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A MELHOR INFORMAÇÃO DA ACTUALIDADE NACIONAL, MUNDIAL E DESPORTIVA O 17 de Dezembro de 2011 - Nº 8 Semanal Português Chegando ao Natal

Revista O Semanal Portugues #8

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Foi lançada a 1ª edição (29 de Outubro) a revista, O Semanal Português. Como tema em destaque: noticias, vidas, lazer, desporto, viagem, comunidades atrav¸es do mundo e muito mais. Totalement gratuito.

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  • A melhor informAo dA ActuAlidAde nAcionAl, mundiAl e desportivA

    O 17 de dezembro de 2011 - n 8Semanal Portugus

    chegando ao natal

  • 2O Semanal PortugusPublicidade

  • O Semanal Portugus

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    le journal hebdomadaire portugais

    diteurMarie MoreiradirectriceNatrcia RodriguesAdministrAteurMarie MoreirardActeur-en-chefAnthony NunesinfogrAphisteMario Ribeiro

    OSemanal Portugus

    HebdomadairePubli tout les Samedis

    Fond le 29-10-2011Tl.: (514) 299-1593

    E-mail: [email protected]

    Tous droits rservs.

    Toute reproduction totale ou partielle est strictement interdite sans notre autorisation crite. Les auteurs darticles, photos et illustrations prennent la respon-sabilit de leurs crits.

    editoriAl

    Palavras de boas-vindas

    collAborAteursJessica de S (E-U)Sofia Perptua (E-U)Avelino Teixeira (Toronto)

    correspondAntsAntnio Lobo AntunesHlio Bernardo LopesJoel NetoJos Carlos de Vasconcelos

    fotogrApheJos Rodrigues

    OSemanal Portugus

    Marie Moreira

    Mais um ano a findar, e com ele as tradicionais festas de famlia - Natal e Ano Novo - o clebre bacalhau, o per assado, o cabri-to em caldeirada, no esquecen-do o Senhor leito assado na passagem do ano e tantas outras coisas.

    Na cidade, o trfego intenso, as lojas no tm mos a medir, os pedidos de desculpa multiplicam-se por entre as pessoas apressadas e entusiasmadas em trocar o sub-sdio, por outros valores que, logo distribuiro pelos familiares e ami-gos. A comercializao no Natal atinge o seu auge.

    Mais ou menos bem pintado, este o quadro de Natal para muitas das nossas famlias portuguesas, seno at, de muitos outros pases.

    Podemos, com isto, constatar que o Natal celebrado por quase todas as pessoas. Claro est que, apesar de todos o celebrarem, no quer dizer que todos o encarem da mesma forma, nem to pouco que ele signifique o mesmo para todos, se que, para alguns, ele signifique alguma coisa!

    Ser apenas a poca, em que h-bito ser promovido ou ento, ser apenas a altura em que se rene toda a famlia e se oferece presen-tes uns aos outros e onde os mais velhos contam histrias s crian-as, entre elas a de um hipottico menino, que d pelo nome de Je-sus.

    chegando ao natalSer que para si esta a essncia

    do Natal?

    O significado do NATALTodos os celebradores do Natal,

    ou pelo menos, quase todos, deixa-ram-se enredar por toda a tradio que suposta envolver o mesmo, tornando todos os passos verdadei-ros rituais, monopolizando todas as horas da noite para fazerem, imperativamente, a coisa certa na hora certa.

    A hora de abrir os presentes, a al-tura em que come o bacalhau, entre outras, so regras que segundo eles jamais podero ser violadas.Claro, que o erro, no est em

    abrir os presentes, nem to pouco em comer o bacalhau, mas o erro reside, exactamente, quando as pessoas deixaram que a tradio abafasse o verdadeiro sentido de Natal, ligando a tudo e a todos, menos a Jesus.

    O real significado do Natal a celebrao do nascimento de Je-sus, a Sua vinda a esta terra, como Salvador. Jesus tomou a forma de homem e desceu ao mundo para redimir todas as pessoas do peca-do. Pecado, esse, que teve incio no tempo de Ado e Eva, que ao desobedecerem a Deus perderam a sua pureza e quebraram o elo que, to fortemente, os ligava a Deus.

    Apesar disso, o amor de Deus pelo homem nunca esfriou, mas sempre permaneceu fiel e imutvel. En-to, a forma que Deus encontrou de recuperar a relao ntima com os seus filhos, foi mandando Jesus

    pagar por todos os nossos pecados, para que pelo Seu sangue ns fos-semos redimidos.

    Joo 3:16 (.) Deus ama todas as pessoas, incluindo a si, de tal ma-neira, que enviou o Seu Filho Je-sus Cristo para as salvar. Porque o homem estava perdido em pecado. Ento, foi no Natal, com o nasci-mento de Jesus, que Deus conse-guiu recuperar o relacionamento directo com o Homem, que at en-to, se encontrava interrompido.

    Seria at interessante (h pessoas que o fazem) cantar os parabns ao Senhor Jesus. Este ano Ele faz 2002 anos, que veio terra. II Co-rntios 5:18 E tudo isto provm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo, por Jesus Cristo

    O corao de Deus chama por todos aqueles que nunca, de cora-o, aceitaram Jesus como Senhor e Salvador das suas vidas. O Seu desejo que neste natal, voc d um passo para O conhecer melhor e se reconciliar com Ele.

    Joo 14:6 Este excerto da Bblia nos mostra que a nica forma de chegar a Deus por Jesus Cristo. Glria a Deus que Jesus j veio, est sentado direita do Pai de-sejando que todos se reconciliem com Ele. E voc, estimado leitor, j fez as pazes com Deus? Neste Na-tal, pare um pouco e pense o que que voc est a fazer com ele. Para alm de ser o aniversrio de Jesus, tambm ocasio para relembrar o que Ele ensinou, fez e conquistou para si no Calvrio.

