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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE PARANAVAÍ CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS NEWTON GUIMARÃES, ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO MUNICÍPIO DE PARANAVAÍ - PR PLANO DE AÇÃO GESTÃO ESCOLAR 2006/2008

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃONÚCLEO REGIONAL DE PARANAVAÍ

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS NEWTON GUIMARÃES, ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIOMUNICÍPIO DE PARANAVAÍ - PR

PLANO DE AÇÃO

GESTÃO ESCOLAR 2006/2008

PARANAVAÍ-PRPLANO DE AÇÃO PARA DIREÇÃO DE ESCOLA PÚBLICA

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GESTÃO ESCOLAR: Ano de 2006 – 2008ESCOLA: Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos Newton Guimarães, Ensino Fundamental e Médio.LOCALIZAÇÃO DA ESCOLA: Rua Bahia, 151, Paranavaí-Pr, telefone (Fax): (44) 3423- 5844, e-mail: newtong-paranavaí@netescola.pr.gov.brNÚCLEO REGIONAL DE ENSINO DE PARANAVAÍ-PRMODALIDADE DE ENSINO QUE OFERTA: Educação de Jovens e Adultos PROPONENTE: Cleusa Fátima Scaliante Wiese TELEFONE: (44) 3423-5844

“O exercício da direção e coordenação depende de alguns fatores, tais como: autoridade, responsabilidade, decisão,

disciplina e iniciativa.”(LIBÂNEO, 2004)’

2. FUNDAMENTOS DESTE PLANO DE AÇÃO:

Nos anos de 2003 e 2004 inúmeras capacitações propiciaram

discussões e estudos realizados pelo DEJA (Departamento de Educação de

Jovens e Adultos) da SEED/PR, que contribuiu para que todos os participantes

da EJA conhecessem mais profundamente a origem da demanda escolar da

Educação de Jovens e Adultos, suas necessidades e o perfil atual destes

alunos, à luz dos princípios norteadores da política educacional da SEED/PR, e

do Parecer CNE/CEB 11/2000 que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais

de EJA, sendo que este trabalho culminou com a construção das Diretrizes

Curriculares da Educação de Jovens e Adultos/2005 (versão preliminar) no

Estado do Paraná.

Ambos os documentos, Diretrizes Curriculares Nacionais da EJA e

Diretrizes Curriculares da EJA no Estado do Paraná, apresentam a realidade

social global e do Estado do Paraná, da Educação de Jovens e Adultos ao

longo dos tempos relatando a EJA como conseqüência dos “Dois Brasis”, da

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“Casa Grande e Senzala”, do “urbano e rural”, do “cosmopolita e provinciano”,

do “litoral e sertão”, entre outros, que demarcaram, de certa forma, uma linha

divisória entre os brasileiros: alfabetizados/analfabetos, letrados/iletrados

(PARECER CEB 11/2000). Mas a história possui seqüência, e ainda hoje,

muitas pessoas continuam não tendo acesso à escrita e leitura, enquanto

outros têm iniciação de tal modo precária nestes recursos, que continuam

apresentando dificuldades de uso freqüente e funcional da escrita e da leitura

no dia a dia, e, novamente, estamos vendo um novo divisor entre cidadãos,

que se forma pelo não acesso de muitos a formas de expressão e de

linguagem baseadas na microeletrônica, que são indispensáveis para uma

cidadania contemporânea.

A demanda da Educação de Jovens e Adultos dessa forma, se constitui

como fruto de uma história de segregação, de exclusão, de políticas públicas

sem consistência, de oferta de ensino em forma de suprimento, supletivo, que

ainda não deu conta de fazer a reparação legítima e merecida, desta dívida

social inscrita na história da existência humana e na vida de tantos indivíduos,

sendo este um dos fins da EJA, principalmente no Estado do Paraná, porque

reconhece para todos, atualmente, o princípio da igualdade.

