44
i Curso de Medicina Veterinária AVALIAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA EM CÃES FLÁVIA COSTA

Tcc Pronto Flávia Costa

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Tcc Pronto Flávia Costa

i

Curso de Medicina Veterinária

AVALIAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA EM CÃES

FLÁVIA COSTA

Descalvado

2013

Page 2: Tcc Pronto Flávia Costa

ii

Curso de Medicina Veterinária

FLÁVIA COSTA

AVALIAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA EM CÃES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

à Banca Examinadora, como parte das

exigências da matriz curricular do curso de

graduação em Medicina Veterinária da

UNIVERSIDADE CAMILO CASTELO BRANCO

- UNICASTELO - Campus de Descalvado - SP.

Orientador: Prof. Ms. Fábio Nelson Gava

Descalvado

2013

Page 3: Tcc Pronto Flávia Costa

iii

Dedico este trabalho a minha

mãe: Rita de Cássia Bet.

Page 4: Tcc Pronto Flávia Costa

iv

AGRADECIMENTOS

A Deus por ter me abençoado, guiado e me dado forças nesses cinco anos de

faculdade.

A minha mãe que nunca mediu esforços para me ajudar durante meu curso. Por

me ensinar, orientar e estar sempre ao meu lado. Obrigada mãe por ser essa

pessoa maravilhosa, se hoje eu concluo mais uma etapa da minha vida, é graças

a você, te amo!

Ao meu pai pelo apoio e confiança.

A toda minha família, em especial ao meu irmão Gabriel, minha avó Ana e tio

Carlos por estarem sempre comigo.

Ao meu professor e orientador Fábio Nelson Gava, obrigada pelos ensinamentos,

confiança e paciência.

Aos meus professores Luciano Melo, Maria Eliza, Edivaldo Nunes, Marco Belo,

Vando Soares, Luciano Ferreira, Annelise Camplesi, Itamar Portiolli, Patricia

Orlandini, Kathery Brennecke, Márcia Sobreira, Vaquíria Lima, Afredo Di Vito

Neto, Valéria Carregaro, Artur Gouveia Rocha, Cristiane Cortelazzi, Roberta

Casale, Paulo Dian, Elói Portugal, Gustavo Araújo, Gabriel, Liandra Bertipaglia,

Juliana Nunes, Karina e Márcia Sakamoto pelos ensinamentos, dedicação e

companheirismo.

A todos os funcionários da UNICASTELO por tornar essa faculdade nosso

segundo lar.

Aos médicos veterinários do Hospital Veterinário Anderson Trevisan, Thiago Apel,

Matheus Seixas e Afonso Minato obrigada pelo incentivo, dedicação e

ensinamento.

Page 5: Tcc Pronto Flávia Costa

v

Ao meu namorado Thiago Macera por estar ao meu lado nessa etapa final,

obrigada pelo carinho, pela paciência, apoio e companheirismo, príncipe você é

muito especial.

Aos meus companheiros de turma, em especial ao Davi, Fábio e Gisele, vamos

ser para sempre o quarteto fantástico, vocês fizeram esses anos mais felizes só

por estarem comigo.

A Mariane Santezi uma amiga incrível e maravilhosa, amo poder ter você na

minha vida, obrigada por tudo!

A minha amiga e irmã de coração Gisele Mariana Pizzi, você é um anjo pra mim,

obrigada pelas inúmeras caronas, conselhos e por estar sempre ao meu lado,

A minha amiga Amanda Duarte Alves, que esteve desde o início sempre me

incentivando e salvando nas horas de desespero. Você foi essencial na minha

caminhada. Te adoro!

A todos os meus amigos de trabalho Gislaine, Clara, Lu, Gabriel, Walter e Rita

obrigada pelo apoio.

Aos meus animais Juninha, Aisha, Ana, Júlia, Arthur, Piri, Rabudinho e Cida. E

aos que já se foram Lica, Lici, Bob e Pêpe. Vocês são meus anjinhos de quatro

patas.

E a todos que fizeram parte da minha formação, muito obrigada!

Page 6: Tcc Pronto Flávia Costa

vi

"O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos."

(Eleanor Roosevelt)

Page 7: Tcc Pronto Flávia Costa

vii

RESUMO

A pressão arterial em níveis constantes é necessária para a manutenção

fisiológica do animal. A hipertensão arterial pode causar lesões em órgãos como

rins, coração, olhos, sistema nervoso central e vasos sanguíneos, sendo que a

hipertensão e doença renal estão discretamente ligados. A pressão arterial é

aferida em milímetros de mercúrio, podendo ser avaliada por métodos invasivos e

não invasivos. Em cães, a mensuração pelo método doppler vascular é

considerado o mais preciso entre as técnicas não invasivas. Neste trabalho foram

avaliadas as pressões de 30 cães machos e fêmeas de diferentes raças e idades,

em dois momentos diferentes que passaram por atendimento clínico no hospital

veterinário da UNICASTELO campus Descalvado-SP. A aferição foi realizada com

o método doppler vascular. O ambiente ambulatorial interfere nos resultados de

pressão arterial e cães idosos tendem a ter a PA mais elevada. A hipertensão

arterial por ser na maioria dos casos uma doença silenciosa deve receber mais

atenção de médicos veterinários, tornando o processo de aferição da PA um

procedimento de rotina.

Palavras-chave: Hipertensão, Cães, Método doppler Vascular.

