nutrientes e para a avaliação de efeito dos nutrientes”, completa.

Experimentos conduzidos na pesquisa

Os problemas locomotores em aves para corte, especialmente

nos frangos, é uma das preocupações recentes dos produtores avícolas, pois se trata de uma possível barreira não tarifária para a exportação da carne de frango para alguns países, princi-palmente da Comunidade Européia.

A velocidade com que os diferen-tes problemas de locomoção apare-cem em frangos de corte é rápida e faz com que muitos trabalhos sobre o te-ma sejam realizados em todo o mun-do. A principal indagação é quanto ao sofrimento causado às aves quando as mesmas são acometidas por um ou mais problemas no sistema locomo-tor.

A pesquisa conduzida pela zootec-

nista Ibiara Almeida Paz, da Faculda-de de Ciências Agrárias da Universi-dade Federal da Grande Dourados, define até onde a utilização da casca de arroz como cama de aviários influi sobre o aparecimento das enfermida-des. Embora a maravalha seja o mate-rial de excelência para a utilização de camas de aviários, na região de Dou-rados, MS, cerca de 70% dos galpões são equipados com casca de arroz. As-sim, no estudo laureado pelo Prêmio Lamas na categoria Produção, ava-liou-se a freqüência de Gait Score e es-pondilolistese em frangos machos e fêmeas de duas linhagens comerciais, criados sobre diferentes tipos de ca-ma de frango (maravalha, casca de ar-roz, maravalha reutilizada e casca de

arroz reutilizada). O trabalho premiado é apenas

uma parte de uma pesquisa maior.

Gait Score e Espondilolistese em frangos criados em dois tipos de camas

Produção

Aviário experimental com cama de casca de arroz

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Prêmio Lamas

Uso da geoestatística na interpretação das condições ambientais do aviário

Menção Honrosa – Produção

Thayla Morandi Ridolfi de Car-valho acredita que a avicultu-

ra atual dispõe de tecnologias bem desenvolvidas nas questões de ge-nética e nutrição na produção de frangos de corte. Contudo, para a pesquisadora do Laboratório de Construções Rurais e Ambiência da Feagri/Unicamp, no quesito ambiência o setor ainda está defa-sado. Daí a importância do inves-timento em pesquisas com a fina-lidade de aprimorar as condições climáticas, assim como a qualida-de do ar do aviário. “O equilíbrio entre o bem-estar das aves, nutri-ção, genética, sanidade e o am-biente é o que garantirá bons re-sultados zootécnicos”, afirma.

Desde 2007, Thayla desempe-nha estudos científicos sobre no-vas tecnologias para se obter um ambiente climático adequado nos pinteiros. No trabalho que rece-beu menção honrosa na categoria de produção do Prêmio Lamas, Thayla inovou ao utilizar a geoes-tatística na interpretação das vari-áveis do ambiente térmico (tem-peratura, umidade e velocidade do ar) e do aéreo (concentração de amônia e dióxido de carbono) do aviário. Segundo Thayla, a ferra-menta permite que o produtor vi-sualize de forma simples e precisa o que está de fato ocorrendo. “A partir deste artifício é possível corrigir e redimensionar o manejo da ventilação mínima, isolamento do galpão, entre outras ações cor-retivas”, esclarece.Essa é a primei-

ra vez que a geoestatística está sendo usada na avicultura e se di-ferencia das outras que são usual-mente utilizadas(como o teste de ANOVA, T-Studente, Teste de Tukey etc) por levar em considera-ção o posicionamento gráfico das variáveis em questão.

As outras ferramentas traba-lham com valores médios, sem le-var em conta onde ocorreram os valores muito altos ou muito bai-xos. Um exemplo: o produtor veri-fica que a média de dentro do avi-ário é de 30°C, o que transmite a falsa ideia de que a ambiência dentro do pinteiro está adequada,

enquanto, na prática, a realidade é outra. “É como uma sala com um ar condicionado. A tempera-tura ambiente pode marcar 25°C, mas a pessoa que está sentada em-baixo da saída de ar possivelmen-te está sentindo mais frio do que a outra que está mais adiante”, es-clarece a Thayla.

O uso da geoestatística em di-ferentes tipos de ventilação míni-ma, já está disponível para os avi-cultores, que, no entanto, precisam de um profissional com conheci-mentos específicos para construir os mapas de temperatura.

Ibiara explica que uma série de estu-dos vem sendo realizada conjunta-mente entre UNICAMP, UFGD, UNESP e a empresa DSM.

Desta forma, no estudo apresenta-do na Conferência Facta, concluiu-se que o tipo de matéria prima utilizada

como cama, a linhagem e o sexo das aves não influenciam no aparecimen-to desses problemas locomotores. Ou-tro resultado importante: Em ne-nhum tratamento a incidência de Gait Score manteve-se abaixo daquela preconizada por alguns mercados im-

portadores. “Essa linha de pesquisa é muito importante para a avicultura, pois, com vista aos problemas loco-motores, o produtor poderá optar por um ou outro material de cama depen-dendo da categoria da ave a ser cria-da”, afirma a pesquisadora.

Ambientes interno do aviário estudado

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Produção Animal | Avicultura 37

Desde 2005, o Grupo de Pesquisa em Ambiência e Zootecnia de

Precisão da FEAGRI/UNICAMP, lide-rado pelas pesquisadoras Irenilza A. Nääs e Daniela J. De Moura, desenvol-ve estudos com a finalidade é avaliar o impacto das ondas de calor na pro-dução de frangos de corte. Ao longo desses cinco anos, três trabalhos liga-dos a esse projeto foram agraciados com o Prêmio Lamas.

Os estudos utilizam ferramentas como a tecnologia de informação, mineração de dados e sistemas espe-cialistas de suporte à decisão. Em sín-tese, são técnicas que permitem apro-veitar o grande volume de dados digitais acumulados nas empresas pa-ra a descoberta de conhecimento e desenvolvimento de sistemas.

O terceiro trabalho, premiado esse ano e que compõe a tese de doutora-

do do zootecnista Marcos Vale, que atualmente é nutricionista animal e consultor de P&D da empresa Vitagri, estuda a produção de gases, como a amônia, durante a simulação de um dia de onda de calor em um aviário. Os resultados indicaram que o exces-so do gás além do limite das aves oca-siona mortes a partir dos 31 dias de idade.

Com os dados da pesquisa, o gru-po identificou que em apenas um dia de onda de calor pode-se observar uma mortalidade de até 1%, quando se espera algo em torno de 0,1% na-quele dia. Estimativas conservadoras para uma região que abate em média 500 mil aves por dia indicam que 5,5 milhões de frangos podem ser atingi-dos pelo impacto das ondas de calor. “Nestas condições, ao longo de um ano, podemos nos deparar com per-

das superiores a um milhão de reais, somente com a mortalidade de fran-gos após os 31 dias de idade”, afirma Marcos Vale, que completa: Nossas pesquisas têm proposto o desenvolvi-mento de sistemas de suporte à deci-são, apoiados no conhecimento de dados e de estações meteorológicas, que permitem prever estes eventos e desencadear ações emergenciais para reduzir as perdas produtivas.

Sistemas semelhantes já foram de-senvolvidos para a agricultura, como no caso de cooperativas de café, que alertam produtores sobre os dias de ocorrência de geadas. Ferramentas como os modelos de predição, aliados com sistemas simples de comunica-ção, como os torpedos, podem ser ex-tremamente ágeis para avisar produ-tores sobre perdas potenciais e possíveis ações.

Deterioração ambiental de granjas devido ao calor

Outras Áreas – Menção Honrosa

O intenso trabalho de seleção e me-lhoramento genético realizado

nos últimos anos permitiu o amplo avanço da avicultura. Contudo, existe pouca informação disponível sobre o retorno econômico esperado da sele-ção e, principalmente, se os esforços de seleção intensa aplicada para deter-minadas características têm, de fato, contribuído para uma maior margem de lucratividade, uma vez que os valo-res econômicos relativos não têm si-dos considerados nos processos de se-leção. A pesquisadora Jane Lara Grosso, do Departamento de Ciências Básicas da FZEA/USP pensou nessas questões e notou que existia um défi-cit de trabalhos científicos e resolveu investir nesse ramo de pesquisa.

Para ela, índices empíricos têm sido utilizados baseados nos estu-dos das necessidades da indústria de alimento e análise das tendên-cias de mercado, podendo, muitas vezes, direcionar os esforços de se-leção para características que con-tribuam menos para o lucro do sis-tema produtivo.

O trabalho apresentado no Prê-mio Lamas faz parte de sua tese de doutorado, ainda em andamento, que se divide em duas partes. A pri-meira visa estimar os valores gené-ticos dos indivíduos para as carac-terísticas sob seleção e a segunda determina o valor econômico rela-tivo dessas características avalia-das.

O trabalho ressalta a importân-cia das estimativas dos parâmetros genéticos (coeficientes de herdabi-lidade e de correlação genética) em linhagens de frangos para definir, orientar e avaliar a eficiência da se-leção e também a adequação às exi-gências atuais do mercado produti-vo industrial e consumidor.

Quando o projeto estiver con-cluído, índices de seleção serão pro-postos para alguns segmentos de mercado, dando a cada característi-ca o seu peso relativo correspon-dente, contribuindo para uma maior eficiência econômica da uti-lização do mérito genético predito e consequentemente maior eficiên-cia produtiva.

Estimação dos valores genéticos e econômicos para as características sob seleção

Outras Áreas

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38 Produção Animal | Avicultura

Prêmio Lamas

A bronquite infecciosa das galinhas (BIG) continua sendo uma das principais en-

fermidades que causa perdas econômicas na produção industrial de aves. Esta enfer-midade manifesta-se nas formas respirató-ria, renal, reprodutiva, e mais recentemente tem sido associada a miopatias. A BIG é controlada com vacinas, porém, decorrente das diferentes manifestações clínicas e da alta freqüência de mutação do genoma vi-ral (RNA não segmentado de fita simples), este vírus tem sido associado a falhas de proteção vacinal. O agrupamento dos vírus em protectotipos apresenta-se extrema-mente útil, do ponto de vista prático, uma vez que providencia informações diretas so-bre a eficácia de uma vacina. Amostras que induzem proteção entre si pertencem ao mesmo protectotipo. Dentro desse concei-to, este estudo avaliou duas amostras isola-das de casos clínicos de campo, classifica-das genotipicamente como variantes, frente ao tipo vacinal Massachusetts.

Material e métodos Aves SPF foram aleatoriamente dividi-

das em 8 grupos, mantidas em unidades isoladoras com ar filtrado e pressão positiva. A amostra BIBR8471/03 (A) foi recuperada de matrizes com sinais respiratórios e re-nais, além de lesões no músculo peitoral. A amostra BIBR010/09 (B) foi isolada de ma-trizes com sinais respiratórios, taxa de mor-talidade elevada e lesões de músculo (dados não publicados). Tanto a vacina H120 quan-to as amostras de desafio foram tituladas e diluídas para obtermos uma dose aproxi-mada de 103,5DIE50/ave. A amostra M41 foi utiliza sob a mesma metodologia como re-ferência de desafio. As aves receberam duas doses de vacina via ocular aos 14 e 21 dias de idade e foram desafiadas 4 semanas pós a vacinação. A taxa de proteção foi avaliada

no 5º dia pós desafio através da porcenta-gem de proteção relativa -PPR- calculada com os valores percentuais de aves com ci-liostase em relação aos controles. As aves fo-ram submetidas aos tratamentos da Tabela 1.

Resultados e discussão Os dados na Tabela 1 mostram os valo-

res encontrados para alterações no bati-mento ciliar das traquéias analisadas após os desafios com as diferentes amostras vi-rais. A alta patogenicidade da amostra M41 foi confirmada, bem como a da variante BIBR8471/03. Já a amostra BIBR010/09, também classificada como variante, apre-sentou alterações celulares inferiores à amostra de referência e a variante BIBR8471/03. A baixa patogenicidade da amostra BIBR010/09 pode estar associada ao excelente grau de proteção obtida com a vacina H120 (Tabela 2). De outra forma, a amostra BIBR8471/03 mostrou-se altamen-te patogênica (91% de ciliostase) e mesmo assim, o valor de PPR de 82% atendeu as normas internacionais para testes de eficá-cia de vacinas vivas. Dados complementa-res de lesões microscópicas e recuperação viral serão importantes para concluir este estudo. Porém, os resultados obtidos até o momento evidenciam que duas amostras variantes genotipicamente podem perten-cer a um mesmo protectotipo ou imunoti-po.

Conclusão

Embora as amostras BIBR8471/03 e BIBR010/09 tenham sido classificadas co-mo variantes, duas doses de 103,5DIE50/ ave de vacina H120 comercial (amostra Holland tipo Massachusetts) foram capazes de induzir proteção para ambas. Entretan-to, a amostra BIBR8471/03 apresentou-se como uma amostra variante altamente pa-togênica, enquanto a BIBR010/09 foi de baixa virulência. Estes resultados reforçam a importância da classificação de novas amostras em imunotipos (protectotipos) para a tomada de decisão e elaboração de estratégias de controle dessa enfermidade.

Avaliação de proteção vacinal para amostras variantes de bronquite infecciosa das galinhas frente

à amostra vacinal H120 Autores: Iara Maria Trevisol1, Fátima Regina Ferreira Jaenisch1, Virgínia Santiago Silva1, Liana Bren-

tano1, Tânia A. Potter Klein1, Rejane Schaefer1, Arlei Coldebella1 e Paulo Augusto Esteves1

1- Embrapa Suínos e Aves

Tabela 1 - Avaliação da ciliostase no epitélio traqueal 5 dias após desafios

Tratamentos Nº de aves com ciliostase/ total aves

% de ciliostase

1 NV/ND 2/11 18,00

2 V/ND 1/11 9,00

3 NV/D am. A 3/8 37,50

4 V/D am. A 0/11 0,00

5 NV/D am. B 10/11 91,00

6 V/D am. B 1/11 9,00

7 NV/DM41 11/11 100,00

8 V/DM41 2/11 18,00

Tabela 2 - Percentual de Proteção Relativa da vacina H120 frente aos diferentes desafios

Tratamentos PPR PPR

Desafio com 010/09 100%

Desafio com 8471/03 90%

Desafio com M41 82%

Efeito da relação isoleucina: lisina digestível sobre o desempenho e qualidade de carcaça de frangos de corteAutores: Anastácia Maria de Araújo Campos1, Wagner Azis Garcia de Araujo1, Rodrigo Knop Guazzi Messias1, Daniel Almeida Guimarães1, Gabriel Borges Sandt Pêssoa1, Horacio Santiago Rostagno1

1- Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa

De acordo com Emmert & Baker a pro-teína ideal pode ser definida como o

balanceamento exato dos aminoácidos, sem deficiências ou sobras, com o objeti-vo de satisfazer os requisitos absolutos de todos os aminoácidos para mantença e para ganho máximo de proteína corpo-ral, reduzindo o uso dos aminoácidos co-mo fonte de energia e diminuindo a ex-creção de nitrogênio. Apesar de grandes progressos na nutrição de frangos de cor-te, ainda não se tem suficiente conheci-mento sobre as relações ideais de isoleucina:lisina digestíveis (Iso:Lis dig.) para diferentes idades. O objetivo deste experimento foi avaliar a relação Iso:Lis dig. sobre o desempenho e o rendimento de peito e de filé de peito de frangos de corte machos Cobb no período de 07 a 21 dias (1º experimento) e de 28 a 40 dias (2º experimento) de idade..

