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RECONHECIMENTO E EVIDENCIAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO CONFORME AS NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO MUDANÇAS INTRODUZIDAS PELA PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA NO BALANÇO PATRIMONIAL DE 2014. Autora: Brenda Mendes De Sousa Ricarte Co-autoras: Jeanne Marguerite Molina Moreira Allyne Marie Molina Moreira

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RECONHECIMENTO E EVIDENCIAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO

CONFORME AS NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE

APLICADAS AO SETOR PÚBLICO – MUDANÇAS INTRODUZIDAS

PELA PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA NO BALANÇO

PATRIMONIAL DE 2014.

Autora: Brenda Mendes De Sousa Ricarte Co-autoras: Jeanne Marguerite Molina Moreira

Allyne Marie Molina Moreira

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INTRODUÇÃO

A convergência das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas

ao Setor Público (NBCASP) às normas internacionais desencadeou

um processo de mudanças na Contabilidade Pública nos diferentes

entes da federação. Após a publicação das NBCASP em 2008,

exigiu-se uma nova postura dos profissionais contábeis diante dos

padrões estabelecidos.

Esse processo considerou o nível de desenvolvimento do País, o

controle do desempenho das contas públicas e a importância de

informações contábeis mais transparentes e comparáveis por

seus diversos usuários.

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QUESTÃO DE PESQUISA

Quais foram as mudanças introduzidas pela Prefeitura

Municipal de Fortaleza na adequação das normas do

reconhecimento e evidenciação do Ativo Imobilizado?

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OBJETIVO GERAL

Analisar as mudanças introduzidas pela Prefeitura

Municipal de Fortaleza (PMF) no reconhecimento e

evidenciação do Ativo Imobilizado no Balanço Patrimonial

de 2014.

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Levantar as principais mudanças realizadas no Balanço

Patrimonial com a introdução das Normas Brasileiras de

Contabilidade Aplicadas ao Setor Público de forma

obrigatória;

2. Analisar o Ativo Imobilizado da PMF para comparação

com as exigências trazidas pelas NBCASP a partir de

dados divulgados no Balanço Patrimonial do exercício

de 2014; e

3. Verificar a adequação às normas.

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CONTABILIDADE PÚBLICA NO BRASIL

A Contabilidade Aplicada ao Setor Público no Brasil pode ser dividida em três momentos históricos:

a edição da Lei nº. 4.320, de 17 de março de 1964, que instituiu os fundamentos do Orçamento e da Contabilidade Pública;

a publicação da Lei Complementar nº. 101, de 4 de maio de 2000, conhecida por Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que estabeleceu critérios, condições e limites à gestão orçamentária, financeira e patrimonial, implantando novos mecanismos de controle dos gastos, porém não promoveu práticas contábeis mais adequadas sobre o patrimônio; e,

a partir de 2010, o início do processo de convergência das normas internacionais.

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Segundo a Portaria nº. 184, de 25 de agosto de 2008, emitida pelo

Ministério da Fazenda, a adoção aos novos padrões contábeis daria

à informação contábil mais credibilidade, facilitando o

acompanhamento e a comparação da situação econômico-

financeira e do desempenho dos entes públicos, possibilitando a

economicidade e eficiência na alocação de recursos públicos.

Na mesma publicação, foi dada à Secretaria do Tesouro Nacional

(STN) a atribuição de regulamentar a Aplicação dos Procedimentos

Contábeis e do Plano de Contas visando a elaboração e divulgação

das Demonstrações Contábeis Consolidadas.

CONTABILIDADE PÚBLICA NO BRASIL

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NORMAS BRASILEIRAS DE

CONTABILIDADE PÚBLICA

APLICADAS AO SETOR PÚBLICO

Teve como perspectiva o desenvolvimento conceitual contábil, o

fortalecimento institucional da Contabilidade Pública e a

convergência aos padrões internacionais, em 21 de novembro de

2008, o CFC publicou as dez primeiras NBCASP.

Junto a essas ações, a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) emitiu

em 2009, cinco Manuais de Contabilidade Aplicados ao Setor Público

(MCASP) e editou o Plano de Contas Aplicados ao Setor Público

(PCASP), com abrangência nacional, ambos visando contribuir no

resgate do objeto da Contabilidade como ciência, que é o Patrimônio.