Assim, a escola da EJA se faz viva na diversidade cultural da sua

demanda (outro princípio da política educacional da SEED), se compondo de

alunos trabalhadores das mais diversas profissões, donas-de-casa, muitos

jovens ainda não empregados, desempregados, empregados em ocupações

precárias e vacilantes, integrantes da população do campo e também da

cidade, pessoas com necessidades especiais de educação, alunos desistentes,

repetentes, iniciantes no processo escolar, de pouca idade, de muita idade,

com pouca experiência de vida, com muita experiência de vida, pessoas que

ingressaram “tardiamente” no processo escolar, gente cheia de sonhos,

pessoas com pouca esperança, enfim, embora com um perfil bem variado,

percebe-se que quando conquistados, há uma unificação da aspiração: o

desejo de se formar e construir conhecimentos e habilidades, que transcendam

o espaço da escola e os conduzam à realização de si mesmos, na busca da

construção da felicidade, tendo a vontade do exercício da cidadania como

condição a participação plena na sociedade.

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Por todas essas questões, a concepção teórica que norteia a EJA se dá

a partir da LDB 9394/96 que a trata como modalidade da educação básica e

não mais com caráter de “ensino supletivo”, devendo ser uma oferta regular,

com especificidades própria, dirigida aos jovens e adultos que não tiveram ou

não puderam concluir a escolarização básica na idade mais adequada. A

mesma ainda se fortalece nas funções transcritas no Parecer CBE 11/2000,

denominadas de reparadora, equalizadora e qualificadora, enquanto as

Diretrizes Curriculares da EJA no Estado do Paraná/2005, p.29, afirma que:

(...) enquanto modalidade educacional que atende a educandos-trabalhadores, tem por finalidade e objetivos o compromisso com a formação humana e com o acesso á cultura geral, de modo a que os educandos venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.

A concepção é progressista, pois se deseja a pratica de uma educação

emancipadora, que possibilita a compreensão da realidade histórico-social

explicitando o papel do sujeito como elemento construtor/transformador,

portanto, reflexivo e crítico, que possa contribuir para a construção de uma

sociedade na qual haja espaço para todos. A escola da EJA nesta perspectiva

é condicionada pelos aspectos sociais, políticos e culturais, mas

contrariamente deve existir nela um espaço que aponta a possibilidade de

transformação social. Nesse contexto, a relação professor/aluno deve ser a de

sujeitos do ato do conhecimento, enquanto as técnicas de ensino se fazem e

se refazem na práxis, caminhando da ingenuidade para a criticidade pelo

método dialógico. O conhecimento se dá pela organização dos conteúdos

através de temas problematizados na prática de vida dos educandos para que

a força motivadora da aprendizagem esteja sempre presente.

Conseqüentemente, a função da avaliação deve ser o efetivo exercício da

prática emancipadora.

2. EIXOS ORGANIZADORES DO TRABALHO PEDAGÓGICO ESCOLAR COMPREENDIDOS NO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA

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O trabalho educativo é responsável pelo processo de humanização, pois

garante a cada sujeito a incorporação dos elementos culturais essenciais à vida

em sociedade. Por isso, é possível afirmar que “(...) a compreensão da

natureza da educação passa pela compreensão da natureza humana.”

(SAVIANI, 1991, p.19).

A escola é uma das instituições sociais cuja responsabilidade diz

respeito à formação científica dos indivíduos. Sua função é socializar o

conhecimento produzido e acumulado historicamente pela humanidade,

através do processo ensino-aprendizagem do saber sistematizado.

Na perspectiva de transformação social, a escola tem como finalidade

instrumentalizar o aluno, via apropriação do conhecimento, de modo a ampliar

sua compreensão sobre a realidade social e promover ações transformadoras.