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    ActuAlidAde

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    Putin no d flanco

    Um dia aps o Parlamen-to Europeu ter solicitado a repetio das eleies legislativas na Rssia, que reconduziram Vla-dmir Putin ao poder sob o signo de alegada frau-de, o primeiro-ministro rejeitou-a, considerando que os resultados reflec-tem a vontade do povo.O que preciso, defendeu Putin numa entrevista

    de quatro horas televi-so pblica, reforar o sistema poltico para que este seja auto-sufi-ciente em relao a pati-fes externos que tentam influenciar os processos polticos internos.Do geral para o particu-lar, o candidato pre-sidncia russa criticou tambm os EUA por quererem vassalos e no

    aliados, sustentando a acusao com os exem-plos do ataque solitrio ao Afeganisto.E houve tambm tempo para levar questes sobre a tica norte-americana.Mostraram imagens do assassinato de Kadhafi em todo omundo. Isso democracia?

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    Apoio judicirio

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    crise

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    euro/crise: Zona euro avana com 150 MMEuro para FMI e insta outros a contribuiremOs pases da Zona Euro

    acordaram hoje refor-ar os recursos do Fundo Monetrio Internacional

    (FMI) com 150 mil mi-lhes de euros, tendo pe-dido a outros parceiros que se juntem ao esforo, com vista a salvaguardar a estabilidade financeira global.

    Em nota divulgada em Bruxelas, depois de uma teleconferncia realizada durante a tarde, os minis-

    tros das Finanas da Unio Europeia indicam que, luz das decises da cimeira de 09 de dezembro passa-do, os pases da Zona Euro decidiram destinar ao FMI 150 mil milhes de euros.

    De fora deste esforo ficam Grcia, Irlanda e Portu-gal, os pases com planos de ajuda em curso, e que podero indiretamente be-neficiar deste reforo dos recursos do FMI.Apontando que este con-

    tributo faz parte de um esforo internacional mais amplo, o Conselho apela aos membros do G20 e outros membros financei-ramente fortes do FMI a darem tambm o seu con-tributo. Avana ainda que quatro Estados-membros da UE que no fazem par-te da Zona Euro j mani-festaram vontade de fazer parte do processo de refor-o dos recursos do FMI, designadamente Repblica Checa, Dinamarca, Pol-nia e Sucia, enquanto o Reino Unido indicou que definir a sua contribuio no incio do prximo ano, no quadro do G20.

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    em destAQue

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    notciasgoverno deve usararmas negociaisO vice-presidente da ban-

    cada socialista, Pedro Nuno Santos, disse que nunca de-fendeu que Portugal deixe de pagar a dvida aos pases credores, como sugerem de-claraes suas feitas no s-bado e captadas pela Rdio Paivense FM.Essas declaraes so

    alguns segundos de uma interveno muito longa, mas no fiz a apologia ao no pagamento da dvida, afirmou Nuno Santos.Aquilo que quis dizer

    que um Governo na situ-ao em que o nosso est deve usar todas as armas negociais para impor me-lhores condies e, de certa

    forma, aliviar os sacrifcios que tm sido impostos ao povo portugus. E isso re-afirmo, acrescentou. Num jantar de Natal do PS em Castelo de Paiva, o vice-presidente da bancada re-feriu que Portugal devia ameaar deixar de pagar a dvida nacional. Ns temos uma bomba atmica que podemos usar na cara dos alemes e franceses ou os senhores se pem finos ou ns no pagamos.As pernas dos banqueiros

    alemes at tremem, dissena altura em declaraes

    captadas pela Rdio Pai-vense FM e retransmitidas pela Renascena.

    Justia francesa condena Chirac

    O ex-presidente francs Ja-cques Chirac foi condenado a dois anos de priso com pena suspensa por crimes de desvio de fundos pblicos e abuso de confiana pblica.De acordo com o tribunal de

    Paris que o julgou, Chirac foi

    considerado culpado em dois processos: no primeiro por desviar fundos para pagar sa-lrios a 21 membros do seu partido (RPR) por empregos fictcios quando liderava a cmara de Paris (1977-1995); no segundo pelos mesmos motivos sete pessoas eram remuneradas sem terem vn-culo ao municpio.Os crimes ocorreram no in-

    cio da dcada de 90. Na reac-o sentena os advogados

    do antigo poltico assumiram que a mesma poder parecer uma decepo para quem es-perava uma absolvio, mas classificaram-na de modera-da. At ao fecho desta edio a defesa no adiantou se iria recorrer. J a acusao falou

    de umjulgamento histrico (...), um acontecimento ma-ravilhoso que vem provar que ningum est acima da lei.Mais corrosivo foi o lder da

    extrema-direita, Jean-Marie le Pen: Fui derrotado na se-gunda volta das presidenciais de 2002 por um homem que deveria na altura estar na pri-so. A Frana teve um delin-quente na presidncia durante 12 anos.

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    economiA

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    economiA

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    ActuAlidAdenotcias

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    culturA

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    Jennifer Lopez eleita Melhor Regresso Musical do MundoJennifer Lopez foi eleita

    como Melhor Regres-so Musical do Mundo, atravs da anlise de mil milhes de procuras no

    motor de busca Google, desde 2004 at 2011, re-alizada pela Accuracast (uma agncia de pesquisa

    online). Lopez ultrapassou assim Mariah Carey, Ri-cky Martin e os New Kids on the Block, que eram alguns dos favoritos ao

    primeiro lugar, graas ao seu mais recente lbum, Love?, que tem sido um sucesso de vendas.

    Na tera-feira passada, dia 13 de Dezembro, a can-tora de On The Floor foi fotografada no set de Ame-rican Idol, em Pasadena,

    na California. A cantora faz parte do painel de ju-zes do programa desde o ano passado.

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    polticA

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    sociedAde

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    O Semanal PortugusMundo

    estAdos unidos

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    mAggie grAceNacionalidade: Norte-americanaData de nascimento: 21 de setembro de 1983Profisso: Atriz

    As 100 mulheresmais bonitas de 2011

    variedade

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    crnicA | muito bons somos ns

    oPinio

    Joel Neto

    mAis workshops sobre dildos, por fAvor hora a que escrevo, es-

    tar quase a terminar mais uma edio do Acampa-mento Liberdade, que tor-nou a reunir um monte de jovens do Bloco de Es-querda num bonito cenrio de provncia (este ano foi no Bioparque, em So Pe-dro do Sul). No sei como a coisa correu, mas imagi-

    no que tenha sido mais ou menos o costume: muita poeira, muita ganza e mui-to pouco banho enfim, o normal num partido com preocupaes ambienta-listas e amor agricultura biolgica.

