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    UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSEINSTITUTO DE MATEMTICA

    LANTE Laboratrio de Novas Tecnologias de Ensino

    PRODUO DE MATERIAL DIDTICO PARA EAD:UM OLHAR PARA A DIVERSIDADE

    ORGANIZAO DOS ELEMENTOS GRFICOS E ACESSIBILIDADE DOMATERIAL EM HIPERTEXTO

    CLAUDIA LOPES DA SILVA

    DIADEMA - SP2012

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    CLAUDIA LOPES DA SILVA

    PRODUO DE MATERIAL DIDTICO PARA EAD:UM OLHAR PARA A DIVERSIDADE

    ORGANIZAO DOS ELEMENTOS GRFICOS E ACESSIBILIDADE DOMATERIAL EM HIPERTEXTO

    Trabalho Final de Curso apresentado

    Coordenao do Curso de Ps-graduao daUniversidade Federal Fluminense, comorequisito parcial para a obteno do ttulo deEspecialista Lato Sensu em Planejamento,Implementao e Gesto de EAD.

    Aprovada em _______________ de 2012.

    BANCA EXAMINADORA

    ________________________________________________________________________Prof. Nome - Orientador

    Sigla da Instituio

    _________________________________________________________________________Prof. Nome

    Sigla da Instituio

    ________________________________________________________________________Prof. Nome

    Sigla da Instituio

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    RESUMO

    Este trabalho tem como objetivo discutir a questo da produo de material didtico paraEaD considerando a questo da diversidade, particularmente a acessibilidade para pessoascom deficincia visual plataformas de ensino a distncia. Para tanto, apresenta como

    pressupostos tericos algumas questes fundamentais nessa discusso, como a importnciada linguagem na elaborao do material didtico, a arquitetura da informao, os aspectosmotivacionais e a relao desses conceitos com a aprendizagem do aluno. Recupera-se

    brevemente a histria da educao das pessoas com deficincia e o fortalecimento daeducao inclusiva, enfatizando-se a EaD como uma alternativa importante para a pessoacom deficincia visual ter acesso educao superior. Por fim, discutem-se de forma maisdetalhada alguns aspectos tcnicos do hipertexto em relao ao conceito de DesignUniversal para a Aprendizagem, destacando-se a necessidade de que as plataformas deEaD sejam adaptadas para receber todos os alunos, enfatizando-se que tal prtica alinha-secom os princpios da educao inclusiva.

    Palavraschave: Educao Inclusiva. Deficincia visual. Material didtico em EaD.

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    SUMRIO

    1 INTRODUO 5

    1.1 Justificativa 6

    1.2 Objetivos 7

    1.3 Metodologia 8

    1.4 Organizao do Trabalho 9

    2 PRESSUPOSTOS TERICOS 11

    2.1 Estrutura, organizao e linguagem do material didtico para a EaD 11

    2.2 Aspectos motivacionais envolvidos na formulao do material didtico: o alunocomo centro do processo de ensino/aprendizagem

    12

    2.3 A arquitetura da informao e a acessibilidade dos contedos em EaD. Aquesto do design instrucional

    14

    2.4 A importncia da acessibilidade do material didtico para a pessoa comdeficincia visual

    15

    2.5 Caractersticas do hipertexto: resgatando o conceito de DUA (Design Universalpara a Aprendizagem texto

    17

    3 RESULTADOS E DISCUSSES 19

    3.1 Organizao dos elementos grficos e acessibilidade do material em hipertexto 19

    3.2 Carter das tecnologias assistivas ou softwares de apoio 24

    4 CONSIDERAES FINAIS 28

    REFERNCIAS 30

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    Para isto se faz necessrio a investigao da arquitetura da informao nesta

    produo para que ela favorea a autonomia do aluno e a construo do conhecimento bem

    como a investigao e anlise da relao do aluno com este material.

    Pensando na questo da diversidade e acessibilidade o presente trabalho

    levanta e discute a importncia e as implicaes do material didtico para as pessoas com

    deficincia visual.

    A seguir, passa-se a fazer uma breve justificativa do tema em pauta,

    destacando-se os assuntos que sero discutidos neste trabalho.

    1.1. Justificativa

    Atualmente, a incluso escolar uma realidade no Brasil, cabendo a todos os

    nveis de ensino adaptar-se para incluir pessoas com deficincia, desde a Educao Infantil

    at o Ensino Superior. Naturalmente, a Educao a Distncia se inclui nesta necessidade.

    Tal necessidade encontra apoio na legislao brasileira, dentre a qual se pode destacar a

    LDBEN (Lei de Diretrizes e bases da educao Brasileira, 1996), a Poltica Nacional da

    Educao Especial na Perspectiva da educao Inclusiva (2008) e a ConvenoInternacional dos Direitos das Pessoas com Deficincia (2006), documento da ONU

    Organizao das Naes Unidas ratificado pelo Brasil em 2008 e que tem, portanto, fora

    de emenda constitucional.

    A importncia do material didtico em EaD est relacionada no s quanto a

    sua clareza, formatao e funcionalidade, mas tambm no atendimento aos diferentes

    aprendizes e estilos de aprendizagem, funcionando como um elemento automotivador para

    a aprendizagem, buscando promover a interao do aluno com o conhecimento, com outrosalunos e com o tutor.

    No processo de produo do material didtico, ganha destaque a arquitetura da

    informao, definida por Abreu-Fialho e Barreto (2011, p.3) como a organizao

    estrutural da informao a ser oferecida de acordo com o meio pelo qual essa informao

    veiculada e o propsito a que se presta.

    Em sntese, a arquitetura da informao deve considerar os princpios do

    design universal, ou seja, que o material produzido para o ensino a distncia seja acessvel

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    tambm a alunos com deficincia (particularmente aqui, com deficincia visual). Desta

    forma, a plataforma de ensino que prev essa necessidade demonstra uma atualizao com

    os princpios legais e ticos da educao inclusiva, ou seja, aquela que inclui a todos, sem

    distines.

    1.2 Objetivo

    O objetivo geral deste trabalho discutir a produo de material didtico na

    EaD tendo o aluno como o centro do processo de ensino aprendizagem, considerando a

    questo da acessibilidade e particularmente a questo do acesso da pessoa com deficincia

    visual ao material em EaD.

    A pesquisa busca identificar os elementos primordiais de um material

    dinmico, motivador, capaz de provocar o alunado a construir o prprio conhecimento, em

    uma perspectiva discursiva e promissora que prime pela troca de experincia com os

    colegas, professor/tutor e com o prprio material didtico e que tenha um olhar para a

    incluso das diferenas nesse universo.