Material e métodos Foram desenvolvidos dois experimen-

tos no setor de avicultura do Departa-mento de Zootecnia da Universidade Fe-deral de Viçosa. Até a montagem dos experimentos, as aves foram criadas em galpões de alvenaria, recebendo ração for-mulada a base de milho e farelo de soja e manejo segundo manual da linhagem. Um total de 600 frangos no primeiro ex-perimento e 480 no segundo experimen-to foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizado com três rela-ções Iso:Lis dig., oito repetições e 25 aves por unidade experimental (UE) no 1º ex-perimento e 20 aves por UE no 2º experi-mento. As dietas foram formuladas aten-dendo as exigências mínimas dos nutrientes nos dois experimentos, exceto para lisina digestível, sendo utilizado o valor de 1.08% e 0.98% para o 1º e 2º ex-perimento, respectivamente. As relações Iso:Lis dig. utilizadas no1º experimento foram de 60, 65 e 70%, e no 2º experi-mento de 58, 67 e 76%. No final do expe-rimento foi determinado o ganho de pe-so, o consumo de ração e a conversão alimentar das aves. No fim de cada expe-rimento, após um jejum de 12 horas, fo-ram abatidas quatro aves por unidade ex-perimental, com peso médio da repetição, para a determinação do rendimento de peito e de filé de peito. Os dados obtidos foram submetidos à análise de regressão utilizando-se o programa SAEG (Sistema de Análises Estatísticas e Genéticas), de-

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Produção Animal | Avicultura 39

senvolvido pela Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Resultados e discussão

Na Tabela 1 estão apresentados os va-lores médios para consumo de ração, ga-nho de peso, conversão alimentar e ren-dimento de peito e de filé de peito aos 21 e 40 dias de idade, e seus respectivos coe-ficientes de variação (CV). Houve efeito linear das relações Iso:Lis dig. sobre o ga-nho de peso (Y = 2,253 Iso + 480,47, R2 = 0,84), conversão alimentar (Y = - 0,006 Iso + 1,90, R2 = 0,80), rendimento de pei-to (Y = 0,072 Iso + 15,08, R2 = 0,97) e ren-dimento de file (Y = 0,06 Iso + 11,81, R2 = 0,95) no primeiro experimento. Baker et al. observaram efeito quadrático da rela-ção Iso:Lis dig. sobre os parâmetros ava-liados em frangos de corte de 1 a 21 dias, sendo que a relação 61,4% proporcionou o melhor desempenho. No segundo expe-rimento, houve efeito linear das relações Iso:Lis dig. sobre a conversão alimentar, o rendimento de peito e de filé. O consumo de ração, o ganho de peso apresentaram resposta quadrática (P <0.05), descritos pelas equações Y = - 1,0255 Iso2 + 138,17 Iso - 2456,2 (R2 = 0,93), e Y = - 0,5455 Iso2 + 77,933 Iso - 1550,73 (R2 = 0,97), respec-tivamente. Com base no ganho de peso e utilizando 95% da quadrática a relação ideal de Iso:Lis dig. para frangos de corte de 28 a 40 dias de idade foi 68%. Hale et al. verificaram que a relação Iso:Lis dig. para frangos de corte de 30 a 42 dias de idade variou entre 62 a 67%. Segundo Rostagno et al. as relações ideais de Iso:Lis dig. são de 65 e 67% para as fases de 1 a 21 e de 28 a 40 dias de idades respectivamen-te.

Conclusão As relações Iso:Lis dig. afetaram de

forma linear o ganho de peso, a conver-são alimentar, o rendimento de peito e de filé de 7 a 21 dias. A relação Iso:Lis dig. in-dicada para o período de 28 a 40 dias de idade é de 68%.

Tabela 1 - Efeito da relação Iso:Lis dig. sobre o consumo de ração (CR), ganho de peso (GP), conversão alimentar (CA) e rendimento de peito (RP) e de filé (RF) de peito de frangos de corte machos em diferentes idades

Relações CR (g) GP (g) CA RP(%) RF(%)

1º Experimento (7-21 dias)

Iso:Lis 60 932,1 612,8 1,523 19,46 15,45

65 924,5 632,6 1,463 19,70 15,62

70 926,1 635,4 1,458 20,19 16,05

Regressão ns L1 L1 L L1

CV% 2,03 3,59 3,17 2,70 2,71

2º Experimento (28-40 dias)

Iso:Lis 58 2108,2 1134,2 1,858 35,23 26,36

67 2198,0 1221,8 1,799 36,17 26,73

76 2121,8 1221,1 1,738 36,73 27,47

Regressão Q2 Q2 L1 L1 L1

CV% 3,10 2,74 2,25 2,87 3,60

1- Efeito Linear P<(0,05). 2- Efeito Quadrático P<(0,05).

Avaliação do efeito da vitamina E na dieta de matrizes de frangos corte suplementadas com óleo de soja e de peixe sobre o desempenho, rendimento de carcaça e qualidade da carne da progênie Autores: Jovanir Inês Müller Fernandes1, Alice Eiko Murakami2, Alexandra Potença2, Raquel Cristina Kosmann¹, Américo Fróes Garcez Neto³1- Laboratório de Experimentação Avícola - LEA/UFPR. Campus Palotina / 2- Departamento de Zootecnia - PPZ/UEM. Maringá, PR / 3- Laboratório de Nutrição, UFPR. Palotina

A nutrição de reprodutoras pesadas deve atender as exigências da ave, alcançando

um bom desempenho produtivo e, ainda, su-prir as necessidades dos embriões e dos pintos neonatos, originados de seus ovos. O desen-volvimento e a vitalidade dos embriões de-pendem completamente dos nutrientes conti-dos nos ovos, os quais são originados da dieta e do metabolismo das galinhas. A adição de óleo de peixe na dieta de matrizes eleva a con-centração de ácidos graxos poliinsaturados (PUFA) da série ômega em ovos embrionados, o que pode trazer benefícios para o embrião

durante o seu desenvolvimento. Devido ao fa-to dos PUFA serem particularmente propen-sos à oxidação ou ao ataque de radicais livres é necessária a associação com antioxidantes. A vitamina E evita a peroxidação dos PUFA que

ocorrem nas membranas celula-res e combate os radicais livres formados. O objetivo foi avaliar o efeito da vitamina E em dietas de matrizes de corte suplementadas com óleo de soja e de peixe sobre o desempenho, rendimento de carcaça e qualidade da carne da progênie.

Material e métodos Foram utilizados 32 reprodu-

tores e 384 matrizes de corte da linhagem Cobb com 42 semanas de idade alojados em 32 boxes (1 galo: 12 matrizes) O delineamen-to experimental utilizado foi in-teiramente casualizado em es-quema fatorial 2x4 com duas fontes de óleo (soja e peixe) e qua-tro níveis de vit E (0, 150, 250 e 350 mg/kg de ração) sendo oito

tratamentos e quatro repetições. Foi adiciona-do às rações experimentais 1,5% de óleo, inde-pendente da fonte, em todas as dietas experi-mentais. Foram incubados cerca de 200 ovos por tratamento e à eclosão foram alocados de acordo com o delineamento experimental uti-lizado com as matrizes. Aos 35 dias de idade foi avaliado o desempenho produtivo e abati-das duas aves por unidade experimental (8 aves/trat.) para avaliação do rendimento da carcaça e da qualidade da carne do peito das aves. A avaliação estatística dos dados foi feita utilizando o Software SAS.

Resultados e discussão A suplementação das dietas maternas com

óleo e vitamina E não afetou (p>0,05) o de-sempenho produtivo e o rendimento da car-caça da progênie, com exceção ao GP, que foi maior para as aves, cujas matrizes receberam óleo de soja na dieta. Entretanto, independen-te da fonte de óleo houve efeito quadrático (p<0,05) da suplementação de vitamina E na dieta materna sobre a perda de água da carne do peito e efeito linear (p<0,05) sobre a lumi-nosidade da carne, avaliada pela cor “L”. O pH avaliado 6, 7, 8, 12 e 24 horas post mortem foi afetado apenas pelo óleo de peixe adicionada à dieta materna, independente do tempo. Houve uma elevação linear (p<0,01) dos valo-res de pH de acordo com os níveis de vitamina E da dieta das matrizes.

Conclusão

A suplementação das dietas maternas com óleo de soja promoveu um ganho de peso su-perior da progênie, enquanto que a adição de vitamina E melhorou os atributos da qualida-de da carne. A utilização de óleo de peixe asso-ciada a vitamina E proporcionou maiores va-lores de pH na carne do peito da progênie.

GP (g) CR (g) CA Carcaça (%)

Peito (%)

Coxas (%)

Perda de Água (%)

Cor “L”

Vit E (mg/kg)

0150250350

1771,10 1624,95 1746,32 1687,00

3014,00 2760,03 2917,73 2864,67

1,70 1,70 1,67 1,70

70,18 69,69 70,29 69,74

36,46 36,27 35,94 35,80

30,39 30,52 30,80 30,53

14,43 12,72 14,01 14,22

49,98 48,5449,2347,70

Fontes de Óleo

Soja Peixe Média CV (%)

1758,17 1656,52 1707,34 3,81

2967,15 2811,07 2889,11 3,06

1,69 1,70 1,69 1,67

69,87 70,08 69,98 1,93

35,90 36,34 36,12 3,16

30,62 30,50 30,56 2,35

13,71 13,99 13,85 7,95

49,27 48,4548,862,90

Análise de variância

Vit EÓleo Interação

NS P<0,05 NS

P<0,05 P<0,05 P<0,05

NS NSNS

NS NSNS

NS NSNS

NS NSNS

quadrático NSNS

linearNSNS

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40 Produção Animal | Avicultura

Prêmio Lamas

Os problemas locomotores têm grande importância para a produção avícola

mundial, principalmente no que tange as perdas econômicas por condenações em abatedouros e as perdas de bem es-tar das aves. Desta forma, estes proble-mas devem ser prevenidos por meio de manejo adequado de cama, temperatu-ra e dieta, já que após estabelecidos as perdas são inevitáveis. Embora a mara-valha seja o material de excelência para utilização como cama de aviário, na re-gião de Dourados-MS, cerca de 70% dos aviários são equipados com a casca de arroz como cama. Sendo assim, torna--se relevante a avaliação do impacto da utilização da casca de arroz como maté-ria prima para cama de aviário, avalian-do se a mesma não causa aumento nos problemas locomotores, como Gait Sco-re e espondilolistese.

Material e métodos O experimento foi conduzido no

Aviário Experimental da FCA/UFGD. As aves foram criadas sobre maravalha e cas ca de arroz, ambas novas, por 45 dias. Um delineamento inteiramente casualizado foi alocado em um ensaio fatorial 2x2x2 (duas linhagens - Cobb e Ross, dois sexos e dois tipos de cama - casca de arroz e maravalha). Foram uti-lizados 2968 pintos de um dia, distribu-ídos igual mente nos tratamentos. Todas as aves receberam ração isonutri-tivas e água à vontade. O arraçoamento foi dividido em três fases: inicial (1 a 21 dias), crescimento (22 a 35 dias) e final (36 a 45 dias), os níveis nutricionais se-guiram as recomendações da literatura. O Gait Score foi avaliado em 120 aves por tratamento, ainda no aviário, Uma ave normal, com escore 0 deve andar nor malmente, sem claudicação e dar no mí-nimo 10 passos ininterruptos em 1m; uma ave com escore 1 anda com dificuldade e dá entre 6 e 10 passos em 1m; a ave com escore 2 têm muita dificuldade para andar. A es-pondilolistese foi avaliada após o abate no Laboratório de Carne da FCA/UFGD, se-guindo o procedimento padrão de abate co-mercial, esta avaliação foi realizada por aná-lise da integridade das vértebras. Para isso a coluna vertebral foi serrada longitudinal-mete na região mediana. As aves foram clas-sificadas apenas como por tadoras ou não da deformidade. As análises estatísticas foram realizadas com o auxílio do pacote SAS, os dados foram submetidos às verificações de pressuposi ção do modelo (homogeneidade e normalidade). O Gait Score e espondilolis-tese apresentaram homogeneidade de vari-ância (p>0,05) pelo método de Levene. Por serem dados categóricos, não apresentaram distribuição normal (p<0,05) pelo teste Sha-piro-Wilk. Desta forma os dados foram estu-

dados pelo teste de Wilcoxon (p>0,05). Pos-teriormente a incidência de cada escore foi obtida pelo pro cedimento de frequência.

Resultados e discussão A incidência de Gait Score e espondilo-

listese não foi influenciada pelos tratamen-to estudados (p>0,05). Ou seja, independen-temente do tipo de cama utilizada, linhagem ou sexo, a incidência destes pro-blemas locomotores foi baixa, o que difere de outros estudos que demonstram porcen-tagem bem maior destes problemas. A mé-dia de incidência de Gait Score apresentada no estudo manteve-se abaixo de 30%, como preconizados por alguns mercados impor-tadores. Os resultados estão nas Tabelas 1 e 2.

Conclusão Conclui-se que o tipo de cama de aviá-

rio, a linhagem e o sexo das aves não tive-ram influencia no aparecimento de proble-mas locomotores com Gait Score e espondilolistese e que a incidência de Gait Score manteve-se abaixo daquela preconi-zada por alguns mercados importadores.

Gait score e espondilolistese em frangos de corte de duas linhagens e criados em dois tipos de cama

Autores: Ibiara Correia de Lima Almeida Paz1, Rodrigo Bernardi1, Rodrigo Garófallo Garcia1, Rafael Scholz1, Fabiana Ribeiro Caldara1, Leonardo de Oliveira Seno1

1- Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Grande Dourados - FCA/UFGD

Tabela 1 – Incidência de Gait Score em frangos de corte aos 45 dias de idade

Tipo de Cama

Linhagem SexoGait Score (%)

0 1 2

Casca de arroz

Ross 380Macho 76,67 16,67 6,67

Fêmea 77,78 14,81 7,41

Cobb 508Macho 83,33 10,00 6,67

Fêmea 90,00 6,67 3,33

Marava-lha

Ross 380Macho 73,33 20,00 6,67

Fêmea 86,67 13,33 0,00

Cobb 508Macho 73,33 20,00 6,67

Fêmea 81,48 11,11 7,41

Tabela 2 - Incidência de espondilolistese em frangos de corte aos 45 dias de idade

Tipo de Cama

Linhagem SexoEspondilolistese

Sim Não

Casca de arroz

Ross 380Macho 66,67 33,33

Fêmea 57,14 42,82

Cobb 508Macho 68,42 31,58

Fêmea 70,00 30,00

Marava-lha

Ross 380Macho 68,42 31,58

Fêmea 70,00 30,00

Cobb 508Macho 72,22 27,78

Fêmea 68,42 31,58

Uso da geoestatística em diferentes sistemas de ventilação mínima para frangos de corte em fase de aquecimento Autores: Thayla Morandi Ridolfi de Carvalho1, Daniella Jorge de Moura1, Ana Paula Assis Maia1, Leda Gobbo de Freitas Bueno1, Irenilza de Alencar Nääs1, Zigomar Menezes Souza2 1- Laboratório de Construções Rurais e Ambiência - FEAGRI/UNICAMP / 2- Laboratório de Solos - FEA-GRI/UNICAMP

A ventilação mínima (VM) pode ser defi-nida como a quantidade de ar necessá-

ria por hora para atender à demanda de oxi-gênio das aves e manter a qualidade do ar, visando seu bem-estar e saúde. Entretanto, baixa taxa de VM resulta em pior qualidade da cama e do ar, enquanto que altas taxas re-sultam em condições adversas e custo eleva-do de aquecimento. Sendo que a concentra-ção de amônia - NH3 e de dióxido de carbono - CO2 não devem exceder concentração de 20ppm e 3000ppm, respectivamente. Neste contexto, o objetivo do estudo foi avaliar o ambiente térmico e aéreo em relação ao ma-nejo da VM para frangos de corte em fase de aquecimento através da análise geoestatísti-ca que avalia a dependência e distribuição espacial das variáveis estudadas.

Material e métodos O presente trabalho foi realizado em

dois galpões do tipo Blue House com VM através de exaustores e manejo de cortinas no fundo do aviário (G1 - 22,0 x 90,0m) e exaustores com manejo de cortinas laterais (G2 - 13,0 x 125,0m). E em dois galpões com VM através de válvula e exaustores do tipo Dark House (G3 - 18,0 x 120,0m) e manejo de cortinas do tipo convencional (G4 - 12,0 x 120,0m), localizados na região de Campi-nas, SP. O sistema de aquecimento era auto-mático à lenha para G1 e G2, automático à diesel em G3 e fornalhas à lenha em G4 na área do pinteiro. Para a coleta de temperatu-ra de bulbo seco - Tbs (°C), umidade relativa - UR (%) e velocidade do ar - VA (m.s-1) foi utilizado um termo-higro anemômetro (HTA 4200) e a concentração NH3 e CO2 uti-lizando o GasAlertMIcro 5®. Os dados fo-ram obtidos na altura das aves dividindo o pinteiro em 80 pontos equidistantes, com 1, 7 e 14 dias de idade das aves em dois horários distintos, às 9h e 17h, durante o período do inverno. A avaliação do manejo da VM foi realizada utilizando a geoestatística através do software GS+ versão 7, coeficiente de va-riação através do Minitab® e os mapas fo-ram construídos através do software Sur-fer®.