Um dos passos que assegura tal intento é a prática da gestão

democrática, que implica olhar a organização e a realização do trabalho

pedagógico escolar sustentado na lógica da coletividade e do cooperativismo,

orientada pelos princípios do respeito, da autonomia, da cooperação, da

representatividade, do diálogo, da participação, da interação, da ética, do

compromisso e da competência em todas as instâncias do trabalho educativo

escolar exigindo uma administração colegiada de tomada de decisões. A

gestão democrática exige a participação efetiva de todos os segmentos da

comunidade escolar nas diversas instâncias colegiadas da escola, ou seja,

conselho escolar, conselho de classe, grêmio estudantil e A.P.M.F.,

reconhecendo os diferentes papéis, funções e responsabilidades para com a

escola, sem perder de vista que essas especificidades devem ser organizadas

a partir dos mesmos fins, metas e objetivos educacionais estabelecidos no

Projeto Político Pedagógico da Escola a ser implementado a partir do ano letivo

de 2006.

Além da gestão democrática, outro eixo do trabalho pedagógico é a

proposta pedagógica explicitada no Projeto Político-Pedagógico/2006 da

escola.

A Educação de Jovens e Adultos tem como elementos articuladores da

sua ação pedagógico-curricular, a cultura, o trabalho e o tempo, ou seja,

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trabalha com a concepção de currículo como processo de seleção da cultura

objetivando atender ás necessidades dos educandos da EJA.

Por cultura se compreende toda produção de vida material e imaterial

compondo um rol de significados que abrange todas as formas de atividade

social. Também é importante ressaltar que não se está privilegiando no

contexto educacional da EJA a cultura “curricularizada”, que preferencia uma

forma mecânica e instrumental de organização dos saberes, que fragmenta e

hierarquiza o conhecimento limitando a possibilidade de uma aprendizagem

reflexiva, crítica e significativa. Na cultura também se inclui o trabalho e todas

as relações que ele perpassa. O trabalho compreende uma forma de produção

da vida material, ou seja, é a ação pela qual o homem transforma a natureza e,

nesse processo, transforma-se a si mesmo, sendo, portanto, produção

histórico-cultural. O tempo é enfocado nas suas dimensões: social (tempo

individual e tempo coletivo) de tempo escolar (tempo físico, tempo vivido e o

tempo pedagógico).

Certamente um currículo articulado pelos eixos da cultura, do trabalho e

do tempo, pressupõe o aprendizado de metodologias diferenciadas, quem sabe

já aprendidas pelos educadores no campo conceitual, mas que ainda se

constituem em desafios no aspecto da prática em sala de aula.

A cultura, eixo principal da ação pedagógica, pois dela emanam todas as

manifestações humanas (inclusive o trabalho e o tempo), propiciará a vivência

intensa do principio da diversidade cultura, percebendo, compartilhando e

sistematizando as experiências vividas pelas comunidades escolar,

estabelecendo relações a partir do conhecimento que esta detém, para a (re)

construção de seus saberes (Diretrizes Curriculares de EJA no Estado do

Pr/2005), não agindo com os alunos da EJA como se a ausência de

escolaridade ou escolaridade incompleta significasse que essas pessoas são

incultas, mas que precisam somente acrescentar em suas vidas, outros

conhecimentos que lhes permitirão viver em pé de igualdade nesta sociedade

gafrocêntrica, onde o código escrito ocupa posição privilegiada, podendo

assim, conquistarem o direito de vir a ter uma cidadania plena.

Também deverá ser levado em conta, que o conhecimento possui

múltiplas faces, que mesmo separadas por suas especificidades, na realidade

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são interligadas e formam uma rede de significados. As Diretrizes recomendam

que além da natureza científica do conhecimento, se destaque também na

metodologia do trabalho em sala de aula da EJA, a natureza política,

econômica, ético-social dos conhecimentos, o que nos leva a refletir que será

necessário investimento na formação profissional continuada dos professores e

equipe pedagógica da escola.

O que está posto nas Diretrizes e no Projeto Político-Pedagógico da EJA

são de fato os caminhos necessários à construção da educação de qualidade.

Entretanto, quando se analisa a distância que existe entre o ponto de partida

(realidade atual da escola) e o ponto de chegada (realidade a ser conquistada),

se conclui que será preciso muito esforço conjunto, e muito estudo por parte da

equipe pedagógica, direção e professores, bem como participação ativa dos

alunos e demais órgãos colegiados da escola para que tais ações aconteçam

de fato no dia-a-dia escolar.

