Sem. Lesão Medular 2

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  • 8/18/2019 Sem. Lesão Medular 2

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    FACULDADE SANTA MARIACURSO BACHARELADO EM FISIOTERAPIA

    LESÃO MEDULAR 

    PRISCILA DANTAS LEITE E SOUSA

    CAJAZEIRAS – PB2010

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    PRISCILA DANTAS LEITE E SOUSA

    LESÃO MEDULAR 

    Trabalho intitulado Lesão Medular,apresentado como exigência para

    obtenção da nota do 1° estágio do

    componente curricular Estágio

    Superisionado !!, do curso

    "acharelado em #isioterapia

    apresentado a pro$essora %anielle

    Santiago&

    CAJAZEIRAS – PB2010

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    1 INTRODUÇÃO

    ' lesão medular  apresenta(se como uma grae s)ndrome incapacitante, *ue pode

    causar alteraç+es motoras, sensitias e autnomas, tendo como principal etiologia a

    lesão traumática, deido - agressão mec.nica, na medula espinhal /#0E!T'S et al ,2234& 5uanto ao n)el da lesão, os pacientes podem ser classi$icados em tetrapl6gico,

    *uando a lesão 6 acima de T1 e parapl6gico, *uando a lesão 6 abaixo deste n)el

    /"708ES, 2294&

    Esta s)ndrome incapacitante, compromete a $unção da medula espinhal em graus

    ariados de extensão& ' lesão 6 completa *uando não existe moimento oluntário

    abaixo do n)el da lesão e 6 incompleta *uando há algum moimento oluntário ou

    sensibilidade abaixo do n)el da lesão /':%0!8;ETT!, 22

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    2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

    &1 Aonceito

    ' Lesão medular 6 de$inida pela  American Spinal Injury Association  /'S!'4

    como sendo uma diminuição ou perda da $unção motora eFou sensorial, podendo ser 

    classi$icada como lesão completa ou parcial deido ao trauma dos elementos neuronais

    dentro do canal ertebral /#!L;7 et al , 1ide(máter e pia(máter 

    /A'ST07, 1

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    Se $i=ermos um corte transerso na medula espinhal, obseraremos *ue ela 6

    constitu)da de subst.ncia branca por $ora e subst.ncia cin=enta por dentro& ' subst.ncia

    cin=enta $orma um ;, tendo os dois ramos erticais o aspecto de meia(lua com a

    conexidade oltada para a linha mediana& ' extremidade posterior dessas meia(luas,

    mais a$ilada, recebe o nome de corno posterior  e a extremidade anterior, mais olumosa

    e arredondada, 6 denominada corno anterior & 7 corno lateral  está situado na direção do

     braço hori=ontal do ;, ou se?a, entre os dois precedentes& 7 corno anterior  6 motor, o

    corno posterior  6 sensitio e o lateral  se re$ere - parte simpática do sistema autnomo

    /egetatio4 /A'ST07, 1gica

    ' causa mais comum de lesão ra*uimedular são acidentes com e)culos

    motori=ados /@1K4, seguida por *uedas e atos de iolência, principalmente acidentes

    com pro?6teis de arma de $ogo /N'#4& :os Dltimos 9 anos, a proporção de les+es

    associadas a colisão de e)culos e atiidades de laser ou esportias diminuiu, en*uanto

    a*uelas relacionadas a *uedas aumentou& 7 consumo de bebidas alco>licas 6 relatado

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    como extremamente alto em

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    &9 Mecanismo de Lesão

    %i$erentes mecanismos, geralmente em combinação, produ=em les+es da medula

    espinal& ' LM ocorre com maior $re*uência deido a $orças indiretas produ=idas pelo

    moimento da cabeça e do tronco, e menos $re*uentemente deido -s les+es indiretas a

    uma 6rtebra& Mecanismos comuns operando na LM incluem $lexão, compressão,

    hiperextensão e $lexão(rotação& Essas $orças resultam em $raturas eFou luxação& '

    coluna demonstra ários graus de susceptibilidade - lesão& 'lgumas áreas são

    inerentemente mais ulneráeis deido - sua alta mobilidade e relatia $alta de

    estabilidade em comparação com outros segmentos da coluna& 's áreas *ue demonstram

    a $re*uencia mais alta da lesão estão entre A9 e A e entre T1 e L /7RSBLL!P':

    SA;M!T, 22@4&

    &3 #ormas Al)nicas de 'presentação das Les+es Medulares

    's les+es medulares se apresentam das seguintes $ormas cl)nicas

    • Sndrome de Sec!ão "otal#  'p>s o trauma medular, ocorre perda total dasensibilidade e motricidade abaixo do n)el da lesão /S'0'!P' et al , 1