    No isso que me traz aqui. O que me traz aqui o programa do acampa-

    mento deste ano, a forma como, comparado com os programas de acampamen-tos anteriores, ele reflecte a crescente perda de sentido de humor por parte do BE e ainda, j mesmo a fe-char a crnica, uma teoria um tanto mirabolante, bas-tante discutvel, mas talvez um pouquinho divertida sobre a influncia que essa perda de sentido de humor

    tem desempenhado no ine-xorvel declnio eleitoral do partido.

    Comparemos o programa deste ano com o de 2008, por exemplo. H trs anos, o perodo da manh era ocu-pado por debates em torno de temas como Imigrao e Racismo, Biocombus-

    tveis e Crise Alimentar e LGBT, Feminismo e Combate Social enfim, as trs grandes angstias globais nesse trgico ano em que faliu o Lehman Brothers (da os cereais), Obama ganhou vantagem na corrida presidencial (da a concluso bvia de que o ocidente est cada vez mais racista) e as malas a tiraco-lo saram de moda (da a

    preocupao LGBT).

    J este ano, o perodo da manh foi dedicado em exclusivo a temas chats-simos: Revolues ra-bes, Quantos Pobres So Precisos Para Fazer Um Rico? (no, no se trata de um workshop de plasti-cina, foi mesmo um debate

    com Francisco Lou) e O Socialismo Um Desporto de Combate. Basicamen-te, tudo parecia gravitar em torno do tema da manh do segundo dia, Bloco: De Onde Vimos E Para Onde Vamos? (ao contrrio de mim, o BE escreve os ttu-los todos em caixas baixas, porque as letras tambm so todas iguais), destinado a desmontar a actual crise do partido. E era tal a ob-sesso com a reconstruo do dito que no sbado de manh, em vez do habitual torneio de futebol, ainda se procedeu a novo colquio.

    De resto, tarde foi a mes-ma coisa. Em 2008 houve um debate sobre drogas leves (eu li primeiro De-bate e drogas leves, mas foi da pressa: o nome era Debate: Drogas Leves) e em 2011 um debate sobre o FMI; em 2008 houve um workshop sobre brinque-dos sexuais e em 2011 um plenrio sobre o ensino su-perior; em 2008 houve um atelier sobre massagens e em 2011 um workshop sobre economia. No essen-cial, foi tudo muito menos divertido. E, em vez de pe-queninos torneios de fute-bol todos os fins de tarde qualificaes para as finais de sbado de manh, qua-se de certeza , s houve projeco de filmes e ob-servao de estrelas (juro: Observao de Estrelas), coisa que os jovens mili-tantes do BE, como natu-ral, j fazem todos os dias em casa, ao exercitarem os ensinamentos apreendidos nos debates divertidos de outros anos.

    No mais, foi o habitual: muito workshop sobre pin-tura a stencil, colocao de faixas e mobilizao para comcios e, no fim, uma festa LGBT, o que prova-velmente ainda foi o mais divertido de tudo (pudera). Brincadeira: quase nenhu-ma. Nem sequer os jogos de Twister com que, noi-te, a malta costumava fintar o duche. Na verdade, o ni-co apontamento de humor no programa deste ano foi o facto de, em vez do tra-dicional Acampamento de Jovens do Bloco de Es-querda, o encontro ter-se chamado Acampamento Liberdade, no tendo os jovens usufrudo de nenhu-ma para improvisar fosse no que fosse, tal a inten-sidade da agenda. Mas, de qualquer forma, era humor de recorte demasiado fino estou em crer que, com tanto fumo no ar, muita gente nem percebeu.

    E o meu medo que, no meio disto tudo, o Bloco de Esquerda esteja a pen-sar tornar-se num partido a srio, com preocupa-es a srio, e no apenas com aquelas que lhe do mais sounbdbyte entre (lembram-se do anncio?) punks e freaks, skaters e gticos, dreads e tigresas, okupas e hippies, ravers, rockabillies e nadistas em geral. Por favor, no dei-xem morrer o Bloco de Esquerda o verdadeiro, cheio de revolta, divertids-simo, intil. A poltica por-tuguesa ficar muito mais pobre e eu perderei uma das minhas mais estimadas vtimas de bullying.

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    crnicA | opinio

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    Antnio Lobo Antunes

    umA crnicA ou l o Que No escrevi nenhum

    livro sobre a guerra, limitei-me a intercalar episdios laterais nos primeiros textos publi-cados, para estruturar melhor os captulos e, talvez tambm, para, em certo sentido, me liber-tar de episdios que me embaciavam a mem-ria, libertando-me deles como de um vmito

    Em Almeirim, no almo-o anual com os meus camaradas. Ouvir falar de frica o tempo inteiro.

    Tratam-me sempre to bem! s vezes tenho difi-culdade em distinguir, nos homens de hoje, os rapa-zinhos de ento. Depois um sorriso, um trejeito, qualquer coisa para alm das feies e reconheo-os.

    Trazem as mulheres, os filhos, mostram a foto-grafia dos netos. H quem venha do estrangeiro, de propsito. H quem ainda ponha a boina na cabea.

    Quase todos continuam l, pelo menos uma parte deles continua l. Os mor-tos connosco. Falo pouco, como sempre, oio-os.

    Vivi tudo aquilo que eles continuam a viver e que, para mim, uma espcie de sonho. Farrapos de lembranas, coisas que me dizem que fiz e mal re-cordo. Ao lembrarem-mas avivam-se um bocadinho, desbotam-se de novo. Pu-blicaram um livro com as cartas que escrevi duran-te aquilo: no o li nunca. No sou capaz. No que queira esquecer, que foi outro que por l andou. Foi outro e fui eu, que difcil explicar isto. No escrevi nenhum livro so-bre a guerra, limitei-me a intercalar episdios late-rais nos primeiros textos publicados, para estrutu-rar melhor os captulos e, talvez tambm, para, em certo sentido, me liber-tar de episdios que me embaciavam a memria, libertando-me deles como de um vmito.