Ao olhar para o CEEBJA Newton Guimarães, que nos últimos anos

ofereceu a Educação de Jovens e adultos na forma de blocos, períodos e

ultimamente na forma presencial, se conclui que foram muitas as propostas

pedagógicas trabalhadas e diferenciadas em pouco tempo, sem falar, que nem

sempre estas propostas deram conta de satisfazer em temos de oferta e

organização escolar a uma demanda tão diversa como é a da EJA, e que isto,

somado a outros fatores sociais, tem se constituído em desafio para a escola

que vem apresentando índices consideráveis de evasão e retenção por faltas

(ausência de flexibilidade nos estudos, necessária a essa demanda). Ações

pedagógicas vem sendo tomadas pela escola, como também o suprimento da

exigência do uniforme escolar já foi uma medida adotada A escola tem bom

fluxo de matrícula mas o desafio da permanência e da conclusão com sucesso

de todos os alunos que nela ingressam ainda precisa ser trabalhado e

assumido por toda comunidade escolar.

3. QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS

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O Projeto Político-Pedagógico da escola para 2006 apresenta uma

concepção pedagógica administrativa da gestão dos equipamentos e espaços

escolares, que pressupõe, por exemplo, o entendimento da Biblioteca Escolar

como um espaço onde alunos e professores possam dinamizar o processo

ensino-aprendizagem pela prática de atividades que estimulem a cultura, com

incremento da videoteca, cinemateca, grupos de teatro, clube de leitores, entre

outros. Ela servirá para a integração com a sala de aula no desenvolvimento do

currículo escolar, para a pesquisa, para a pluralização das idéias.

Quanto ao laboratório, o mesmo também se constitui em um espaço

pedagógico extremamente rico, pois possibilita aos alunos e professores a

construção dos conteúdos de forma prática, explicitando a melhor

compreensão do conteúdo conceitual. O seu conceito vai além do seu espaço

físico, que deve acompanhar uma educação científica nova, espaço que

passará a incluir também o pátio da escola, o bosque, a praça pública, entre

outros, reforçando o principio pedagógico da contextualização.

Os recursos tecnológicos também são importantes na implementação

das ações pedagógicas, mas partindo do principio de que não são os meios

pelos meios que fazem à diferença na aprendizagem, mas a forma como os

sistemas de aprendizagem utilizam os meios. Por isso, a clareza de que o

processo interativo só se dá através do diálogo entre os sujeitos sobre o que se

explorou com o apoio dos meios é fundamental. A aprendizagem não se dá

através dos meios, mas através da comunicação que se estabelece a partir

deles. Os meios são lineares e não possuem a capacidade semântica do

cérebro de refletir sobre. Na mesma reflexão pode-se encaixar os materiais

didáticos considerando-os sempre como apoio ao processo de ensino-

aprendizagem.

A Organização da escola relatada no Projeto Político-Pedagógico/2006

prioriza o eixo curricular ”tempo” quando propõe sua oferta através dos

momentos coletivos e dos momentos individuais, que propiciará aos sujeitos,

em respeito aos tempos individuais, tempos pedagógicos, tempos vividos, sua

escolha e organização pessoal de estudo, não impondo um tempo único para

todos os educandos, centrando também sua ação pedagógica muito mais na

relação qualitativa com o conhecimento do que na quantitativa. Há um respeito

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ao real aprendizado do aluno, na medida em que a avaliação é compreendida

como prática que alimenta e orienta a intervenção pedagógica (investigativa ou

diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente e permanente), que propõe a

recuperação paralela e individualizada, organizada com atividades

significativas, com indicação de roteiro de estudo, encarando o erro como

possibilidade de aprendizagem e construção do conhecimento, e que, inclusive,

permite no seu sistema, a avaliação de apropriação de conteúdos por disciplina

(AACD).

Obviamente tempo e espaços escolares são elementos importantes no

Projeto Político pedagógico da EJA.

4. ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO PLANO DE AÇÃO

4.1. Objetivos Gerais

Atender ao artigo 11, item VIII, parágrafo único, da Resolução nº

2847/2005 que dispõe sobre o processo de escolha de Diretores e

Diretores Auxiliares dos Estabelecimentos de Ensino da Rede Estadual

de Educação Básica do Paraná, que solicita no ato da inscrição dos

candidatos a diretores, a apresentação de um Plano de Ação para os

dois anos de mandato (2006-2007).

Exercer com entusiasmo e competência as funções gestoras e

administrativas inerentes ao cargo de diretor.

Criar condições didático-metodológicas para realização da Proposta

Pedagógica e do Projeto Político-Pedagógico da escola, consensuadas

com os eixos dos princípios da política educacional da SEED/PR,

expressos a seguir:

Educação como direito de todo cidadão.

Universalização do Ensino.

Escola pública, gratuita e de qualidade.

Combate ao analfabetismo.

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Apoio à diversidade cultural.

Organização coletiva do trabalho pedagógico.

Gestão Democrática.

4.2. RELAÇÂO DAS AÇÕES A SEREM REALIZADAS, RESPONSÁBILIDADES COMPARTILADAS E PREVISÃO DO TEMPO DE EXECUÇÃO

Conhecer a legislação educacional e do ensino, as normas emitidas

pelos órgãos competentes, assegurando o seu cumprimento (durante

todo o mandato).

Supervisionar e responder por toda as atividades administrativas e

pedagógicas da escola, com a comunidade escolar e com outras

instâncias da sociedade civil (durante todo o mandato).

Conferir e assinar documentos escolares, encaminhar processos ou

correspondências e expedientes da escola, de comum acordo com a

secretaria escolar (durante todo o mandato).

Dar a conhecer e implementar o Projeto Político-Pedagógico/2006 junto

a comunidade escolar, através de estudos do texto da proposta para se

propiciar a realização da gestão democrática no seio da escola,

contando com o apoio da equipe pedagógica, professores e funcionários

(durante os dois anos de gestão).

Dar a conhecer e implementar o Regimento Escolar (durante os dois

anos de gestão).

Realização do processo de formação continuada em serviço dos

professores, funcionários e equipe pedagógica, através de grupos de

estudos quinzenais, organizando a hora atividade coletiva na escola,

visando o entendimento por todos das questões didáticos-metodológicas

existentes na proposta pedagógica, realizados com o apoio da equipe

pedagógica, dos professores e direção (durante os dois anos de gestão).

Construção, pelo grupo de professores, equipe pedagógica e direção,

das avaliações que integrarão o processo de ensino-aprendizagem

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necessárias ao funcionamento da nova proposta pedagógica da EJA

/2006 (no primeiro semestre letivo de 2006).

Construção coletiva dos encaminhamentos de funcionamento inicial da

nova proposta pedagógica da EJA a ser vivenciada por esta escola, sob

a coordenação da direção e da equipe pedagógica da escola junto a

todos os que prestam serviço nesta Instituição Escolar (primeiro

semestre letivo de 2006).

Organização do espaço físico da escola para a implementação da nova

proposta pedagógica da EJA, a ser feita, após decisão conjunta, pela

direção da escola (janeiro e fevereiro/2006).

Orientação de funcionamento da escola (nova forma de funcionamento

da EJA) realizado pela equipe pedagógica da escola a todos os alunos

que fizerem suas matriculas nesta modalidade de ensino (durante os

dois anos de gestão).

Divulgação pela direção e equipe pedagógica, professores e

funcionários, da nova Proposta Pedagógica da EJA, objetivando atingir a

toda comunidade que se encontra fora da escola e que não realizou

ainda seus estudos, através de panfletos, faixas, rádios, TV, jornais, etc

(mais intensamente no primeiro semestre de 2006).

Levantamento do perfil dos alunos, através de questionários contendo

perguntas, aplicados pela equipe pedagógica para realinhamento da

melhor identificação dos nossos alunos e percepção de suas

necesiidades. (segundo semestre letivo de 2006).

Realização de Conselhos de Classe com a participação de toda

comunidade escolar: alunos, professores, funcionários, equipe

pedagógica e direção (durante os dois anos de gestão).