Page 8: Tcc Pronto Flávia Costa

viii

ABSTRACT

The blood pressure at the constant levels is necessary to maintain

physiological animal. The hipertension can cause injury to organs such as kidneys,

heart, eyes, central nervous systems and blood vessels and the hypertension

kidney disease are discretely connected. The blood pressure in millimeters of

mercury, which can be evaluated by invasive and non- invasive methods. In dogs

vascular doopler measurement method is considered the most accurate among

the non-ivasive techniques. In this word, the pressures of 30 male and female dog

of different breeds and ages, in two diferents moments that have gone through

clinical care at the hospital Unicastelo campus Descalvado-SP. The mensurement

was performance with vascular doopler method. The enviromment affect the

results of ambulatory blood pressure and older dogs tend to have higher BP. The

hypertension to be in most of the cases a silent disease should receive more

attention from veterinarians, making the process of BP measurement a routine

procedure.

Keywords: Hypertension, Dogs, Vascular doppler method.

Page 9: Tcc Pronto Flávia Costa

ix

SUMÁRIO

RESUMO............................................................................................................... vii

ABSTRACT...........................................................................................................viii

LISTA DE ILUSTRAÇÕES.......................................................................................x

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS..................................................................xi

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................12

2. JUSTIFICATIVA................................................................................................13

3. OBJETIVOS GERAIS........................................................................................14

3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................14

4. REVISÃO DE LITERATURA.............................................................................15

4.1 PRESSÃO ARTERIAL.................................................................................15

4.1.1 Pressão Arterial Sistólica.......................................................................15

4.1.2 Pressão Arterial Diastólica.....................................................................16

4.1.3 Pressão de Pulso...................................................................................17

4.2 HIPERTENÇÃO ARTERIAL.........................................................................17

4.3 MÉTODOS DE AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL...............................18

4.3.1 Método Doppler Vascular.......................................................................19

4.4 VALORES DE REFERÊNCIA PARA CÃES.................................................20

4.5 DIAGNÓSTICO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL EM CÃES........................20

4.6 TRATAMENTO.............................................................................................21

5. MATERIAL E MÉTODOS..................................................................................23

6. RESULTADOS E DISCUSSÕES......................................................................24

7. CONCLUSÕES.................................................................................................28

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................29

Page 10: Tcc Pronto Flávia Costa

x

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 1 - Representação gráfica dos valores de aferição de pressão arterial em

cães no momento basal e 15 minutos após. Método doppler vascular.................24

Tabela 1 - Tabela representando os animais avaliados, suas respectivas idades e

os valores obtidos de pressão arterial sistólica em mmHg, assim que chegaram

ao atendimento ( T0) e quinze minutos após a entrada no consultório (T 15).......24

Page 11: Tcc Pronto Flávia Costa

xi

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

PA – Pressão arterial

BP- Blood pressure

PAM – Pressão arterial média

PAS – Pressão arterial sistólica

PAD – Pressão arterial diastólica

mmHg - milímetros de mercúrio

Page 12: Tcc Pronto Flávia Costa

xii

Page 13: Tcc Pronto Flávia Costa

13

1. INTRODUÇÃO

Segundo Tilley e Goodwin (2002) a mensuração da pressão arterial é uma

ferramenta muito importante no exame clínico pois auxilia no diagnóstico precoce

de hipertensão arterial. Mas ainda é pouco utilizada na rotina clínica veterinária

brasileira.

Para Brown et al. (2007), para que seja feita uma avaliação correta da

pressão arterial é necessário que se conheça os valores de referência da espécie.

Estudos posteriores de Bodey e Michell (1997) demonstraram que a faixa de

normalidade pode variar fisiologicamente nos cães, principalmente de acordo com

a raça e a idade. A pressão sanguínea varia em algumas doenças específicas,

sendo normalmente mais elevada em cães com Diabetes mellitus (BODEY &

MICHELL, 1997), hiperadrenocorticismo (MARCO & LARSSON, 2000),

nefropatias e algumas cardiopatias (LARSSON & D’URSO, 1998).

A hipertensão geralmente se inicia de forma subclínica (BODEY &

MICHELLI, 1998), com consequente ativação dos mecanismos de auto regulação

que gera uma vasoconstrição em órgãos altamente vascularizados podendo

causar graves danos em órgãos e vasos sanguíneos, além de impedir a

adequada perfusão do sangue aos tecidos (STEPHENSON, 2008). Por isso o

reconhecimento precoce da hipertensão ajudaria a minimizar esses efeitos.

(CHAMBERS & DEITRICH, 2005).

Na clínica, o diagnóstico de hipertensão sistêmica é baseado na

determinação da pressão sanguínea arterial, realizada por métodos diretos

(invasivos) ou indiretos (não invasivos). Levando em consideração que métodos

diferentes irão produzir resultados diferentes (STEPIEN & RAPOPORT, 2003).

As técnicas indiretas por serem mais simples são as mais aplicadas no dia

a dia (CHALIFOUX et al., 1985; HABERMAN et al., 2006). Os equipamentos mais

utilizados pelo método indireto são o monitor oscilométrico e o Doppler vascular

(BROWN et al., 2007).

Page 14: Tcc Pronto Flávia Costa

14

2. JUSTIFICATIVA

Esse trabalho mostra a importância da avaliação da PA na rotina clínica

veterinária.

Page 15: Tcc Pronto Flávia Costa

15

3. OBJETIVOS GERAIS

Este trabalho teve como objetivo avaliar a pressão arterial sistólica em cães

levados para atendimento clínico no hospital veterinário escola da UNICASTELO

Campus Descalvado-SP, em dois momentos distintos

3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Avaliar a pressão arterial sistólica pelo método doppler vascular em

cães antes do atendimento clínico e 15 minutos após a entrada no

consultório.