    Uma vez liberto deles pensei Agora posso co-mear e, ento, comecei. Tanto tempo at encontrar o meu tom, o meu modo, uma forma que no deves-se nada a ningum, e em que as vozes alheias no entrassem na minha. Em Almeirim longos abraos enternecidos, saudades, quem sou eu? Sei e no sei, fujo de mim, regres-

    so, persigo-me desisto. Sou muitos. Deixei mui-tos pelo caminho e con-tinuo a ser muitos. Um dia tudo isto pra. E me-tem um s no caixo. Fiz o que pude, com a fora que tinha, e di-me que imensos erros, patetices, asneiras. Sofri que me fartei. Algumas alegrias no meio disto, claro, al-guns momentos quase perfeitos na eterna guerra civil dos meus dias. isso que me confunde mais: porqu esta violncia in-terior, estes excessos, esta permanente, desesperada busca? Trocava-me por qualquer um, preferia ser um bicho. Lembro-me de uma senhora alentejana na consulta, com uma do-ena horrvel, ao pergun-tar-lhe como se sentia S fezes, s fezes bebendo at s fezes o clice da amargura.

    Trazia-me miminhos, ovos, figos, prendas de nada que eram imenso. H semanas fui ao Porto assinar na Feira, e a ter-nura e a delicadeza dos leitores comoveu-me. Uma fila de gente que no acabava, pessoas com sacos cheios de livros. Mereo isto, a ateno, o carinho para com um su-jeito que lhes d palavras

    em pginas coladas no interior de uma capa? Te-nho dzias de defeitos de que me envergonho mas, ao escrever, sou inteira-mente honesto. Valha-me isso. Greene dizia que um escritor um fulano sen-tado a uma mesa, cercado de criaturas que no exis-tem. No acho assim: sou um fulano sentado a uma mesa recebendo frases que no entende de onde lhe vm e se colocam mais ou menos por ordem, apesar dele. A seguir vem o tra-balho pesado das correc-es sucessivas, cortes, ofcio de costura, achar outro modo, horas numa vrgula.

    Uma sina difcil e esqui-sita, que me acompanha desde que o incio, e me condiciona a vida. Em Almeirim com a tropa, emboscadas, flagelaes, minas, lbuns e lbuns de fotografias daquilo.

    No tenho nenhuma, no quero ter nenhuma. Bastam-me as manguei-ras de Marimba que me perseguiro para sempre, cheias de morcegos. Uma longa fila de mangueiras enormes, os crocodilos do rio Cambo, um leo que, no Leste, passou rente viatura: demasiada tralha

    j, de que me tento livrar sacudindo o lombo da alma. Em parte sou ca-paz, em parte no sou. E as mangueiras persistem. At ao fim ho-de morar comigo? Almeirim uma terra bonita. No me im-portava de morar l, co-nhecer as pessoas. No me importava de morar fosse onde fosse, como no me importo de mo-rar aqui, me indiferente o lugar, desde que haja esferogrfica, papel, uma cadeira e uma mesa. O al-moo dos camaradas num restaurante enorme, com um casamento ao lado. Acho que um casamento, no sei. Vinha-se c fora fumar, com o sol a pisar-nos. Assinei um livro ao dono do restaurante, antes de me vir embora. Eles continuaram l. Gente de quem eu gosto, com quem vivi muitos meses. Nem os mortos faltaram: est-vamos todos, os mortos nunca faltam.

    So os primeiros a che-gar e os ltimos a deixa-rem-nos. E aqui esto eles comigo, apesar de eu sozinho.

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    O Semanal Portugussade

    Anemia

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    sade

    AnemiaFraqueza, indisposio,

    falta de apetite, dificuldade de aprendizado, esses so os principais sintomas da anemia. A anemia uma condio muito comum e vrias so as causas que podem levar a anemia, sen-do a deficincia de ferro a principal delas, respons-vel por cerca de 90% dos casos.

    Anemia definida pela Organizao Mundial de Sade (OMS) como a con-dio na qual o contedo de hemoglobina no san-gue est abaixo do normal como resultado da carncia de um ou mais nutrientes essenciais, seja qual for a causa dessa deficincia. A hemoglobina o pigmen-to dos glbulos vermelhos (eritrcitos) e tem a funo vital de transportar o oxi-gnio dos pulmes aos te-cidos. Os valores normais para a concentrao de hemoglobina sangunea de 13gdL para homens, 12 g dL para mulheres e 11 g dL para gestantes e crian-as entre 6 meses e 6 anos.Segundo a Organizao

    Mundial de Sade, 30% da populao mundial an-mica, sendo que sua pre-valncia entre as crianas

    menores de 2 anos chega a quase 50%.So vrias as causas de

    anemia, sendo a anemia por deficincia de ferro a mais prevalente em todo o mundo. Crianas, gestan-tes, lactantes (mulheres que esto amamentando), me-ninas adolescentes e mu-lheres adultas em fase de reproduo so os grupos

    mais afetados pela doen-a, muito embora homens -adolescentes e adultos- e os idosos tambm possam ser afetados por ela.Qualquer condio pas-

    svel de comprometer a produo ou de aumentar a taxa de destruio ou de perda dos glbulos ver-melhos pode resultar em anemia, se a medula ssea no conseguir compen-sar a perda dos glbulos vermelhos, ou mesmo um aumento das necessidades de ferro, como ocorre em crianas durante perodos de crescimento acelerado ou em mulheres durante a gestao e amamentao.Os principais tipos de

    anemia so: Anemia da carncia de ferro (anemia ferropriva); Anemia das carncias de vitamina B12 (anemia perniciosa) e de

    cido flico; Anemia das doenas crnicas; Anemias por defeitos genticos: anemia falciforme, talasse-mias, esferocitose, defici-ncia de glicose-6-fosfato-desidrogenase; Anemias por destruio perifrica aos eritrcitos: malria, anemias hemolticas auto-imunes, anemia por frag-mentao dos eritrcitos;