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    /BMN;0E%, 224& 8eralmente a propriocepção, cinestesia e percepção

    ibrat>ria $icam preserados /7RSBLL!P': SA;M!T, 22@4&

    • Sec!ão Centro medular 'Sndrome de SC*$I+$)# H uma destruição da parte

    central da subst.ncia cin=entaO inicialmente há tetraplegia e aos poucos há

    recuperação da motricidade nos membros in$eriores& Node haer recuperação

    dos membros superiores, mas di$icilmente das mãos& ;á caracteristicamente

    enolimento neurol>gico mais grae nos membros superiores do *ue nos

    membros in$eriores& 7correm graus ariáeis de comprometimento sensorial,

    sendo menos grae *ue os d6$icits motores& 7s pacientes normalmente

    recuperam a habilidade de deambular com alguma $ra*ue=a distal remanescente

    no braço /S'0'!P'et al , 1

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    7 termo tetraple4ia  re$ere(se - perda da $unção motora eFou sensitia nos

    segmentos cericais da medula espinhal deido - lesão dos elementos neuronais no

    interior do canal ertebral& ' tetraplegia resulta em alteração das $unç+es dos membros

    superiores, tronco, membros in$eriores e >rgãos p6licos, não sendo inclu)das nessa

    categoria de lesão, as les+es do plexo bra*uial e neros peri$6ricos $ora do canal

    ertebral /A'PE:;'8B! et al , 2294&

    &I 5uadro Al)nico

    Embora o *uadro cl)nico arie de pessoa para pessoa, dependendo do n)el e da

    extensão da lesão, as caracter)sticas *ue se seguem são comuns& %entre elas, podemos

    citar perda motora, comprometimento dos mDsculos respirat>rios, perda sensorial,

    espasticidade, dis$unção intestinal, esical e sexual, disre$lexia autonmica ou

    hiperre$lexia autonmica, dor, entre outras /BMN;0E%, 224&

    Les+es em neros A1(AJ o paciente não apresentará $unção abaixo do n)el da

    cabeça e 6 necessário um entilador mec.nico para manter a respiração caso contrário 6

    $atal& Em A@(A9 há respiração, mas o paciente 6 *uadripl6gico e não há $unção nos

    membros superiores e in$eriores& A3(AI o paciente apresenta perda de $unção da mão e

    um grau ariáel de perda da $unção do membro superior e pode ser capa= de se

    alimentar& T1(T< o paciente 6 parapl6gico e o controle de tronco 6 ariáel de acordo

    com a altura da lesão& T12(T11 o paciente apresenta alguma contração dos mDsculos da

    coxa o *ue pode permitir a marcha com >rteses longas de coxa& L(LJ o paciente tem

     preserado a maior parte da musculatura dos membros in$eriores e para deambular pode

    ser necessário apenas >rteses curtas /M'SA;!7, 22rgãos& Nerda dos mecanismos

    homeostáticos e de adaptação $a= parte da dis$unção p>s(lesional *ue lea a

    conse*uências socioeconmicas des$aoráeis para o paciente, sua $am)lia e a sociedade

    em geral /M'07T', 1

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    • Vlceras de pressão 's Dlceras de pressão são uma s6ria complicação cl)nica,

    uma causa importante de retardo na reabilitação, e podem mesmo lear -

    morte& 'l6m disso, está entre as complicaç+es cl)nicas mais $re*entes ap>s

    uma lesão medular espinhal /SA;M!T, 1ssea

    /desminerali=ação4, por6m sua causa ainda não está bem esclarecida, ocorre

    no primeiro ano ap>s a lesão com pico no @o(3o mês de lesão, acometendo as

    regi+es proximais e distais dos ossos pre$erindo primeiro a camada

    trabecular e depois a camada compacta /07%0!8BES ;E00E0',

    22@4& 0ecursos como a estimulação el6trica $uncional, ortostatismo e a

    deambulação tem sido usados pela $isioterapia na tentatia de diminuir a

    desminerali=ação, sendo a deambulação o recurso mais e$ica= /7L8!P!E et 

    al , 1(coagulantes, eitando a

    $ormação de trombos& 'lgumas medidas preentias são mudança de

    decDbito, para eitar pressão sobre asos calibrososO exerc)cios passios de

    amplitude de moimentoO meias elásticas de sustentação e posicionamento

    dos membros isando a $acilitação do retorno enoso&

    • %is$unç+es sexuais 's alteraç+es decorrentes do trauma podem desencadear 

    uma desorgani=ação no complexo mecanismo neuro(psico(end>crino(

    ascular, podendo ir a ocasionar uma dis$unção sexual /NE!Z7T7 et al ,

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    22J4& ' lesão medular não dani$ica o impulso sexual, por6m pode

     permanecer oculto no dese*uil)brio emocional proeniente da lesão /'LPES

    et al , 1pica H o processo de $ormação >ssea anormal de

    etiologia multi$atorial& Unight et al apud   /'L"B5BE05BE, 224

    descreeram em 22J algumas interenç+es $isioterapêuticas em pacientes

    com 7;, o tratamento consistia basicamente em manobras para alinhamento

     postural, uso de talas, exerc)cios atios utili=ando a amplitude de

    moimento, mobili=ação de mDsculos encurtados, t6cnicas de $acilitação

    neuromuscular proprioceptia e hidroterapia para diminuição do tnus&

    &12 !nterenção #isioterapêutica

    Embora a Lesão Medular /LM4 de instalação sDbita se?a considerada uma das

    les+es mais deastadoras, do ponto de ista org.nico e psicol>gico, sabe(se ho?e *ue a