    Como objetivos especficos, este trabalho pretende: Apresentar as formas de estrutura e organizao do material didtico de boa

    qualidade

    Discutir a importncia da linguagem na elaborao do material e sua relaocom a aprendizagem dos alunos

    Discutir a importncia das estratgias motivadoras de um material didticopara o aluno da EaD.

    Conceituar arquitetura da informao relacionando-a com a produo dematerial impresso

    Discutir a importncia da acessibilidade do material didtico para a pessoacom deficincia visual

    Analisar a organizao dos elementos grficos e acessibilidade do materialem hipertexto

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    1.3 Metodologia

    O presente trabalho consiste em uma pesquisa bibliogrfica dentro de uma

    abordagem qualitativa, a partir da anlise de fontes documentais escritas, em direo ao

    objetivo de discutir a produo de material didtico visando a acessibilidade do aluno com

    deficincia visual.

    O trabalho foca a arquitetura da informao relacionada ao conceito de Design

    Universal para a Aprendizagem (DUA). Conforme apontam Rose e Meyer (2006), esse

    conceito tem como objetivo fazer frente ao desafio de dar acesso universal ao currculo

    para todos os estudantes, inclusive aqueles com deficincias. O conceito discute, portanto,

    que no devem ser criadas adaptaes a um currculo fixo, e sim que este currculo deve

    ser organizado de tal forma que todos os estudantes possam ter acesso a ele. Os autores

    ressaltam, no entanto, que isso no significa defender que h uma soluo isolada e

    suficiente para cada aluno, e sim que so necessrias abordagens flexveis no ensino e

    aprendizagem que atendam s diferentes necessidades dos alunos.

    A utilizao das mdias em educao um poderoso instrumento para o Design

    Universal para a Aprendizagem (DUA), como ressaltam Rose e Meyer (2006), na escola

    bsica. Pode-se entender ento sua importncia na modalidade de ensino distncia, porconseguinte, como fundamental. O princpio a ser discutido no trabalho que a elaborao

    de material em EaD deve considerar o acesso a todos os estudantes, inclusive os com

    deficincia.

    O trabalho estrutura-se em quatro eixos de desenvolvimento:

    1. Inicialmente, realiza-se um levantamento sobre a especificidade do material

    didtico na EaD, percorrendo-se do ponto de vista histrico a evoluo dessa produo

    com nfase na linguagem especfica desse material.2. Discute-se, a seguir, os aspectos motivacionais envolvidos na formulao do

    material, partindo-se da perspectiva do aluno como centro do processo ensino

    aprendizagem.

    3. Apresenta-se, ento, o conceito de arquitetura da informao na EaD,

    focando o processo discutido at o momento, ou seja, a partir da apresentao da

    especificidade do material didtico na EaD e da necessidade de centrar essa elaborao

    com foco no aluno, delineia-se o conceito de arquitetura da informao, particularmente

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    voltada para a organizao dos contedos de forma acessvel, dentro dos princpios do

    design instrucional.

    4. Por fim, parte-se para a discusso especfica da questo do acesso de pessoas

    com deficincia visual ao material em EaD, discutindo os princpios de design universal

    aplicados a esse pblico especfico, considerando as caractersticas do hipertexto de forma

    que as barreiras ao acesso desses alunos sejam removidas.

    1.4 Organizao do trabalho

    O trabalho apresenta seus pressupostos tericos em cinco itens, que visam

    aprofundar os aspectos da temtica relacionada tanto aos princpios tericos da produo

    do material didtico visando a arquitetura da informao, quanto a sua relao com o

    recorte especfico da acessibilidade para pessoas com deficincia visual.

    No item 2.1, Estrutura, organizao e linguagem do material didtico para a

    EaD, sero tratadas as formas de estrutura e organizao do material didtico de boa

    qualidade, assim como ser discutir a importncia da linguagem na elaborao do material

    e sua relao com a aprendizagem dos alunos.A seguir, no item 2.2, Aspectos motivacionais envolvidos na formulao do

    material didtico: o aluno como centro do processo de ensino/aprendizagem, buscar

    identificar os meandros do processo de produo de um material didtico capaz de motivar

    e encantar o aluno. Portanto, descobrir as sbias estratgias imprescindveis ao material

    didtico que levam o alunado a vivenciar uma prtica autnima e cooperativa na

    construo do prprio saber.

    O item 2.3, intitulado A arquitetura da informao e a acessibilidade doscontedos em EaD. A questo do design instrucional, discute-se a importncia da

    definio de uma ou mais teorias de aprendizagem que embasem a elaborao do material

    didtico para EaD, dentro da perspectiva da construo de um material que favorea a

    interatividade e possibilite a construo do conhecimento pelo aluno, seguindo os

    princpios do design instrucional.

    No item 2.4, A importncia da acessibilidade do material didtico para a

    pessoa com deficincia visual,ressalta-se a importncia que a EaD pode assumir, como

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    uma alternativa de acesso do deficiente visual ao Ensino Superior, desde que ela busque

    alternativas tecnolgicas para que o aluno cego tenha acesso ao material. Acesso este que

    pode ser garantido atravs de dispositivos de interao e de forma assncrona.

    Por fim, no item 2.5, Caractersticas do hipertexto: resgatando o conceito de

    DUA (Design Universal para a Aprendizagem, aborda-se de forma mais detalhada os

    recursos tecnolgicos atualmente disponveis para a acessibilidade de pessoas com

    deficincia visual, como por exemplo, programas leitores. Levantam-se ainda alguns

    aspectos pertinentes no design da plataforma, como contraste de leitura e descrio de

    figuras, por exemplo.

    No terceiro captulo, Resultados e Discusses, apresentado no item

    Organizao dos elementos grficos e acessibilidade do material em hipertexto a

    discusso especfica dessa temtica, conforme aqui foi delineada em linhas gerais e que

    caracteriza a contribuio individual da autora ao tema pesquisado coletivamente pelo

    grupo de trabalho.

    Nas Consideraes finais, os pontos discutidos sero sintetizados no sentido de

    apresentar as principais concluses a que se chega aps tal percurso, fazendo sugestes em

    relao a questes que esse trabalho levanta e aponta para futuros desenvolvimentos.

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    Para Leito et al. (2005), a produo de um material didtico sempre precisa ser

    cuidadosa em relao linguagem de seus textos, qualquer que seja o nvel curso ou o grau

    de escolaridade de seu pblico-alvo. Barreto (2007) complementa essa questo dizendo

    que ao escrever o material, devemos nos colocar no lugar desse aluno.

