Texto de Aprofundamento Biblico

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  • 7/23/2019 Texto de Aprofundamento Biblico

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    TEXTO DE APROFUNDAMENTO PARA O 1 ENCONTRO

    VINDE E VEDE

    Aprofundaremos Jo 1,35-51, no qual relata o encontro de Jesus com os primeirosdiscpulos. Inicia-se com o seguimento de Andr e um discpulo annimo, que adere a

    Jesus aps o testamento de Joo !atista. "ogo em seguida, Andr anuncia Jesus para o

    seu irmo #imo $%%. &'-&(). *os %%. &3-&& temos uma ruptura com a sequ+ncianarrati%a, pais o prprio Jesus quem toma a iniciati%a de camar ilipe. *os %%. &5-&retoma-se a sequ+ncia $apresenta/o de Jesus por outra pessoa e seguimentoimediato), pois ser0 ilipe a testemunar para *atanael que Jesus, o *aareno, o2essias esperado. #egue o di0logo entre *atanael e Jesus $%%. &-5'), que terminacom a promessa da %iso futura $%. 51).

    4 teto come/a com o testemuno de Joo, que indica Jesus como o 67ordeiro de8eus9. :sta epresso nos reporta ; eperi+ncia do c) e ao

    mesmo tempo anuncia o mistrio da paio, morte e ressurrei/o de Jesus. Assim,Jesus o 67ordeiro de 8eus9 que inaugurar0 a *o%a ?0scoa e a *o%a Alian/a entre8eus e a umanidade.

    8iante dessa indica/o de Joo !atista, os discpulos no resistem e seguem Jesus. 4%er=o 6seguir9 tem =asicamente dois signi@cados no :%angelo segundo Joo $Jo) $1)o aprender do 2estre e $() conforme a sua %ida de acordo com seus ensinamentos,aderindo aos seus o=Beti%os e cola=orando na sua misso.

    4s gestos de Jesus de 6%er9, 6%oltar-se9 e 6pergunta9, no %. 3C, refor/am a certea deque todo discipulado nasce da iniciati%a de Jesus e da resposta dos discpulos.Inicialmente, Jesus no apresenta condi/Des, nem eig+ncias, nem inicia falando de si,mas deseBa sa=er o que esses discpulos esperam, por que e para que eles estoseguindo. ?ois podem eistir seguimentos equi%ocados, adesDes =aseadas em ilusDes,epectati%as, interesses, que no pertencem ao ?roBeto do ?ai, re%elado em Jesus7risto.

    A pergunta 6Ea=i, onde morasF9 nos indica que os discpulos reconecem que Jesus o 2estre e, por conseguinte, tem algo a ensinar. Gransparece, tam=m, a disposi/odos discpulos de con%i%er com Jesus e comungar dos seus ensinamentos. ?or isso,

    Jesus lan/a o desa@o 6Hinde e %ede9, ou seBa, a sua morada no meramente um

    lugar, mas uma eperi+ncia de f $sintetiada no %er=o 6%er9). necess0rio secolocar a camino $%er=o 6%ir9), pois a re%ela/o de quem realmente esse Jesus7risto se d0 no segui-lo em cada momento, no permanecer no seu amor $%. 3>), noescutar suas pala%ras e ter a coragem de percorrer o camino da 7ru, o espa/o noqual re%elado o nico ensinamento 6a total doa/o por amor em prol da %ida9.

    A narrati%a continua com Andr anunciando ao seu irmo #imo que Jesus o%erdadeiro 2essias. 4 termo 62essias9 nos remete ;s epectati%as messiKnicas, ;promessa da instaura/o do Eeino de 8eus e ; inaugura/o da era messiKnica, naqual a Busti/a e a pa pre%alecero. #imo, ao ser apresentado a Jesus, no reage,porm o seu encontro com Jesus no ser0 semelante ao encontro que se deu comAndr, pois Jesus, ao %er #imo, o identi@ca com 67efas, ?edro9. Apelido este que ser0compreens%el somente no @nal do :%angelo, que Jesus Eessuscitado, diante dacon@rma/o do amor de #imo, no o=stante a sua trai/o e nega/o, o con%ida a

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    apascentar as suas o%elas $Jo (1,1-1), ou seBa, a continuar anunciando o Eeino de8eus at a doa/o total da prpria %ida $Jo (1,1C-1>).