    LM tem potencial de recuperação& H consensual *ue a recuperação $uncional 6

    in$luenciada pela graidade da lesão, idade do doente, n)el de lesão medular e

    abordagem terapêutica na $ase aguda /':%0'%E 87:['LPES, 224&

    %e acordo com 'ito apud   /'L"B5BE05BE, 224, o $isioterapeuta assume

    importante papel no tratamento desses pacientes, incluindo a necessidade de se eitar 

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    $atores adindos do repouso prolongado *ue possam retardar a reabilitação do paciente

    lesado medular e in$luenciar o aparecimento de Dlceras de pressão, ossi$icação

    heterot>pica, complicaç+es respirat>rias, urinárias, sexuais e trombose enosa pro$unda&

    's atiidades em grupo, a competição, a recreação lDdica e terapêutica, a melhora

    da capacidade $)sica aos es$orços, da $unção e do seu rendimento, a$etam diretamente as

    condiç+es emocionais, psicol>gicas e $uncionais atingindo e melhorando a *ualidade de

    ida /8!':!:!, 2234&

    %urante a $ase aguda da reabilitação, a ên$ase 6 colocada no mane?o respirat>rio, na

     preenção de complicaç+es secundárias, na manutenção da '%M e na $acilitação do

    moimento atio na musculatura dispon)el& Nodem ser iniciadas tamb6m atiidades de

    $ortalecimento limitadas durante essa $ase& :a $ase subaguda do tratamento, muitas das

    atiidades iniciadas durante o per)odo agudo continuarão& ' ên$ase ainda será no

    mane?o respirat>rio, na '%M e no posicionamento& 7 paciente tamb6m será enolido

    em um programa de exerc)cios resistidos para todos os mDsculos *ue permanecem

    inerados /ex #:N, exerc)cios progressios usando resistência manual, pesos, etc4,

    desenolimento do controle motor, recuperação do controle postural e e*uil)brio e

    melhorar a resposta cardioascular atra6s de atiidades aer>bicas para membros

    superiores /7RSBLL!P': SA;M!T, 22@4&

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    3 BIBLIOGRAFIA

    'L"B5BE05BE, Nl)nio Luna deO A'P'LA':TE, Al6cia 7lieira et al&  In!"#!n$%&F'('&!")*+,'-) n)( C&.*/'-)$!( D!-&""!n!( ) L!(%& M!,/)" U.) R!#'(%&! L'!"),") %ispon)el em httpFF\\\&prac&u$pb&brFanaisFZ!enexZ!!enidFenexFT0'"'L;7]A7MNLET7]Z!]E:EZF3&S'B%EF3AAS%#NEZ2(N&doc 'cessadoem 2 de agosto de 212 -s 21hJmin&

    'LPES, 'ndr6a SantarelliO 8BE%ES, Maria ;elena %elanesiO 'LPES, Pera LDcia0odrigues& U. !(,& (&4"! ) ()'(5)$%& (!6,)/ ! *!((&)( *&")&")( ! /!(%&.!,/)"& 'cta #isiátrica 3/14 3(

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    #0E!T'S, et al & E(,& E*'!.'&/89'-& &( P)-'!n!( -&. T"),.)'(.&R):,'.!,/)" A!n'&( n) C/s(8raduação

     _ Bniersidade do Pale do Nara)ba, 223&

    8ESSE0, M&O L!M', '&U&O 07S', M& T")).!n& F'('&!")*+,'-& n& T"),.)'(.& R):,'.!,/)"& B%ESA, 22&

    8!':!:!, Nriscila Elisa Si*ueiraO A;'ML!':, There=inha 0osaneO '0'U'U!,^uliano Aoelho& D&" n& O.4"& !. P)-'!n!( -&. L!(%& M!,/)" 'AT' 70T7N"0'S 1@/14 _ 223&LBA'0EL!, Naulo 0oberto 8arcia& T"!'n& ! M)"->) -&. S,*&"! ! P!(& !.P)-'!n!( -&. L!(%& M!,/)" Tese /doutorado4 _ #aculdade de Medicina daBniersidade de São NauloO São Naulo _ SN, 22ssea com lesão medular& A-) ! &"&*!') 4")('/!'")& P& 1, n& J,^ulFSet 22@&

    S'0'!P', 0'O N!P' ^V:!70, LO N' ^V:!70, 'AO N'A;EA7, M'0& A( B)(!(F'('&*)&/89'-)( *)") ) An!(!(') n& P)-'!n! -&. L!(%& M!,/)" 0e "ras'nestesiologia& Pol& @9 : 3, :oembro ( %e=embro, 1

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    BMN;0E%, %arc& A'0LS7:, Aonstance& R!)4'/')$%& N!,"&/89'-) P"7'-) 0io de^aneiro _0^ 8uanabara Uoogan, 22&