Resultados e Discussão A análise geoestatística demonstrou,

através do coeficiente de variação, baixa va-riabilidade para Tbs e UR, estando a Tbs abaixo do intervalo ideal em todos os gal-pões entre 27 e 32°C, denotando problemas no sistema de aquecimento. Enquanto que a UR excedeu o limite preconizado por em G1

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Produção Animal | Avicultura 41

Estimativas dos componentes de (co) variância para características de crescimento em linhagem comercial de frangosAutores: Jane Lara Brandani Marques Grosso1, Elisângela Chicaroni de Mattos1, Fabio Mateus de Moraes1, Joanir Pereira Eler1, Júlio Cesar de Carvalho Balieiro1, José Bento Sterman Ferraz1 1- Departamento de Ciências Básicas - FZEA/USP

Nas últimas décadas desenvolveu-se no Brasil um de seus maiores e mais

competitivos complexos agroindustriais, o da avicultura de corte. Essa evolução é decorrente, principalmente, do intenso processo de seleção realizado e do uso de cruzamento entre raças, originando li-nhagens específicas com características próprias. Nesse sentido, é fundamental que as estimativas dos parâmetros gené-ticos sejam sempre atualizadas devido às mudanças ocorridas na população para a qual as mesmas foram estimadas. A esti-mação dos coeficientes de herdabilidade permite verificar quanto da variabilida-de total ligada à expressão de uma carac-terística corresponde à variação genética aditiva, o que torna possível estabelecer programas de seleção mais eficientes. O presente estudo teve por objetivo esti-mar os componentes de (co) variância e os coeficientes de herdabilidade para as características de crescimento em uma linhagem comercial de frangos.

Material e Métodos Foram utilizadas informações das

aves pertencentes a Aviagen do Brasil, que possui um programa de seleção para produção de frangos comerciais. As ca-racterísticas mensuradas, entre os anos de 2002 e 2006, foram: peso corporal aos 7 (PV7), 30 (PV30) e 38 (PV38) dias de idade e peso de abate aos 43 (PV43) dias de idade. Os dados foram processa-dos no Grupo de Melhoramento Animal e Biotecnologia da FZEA/USP, em Piras-sununga, São Paulo. As estatísticas des-critivas foram calculadas pelo PROC MEANS do SAS. A matriz de parentesco foi composta por 132.442 animais. As es-timativas dos com ponentes de (co)vari-ância e parâmetros genéticos foram obti-das pelo método de máxima verossimilhança restri ta, utilizando-se o programa MTDFREML. Definiu-se como critério de convergência o valor de 10-9 com dois reinícios consecutivos sem al-teração do -2 log L na sexta casa deci-

mal. No modelo de análise unicaracte-rística foram considerados como efeitos fixos o lote, grupo de acasalamento dos pais e sexo das aves. A idade do animal à mensuração foi considerada como cova-riável para PV38. A importância desses efeitos foi determinada pelo PROC GLM do SAS, tendo sido significativo (P<0,0001) para as características avalia-das. Foram considerados como aleató-rios os efeitos genéticos aditivos direto e materno, de ambiente permanente ma-terno e residual.

Resultados e Discussão As estatísticas descritivas são ilustra-

das na Tabela 1. As covariâncias negati-vas entre os efeitos aditivos direto e ma-terno indicam um antagonismo genético entre essas fontes e podem influenciar a tendência genética em longo prazo, quando não consideradas nos progra mas de seleção. O valor devido ao efeito de ambiente permanente materno mostra que parte da variância, que poderia ser tida como aditiva é, na verdade, deriva-da dos efeitos não-aditivos, portanto, se não for considerado no modelo estatísti-co, a variância genética aditiva pode ser superestimada. Os coeficientes de herda-bilidade direta encontrados mostram-se moderados indicando, no entan to, que as características analisadas podem apresentar resposta satisfatória à seleção. Esses resultados foram inferiores aos ob-tidos por Zerehdaran et al. e Gaya et al.

Conclusão Os resultados sugerem que as carac-

terísticas analisa das podem ser selecio-nadas e respostas significativas à seleção podem ser alcançadas. Os efeitos mater-nos fo ram importantes para PV7 e, em-bora em menor magni tude para PV30, PV38 e PV43, não devem ser ignora dos nas análises, em virtude de poderem su-perestimar a variância genética aditiva e, consequentemente, o co eficiente de herdabilidade para essas características.

Tabela 1 - Número de observações (N), média observada (MED), desvio-padrão (DP) e coeficiente de variação, (CV) das características.

Característica N MED DP CV (%) MIN MAX

PV7 69.267 213,21 29,18 13,68 77,00 315,00

PV30 42.125 1.448,04 160,79 11,10 730,00 2.050,00

PV38 51.293 2.191,45 298,09 13,60 840,00 3.310,00

PV43 24.056 2.739,80 389,26 14,21 1.218,00 4.085,00

PV7 = peso corporal aos 7 dias (g); PV30 = peso corporal aos 30 dias (g); PV38 = peso corporal aos 38 dias (g); PV43 = peso de abate aos 43 dias (g).

e G3, Figura 1 (e). A Figura 1 (a, b e d) ilustra a ocorrência de Tbs menores nas laterais in-dicando influência do manejo das cortinas em relação ao ambiente interno dos gal-pões. A VA apresentou-se ideal segundo, ou seja, menor que 0,5m.s-1 em todos os gal-pões, idades e horários, ocorrendo alta va-

riabilidade o que indica um controle insa-tisfatório da VM (Figura 1 (f)) semelhante ao encontrado por. O mesmo ocorreu para o CO2 e NH3 com aves de 7 e 14 dias de ida-de, sendo que CO2 não excedeu o limite preconizado, porém concentrou-se próxi-mo aos exaustores como ilustrado para G1 e G3 indicando maior necessidade de reno-vação de ar principalmente nesses galpões de maior largura, ilustrado na Figura 1 (h) e (i).

Conclusão A eficiência do sistema de VM utilizado

é em função do volume de ar renovado, portanto G1 e G3 (acima de 15,0m) tendem a apresentar maior concentração de gases e UR. A VA apresentou alta variabilidade in-dicando um controle insatisfatório em to-dos os sistemas de VM estudados, indepen-dentemente do uso ou não de exaustores.

Figura 1 - Mapeamento da Tbs para G1 (a), G2 (b), G3 (c) e G4 (d), da UR para G3 (e), da VA para G2 (f), da concentração de CO2 para G3 (g) e NH3 para G1 (h) e G3 (i)

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42 Produção Animal | Avicultura

Prêmio Lamas

A mortalidade de frangos de corte é um dos principais fa-tores que causam perdas durante ondas de calor. A com-

preensão da dinâmica do ambiente ao logo do dia pode auxi-liar na elaboração de estratégias construtivas e ações mitigadoras. O objetivo deste trabalho foi o de avaliar o am-biente psicrométrico e aéreo de frangos de corte aos 43 dias de idade durante a simulação de ondas de calor em câmara climática.

Material e Métodos O experimento foi realizado em câmara climática da FE-

AGRI/UNICAMP (Campinas, SP), dividida em oito boxes, medindo 1,5m x 1m, equipados individualmente com come-douros, bebedouros e piso recoberto com maravalha, repos-tas durante o ciclo conforme umedecimento excessivo da ca-ma. Foram utilizados 160 frangos de corte machos de 42 dias de idade, da linhagem Ross 308, alojadas 13,3 aves por m2 desde o primeiro dia de vida. A simulação da onda de calor foi efetuada segundo Vale (2008), por intermédio de progra-ma computacional, calibrado para elevar a temperatura in-terna da câmara gradualmente ao longo de cada período de duas horas (8, 10, 12, 14 e 16 horas; Figura 1). Ao final de ca-da período foram feitas as coletas simultâneas de um ponto por box dos dados de temperatura do ar (Ta) e da cama (Tc), umidade relativa do ar (UR%), concentração em ppm dos ga-ses amônia (NH3), monóxido de carbono (CO) e oxigênio (O2), a 20 centímetros do solo, na zona de ocupação das aves. Os dados ambientais foram coletados em datalogger (Ho-bo®), registrando temperatura e umidade relativa do ar. Os gases foram coletados por medidor de gases (Gas Alert Micro 5, BW Technologies®). Foi mantida uma taxa de renovação

de ar da câmara climática constante de 73,5 m3.h-1. As análi-ses estatísticas foram realizadas pelo programa Minitab® pa-ra análise de regressão e correlação entre as variáveis.

Resultados e Discussão A simulação da elevação da temperatura, semelhante ao

ocorrido em um dia de onda de calor, revelou uma dramática alteração das condições aéreas do ambiente ao final do ciclo produtivo. Mesmo com uma exaustão de ar de 1,8 vezes o vo-lume total de ar da câmara climática (40,6 m3) a cada hora, houve severa alteração dos gases amônia, dióxido de carbono e oxigênio neste ambiente (Tabela 1).

Para as condições ambientais deste estudo, com a cama contendo o acúmulo das dejeções das aves, a elevação de temperatura do ar aumentou linearmente a concentração dos gases de amônia, dióxido de carbo no, da umidade relati-

va do ar e da temperatura da cama (Tabela 2). Por outro lado, a concentração de oxigênio do ar reduziu conforme a tempe-ratura do ar se elevou. Os níveis de amônia observados neste estudo estão coerentes com os observados por Miragliotta (2005) e as relações com o ambiente térmico conforme Sohn et al. (2005) constatou, justificando as mortalidades observa-das por Vale (2008). Foi identificada a presença de monóxido de carbono quando a temperatura do ar foi superior a 27 ºC e a temperatura da cama foi maior que 30,3 ºC. Consideran-do a inexistência de combustão dentro da câmara climática, a presença de monóxido de carbono se deve, provavelmente, à ação de microorganismos termófilos na fermentação da ca-ma.

Conclusão A elevação da temperatura do ar promove aumento line-

ar da temperatura da cama, produção de amônia e da umi-dade relativa do ar, reduzindo linearmente a concen tração de oxigênio do ar. Foi identificada a produção de monóxido de carbono.

Avaliação da deterioração do ambiente aéreo e térmico de frangos de corte em função da elevação de temperatura em dias de ondas de calor Autores: Marcos Martinez do Vale1, Daniela Jorge Moura2, Irenilza de Alencar Nääs3, FMG Lima2, TMR Carvalho2

1- Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento Vitagri Ind. Com. e Serv. / 2- Laboratório de Construções Rurais e Ambi-ência - FEAGRI/UNICAMP. Campinas, SP, Brasil.3- Professora Titular de Engenharia da Produção da UNIP

Tabela 1 - Variáveis ambientais observadas em câmara climática aos 43 dias de idade de frangos de corte

Variável Média Mínimo Máximo CV %

NH3 ppm 75,3 55 >100 15,6

O2 ppm 21,1 19,7 20,3 0,7

CO ppm 2,3 0,0 6,0 126,2

Tar °C 26,4 22,8 30,4 8,0

UR % 86,6 78,0 96,0 7,6

VV m.s-1 0,18 0,0 0,3 61,7

Tc °C 30,5 27,2 33,5 4,9

Tabela 2 - Equações para as regressões das concen trações de amônia, oxigênio, temperatura da cama e umidade relativa do ar (UR) em câmara

climática com frangos de corte aos 43 dias de idade

Equação P para a regressão R2

NH3 = 2,86 T <0,01 0,98

O2 = 21,6 - 0,0565 T <0,01 0,63

T c = 18,4 + 0,458 T <0,01 0,38

UR = 14,9 + 2,72 T <0,01 0,74

Figura 1 - Temperatura do ar em ºC ao longo do período experimental

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43 Produção Animal | Avicultura

Brasil diversifica mercado de ovos férteisCompradores já não se resumem mais aos países da América do Sul

Exportação

Embora se trate de atividade ainda incipiente – princi-palmente em comparação à exportação de carne de

frango, realizada pelo País há quase 35 anos (primeiros embarques datam do segundo semestre de 1975) – as exportações brasileiras de ovos férteis vêm se ampliando e hoje contam com um mercado diversificado, que já não se resume mais aos países da América do Sul.

Claro que os países sul-americanos continuam em maior número – o que acontece, até, por uma questão de logística, já que o produto é extremamente perecível e seu transporte dos mais delicados.

Mas outros continentes vêm recebendo regularmente o produto brasileiro. E em abril de 2010, por exemplo, o sistema Alice da SECEX/MDIC aponta que 14 diferentes países adquiriram ovos férteis produzidos no Brasil.

O que alguns questionam quando vêem a expansão das exportações de ovos férteis é se esse tipo de atividade não seria autofágico, pois entendem que o importador de ovos férteis está deixando de importar carne de frango. Mas não é bem assim. Por, pelo menos, três razões:

Primeira: quem importa ovo fértil dispõe de instala-ções e condições para produzir o pinto de um dia, criar e abater o frango. Ou seja: se não importar do Brasil vai recorrer a outro fornecedor.

Segunda: o ovo fértil exportado pelo Brasil não se resume ao produto destinado à produção de pintos de corte (portanto, de carne de frango). Inclui, também, produto para a produção de poedeiras e, ainda, para a produção de avós e matrizes (hoje o País é base das prin-cipais casas genéticas mundiais);

Terceira: como foi dito no princípio, a atividade é incipiente. Nos primeiros cinco meses deste ano, por exemplo, as exportações de ovos férteis registraram recei-ta de US$15,9 milhões, valor que corresponde a um au-mento de 34,5% sobre os US$11,8 milhões alcançados no mesmo período de 2009, mas que ainda não atinge os níveis de 2008, quando a receita no período janeiro-maio alcançou U$24,290 milhões.

Caderno IncubaçãoAs principais notícias do setor

Empresas e equipamentos ...............44ENTREVISTA Airton Muraroli .................................46O controle da janela de nascimento ..........................................48

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44 Produção Animal | Avicultura

Caderno Incubação

Casp muda site para facilitar acessoLinha voltada para o setor de incubação é um dos destaques

Empresas e Equipamentos

O web site da Casp foi reformulado. Agora, o portal da empresa conta com

um visual mais clean que possibilita uma navegação mais agradável aos internautas. A reformulação também facilita o acesso às principais informações sobre linhas de pro-dutos da empresa, além de suas atividades, rede de agentes nacionais e internacionais, serviços de assistência técnica e pós-venda, treinamentos, etc. Através do menu avicul-tura, por exemplo, é possível acessar a linha da Casp voltada para o setor de incubação.

O novo site pretende estreitar o relacio-namento com os clientes ao facilitar a comu-nicação desses com a empresa. Para conhe-cer o novo portal da CASP, acesse www.casp.com.br.

Inovação no conceito de incubação A Linha HT Flex® da Casp traz para o

mercado o conceito flex de incubação que elimina a dúvida no ato da escolha da tec-nologia: a partir de agora é possível usar as tecnologias de estágios único ou múltiplo na mesma máquina. Dessa forma, explica a Casp, a linhagem genética, a idade das reprodutoras, o custo operacional e a condi-ção ambiental da planta de incubação não são mais condicionantes da escolha, mas apenas variáveis de seu processo decisório.

Mg 124HT com capacidade para

123.840 ovos de galinha

Segundo a empresa, a Linha HT Flex® representa o estado-da-arte das máquinas de incubação, não só por atender padrões internacionais de qualidade, mas, também e principalmente, por estar adaptada as particularidades climáticas e aos desafios ambientais da realidade brasileira.

Visual mais clean e navegação agradável

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45 Produção Animal | Avicultura

45

Petersime: Maximizando os dias finais Nova linha aumenta índices de eclosão

A Petersime acaba de lançar a linha S, sua nova série de incubadoras de estágio único. Segundo a

empresa, a linha S maximiza o desempenho do incu-batório, aumentando o índice de eclosão, com pinti-nhos de melhor qualidade e com significativa redução nos custos de energia, manutenção e mão-de-obra. A Petersime explica que desenvolveu esta nova linha em resposta às necessidades atuais do mercado para incubatórios que desejam maximizar seu retorno econômico.

A linha S explora as tecnologias atualmente dispo-

níveis. As tecnologias avançadas de Embryo-Response Incubation™ (Incubação por Embrio-Resposta) garan-tem melhora da eclosão e um melhor desempenho do pintinho. As tecnologias patenteadas são:

CO2NTROLTM – Controle dos níveis de CO2

Dynamic Weight Loss SystemTM – Sistema de Perda de Peso Dinâmico do Ovo

OvoScanTM – Controle de Temperatura da Casca do Ovo

Synchro-Hatch™ – Sincronizador de nascimentoMais informações: www.petersime.com/brasil.