    Sendo assim, pensar na estrutura, organizao e no uso da linguagem do material,

    so questes importantes para a motivao do aluno, uma vez que se aproximam mais da

    sua realidade e ajudam a diminuir a distncia fsica entre ele e o professor.

    2.2 Aspectos motivacionais envolvidos na formulao do material didtico: o aluno

    como centro do processo de ensino/aprendizagem

    importante considerar que h pouco tempo, no Brasil, estudar era um direito

    de uma minoria abastarda. Hoje a situao outra. A conjuntura atual brasileira tem

    exigido, do governo e da sociedade em geral, uma ao decisiva referente s questes

    educacionais.

    Por ser um dos pases emergentes quanto ao desenvolvimento econmico e

    social, o Brasil necessita de investimentos na educao do seu povo. Esta a porta abertapara o sucesso no s da economia, mas para todo o progresso de uma nao. Nesse

    sentido evoca-se a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional LDBEN (1996) com

    o propsito de garantir uma educao de qualidade a todos os cidados brasileiros. Nos

    seus dois primeiros artigos encontramos:

    Art. 1 A educao abrange os processos formativos que se desenvolvem na vidafamiliar, na convivncia humana, no trabalho, nas instituies de ensino e

    pesquisa, nos movimentos sociais e organizaes da sociedade civil e nasmanifestaes culturais.

    Art. 2 A educao, dever da famlia e do Estado, inspirada nos princpios deliberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o plenodesenvolvimento do educando, seu preparo para o exerccio da cidadania e suaqualificao para o trabalho.

    Com isso, o direito a educao de qualidade no se resume a ter acesso

    escola, mas tambm ter garantidos estrutura, recursos materiais e humanos adequados.

    Nesse sentido, na busca de democratizar o ensino, rompendo barreiras fsicas e

    de outras ordens, fundamental o surgimento da educao a distncia. Veja-se a definio

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    que consta no Decreto n. 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, que regulamenta o art. 80 da

    LDB lei n. 9.394/96:

    Educao a distncia uma forma de ensino que possibilita a auto-

    aprendizagem, com a mediao de recursos didticos sistematicamenteorganizados, apresentados em diferentes suportes de informao, utilizadosisoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicao

    Esta no substitui a educao presencial, mas sim, soma contribuies para que

    os propsitos educacionais sejam atendidos, uma vez que transcende o tempo e o espao.

    Vale ressaltar mais uma vez que esta pesquisa se debrua sobre a produo do

    material didtico para a EaD. Nesse sentido destaca-se que a EaD vem aprimorando as

    suas ferramentas de ensino, ao logo de sua histria, como se pode observar a seguir

    (PIMENTEL, 2006, apud CAMPOS et al, 2007):

    Gerao Textual - livro, apostila, revista, artigo (em anais), carta (correiotradicional), imagem (foto, desenho etc.) e jogos;

    Gerao Analgica- televiso, vdeo, rdio, telefone, fax e audio etc.); Gerao Digital - hipertexto, multimdia, CD-Rom, software educacional,editor (texto, imagem etc.), realidade virtual, simulador, correio-eletrnico (e-

    mail), lista de discusso, chat bate-papo), videoconferncia e jogos

    No mesmo sentido, reafirmam Possari e Neder (2009, p.17):

    interessante que, ao refletirmos sobre a produo de material didtico,pensemos nos tipos de texto, associados natureza das linguagens utilizadas. Severbal: oral ou escrita. Se no verbal: todas as formas (signos) olhares, gestos,expresses faciais, cores, luzes, rudos, desenho, fotos, pintura, sons etc.Igualmente tambm as mdias de que dispomos para veicul-los.

    O material didtico para EaD deve colocar o aluno no centro da discusso, isto ,

    criar condies para que este se sinta estimulado e construtor do seu prprio conhecimento.E de que forma isso poder ocorrer? Quando a produo de material didtico se pautar em

    estratgias que levam o aluno para a posio de autnimo. Possari e Neder (2009),

    recorrendo a Belloni, reafirmam (BELLONI, 2001, apud POSSARI; NEDER, 2009, p.26):

    conceber metodologias de ensino e estratgias de utilizao de materiais deensino/aprendizagem que potencializem ao mximo as possibilidades deaprendizagem autnoma.Isso inclui desde a seleo e elaborao de contedos,acriao de metodologias de ensino e de estudo, centradas no aprendente, voltadas

    para a formao da autonomia, a seleo dos meios mais adequados e aproduode materiais, at a criao de estratgias de utilizao de materiais e de

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    acompanhamento do estudante de modo a assegurar a interao do estudantecom o sistema de ensino.

    2.3 A arquitetura da informao e a acessibilidade dos contedos em EaD. A questo

    do design instrucional

    Recursos importantes para a viabilizao do processo educacional na EaD, os

    materiais didticos constituem-se ainda como canal de comunicao entre os diferentes

    atores envolvidos no processo de aprendizagem, em consonncia com o projeto

    pedaggico da Instituio de Ensino

    Sua produo relaciona-se diretamente com a proposta do curso, os objetivos

    que pretende atingir, o pblico alvo ao qual se destina e implica na escolha de um

    referencial terico que o embase e oriente na elaborao do mesmo.

    O referencial terico adotado neste estudo, no que se refere elaborao do

    material didtico para a Educao Distncia, fundamenta-se nos princpios de duas

    teorias de aprendizagem, que colocam o aluno no centro do processo de aprendizagem, o

    construtivismo e o scio-interacionismo, formulaes tericas que em muito tm

    contribudo para pensar a EaD, pois consideram a participao ativa do aluno naconstruo do conhecimento.

    Nestas linhas de pensamento, os principais tericos so Piaget e Vygotsky, que

    discorrem sobre como o indivduo constri o conhecimento, a partir da modificao de

    estruturas existentes e a partir da interao com o outro e com o objeto, a elaborao do

    material didtico desempenha papel central no sucesso e reconhecimento da qualidade de

    um curso, no apenas com relao forma, objetivos e contedos, mas principalmente, na

    utilizao de um material interativo, estimulante, atrativo e compreensvel (CAMPOS,2007). Tais pressupostos sero melhor desenvolvidos no decorrer deste trabalho.

    Uma vez definidas as teorias/ tericos que embasaro a elaborao do material,

    h que se pensar na produo deste para que garanta a construo do conhecimento pelo

    aluno, considerando as muitas variveis existentes no processo. Neste ponto ganha

    destaque o design instrucional.

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    O design Instrucional, fundamentado nas teorias de aprendizagem, tem por

    objetivo o desenvolvimento de materiais didticos visando qualidade dos mesmos. Pode

    ser entendido como o design do material didtico, seja ele impresso ou eletrnico.