Analisar se os valores se alteraram após ambientalização do animal

com o local.

Relacionar os valores obtidos com idade, estresse e diagnóstico

clínico do animal.

Page 16: Tcc Pronto Flávia Costa

16

4. REVISÃO DE LITERATURA

4.1 PRESSÃO ARTERIAL

A pressão arterial é originada pela ejeção do sangue a partir do ventrículo

esquerdo através dos vasos arteriais. É o produto do débito cardíaco pela

resistência vascular periférica, no qual o débito cardíaco depende da frequência

cardíaca e do volume sistólico que está relacionado com o volume sanguíneo

total. A pressão sanguínea arterial poderá aumentar por causa da elevação da

frequência cardíaca ou do volume sanguíneo ou por mecanismos que aumentam

a resistência vascular (GUYTON & HALL, 2011).

À medida que o sangue é ejetado através da porção proximal da aorta, o

leito vascular se dilata para acomodar o aumento de volume. A distensão deste

segmento é transmitida perifericamente ao longo dos segmentos contíguos. Com

isso, uma onda de pulso é transmitida através do sistema arterial e pode ser

sentida perifericamente como um pulso. A onda de pressão arterial é dividida em

duas fases que correspondem ao ciclo cardíaco: sístole e diástole (KITTLESON &

KIENLE, 1998).

Um dos objetivos do organismo animal é manter a pressão arterial

sanguínea em níveis constantes para a manutenção fisiológica e suprir as

demandas metabólicas. Um adequado bombeamento sanguíneo assegura a

oxigenação, o aporte de nutrientes, além da remoção dos produtos do

metabolismo (WARE, 2003).

Pressão sanguínea é a força que o sangue realiza contra qualquer unidade

de área da parede vascular. A pressão gerada é determinada pelo volume de

sangue ejetado e também pela resistência à ejeção dentro do sistema vascular:

Pressão = Débito cardíaco x Resistência (RIVERA, 2003)

4.1.1 Pressão Arterial Sistólica

Page 17: Tcc Pronto Flávia Costa

17

A contração cardíaca gera a pressão arterial sistólica que sofre influência

do volume de sangue que será ejetado do ventrículo esquerdo, da velocidade de

ejeção e das propriedades elásticas da aorta. A máxima pressão gerada pelo

ventrículo esquerdo será o pico da pressão arterial sistólica. (NELSON, 2003)

Frequentemente é utilizada como parâmetro clínico para monitorar a pós-

carga ventricular que pode ser definida como a tensão no ventrículo esquerdo

durante a sístole. Os dois principais determinantes da pós-carga são a pressão

exercida pelo ventrículo esquerdo durante a sístole, e o diâmetro do ventrículo,

que estará relacionado ao seu volume (NELSON, 2003).

A pressão arterial sistólica poderá apresentar valores diferentes conforme a

localização da artéria utilizada para aferição. Tende a ser maior na artéria femoral

do que na radial ou braquial, podendo variar em torno de 5 a 10 mmHg.

Geralmente, a pressão arterial diastólica e a pressão arterial média não

apresentam alteração em função de sua localização (DOUGLAS &

ONWUZULIKE, 2005).

4.1.2 Pressão Arterial Diastólica

A pressão arterial diastólica é originada através do relaxamento cardíaco,

sendo determinada pela duração da diástole, pelo volume de sangue circulante e

pelo grau de elasticidade do sistema arterial. O fechamento das válvulas

semilunares aórtica até a próxima sístole é chamado de diástole.(STEPHENSON,

2008).

Nesse período, o fluxo de sangue nas artérias periféricas ocorre sem que

haja novo fluxo vindo do ventrículo esquerdo. Isto é notado, em artérias

periféricas, como uma gradual queda na pressão da onda de pulso. O ponto de

menor pressão que ocorre no final da diástole é definido como pressão arterial

diastólica e reflete tanto a velocidade do fluxo como a elasticidade do sistema

arterial (STEPHENSON, 2008).

A pressão diastólica também é afetada pela frequência cardíaca, pois esta

irá definir a duração da diástole durante o ciclo cardíaco. O aumento da

frequência cardíaca diminui o período de diástole o que é importante na

determinação da perfusão coronária, especialmente no ventrículo esquerdo, onde

Page 18: Tcc Pronto Flávia Costa

18

a maioria do fluxo ocorre durante a diástole (WARE, 2003).

4.1.3 Pressão de Pulso

A pressão de pulso é a diferença entre as pressões sistólica e diastólica. É

determinada pelo volume ejetado a cada contração, pela distensibilidade do

sistema arterial e pelas características da ejeção do sangue durante a sístole.

Qualquer fator que provoque aumento do volume vascular, aumento do débito

cardíaco, ou queda na complacência ou distensibilidade do sistema arterial irá

provocar aumento da pressão de pulso (GUYTON & HALL, 2011).

Mudanças na pressão de pulso refletem alterações no débito cardíaco de

forma bem mais precisa do que na pressão sistólica. Mudanças do volume

circulante causam alterações de pulso, ou seja, pressões de pulso maiores estão

associadas com volume sanguíneo aumentado e pressões de pulso menores

estão associadas com volume sanguíneo diminuído (BROWN & HENIK, 2002).