Incubação Circadiana é novidade da Pas ReformConceito faz parte da nova geração de máquinas SmartPro

Empresas e Equipamentos

Na Pas Reform, pesquisa e desenvolvimento não são trabalhos eventuais, mas sim um processo

permanente na busca de maior eficiência nos siste-mas de incubação que produz.

Neste sentido, segundo informações divulgadas pela empresa, a SmartPro™ representa a mais recente tecnologia de incubação de estágio único modular, uma solução que permite a Incubação Cicardiana (Cicardian Incubation), um protocolo que inclui estímulos periódicos ao aumentar a tempera-tura durante certos períodos sensitivos do desenvol-vimento embrionário.

Na atualidade, o gerenciamento de um incuba-tório moderno tem por objetivo produzir um grande número de pintos de um dia uniformes e robustos. Robustez é um critério de saúde originário da fase de vida embrionária do frango - relacionado direta-mente com o desempenho e a resistência dos pin-tos sob diferentes condições de exploração e manejo.

Pesquisas detalhadas evidenciam que a robustez pode ser alcançada através do estímulo do embrião com um agente desencadeador específico, ou seja, a estimulação por calor ou frio durante os períodos críticos do processo de incubação.

Para suportar a utilização da Incubação Circa-diana®, a incubadora deve oferecer um preciso controle climático. Para obter uma distribuição verdadeiramente homogênea da temperatura, o desafio é promover a troca de energia, CO2/O2 e

umidade sem afetar a uniformidade da temperatura em torno e, consequentemente, dos ovos/embriões.

Para atender a essa exigência, o mais recente avanço da Pas Reform em incubação de estágio único combina: (1) O projeto modular da incubado-ra; (2) um novo princípio de Vórtice® (Vortex™) baseado em fluxo de ar e (3) feedback metabólico adaptativo®.

Saiba mais sobre a Pas Reform e seus produtos em www.pasreform.com/portuguese.

Tecnologia de incubação de estágio único que permite a

Incubação Cicardiana

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46 Produção Animal | Avicultura

Caderno Incubação

DIFICULDADESOPERACIONAIS

provocadas pelo crescimento do

tamanho e peso dos ovos

“Troca de bandejas para incubação é tendência sem volta”Consultor afirma que crescimento exagerado do tamanho dos ovos para produção de pintos de corte provoca perda de até 6% do espaço

A interferência nos resultados do nascimento provocada pelo ex-

cesso de peso e tamanho dos ovos é um fator que está provocando preocu-pação nos incubatórios. A afirmação é do consultor técnico em avicultura Airton Murarolli, com atuação no Brasil e no exterior. Segundo ele, isso se deve a fatores relacionados ao desen-volvimento genético para atender a demanda requerida pelo mercado, já que alguns compradores de pintos de um dia acreditam que “quanto maior melhor”. Da Venezuela, Muraroli deu a seguinte entrevista à Revista do AviSite:

Revista do AviSite: Porque o tamanho dos ovos para incubação vem aumentando?

Airton Muraroli: Esse aumento se deve a diversos fatores relacionados ao desenvolvimento genético, que atende a demanda e a pressão dos comprado-res de pintos de um dia, que acreditam que quanto maior melhor. Mas, esse é um sentimento oportunista representa-do por baixo conhecimento técnico.

O mercado sempre determinou os parâmetros de desenvolvimento para os frangos de corte e as empresas de desenvolvimento genético se adaptam a essas necessidades.

A visão macro de um negócio é seu produto final e a cadeia produtiva nada

mais faz do que adequar seu produto à lei da oferta e da procura.

Neste caso, produzir um frango com o menor custo possível e em menor tempo possível é o tema central. Não podemos esquecer que os pro-gressos alcançados com a pesquisa e o desenvolvi-mento de equipamentos cada vez mais tecnifica-dos para a incubação de pintos de corte permitem que, hoje, a produção mensal de pintinhos de um dia ultrapasse seis bilhões de cabeças.

Revista do AviSite: Quais são as conse-qüências dessa tendência?

Airton: O crescimento do tamanho e do peso dos ovos provocou algumas dificuldades operacionais.

A troca das cartelas que fazem o transpor-te dos ovos da granja reprodutora para o incu-batório ainda não é considerada devido à dificuldade que a grande maioria das empre-sas tem em analisar suas perdas durante este processo.

No que se refere às bandejas de incuba-ção, os incubatórios vêm se adaptando ao crescimento dos ovos com as ofertas de mo-delos de incubação que atendem estas neces-sidades. Já as empresas que têm equipamen-tos com mais de 20 anos e bandejas projetadas para ovos com peso médio de até 8 gramas a menos que o peso atual (de 48,3g) foram se adaptando com a renovação das gavetas por simples desgaste natural e fim da vida útil. No entanto, a troca por bandejas com maior espaço para o ovo provoca uma diminuição de até 6% na capacidade total do incubatório, o que representa uma necessida-de de aumentar a quantidade de máquinas de incubação e de nascedouros (quando é possí-vel em função de espaço) ou de diminuir a quantidade de ovos incubados.

Revista do AviSite: E quanto ao contro-le de ventilação?

Airton: Este é outro fator importante. Com os ovos maiores, a capacidade de ventilação nas incubadoras entre os ovos diminui, o que acarreta maiores mortalidades embrionárias.

ENTREVISTAAirton Muraroli

Peso dos ovos e peso de pintos de corte nos últimos 20 anos

ANO 1990 1995 2000 2005 2010

PESO OVO (g) 63 65 67 69 71

PESO PINTO (g) 42,8 44,2 45,5 46,9 48,3

Fonte: Airton Muraroli

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47 Produção Animal | Avicultura

“Troca de bandejas para incubação é tendência sem volta”

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48 Produção Animal | Avicultura

Caderno Incubação

Na busca pela melhoria de qualidade, que reflete diretamente no desempenho zootécnico do lote,

destaca-se o controle da janela de nascimento, que é a medida do intervalo de tempo entre os primeiros e os

últimos pintos nascidos

Caderno Incubação

Os incubatórios brasileiros têm busca-do se profissionalizar e se manter atualizados com as últimas tecnolo-

gias disponíveis no mercado, principalmen-te no que se refere à climatização e aos siste-mas de incubação, haja vista a predominante presença do sistema estágio único no merca-do brasileiro em projetos recentes. Tal profis-sionalização não busca somente a melhoria dos resultados zootécnicos do incubatório (eclosão), mas também a melhoria dos as-pectos intangíveis dos pintos de um dia co-mo a qualidade e os resultados zootécnicos da granja, expressos principalmente pela conversão alimentar, ganho de peso diário e viabilidade. Na busca pela melhoria de qua-lidade, que reflete diretamente no desempe-nho zootécnico do lote, destacamos o con-

trole da janela de nascimento, que é a medida do intervalo de tempo entre os primeiros e os últimos pintos nascidos em um nascedou-ro.

A janela de nascimento tem se tornado cada vez mais crítica nos incubatórios brasi-leiros e os incubadores passaram a compre-ender a importância desse indicador, pois as conseqüências de uma janela de nascimento ampla são reconhecidamente deletérias, não só para a qualidade do pinto de um dia, mas também para a vida do frango de corte como um todo. As principais conseqüências decor-rentes de uma janela de nascimento ampla são desidratação, má formação do sistema termorregulatório devido a estresse calórico nos nascedouros convencionais (que não su-portam a carga de calor gerada pelos embri-

Autor Thomas A. C. Calil

Pas Reform do Brasil

O controle da janela de nascimento

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49 Produção Animal | Avicultura

ões e pintos nascidos) e imaturidade do siste-ma gastrointestinal em decorrência do atraso do fornecimento de água e alimento.

O conceito de Janela de Nascimento co-mo o intervalo entre o primeiro e o último pinto nascido é muito teórico, por isso usa-mos os termos primeiros e últimos pintos nascidos. Isso se dá porque, na prática, não sabemos quando o primeiro e, muito menos, o último pinto dentro de um gabinete de eclosão nasceu. Além dessa definição didáti-ca, há outro parâmetro importante a se dis-cutir para o bom entendimento da janela de nascimento, pois apenas a diferença de tem-po entre os primeiros e os últimos nascidos pode nos dar uma falsa impressão de boa ja-nela em alguns casos. Por isso, é importante também analisarmos a janela de acordo com um gráfico em que as aves nascidas são mos-tradas em função do horário. Esse gráfico, não cumulativo, sempre formará uma curva de distribuição normal (freqüentemente chamada “curva de Gauss” ou “curva do si-no”), que poderá ou não ser simétrica (Gráfi-co 1 e Gráfico 2), apresentando curvas de va-riados formatos (curtoses) que são gerados em função das características da carga incu-bada e, principalmente, dos microclimas no interior das máquinas.

Com base nos gráficos 1 e 2, concluímos que a melhor janela de nascimento é aquela cuja base é a mais estreita (menor intervalo entre primeiros e últimos) e o pico é o mais alto (maior concentração de nascimento e maior simetria). O gráfico 3 mostra essa as-sociação entre intervalo de tempo e pico de nascimento.

Bom, vimos algumas dicas sobre a leitura dos gráficos de janela de nascimento e creio que esteja claro o objetivo da visualização

dos gráficos. Falando em termos de horas, o intervalo real que podemos considerar varia de acordo com o sistema de incubação ado-tado e, em suma, as máquinas bem maneja-das podem desempenhar diferentes janelas de nascimento (tabela 1).

Porque controlar a janela de nas-cimento?

Vários trabalhos técnicos, científicos ou de campo demonstram a importância da ja-

Gráfico 1: Diferentes curvas de Janela de Nascimento em estágio múlti-plo. No eixo das abscissas o período de incubação e no eixo das ordenadas a porcentagem de pintos nascidos. Observar que o intervalo entre os primeiros e últimos pintos nascidos é o mesmo, embora a curva da janela seja visivel-mente diferente. Portanto, comportamentos significativamente distintos po-dem ocorrer dentro do mesmo intervalo de janela de nascimento, neste caso, de 36 horas.O gráfico A seguramente é a curva de nascimento desejada entre as 3 opções acima, embora o intervalo de 36 horas seja alto.

Gráfico 2: Diferentes curvas de Janela de Nascimento com picos de eclo-são semelhantes (estágio múltiplo). No eixo das abscissas o período de incu-bação e no eixo das ordenadas a quantidade de pintos nascidos. Neste caso há curtose nos gráficos B e C e, embora a janela de nascimento em horas seja a mesma, podemos facilmente concluir que a menos desejada seja a do gráfi-co B, seguida por A e C. Microclimas de incubadoras ou então ovos com in-tervalo de estoque amplo (ex:3 a 10 dias no mesmo nascedouro) podem ser a causa para a ocorrência dessas anormalidades.

Gráfico 3: Nos gráficos ao lado a janela de nascimento é mais curta, ou seja, o gráfico tem base mais estreita (janela de 24 horas versus 36 dos gráfi-cos 01 e 02). De ambos os gráficos, concluímos que o B é o mais desejado por ter o pico mais alto, concentrando a maior proporção de pintos nascidos em um intervalo médio (menor coeficiente de variação), de modo a prejudicar o mínimo possível as condições de hidratação dos primeiros.

Tabela 01 Janela de nascimento comumente encontrada de acordo com o sistema de incuba-

ção adotado

Modelo de incubação

Janela de Nascimento

(horas)

Estágio Múltiplo Prateleira 36-40

Estágio Múltiplo Carros 28-32

Estágio Único Convencional 24-28

Estágio Único Modular 12-24

Observação: Incubatórios climatizados, independente-mente do modelo adotado, normalmente apresentam janela de nascimento reduzida em torno de 4-8 horas

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50 Produção Animal | Avicultura

Caderno Incubação

nela de nascimento para a hidratação e mor-talidade nas primeiras semanas (Tweed, 2008), bem como para a maturação dos siste-mas termoregulatório e gastrointestinal.

Meijerhof (2006) destaca que pintos em condições de conforto térmico (conseqüen-temente correta temperatura corporal) per-dem naturalmente cerca de 1 a 2 gramas de água em 24 horas através da respiração e, quando estão sob estresse calórico em equi-pamentos incapazes de controlar a tempera-tura adequadamente essa perda pode chegar a algo em torno de 5 a 10 gramas em 24 ho-ras. Os efeitos da alta permanência nos nas-cedouros se tornam ainda mais graves e irre-versíveis quando da exposição por agentes desinfetantes, sobretudo formalina, como re-latado por Garcia (2007), não residindo ape-nas em desidratação.

Outros fatores têm sido atribuídos à am-pla janela de nascimento, como por exemplo, o desempenho no campo. A cada hora que a ave está pronta para nascer e permanece em condições inadequadas no nascedouro sua energia é utilizada de forma ineficiente, com-

prometendo o crescimento, resultando em taxas de conversão alimentar mais altas (Bo-erjan, 2006).

Hodgetts (2006) confirma a ampla janela de nascimento encontrada nos incubatórios ao afirmar que alguns pintos nascem com 20 dias, outros com 21 dias e em alguns casos até no início do 22º dia, sendo que os melho-res incubatórios apresentam janelas de inter-valo superior a 24 horas, o que acarreta pro-blemas de desidratação devido aos indivíduos nascidos no início da janela e problemas de má cicatrização umbilical devido aos indiví-duos nascidos no final da janela (pintos “ver-des”, como descreve o autor).

Os efeitos de uma janela de nascimento ampla não são sentidos somente na planta de incubação através dos sintomas descritos aci-ma, mas também pelos efeitos duradouros na ave, que refletem em mau desempenho no campo. Padrón et al (2009) afirmaram que indivíduos que nascem no início ou no final do processo (com 470 e 510 horas) apresen-tam menor potencial de crescimento durante a primeira semana do que aqueles que nas-cem no intervalo intermediário do período, citado pelos autores como 490 horas.

Decuypere (2006) comenta que o inter-valo entre nascimento e alojamento (alimen-tação), quando muito extenso compromete e retarda a utilização de gema residual, o de-senvolvimento do trato gastrointestinal, o sistema imune, a absorção de imunoglobuli-nas G (IgG) e o desenvolvimento geral pós eclosão.

Sistemas de incubação estágio único modular

Como discutido brevemente no início desse tópico, há sistemas de incubação provi-dos de recursos capazes de monitorar e con-trolar o processo de nascimento através da interação e intervenção entre os principais parâmetros físicos controlados em um nasce-douro.

A cada hora que a ave está pronta para nascer e permanece em condições inadequadas no nascedouro

sua energia é utilizada de forma ineficiente

INCUBATÓRIOHá sistemas providos de recursos que

monitoram e controlam o processo de nascimento

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51 Produção Animal | Avicultura

É importante relembrar que durante o pe-ríodo de nascimento o embrião passa pelas transições mais críticas de sua vida e, por is-so, esse processo o estressa e o deixa em uma condição de exaustão energética e muscular como nenhuma outra fase de sua vida (até o abate!). A condição fisiológica dos embriões durante todo o ciclo das incubadoras e nasce-douros foi extensivamente estudada por Ha-midu et al (2007) e este trabalho evidenciou que a tendência das linhas modernas (estu-dando Cobb 500 e Ross 308) é a mesma cita-da na literatura do século passado, entretan-to os valores de consumo de O2, geração de CO2 e calor metabólico são significativamen-te diferentes, exigindo sistemas de incubação capazes de lidar com esse incremento meta-bólico. O gráfico 4 mostra a geração de CO2 e dá evidências sobre a fase de estresse fisioló-gico que ocorre nos momentos pré-eclosão.

Durante a fase de nascimento, que muitas vezes é didaticamente dividida em 4 partes (bicagem interna, transição de respiração có-rio-alantoideana para pulmonar, bicagem externa e nascimento propriamente dito), a ave passa pelas seguintes transições (De-cuypere, 2006):

Com esses efeitos, afirma Decuypere (2006), o rápido acesso à água e ao alimento

ocasionado por um sistema de incubação que proporcione menor janela de nascimento, promoverá um melhor resultado de campo ao evitar perda de água devido ao amplo in-tervalo de jejum.