    Sendo a elaborao do material didtico responsabilidade de uma equipe

    multidisciplinar, podemos dizer, de um modo geral, que o design instrucional orienta-se

    para o objetivo didtico do contedo, contemplando a formatao visual do material e do

    curso, a interao entre os diferentes atores e o uso da tecnologia disponvel (FARBIARZ,

    2006).

    No ensino distancia, o aluno tem a tecnologia como mediadora do material

    didtico, diferente do material impresso, o que exige que este seja elaborado e organizado

    considerando a estrutura da informao a ser veiculada e o propsito.

    Neste sentido, a arquitetura da informao, entendida como a combinao

    entre a organizao do contedo em categorias e a criao de uma interface entre estas

    categorias, valorizando e orientando a autonomia do aluno, atravs do desdobramento do

    contedo e a interao com outras informaes (ABREU-FIALHO et al., 2011).

    Assim, orientado por estas diretrizes, a equipe multidisciplinar organizar os

    contedos de maneira a garantir no s a autonomia, mas tambm a interao e a

    acessibilidade dos alunos ao contedo proposto, favorecendo a construo daaprendizagem na modalidade em questo.

    2.4 A importncia da acessibilidade do material didtico para a pessoa com

    deficincia visual

    Enfocaremos agora, de forma mais especfica, a questo do direito educaodas pessoas com alguma deficincia ou diferena na sua forma de aprender.

    A lei de Diretrizes e Bases da Educao no Brasil garante em seu texto o

    acesso e a permanncia dos estudantes em qualquer das modalidades oferecidas por ela

    independentemente da raa, da cultura ou das deficincias. o processo que hoje

    chamamos de educao inclusiva, direito de todos. A modalidade de ensino Educao a

    Distncia vem primeiramente atender a demanda de um mundo globalizado onde a

    tecnologia assume um carter primordial nas relaes sociais, no aprendizado e na

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    acessibilidade. Comeamos a viver a era da modernidade, da facilidade, do possvel dentro

    da agilidade... Vivemos a internet! Mas a Educao a Distancia tambm vem como uma

    oportunidade que at ento parecia impossvel para aqueles que pularam ou perderam

    etapas ou para aqueles, que no status workaholic, no encontram mais tempo para estudar

    presencialmente em uma instituio. Mas e a incluso? A EaD est preparada, por

    exemplo, para atender alunos cegos?

    De acordo com Carvalho e Daltrini (2002), os alunos com deficincia visual

    enfrentam algumas barreiras para ter acesso ao Ensino Superior; barreiras como a da

    aceitao, da comunicao, do espao e da aprendizagem. Se pensarmos mais

    especificamente nas barreiras de comunicao e aprendizagem veremos que possvel

    ameniz-las atravs da produo de um dos mais importantes recursos de aprendizagem: o

    material didtico ,que nesse caso, atenda esse pblico e suas peculiaridades.

    Para Sales e Nonato (2007) a reflexo sobre a preparao, produo e difuso do

    material didtico deve ser prioritria na preparao de projetos para a EaD. Reflexo esta

    que deve partir das Tecnologias da Informao e da Comunicao (TICS) produzindo um

    material didtico de qualidade tendo como parmetro o conceito de design universal.

    Para Tiziotto (2010, p.4) o conceito de design universal parte do processo de

    integrar e considerar um volume de necessidades j desde o comeo do projeto visandobeneficiar todo o pblico ao qual se destina. Incorporar os contedos do design universal

    flexibilizar e adaptar seus projetos, assegurar a aprendizagem, minimizardificuldades, considerar os atributos pessoais e satisfazer as necessidades nicasdo maior nmero possvel de alunos.

    Construir o material didtico em EaD visando acessibilidade uma tarefa

    basEaDa nos princpios do design universal: captao de contedos, flexibilidade no uso,

    tolerncia ao erro, equiparaes nas possibilidades de uso, mnimo esforo e uso simples e

    intuitivo (THE CENTER FOR UNIVERSAL DESIGN, 2010) . Partindo-se desta premissa

    busca-se, por exemplo, sanar a dificuldade do deficiente visual em visualizar links, mapas,

    imagens, tabelas e preencher formulrios atravs da descrio de imagens como um

    recurso possvel. Isso dar tecnologia a oportunidade de ser um elemento que promove a

    incluso.

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    2.5 Caractersticas do hipertexto: resgatando o conceito de DUA (Design Universal

    para a Aprendizagem)

    Em relao ao design da plataforma de ensino com vista acessibilidade

    universal ao contedo considerando os elementos do hipertexto, importante recuperar o

    conceito de Design Universal para a Aprendizagem (DUA) apresentado por Rose e Meyer

    (2006), segundo o qual o currculo deve possibilitar acesso universal a todos os alunos,

    tenham ou no deficincias. Trazendo esse conceito para o design da plataforma, pode-se

    dizer que uma plataforma de ensino acessvel aquela que pode ser utilizada por alunos

    com e sem deficincia visual, pois no seu planejamento bsico a possibilidade que uma

    pessoa com deficincia a utilize j estaria prevista.

    De acordo com Souza Jnior, Cardoso e Oliveira (2011), o conceito de

    Interface Humano Computador (IHC) uma ferramenta importante ao se considerar a

    formatao de hipertexto como material didtico para a EaD, no sentido de esclarecer o

    quanto o hipertexto uma produo que contempla as necessidades dos alunos. O

    hipertexto, entendido como linguagem no linear e dinmica, coaduna-se com as

    necessidades da sociedade de informao, sendo o meio interativo preferencial nas

    plataformas virtuais. Em relao Interface Humano Computador (IHC), os autoresdestacam a interatividade, usabilidade e facilidade, destacando o papel da percepo

    humana atravs dos signos. Ressaltam ainda a importncia de observar o comportamento

    humano de forma total e sua interao com o design, alm do que se deve contemplar

    questes como a criatividade nos usos de recursos e sua acessibilidade, visando suprir a

    ausncia fsica do professor, alm de uma boa interface, funcionalidade e visualizao

    agradvel e clara.

    No caso da utilizao por uma pessoa com deficincia visual, a prpriaconfigurao do sistema deve prever a adaptao do contedo, ou seja, no deve se criar

    uma barreira tecnolgica para a adaptao. Pinheiro e Bonadian (2012) apontam que

    muitos sites acabam privilegiando a forma em detrimento do contedo, com tecnologias

    que segregam os usurios quer tenham ou no deficincia, pela falta de um sistema

    operacional especfico ou navegador, por exemplo, contrariando os princpios do Design

    Universal para a Aprendizagem (DUA).