    *o %. && aparece ilipe, da cidade de !etsaida, localiada ao norte do lago da Lalileia.*ota-se que tanto o nome Andr como o nome ilipe so de origem grega, podendoindicar a a=ertura da misso de Jesus aos gentios.

    ilipe, ao aderir a Jesus, o apresenta a *atanael como aquele que B0 foi testemunadopelas :scrituras $"ei e os profetas) e, portanto, o 2essias anunciado e prometido.?orm, no o 2essias com poderes etraordin0rios, ceio de pompas e circunstKncias,mas o ilo de Jos, de *aar. *atanael esita em acreditar no anncio de ilipe eepressa sua d%ida por meio de um pro%r=io, pro%a%elmente comum entre o po%oda regio $%. &a), como uma forma irnica de despreo. 2as Jesus o acole e odescre%e como algum sem falsidade $%. &), que fala com fraquea e a@rma que oelege como algum @el ;s tradi/Des de Israel, @el ; Alian/a entre 8eus e o seu po%o$%. &C). 8iante dessa eperi+ncia com Jesus, *atanael o reconece como algum queensina $62estre9), como aquele que re%ela a presen/a de 8eus $6ilo de 8eus9),porm por meio do cumprimento da promessa de um rei messiKnico $6Eei de Israel9),o sucessor prometido a 8a%i $df. #l (,(.-M (#m ,1&).

    8iante do entusiasmo de *atanael, Jesus pronuncia a sua primeira declara/o soleneso=re sua pessoa $%%. 5'-51). A imagem usada por Jesus nos remete N %iso de Jacem !etel $Ln (C,11-1). :la nos indica a comunica/o de 8eus $6%ereis o cu a=erto9),que se d0 de@niti%amente na pessoa de Jesus, so=retudo no momento da suaglori@ca/o, que no :%angelo segundo Joo signi@ca a paio, morte, ressurrei/o de

    Jesus, com o ttulo apocalptico 6ilo do Oomem9. Indica, tam=m, a necessidade detranscender ;s %isDes messiKnicas da poca presente no termo 6Eei de Israel9, 6ilode 8eus9 e outras.

    *estas narrati%as, perce=e-se que o e%angelista retrata o itiner0rio de todo aquele eaquela que adere a Jesus 7risto. Gudo nasce de um encontro profundo com ele e dadisposi/o em se colocar a camino, sem ter claro o que isso implica, mas carregandoa certea do amor de 8eus que se des%ela em Jesus 7risto. ?orm, entre as narrati%asno :%angelo Boanino, nem sempre 0 esse seguimento imediato. Isto ilustrado por*icodemos, que necessita de um longo processo at sua adeso @nal $cf. Jo 3,1-(1M,5'-5(M 1>,3>).

    ?ortanto, o discipulado na teologia Boanina parte dos seguintes pressupostos que tododiscpulo camado a 6estar com Jesus9, segui-lo e conformar-se a ele, no seu modo

    de ser e agir. :sse seguimento o condu a uma mudan/a de mentalidade das imagenseistentes com rela/o ao 2essias, at compreenderem que a centralidade doseguimento est0 em reconecer que Jesus 7ruci@cado o Eessuscitado e que o*aareno o 2essias. ?erce=e-se que o encontrar-se com Jesus fundamental, mas necess0rio deiar-se tocar pelo seu olar e, assim, impulsionados pelo seu amor,anuncia-lo e conduir outras pessoas ao seu encontro.