A partir do momento em que os embriões realizam a bicagem interna, o ambiente no interior do ovo e do nascedouro se alteram, principalmente no que se refere à Umidade Relativa. Isso porque no interior da câmara de ar a umidade relativa é sempre mais baixa do que no interior do ovo e mais alta do que no ambiente do nascedouro. Com a bicagem interna a umidade relativa da câmara de ar se eleva e, conseqüentemente, a perda de umi-dade para o ambiente da máquina também é elevado pelo aumento do gradiente câmara de ar-exterior do ovo. Isso faz com que o nas-

Gráfico 4: Produção de CO2 em duas linhagens diferentes de frangos de corte de acordo com o período de incubação (adaptado de Hamidu et al, 2007). O período circulado em linhas tracejadas (imediatamente pré e pós-transferência) marca o início do mo-mento de maior estresse para a vida embrionária. O platô na pro-dução de CO2 indica diminuição no consumo de oxigênio possi-velmente devido à incapacidade da casca (condutância) e do sistema circulatório embrionário em absorver volume suficiente (de O2) para sua demanda (Hamidu et al, 2007). Após a bicagem interna (círculo de linha contínua) o metabolismo se acelera, atingindo os maiores níveis em toda e vida embrionária, eviden-ciando toda a exigência metabólica do processo de nascimento e nos alertando para o melhor gerenciamento possível durante esse período.

Transição de um ambiente aquoso pré-eclo-são para um ambiente seco pós-eclosão;

Transição da respiração cório-alantoideana para pulmonar;

Transição de uma condição poiquilotérmi-ca para uma condição em que há reações homeotérmicas em respostas às variações de temperatura;

Transição das fontes de energia de origem primariamente lipídica (gema) para fontes de carboidratos.

Os nascedouros capazes de controlar e monitorar a janela de nascimento trabalham a renovação de ar

baseando-se nos níveis de CO2 ambiente, associando-os às curvas de umidade relativa e temperatura

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52 Produção Animal | Avicultura

Caderno Incubação

Gráfico 6: Eventos importantes a serem observados em um ciclo de nascimento.

01. Início do ciclo de eclosão (final da transferência dos ovos)

02. Início da elevação da abertura da máquina pela geração de CO2 a partir do 19-20 dia de incubação (Hamidu et al, 2007). O damper abre conforme a produção de CO2, objetivando manter a concentração desse gás como estipulado (no exemplo acima 5.000ppm ou 0,5%).

03. Início da bicagem externa e do nascimento propriamente ditou, ou seja, início da janela de nascimento.

04. Pico de eclosão. Momento em que ocorre a maior concen-tração de nascimentos

05. Queda pré-determinada dos níveis de umidade relativa, indicando o final do processo de eclosão e mantendo-se a queda de umidade relativa proporcional até que se atinja um valor estável, correspondente às perdas de umidade dos pintos por evaporação respiratória. Este ponto marca o final da janela de nascimento e o sistema emite um alerta de nascimento, indicando ao in-cubador que as aves estão nascidas em processo de secagem das penugens para que a retirada possa ser programada confor-me a conveniência de cada planta.

06. Alteração de temperatura, visando conforto térmico das aves nascidas e com as penugens secas e umbigos comple-tamente cicatrizados. É um manejo opcional para os incubatórios que acondicionam os pintos nos nascedouros aguardando para serem processados em condição de conforto térmico. É uma regra de campo não permitir que a soma da temperatura com a umidade relativa ultrapasse o valor de 170 no final do nascimento. Por exemplo, temperatura de 98,0°F e umidade relativa de 65% fornecem a soma 163, adequada para se evitar estresse calórico no nascedouro (associado à boa circulação de ar e adequados níveis de CO2)

07. Momento da retirada dos pintos do nascedouro. Final do processo.

cedouro apresente o início da elevação da Umidade Relativa. Após a bicagem interna, que dura cerca de 5 – 10 horas para ovos sem estoque e com estoque respectivamente (De-cuypere, 2006), ocorre a bicagem externa e, a partir daí há uma imensa evaporação de água

do interior dos ovos e pulmões para o am-biente da máquina (evaporação de resquícios de anexos embrionários e agentes surfactan-tes que até então participavam do colaba-mento pulmonar). Com isso, naturalmente a umidade relativa apresenta um aumento e o

Gráfico 5: Histórico climático de dois nascedouros no mesmo dia e na mesma sala de eclosão com sistema automatizado de eclosão (controle e gerenciamento da janela de nascimento). A jane-la de nascimento do gráfico A e B ficou em torno de 15-17 horas através do adequado entendimen-to e gerenciamento do metabolis-mo embrionário em tempo real. Há de se notar que o controle da

janela de nascimento não pode ser algo apenas matemático e, sim uma interação entre os algoritmos contidos no software da máquina e o comportamento metabólico do plantel de embriões contidos na mesma, não apenas de algumas ban-dejas amostradas.

Isso se faz real observando-se as curvas de umidade (azul claro) e damper (verde escuro) dos gráficos A e B. Para manter o mesmo valor de CO2 (linha verde clara estável) a máquina A trabalhou mais fechada. Também, a curva de umidade apresentou base mais larga (queda pós pico mais tardia). Esses fatores indicam que houve menor atividade metabólica no nascedouro A em relação ao B, possi-velmente devido à menor eclosão do primeiro nascedouro (estoque mais elevado, maior idade de lote, maior índice de infertilidade etc). O fato de o comportamento da janela de nascimento ter sido seme-lhante evidencia a obrigatoriedade do sistema em identificar, em tempo real, as necessidades metabó-licas de cada situação.

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53 Produção Animal | Avicultura

gerenciamento da janela de nascimento se inicia.

Após o nascimento de todos os embriões viáveis, a umidade relativa tende a não se re-estabelecer aos níveis pré-nascimento, pois neste momento a perda por evaporação fará com que a umidade relativa seja mantida. Entretanto, há uma queda nos níveis de umi-dade relativa e essa queda marca o final do processo de nascimento.

O intervalo entre a bicagem interna e a eclosão oscila entre cinco e doze horas (De-cuypere, 2006) e esse é o momento crítico do controle da janela de nascimento no nasce-douro, pois é necessário identificar precisa-mente esse intervalo de tempo para que a máquina programe a melhor curva de eclo-são possível com base nos dados reais de emissão de umidade relativa e gás carbônico (CO2), sobretudo após a bicagem externa.

Os nascedouros capazes de controlar e monitorar a janela de nascimento trabalham a renovação de ar baseando-se nos níveis de CO2 ambiente, associando-os às curvas de umidade relativa e temperatura, pois, quan-do o nascimento se inicia, pela primeira vez os pintainhos estarão respirando normal-mente fora do ovo, emitindo o máximo até então de umidade e CO2. Os nascedouros providos com sistemas automatizados de eclosão monitoram e controlam os níveis de CO2 automaticamente, mantendo um nível constante deste gás no interior da máquina através de maior ou menor renovação de ar fresco no gabinete, promovendo maior sin-cronização da eclosão.

Este mecanismo de controle de CO2 fun-ciona em conjunto com o controle de umida-de relativa. Quando o nascimento se inicia, a geração de CO2 aumenta rapidamente e a umidade também aumentará acima do valor ideal estipulado. Picos de umidade irão ocor-rer durante o nascimento e a queda deste pa-râmetro indicará o fim da janela de nasci-

mento, momento em que praticamente todos os pintainhos estarão nascidos. Para contro-lar os ascendentes níveis de CO2 o sistema trabalha o mecanismo de ventilação (distri-buição de ar) e aeração (abertura de dampers para renovação de ar) de forma proporcional à demanda (inversão de freqüência e abertu-ra progressiva dos dampers, aliados à meca-nismos denominados P.I.D. para controle de temperatura e umidade relativa).

Como o gerenciamento da janela de nas-cimento ocorre em associação com o contro-le de CO2, devemos ter em mente que a aber-tura do nascedouro deve ser evitada ao máximo, impedindo a perda das concentra-ções de gases essenciais ao bom nascimento. Por essa razão, sistemas de desinfecção contí-nua nos nascedouros devem ser bem pensa-dos e o programa executado de modo a não prejudicar a dinâmica de gases no interior do gabinete.

O gráfico 4 mostra o histórico climático de dois nascedouros com sistema automati-zado de eclosão e uma janela de nascimento em torno de 15 horas. O gráfico 09 mostra al-

A ciência, os trabalhos de pesquisa e desenvolvimento associados a resultados e ensaios de campo têm

mostrado que a janela de nascimento de 12 horas é uma meta que será alcançada em breve

NASCIMENTOConseqüências de uma janela ampla são deletérias para a vida do frango de corte

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54 Produção Animal | Avicultura

Caderno Incubação

guns detalhes do funcionamento dos siste-mas automatizados de eclosão, que geren-ciam e encurtam a janela de nascimento. O gráfico 5 nada mais é do que uma breve ex-plicação dos eventos marcantes para o geren-ciamento e mensuração da janela de nasci-mento.

Faz-se imprescindível ajustar os parâme-tros físicos do nascedouro – Ventilação, ní-veis de CO2, Temperatura e Umidade Relativa – para cada situação e é importante termos

em mente que não há padrões pré-estabeleci-dos para linhagens, idade de reprodutoras e de ovos, condições climáticas externas ao in-cubatório, altitude, sistema de climatização adotado etc.; ou seja, cada incubador, de pos-se dos próprios números, irá criar sua meto-dologia de trabalho e o sistema de incubação será um poderoso aliado na busca incessante por melhorias zootécnicas e econômicas.

Porque a Janela de Nascimento não pode ser reduzida ainda mais?

O mercado de incubação atualmente bus-ca reduzir cada vez mais a janela de nasci-mento, e não raramente encontramos valores próximos de 12 horas, que é a meta da maio-ria dos sistemas de incubação que trabalham com desenvolvimento de novas tecnologias. Há alguns anos não se pensava em janela de nascimento de 12 horas, e a ciência, os traba-lhos de pesquisa e desenvolvimento associa-dos a resultados e ensaios de campo têm mos-trado que 12 horas é uma meta que será alcançada em breve pelos modernos sistemas de incubação. E porque não menos que 12 horas?

Existem algumas razões para isso e as principais residem no que em biologia cha-mamos de variabilidade natural. Há variabi-lidade em todos os aspectos da avicultura e é com ela que os geneticistas trabalham, bus-cando encontrar diferenças (variantes) entre grupos seletos de indivíduos.

Essa variabilidade é encontrada em vários fatores que influenciam a janela de nasci-mento, como por exemplo, a condutância da casca, medida simplesmente por sua espessu-ra em procedimentos rotineiros dos incuba-tórios. Calil e Lourenço (dados não publica-dos, 2007) estudaram a temperatura embrionária (casca dos ovos) de acordo com a densidade dos ovos (espessura da casca) e encontraram valores significativamente dife-rentes, expondo uma variável (espessura da casca) que indiretamente provoca heteroge-neidade no desenvolvimento embrionário, visto que ovos de casca mais espessa apresen-tam menor condutância aos gases vitais ao desenvolvimento e à temperatura (menor dissipação, conseqüente aceleração do meta-bolismo e nascimento dessincronizado).

CONTROLEPainel com instruções sobre a fase de desenvolvimento

ESTÁGIO ÚNICOInterior de uma incubadora

mostrando ao fundo uma seção com 19.200 ovos

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55 Produção Animal | Avicultura

Outro fator que contribui para a manu-tenção de um período mínimo de janela de nascimento é a variabilidade do estágio ini-cial de desenvolvimento pós-postura e pré-

incubação. Reijrink et al (2008) citaram que em amostras de ovos divididas quanto ao es-tágio de desenvolvimento embrionário (Pré-gastrula ou gástrula) os que estavam em está-gio de gástrula apresentavam eclosão significativamente superior aos ovos em está-gio de pré-gastrula, indicando que o estágio

de desenvolvimento pré-incubação é uma outra variável a ser considerada. Controlar o estágio de desenvolvimento após a postura é uma tarefa dependente mais que nada, da fi-siologia da ave reprodutora, visto que peque-nas alterações em sua temperatura corporal podem influenciar o estágio de desenvolvi-mento embrionário no momento em que o ovo é posto. O controle do desenvolvimento pós-postura e pré-incubação é outra variável e essa está mais na mão dos manejadores (granja, transporte, incubatório) do que da fisiologia aviária e deve ser exercido com to-do o empenho possível.

Outras variáveis que influenciam e difi-cultam o controle da janela de nascimento residem na evolução genética. Essas variabili-dades são o combustível de toda a seleção ge-nética e, obviamente, os embriões, embora oriundos de seleções com os mesmos crité-rios há várias gerações, apresentam compor-tamentos diferentes. E, infelizmente, essas variáveis não estão ao alcance de nossas mãos e nada poderemos fazer para controlá-las.

Portanto, enquanto houver variabilidade, a genética avançará trazendo consigo mais e mais desafios à indústria avícola.

Acesse a íntegra deste artigo em www.avi-site.com.br/cet.

• Boerjan, M. Economics of a short hatch window. In: The poultry site, June 2006, http://www.thepoultrysite.com/articles/594/the-economics-of-a-short-hatch-window acessado em 07 de Março de 2010.

• Calil, T.A.C, Princípios básicos de incubação. In: Conferência FACTA 2007, Santos, 2007.• Decuypere, E. Physiological control mechanisms during late embryogenesis and during piping

and hatching. In: Post Graduation Course in Incubation Biology and Management. University of Wagenin-gen, Holland, 2006.

• Garcia, A. de F. Efeito da fumigação de nascedouros com formoldeído sobre o trato respiratório e desempenho de frangos de corte. Universidade Federal de Uberlândia, 2007.

• Hamidu, J.A.; Fasenko, G.M.; Feddes, J.J.R.; O’Dea, E.E.; Ouellette, C.A.; Wineland, M.J.; Chris-tensen, V.L. The effect of broiler breeder genetic strain and parent flock age on eggshell conductance and embryonic metabolism. Poultry Science, 86: 2420-2432, doi 10.3382/ps. 2007-00265, 2007.

• Hodgetts, B. Successfully closing the hatch window. International hatchery Practice, volume 20, number 5, pag 23, 2006.

• Merjerhof, R. 2006. Informações pessoais• Padrón, M.; Bryan, F.; Gaytan, E. Malagón, G. Influencia del Tiempo de Nacimiento sobre el De-

sempeño del Pollito Durante la Primera Semana. In: Artículos técnicos Engormix, http://www.engormix.com/articulo_influencia_tiempo_nacimiento_forumsview9249.htm acessado em 12-03-2010.

• Reijrink, I.A.M, Meijerhof, R., Kemp, B., Van Den Brand, H. The chicken embryo and its micro environment during egg storage and early incubation. World’s poultry Science Journal, Vol 64, December, 2008.

• Tona, K.; Bamelis, F.; De Katelaere, B.; Bruggeman, V.; Moraes, V.B.M.; Buyse, J.; Onagbesan, O.; Decuypere, E. Effects of storage time on spread of hatch, chick quality and chick juvenile growth. Poultry Science 82: 763-741, 2003.

• Tweed, S.The hatch Window, Cobb focus One – 2008.

Referências bibliográficas

Outro fator que contribui para a manutenção de um período mínimo de janela de nascimento é a variabilidade do

estágio inicial de desenvolvimento pós-

postura e pré-incubação

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56 Produção Animal | Avicultura

AviGuia: produtos, serviços e empresas

O novo parque fabril da Plasson do Brasil foi inaugurado no

começo do mês de julho, em Criciúma, SC, e concentrou toda a produção da empresa em território nacional em uma só unidade, o que resulta em um controle maior nos processos produtivos, assim como na qualidade e custos dos equipamen-tos para o setor avícola. A fábrica – construída em uma área de

9.200m² dentro de um terreno de 40.000 m² – integra as unidades industriais de injeção de plástico, processos metal-mecânicos e monta-gem de componentes, além da área administrativa.

O evento de inauguração da estrutura foi prestigiado por clientes, representantes, fornecedores e auto-ridades, entre elas, Francisco Turra, Presidente da UBABEF, o Prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro e o Presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Casildo Maldaner. Secretários de Estado, Deputados Estaduais e Federais, além de todos os colaboradores da Plasson também estavam presentes nas solenidades.

Tova Henkin Posner, Presidente do Grupo Plasson, ressaltou o inves-timento feito pela empresa no Brasil é a resposta à confiança que o mer-cado avícola brasileiro depositou na Plasson durante todos esses anos no país. Posner ainda afirmou que no-vos investimentos estão sendo plane-jados pela empresa em diversos

países, contemplando também o Brasil. Já Gilberto Franke Hobold, Diretor da Plasson no Brasil, agrade-ceu o apoio dos clientes e reafirmou o compromisso da multinacional com o setor: “Estamos há 13 anos trabalhando firmemente nesse mer-cado, crescendo ano a ano, e nunca faltou apoio de nossos clientes. A forma que encontramos de agrade-cer é investir ainda mais nesse mer-cado e retribuir com mais dedicação, prestando o melhor dos nossos serviços”. Após o ato inaugural to-dos puderam visitar a fábrica, conhe-cer os processos produtivos e, em seguida, participar de um coquetel.