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    Rezende (2012) destaca como adaptaes de software o tipo de tecnologia dos

    leitores de telas. O acesso bsico a ser feito pela pessoa com deficincia visual se d

    atravs de programas leitores de tela, como por exemplo o DOSVOX, que gratuito e

    bastante utilizado. Outros leitores de tela bastante utilizados so o Virtual Vision e o Jaws,

    de acordo com Meca e Ferreira (2012). Outros cuidados a serem tomados com os arquivos

    de texto so descritos por Manoel et al. (2006, s/p):

    Sobre o arquivo j digitalizado, ainda se faz necessrio, retirar toda a formataoque os programas de leitura no aproveitam como a paragrafao automtica, taiscomo: os sublinhados, a paragrafao dupla, alinhamentos direita ecentralizaes. tambm diminuda a distncia entre o ttulo e o texto; indicado o incio e o fim de uma descrio; identificada as notas de rodap eretiradas as figuras do texto, indicando que estas se encontram em anexo. Apstodas as descries estarem prontas, por fim, realizada a reviso do material

    atravs do sintetizador de voz, para ser feita a avaliao segundo a entonao eclareza da descrio.

    A utilizao de imagens deve ser acompanhada de descrio, e a narrao de

    vdeos e videoaulas devem considerar que sero assistidas por alunos que no enxergam.

    Na exposio da aula, o professor deve considerar esse aspecto. E como lembram Culau,

    Alves e Fontana (2012), a utilizao de podcasts, ou textos gravados, tambm um

    excelente recurso para a aprendizagem da pessoa com deficincia visual.

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    3 RESULTADOS E DISCUSSES

    3.1 Organizao dos elementos grficos e acessibilidade do material em hipertexto

    Nesta etapa do trabalho, recupera-se a fundamentao terica do desenho universal

    e relaciona-se com as questes especficas envolvidas com a acessibilidade da pessoal com

    deficincia visual ao AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem), discutindo suas

    principais implicaes para a elaborao do material didtico.

    Como j apresentamos anteriormente, o conceito de Design Universal para a

    Aprendizagem DUA (ROSE; MEYER, 2006), preconiza que o currculo deve possibilitar

    acesso universal a todos os alunos, tenham ou no deficincias. Portanto, importante ter

    em mente que, quando falamos do acesso aos elementos grficos do AVA, estamos

    partindo da ideia de que a concepo terica do curso deve levar em conta o princpio da

    acessibilidade. Desta forma, no se trata de fazer adaptaes quando e se houver

    algum aluno com deficincia visual, mas elaborar a plataforma de tal forma que todos

    possam acess-la, tendo ou no deficincia visual.

    Outro conceito importante para essa fundamentao j apresentado anteriormente, eque enfoca a interao do aluno com o hipertexto a Interface Humano Computador IHC

    (SOUZA JNIOR; CARDOSO; OLIVEIRA, 2011). De forma mais objetiva, o hipertexto

    so as pginas disponveis na Internet atravs do protocolo http (Hypertext Transfer

    Protocol) criado para a World Wide Web www, atravs de arquivos escritos em

    linguagem HTML (Hipertext Markup Language), que possibilita colocar ligaes (os links

    e hiperlinks), que conectam uma parte do texto a outra ou a outro arquivo em qualquer

    endereo da rede, conforme definio dos autores citados. De acordo com Xavier (2005,apud SOUZA JNIOR; CARDOSO; OLIVEIRA, 2011, p.3), hipertexto uma forma

    hbrida, dinmica e flexvel de linguagem que dialoga com outras interfaces semiticas,

    adiciona e condiciona sua superfcie formas de textualidade. O hipertexto, portanto, o

    instrumento de mediao fundamental do AVA com o aluno.

    As plataformas dos AVAs funcionam de forma semelhante ao hipertexto disponvel

    na internet, com links para as atividades didticas relacionadas ao contedo de uma

    disciplina, como aulas textos e videoaulas, alm de ligaes com material da Internet que

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    no pertence ao curso em si, mas pode ser utilizado de forma complementar ao contedo

    por exemplo, acesso a textos em bancos de dados como o SCIelO ou a vdeos no YouTube.

    Thatcher et al. (2006) e Hersch e Johnson (2008), citados por Culau, Alves e

    Santana (2012), referem que a acessibilidade de um site para pessoas com deficincia

    visual deve seguir os critrios da W3C - The World Wide Web Consortium, uma

    organizao internacional que defende que pessoas com deficincia tm condies de

    utilizar a Internet, bastando para isso que os princpios de acessibilidade sejam respeitados.

    O WC3 disponibiliza dois documentos, o W.C.A.G. 1.0 e 2.0 (Web Contents Accessibility

    Guidelines) que so uma espcie de guias internacionais de acessibilidade, mais

    conhecidos como diretrizes de acessibilidade do W3C, ou diretrizes de Acessibilidade ao

    Contedo da Web, como esclarece Queiroz (2006).

    Xavier (2005, apud SOUZA JNIOR; CARDOSO; OLIVEIRA, 2011) refere que o

    hipertexto um self-service de informaes, e sua principal caracterstica sua no

    linearidade. Ou seja, o aluno pode escolher em que ordem ir acessar os diferentes

    contedos do AVA e suas sugestes de links, e poder tambm aprofundar-se nesses links

    sugeridos tambm de acordo com sua disponibilidade. Portanto, o AVA e o professor tm

    o importante papel de mediar esse mundo de informao para o aluno atingir os objetivos

    didticos do curso.Outra caracterstica importante do hipertexto que no se reduz ao texto escrito,

    podendo incorporar tambm material audiovisual, como imagens, fotos, vdeos, sons,

    grficos, etc. Nesse contexto, importante observar a interatividade, usabilidade e

    facilidade do AVA.

    Relacionando as caractersticas do AVA com a teoria de Vigotski, os autores

    ressaltam a importncia de considerar a atividade de pensamento ou de fala interior, pois o

    acesso do aluno plataforma se d geralmente na forma de estudo individualizado. Oselementos do AVA devem ser claros e estabelecer um dilogo com esse leitor. Destaque-se

    tambm o papel de atuao na Zona de Desenvolvimento Proximal1que o AVA exerce,

    pois contribui para que o aluno avance, servindo como apoio temporrio at que possa

    desempenhar autonomamente as aprendizagens propostas (SOUZA JNIOR; CARDOSO;

    1Conceito terico proposto por Vigotski que indica a distancia entre a capacidade de uma pessoa resolver umproblema sem ajuda (o chamado nvel de desenvolvimento real) e a capacidade de resolver o problemaatravs da ajuda de um adulto ou parceiro mais experiente (o nvel de desenvolvimento potencial). Portanto,refere-se ao desenvolvimento em processo, ainda no completado, mas que pode ser atingido potencialmente

    atravs desse auxlio (VIGOTSKI, 1992).