Realização pela equipe pedagógica e direção da escola da avaliação

sobre a implementação do Projeto Político-Pedagógico/2006 ouvindo a

todos que compõem a comunidade escolar, através de

representatividade, pelo menos duas vezes ao ano (primeiro e segundo

semestre de cada ano letivo 2006/2007).

Criação de Grêmio Estudantil, iniciando pela formação de grupo de

estudo com representantes das turmas para entendimento da

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fundamentação necessária para funcionamento e organização do

mesmo.

Implementar exposições e atividades esportivas/culturais que

demonstrem o processo de ensino-aprendizagem dos alunos, que gere

integração na escola (a partir do segundo semestre do ano letivo 2006).

Implementar na escola os projetos que a SEED vem propondo às

escolas, tais como: FICA Comigo, Educação Fiscal, Protagonismo

Juvenil, Programa de Segurança com paz nas escolas, Projetos

Preventivos - Pré-Vida, etc

Participar dos projetos implantados pelo NRE (regionalizados) , tais

como Tema da Campanha da Fraternidade, entre outros.

Atuar como elo entre os diferentes segmentos da escola e desta com a

comunidade – direção, equipe pedagógica, professores e funcionários

(durante os dois anos de gestão).

Agir com entusiasmo e compromisso diante dos diversos assuntos

escolares e Projeto Político-Pedagógico (durante os dois anos de

gestão).

Fortalecer os vínculos com a comunidade escolar via Conselho Escolar,

Conselho de Classe, Grêmio Estudantil. APAMF (durante os dois anos

de gestão).

Orientar pedagogicamente pais e responsáveis, alunos, educadores e

demais funcionários da Instituição Escolar sempre que necessário

(durante os dois anos de gestão).

Contribuir para o desenvolvimento dos alunos matriculados na escola

(durante os dois anos de gestão).

Trabalhar em parceria com os educadores para compreender, quando

for o caso, o comportamento dos alunos e agir de maneira adequada em

relação a eles – direção e equipe pedagógica (durante os dois anos de

gestão).

Dinamizar metodologia de projetos na escola quando se tratar de temas

sociais contemporâneos e relevantes para a transformação da

sociedade.

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Promover junto à comunidade escolar o conhecimento das Diretrizes

Curriculares da EJA no Estado do Paraná (durante os dois anos de

gestão)

Desenvolver projetos que favoreçam o acesso e a permanência do aluno

na escola, bem como seu sucesso escolar, investindo na adequação

metodológica e no atendimento de todos os setores da escola (durante

os dois anos de gestão).

Implementar metodologias que favoreçam a construção da autonomia e

da autodisciplina por meio de situações criadas em sala de aula para

reflexão, discussão, tomada de decisão, tornando o educando sujeito do

seu próprio conhecimento, construindo seu compromisso com a

sociedade enquanto cidadão (durante os dois anos de gestão).

Incentivar o crescimento profissional dos professores, promovendo

sistematicamente momentos de aperfeiçoamento, grupos de estudos,

participação em eventos de capacitação promovidos pela SEED e ou

Núcleo de Ensino (durante os dois anos de gestão).

Identificar e atuar sobre os fatores que geram o fracasso escolar

(durante os dois anos de gestão).

Promover ações que levem os alunos a evitarem posturas inadequadas

frente ao patrimônio escolar e á coletividade (durante os dois anos de

gestão)..

Abordar em grupos de estudos, temas que possam contribuir para a

formação de valores e atitudes em relação ao outro, á política, á

economia, ao sexo, a droga, á saúde, ao meio ambiente, á tecnologia e

outros, contribuindo para a qualidade de vida das pessoas (durante os

dois anos de gestão).

Promover o desenvolvimento da capacidade de trabalhar em grupo em

todos os setores da escola, visando favorecer o descobrimento das

potencialidades do trabalho individual e, sobretudo, do trabalho coletivo.

Aproveitar, quando for compatível com essa modalidade de ensino,

experiências significativas adotadas por outros profissionais de outras

escolas (durante os dois anos de gestão).