    Anemias decorrentes de doenas da medula ssea: anemia aplstica, leuce-mias e tumores na medula.Sintomas:Na anemia aguda, cau-

    sada pela perda sbita de sangue ou pela destruio aguda dos glbulos verme-lhos, a falta de volume no sistema circulatrio mais importante que a falta de hemoglobina. Os sinais e sintomas mais proeminen-tes consistem em queda da presso arterial devido diminuio do volume san-guneo total, com tonteira e desmaio subseqentes, taquicardia e palpitao, sudorese, ansiedade, agita-o, fraqueza generalizada e possivelmente uma dimi-nuio da funo mental.Na anemia crnica, o vo-

    lume sanguneo total est normal, mas ocorre uma

    diminuio dos glbulos vermelhos e hemoglobina. A falta de hemoglobina causa descoramento do sangue, com palidez do pa-ciente, e falta de oxignio em todos os rgos, com os sinais clnicos decorrentes desta alterao. Hipcrates no ano 400 a.C. j havia descrito os sinais da ane-mia: palidez e fraqueza

    devem-se corrupo do sangue.Portanto, os principais

    sinais e sintomas so: fadi-ga generalizada, anorexia (falta de apetite), palidez de pele e mucosas (parte interna do olho, gengivas), menor disposio para o trabalho, dificuldade de aprendizagem nas crian-as, apatia (crianas muito paradas).Os sintomas pioram com

    a atividade fsica e aumen-tam quanto menor o nvel de hemoglobina. Com n-veis de hemoglobina entre 9 e 11 g dL esto presentes os sintomas como irritabi-lidade, indisposio e dor de cabea, entre 6 e 9 h acelerao dos batimentos cardacos, falta de ar e can-sao aos mnimos esforos; e quando a concentrao de hemoglobina chega a valo-

    res abaixo 6g dL ocorrem os sintomas acima mesmo em repouso.Anemia FerroprivaEstima-se que 90% das

    anemias sejam causadas pela deficincia de ferro.O Ferro um nutriente

    essencial para a vida e atua principalmente na sntese (fabricao) das clulas vermelhas do sangue e no transporte do oxignio para todas as clulas do corpo.Nas crianas a principal

    causa de anemia ferropriva o aumento da demanda de ferro e sua ingesto in-suficiente, que ocorre mais freqentemente nos bebs em aleitamento artificial ou aps os seis meses de idade mesmo naqueles que rece-bem aleitamento materno.J nos adultos a causa

    mais comum de anemia ferropriva a perda crni-ca de sangue, nos homens, mais freqentemente, pelo trato gastrintestinal e nas mulheres, pelo sangramen-to menstrual. A causa da anemia deve ser sempre investigada, pois a perda de sangue pode ser des-de de uma causa benigna, como por exemplo, o uso de aspirina, at uma causa maligna, como um cncer no intestino.Os sinais e sintomas da

    carncia de ferro so ines-pecficos, necessitando-se de exames de sangue la-boratoriais para que seja confirmado o diagnstico de anemia ferropriva.A carncia de ferro, mes-

    mo antes de suas mani-festaes hematolgicas, provoca um acometimento sistmico com repercus-ses na imunidade e resis-tncia a infeces, na capa-cidade para o trabalho e no desenvolvimento neurop-sicomotor. O resultado in-desejvel da deficincia de ferro na infncia poder re-percutir negativamente no desenvolvimento escolar e, tardiamente, na insero do indivduo no mercado de trabalho.

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    O Semanal Portugus

    receitAs

    GastronoMia

    Frango estufado comervilhas e tomilho

    INGREDIENTES:

    3 pernas de frango do campoAzeiteErvilhas q.b.Ps de cogumelos PortobelloPolpa de tomate1 copo de vinho brancoMistura de pimento doce e louroCominhos em pAafro em p1 colher (sobremesa) de pasta de coentrosTomilho secoPiripiriCebola picadinhaMassa de alhoSal

    PREPARAO:

    Comece por corar o frango no azeite. Acrescente a cebola e a massa de alho e deixe saltear um pouco. De seguida, junte todos os temperos e o vinho. Deixe ferver bem.Acrescente ento as ervilhas, os ps dos cogumelos e um pouco de gua.Tape e deixe estufar durante cerca de 25 a 30 mi-nutos.

    OBSERVAES:

    Os chapus dos cogumelos foram usados noutra re-ceita...

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    GastronoMia

    receitAs

    Bolo de Claras e Chocolate com cobertura de Creme de Ovos

    INGREDIENTES:

    Para o bolo:6 claras18 colheres (sopa) de acar5 colheres (sopa) de farinha2 colheres (sopa) de margarina200 gr de chocolate de barra1 colher (ch) de fermento em p

    Para o creme de ovos:6 gemas8 colheres (sopa) de acar10 colheres (sopa) de gua1 casca de limo

    PREPARAO:

    Comece por preparar o bolo. Bata as claras com o acar at ficar um creme fofo.Derreta o chocolate com a margarina. Junte o preparado obtido s claras. Acrescente tambm a farinha com o fermento. Leve ao forno a cozer numa forma previamente untada e polvilhada com farinha. Retira-se quando estiver cozido e deixa-se arrefecer.Para o creme, junte todos os ingredientes num ta-cho e leve ao lume at engrossar. Deixe arrefecer.Coloca-se por cima do bolo e polvilha-se com cane-la.