Fundada em 1997, a Plasson atende o mercado da América Latina por meio da unidade brasilei-ra. Também está presente em ou-tros 80 países. A nova planta conta inicialmente com 160 colaborado-res, que inclusive decidiram come-morar a inauguração do seu novo ambiente de trabalho com um ges-to de cidadania, instituindo a sema-na do doador de sangue e medula em parceria com a unidade do Banco de Sangue de Santa Catarina, (Hemosc) do município de Criciúma. Saiba mais sobre a em-presa e os produtos através do endereço www.plasson.com.br.

Plasson instala sede nova em Criciúma, SCInauguração

Empresa concentra toda a produção em uma só unidade

Bennie Hirsch, Diretor da Divisão de Avicultura; Tova Posner Henkin,Presidente do Grupo Plasson e Gilberto Franke Ho-bold, Diretor da Plas-son do Brasil

Tova Posner ressaltou que

o investimento é resposta à

confiança que o mercado

depositou na empresa

Colaboradora Risamar de Brida é homenage-ada por autoridades pelo tempo de contri-buição à empresa

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Produção Animal | Avicultura 57

Leia as últimas notícias sobre as empresas do setor em www.avisite.com.br

Lançamento

Produto é voltado para pintainhas, matrizes pesadas e semi-pesadas

Os primeiros dias de alojamento de um lote de matrizes são fun-

damentais para o bom desenvolvi-mento das aves e sua produtividade futura. Neste período inicial, quando as aves recebem alimentos à vontade, é muito importante o fornecimento de uma dieta especial que garanta unifor-midade do lote de matrizes e o desen-volvimento adequado da estrutura

óssea, órgãos internos e também dos órgãos responsáveis pela resposta imune. A Poli-Nutri sabe muito bem disso.

Por isso, a empresa de nutrição animal desenvolveu o Primogen Matrizes, com ingredientes especial-mente selecionados, apresentando um perfil nutricional voltado para a fase inicial e garantindo o desenvolvimento da futura matriz. Para conseguir esta produtividade futura, basta fornecer de 60 a 80 gramas por ave nos primei-ros dias de alojamento. O produto é oferecido em uma ração peletizada e

triturada para facilitar a retenção pelas pintainhas, com plena distribuição de todos os nutrientes graças ao tama-nho uniforme de suas partículas.

Além disso, PRIMOGEN MATRIZES tem alta digestibilidade, com melhor padrão microbiológico e o mais apro-priado perfil de aminoácidos. A utiliza-ção do produto também resulta em maturação mais precoce e adequada do sistema gastrointestinal. O produto é livre de agentes anticoccidianos. Mais informações sobre PRIMOGEN MATRIZER através do site www.poli-nutri.com.br.

Poli-Nutri desenvolve ração para fase pré-inicial

Festa do Ovo

Aves comercializadas pela Planalto ganham sete troféus no evento

Sete dos doze troféus entregues no Concurso de Qualidade do Ovo,

realizado anualmente durante a Festa do Ovo de Bastos (leia mais sobre isso nas páginas 24 a 28), foram destinados a poedeiras Dekalb White e Dekalb Brown, comercializadas exclusivamente pela Planalto. Para a empresa, que

investe há mais de 15 anos em progra-mas de qualidade, esses índices favorá-veis das poedeiras Dekalb são reflexos de um trabalho que a Planalto vem desenvolvendo há anos ao lado da Hendrix Genetics. Os ganhadores do Concurso de Qualidade 2010 com a Dekalb foram as granjas Mizohata (1º

lugar), Higashi (4º lugar) e Eiji Miyakubo (5º lugar), em ovos verme-lhos e as granjas Ueyama (2º lugar), Mizohata (3º lugar), Hirai (4º lugar) e Higashi (5º lugar) em ovos brancos.

A Planalto também marcou presença no evento com um estande cuidadosamente prepa-rado para receber seus

amigos, clientes e parceiros. Com um cardápio diferenciado, a empresa serviu para os visitantes, além dos petiscos, pães de queijo quentinho com um gostoso cappuccino, vindos direto de Minas.

Com a campanha “Nosso foco é alcançar o melhor resultado em sua granja” a Planalto mostrou que oferece a seus clientes uma assistência técnica qualificada e experiente, que realiza um trabalho de campo diferenciado aten-dendo às exigências do mercado. Através desta ferramenta eficiente, a empresa orienta e acompanha no clien-te o desempenho dos lotes Dekalb White e Dekalb Brown, para que se obtenha a melhor expressão do poten-cial genético e econômico da ave.

Saiba mais sobre as poedeiras Dekalb no site da Planalto: www.granjaplanalto.com.br.

Poedeiras Dekalb comprovam qualidade e potencial genético em Bastos

CAMPEÕES Sete dos doze troféus são das poedeiras Dekalb

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58 Produção Animal | Avicultura

AviGuia: produtos, serviços e empresas

Festa do Ovo III

Empresa apresenta aos visitantes produtos com segurança e qualidade certificados

Os visitantes da 51ª edição da Festa do Ovo de Bastos tive-

ram a oportunidade de conhecer as tecnologias desenvolvidas sob medida para os clientes dos setor de postura pelo Laboratório Biovet. No estande da empresa no evento, os participantes foram apresentados aos produtos produ-zidos pela empresa, todos fabrica-dos com o uso de Ovos SPF pró-prios, oriundos de dois aviários com segurança e qualidade certifi-cados. Dentre outros itens fabrica-dos e comercializados pelo Laboratório Biovet destacam-se para o setor de postura as vacinas Inter-Multi7 (contra

Metapneumovírus aviário Newcastle, Síndrome de Queda de Postura, Bronquite Infecciosa das Aves e Coriza Infecciosa das Aves Sorotipos A, B e C), a Myco-Galli MG70 (contra a Micoplasmose Aviária) e a Bio-SHS Viva (contra a Síndrome da Cabeça Inchada, que con-tém o subtipo A do Metapneumovírus aviário isolado no Brasil). Conheça mais sobre a empresa e seus produtos para o setor através do site: www.biovet.com.br.

Biovet leva conhecimento e tecnologia sob medida ao setor de postura

Festa do Ovo II

Laboratório divulga ensaios clínicos importantes na elaboração do produto

Há anos, a colibacilose aviária é tratada apenas com o uso de

antibióticos. Porém, com as novas restrições

impostas pela legislação de muitos países e a resistência natural desen-volvida pela bactéria causadora da doença, a Escherichia coli, a esses medicamentos, os tratamentos disponíveis vêm se tornando cada vez menos eficazes. Por essa razão, há dois anos o mercado americano começou a investir em pesquisas e adotou uma nova ferramenta para o combate da enfermidade. Trata-se da imunização com vacina viva modificada contra E.Coli. Com base nesse conhecimento inovador, a Fort Dodge, empresa do grupo Pfizer, desenvolveu ensaios clínicos cujos resultados ajudaram na

elaboração de uma vacina única, com esta bactéria modificada.

Os estudos foram apresentados na 51° Festa do Ovo e revelam que essa nova vacina destaca-se pela segurança, pois a bactéria usada como princípio ativo não oferece nenhum risco de causar doenças, tampouco sobrevive fora do orga-nismo da ave. Esses fatos foram confirmados pelo CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) e pela USDA (Departamento de Agricultura Norte Americano) que atestaram a confiabilidade do produto. Outro ponto diferencial dessa tecnologia foi a maior abrangência de prote-ção quando comparada com vaci-nas inativadas (bactérias atenuadas ou mortas) contra E. Coli.

A vacina já está sendo comer-cializada nos Estados Unidos, onde foi bem aceita pelo mercado de aves de postura e atualmente 50% dos plantéis americanos são prote-gidos por ela. Além de alta eficácia, mostrou menor necessidade de me-dicação em lotes, o que torna o produto uma opção economica-mente interessante para os criado-res de aves poedeiras. Esses resul-tados podem ser comprovados em breve pelo produtor: o lançamento da vacina no Brasil está previsto para setembro. Conheça sobre a empresa e outros produtos para saúde animal como vacinas, probió-ticos, adsorventes de micotoxina, antifúngico e antibiótico através do site www.pfziersaudeanimal. com.br.

Pfizer apresenta vacina única com bactéria modificada de E.Coli

Biovet apresentou aos

visitantes os produtos para

o setor de postura

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Produção Animal | Avicultura 59

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Prêmio

Concurso visa incentivar progresso na comunidade científica

Com o intuito de aprofundar a compreensão do metabolismo e

as funções de metionina na nutrição animal, a Adisseo, desde 2006, oferece suporte à comunidade cien-tífica mundial com bolsas de pesqui-sa concedidas através do prêmio Rhodimet Research Grant 2010 – 2012. O anúncio dos ganhadores foi realizado no dia 11 de Julho,

durante o Seminário Internacional sobre Metionina ADVANCIA, realiza-do nos EUA. Dentre os 22 inscritos, as pesquisas de E. Conde-Aguilera (Espanha) e J. van Milgen (França), E.Costa (Brasil), M. Persia, da Universidade do Estado de Iowa (EUA), W. Dozier, da Universidade de Auburn (EUA) e Z.Fang (China) foram selecionadas pela Adisseo para

serem apoiadas pelos próximos dois anos.

Ao apoiar projetos fundamentais no avanço tecnológico e científicos em nutrição animal, a Adisseo orgu-lha-se de estar na vanguarda da pesquisa e posicionar-se no ponto de partida desta rede mundial. Mais informações sobre a empresa e os produtos: www.adisseo.com.

Adisseo anuncia os ganhadores do Rhodimet Research Grant

Evento

Responsável pelo departamento de Desenvolvimento de Produtos ministra palestra

Uma das maiores distribuidoras de cloro da América Latina, a

empresa Beraca, participou do Simpósio Produção Animal e Recursos Hídricos (08 e 09 de julho Embrapa Suínos e Aves, Concórdia, SC). O evento ofereceu experiência no que há de mais moderno aos profissionais da área em relação ao manejo ambiental da pecuária. João Luis dos Santos, Responsável pelo

Departamento de Desenvolvimento de Produtos para o Mercado Agropecuário da Beraca, fez uma palestra no segundo dia do evento sobre o uso e manejo da água na atividade pecuária.

A Beraca é uma empresa genui-namente brasileira, atuante em todo o território nacional e com distribui-ção em mais de 40 países ao redor do mundo, especializada no desen-volvimento de tecnologias, soluções e matérias-primas de alta performan-ce para os mercados de tratamento de águas, cosméticos, nutrição ani-mal e para a indústria de alimentos e bebidas. Com mais de 50 anos de história, a Beraca é uma empresa reconhecida pela sua capacidade de inovação e adaptação. Há três gera-ções, a Beraca supera desafios e se destaca nos seus mercados de atua-ção. O desenvolvimento de seus produtos conta com o conhecimento e tecnologia 100% nacionais, fator que contribui para o Brasil se tornar referência em pesquisa de produtos em prol de um mundo sustentável.

Por meio de sua divisão Water Technologies, a Beraca disponibiliza ao mercado soluções integradas para o tratamento de águas industriais e saneamento básico. Essa repartição também garante o fornecimento de produtos, equipamentos, assistência técnica e prestação de serviços para a desinfecção de águas em diversos processos industriais. Conheça mais sobre produtos da empresa para o setor avícola no http://water.beraca.com/#.

Beraca marca presença em simpósio promovido pela Embrapa

Palestrantes em evento que contou

com participação da BeracaBeraca

disponibiliza ao mercado

soluções integradas para o tratamento de águas industriais

e saneamento básico

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60 Produção Animal | Avicultura

Empresários de diversos segmen-tos, médicos veterinários, pes-

quisadores e representantes das áreas de suporte ao setor avícola mineiro fizeram parte do público participante do evento Avicultor 2010 (14 e 15 de Julho, Belo Horizonte, MG), promovido pela Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig). No ciclo de palestras do primeiro dia, Lorivando Antônio Costa, Presidente do Conselho Técnico de Segurança e Medicina do Trabalho da Avimig explicou como funcionam as leis trabalhistas e as diferenças das

legislações para os trabalhadores rurais e urbanos. Em seguida, o médico veterinário Giankleber Diniz apresentou as novas estratégias da avicultura para maximizar os lucros e melhorar a produtividade avícola. Durante a tarde, ocorreu a reunião da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), com a presença do Diretor do Programa Sanitário de Defesa Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Ênio Marques Pereira. Em sua apresenta-ção, o Secretário falou sobre a política de defesa sanitária para garantir a qualidade no mercado interno e externo.

Como nas outras edições, a Feira de Produtos e Serviços Avícolas de Minas Gerais foi inaugu-rada a noite com a presença do Secretário de Estado de Agricultura de Minas, Gilman Viana, o Diretor-Geral do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria da Agricultura, Altino Rodrigues Neto; o diretor do Núcleo de Produção e Técnico-Científico da

União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Ariel Antônio Mendes, entre outras personalidades, técni-cos, pesquisadores e empresários do agronegócio avícola. Nessa oca-sião, Antônio Carlos Vasconcelos Costa, Presidente da Avimig, deu as boas-vindas aos participantes e destacou a importância da realiza-ção de encontros equivalentes ao Avicultor 2010 para o debate de temas relevantes para a avicultura.

No segundo dia do evento, foram apresentados os resultados de pesquisas desenvolvidas dentro da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Federal de Lavras (UFLA) com foco voltado para o agronegócio avícola, Todos os trabalhos já possuem condições de aplicação na prática. Durante a tarde, um painel sobre bem-estar animal discutiu temas relacionados com ambiência, abate humanitário e manejo pré-abate. Em seguida, o coquetel servido no recinto da feira encerrou a edição deste ano do Avicultor.

Representantes de peso da avicultura mineira se reúnem no Avicultor 2010 Evento abordou temas relevantes para o setor como sanidade, manejo e ambiência

Minas Gerais

Associações

Feira de Produtos e Serviços Avícolas de MG é

inaugurada com presença de autoridades

Ricardo Santin e Ênio Marques Pereira

Antônio Carlos Vasconcelos Costa,

Presidente da Avimig dá boas vindas para

participantes

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Produção Animal | Avicultura 61

UBABEF instala Câmara de Entidades EstaduaisObjetivo é dar suporte ao levantamento de demandas no âmbito dos estados

Brasil

O Presidente Executivo da União Brasileira de Avicultura (UBABEF), Francisco Turra,

participou no dia 06 de Julho, da instalação da Câmara de Entidades Estaduais, em encontro realizado na sede da associação, em São Paulo (SP). A nova câmara é presidida pelo Secretário Executivo da Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (AVES), Nélio Hand.

Com a participação de presidentes das organizações avícolas dos estados, a reunião tratou de discussões focadas no fortalecimen-to dos trabalhos e da representação das enti-dades estaduais. Também foram tratadas questões como o levantamento de pleitos dos estados, harmonização do calendário dos eventos das associações e o andamento de um programa voltado para a modernização de pequenos abatedouros.

“Esta nova câmara tem papel-chave no levantamento de demandas com caráter regio-

nal, bem como no gerenciamento de uma política nacional de sanidade avícola, envol-vendo todos os elos da cadeia produtiva nos vários estados”, explica Turra. A Câmara de Entidades Estaduais é a sexta das 12 previs-tas dentro do novo modelo de gestão esta-belecido com a criação da entidade, focado na setorização e tematização dos trabalhos. As outras câmaras já instaladas são: Susten-tabilidade (presidida por Ricardo Gouveia, SINDICARNES, SC), Ovos (José Roberto Bot-tura, Diretor Executivo do Instituto Ovos Brasil), Mercado Interno (Domingos Martins, do SINDIAVIPAR), Sanidade (Joaquim Gou-lart, da BRFoods ) e Equipamentos (Carlos Pulici, da ANFEAS). A entidade ainda preten-de instalar as câmaras de Mercado Externo, Produção, Casas Genéticas, Insumos Biológi-cos, Rações, Assuntos Legislativos e Tributá-rios.

Nélio Hand, Presidente da AVES, preside nova

câmara

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62 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

Produção e mercado em resumo

J á havia se tornado praxe Pro-dução Animal – Avicultura de-dicar sua edição de agosto ao

desempenho dos vários segmentos da avicultura no primeiro semestre do exercício, o que propiciava uma ampla visão das perspectivas do setor na segunda metade do ano e, eventualmente, até mesmo a

correção de rotas. Com a mudança de procedi-

mentos (não divulgação do aloja-mento de matrizes de corte; “de-lay” na divulgação dos dados de produção de pintos de corte e de produção e oferta interna de carne de frango), os números semestrais estão resumidos agora ao setor de

postura (matrizes e pintainhas co-merciais) e às exportações (cujos números provêm da SECEX/MDIC). Ou seja: a atividade segue sem seus principais referenciais. Por-tanto, às escuras.