    TEXTO DE APROFUNDAMENTO PARA O 2 ENCONTRO

    AS MULHERES NO EVANGELHO SEGUNDO JOO

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    *o :%angelo segundo Joo, as muleres t+m papis importantes. Jesus dialoga comelas, elas discutem com ele, a=ordando at pontos teolgicos.

    *este :%angelo, somente duas %ees mencionada a 2e de Jesus. A primeirareferencia no inicio, nas !odas de 7an0 $(,1-11), quando Jesus realia o primeirosinal por inter%en/o de 2aria. *a segunda %e, 2aria est0 presente ao p da cru$1>,(5-(), com 2aria de 7lofas e 2aria 2adalena. *essa ocasio, Jesus entrega sua

    me aos cuidados do 8iscpulo Amado e ela se torna a me da 7omunidade, a IgreBa.

    :m Jo ,53-C,11 encontramos a muler adltera, protegida por Jesus contra asacusa/Des dos Budeus. *o centro do :%angelo de Joo est0 a con@sso de 2arta de!etKnia $11,(), que, como muler, fa a grande con@sso de f, assim como foipronunciado por ?edro em 2t 1,1.

    2aria, irm de 2aria de !etKnia, com um geste proftico une os ps de Jesus $1(,1-C).*o com uma muler pecadora como descre%em os outros :%angelos. :la umagrande amiga e discpula de Jesus. #urpreendente tam=m o papel de 2aria2adalena, a muler da =usca incans0%el. #ua persist+ncia le%a-a a eperi+ncia do

    encontro com o #enor Eessuscitado. Jesus 7risto apareceu primeiro a ela e a en%ioucom uma mensagem para os 4ne $(',11-1C).

    *a comunidade Boanina, as muleres participam em p da igualdade com os discpulosna misso de anunciar o #enor. Isto eplicito no dialogo de Jesus com a samaritanaem Jo &,1-&(.

    Jesus sai de Jerusalm para ir ; Lalileia e passa pela #amaria, cidade e%itada pelosBudeus por causa da forte inimiade entre Budeus e samaritanos. :ssa inimiade B0data%a de alguns sculos antes do tempo de Jesus. :m torno do ano '' a.:.7., oimprio de Assria in%adiu a regio do norte, tomando posse dela. "e%ou muita gentepara a Assria e muitos assrios foram, aos poucos, po%oando a regio do norte,le%ando tam=m seus costumes e sua religio do po%o de Israel, era consideradaidlatra por muitos Budeus do reino sul. 4utro ponto de di%erg+ncia era a constru/ode um santu0rio no monte Lariim, onde os samaritanos adora%am a 8eus. 7onformeos Budeus, podia-se adorar a 8eus somente no Gemplo de Jerusalm.

    Jesus, ao contr0rio, que no compartila desse preconceito do seu po%o, passa pela#amaria e resol%e descansar no po/o de Jac. 4 po/o era um lugar de encontros econ%ersas, como oBe seria a pra/a, o =ar, o sopping.

    7egou uma muler e se desen%ol%eu uma con%ersa entre Jesus e ela. Jesus le pediu0gua para =e=er. A muler estrano 67omo %oc+, um Budeu, pode pedir 0gua a umasamaritanaF9.

    Jesus faia, realmente, algo estrano os omens no con%ersa%am com uma mulerna rua, menos ainda com uma inimiga meio pag, uma samaritana. Puando osdiscpulos cegaram, mais tarde, @caram realmente escandaliados. 2as Jesusque=ra%a os ta=us, derru=a%a os o=st0culos de ra/a, g+nero, religio. *ada podiaimpedir sua misso.