A pressão arterial média é a soma da pressão diastólica mais um terço da

pressão de pulso e representa a média da pressão no sistema arterial ao longo de

cada ciclo cardíaco completo (PAM = 1/3 x (PAS-PAD) + PAD). O período de

diástole ocupa aproximadamente dois terços de todo o ciclo cardíaco, portanto o

valor da pressão arterial média está bem mais próximo do valor diastólico do que

do sistólico (STEPHENSON, 2008).

A pressão arterial média depende do débito cardíaco, que está relacionado

ao fluxo de sangue através dos vasos, e da resistência vascular, relacionada à

elasticidade e resistência dos vasos (STEPHENSON, 2008).

4.2 HIPERTENÇÃO ARTERIAL

Fatores ambientais e fisiológicos estão relacionados com alterações da

pressão arterial. Estresse com o ambiente e manipulação do animal podem

originar a síndrome do “jaleco branco”. (BELEW et al., 1999).

O aumento da pressão arterial é denominado de hipertensão arterial

sistêmica que poderá causar lesões em órgãos e vasos sanguíneos. A

hipertensão pode ser denominada primária que é de origem indeterminada ou

Page 19: Tcc Pronto Flávia Costa

19

secundária a doenças que causam regulação anormal dos mecanismos de

controle. (DOUGLAS et al., 2005).

Insuficiência renal é a doença que mais está associada com o aumento da

pressão arterial. A maioria dos cães não apresenta sinais clínicos de hipertensão

e só irão apresentar quando a pressão sistólica excede 180 mmHg e os sinais

clínicos aparecem devido à lesão nos órgãos como coração, rins, encéfalo e olhos

que são considerados órgãos alvos. (BROWN et al., 2007).A hipertensão e

doença renal estão discretamente ligadas (FINCO, 2004; BROWN et al., 2007).

A hipertensão arterial causa aumento da filtração, proteinúria, hipertensão

glomerular e esclerose, causando lesão renal. Já a doença renal causa à

retenção de sódio e água, aumentando ao volume extracelular, causando um

aumento do débito cardíaco, originando a hipertensão. (WHELTON, 1999).

No sistema nervoso central a pressão varia entre 60 e 150 mmHg.

Pressões maiores causam lesões, extravasamento e edema. (GUYTON; HALL,

2011).

Lesões oculares têm sido observadas em cães (SANSON et al., 2005;

STILES; MARTIN, 2008). Os principais achados clínicos são hiperreflexia do

fundo tapetal, tortuosidade dos vasos da retina, edema, hemorragia e

descolamento de retina(LEBLANC et al., 2011).A retinopatia hipertensiva é a

alteração ocular de maior importância em animais hipertensos (CULLEN, WEBB,

2007).

No coração a pressão elevada altera a carga de trabalho sobre o músculo

cardíaco alterando tamanho da câmara cardíaca, integridade das válvulas e na

condução elétrica, tendo como resultado hipertrofia concêntrica e perda da

capacidade de bombeamento. (KITTLESON, KIENLE, 1998).

Alguns fármacos também estão associados a aumentos dos valores de

pressão arterial. Entre eles incluem-se: glicocorticoides, fenilpropanolamina,

agentes nefrotóxicos (aminoglicosideos, anfotericina, ciclosporina) e drogas do

tipo das anfetaminas (FOX et al., 1999).

4.3 MÉTODOS DE AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL

A pressão arterial sanguínea em cães é aferida em milímetros de mercúrio

Page 20: Tcc Pronto Flávia Costa

20

(mmHg). Podendo ser avaliada por métodos invasivos (diretos) e não invasivos

(indiretos). O método direto é realizado através da colocação de um cateter em

uma artéria periférica. Esse cateter é conectado a um transdutor e este conectado

a um dispositivo de leitura constante como um monitor automático ou um

manômetro (WADDEL, 2000).

A vantagem desse método é a permissão da representação consistente e

precisa da pressão sistêmica. (PODELL, 1992). Mas essa técnica é raramente

utilizada na prática devido a sua dificuldade (PORCIELLO et al., 2004), sendo

utilizada com maior frequência em pesquisas. (CHALIFOUZ et al., 1985).

A técnica não invasiva é mais utilizada na rotina clínica devido à praticidade

de uso e a possibilidade de ser repetida em pequenos intervalos de tempo. Mas

essa técnica é menos precisa quando há vasoconstrição ou quando o animal se

movimenta muito (PODELL, 1992). Alguns dispositivos não invasivos para

avaliação da pressão arterial disponíveis são doppler vascular, oscilometria e

aparelho de fotopletismografia (JEPSON, et al. 2005)

4.3.1 Método Doppler Vascular

Em cães, a mensuração da pressão arterial pelo método doppler vascular é

considerado como método mais preciso entre as técnicas não invasivas

(HABERMAN et al., 2006).

O sistema doppler detecta o fluxo sanguíneo como uma alteração na

frequência do som refletido devido ao movimento das hemácias. A mudança de

frequência é convertida em um som audível emitido pelo equipamento (HENIK et

al., 2005).

Na prática, coloca-se um transdutor do tipo Doppler sobre uma artéria

periférica em nível de uma extremidade, na qual se colocou previamente uma

braçadeira na zona proximal a referida artéria. Antes do cuff ser insuflado deve-

se ouvir um som pulsátil. O cuff é então inflado até a pulsação deixar de ser

ouvida, sendo recomendado por Aciernio e Labato (2004) a insuflação de 20 a 30

mmHg acima do último valor ao qual foi ainda detectado o som pulsátil.

