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Programa de Modernização do Controle Externo dos Estados, Distrito Federal e Municípios - PROMOEX Relatório da auditoria operacional Pequenos Sistemas Simplificados de Abastecimento d'água em Comunidades Rurais Tribunal de Contas do Estado do Ceará Relatório de Avaliação PEQUENOS SISTEMAS SIMPLIFICADOS DE ABASTECIMENTO D'ÁGUA EM COMUNIDADES RURAIS “Mais do que uma necessidade, a água é um direito a vida, um direito humano e de todos os seres vivos. A busca da efetivação desse direito tem marcado as relações entre o homem e o meio semiárido”. Pacto das Águas Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, 2008

Tribunal de Contas do Estado do Ceará Relatório de ... · Tribunal de Contas do Estado do Cear ... Plano Plurianual ... praticamente a metade vive na zona rural e convive com os

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Relatório da auditoria operacionalPequenos Sistemas Simplificados de Abastecimento d'água em Comunidades Rurais

Tribunal de Contas do Estado do Ceará

Relatório de Avaliação

PEQUENOS SISTEMAS SIMPLIFICADOSDE ABASTECIMENTO D'ÁGUA EM

COMUNIDADES RURAIS

“Mais do que uma necessidade, a água é um direito a vida, um direito humano ede todos os seres vivos. A busca da efetivação desse direito tem marcado as relaçõesentre o homem e o meio semiárido”.

Pacto das ÁguasAssembleia Legislativa do Estado do Ceará, 2008

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Agradecimentos da Equipe de Auditoria

A realização da auditoria operacional foi possível devido ao apoio incondicional daPresidência e da Secretaria de Controle Externo deste Tribunal, à parceria firmada com aSuperintendência de Obras Hidráulicas - SOHIDRA e à colaboração dos órgãos que prestaraminformações necessárias ao desenvolvimento deste trabalho.

Destaca-se também a cooperação das Prefeituras que auxiliaram de forma cordial o trabalhode campo e dos líderes comunitários das localidades visitadas, que ofereceram relevantesesclarecimentos à equipe de Auditoria.

Por fim, deixa-se consignados nossos agradecimentos aos operadores dos Sistemas, bemcomo a população entrevistada, que com suas participações na pesquisa, contribuíram para agregarvalor à auditoria e ajudar na formulação de recomendações para melhorar o desempenho da Ação,objeto desta avaliação.

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LISTA DE SIGLAS

COGERH – Companhia de Gestão de Recursos Hídricos

CPRM – Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais

DASUB – Diretoria de Águas Subterrâneas

EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

GAO – Grupo de Auditoria Operacional

IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

MAPP – Monitoramento de Ações e Projetos Prioritários

MIN – Ministério da Integração Nacional

MMA – Ministério do Meio Ambiente

ONU – Organização das Nações Unidas

PPA – Plano Plurianual

PROMOEX – Programa de Modernização do Sistema de Controle Externo dos Estados, DistritoFederal e Municípios Brasileiros

SOHIDRA – Superintendência de Obras Hidráulicas

SRH – Secretaria dos Recursos Hídricos

TCE/CE – Tribunal de Contas do Estado do Ceará

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Execução Orçamentária – Ação 10740, exercício de 2008

Quadro 2 – Execução Orçamentária – Ação 10740, exercício de 2009

Quadro 3 – Classificação de Desempenho segundo Índice de Desempenho Orçamentário deProgramas

Quadro 4 – Municípios/Localidades com Sistemas Instalados, que não possuem Termo deDoação ou Servidão Pública

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Quadro 5 – Municípios/Localidades em que beneficiários afirmaram que o sistema não é para ouso de todos

Quadro 6 – Percentual executado da Ação 10740, exercícios 2008 – 2009

Quadro 7 – Sistemas visitados segundo Municípios e responsabilidade pelo pagamento daenergia elétrica

Quadro 8 – Sistemas visitados com dessalinizadores instalados, segundo Município / Localidade

Quadro 9 – Sistemas visitados sem funcionar segundo Município / Localidade

Quadro 10 – Localidades que usam controle eletrônico na distribuição de água

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Delimitação do Semiárido Cearense.