Abaixo, uma síntese da misce-lânea em que foram transformados os números da avicultura.

Pela primeira vez, apenas parte dos resultados do primeiro semestre

Produção de pintos de corte

ABRIL/2010497,581 milhões

9,19%

Produção de carne de frango

ABRIL/2010978.332 toneladas

17,81%

Exportação de carne de frango

JUNHO/2010325.272 toneladas

-1,14%

Oferta interna de carne

de frangoABRIL/2010

668.390 toneladas33,54%Alojamento de

matrizes de postura

JUNHO/201080,594 mil

-9,81%

Alojamento de pintainhas de

posturaJUNHO/2010

7,156 milhões37,40%

Desempenho do frango vivoJULHO/2010R$1,57/kg-12,96%

Desempenho do ovo

JULHO/2010R$37,89/cxa.

2,62%

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Produção Animal | Avicultura 63

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64 Produção Animal | Avicultura

Produção de pintos de corteCrescimento de 13% no 1º quadrimestre causa apreensão, mas tende à diluição no decorrer do exercício

Evolução mEnsal MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS 2008/2009 2009/2010 VAR. %

Maio 455,492 461,811 1,39%

Junho 437,041 482,089 10,31%

Julho 476,081 500,270 5,08%

Agosto 484,328 482,678 -0,34%

Setembro 485,261 467,938 -3,57%

Outubro 496,165 503,041 1,39%

Novembro 431,662 462,635 7,18%

Dezembro 443,854 493,895 11,27%

Janeiro 417,755 472,898 13,20%

Fevereiro 406,918 448,957 10,33%

Março 425,628 510,371 19,91%

Abril 455,711 497,581 9,19%

EM 4 MESES 1.706,011 1.929,806 13,12%

EM 12 MESES 5.415,896 5.784,163 6,80%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Estatísticas e Preços

Dados do setor mostram que em abril de 2010 a produção brasi-

leira de pintos de corte voltou, nomi-nalmente, a ficar aquém dos 500 mi-lhões de cabeças, pois, conforme a APINCO, foram produzidos no mês perto de 497,6 milhões de pintos de corte.

Comparativamente ao mesmo mês do ano passado, essa produção foi 9,19% maior. E em relação ao mês anterior recuou 2,5% (510,4 mi-lhões de cabeças em março de 2010). Esta redução, no entanto, foi apenas nominal, porquanto em valores reais (número de dias do mês), abril foi fe-chado com aumento de 0,74% sobre o mês anterior e o maior volume de produção de pintos de corte de to-dos os tempos.

Com esses resultados, o volume produzido no primeiro quadrimestre de 2010 já é 13,12% superior ao do mesmo período de 2009, o que, na-turalmente, causa apreensão, pois mantida essa média no decorrer de todo o exercício o volume anual pode aproximar-se dos 6,3 bilhões de ca-beças, gerando uma disponibilidade de carne de frango acima de qual-quer possibilidade de absorção.

Mas tudo indica que essa possibi-lidade permanece remota, especial-mente porque o volume produzido no segundo semestre do ano passa-do já foi relativamente elevado e, atualmente, parece não haver capa-cidade instalada suficiente para gran-des expansões na produção. Assim, o incremento atual tende à diluição no decorrer do exercício.

Note-se, a propósito, que o volu-me do primeiro quadrimestre de 2010 (perto de 1,930 bilhão de pin-tos de corte) é praticamente similar ao do terceiro quadrimestre de 2009 (1,927 bilhão de pintos de corte). E raramente se observa tão grande es-tabilidade entre dois quadrimestres consecutivos.

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Produção Animal | Avicultura 65

Produção de carne de frangovolume produzido em abril de 2010 foi similar ao de dezembro de 2009, mês

bem mais ativo em termos de consumo

Evolução mEnsalMIL TONELADAS

MÊS 2008/2009 2009/2010 VAR. %

Maio 872,144 901,884 3,41%

Junho 861,759 892,223 3,54%

Julho 897,014 956,585 6,64%

Agosto 923,774 1004,081 8,69%

Setembro 926,548 956,166 3,20%

Outubro 990,463 957,625 -3,32%

Novembro 998,586 979,969 -1,86%

Dezembro 975,672 1010,062 3,52%

Janeiro 889,681 1000,611 12,47%

Fevereiro 780,499 870,352 11,51%

Março 862,047 966,853 12,16%

Abril 830,420 978,332 17,81%

Em 4 meses 3.362,647 3.816,148 13,49%

Em 12 meses 10.808,607 11.474,743 6,16%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Em abril passado, conforme a APINCO, foram produzidas no

Brasil 978.332 toneladas de carne de frango, volume 17,81% supe-rior ao do mesmo mês do ano pas-sado, ocasião em que a produção foi quase 150 mil toneladas menor e totalizou 830.420 toneladas.

Em relação ao mês anterior, março de 2010, houve um aumen-to de 1,19%. Isto, porém, se leva-dos em conta apenas os valores nominais de um e outro mês. Porque, se considerada a produ-ção real segundo o número de dias do mês, o volume de abril foi 4,56% maior.

Não chega a ser um incremen-to expressivo. No entanto, corres-ponde a uma produção diária (32.611 toneladas) similar à regis-trada em dezembro de 2009 (32.583 toneladas), época em que, com certeza, os consumidores (e até mesmo as exportações) estive-ram muito mais ativos que neste último abril.

Completado o primeiro quadri-mestre do ano, a produção brasi-leira de carne de frango chega aos 3,816 milhões de toneladas, au-mentando quase 13,5% em rela-ção ao mesmo período de 2009.

Aqui, porém, esse índice de ex-pansão anual não chega a causar maiores preocupações, visto que em idêntico período de 2009, no olho do furacão da crise econômi-ca mundial, o volume produzido recuou mais de 6%. Trata-se, por-tanto, de uma recuperação da pro-dução. Mesmo assim, no biênio 2008-2010 registra-se, para o quadrimestre inicial do exercício, incremento superior a 3% ao ano.

Independente disso não há como negar que o volume produ-zido no quadrimestre parece ter sido excessivo para o momento econômico então experimentado.

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66 Produção Animal | Avicultura

Diante das informações da SECEX/MDIC de que as exportações de

carne de frango in natura chegaram, em junho passado, às 307 mil tonela-das, ultrapassando em quase 2% os embarques do mesmo mês do ano pas-sado, a expectativa era de que as expor-tações globais do produto no mês vol-tassem a ultrapassar as 330 mil toneladas.

Mas a exportação de um baixíssimo volume de carne de frango salgada – re-flexo, sem dúvida, da mudança de “jogo” da União Européia – frustrou essa expectativa: como, no mês, foram embarcadas apenas 6.366 toneladas do produto - a metade do exportado em junho do ano passado e pouco mais de um terço da média mensal registrada entre junho de 2009 e maio de 2010 – o total de junho ficou em 325.272 tonela-das, recuando 1,14% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Apesar do retrocesso, a receita cam-bial continuou registrando resultado positivo, mas em índice bem inferior ao de meses anteriores. E, neste caso, a responsabilidade é, também, dos indus-trializados de frango, cuja receita (por conta de uma queda de 19% no volu-me) sofreu redução próxima de 30%.

Fechado o primeiro semestre, cons-

tata-se que o volume embarcado no pe-ríodo (1,805 milhão de toneladas) ficou ligeiramente aquém (-0,12%) daquele registrado no mesmo período do ano passado.

Não só isso: esse volume também

ainda é menor que o alcançado no perí-odo pré-crise econômica mundial (pri-meiro semestre de 2008), ocasião em que se atingiu o volume (até hoje recor-de em termos semestrais) de 1,842 mi-lhão de toneladas.

Exportação de carne de frangoEm termos de primeiro semestre, embarques de 2010 foram os menores dos últimos três anos

Evolução mEnsalMIL TONELADAS

MÊS 2008/2009 2009/2010 VAR. %

Julho 339,360 317,207 -6,53%

Agosto 322,698 301,257 -6,64%

Setembro 323,949 289,951 -10,49%

Outubro 315,632 335,445 6,28%

Novembro 235,061 268,615 14,27%

Dezembro 266,598 314,785 18,07%

Janeiro 274,781 233,324 -15,09%

Fevereiro 263,222 282,471 7,31%

Março 306,539 331,941 8,29%

Abril 329,922 309,942 -6,06%

Maio 303,767 322,151 6,05%

Junho 329,014 325,272 -1,14%

Em 6 meses 1.807,245 1.805,101 -0,12%

Em 12 meses 3.610,543 3.632,360 0,60%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Estatísticas e Preços

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Produção Animal | Avicultura 67

oferta interna de carne de frangovolume disponibilizado em abril foi um terço maior que a de um ano atrás

Evolução mEnsalMIL TONELADAS

MÊS 2008/2009 2009/2010 Var.

Maio 510,729 598,117 17,11%

Junho 531,634 563,210 5,94%

Julho 557,654 639,378 14,65%

Agosto 601,076 702,824 16,93%

Setembro 602,599 666,215 10,56%

Outubro 674,830 622,180 -7,80%

Novembro 763,525 711,354 -6,83%

Dezembro 709,074 695,278 -1,95%

Janeiro 614,900 767,287 24,78%

Fevereiro 517,277 587,882 13,65%

Março 555,508 634,912 14,29%

Abril 500,498 668,390 33,54%

EM 4 MESES 2.188,183 2.658,471 21,49%

EM 12 MESES 7.139,304 7.857,027 10,05%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Descontada da produção total (978.332 toneladas, segundo a APINCO) a ex-

portação de 309.942 toneladas (dado da SECEX/MDIC), permaneceram no mercado interno em abril passado 668.390 tonela-das de carne de frango, volume 33,5% su-perior ao registrado um ano antes, em abril de 2009.

Comparativamente ao mês anterior, março de 2010, a oferta interna cresceu 5,27% em valores nominais. Já em valores reais (isto é, computada a disponibilidade diária) o incremento foi de, praticamente, 9%.

No quadrimestre (janeiro-abril de 2010) a avicultura de corte ofertou, internamente, 2,658 milhões de toneladas de carne de frango, volume 21,5% maior que o disponi-bilizado no mesmo período de 2009.

Neste caso, dois componentes atua-ram para o expressivo aumento da oferta interna: de um lado, o significativo aumen-to da produção (+13,5% em relação a idên-tico quadrimestre de 2009); de outro, a dis-creta evolução das exportações entre janeiro e abril de 2010.

Na realidade, apesar de, supostamen-te, a crise econômica mundial ter ficado para trás, as exportações do período retro-cederam 1,43%. Isso fez com que sua par-ticipação na produção total recuasse para pouco mais de 30%, contra cerca de 35% no mesmo período do ano passado. Como, à época, o mercado interno também não havia dado sinais de vida, o resultado da maior oferta foi observado nos preços rece-bidos pelo produtor de frango – na média do 1º quadrimestre, perto de 9% menores que os do mesmo período de 2009.

E não poderia ser diferente. Porque, em relação ao primeiro quadrimestre de 2008 (época em que o mundo ainda se encontra-va deslumbrado com o vibrante comporta-mento da economia), o volume ofertado nos quatro primeiros meses de 2010 foi 9% maior, ou seja, expandiu-se a uma média de 4,5% ao ano - índice sem dúvida eleva-do para momento em que, mais do que a economia, é o consumidor que continua atordoado.

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68 Produção Animal | Avicultura

alojamento de matrizes de posturaPrimeiro semestre é encerrado com incremento de 17% no ano e de 25% em 12 meses

Evolução mEnsal(OVOS BRANCOS E VERMELHOS)

MILHARES DE CABEÇAS

MATRIZES DE POSTURA % OVO BRANCO

MÊS 2008/09 2009/10 VAR.% 2008/09 2009/10

Julho 58,108 84,867 46,05% 69,68% 68,64%

Agosto 45,253 100,270 121,58% 31,33% 61,16%

Setembro 32,233 65,483 103,16% 61,20% 84,73%

Outubro 78,722 34,185 -56,58% 69,35% 49,42%

Novembro 47,700 37,926 -20,49% 66,04% 63,33%

Dezembro 44,380 90,597 104,14% 71,16% 58,71%

Janeiro 16,736 79,451 374,73% 87,23% 83,97%

Fevereiro 29,311 54,331 85,36% 81,24% 74,16%

Março 17,549 50,609 188,39% 59,22% 79,36%

Abril 83,830 40,810 -51,32% 67,14% 66,35%

Maio 82,784 69,370 -16,20% 75,57% 64,54%

Junho 89,356 80,594 -9,81% 67,60% 72,47%

EM 6 MESES 319,566 375,165 17,40% 71,36% 73,95%

EM 12 MESES 625,962 788,493 25,96% 67,11% 69,32%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Em junho passado o volume de matri-zes de postura alojadas no País atin-

giu seu maior nível no ano. Conforme a Ubabef foram alojadas, no total, 80.594 matrizes (72,47% de linhagens produto-ras de ovos brancos), 16% a mais que no mês anterior, maio de 2010. Mesmo as-sim houve queda de quase 10% em re-lação a junho de 2009.

O volume total do semestre ficou em 375.165 matrizes de postura, aumentan-do 17,40% sobre o mesmo período do ano passado, enquanto o acumulado em 12 meses somou 788.493 cabeças, expandindo-se 25% (um quarto a mais!) em relação a idêntico período anterior.

Sem dúvida significativo, esses índi-ces de expansão assustam, especial-mente porque, com um alojamento sa-bidamente menor, o mercado de postura (ovos de consumo, mas tam-bém pintainhas de um dia) caminha

com certa dificuldade. O que esperar, pois, do futuro?

Mas se observado o quadro de evo-lução semestral dos alojamentos, abai-xo, se constatará que, mesmo crescen-

do 17,40% no ano, o volume de 2010 continuará sendo inferior, por exemplo, aos registrados em 2001, 2002 ou 2004. E, de lá para cá, o mercado vem apresentando avanços significativos.

Estatísticas e Preços

Total alojado no 1º semestre de 2010 é 17,40% maior que o volume registrado no

mesmo período de 2009

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Produção Animal | Avicultura 69

Em junho passado o alojamento de pin-tainhas de postura voltou a bater novo

recorde, superando pela primeira vez após anos a casa dos sete milhões de cabeças.

De acordo com dados da UBA foram alojadas no mês 7,156 milhões de pintai-nhas de postura (78,25% delas represen-tando linhagens produtoras de ovos bran-cos), volume que significou aumento de 37,40% sobre os números anunciados pelo setor em junho de 2009; e de 9,24% sobre o que foi alojado no mês anterior, maio de 2010.

Analisando a evolução do alojamento mensal de pintainhas de postura (linhagens produtoras de ovos brancos e de ovos ver-melhos) nos 120 meses (uma década) en-cerrados em junho de 2010, três fatos prin-cipais chamam a atenção: primeiro, a duradoura estabilidade de alojamento ob-servada entre o final de 2006 e os meses finais de 2009 (ao redor de trinta milhões de cabeças trimestralmente); segundo, o rompimento dessa estabilidade em janeiro de 2010 e, a partir daí, um crescimento contínuo no volume alojado; terceiro, o re-gistro de um alojamento inédito em junho de 2010.

Comparados com os resultados regis-trados no mesmo período de 2009, os nú-meros mais recentes surpreendem. No se-mestre, por exemplo, alojaram-se 37,5 milhões de pintainhas de postura, um quar-

to a mais (ou 7,6 milhões de cabeças) que em idêntico semestre do ano passado. Como, porém, os números de um ano atrás podem ter sido mascarados, essa compara-ção provavelmente não corresponde à realidade.