À medida que o cuff vai sendo lentamente desinflado, o transdutor detecta

a reentrada de sangue na artéria previamente obstruída. O valor de pressão (lido

Page 21: Tcc Pronto Flávia Costa

21

num manômetro de pressão) ao qual se começa a ouvir o som corresponde a

pressão arterial sistólica. O transdutor deve estar preferencialmente colocado

acima da artéria digital comum do membro anterior. Pode ser usada a artéria

caudal medial da base da cauda (EGNER et al., 2003).

Qualquer extremidade ou artéria distal pode ser utilizada, no entanto a PA

deve ser sempre aferida no mesmo local para desenvolver uma técnica

consistente (ACIERNIO & LABATO, 2004). Para assegurar uma aferição correta é

necessário inicialmente realizar a tricotomia na região a ser aferida e aplicar um

gel aquoso que promova um bom contato entre a sonda e a artéria (EGNER et al.,

2003). A escolha da largura da braçadeira é fundamental para que se obtenham

medidas precisas (BROWN et al., 2007), correspondendo a 40% do diâmetro do

membro para cães.

4.4 VALORES DE REFERÊNCIA PARA CÃES

Tilley e Goodwin (2002) classificaram as pressões sanguíneas em quatro

grupos diferentes, estabelecendo parâmetros para sua avaliação clínica em:

normal (PAS entre 110 a 120 mmHg e PAD entre 70 a 80 mmHg); discretamente

elevada (PAS entre 120 a 170 mmHg e PAD entre 80 a 100 mmHg);

moderadamente elevada (PAS entre 170 a 200 mmHg e PAD entre 100 a 120

mmHg) e acentuadamente elevada (PAS acima de 200 mmHg e PAD acima de

120 mmHg).

4.5 DIAGNÓSTICO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL EM CÃES

O diagnóstico da hipertensão arterial baseia em aferições fiéis da PA,

alterações encontradas no exame físico e outros exames complementares de

diagnóstico (SPARKES ET AL., 1999).BROWN et al. (2007) recomenda várias

aferições e procura de possível lesão hipertensiva em órgãos ou causas que

possam levar a uma hipertensão secundária antes de se estabelecer um

diagnóstico

Os sinais no exame físico que possam indicar a hipertensão nem sempre

são visíveis. O caráter do pulso femoral é habitualmente normal (KITTLESON&

Page 22: Tcc Pronto Flávia Costa

22

KIENLE, 1998). O exame oftálmico deve ser realizado, pois é comum encontrar

lesões oculares bilaterais (FOX et al., 1999). Deve ser realizado também exame

neurológico e cardíaco (LITTMAN, 1994).Durante a palpação abdominal pode ser

observada uma hepatomegalia devido ao hiperadrenocorticismo ou a presença de

rins pequenos e irregulares podendo estar relacionado com uma IRC. A distensão

abdominal pode ser causada por hiperadrenocorticismo ou por nefropatia(FOX et

al., 1999). Os animais podem ainda revelar alguns sintomas associados a outras

doenças que causam hipertensãosistêmica (KITTLESON & KIENLE, 1998).

Os testes diagnósticos adequados são úteis para diferenciar hipertensão

primária de hipertensão secundária, mostrar lesão hipertensiva de órgãos alvo e

auxiliar na escolha clinica da terapia anti-hipertensiva (FOX et al., 1999).

Exames laboratoriais podem ser utilizados como testes de diagnóstico

adicionais, tais como o hemograma, bioquímico e urinálise, dependendo do

resultado pode-se incluir ecografia renal, avaliação quantitativa da proteinúria e

doseamento de cortisol sanguíneo. (CARVALHO, 2009).

4.6 TRATAMENTO

A terapia anti-hipertensiva tem como finalidade evitar as complicações

causadas pela hipertensão, particularmente a lesão de órgãos alvo (EGNERet al.,

2003).

O médico veterinário deve orientar o cliente sobre o significado do termo

hipertensão sistêmica, suas causas e consequências e que o tratamento muitas

vezes é necessário para toda a vida do animal, sendo que o principal objetivo é a

prevenção da lesão hipertensiva nos órgãos. Ressaltar também sobre a

importância das reavaliações periódicas (BROEWN et al.,2007).

Sempre que possível, os tratamentos não farmacológicos devem ser eleitos

como a intervenção clínica inicial (FOX et al., 1999).

Muitos veterinários recomendam a perda de peso em animais obesos (FOX

et al., 1999). Em cães foram registrados aumento nos valores de PA em animais

propositadamente engordados, que foram revertidos assim que o peso voltou ao

normal (FOX et al., 1999). Também é frequentemente recomendada a restrição

Page 23: Tcc Pronto Flávia Costa

23

de sal na dieta como passo inicial para o manejo farmacológico da hipertensão

nos pacientes veterinários (BROWNet al., 2007).

Cerca de 80% dos casos de hipertensão em cães e gatos são secundários,

o que significa que a primeira linha de ação deve ser a de determinar se existe

uma condição predisponente e instituir tratamento adequado (ACIERNO &

LABATO, 2004).

Acierno e Labato (2004) defendem que a prática de exercícios deve ser

instituída, pois foi demonstrado que cães que se exercitam regularmente têm PA

mais baixas, comparativamente aos animais sedentários.

Atualmente os IECA’s e os bloqueadores dos canais de cálcio da classe

dihidropiridina são os agentes hipertensivos mais largamente utilizados na prática

veterinária, seguindo-se os β-bloqueadores e os diuréticos. Contudo, os últimos

dois fármacos referidos são raramente efetivos como agentes isolados (EGNER

et al., 2003; BROWN et al., 2007).