Figura 2 – Domínios Geológicos do Ceará.

Figura 3 – Sistema com acesso restrito. Localidade Martins – Coreaú.

Figura 4 – Sistema com acesso restrito. Localidade Mosquito – Quixeramobim.

Figura 5 – Sistema com Dessalinizador. Localidade Juá / Camurupim – Amontada.

Figura 6 – Dessalinizador.

Figura 7 – Sistema sem Dessalinizador. Localidade Lagoa dos Gatos / Fazenda Nova –Tejuçuoca.

Figura 8 – Sistema sem Dessalinizador. Assentamento Hilário Marques – Localidade VacaSerrada IV – Madalena.

Figura 9 – Sistema com defeito – ausência de bomba. Localidade Baixio do Canto – Baixio.

Figura 10 – Sistema com defeito – ausência de bomba. Localidade Triunfo – Ibaretama.

Figura 11 – Sistema que nunca entrou em funcionamento. Localidade Oiticica – Quixeramobim.

Figura 12 – Sistema que nunca entrou em funcionamento. Localidade Rodelas – Amontada.

Figura 13 – Rejeito despejado diretamente no solo. Localidade São José dos Mocós – SantaQuitéria.

Figura 14 – Rejeito despejado diretamente no solo. Localidade de Coité – Irauçuba.

Figura 15 – Esquema do processo de dessalinização. Projeto Água Doce – Russas

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Figura 16 – Tanques para criação de tilápia. Projeto Água Doce – Russas.

Figura 17 – Monitoramento do desenvolvimento da tilápia. Projeto Água Doce – Russas.

Figura 18 – Área de plantio de erva-sal (Atriplex nummularia). Projeto Água Doce – Russas.

Figura 19 – Criação de caprinos. Projeto Água Doce – Russas.

Figura 20 – Sistema com controle eletrônico na distribuição de água. Agrovila São Vicente –Quixeramobim.

Figura 21 – Fornecimento de Água para Animais. Localidade Saco dos Bois – Santa Quitéria.

Figura 22 – Lavagem de Roupa. Localidade Olho d’Água dos Dianos – Catunda.

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Sumário

1 – Introdução ................................................................................................................................................ 11.1 – Antecedentes ......................................................................................................................................... 11.2 – Contextualização da Ação ....................................................................................................................... 11.3 – Visão Geral da Ação ............................................................................................................................... 11.3.1 – Relevância do Tema ............................................................................................................................. 11.3.2 – Aspectos Orçamentários ...................................................................................................................... 41.3.3 – Atores principais da Ação .................................................................................................................... 61.4 – Objetivo e escopo da Auditoria ............................................................................................................... 61.5 – Metodologia ........................................................................................................................................... 71.5.1 – Modelo do Estudo .................................................................................................................. 71.5.2 – Populações estudadas ........................................................................................................................... 81.5.3 – Seleção da Amostra .............................................................................................................................. 81.5.4 – Limitação da Auditoria ........................................................................................................................ 81.6 – Forma de organização do relatório ......................................................................................................... 9

2 – A escolha das localidades a serem beneficiadas pela Ação contempla critérios de equidade? ......... 10

3 – As metas estabelecidas para a Ação foram cumpridas durante o período auditado? ...................... 14

4 – A operação e manutenção dos Sistemas estão sendo feitas de forma a garantir suasustentabilidade? ..................................................................................................................................... 15

5 – Em que medida a Ação tem contribuído para suprir a carência de água para consumo humano? 26

6 – Conclusão ................................................................................................................................................. 28

7 – Proposta de Encaminhamento ................................................................................................................ 29