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Numeração Resolução CFC Norma

NBC T 16.1 1.128/08 Conceituação, Objeto e Campo de Aplicação

NBC T 16.2 1.129/08 Patrimônio e Sistemas Contábeis

NBC T 16.3 1.130/08 Planejamento e seus Instrumentos sob o Enfoque Contábil

NBC T 16.4 1.131/08 Transações no Setor Público

NBC T 16.5 1.132/08 Registro Contábil

NBC T 16.6 1.133/08 Demonstrações Contábeis

NBC T 16.7 1.134/08 Consolidação das Demonstrações Contábeis

NBC T 16.8 1.136/08 Controle Interno

NBC T 16.9 1.137/08 Depreciação, Amortização e Exaustão

NBC T 16.10 1.138/08 Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos do Setor Público

NBC T 16.11 1.366/11 Sistema de Informação de Custos do Setor Público

NORMAS BRASILEIRAS DE

CONTABILIDADE PÚBLICA

APLICADAS AO SETOR PÚBLICO

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Em 2013, a STN emitiu a Portaria n°. 634, de 19 de novembro de

2013, determinando que o PCASP e as Demonstrações Contábeis

Aplicadas ao Setor Público (DCASP) deveriam ser implementados por

todos os entes da Federação até o término do exercício de 2014.

Em relação aos novos Procedimentos Contábeis Patrimoniais,

definidos no MCASP, esses teriam prazos finais de implantação

estabelecidos de forma gradual por meio de ato normativo da

Secretaria.

NORMAS BRASILEIRAS DE

CONTABILIDADE PÚBLICA

APLICADAS AO SETOR PÚBLICO

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ENFOQUE PATRIMONIAL NA NOVA

CONTABILIDADE PÚBLICA

A Contabilidade Pública era centrada no Controle Orçamentário,

passando a ter, um enfoque Patrimonial, respeitando o estabelecido

pela NBC T 16.1 – Conceituação, Objeto e Campo de Aplicação,

publicado pela Resolução CFC nº. 1128/08, na qual estabelece o

Patrimônio Público como objeto de estudo da Contabilidade Aplicada

ao Setor Público e que a finalidade contábil é a administração do

mesmo. Assim sendo, o Orçamento deixa de ser o único instrumento

contábil público e o Patrimônio assume o seu lugar na Contabilidade

Pública.

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AVALIAÇÃO E MENSURAÇÃO DO

ATIVO IMOBILIZADO

A NBC T 16.10 – Avaliação e Mensuração de Ativos e

Passivos em Entidades do Setor Público, publicada pela

Resolução CFC nº. 1.137/08 traz os critérios para

avaliação e mensuração do Ativo Imobilizado, destacando

os dispositivos que exigem a atualização do ativo ao valor

justo.

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DEPRECIAÇÃO DO IMOBILIZADO

Nesse processo de adequação as orientações internacionais,

a norma NBC T 16.9 visa a padronização para a aplicação da

depreciação, amortização e exaustão juntamente com a

NBC T 16.10 que trata dos aspectos de mensuração e

avaliação dos bens patrimoniais.

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METODOLOGIA

• Pesquisa Descritiva Quanto aos Objetivos

• Pesquisa Qualitativa Quanto à Natureza

• Bibliográfica, Documental e Estudo de Caso Quanto aos

Procedimentos

• Entrevista

• Análise documental Coleta de Dados

• Análise de Conteúdo Análise dos Dados

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PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO

DA NORMA NA PMF

No processo de convergência da Contabilidade Pública

seguindo às diretrizes, normas e procedimentos contábeis

aplicáveis aos entes dispostos na Portaria da STN n.º

634/13, de 19 de novembro de 2013, a Prefeitura de

Fortaleza obteve a tarefa de realizar a constituição do

inventário de bens, adequando as informações para que

evidenciasse de maneira fidedigna o Patrimônio e os

valores de depreciação do Município.

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Pelo Decreto n.º 13.257, publicado no Diário Oficial do

Município no dia 25 de novembro de 2013, a Comissão

Gestora do Levantamento do Patrimônio Público Municipal

ficou responsável pela orientação e o acompanhamento

das informações relativas aos bens pertencentes ao

Município, assim como, estruturar o novo sistema e

repassar as metodologias para os servidores de cada órgão

da Administração Municipal.

PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO

DA NORMA NA PMF

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Para dar início ao processo, a Prefeitura definiu como data de

corte o dia 31 de dezembro de 2013 para o reconhecimento e

avaliação dos bens móveis primeiramente.

Assim, obrigatoriamente todos os bens adquiridos até esta

data passaram por uma avaliação inicial, a qual era necessária

para definir o valor justo de cada item.

A meta inicial era identificar as possíveis inconsistências de

dados encontrados nos demonstrativos divulgados pelo

Município.

PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO

DA NORMA NA PMF

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A PMF adotou a avaliação inicial e depreciação dos bens

móveis, ficando para o exercício seguinte os trabalhos com

os imóveis, exceto de infraestrutura previstos para 2016.

Como a NBC T 16.10 não contemplou uma metodologia

específica a ser utilizada na avaliação do Imobilizado,

ficou a cargo dos responsáveis pelo Patrimônio o

estabelecimento da técnica mais adequada a entidade.

PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO

DA NORMA NA PMF

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METODOLOGIA

UTILIZADA PELA PMF

ESTADO DE CONSERVAÇÃO PERÍODO DE VIDA ÚTIL FUTURA PERÍODO DE UTILIZAÇÃO

Pontuação Conceito Pontuação Conceito Pontuação Conceito

10 Excelente 10 ≥ 10 Anos 10 ≥ 10 Anos

8 Bom 9 9 Anos 9 9 Anos

5 Regular 8 8 Anos 8 8 Anos

2 Péssimo 7 7 Anos 7 7 Anos

6 6 Anos 6 6 Anos

5 5 Anos 5 5 Anos

4 4 Anos 4 4 Anos

4 3 Anos 3 3 Anos

4 2 Anos 2 2 Anos

4 1 Ano 1 1 Ano

4 < 1 Ano 0 < 1 Ano

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CRIAÇÃO DO SGPAT

Um dos pontos importantes nessa transição foi a criação e o

desenvolvimento de um modelo patrimonial que atendesse todos os

aspectos das NBC T 16.9 e 16.10.

O SGPAT, o Sistema de Gestão Patrimonial, substituiu o antigo

sistema denominado ASI, o Sistema Automatizado de Inventário,

gestão de bens patrimoniais.

O ASI foi utilizado até setembro de 2014, quando da implantação

das NBCASP no Município de Fortaleza, houve, simultaneamente, o

desenvolvimento e a implantação do Sistema Financeiro-Contábil, o

Gestão de Recursos e Planejamento Financeiro Contábil (GRPFOR-

FC).

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MOVIMENTAÇÕES PATRIMONIAIS

As movimentações patrimoniais no sistema antigo eram resumidas na contabilização do registro de entrada e saída de bens.

Com o reconhecimento da despesa pelo Regime de Competência, os bens patrimoniais passaram a ocorrer na fase da despesa chamada “liquidação” com o cadastro das Notas Fiscais dos bens móveis adquiridos.

O SGPAT passou a comportar também os valores de depreciação mensal, acumulada e os valores contábeis.

Até então, os bens não haviam sofrido depreciação, já que não era comum a prática de cálculo de depreciação no Município,

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DESAFIOS

Pessoal especializado e disponível para acompanhamento

das avaliações iniciais;

Desenvolvimento de Sistemas de Informação adequados;

Dificuldade no entendimento da metodologia e do

preenchimento da avaliação por parte dos órgãos;

Necessidade de interligação entre os vários setores da

Administração Pública (Setor de Patrimônio, Contábil,

Recursos Humanos, Jurídico etc);

Curto prazo para execução do trabalho.

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RECONHECIMENTO E EVIDENCIAÇÃO

Nos trabalhos de reconhecimento dos bens móveis

iniciados a partir de 2013 foram identificadas

incoerências nos valores evidenciados nos balanços

com os valores do Sistema de Gestão Patrimonial.

Desta forma, o primeiro passo era saber

exatamente qual era o valor dessa divergência

percebida entre demonstrativos contábeis e

Sistema Patrimonial.