Tome-se, porém, um período mais am-

plo. Por exemplo, o que foi alojado no mes-mo semestre de 2001. Aí, constata-se que o alojamento de pintainhas de postura apresentou incremento, em quase uma dé-cada, de apenas 12%. E isso corresponde a uma evolução média próxima (mas ainda inferior) de 1,5% ao ano.

alojamento de pintainhas de posturavolume alojado segue crescente, mas está apenas 12% acima do mesmo

semestre de 2001

Evolução mEnsal(OVOS BRANCOS E VERMELHOS)

MILHÕES DE CABEÇAS

PINTAINHAS COMERCIAIS DE POSTURA % OVO BRANCO

MÊS 2008/2009 2009/2010 VAR.% 2008/09 2009/10

Julho 5,237 5,173 -1,22% 72,35% 72,84%

Agosto 4,895 5,046 3,09% 73,25% 71,86%

Setembro 5,135 5,145 0,19% 74,34% 73,80%

Outubro 5,015 5,025 0,20% 72,88% 72,91%

Novembro 4,811 5,251 9,16% 73,22% 71,03%

Dezembro 5,083 5,181 1,93% 74,79% 73,75%

Janeiro 4,990 5,723 14,70% 74,87% 76,94%

Fevereiro 4,790 5,502 14,87% 75,92% 73,30%

Março 5,161 6,162 19,39% 75,27% 78,60%

Abril 4,951 6,448 30,24% 75,30% 78,69%

Maio 4,797 6,551 36,58% 72,92% 76,99%

Junho 5,209 7,156 37,40% 74,77% 78,25%

EM 6 MESES 29,897 37,543 25,57% 74,85% 77,24%

EM 12 MESES 60,072 68,364 13,80% 74,16% 75,19%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

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70 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

Um retorno ao ponto de partida. É, apro-ximadamente, dessa forma que deve

ser encarado o desempenho do frango vivo em julho. Porque o primeiro mês deste se-gundo semestre foi encerrado, simplesmen-te, com o mesmo preço registrado logo no início de 2010 – R$1,60/kg.

Isso - ignorado o fato de que a similari-dade de remuneração é apenas nominal, pois não considera a inflação acumulada no período – leva à conclusão de que não hou-ve ganho nem perda. Mas não é exatamen-te assim. Pois ainda que o frango vivo tenha obtido, no mês, uma valorização de 16% so-bre o mês anterior (preço médio subindo de R$1,35/kg em junho para R$1,57/kg em ju-lho), o valor mais recente permanece, nomi-nalmente, um centavo aquém da média al-cançada no primeiro mês de 2010 (R$1,58/kg em janeiro).

Não só isso, porém, visto que há sete meses seguidos (ou seja, desde janeiro) o va-lor médio do frango vivo permanece inferior ao registrado no mesmo mês do ano passa-do, o que faz com que o valor médio do ano – R$1,50/kg – esteja quase 8,5% abaixo da média alcançada em 2009. Isto, ressalve-se, levando em conta o preço médio no ano. Porque se considerada, apenas, a média dos sete primeiros meses de 2009 (perto de R$1,72/kg), o valor médio atual é cerca de 13% menor. Em suma: o melhor desempe-nho em julho continuou insuficiente para reverter a perda acumulada no ano.

Visto, no entanto, sob um prisma histó-rico, observa-se que o valor médio alcança-do pelo frango em julho último não fugiu muito à tradicionalidade. Por exemplo, nos 11 anos decorridos entre 1999 e 2009 o pre-ço do sétimo mês do ano correspondeu, em média, a 98,85% do valor alcançado em de-zembro do ano anterior. E, neste ano, essa relação ficou em 95,73%, apenas 3,12 pon-tos percentuais a menos. Mas uma eventual conclusão de que “as coisas não têm sido tão ruins assim” será falaciosa, porque o pre-ço do frango vivo em dezembro de 2009 (mês de Festas) foi extremamente baixo em comparação a boa parte dos meses anterio-res.

Para finalizar registre-se – mais como curiosidade – que, pela primeira vez em 2010, o valor alcançado no final de julho igualou-se ao valor praticado um ano antes, na mesma data (nos restantes duzentos e poucos dias transcorridos até julho, a cota-

ção do frango sempre foi inferior à do ano anterior). Mas isso aconteceu não exata-mente por conta da valorização do produto e, sim, em consequência do forte retrocesso iniciado em julho e intensificado em agosto de 2009.

FRANGO VIVOEvolução de preços na granja,

interior paulista – R$/KgMÊS MÉDIA

R$/KGVARIAÇÃO %

ANUAL MENSAL

JUL/09 1,80 -4,56% -4,05%

AGO/09 1,49 -23,07% -17,16%

SET/09 1,37 -25,84% -8,18%

OUT/09 1,50 -8,21% 9,05%

NOV/09 1,54 -11,64% 2,76%

DEZ/09 1,64 1,26% 6,69%

JAN/10 1,58 -6,07% -3,80%

FEV/10 1,63 -9,37% 3,37%

MAR/10 1,52 -9,28% -6,57%

ABR/10 1,41 -11,85% -7,46%

MAI/10 1,40 -13,29% -1,02%

JUN/10 1,35 -27,98% -3,01%

JUL/10 1,57 -12,96% 15,71%

média e variação anual entre 2000 e 2010

ANO R$/KG VAR. %

2000 0,91 14,57%

2001 0,97 6,47%

2002 1,13 16,49%

2003 1,45 28,31%

2004 1,49 2,75%

2005 1,35 -8,72%

2006 1,16 -14,70%

2007 1,55 33,62%

2008 1,63 5,16%

2009 1,63 0,15%

2010* 1,50 -8,41%

* Média entre 02/01 e 31/07/10

Desempenho do frango vivo em julho de 2010 valorização de mais de 15% em relação ao mês anterior foi insuficiente para repor perdas acumuladas no ano

Frango vivoPrEços históriCos E PrEço EFEtivo Em 2010

PREÇO HISTÓRICO (MÉDIA 1999/2009): preço em dezembro do ano anterior igual a 100

PREÇO MÉDIO EFETIVO EM 2010: (R$/KG, granja, interior paulista)

Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITEObs.: valores finais arredondados, daí eventuais diferenças nos percentuais

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Produção Animal | Avicultura 71

Não faz muito tempo, o setor de postura chegou a ser inúmeras vezes invocado

como exemplo de melhor organização dentro da avicultura brasileira. Ultimamente, porém, já não é mais assim. Em julho, por exemplo, o ovo apresentou, na maior parte do mês, situação oposta à do frango. Tudo porque, comentou-se, ainda no embalo dos bons momentos ex-perimentados em maio e junho, o setor - es-quecendo-se de que mercado estável é mercado com oferta e procura equilibradas – deixou de descartar suas poedeiras mais velhas no momento apropriado.

Não que isso tenha causado algum desas-tre. Mas poderia ter sido melhor. No início de julho, por exemplo, as cotações então registra-das indicavam que pela primeira vez desde maio de 2009 (15 meses!) a remuneração re-cebida pelo produtor seria, além de positiva em relação ao mesmo mês do ano anterior, sufi-ciente para cobrir a inflação acumulada em 12 meses.

E o que aconteceu? Com a maior disponi-bilidade do produto e um mercado sem dúvi-da recessivo (período de férias escolares) os preços recebidos recuaram no decorrer do mês e, com isso, o ganho inicial se deteriorou. Fechou julho ainda positivo (+2,62%), mas não com um índice de incremento suficiente para cobrir a inflação acumulada entre agosto de 2009 e julho de 2010.

Poderia ter sido melhor. Mas mesmo as-sim não foi tão ruim. Tanto que o valor médio alcançado pelo ovo no mês passado ficou 5,60% acima do valor médio de dezembro de 2009 enquanto que, pela média histórica (de-sempenho entre 1999 e 2009) deveria ter fica-do 6,81%. Quer dizer: ficou-se apenas 1,21 ponto percentual aquém da média histórica, uma diferença que não chega a ser significati-va.

Não custa lembrar, de toda forma, que o preço médio obtido pelo ovo nos sete primei-ros meses de 2010 foi de R$38,36/caixa, o que significa não só que continua com valor quase 1% menor que o alcançada na média de 2009, mas principalmente que permanece com preços aquém das médias registradas nos três anos anteriores.

E o que esperar de agosto? Pelo menos

uma situação bem menos desafiante que a do mesmo mês do ano passado. Em 2009, a gri-pe do tipo H1N1 se manifestou no Brasil entre julho e agosto, retardando o início do período escolar. Em decorrência, o ovo atingiu, nos pri-meiros dias de agosto, a menor cotação dos

oito primeiros meses do ano. O detalhe é que, então, o setor produtivo agiu rapidamente (descarte intensivo das poedeiras menos pro-dutivas) e, quase instantaneamente, os preços se valorizaram perto de 25%. Seria bom voltar a repetir o mesmo procedimento.

Desempenho do ovo em julho de 2010 Pela primeira vez em 15 meses, resultado positivo em relação ao ano

anterior; mas sem, ainda, cobrir a inflação anual

ovo Extra branCoPrEços históriCos E PrEço EFEtivo Em 2010

PREÇO HISTÓRICO (MÉDIA 1999/2009): preço em dezembro do ano anterior igual a 100

PREÇO MÉDIO EFETIVO EM 2010: (R$/caixa, no atacado paulista)

OVO BRANCO EXTRAEvolução de preços no atacado paulistano (R$/CAIXA DE 30 DÚZIAS)

MÊS MÉDIA R$/CX

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

JUL/09 36,92 -22,27% -14,37%

AGO/09 37,40 -18,65% 1,30%

SET/09 33,88 -21,66% -9,42%

OUT/09 31,35 -17,34% -7,48%

NOV/09 31,00 -21,24% -1,10%

DEZ/09 35,88 -9,59% 15,76%

JAN/10 31,80 -14,97% -11,38%

FEV/10 39,67 -8,90% 24,74%

MAR/10 40,96 -12,73% 3,27%

ABR/10 37,75 -16,96% -7,84%

MAI/10 39,12 -6,50% 3,63%

JUN/10 41,16 -4,55% 5,21%

JUL/10 37,89 2,62% -7,95%

média e variação anual entre 2000 e 2010

ANO R$/CX VAR. %

2000 23,12 16,89%

2001 24,07 4,11%

2002 27,88 15,83%

2003 39,67 42,29%

2004 34,47 -13,11%

2005 33,48 -2,87%

2006 27,48 -17,92%

2007 39,42 43,45%

2008 43,62 10,65%

2009 38,66 -11,37%

2010* 38,36 -0,71%

* Média entre 02/01 e 31/07/10

Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITEObs.: valores finais arredondados, daí eventuais diferenças nos percentuais

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Estatísticas e Preços

Matérias-PrimasMilho sofre leve queda em julho

Escalada do farelo de soja continua

Fonte das informações: www.jox.com.br72 Produção Animal | Avicultura

O farelo de soja (FOB, interior de SP) foi comercializado em julho de 2010 ao preço médio de R$601,00/tonelada, va-

lor 5,81% maior que o de junho de 2010 – R$568/t. Na com-paração com julho de 2009 – quando o preço médio era de R$822/t – a cotação atual registra queda de 26,89%.

Valores de troca – Farelo/Frango vivoConsiderado o preço médio do farelo de soja em julho,

foram necessários 382,8 kg de frango vivo (na granja, interior de SP) para adquirir uma tonelada do insumo. Como em junho último essa relação foi de 420,7 kg para obtenção de uma to-nelada de farelo, o volume de frango necessário para adquirir a mesma quantidade do produto caiu 9%, representando me-lhora no poder de compra para o avicultor.

No ano passado os preços do farelo de soja estiveram mais valorizados, por isso, na comparação anual, o valor atual repre-senta volume 16,17% menor de frango para se obter uma to-nelada de farelo, já que em julho de 2009 eram necessários 456,6 kg de frango para se obter uma tonelada do insumo.

Valores de troca – Farelo/OvoDe acordo com os preços médios dos produtos, em julho

de 2010 foram necessárias 19,15 caixas de ovos (valor na gran-ja, interior paulista) para adquirir uma tonelada de farelo de soja. O poder de compra do avicultor de postura em relação ao farelo registrou expressiva queda, cerca de 14,4%, uma vez que em junho último 16,38 caixas de ovos adquiriram uma tonelada de farelo. Em relação a julho de 2009, há melhora no poder de compra de 43,4%, pois naquele período uma tonela-da de farelo de soja custava, em média, 27,4 caixas de ovos.

O preço médio do milho, saca de 60 kg, interior de SP, fe-chou julho de 2010 a R$18,90 – valor 1,82% menor que

a média de R$19,25 obtida pelo produto em junho. Em rela-ção ao valor da saca de um ano atrás, a redução é de 5,97%, pois o milho registrou média de R$20,10/saca em julho de 2009.

Valores de troca – Milho/Frango vivoO frango vivo (interior de SP) interrompeu a sequência de

quedas por quatro meses seguidos e registrou em julho recu-peração nas cotações: fechou o mês com média de R$1,57/kg - recuperação de 16,30% em relação a junho de 2010. Como resultado, em julho foram necessários 200,6 kg de frango vivo para se obter uma tonelada de milho, considerando-se o pre-ço médio de ambos os produtos. Este valor representa melho-ra no poder de compra de 18,45% em relação ao mês ante-rior, uma vez que em junho a tonelada do milho “custou” 237,6 kg de frango vivo, aproximadamente.

Valores de troca – Milho/OvoDe acordo com os preços médios dos produtos, a relação

de troca entre o ovo (granja, interior paulista, caixa com 30 dúzias) e o milho em julho de 2010 foi de aproximadamente 10 caixas de ovos para uma tonelada do grão. Em junho de 2010 foram necessárias 9,25 caixas/t, o que significa volume 8,41% maior de ovos para se obter a mesma quantidade de milho. A piora na capacidade de compra do avicultor de pos-tura deve-se à redução do valor do ovo em julho: o preço mé-dio da caixa de 30 dúzias caiu 9,46% ficando em R$31,39 – em junho passado a média havia sido de R$34,66.

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Produção Animal | Avicultura 73

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74 Produção Animal | Avicultura

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Produção Animal | Avicultura 75

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76 Produção Animal | Avicultura

Ponto Final

76 Produção Animal | Avicultura

Histeria e Desinformação. Afinal, vamos resolver isso ou não?

Rodrigo Toledo

é nutricionista da Aurora e Presidente do Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas.

Q uando fui convidado para escre-

ver para esta coluna no dia 1º de

março deste ano, imediatamen-

te já sabia sobre o que escrever: a histeria

e a desinformação gerada e propagada pe-

los profissionais, que, teoricamente, de-

veriam saber o que dizer e pela imprensa

sensacionalista, que,

parafraseando um

grande amigo, tem

uma válvula na cabe-

ça e um “chip” na lín-

gua, ou seja, fala de-

mais e não pensa nas

conseqüências que

isso traz.

Após escrever a

primeira versão do

artigo, recebi os

exemplares de março

e abril desta Revista,

com artigos de respei-

tados profissionais da

área que tratavam do

mesmo assunto com

enfoque um pouco

diferente, mas na es-

sência era o mesmo tema que eu estava

abordando e me vi em uma situação com-

plicada.

Então comecei a pensar a respeito do

que escrever. Pois é, eu também, às vezes,

exercito um pouco minha massa cinzen-

ta, mesmo que alguns as vezes discordem

do resultado do processo e recomendo

que todos adotem essa prática, pois assim

ouviríamos menos besteiras no nosso dia-

a-dia.

Voltando ao assunto central deste arti-

go, quantos de nós não ouvimos profis-

sionais com curso superior falando do

mal que a carne de frango com hormônio

faz, falando dos malefícios do consumo

de ovos, culpando a lactose por diversos

efeitos indesejáveis à saúde e criando

PRAGAS para as diferentes espécies ani-

mais como a vaca louca, a gripe do frango

e a gripe suína, ale-

gando que elas serão

o flagelo da humani-

dade. Qual será a pró-

xima grande praga? O

Egito antigo teve sete

e na onda retrô que o

mundo anda, ainda

faltam pelo menos

quatro. Será a praga

do pinto louco ou a

do peru assassino?

Se a histeria e a de-

sinformação são preo-

cupações constantes

entre nós profissio-

nais que atuamos no

agronegócio, o que

nós faremos a esse

respeito?

Algumas ações tímidas são tomadas

por nossas entidades representativas,

como no caso de um renomado médico

paulista especialista em reprodução hu-

mana que culpou a carne de frango com

“hormônios” pela infertilidade masculi-

na. Essas ações são sempre reativas e de

pouca ou nenhuma repercussão na opi-

nião pública.

Como já dito por diversos profissio-

nais do agronegócio, precisamos de maior

mobilização e organização do setor para

trabalharmos de forma pró-ativa.

Qual será a próxima grande praga? O Egito antigo teve

sete e na onda retrô que o mundo anda, ainda faltam pelo

menos quatro. Será a praga do pinto

louco ou a do peru assassino?

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Produção Animal | Avicultura 77

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78 Produção Animal | Avicultura

Ponto Final