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    lendAs de

    portugAl

    cultura

    O Aor e o Prncipelenda dos trs milagresEm tempos que j l

    vo, houve um rei es-panhol que desespe-rado por no ter filhos invocou a beno de uma Nossa Senhora

    dos Milagres, do s-tio de Aldeia Rica, em Celorico da Beira, fa-mosa por ter salvado um pastor e a sua vaca de morrerem afogados. O filho nascido deste milagre tornou-se in-vlido e em vo foram

    consultados sbios e fsicos. A rainha resol-veu pedir Virgem um segundo milagre e jun-tamente com o rei e o prncipe partiram em

    romagem Virgem. J perto de Aldeia Rica, o pequeno prncipe mor-reu e o rei desesperado culpou a rainha da ini-ciativa da viagem e de-cidiu enterrar o filho ali mesmo. A rainha no o consentiu e, apoiada

    na sua f, quis levar o corpo do principezinho at junto da Virgem dos Milagres, depondo-o aos ps da imagem e ali ficando a rezar. O

    rei descrente resolveu ir caar e quando lhe disseram que um dos caadores tinha solta-do um dos seus aores reais por achar que as aves tinham sido cria-das por Deus para voa-rem e no para estarem

    presas, condenou-o morte, ordenando que comeassem por lhe cortar a mo que tinha soltado o aor. Quan-do o carrasco j tinha

    levantado o machado, o aor veio pousar na mo que ia ser corta-da. O caador gritou Milagre! e ao mesmo tempo chegou a rainha com o seu filho vivo, gritando ela tambm pelo milagre de Nossa

    Senhora. O rei libertou o caador e todos os aores do reino e re-solveu construir a igre-ja de Santa Maria dos Aores, que ainda hoje

    encerra trs lindos pai-nis que representam O Aparecimento da Virgem ao Rstico da Vaca, O Aor Pousa-do na Mo do Caador e O Filho do Rei, J Ressuscitado.

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    culturahistriA de

    portugAlO clima ibricoA Pennsula Ibrica est situada na zona

    temperada do Norte, tendo, por isso, um clima temperado. Pela sua localizao, est submetida a duas correntes de ar: uma massa de ar frio e hmido que vem do oeste e uma massa de ar quente e seco que vem do sul. A influncia destas duas correntes de ar de-termina, em boa parte, o clima da pennsula. O relevo e a aproximao ou afastamento do mar so outros factores que contribuem para

    dividir a Pennsula Ibrica em trs zonas com climas diferentes: clima atlntico, clima me-diterrneo e clima continental.

    Alguns gegrafos dividem-na apenas em duas zonas: a Ibria Hmida (ou atlntica) e a Ibria Seca (ou mediterrnica). A Ibria Hmida prolonga-se pela fachada atlntica norte e oeste (at linha do Tejo). Em toda esta regio a influncia do oceano Atlntico, de onde sopram ventos hmidos e frios, de-cisiva. O ar hmido provoca chuvas durante quase todo o ano. Graas proximidade do mar, as temperaturas so suaves e sem gran-des varia

    o reino suevoO processo de desintegra-

    o scio-poltica do Im-prio Romano, iniciado no sculo IV, terminou com o

    desaparecimento da ordem romana, tal como se havia entendido at a, sendo esta substituda por uma com-plexa situao de sucessi-vas alianas e guerras com os brbaros e destes entre si.Neste contexto, penetra-

    ram na Pennsula os alanos, os vndalos e os suevos. Estes ltimos fundaram, sem solicitar qualquer per-misso a Roma, um reino na regio da Galcia. Foi esta circunstncia que ani-mou as autoridades roma-nas, que mantinham ainda algum controle, a autorizar a entrada na Pennsula, por volta de 409, de um dos seus mais fiis aliados: os visigodos. Estes, aps der-rotarem os suevos, adquiri-ram o direito a colonizar a

    Pennsula.Quando, no ano 395,

    morreu o imperador roma-no Teodsio, surgiram em

    algumas provncias do Im-prio vrios usurpadores do poder. Estes entraram em confrontos que se es-tenderam Pennsula Ib-rica. Durante esta guerra

    de interesse polticos e par-tidrios, o general Gern-cio, no sentido de defender os interesses do imperador que queria impor na Hisp-nia, fez um acordo com po-vos germnicos - vndalos, alanos e suevos (brbaros)

    - cuja presso na fronteira norte da Pennsula Ibrica era cada vez mais forte, deixando-os instalar-se na Pennsula.Esta entrada dos brba-

    ros foi confirmada em 411, quando o imperador Hon-rio lhes concedeu a Gal-cia, a Lusitnia e a Carta-ginense, terminando assim o perodo do domnio ro-mano no actual territrio portugus. Estes povos, expulsos das suas terras pelas invases dos hunos, procuravam na Europa no-vas terras para se fixarem. De todos eles, apenas os suevos se organizaram po-liticamente na Pennsula, formando um reino que se consolidou entre os anos 430 e 456, dominando a Galcia, Lusitnia, Btica e parte da Cartaginense. No ano 416, chegaram

    Pennsula os visigodos, um povo germnico j meio ro-manizado (tinham-se insta-lado at a na Glia) que, a pedido dos romanos, viera com a funo de expulsar os alanos, os vndalos e os suevos. Embora derro-tando vndalos e alanos, a guerra com os suevos foi longa. Em 456, a capital do reino suevo (Bracara)

    foi conquistada e o seu rei morto em Portucale. Como dependente, ou coexistindo com os visigodos, a monar-quia sueva durou at ao ano 585, quando foi integrada no estado godo.

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    destino: Palm/Eagle Beach, Aruba

    viaGeM

    As 25 melhores prAiAs de o mundo

    Eagle Beach uma das maiores, melhores e mais bonitas praias de Aruba. Est localizada ao lado de Palm Beach, mas no d para ir andando de uma para outra. E, fora do fato de serem prximas, no h mais nada em comum. Ea-gle Beach calma, quase sempre vazia, com hotis baixos e s um programa aqutico: Jet-Ski. em Eagle Beach que

    esto localizados os Di-vi-divi mais famosos de Aruba. Uma viagem no completa sem passar l para tirar as famosas e bo-nitas fotos.Mas, apesar de calma, h

    uma boa estrutura na rea

    prxima das rvores. Voc pode alugar espreguiadei-ras e guarda-sis. O ideal ficar prximo ao excelente bar Passions on the Beach, pois l voc poder com-prar comes e bebes a preos justos e usar o banheiro. H tambm um bebedouro, com gua gratuita.Essa rea a que fica mais

    cheia. Quanto mais voc andar para o outro lado, mais vazia ser a praia. Mas em compensao no h estrutura, ento s vale a pena se voc quiser ficar isolado.E o mar? maravilhoso!