    Jesus usou a pala%ra 60gua9 em sentido ==lico a 0gua como fonte de %ida, como dom

    do :sprito #anto. Eeferiu-se ao :sprito que a%eriam de rece=er os que cressem nele$c. Jo ,3-3>). A muler no entendeu =em o que Jesus queria dier. 8isse 6#enor,d0-me dessa 0gua, para que no teno de %ir aqui para =usca-la9. *este conteto,

    Jesus pede para que a muler came o seu marido e o=tm como resposta 6*oteno marido9. Jesus con@rma 6...tem rao, pois te%e cinco omens e tam=m o de

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    agora no seu marido9. *o podemos pensar que a muler fosse uma pessoa de m0%ida, sem moral. Jesus esta%a falando sim=olicamente. Eeferiu-se ; religio pag dossamaritanos que adora%am di%ersas di%indades. *a continua/o deste di0logo sointroduidos outros pontos teolgicos, como a con@rma/o de que Jesus um ?rofetae a re%ela/o do prprio Jesus de que ele o 2essias esperado.

    :ncantada com a sua desco=erta, a samaritana deiou o seu =alde para tr0s $B0 a%iaencontrado a %erdadeira 0gua) e foi contar os %iinos o acontecido. 2uitos creramnas pala%ras da muler, foram procurar Jesus e permaneceram com ele. 8essaeperi+ncia nasce a pro@sso de f dos samaritanos 6J0 no cremos pelo que noscontou, pois ns mesmos escutamos e sa=emos que este , realmente, o sal%ador domundo.

    *esta leitura, o=ser%amos que Jesus derru=ou fronteiras, %aloriou a muler, e elatornou-se uma testemuna, uma discpula, uma mission0ria. A esta muler, ecluda eertica para alguns Budeus da poca, Jesus re%elou, por primeiro, a condi/o de2essias.

    *o tempo em que foi escrita esta narra/o, B0 eistiam as comunidades de Joo. *elasa%ia muitos samaritanos que acreditaram em Jesus, o 2essias. 4 :%angelo mostraque as comunidades so camadas a acoler, sem distin/o, todos aqueles quequerem encontrar-se com Jesus e o reconecem como o en%iado de 8eus.

    TEXTO DE APROFUNDAMENTO PARA O 3 ENCONTRO

    EM QUEM CRS?

    Ao aprofundar-se no teto da 7ura do 7ego de nascen/a em Jo >,1-&1, nota-se que oo=Beti%o do e%angelista formar discpulos mission0rios para que deem muitos frutos

    $cf. 15,C->). A questo dos conQitos gerados por causa da op/o pela f em 7ristoJesus quero plano de fundo da %ida da comunidade Boanina.

    :ste teto fa parte do Livro dos Sinais $cf. (,1-11,5) so=re a o=ra de 8eus no:%angelo segundo Joo. 4 li%ro mostra de %erdade Jesus como en%iado do ?ai, parare%elar ao mundo a !oa *otcia da #al%a/o, recontada em sete sinais. *a %erdadeso catequeses so=re o mistrio da f para os iniciados na %ida catecumenal, emprepara/o para o !atismo. #inais que le%am os ou%intes a uma op/o fundamental

    entre crer ou no crer, a romper com o mecanismo que produ o pecado e a mortepara =e=er da 0gua %i%a, da lu resplandecente a partir da eperi+ncia de morte eressurrei/o

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    :m cada sinal Joo enfatia elementos da sim=lica =atismal. Aqui temos o sinal dalu, no qual Jesus se declara mais uma %e como a lu que est0 no mundo $>,5).?erce=e-se no desenrolar da trama dos cen0rios montados, um gradual crescimentoso=re quem Jesus, e o conQito cada %e mais acirrado contra sua pessoa e sua o=ra.