Quando a hipertensão não é uma situação de emergência, deve-se optar

por uma redução gradual e persistente da PA (BROWNet al., 2007). Uma queda

súbita nos valores de PA está associada à hipotensão, isquemia cerebral e sinais

neurológicos, devendo ser evitada a todo o custo (FOX et al., 1999). A terapia

inicial deve começar com doses baixas de um agente anti-hipertensivo único

(monoterapia), como por exemplo, IECA’s, bloqueadores dos canais de cálcio ou

β-bloqueadores. Convém, no entanto, enfatizar nenhum fármaco é eficaz durante

todo o tempo e em todos os pacientes (KITTLESON & KIENLE, 1998).

Isso significa que se as doses terapêuticas do fármaco utilizado não forem

suficientes para baixar a PA, surgem duas opções: ou a dose pode ser

aumentada gradualmente com base nos resultados da monitorização da PA ou o

agente inicial pode ser combinado com outra droga de uma classe diferente

(EGNER et al., 2003).

Page 24: Tcc Pronto Flávia Costa

24

Page 25: Tcc Pronto Flávia Costa

25

5. MATERIAL E MÉTODOS

Foram avaliados aleatoriamente 30 cães machos e fêmeas da espécie

canina, de diferentes raças e idades que passaram por atendimento clínico no

Hospital Veterinário Escola da UNICASTELO Campus Descalvado-SP.

As aferições foram realizadas em dois tempos, assim que os cães entraram

no consultório e 15 minutos após sua entrada no atendimento. Os animais foram

contidos e posicionados em decúbito lateral direito.

A aferição da pressão arterial foi realizada com o equipamento doppler

vascular. Foi fixada uma braçadeira do terço proximal da região radioulnar do

membro torácico esquerdo, as braçadeiras eram de largura correspondente a

40% da circunferência do membro. Foi aplicada uma camada de gel para

ultrassom no transdutor antes de posicioná-lo sobre a artéria e o bulbo do

manômetro foi inflado até completa oclusão do fluxo sanguíneo e desinflado

gradualmente até seu retorno que correspondeu ao valor a ser registrado para a

pressão arterial sistólica.

As aferições foram realizadas em dois momentos distintos: T0 (basal, antes

do atendimento clínico) e T15 (15 minutos após). Foram registrados valores de

cinco aferições em cada momento e a PAS foi calculada desprezando-se o maior

e o menor valor, com média dos 3 valores restantes.

Page 26: Tcc Pronto Flávia Costa

26

6. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A incidência de animais com valores de pressão acima de 150 mmHg foi

43% (13) no T0 e no T15, mostrando que os animais mantiveram esses valores

mesmo após ambientalização. Dois animais apresentaram valores próximos a 300

mmHg.

A média dos valores da pressão arterial no T0 foi de 156,8±7,17 mmHg e a

média de aferição da pressão arterial no T15 foi de 154,3±8,33 mmHg. Não houve

diferença significativa no teste t pareado, considerando p<0,05, comparando os

dois momentos (Gráfico 1).

Gráfico 1. Representação gráfica dos valores de aferição de pressão arterial em

cães no momento basal e 15 minutos após. Método doppler vascular

Tabela 1. Tabela representando os animais avaliados, suas respectivas idades e

os valores obtidos de pressão arterial sistólica em mmHg, assim que chegaram

ao atendimento ( T0) e quinze minutos após a entrada no consultório (T 15).

ANIMAL IDADE T 0 (mmHg) T 15 (mmHg)

JHONNY 13 ANOS 270 300

Page 27: Tcc Pronto Flávia Costa

27

GENGHIS 12 ANOS 195 170

DUQUE 11 ANOS 170 160

DUDA 11 ANOS 260 300

MELANY 11 ANOS 180 180

LAILA 10 ANOS 170 160

KIKA 9 ANOS 160 160

CIDA 7 ANOS 160 170

KIARA 7 ANOS 160 165

NINA 6 ANOS 150 140

MEL 5 ANOS 150 140

PIPOCA 5 ANOS 200 190

RALF 4 ANOS 150 130

PRINCESA 3 ANOS 130 140

SCOOBY 2 ANOS 140 135

MANU 2 ANOS 140 145

RABUDINHO 2 ANOS 140 130

THOR 2 ANOS 170 160

PATROA 1,6 ANOS 170 160

CHAIANE 1,4 ANOS 130 120

MISK 1 ANO 140 140

SKARPAN 1 ANO 120 120

FUCHA 1 ANO 130 120

LIFE 1 ANO 200 180

NIKITA 6 MESES 150 135

CHERRY 4 MESES 110 110

ALMONDEGA 4 MESES 100 100

LOLA 3 MESES 130 140

MEG 2 MESES 100 110

JULLY 2 MESES 130 120

Ao serem comparados os valores de pressão arterial sistólica dos cães

machos e fêmeas houve uma tendência crescente relacionado ao aumento da

idade dos animais (Tabela 1). Segundo Bright e Dentino (2002) a pressão arterial

sofre variação de acordo com a idade, sexo, temperamento do animal e

Page 28: Tcc Pronto Flávia Costa

28

posicionamento durante a mensuração. A pressão arterial tende a ser maior nos

animais mais velhos e nos mais ansiosos.