8 – Apendices .................................................................................................................................................. 308.1 – Matriz de Planejamento .......................................................................................................................... 318.2 – Análise Stakeholder ................................................................................................................................ 358.3 – Mapa de Processos .................................................................................................................................. 378.4 – Mapa de Produto ..................................................................................................................................... 398.5 – Análise SWOT ........................................................................................................................................ 408.6 – Diagrama de Verificação de Risco - DVR .............................................................................................. 418.7 – Matriz de Achados .................................................................................................................................. 428.8 – Roteiro de Entrevista Estruturada com Beneficiários do Sistema .......................................................... 488.9 – Roteiro de Entrevista Estruturada com Operadores do Sistema ............................................................. 518.10 – Roteiro da Inspeção Física do Sistema ................................................................................................. 54

9 – Anexos ....................................................................................................................................................... 559.1 – Referências .............................................................................................................................................. 569.2 – Legislação ............................................................................................................................................... 58

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Capítulo 1 - Introdução

1.1 - Antecedentes

O presente trabalho de auditoria, terceiro na modalidade operacional, consolidou aparticipação do Tribunal de Contas do Estado do Ceará – TCE/CE no Grupo de AuditoriaOperacional – GAO, integrante do Programa de Modernização do Sistema de Controle Externo dosEstados, Distrito Federal e Municípios Brasileiros – PROMOEX.

Em 2010, o GAO/PROMOEX sugeriu avaliar a Função Saneamento, concedendo aosTribunais de Contas a possibilidade de escolherem o Programa/Ação a ser auditado. Nesse sentido,o Presidente do TCE/CE autorizou a realização da auditoria, por meio da Portaria nº 112/2010 quedesignou a equipe de servidores para realizá-la.

Com base em levantamentos realizados pela equipe de Auditoria Operacional do TCE/CE,na Função Saneamento, selecionou-se o Programa 729 - Suprimento Hídrico para Centros Urbanose Rurais, especificamente a Ação 10740 – Implementação de Pequenos Sistemas Simplificados deAbastecimento de Água em Comunidades Rurais, tendo em vista os critérios de relevância e dematerialidade.

1.2 – Contextualização da Ação

A Ação 10740 - Implementação de Pequenos Sistemas Simplificados de Abastecimento deÁgua integra o Programa 729 – Suprimento Hídrico para Centros Urbanos e Rurais, que tem comoobjetivo garantir a ampliação da oferta de água de boa qualidade contribuindo para a melhoria dascondições socioeconômicas das populações urbanas e rurais do Estado.

Essa Ação destina-se a instalar, perfurar, recuperar e dessalinizar poços para o abastecimentode comunidades rurais.

Sua origem emana do PPA de 1995-1998, com a previsão da instalação de cerca de 1.800poços, alguns inclusive com dessalinizadores, beneficiando várias comunidades rurais, com reflexospositivos na melhoria das condições de saúde das populações atendidas, sob a designação 10659 -Implantação de Sistemas Simplificados de Abastecimento de Água. A partir do PPA 2008-2011, aAção passou a ter a atual denominação.

A gerência do Programa fica a cargo da Secretaria dos Recursos Hídricos – SRH e aimplementação da Ação está centralizada na Superintendência de Obras Hidráulicas – SOHIDRA,executada por sua Diretoria de Águas Subterrâneas - DASUB, que verifica in loco a possibilidadede instalar o sistema de abastecimento de água, mediante solicitação dos municípios/comunidades.

1.3 - Visão Geral da Ação

1.3.1 – Relevância do tema

No ano 2000, a Organização das Nações Unidas – ONU, que considera a água alimentoessencial e patrimônio público, promoveu o evento Cúpula do Milênio, oportunidade em que foi

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firmado Pacto Mundial, do qual o Brasil é signatário, considerando o direito à alimentação comoum dos direitos fundamentais da humanidade.

Uma das metas fixadas na Cúpula do Milênio foi reduzir pela metade o número de pessoasque não dispõem de água potável, até 2015 (ONU,2000).

A falta de recursos hídricos afeta severamente as condições de sobrevivência da populaçãoque reside no semiárido brasileiro, estimada em mais de 18 milhões de pessoas. Dessa população,praticamente a metade vive na zona rural e convive com os problemas ocasionados pela seca(SILVA, 2003).