    *a %erdade um conQitoR Sma tenso que ocorre na %ida de todos aqueles que faemeperi+ncia com o Eessuscitado que passou pela cru. 4s sinais t+m seu 0pice nare%ela/o @nal da ressurrei/o de "0aro, cuBa eperi+ncia le%a o ou%inte a umatomada de deciso diante daquele que %ence a morte e d0 a %ida $cf. 11,1-&&)

    Godo o captulo > pode ser su=di%idido em sete cen0rios

    %%. 1- o sinal como tal $Jesus, os discpulos e o cego)

    %%. C-1( as di%ersas rea/Des os %iinos

    %%. 13-1 1T interrogatrio das autoridades

    %%. 1C-(3 (T interrogatrio das autoridades

    %%. (&-3& 3T interrogatrio das autoridades

    %%. 35-3C o reencontro de Jesus com o cego e a pro@sso de f

    %%. 3>-&1 os cegos que no querem %er as autoridades

    4 teto inicia-se com uma pergunta central 6Ea=i, quem pecou, ele ou seus pais, paraque nascesse cegoF9. ?odemos nos perguntar o pecado de cada um ou de todosdesde o nascimentoF 4s profetas e, depois, Jesus a@rmam que este ensinamento no %erdadeiro. A cegueira fsica do po=re e mendigo no tem nada a %er com pecado. um acidente de percurso para uma @nalidade $o para qu+F) e no uma consequ+ncia$o porqu+F). ?orm, neste teto a cura do cego de nascen/a ser0 um sinal quere%elar0 que Jesus o ilo de 8eus e, portanto, somos camados a crer nele.

    Jesus usa sali%a e !arro que nos faem recordar a cria/o do ser umano da argila $cf.Ln (,) e se apresenta, ento, como en%iado do ?ai para recria/o do mundo. 4!atismo , portanto, uma no%a cria/o e a un/o com =arro lem=ra un/o com leodo 7rismaR A no%a cria/o fa parte dos tempos messiKnicos anunciado pelosprofetas, no qual a cura dos cegos era um sinal deste tempo $cf. Is 35,5M 1,1).

    *este relato 0 um grande %alor sim=lico, o contraste entre lu e tre%as $>,&-5), poisest0 associado o contraste entre aqueles que realiam a %ontade de 8eus, seguindo alu do mundo que Jesus, e aqueles que o reBeitam.

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    ?erce=e-se um aprofundamento da inicia/o ; %ida crist $=atismal a cura) e tam=muma moti%a/o de %igilKncia $o discpulo, a eemplo do 2estre, ser0 perseguido).Antigamente, a pessoa =atiada era camada iluminada. Assim o e-cego, que forailuminado, professa a f em Jesus, o #enorR

    *a %erdade a narrati%a gira em torno da lu e da cegueira, pois tudo camina parauma dupla @nalidade o cego energa cada %e melor e os que diem %er se tornam

    cada %e mais cegos. 8esse modo, o cego para de discpulo e testemuna para seranunciador do %erdadeiro 2estre, para aqueles que so denominados mestres da "ei.#omente aqueles que conecem Jesus sa=em que ele %em da parte de 8eus e,portanto, pode faer o que fe em dia de s0=adoR Heri@ca-se, na pessoa do cego, oprocesso progressi%o do conecimento so=re Jesus. :le o 2estre, o :n%iado, o?rofeta, o 2essias, o ilo do Oomem, o #al%ador.

    ?or outro lado, os %iinos du%idam da identidade do cego. ?erce=e-se o conQito entre

    as autoridades Budaicas e os que esta%am a=ra/ando a f na comunidade Boanina, ecomo esta %ai progredindo na f em Jesus, a ponto de profess0-lo como o #enor.

    4s fariseus procuram desacreditar Jesus, pois ele %iola a "ei do s0=ado. 4 e-cego, aocontr0rio, professa que Jesus um profeta. #eria interessante ler na integrar asrefer+ncias so=re os falsos profetas em 8euteronmio 13,(-.

    4s fariseus pressionam os pais do cego a negarem os fatos. 4s pais tinam medo, poissa=iam que seriam epulsos da comunidade sinagogal. Isto implicaria a perda daidentidade Budaica e dos seus direitos de cidadania $%%. 1C-(3)

    ?rocuram for/ar o cego a negar so= Buramento 6d0 glria a 8eusR9, ou seBa, Bure queJesus um pecadorR Aqui o cego curado declara-se onesto, pois s pode dier a%erdade era cego e agora esta%a energando.