    gua calma, sem ondas, de cor deslumbrante e quente. Voc certamente no senti-

    r vontade de sair da gua. possvel ver peixes na beira dgua, mas a praia no muito indicada para snorkeling.Se voc quiser fazer um

    programa aqutico a me-lhor opo alugar um Jet-Ski, que custa US$60 para uma pessoa ou US$70 para duas pessoas. nesta praia o melhor lugar da ilha para acelerar, sem preocupa-es. H muito pouco mo-vimento, ento voc ficar praticamente sozinho em alto mar, podendo acelerar e aproveitar bastante.Sugerimos a leitura: Pas-

    seio de Jet Ski em ArubaMas, melhor do que falar

    mostrar. E ns tiramos

    muitas fotos para voc ter uma real dimenso da praia. Prepare-se para co-nhecer o paraso!ConclusoAdoramos Eagle Beach!

    Foi uma praia que nos sur-preendeu. Achamos incr-vel como a praia fica vazia. Estivemos nela duas vezes e em ambas as ocasies en-contramos poucas pessoas. E, pela pouca quantidade de carros, pareciam que a maioria eram hspede dos hotis de l.Vale a pena ir at l co-

    nhecer os Divi-divi, alu-gar uma espreguiadeira e relaxar. Pea um drink no bar, almoce no restaurante e faa um passeio de Jet-

    Ski. Assim seu dia ser perfeito!Recomendamos muito a

    visita!E voc, conhece a praia

    de Eagle Beach? Gostou dos Divi-divi? Andou de Jet-Ski? O que mais gos-tou? Conte para ns a sua experincia!EstacionamentoO estacionamento per-

    mitido dos dois lados da rua. No h placas infor-mando sobre, mas voc pode estacionar sem medo. Provavelmente haver ou-tros carros estacionamen-tos, ento s parar perto deles.

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    destino: Palm/Eagle Beach, Aruba

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    lnguA portuguesA nos euA

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    coMunidades

    ironbound

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    O Semanal PortuguscoMunidades

    jAntAr de nAtAl

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    cinmA | dvdcowboys & aliensColocar caubis enfren-

    tando aliengenas soa como uma ideia fantstica. De um lado, os conhecidos va-

    queiros e xerifes do Oeste, do outro, inescrupulosos seres de outras galxias. Essa ideia frutificou uma HQ, Cowboys & aliens, que, ao fazer a transio para o cinema, acaba cain-do na vala mais genrica dos filmes de ao. Se voc espera um faroeste mescla-do com fico cientfica, o que, considerando o nome do filme no uma previ-so absurda, provavelmen-te vai se decepcionar. O filme abre com o per-

    sonagem de Daniel Craig acordando no meio do deserto, ferido, com um bracelete de ferro e des-memoriado. O clich do personagem sem mem-ria, por mais cansativo que seja, acaba servindo a favor do filme, ainda que mais como muleta do que

    como recurso. Em pouco tempo, Craig

    descobre que Jake Lo-nergan, um criminoso pro-

    curado e que um de seus ltimos crimes foi roubar uma diligncia de Woo-drow Dollarhyde (Harri-son Ford). Em torno disso, surgem os outros persona-gens do filme, como Elle (Olivia Wilde) e Doc (Sam Rockwell). E, subitamen-te, com a sutileza de um rinoceronte em uma ala hospitalar, os aliengenas so arremessados na trama, atacando a cidade e seques-trando alguns cidados. As performances so ex-

    tremamente errticas, ainda que a direo de Jon Favre-au seja slida e renda boas cenas de ao, segurando a estrutura do filme. Craig fora um sotaque ameri-cano decente e consegue parecer duro nas cenas, mas seu personagem tem a profundidade de um pi-

    res. Wilde at que segura a onda, mesmo interpretando um dos piores personagens do ano, cheio de brechas no roteiro e sadas mal-explicadas. Rockwell um alvio cmico medocre, com incurses desastrosas no drama. Quem rouba a cena Ford, que consegue segurar a onda de badass

    mesmo detrs das rugas e, ao mesmo tempo, conse-gue conferir peso dramti-co nas cenas. A grande decepo de Co-

    wboys & aliens vem do fato do filme jamais parecer um faroeste convincente. Sim, o perodo est caracteriza-do decentemente, mas os personagens so apenas verses de arqutipos do cinema de ao em rou-pas do fim do sculo XIX. As msicas no evocam faroestes, por mais que a atmosfera visual seja com-petente. Ao mesmo tempo, quando o filme embarca no expresso da maionese, ele no vira uma fico cien-tfica, mesmo com naves e aliengenas saltando para todos os lados. Mais uma vez, os elementos esto

    ali, mas Favreau parece no saber empreg-los em seus respectivos gneros. E talvez essa tenha sido a inteno, mas o resultado genrico. Calcanhar de Aquiles de

    diversas produes que lidam com aliengenas (quem no se lembra do ridculo monstro de Clo-

    verfield?), o design das criaturas tambm leva. Co-wboys & aliens para o solo, especialmente pela falta de consistncia. Em algumas cenas, eles parecem verda-deiramente ameaadores, juntando diversas criaturas medonhas da Terra em um pacote infernal. Em outros, parecem monstrengos rid-culos evidentemente feitos em computao grfica. E que tipo de criatura abre um compartimento no pei-to com mozinhas extras, mas com o corao exposto para a visitao pblica? O bracelete de Lonergan

    outro elemento sofrvel. Ao que tudo indica, ele uma espcie de revlver dos aliens, mas no filme, atua como um deus ex ma-china. Mesmo sem saber

    como ativ-lo, o caubi tem uma proficincia inve-jvel com o dispositivo, o que, se analisado de perto, absurdo. Jake dominar os aliens usando o bracelete o equivalente a um chim-panz dominar um soldado armado s porque pegou uma pistola. uma tecno-logia que ele no compre-

    ende nem domina, mas ele est tentando us-la contra seres que conhecem perfei-tamente seus mecanismos. A explicao do funciona-mento da arma eventual-mente chega - l pro final do filme - e acaba gerando mais questionamentos do que respondendo qualquer coisa. Em seus melhores mo-

    mentos, Cowboys & aliens um filme de ao com-petente, bem editado e divertido. Em seus piores, um pastiche incoerente, com verdadeiros cnions no roteiro e uma galeria de personagens esquecveis, mesmo com James Bond e Han Solo na mesma cena. E provavelmente isso o bastante para valer o in-gresso.