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Buscar parcerias com a comunidade paranavaiense no sentido de ajudar

a escola a ser melhor em todos os seus aspectos (durante os dois anos

de gestão)

Promover a democratização das informações sobre as ações da escola

na comunidade interna e externa (durante os dois anos de gestão)..

Criar um ambiente acolhedor para alunos, professores, pais,

funcionários, comunidade e parceiros, de modo que acreditem e

participem ativamente da escola que escolheram, promovendo

atividades integradoras (durante os dois anos da gestão).

Cuidar da manutenção física da escola em todos os seus espaços e

recursos priorizando necessidades elencadas conjuntamente (durante

os dois anos da gestão).

Administrar os recursos públicos com transparência, em comum acordo

com o Conselho Escolar, mantendo a comunidade sempre informada

(durante os dois anos da gestão).

Despertar na comunidade escolar, o amor, a valorização e a

necessidade do bom trabalho de todos para que a escola faça a

diferença na vida de todos os que nela estão envolvidos (durante os dois

anos da gestão).

Assumir os problemas como desafios, estabelecendo o diálogo contínuo

e sempre que necessário, com alunos, pais, professores e funcionários,

na busca das soluções mais precisas (durante os dois anos da gestão).

Olhar sempre de frente para os problemas reais que por ventura a

escola vier a apresentar (aluno, professores, funcionários), buscando

apoio e ajuda junto aos órgãos colegiados e Núcleo Regional de

Educação.

Cuidar para que todas essas intenções se convertam em ações

concretas na escola.

4.3. AVALIAÇÃO DESTE PLANO

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A avaliação desse plano de ação deve ocorrer durante e paralelamente

a sua execução, de formas diversas e qualitativas para garantir o êxito do

mesmo, podendo ser retomado, melhorado, acrescido, nas questões que se

fizerem necessárias, sem perder de vista, que “o diretor da escola é o dirigente

e principal responsável pela escola, tem a visão de conjunto, articula e integra

os vários setores (setor administrativo, setor pedagógico, secretária, serviços

gerais, relacionamento com a comunidade, etc.) ... sendo, portanto suas

funções gestoras e admistrativas” (LIBÂNEO, 2004, p.217).

A avaliação deverá fornecer os dados necessários para intervir no

sentido de corrigir a coerência (relação entre o projeto e o problema), a

eficiência (gestão e administração dos recursos e meios) e eficácia (relação

entre a ação e os resultados. (CARVALHO e DIEGO, 1994, p. 66)

Ao se concluir esse plano de ação para o CEEBJA Newton Guimarães

EFM, se reforça a consciência já estabelecida de que o diretor deve ser o

articulador do Projeto Político-Pedagógico na escola, que a gestão democrática

é o desafio a ser assumido, que a construção da universalização do ensino fica

mais fácil quando se tem uma escola pública, gratuita e de qualidade, quando

se respeita a diversidade cultural, mas que, para que tudo isso

verdadeiramente se instale no interior da escola é fundamental e

imprescindível a organização coletiva do trabalho pedagógico. A escola poderá

ser muito boa na medida em que todos, cooperativamente, forem capazes de

construí-la.

Encerra-se com as palavras de Paulo Freire quando afirma “(...) sem a

curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não

aprendo nem ensino.”, consequentemente, não se constrói uma escola que

contribua para a transformação da sociedade.

CLEUSA FÁTIMA S. WIESE

Candidata a diretora do CEEBJA Newton Guimarães - EFM03/11/2005

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BIBLIOGRAFIA DE APOIO:

BRASIL.SEED/DEJA. Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná (versão preliminar). 2005.

BRASIL. CEB. Parecer 011. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação de Jovens e Adultos. 2000

BRASIL. SEED. Proposta Pedagógico-Curricular da Educação de Jovens e Adultos. 2005

CARVALHO, Angelina; DIOGO, Fernando. Projeto educativo. Porto: Edições

Afrontamento, 1994.

LBBEN 9394/96

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5.ed.,Goiânia: Editora Alternativa, 2004.