    ?artem para a %iol+ncia com insultos e a epulso daquele que fora curado. Aoinsultarem-no, camando-o de cego desde o nascimento, mostram a cegueira dele,pois o cego no era mais cegoR 7ontinuar cego mesmo diante da "u igual a no terf, a no crer. a autossu@ci+ncia daqueles que no querem sa=er de nada quequestione o seu sistema de poder e da sua concep/o religiosa. atitude dos queindagam. 2as o e-cego, ao ser epulso, torna-se igual a Jesus, uma %tima inocente.

    Ao ser epulso, ecludo, o e-cego encontra-se com Jesus e ali d0 a proclama/omadura da f 6:u creio #enor9, e cai de Boelos em adora/o $>,3C).

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    *a cena @nal, temos %oc+ as seguintes personagens Jesus, os fariseus e o e-cego.Acontece, ento, o Bulgamento pro%ocado pela atitude de f ou pela incredulidade 6:u%im a este mundo para um Bulgamento, a @m de que os que no %eem %eBam, e os que%eem se tornem cegos9 $>,3>). *o momento da ecluso se tornam cegos. 4 pecadodos que diem %er no tirado pelo 7ordeiro de 8eus, pelo contr0rio, denunciadoainda mais, ou seBa, se tornam mais cegos, mais pecadores por no quererem %erR #ocegos para a "u de 7risto. 7omo di o ditado popular 64 pior cego aquele que no

    quer %er9R Eea-se na liturgia =atismal 68esperta tu que dormes, le%anta-te dentre osmortos e so=re ti 7risto resplandecer09 $cf. :f 5,1&). ?ortanto, 6em quem cr+sF9 apergunta fundamentalR

    TEXTO DE APROFUNDAMENTO PARA O ENCONTRO

    O CAMINHO DO DISCIPULADO

    ?r-se a camino, anunciar e mostrar os sinais da f foram as trilas que percorremosnos ltimos encontros. ?assemos para uma reQeo so=re o ser%i/o e o amor,aprofundando dois tetos do :%angelo segundo Joo 13,1-1 e (1,15-1>.

    Iniciaremos com Jo 13,1-1, tam=m conecido como la%a-ps. Antes da festa da?0scoa, Jesus con%ida seus discpulos para cele=rar com ele e se apresenta como%erdadeiro 7ordeiro, doando-se totalmente. Gal ato demonstra a total o=edi+ncia de

    Jesus ao proBeto sal%@co de 8eus ?ai. :le 6foi o=ediente at a morte9 $l (,C), amando

    os seus at o @m $13,1). :ssa atitude de Jesus entra em contraste com a trai/o deJudas Iscariotes $13,().

    Jesus inicia seus discpulos no mistrio de sua paio e les d0 o seu ultimo eemplo.Jesus cinge uma toala ao corpo, coloca 0gua na =acia e come/a a la%ar os ps dosdiscpulos. :ste gesto deia seus discpulos em coque, pois tal ser%i/o era fun/o dosescra%os. 2ais uma %e o #enor entra em contraste com seus discpulos, que =uscamonra e poder.

    4 2estre e #enor se pDe como ser%o de todos $13,1&), mostrando que a %erdadeiragrandea no est0 nos altos cargos, mas no ser%ir aos irmos. :ntretanto, nem todos

    aceitam um 2essias ser%i/al. A recusa de ?edro nos le%a a um drama ou aceitamos o@rme propsito do ser%i/o ou no teremos parte com 7risto. O0 ento uma mudan/adr0stica de ?edro 6#enor, no la%e somente meus ps, mas tam=m minas mos eca=e/a9 $13,>).