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Houve a necessidade de saber o valor da participação de

cada órgão da Administração Direta do Município, pois os

demonstrativos contábeis até o exercício de 2013 eram

evidenciados de forma consolidada através de uma

Unidade Orçamentária: a Secretaria de Finanças de

Fortaleza.

Conforme os novos procedimentos, as informações de cada

órgão da Administração Direta passaram a ser divulgadas

de forma segregada, assim como eram os órgãos da

Administração Indireta.

RECONHECIMENTO E EVIDENCIAÇÃO

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BALANÇO PATRIMONIAL 2013

ATIVO PERMANENTE

BENS MÓVEIS R$ 278.530.342,44

BENS IMÓVEIS R$ 241.530.967,92

TOTAL R$ 520.061.310,36

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Observando o Balanço Patrimonial do exercício de 2013, os bens móveis

somaram o valor de R$ 278.530.342,44, que desse valor total, R$

136.137.098,11 representavam os bens móveis dos órgãos da

Administração Direta do Município, e o restante de R$ 142.393.244,33 dos

órgãos da Administração Indireta.

Do valor de R$ 136.137.098,11, foi calculado a participação de cada órgão,

baseado nos relatórios de movimentação de bens emitidos pelo Sistema

Corporativo de Patrimônio (ASI) que trazia um histórico em valores por

grupo de bens do seu órgão respectivo.

A partir disso, os devidos Registros Contábeis foram realizados para que

houvesse saldo de abertura na conta de bens móveis de cada Órgão em

2014.

RECONHECIMENTO E EVIDENCIAÇÃO

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SALDOS DE ABERTURA DA

ADMINISTRAÇÃO DIRETA

ÓRGÃOS Saldo em

31/12/2013 Saldo em 01/01/2014

GABINETE DE PREFEITO - R$ 2.623.641,54

GABINETE DO VICE-PREFEITO - R$ 89.539,10

PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIO - R$ 1.840.774,78

SECRETARIA DE GOVERNO - R$ 394.204,94

SECRETARIA DA CONTROLADORIA E

TRANSPARÊNCIA

- R$ 394.311,26

SECRETARIA DE SEGURANÇA CIDADÃ - R$ 24.065,00

GUARDA MUNICIPAL DE FORTALEZA - R$ 5.184.982,01

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO,

ORÇAMENTO E GESTÃO

- R$ 38.666.351,41

SECRETARIA DE CONSERVAÇÃO E

SERVIÇOS PÚBLICOS

- R$ 112.753,27

SECRETARIA MUNICIPAL DAS FINANÇAS R$ 136.137.098,11 R$ 5.310.324,58

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Os registros contábeis de entradas de bens patrimoniais passaram a ocorrer na fase

da liquidação da despesa no momento exato do cadastro da Nota Fiscal dos bens

móveis adquiridos no GRPFOR, tomou-se como base para composição do saldo das

contas patrimoniais apenas os registros de entrada contabilizados em 2014 no

Sistema Financeiro-contábil.

Órgão Saldo em

02/01/2014

Registro da Entrada no

Exercício

Registro e Saldo em

31/12/2014

Gabinete de Prefeito R$ 2.623.641,54 R$ 407.32339 R$ 3.030.964,93

Gabinete do Vice-Prefeito R$ 89.539,10 R$ 0,00 R$ 89.539,10

Procuradoria Geral do

Município

R$ 1.840.774,78 R$ 227.014,07 R$ 2.067.788,85

Secretaria de Governo R$ 394.204,94 R$ 81.948,70 R$ 476.153,64

Secretaria Municipal das

Finanças

R$ 5.310.324,58 R$ 3.088.683,10 R$ 8.399.007,68

RECONHECIMENTO E EVIDENCIAÇÃO

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SALDOS CONTÁBEIS X INVENTÁRIOS

GRPFORFC SGPAT AJUSTES

R$ 330.089.822,41 R$ 254.305.923,90 R$ 75.783.896,51

Observou-se que em virtude das divergências dos saldos contábeis dos

bens móveis registrados no Sistema GRPFOR com os saldos dos

inventários realizados pelas Comissões de Órgão/Entidade do Município

no sistema SGPAT, representado pelo valor de R$ 254.305.923,90, foram

necessários realizar alguns registros contábeis de ajustes, a partir da

diferença dos saldos entre as contas do sistema.