Segundo estudos produzidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária -EMBRAPA do Semiárido, 550 mil estabelecimentos rurais da região ficam sem água de qualidadepara consumo humano ou animal, dois meses após o encerramento do período de chuvas (SOUZA,2005).

A região semiárida se caracteriza por apresentar alto risco de seca (> 60%), baixasprecipitações pluviométricas (< 800 mm), índice de aridez (máx. 0,5), altas temperaturas do ar (>24°C) e do solo (podem atingir 60°C), alternância entre período chuvoso (fevereiro até abril) e seco(julho até novembro) e evapotranspiração anual elevada (>2000 mm). (COLLARD, 2010).

Segundo o Ministério da Integração Nacional – MIN, o Estado do Ceará possui 86,8% dasua área inserida na região do semiárido brasileiro, Figura 1.

Figura 1Delimitação do Semiárido Cearense.

Fonte: Ministério da Integração Nacional. 2005

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Outras características marcantes do semiárido são (CEARÁ, 2008):

• Embasamento cristalino predominante;

• Cobertura vegetal de caatinga;

• Solos geralmente rasos, pouco permeáveis e sujeitos a erosão;

• Rios, em sua maioria, intermitentes;

• Eventos hidrológicos extremos frequentes: secas e cheias;

• Escoamento específico reduzido (4 l/s/km²).

O Estado do Ceará, assim como a maioria dos estados do Nordeste, enfrenta problemas ligados àfalta de água e, consequentemente, à fome, ocasionados pelos frequentes períodos de estiagem, quecaracterizam o clima semiárido desta região.

Nesses períodos de chuvas escassas ou inexistentes, os pequenos mananciais de superfíciegeralmente secam e os grandes chegam a atingir níveis críticos, provocando muitas vezes colapso noabastecimento de água.

Dentro desse panorama, aumenta a importância da água subterrânea, que representa, muitasvezes, o único recurso disponível para o suprimento da população. Vale ressaltar que 97% da águadoce existente no planeta se encontra depositada nos lençóis subterrâneos. (ANA, 2002)

O Ceará possui 75% de solo cristalino (Figura 2), no qual as águas subterrâneas acumulam-se em fraturas das rochas, formando aquíferos de baixa produtividade, com predominância de águasalobra.

Figura 2Domínios Geológicos do Ceará.

Fonte: FUNCEME. 2008

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Segundo a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM cerca de 5.000 pequenascomunidades no Ceará possuem água com alto teor de salinidade, nas quais vivem 200.000 famílias(PINHEIRO, 2001). Nessas comunidades, a instalação de dessalinizadores se faz necessária.

O processo de dessalinização usualmente adotado no semiárido nordestino, devido à suarelação custo x benefício, é o de osmose reversa, que se caracteriza pela simplicidade e robustez doequipamento, baixos custos de instalação e operação, incluindo o consumo de energia e de mão deobra na operação, capacidade de tratar volumes baixos a moderados de água bruta e excelentequalidade da água tratada. (SOARES, 2006)

Estudos comprovam ser plenamente justificável fazer investimentos em melhorias daqualidade da água destinada ao consumo humano no meio rural, por terem influência na fixação dasfamílias nesse ambiente (PINHEIRO, 2001).

Como reflexo dessa realidade, o Governo do Ceará vêm adotando medidas que visamgarantir a ampliação da oferta de água de boa qualidade, contribuindo para a melhoria dascondições socioeconômicas das populações, mediante a implementação da Ação.

1.3.2 - Aspectos orçamentários

O orçamento da SOHIDRA relativo ao exercício financeiro de 2008, consignado na LeiOrçamentária Anual – LOA, foi de R$ 12.502.311,00. Desse montante, R$ 5.429.100,00 estavamalocados para a Ação 10740 – Implementação de Pequenos Sistemas Simplificados deAbastecimento de Água em Comunidades Rurais, o que corresponde a 43,42% do orçamento.

Após suplementação de créditos do Orçamento, o valor orçado para a Ação atingiu omontante de R$ 9.510.592,24. Sua execução foi de R$ 7.729.683,18, o que representa 81,27% doscréditos autorizados, conforme Quadro 1.