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    lazer

    cinmA | dvdX-Men: Primeira classeOs primeiros trs filmes

    da franquia X-Men fizeram bem em estabelecer um mundo cheio de mutantes, mas nenhum deles decolou acima da marca de bom filme baseado em HQs, sendo o terceiro da srie massacrado pela crtica (at certa medida, injus-tamente). Quando a Fox anunciou que mergulharia no passado dos mutantes, com a primeira classe for-mada por Charles Xavier, os fs se retorceram, espe-rando mais uma tragdia nos moldes de X-Men: Ori-gins Wolverine. Estavam errados: X-Men: Primeira classe, em certa medida, ensina Marvel como fa-zer filmes Marvel.A trama se passa nos anos

    60, antes da humanidade tomar conhecimento da existncia dos mutantes, e mostra como Charles Xa-vier, ento um jovem e pro-missor pesquisador de mu-taes genticas, conheceu seu principal adversrio poltico, Erik Lehnsherr, o Magneto. A relao entre os dois um dos aspectos mais fascinantes do filme, com a ideologia que mar-caria os personagens em suas verses mais velhas, j muito bem delineada em suas juventudes. A ami-zade forjada entre os dois poderosos mutantes ga-nha contornos dramticos quando voc sabe aonde tudo vai acabar, em uma disputa ideolgica violenta e irreversvel no decorrer de vrios anos.Unindo esses dois per-

    sonagens est Sebastian Shaw, um mutante imortal que planeja, ao lado da equipe de mutantes cha-mada Crculo do Inferno, acelerar a Terceira Guerra Mundial e um apocalipse nuclear entre os Estados

    Unidos e a Unio Sovi-tica. Shaw age mais como um fio condutor da ao e, no geral, com seu po-der de absorver energia, uma ameaa bastante real para a humanidade. Para contra-atacar o Crculo do Inferno, Xavier e Erik montam um grupo de mu-tantes, incluindo alguns bastante famosos, como Fera e Mstica e outros no tanto, como Darwin e Des-

    trutor (o irmo mais novo de Scott Summers, o futuro Ciclope).O maior acerto de X-Men:

    Primeira classe a escolha dos protagonistas. James McAvoy encaixa perfeita-mente com a jovialidade de um Xavier que pode andar e est descobrindo seus poderes, constante-mente maravilhado com o encontro com outros mu-tantes. McAvoy consegue equilibrar insegurana com a maturidade do futuro Professor X sem esforo, e casa muito bem com a performance plcida de Patrick Stewart nos outros

    X-Men. O Magneto de Mi-chael Fassbender brilhan-te e bota Sir Ian McKellen contra as cordas. outro personagem: no lugar do respeitado e equilibrado ativista poltico/terrorista Magneto, Erik Lehnsherr irascvel, precipitado e ain-da sem o controle pleno de seus poderes. Quando Erik sai em busca de vingana contra os nazistas que rou-baram sua infncia e ma-

    taram sua me incluindo Shaw, que atuava como um mdico a servio do Reich Fassbender encarna Hans Landa e fala alemo, fran-cs e ingls.Ainda no elenco, os elos

    mais fracos esto entre os viles, exceo de Ke-vin Bacon, como Shaw. O ator entrega um perso-nagem arrogante demais para enxergar suas pr-prias fraquezas, mas ainda assim inteligente demais para sempre ter um plano alinhado e poderoso o sufi-ciente para justificar a ban-ca que coloca. Por outro lado, o resto do Crculo do

    Inferno no impressiona. A performance de January Jones (ou melhor, de seu avantajado busto) uni-dimensional como Emma Frost, com a atriz tentando demais parecer cool e se vestindo como uma atriz porn dos anos 60 (o que, a bem da verdade, faz sen-tido com o personagem) para se preocupar com tri-vialidades como atuar, por exemplo. Jason Flaming

    no papel de Azazel, um Noturno genrico, utiliza aproximadamente 0% das capacidades do ator, com o personagem disparando apenas umas cinco frases com sotaque russo. Mar Selvagem, ou Riptide, no original, no ganha uma fala sequer e serve apenas para... para o que mesmo?No lado dos heris a si-

    tuao melhor. A escolha para todos os personagens funciona muito bem, do ruivo cover de Rupert Grint interpretando o gri-tador Banshee, traioeira stripper mutante Angel, to-dos os novatos so slidos

    em seus papeis.O ritmo do filme pro-

    va de crticas, com cenas de ao intercalando de-bates entre Erik e Xavier ou algum tipo de debate envolvendo questes como preconceito e diferenas, as temticas clssicas da franquia X-Men. Algu-mas participaes, como Rebecca Romjin e Hugh Jackman, mostram que a Fox quer uma espcie de

    Foxverso em seus filmes de super heri.Maduro, inteligente, bem

    dirigido por Matthew Vaughn, o homem que le-vou Kick-Ass ao cinema e com performances ad-mirveis, X-Men: Primeira classe tem grandes chances de ser o melhor filme de baseado em HQs do ano. O deus do trovo, produzido pela Marvel Studios, ficou bem para trs. Cabe ao Lanterna Verde, na noite mais sombria, tirar esse ca-neco das mos dos jovens Professor X e Magneto

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  • LUCAS E MATEUSe

    ApresentaO duo romntico brasileiro que atrai multides

    Num grandioso baile-espectculoDomingo, 12 de Fevereiro 2012 15 horas

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