Os dois animais que apresentaram pressão sistólica próxima de 300mmHg

eram animais idosos, sendo um macho da raça poodle com 13 anos de idade com

o diagnóstico de endocardiose mitral e uma fêmea de 11 anos de idade com o

diagnóstico de neoplasia de adrenal. A pressão sanguínea varia em algumas

doenças específicas, sendo normalmente mais elevada em cães com

hiperadrenocorticismo (MARCO & LARSSON, 2000), nefropatias e algumas

cardiopatias (LARSSON & D’URSO, 1998).

Dos 30 cães avaliados, 11 apresentaram a pressão sistólica com valores

entre 160 mmHg a 200 mmHg. Duque, de 11 anos com diagnóstico clínico de

endocardiose, Kiara de 7 anos com diagnóstico de uma neoplasia cardíaca e

Melany de 11 anos com sinais neurológicos de um possível AVC. Dos outros 9

animais, um estava com o membro fraturado podendo estar com a pressão

alterada devido à dor, os outros não apresentaram sinais ou diagnóstico clínico

que indicassem relação com os valores aumentados de pressão arterial sistólica,

alguns animais demonstravam estar estressados no ambiente. Que pode ser

comparado com o estudo de Kallet, Cowgill e Kass (1997), que diz que os valores

de frequência cardíaca e de pressão arterial obtidos em ambiente de clínica

veterinária são maiores que os obtidos no ambiente familiar do cão.

Dezessete animais apresentaram a pressão sistólica entre 100 mmHg e

150 mmHg.Muitos autores consideram cães com pressão arterial normal, sem

anestesia e sem agitação física, não ultrapassando 160 mm de Hg e 180 mmHg

quando estressados ou ansiosos (WARE, 2005).

O ambiente clínico realmente estressa a maioria dos animais interferindo

nos resultados de pressão arterial, porém o tempo de espera de 15 minutos não

alterou significativamente os valores da pressão arterial, provavelmente devido ao

pouco tempo de ambientalização e aos processos de manipulação do animal.

Por ser na maioria das vezes uma doença silenciosa à hipertensão em

cães e gatos só é diagnosticada quando relacionada com doenças renais,

cardíacas, oculares ou neurológicas. Por isso deve-se ressaltar a importância de

orientar os médicos veterinários sobre as aferições de pressão arterial na rotina

de atendimentos. Isso auxilia no diagnóstico precoce, evitando futuras lesões em

Page 29: Tcc Pronto Flávia Costa

29

“órgãos alvo”, aumentando o tempo de vida dos animais, quando instituído um

tratamento adequado.

Page 30: Tcc Pronto Flávia Costa

30

7. CONCLUSÕES

Fundamentando-se nos resultados obtidos nesse estudo, pode-se concluir

que:

O doppler vascular é um método de aferição de pressão arterial sistólica

rápido e prático, que não apresenta dificuldades ao clínico;

Existe uma relação positiva entre a idade dos animais e o valor da

pressão arterial.

Animais estressados apresentam valores de PA aumentados, porém 15

minutos de ambientalização no ambulatório não é suficiente para

detecção de valores mais baixos.

Page 31: Tcc Pronto Flávia Costa

31

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BELEW, A. M.; BARLETT, T ; BROWN, S.A.; Evaluation of white-coat effect in cats. Journal of Veterinary Internal Medicine, v.13, n. 2, p. 134-142, mai./apr., 1999.

BODEY, A. R.; MICHELL, A. R. Longitudinal studies of reproducibility and variability of indirect (oscillometric) blood pressure measurements in dogs: evidence for tracking. Research in Veterinary Science, v.63, n.1, p.15-21, july./aug., 1997.

BRIGHT, J. M.; DENTINO, M. Indirect arterial blood pressure measurement in nonsedated Irish Wolfhounds: reference values for the breed. Journal of American Hospital Association, v. 38, n. 6, p. 521-526, nov./dec., 2002.

BROWN, S. A., et al. Consensus statement-guidelines for the identification evaluation, and management of systemic hypertension in dogs and cats. Journal of veterinary Internal Medicine, v.21, p.542-558, may., 2007.

BROWN, S.A.; Henik, R.A. Hipertensão Sistêmica. In: TILLEY, L.P., Goodwin, J.k. Manual de Cardiologia para Cães. 3º ed. São Paulo: Roca, p. 313-319, 2002.

CARVALHO, L. A. B. Hipertensão Arterial Felina. 2009. 131 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Técnica de Lisboa – Faculdade de Medicina Veterinária. Lisboa, 2009.

CHALIFOUX, A., et al. Evaluation of the arterial blood pressure of dogs by two noninvasive methods. Canadian Journal of Comparative Medicine, v. 49, n. 4, p. 419-423, otc., 1985.

CHAMBERS, E.; DEITRICH, U. Doenças sistêmicas. In: SLATTER, D. Fundamentos de Oftalmologia Veterinária. 3º ed. São Paulo: Rocca, p. 590-591, 2005.

CULLEN, J.C.L.; WEBB, A.A. Ocular manifestation of Systemic diseases. In: GELLAT, K.N. Veterinary ophthalmology. 4ºed. Iowa: Blackwell, p. 1477- 1481, 2007.

DOUGLAS, J.E. ; ONWUZULIKE, K.C. Fisiopatologia da hipertensão essencial in. HRICIK, D.E., WRIGHT, J.T.; SMITH, M.C. Segredos em Hipertensão. 1º ed. Porto Alegre: Artmed, p. 25-34, 2005.

EGNER, B.; Carr, A.; Brown, S. Essential facts of blood pressure in dogs and cats. 1º ed. Babenhausen : Be Vet Verlag, 2003.