Quadro 1Execução Orçamentária – Ação 10740, exercício de 2008

FUNÇÃO: SANEAMENTO - SUBFUNÇÃO: SANEAMENTO BASICO RURAL

PROGRAMA: 729 - SUPRIMENTO HÍDRICO PARA CENTROS URBANOS E RURAIS

AÇÃO: 10740 - IMPLEMENTACAO DE PEQUENOS SISTEMAS SIMPLIFICADOS DE ABASTECIMENTO

NATUREZA DA DESPESA ORÇADO EXECUTADO

33903000 - MATERIAL DE CONSUMO 67.653,00 19.560,00

33903300- PASSAGENS E DESPESAS COM LOCOMOCAO 14.000,00 13.905,36

33903900 - OUTROS SERV DE TERCEIROS P JURIDICA 10.347,00 10.347,00

44903000 - MATERIAL DE CONSUMO 1.541.213,02 1.541.177,74

44905100 - OBRAS E INSTALACOES 7.534.669,22 5.832.195,08

44905200 - EQUIPAMENTOS E MATERIAL PERMANENTE 342.710,00 312.498,00

TOTAL 9.510.592,24 7.729.683,18

Fonte: Sistema Integrado de Contabilidade – SIC

No exercício de 2009, a dotação orçamentária da SOHIDRA foi de R$ 15.995.564,00, sendodestinados para a Ação o valor de R$ 6.488.494,00, o que corresponde a 40,56% do orçamento.

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Após suplementação de créditos do Orçamento, a Ação atingiu a cifra de R$ 10.475.929,93.Sua execução foi de R$ 6.278.141,15, o que representa 59,92 % dos créditos autorizados, conformeQuadro 2.

Quadro 2Execução Orçamentária – Ação 10740, exercício de 2009

FUNÇÃO: SANEAMENTO - SUBFUNÇÃO: SANEAMENTO BASICO RURAL

PROGRAMA: 729 - SUPRIMENTO HÍDRICO PARA CENTROS URBANOS E RURAIS

AÇÃO: 10740 - IMPLEMENTACAO DE PEQUENOS SISTEMAS SIMPLIFICADOS DE ABASTECIMENTO

NATUREZA DA DESPESA ORÇADO EXECUTADO

33903000 - MATERIAL DE CONSUMO 92.917,20 0,00

33903300 - PASSAGENS E DESPESAS COM LOCOMOCAO 15.849,65 15.849,65

33903900 - OUTROS SERV DE TERCEIROS P JURIDICA 32.337,72 32.337,72

44404200 – AUXILIOS 220.000,00 220.000,00

44903000 - MATERIAL DE CONSUMO 1.554.810,99 1.473.244,40

44905100 - OBRAS E INSTALACOES 8.399.517,20 4.381.584,11

44905200 - EQUIPAMENTOS E MATERIAL PERMANENTE 160.497,17 155.125,27

TOTAL DA AÇÃO 10.475.929,93 6.278.141,15Fonte: Sistema Integrado de Contabilidade – SIC

O TCE-CE avalia os Programas de Investimento do Governo do Estado relacionados àimplementação de direitos fundamentais sociais (educação, saúde, trabalho, moradia, lazer,segurança, previdência social, assistência aos desamparados, etc.), segundo seu desempenhoorçamentário, mediante os seguintes índices:

• Faixa 1 – até 25% de realização do Programa;

• Faixa 2 – de 25,01% a 50% de realização do Programa;

• Faixa 3 – de 50,01% a 75% de realização do Programa;

• Faixa 4 – a partir de 75,01% do Programa.

Traçando um paralelo a conceitos de insuficiente a ótimo, quanto ao desempenho dosProgramas de Governo, pode-se classificá-los segundo os estratos apresentados no Quadro 3.

Quadro 3Classificação de Desempenho segundo

Índice de Desempenho Orçamentário de Programas.