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    OLIVEIRA, 2011). A criatividade no uso dos recursos de hipertexto atua no sentido de

    suprir a ausncia fsica do professor, alm de uma boa interface, funcionalidade e

    visualizao agradvel e clara, como j pudemos observar na Introduo do trabalho.

    Assim, de acordo com o princpio do DUA Design Universal para a

    Aprendizagem, um site pode ser atrativo e bem desenhado visualmente, ao mesmo tempo

    em que acessvel para pessoas com deficincia visual. O que importante que as

    plataformas de ensino passem a levar a srio o desafio de tornarem seus AVAs acessveis,

    rompendo o ciclo vicioso citado por Fontana (2009, apud CULAU; ALVES; SANTANA,

    2012), onde no se promove a acessibilidade por falta de alunos com deficincia, ao

    mesmo tempo em que no h alunos com deficincia por falta de acessibilidade.

    Carvalho e Daltrini (2012) discutem a questo da dificuldade do acesso do aluno

    com deficincia visual ao ensino superior, propondo que o acesso atravs da educao a

    distancia pode minimizar algumas dessas dificuldades, como transporte, acessibilidade

    arquitetnica, etc. Para isso, no entanto, a plataforma deve estar acessvel a esse alunado, e

    entre as vantagens est a adoo de tecnologias que permitem uma maior flexibilidade na

    apresentao de contedo, envolvendo trs solues de acessibilidade apontadas pelos

    autores, que so o formato especfico de material didtico, tecnologia de acesso

    informao voltada para a pessoa com deficincia visual e a prpria EaD.Uma sugesto interessante para a avaliao da usabilidade e interatividade de uma

    plataforma a proposta de Dias (2008, apud SOUZA JNIOR; CARDOSO; OLIVEIRA,

    2011), que se baseia nas heursticas de Nielsen, conforme apontam os autores, e

    apresentada como as sete heursticas Dias. A partir dessa proposta, faremos algumas

    discusses relacionando-as com as necessidades especficas da pessoa com deficincia

    visual:

    a) Visibilidade e reconhecimento de usabilidade de portais corporativos

    Refere-se aos meios disponveis para informar, orientar e conduzir o usurio durante a

    interao com o material.

    A ideia de visibilidade pode parecer pouco apropriada quando se fala na utilizao por

    pessoas com deficincia visual, mas deve-se lembrar que a proposta aqui defendida do

    DUA. Assim, para o aluno vidente importante a clareza da disposio grfica dos

    elementos no AVA, e para o aluno com deficincia visual um AVA bem organizado e bem

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    elaborado facilitar o acesso pelos programas leitores de tela. No caso de pessoas com

    deficincia visual em um grau mais leve, o ambiente deve disponibilizar a possibilidade de

    ampliao do tamanho da letra, bem como modificar o contraste entre texto e fundo.

    b) Projeto esttico e minimalista

    Refere-se s caractersticas que possam dificultar ou facilitar a leitura e a compreenso

    do contedo disponvel no portal, como a legibilidade, a esttica e a densidade

    informacional.

    Assim como no item anterior, uma disposio arejada, sem textos confusos ou em excesso,

    a clara disposio de links facilitar muito o acesso dos alunos com deficincia visual.

    c) Controle do usurio

    Relaciona-se ao controle que o usurio sempre deve ter sobre o processamento de suas

    aes pelo material, com sadas claramente demarcadas.

    No caso do alunos com deficincia visual, deve ser muito bem indicada a circulao pela

    plataforma, com uma identidade entre as pginas no que se refere ao incio e fim de lies,

    textos complementares, etc. Tambm deve ser facilitado o acesso s atividades

    administrativas, como consulta de notas e comunicao com a instituio, alm, claro,das atividades avaliativas serem adaptadas para que possa realiz-las de forma

    independente. Outras questes devem ser consideradas, como o tipo de navegao.

    Geralmente, pode-se navegar por um site atravs do mouse ou do teclado. No caso do

    mouse, a pessoa com deficincia visual no tem como localiz-lo corretamente na pgina,

    assim, se o site disponibiliza uma boa navegao por teclado, facilitar o acesso a mais

    pessoas, como aponta Queiroz (2006). A navegao pelo teclado por pessoas cegas se faz

    pelo relevo localizado nas letras F e J, atravs dos quais a pessoa pode localizar asdemais letras.

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    Relevo localizado na letra F(fonte: Site Bengala Legal, http://www.bengalalegal.com/capitulomaq)

    d) Flexibilidade e eficincia de uso

    Diz respeito capacidade do material em se adaptar ao contexto e s necessidades e

    preferncias do usurio, tornando seu uso mais eficiente.

    Pode-se supor que esta caracterstica encontra respaldo na definio de DUA, ou seja, o

    ambiente passvel de adaptao s necessidades de seus usurios, respeitando suas

    caractersticas.

    e) Preveno de erros

    Relaciona-se a todos os mecanismos que permitem evitar ou reduzir a ocorrncia de erros,

    assim como corrigir os que porventura ocorram.

    No caso dos alunos com deficincia visual, deve-se prever principalmente os conflitos com

    programas leitores ou outros possveis problemas tcnicos que possam ocorrer. Seria muito

    interessante que a instituio dispusesse tambm de tcnicos treinados na orientao das

    possveis dificuldades tcnicas que os alunos com deficincia visual pudessem vir a ter no

    acesso ao AVA.

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    f) Consistncia

    Refere-se homogeneidade e coerncia na escolha de opes durante o projeto da

    interface do portal (denominao, localizao, formato, cor, linguagem). Contextos ou

    situaes similares devem ter tratamento e/ou apresentao similares.

    Assim como o desenho agradvel e limpo do AVA favorece o leitor vidente, o mesmo ir

    acontecer com os alunos com deficincia visual. Os elementos disponveis devem ser

    acessveis por programas leitores, e contedos como imagens e vdeos devem ser

    acompanhados de descrio, ou ainda ter opo de legenda para a leitura eletrnica.

    g) Compatibilidade com contexto

    Refere-se correlao entre o material e seu contexto de aplicao. As caractersticas do

    material devem ser compatveis com as caractersticas do usurio e das tarefas que estes

    pretendem realizar com o portal.