    *o seguimento, o discpulo camado a mudar seu orionte pelo camino de 7risto.*o eiste uma f pronta, mas um longo percurso na compreenso do proBeto de8eus. *o princpio ?edro recusa, mas logo sem seguida adere. :le camado a darcontinuidade de onde parou, mas no necess0rio iniciar tudo de no%o. Jesus respeitaa nossa caminada e nos cama ; a=ertura para o no%o. como o girassol, que ao

    crepsculo interrompe sua caminada, mas ao raiar de um no%o dia retorna a suaBornada.

    4 relato da apari/o de Jesus Eessuscitado, em Jo (1,15-1>, est0 em sintonia com oteto que aca=amos de reQetir. :la nos apresenta mais um di0logo entre Jesus e

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    ?edro 6#imo, tu me amas mais do que estesF9 $(1,15). Aqui entramos em um dosconceitos fundamentais para a nossa f crist e para o seguimento ao proBeto de8eus o amorR *o qualquer amor, mas ogape, que o amor de 8eus, sem medida,sem restri/o ou sem qualquer moeda em troca o amor gratuito.

    Bustamente por esse amor que Jesus interroga ?edro. Goda%ia, ?edro responde 6#im,#enor, tu sa=es que eu sou teu amigo9 $(1,15=). :ste amor so=re o qual ?edro

    responde pode ser interpretado da seguinte forma 1) seria o amor ao que tilM ()amar o que agrad0%elM 3) amar o que =om. 4ra, tais formas de amar, em umasimples pala%ra, no correspondem ao camado de Jesus, que amar por inteiro.

    Jesus interroga ?edro por tr+s %ees e somente na ultima tentati%a que Jesus mudasua pergunta e o interroga utiliando o %er=o 6amar9, porm num sentido maisrestrito, o amor de amiade $(1,1). 8iante dessa ultima indaga/o, ?edroentristeceu-se porque Jesus perguntara tr+s %ees. A tradi/o %+ aqui a compara/ocom a trplice nega/o $1C,1.(5.(), mas %ai alm, %endo a fragilidade de ?edro emno conseguir corresponder ao amor camado por Jesus.

    ?edro, em sua umanidade fr0gil, no responde ; inteirea do amor que Jesus lesolicita no seguimento, mas mesmo assim Jesus no deia de cama-lo e de con@ar-le sua misso 6Hem e segue-meR9 $Jo (1,1>). Isso porque a realia/o plena, inteira etotal desse amor $0gape) s se d0 so= a a/o pneumatolgica $do :sprito), aquelaque consola em 7risto.

    *s tam=m, ao escutarmos o con%ite do 2estre 6Hem e segue-meR9, nos colocamosno camino como discpulos mission0rios do Eeino de 8eus, anunciando como fe asamaritana 6Hinde e %ede um omem que me contou tudo o que teno feito. *oseria ele, por%entura, o 7ristoF9 $&,('). ?roclamar no mais com d%idas, mas com

    toda con%ic/o, que ele o 7risto, o 7amino, a Herdade e a Hida $1&,). :steseguimento culmina no em uma adeso com pala%ras, mas por meio da eperi+nciade %ida e testemuno seguindo Jesus e doando a nossa %ida at o @m.

    E!"#!$%# & O DOM DE SERVIR

    PREPARA'O DO AM(IENTE

    7olocar em destaque a !=lia, uma %ela acesa, =acia com 0gua, toala e a%ental.

    1) ACOLHIDA E CANTO

    :stamos reunidos no%amente num encontro entre irms e irmos, ao redor da ?ala%rade 8eus, para ou%ir o que o :%angelo segundo Joo tem a nos ensinar a respeito doser%i/o na gratuidade.

    Hamos nos acoler mutuamente cantando

    E* $+ ",-.# /+ M+0$%+

    :u te camo #enorU :u te camo de mestre: no sei se te camoU 7omo de%o camar.

    : procuro faerU 7omo sei que @este

    2as no sei se te amoU 7omo de%o te amar.