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AVALIAÇÃO FINAL

Como divulgado nas Notas Explicativas dos Demonstrativos de 2014,

após término do trabalho realizado pelas Comissões chegou-se a

necessidade de um ajuste de exercícios anteriores no valor de R$

47.677.546,31 a ser deduzido do valor total dos bens que passaram

por avaliação inicial, reduzindo a conta de ativo da maioria das

unidades orçamentárias que apresentaram perda, situação esperada

considerando o fato dos bens estarem até então registrados apenas

pelos seus valores de aquisição sem nunca terem sofrido

depreciação, e só alguns Órgãos que apresentaram ganho.

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BALANÇO PATRIMONIAL DE 2014

ATIVO NÃO CIRCULANTE

IMOBILIZADO

R$ 773.545.261,79

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DEPRECIAÇÃO

Sobre a depreciação dos bens, conforme divulgada nas Notas Explicativas

de 2014, o método adotado pelo Município de Fortaleza foi o de Cotas

Constantes ou Linear, o qual utiliza-se de Taxa de Depreciação Constante

conforme vida útil estimada para os bens que passaram por avaliação

inicial e conforme vida útil estabelecida na Tabela de Depreciação para os

bens adquiridos após data de corte.

BALANÇO PATRIMONIAL

2013 2014

R$ 0,00 R$ 9.946.950,33

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O processo de adequação às Normas Brasileiras de Contabilidade Pública aplicadas ao Setor Público promoveu mudanças significativas na gestão e no controle financeiro, contábil e patrimonial da Prefeitura Municipal de Fortaleza;

A implementação do novo sistema de avaliação patrimonial (SGPAT) representou um avanço positivo na gestão do patrimônio rumo à evidenciação de informações seguras, transparentes, e fidedignas nas demonstrações, como o Balanço Patrimonial.

Com o reconhecimento da depreciação, os bens passaram a ter seus valores atualizados seguindo o estabelecido nos manuais.

Fortaleza segue dando continuidade ao processo de convergência.

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REFERÊNCIAS

BARBOSA, D. D. Manual de controle patrimonial nas entidades públicas. 1.ed. Brasília: Gestão Pública Ed., 2013.

BOTELHO, M. M. Patrimônio na Administração Pública Municipal: Regulamento e Gestão de Ativo Imobilizado de Acordo com a

NBCASP. Curitiba: Juruá, 2013.

______. Secretaria do Tesouro Nacional. Portaria nº. 634, de 19 de novembro de 2013. Dispõe sobre regras gerais acerca das diretrizes,

normas e procedimentos contábeis aplicáveis aos entes da Federação, com vistas à consolidação das contas públicas da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, sob a mesma base conceitual. Disponível em:

http://www3.tesouro.gov.br/legislacao/download/contabilidade/Portaria_STN_634_2013_Processo_Convergencia.pdf> Acesso em: 10

abr. 2015.

______. Secretaria do Tesouro Nacional. Manual de contabilidade aplicada ao setor público: aplicado à União, aos Estados, ao Distrito

Federal e aos Municípios: Vol. II Procedimentos contábeis patrimoniais. 6. ed. Brasília: Secretaria do Tesouro Nacional, Coordenação-

Geral de Contabilidade. Disponível em <

http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/367031/CPU_MCASP_6edicao/05eea5ef-a99c-4f65-a042-077379e59deb> Acesso

em: 25 abr. 2015.

CARVALHO, R. M. F.; LIMA, D. V.; FERREIRA, Lucas Oliveira Gomes. Processo de Reconhecimento e Mensuração do Ativo Imobilizado no

Setor Público Face aos Padrões Contábeis Internacionais: Um Estudo de Caso na Anatel. Revista Universo Contábil, ISSN 1809-3337

Blumenau, v. 8, n. 3, p. 62-81, jul./set. 2012

FORTALEZA. Decreto n.º 13.257, de 25 de novembro de 2013. Aprova o regulamento para depreciação, amortização, exaustão,

reavaliação e redução ao valor recuperável do Patrimônio Público do Município de Fortaleza. Diário Oficial do Município de Fortaleza.

Fortaleza, CE. 25 nov. 2013. Disponível em: http://www.fortaleza.ce.gov.br/diarios-oficiais. Acesso em: 12 abr. 2015.

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OBRIGADA!