    Essa ltima heurstica tambm reafirma o conceito do DUA, pois o objetivo ltimo do

    AVA deve ser a correspondncia cada vez mais estreita com as necessidades de

    aprendizagem dos alunos, videntes ou no. Outra questo importante que o professor, ao

    elaborar uma videoaula, por exemplo, deve ter em mente que tambm estar falando para

    alunos com deficincia visual. Deve portanto tomar o cuidado de descrever eventuaisapresentaes de texto e/ou imagens que utiliza em sua aula.

    3.2 Carter das tecnologias assistivas ou softwares de apoio

    Passaremos agora a discutir um pouco mais os softwares de apoio para pessoas com

    deficincia visual. Como observamos anteriormente, a forma bsica de acesso a ser feitopela pessoa com deficincia visual se d atravs de programas leitores de tela. Portanto, a

    configurao de uma plataforma de ensino que respeite o DUA deve prever recursos

    tecnolgicos para que os programas leitores possam ser utilizados sem problemas tcnicos.

    Segundo Queiroz (2006), uma pgina da web considerada acessvel se pode ser

    acessada regularmente por pessoas com deficincia. Assim, o usurio depende desde os

    hardwares ou equipamentos (computador, perifricos, mouse, monitor, etc) at os

    softwares, que so os programas navegadores (Internet Explorer, Firefox, Google Chrome)

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    e tecnologias assistivas, que define como qualquer tipo de tecnologia especificamente

    concebida para ajudar pessoas com incapacidades ou deficincia a executarem atividades

    do cotidiano (QUEIROZ, 2006, s/p). Assim, podem ser considerados equipamentos de

    tecnologia assistiva desde cadeiras de roda at mquinas de leitura. No que se refere

    Internet, as tecnologias assistivas so

    hardwares, perifricos e programas especiais que permitem, ou simplesmentefacilitam, o acesso de pessoas com deficincia internet. Entre eles podemoscitar os leitores de tela, sintetizadores de voz, ampliadores de tela, para pessoascegas ou de baixa viso; programas de comando de voz para cegos e pessoascom dificuldades na digitao; teclados e mouses especiais, controlados por um

    joystick ou pelos movimentos da cabea, por exemplo, para pessoas comdificuldades motoras, etc. O desenvolvimento da tecnologia possibilita que cadavez mais pessoas estejam capacitadas para acessar a internet e as novidades nessecampo so permanentes (QUEIROZ, 2006, s/p).

    O programa leitor de texto mais comum o DOSVOX. Trata-se um programa

    gratuito e bastante utilizado, que cria o prprio ambiente de trabalho. O programa baseia-se

    em um sintetizador de voz, que realiza a leitura de textos escritos, baseado na plataforma

    Windows. Pode ser baixado na internet, e foi desenvolvido por um brasileiro, o professor

    Antonio Borges, do Ncleo de Computao Eletrnica da Universidade Federal do Rio de

    Janeiro - UFRJ. (MELCA, FERREIRA, 2012). Outros programas que realizam leitura de

    tela so Virtual Vision, Pocket Voice, e Jaws, todos capazes de realizar leitura de textos emportugus tambm a partir da plataforma Windows.

    Em relao formatao do texto no AVA (MANOEL et al., 2006, p.9), j

    mencionamos, mas pela importncia cabe ressaltar:

    Sobre o arquivo j digitalizado, ainda se faz necessrio, retirar toda a formataoque os programas de leitura no aproveitam como a paragrafao automtica, taiscomo: os sublinhados, a paragrafao dupla, alinhamentos direita ecentralizaes. tambm diminuda a distncia entre o ttulo e o texto; indicado o incio e o fim de uma descrio; identificada as notas de rodap eretiradas as figuras do texto, indicando que estas se encontram em anexo. Aps

    todas as descries estarem prontas, por fim, realizada a reviso do materialatravs do sintetizador de voz, para ser feita a avaliao segundo a entonao eclareza da descrio.

    Portanto, para que possa ser considerada acessvel, todos os contedos de uma

    pgina devem poder ser transformados em texto para serem decodificados pelos programas

    leitores o que Queiroz (2006) chama de equivalente textual. Transcrevemos a seguir

    as caractersticas dos equivalentes textuais apontadas pelo autor:

    Os equivalentes textuais utilizados em elementos simples, como emimagens de figuras, botes e menus grficos, devem fazer pequenas descries

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    da funo da imagem, ou mesmo uma simples repetio do que est sendoescrito em desenho de letra na imagem. Assim, se numa imagem estiver escrito,com letras desenhadas "Fale Conosco", esse o contedo que deve ser digitadono texto alternativo. Se a imagem for apenas decorativa, do tipo uma linha separadora, aequivalncia textual deve existir vazia em contedo, com espao, para que a

    pessoa cega no tenha de ouvir mais que o necessrio para entender a pgina.Imagine que um ttulo seja enquadrado por 4 pequenas imagens decorativas eque, em cada uma delas exista uma equivalncia textual; poderamos atravs deum sintetizador de voz acoplado a um leitor de tela, escutarmos o seguintetrecho: imagem superior esquerda, imagem superior direita, Nossa Empresa foifeita para voc, imagem inferior esquerda, imagem inferior direita. Imagemsuperior esquerda, imagem superior direita, Temos tudo que voc quer e precisa,imagem inferior esquerda, imagem inferior direita"... Somente nesses casos deimagens decorativas, recomendada a colocao de imagens em fundo de tela. Da mesma forma, se na imagem houver o desenho de um telefone com onmero do telefone da empresa, no necessrio que na equivalncia haja adescrio do telefone, sua cor, sua forma e outros detalhes inteis, e sim cumprir

    a funo proposta pela imagem, ou seja, a informao: "Tel.: (21) 2222-2222",que seria, supostamente, o nmero do telefone da empresa. De forma semelhante, se o logo da empresa proprietria da pgina s tivera funo de anunciar a empresa, o equivalente dever ser somente um ttulo dotipo "Logo da xxx", em que xxx o nome da empresa. A descrio visual dologo para pessoas com deficincia pode ser feito atravs de uma pgina s comessa finalidade e existem marcaes que podem levar o usurio de leitores detela, ou mesmo pessoas de baixa viso no usurias desses leitores, a entraremnessa pgina de descrio para conhecerem a descrio minuciosa do logo. Se, nesse mesmo exemplo, o logo da empresa tiver a funo de umhiperlink que leva para a pgina principal, nas pginas internas do site deve estartambm o nome da empresa s que acrescido de um "Voltar", ou outro texto quetraduza a funo do logo.