FINCO, D.R. Association of systemic hypertension with renal injury in dogs with induced renal failure. Journal of Veterinary Internal Medicine, v. 18, p. 289-294, 2004.

Page 32: Tcc Pronto Flávia Costa

32

FOX, P., Sisson, D.D. & Moise, N.S. Systemic hypertension: recognition and treatment. Textbook of canine and feline cardiology – principles and clinical practice. 2º ed., p.795-813.GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12º edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 136-152, 2011.

HABERMAN, C.E., et al. Evalution of oscillometric and Doppler ultrasonic methods of indirect blood pressure estimation in conscious dogs. Canadian Journal of Veterinary Resarch, v. 70, n. 3, p. 211-217, jul. 2006.

HENIK, R.A.; DOLSON, M.K.; WENHOLZ, L.J. How to obtain a blood pressure measurement. Clinical Techniques in small Animal Practice, v.20, n.3, p. 144-150, aug., 2005.

JEPSON, R. E. et al. A comparison of CAT Doppler and oscillometric memoprint machines for non-invasive blood pressure measurement in conscious cats. Journal of Feline Medicineand Surgery, v. 7, n.3, p. 147-152, jun., 2005.

KALLET, A. J.; COWGILL, L. D.; KASS, P. H. Comparison of blood pressure measurements obtained in dog by use of indirect oscillometry in a veterinary clinic versus at home. Journal of American Veterinary Association, v. 210, n. 5, p. 651-654, mar., 1997.

KITTLESON, M.D.; KIENLE, R.R. Small Animal Cardiovascular Medicine. 1º ed. St. Louis. Morby, p. 11-34, 439-446, 1998.

LARSSON, M. H. M. A.; D’URSO, F. Determination of arterial pressure by indirect oscillometric method in healthy, cardiac and nephropathic dogs. In: WORLD CONGRESS OF SMALL ANIMAL VETERINARY ASSOCIATION, 23., 1998. Buenos Aires. Anais… Buenos Aires : WSAVA, 1998. v. 2, p. 760-760.

LEBLANC, N.L.; STEPIEN, R.L.; BENTLEY, E. Ocular lesions associated with systemic hipertension in dogs: 65 cases. Journal of American Veterinary Medical Association, v. 238, n.7, p. 915-921, apr. 2011.

LITTMAN, M.P. Spontaneous systemic hypertension in 24 cats. Journal of Veterinary Internal Medicine, v. 8, n. 2, p. 79-86, 1994.

MARCO, V. D.; LARSSON, C. E. Hipertensão secundária ao hiperadrenocorticismo hipofisário canino. Revista Brasileira de Ciência Veterinária, v. 7, p. 80, 2000. Suplemento. Trabalho apresentado no XXI Congresso Brasileiro de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais, 2000.

PODELL, M. Use of blood pressure monitors. In: BONAGURA, J. D. Kirk´s current veterinary therapy XI: small animal practice. Philadelphia: W. B. Saunders, 1992. p. 834-837.

PORCIELLO, F., et al. Blood pressure measurements in dogs and horses using the oscillometric technique: personal observations. Veterinary Research Communications, v. 28, n. 8, p. 367-369, 2004.

Page 33: Tcc Pronto Flávia Costa

33

RIVERA, A,M, Direct arterial blood pressure monitoring. Animal Emergency Center, Glendale, WI, 2003.

SANSOM, J.; ROGERS, K.; WOOD, J.L. Blood pressure assessment in healthy cats and cats with hypertensive retinopaty. American Journal of Veterinary Research, v.65, n.2, p. 245-252, feb., 2004.

SPARKES, A.H., et al. Inter-and intraindividual variation in doppler ultrasonic indirect blood pressure measurements in healthy cats. Journal of Veterinary Internal Medicine, v. 13, n.4 , p. 314-318, jul./aug., 1999.

STEPHENSON, R.B. Controle neural e hormonal da pressão arterial e do volume sanguíneo In: CUNNINGHAM, J.G. Tratado de Fisiologia Veterinária. 4º ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 191-198, 2008.

STEPIEN, R. L.; et al. Comparative diagnostic test characteristics of oscilometric and Doppler ultrasonographic methods in detection of systolic hypertension in dogs. Journal of Veterinary Internal Medicine, v. 17, n. 1, p. 65-72, jan./feb., 2003.

STILES, J.; MARTIN, C.L. Manifestações oculares de doenças sistêmicas. In: GELLAT, K.N. Manual de Oftalmologia Veterinária, 3º ed. São Paulo: Manole, p. 474-496, 2008.

TILLEY, L. P.; GOODWIN, J. K. Manual de cardiologia para cães e gatos. 3. ed. São Paulo: Roca, 2002. 489 p.

WADDELL, L.S. Direct blood pressure monitoring. Clinical Techniques in Small Animal Practice, v.15, n.3, p. 111-118, aug., 2000.

WARE, W.A. Cardiovascular system disorders in. NELSON, R.W.; COUTO, C.G. Small Animal Internal Medicine, 3º ed. Philadelphia: Morby, p. 198-209, 2003.

WARE, W. A. Hipertensão arterial sistêmica. In: NELSON, R. W.; COUTO, C. G. Medicina interna de pequenos animais. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. p. 150-159.

WHELTON, P.K. Elevated Systolic blood pressure and risk of cardiovascular and renal disease: overview of evidence from observational epidemiologic studies and randomized controlled trials. American Heart Journal, v. 138, p. 211-219, sep., 1999.