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    :u te camo de mestre e #enor

    : procuro entender teu amor

    : encontrar um camino de pa $=is)

    ?ara mim, para qualquer irmo

    Pue culti%e esta mesma iluso

    8e faer este mundo mudar $=is)

    :u procuro ser%irU :u procuro este Beito

    8e %i%er sem reser%asU ?or meu mestre e #enor.

    #e quiseres me ou%irU :u serei mais perfeito

    : tal%e eu consigaU #er profeta do amor.?e. Veino, scB.

    CD: Outra cano para Jesus. Paulinas COMEP.2) ORA'O

    #enor, ?ai de =ondade e compaio, %s nos destes, por meio do %osso ilo Jesus,um eemplo de entrega e ser%i/o. ABudai-nos a %i%er e eperienciar a alegria de ser%irsem distin/o de pessoas. *s %os pedimos oBe e sempre por Jesus 7risto, naunidade do :sprito #anto. Amm.

    3) SM(OLOS

    W 4lando os sm=olos que esto a nossa frente, o que eles representamF J0 @ usodelesFW :stes sm=olos nos lem=ram de alguma passagem ==licaF

    W Puais gestos de gratuidade eperimentamos em nosso dia a dia e neste momentoF

    ) INTRODU'O LEITURA

    *o teto de oBe, %amos ou%ir o relato conecido como 6la%a-ps9. o inicio dasegunda parto do :%angelo que conecemos como o 6"i%ro da Llria9 $13,1-(',31),no qual nos apresenta Jesus 6na sua ora9, a ora de passar para o ?ai. nessemomento que o ?ai glori@ca o ilo, porque ele entregou a sua %ida por amor 6at o@m9, para todos aqueles que acreditam nele. Jesus re%ela seu mistrio aos seus,enquanto o mundo o reBeita e o cruci@ca.?ara o po%o Budeu, la%ar os ps dos con%idados era uma forma de acol+-los =em,

    porm era um ato realiado pelos escra%os e antes de sentar-se ; mesa. 4 gesto deJesus, que la%a os ps de seus discpulos, e fora da ora pre%ista, ressalta seu %alorproftico. #imo ?edro cama Jesus de 6#enor9, porm um senor que assume a6forma de ser%o9 $cf. l (,M Jo 13,1), aquele que %eio para ser%ir e amar.

    ) LEITURA4 JOO 1351617

    ! leitura pode ser dialogada: u" a# narrador a#$ Jesus e Pedro.#

    8) VER O TEXTO DE PERTO

    W 7om o gesto de a=aiar-se para la%ar os ps dos discpulos, Jesus reQete o amor do?ai que d0 gratuitamente ao mundo o seu ilo Snig+nito. *o se trata de um ritual depuri@ca/o $portanto, no necess0rio la%ar todo o corpo), mas de ser%ir, de amor ato @m.

  • 7/23/2019 Texto de Aprofundamento Biblico

    10/11

    W Hamos con%ersar so=re o teto 4 que signi@ca, no :%angelo segundo Joo, aepressa 6a ora de Jesus9FW 4=ser%emos os %er=os que aparecem entre os %ersculos ( a 5. #o todos demo%imento. Puem os realiaF 4 que nos re%elamFW *os %ersculos a 11, qual o di0logo entre Jesus e ?edroF ?or que importante a?edro permitir que Jesus la%e seus psF

    7) CANTO

    :u cos dou um no%o mandamento 6Pue %os ameis uns aos outros, assim como eu %osamei9, di o #enor. $=is)

    9) TRA:ER O TEXTO PARA PERTO DE N;S

    W *esta leitura, o que mais camou mina aten/oFW 4 que signi@ca 6ter parte9 com JesusFW 8iante deste gesto do 6la%a-ps9, o que signi@ca camar Jesus de 2estre e #enorFW Pue atitudes interiores precisamos ter para 6la%ar os ps9 dos outrosF

  • 7/23/2019 Texto de Aprofundamento Biblico

    11/11

    ?reparem o material necess0rio solicitado no incio da 6cele=ra/o de encerramento9