    Quando uma pequena descrio no suficiente para a compreenso detodo contedo existente na imagem, por exemplo, se a imagem mostra a

    populao de cada capital brasileira. A imagem, assim, dever ter um equivalentecom um pequeno texto do tipo: "Populao das capitais brasileiras". Comocomplemento deve-se fazer uma pgina em html com todas as capitais e suasrespectivas populaes, que poder ser acessada atravs da prpria imagem, ou

    por tcnicas perceptveis pelos usurios que no naveguem via teclado, mas queprecisem de uma descrio.

    Observe-se na sequncia um exemplo de imagem sem e com equivalncia textual:

    (fonte: Site Bengala Legal, http://www.bengalalegal.com/capitulomaq)

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    Tendo j falado sobre os programas leitores, importante ressaltar o papel que os

    recursos de udio podem ter no ensino para alunos com deficincia visual. Em geral, os

    recursos de udio costumam ficar em segundo plano em relao aos de vdeo, e nos parece

    que tm sido pouco explorados face s vantagens que oferecem no apenas para alunos

    com deficincia visual. Os arquivos de som, como MP3, costumam ser de menor tamanho

    que os de vdeo, e podem ser acessados com maior facilidade. Na internet encontra-se

    bastante material na forma de podcasts, que so uma espcie de programa de rdio, com

    entrevistas, explanaes sobre algum assunto, etc. Alm disso, os audiolivros esto cada

    vez mais comuns e acessveis, podendo inclusive alguns ttulos serem baixados de forma

    gratuita na internet.

    Culau, Alves e Santana (2012) destacam a necessidade de enfatizar a utilizao de

    arquivos de udio no AVA, mas um ponto importante que os autores observam que deve-

    se ter cuidado com a qualidade do material de udio, o que, se no for cuidado, pode tornar

    problemtica sua utilizao tanto pelos alunos videntes quanto pelos alunos com

    deficincia visual. Portanto, esse material deve ser produzido respeitando a rigorosos

    critrios de qualidade e reviso adequada.

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    4 CONSIDERAES FINAIS

    Finalizando essa etapa, consideramos importante abordar a questo da

    acessibilidade no Moodle (Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment),

    uma vez que se trata de um programa bastante utilizado em plataformas de ensino

    distncia por se tratar de um software livre. Resende (2007, p.31) apresenta o EASY, uma

    tecnologia assistiva criada para mediar a relao entre as pessoas com deficincia visual e

    o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Moodle. O Moodle apresenta algumas

    caractersticas para cumprir as normas de acessibilidade da W3C (World Wide Web

    Consortium), como informaes sobre as imagens e outros tipos de contedo passveis de

    serem lidos por programas leitores de telas, e o software Easy baseia-se nesta plataforma

    para facilitar o acesso de pessoas com deficincia visual.

    Coelho et al. (2011) apresentam um relato de experincia com o uso da plataforma

    Moodle em um curso que contemple a questo da acessibilidade. Os autores ressaltam que,

    quando se fala em boas prticas de desenvolvimento de plataformas na web, isso no

    significa apenas aspectos relacionados ao sistema, mas ao autor do curso, sua formao e

    conscientizao sobre a importncia de observar a questo da acessibilidade. Coelho et. al.(2011) referem tambm ter enfrentado trs dificuldades principais, que foram a descrio

    textual das imagens, grficos e tabelas utilizadas no curso, a organizao das informaes

    com uma hierarquia e sequncia lgica para a navegao, e por fim a configurao do

    editor de textos do Moodle para utilizao de softwares leitores de tela. Transcrevemos

    abaixo o relato dos autores sobre as aes realizadas (COELHO et al., 2011, p.338-339):

    Nesta experincia optamos por trs estratgias para organizao do contedo:1) O primeiro passo foi organizar as informaes dentro do layout do moodle,

    utilizando as trs colunas, seguindo a sequncia de grau de importncia enecessidade de acesso aos recursos do ponto de vista do usurio. Assim, os linksmais utilizados foram localizados no canto superior esquerdo, e os menosutilizados no canto inferior direito;2) Para permitir que o usurio se localize na pgina foi utilizado um bloco, que jvem instalado no Moodle e cuja traduo links de seo, permitindo que ousurio navegue por sees, podendo controlar o cursor do software leitor de telanavegando direto para a seo ou semana desejada;3) A necessidade de localizao da informao dentro da pgina foi consideradacomo a mais importante para garantir a navegao dentro do ambiente. Dessaforma, o bloco links de sees foi localizado como o grupo de links que ousurio ir encontrar no canto superior esquerdo, a primeira linha que o ledor detela encontra e que possibilita ao usurio escolher para onde ir. Os demais blocos

    foram organizados conforme necessidades especficas do curso.

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    [...] A ltima adaptao necessria foi a substituio do editor de HTML,utilizado tanto pelo autor ou autora no momento da construo dos recursoseducacionais, quanto pelo aluno ou aluna ao participar da oferta educacional.Este editor permite incorporar recurso da linguagem HTML, como mudar a cor etamanho da fonte, inserir imagens, criar tabelas, entre outras funcionalidades,

    mesmo que o usurio no seja um conhecedor desta linguagem. Mas este editor um impeditivo para a utilizao do software leitor de tela, pois ele no apresentauma navegao acessvel. Assim, houve necessidade de substituir este editor porum outro, tambm disponvel no Moodle, que trabalha o texto sem formataoHTML. Para tal, foi necessrio orientar o usurio de leitor de tela a editar o seu

    perfil e escolher a opo Ao editar texto: Usar formulrio web, o que permitiua navegao plena em todos os recursos do moodle, inclusive a participao nosfruns de discusso, sem influenciar a opo dos demais participantes quecontinuaram a utilizar o editor de HTML padro.

    A partir dessas medidas, os autores referem que foi possvel garantir o acesso s

    informaes da plataforma de maneira completa, destacando que se trata de medidassimples e que podem ser adotadas por qualquer autor que utilize o Moodle para suas aulas,

    facilitando a navegao por parte dos alunos (COELHO et al., 2011). Desta forma, pode-se

    questionar a ideia de que a adaptao de uma plataforma seja algo complexo e que requeira

    recursos de alta tecnologia. Concordamos com os autores de que a formao e a

    sensibilizao dos elaboradores de contedo para a questo da acessibilidade

    fundamental.

    ***

    Com esse trabalho, esperamos ter contribudo para enfatizar a importncia de que

    toda plataforma de ensino em EaD seja adaptada para receber com qualidade todos os

    alunos, independentemente de suas condies e/ou deficincias. Desta forma, acreditamos

    que a EaD estar cumprindo, alm do seu ideal natural de democratizar o acesso

    educao, to necessrio em nosso pas, o tambm urgente e democrtico direito

    educao para todos, como preconizado pela educao inclusiva.

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    REFERNCIAS

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