Faixa Índice de DesempenhoOrçamentário de Programas

Classificação de Desempenho (1)

1 até 25% Insuficiente2 de 25,01% a 50% Regular3 de 50,01% a 75% Bom4 a partir de 75,01% Ótimo

Fonte: Relatório Anual das Contas do Governador – Exercício de 2009(1) Classificação de Desempenho adotada pela Auditoria.

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Dessa forma, como o percentual de execução da Ação foi 81,27% e 59,92%, nos anos de2008 e 2009, respectivamente, pode-se classificar seus desempenhos orçamentários como “Ótimo”e “Bom”, nesses anos.

Convém esclarecer que a Ação 10740 - Implementação de Pequenos Sistemas Simplificadosde Abastecimento de Água em Comunidades Rurais passou a ter essa denominação em 2008, atéentão, era nomeada Implantação de Sistemas Simplificados de Abastecimento de Água, sob ocódigo 10659.

Vale ressaltar que a antiga Ação 10659 contemplava despesas com a aquisição de comboiosde perfuratriz. Entretanto, com a alteração ocorrida em 2008, essas despesas passaram a comporuma nova ação sob o código 10737 – Aquisição de Comboios de Perfuratriz.

1.3.3 - Atores principais da Ação

Durante a elaboração da Análise Stakeholder (Apêndice II), identificaram-se os seguintesatores envolvidos com a Ação e seus respectivos papéis:

• Estado, Municípios, Associações, Sindicatos, Deputados e Vereadores: solicitarabastecimento de água;

• SOHIDRA: analisar as solicitações e implantar a Ação;

• Empresas contratadas: instalar os Sistemas;

• Comunidade: operar os Sistemas;

• COGERH: desenvolver estudos visando quantificar as disponibilidades e demandas daságuas para múltiplos fins;

• SRH: promover o aproveitamento racional e integrado dos recursos hídricos do Ceará;

• CPRM: gerar e difundir o conhecimento geológico e hidrológico por meio decadastramento de poços e monitoramento do nível e da qualidade do lençol freático.

1.4 - Objetivo e escopo da auditoria

A auditoria foi orientada com os objetivos de:

• avaliar os critérios para definição das localidades contempladas com os Sistemas;

• verificar o atingimento das metas;

• verificar se a operação e manutenção dos Sistemas estão sendo feitas de forma agarantir sua sustentabilidade; e

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• avaliar em que medida a Ação tem contribuído para suprir a carência de água paraconsumo humano das comunidades rurais.

Para atingir esses objetivos formularam-se 4 (quatro) questões de auditoria, a saber:

Questão 1: A escolha das localidades a serem beneficiadas pela Ação contempla critériosde equidade ?

Questão 2: As metas estabelecidas para a Ação foram cumpridas durante o períodoauditado?

Questão 3: A operação e manutenção dos Sistemas ocorrem de forma a garantir suasustentabilidade?

Questão 4: Em que medida a Ação têm contribuído para suprir a carência de água paraconsumo humano?

O escopo da auditoria constitui nos Sistemas implantados nos anos de 2008 e 2009.

1.5 – Metodologia

1.5.1 – Modelo do estudo

Diagnóstico realizado na fase de levantamento de dados, por ocasião da definição do objetodo estudo, indicou oportunidade de melhoria de desempenho na Ação 10740, sobretudo no que dizrespeito à garantia de oferta de água de boa qualidade às comunidades rurais com população difusa.

À luz dessa situação, considerou-se oportuno e conveniente que a presente auditoriaavaliasse a Ação, em cada um de seus elos, observando as dimensões de equidade, eficácia,sustentabilidade e efetividade.

Três grupos distintos fazem parte do estudo, são eles:

• infraestrutura dos Sistemas destinados ao abastecimento de água;

• operadores dos Sistemas;

• beneficiários dos Sistemas.

Com o objetivo de investigar as questões de auditoria, diante dos riscos encontrados,adotaram-se como estratégias metodológicas:

• pesquisa documental;

• visitas de estudo, com o gestor e técnicos da SOHIDRA;

• visitas a outros órgãos que desenvolvem ação semelhante à auditada;

• consulta a banco de dados e sistemas.

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Na fase de campo, adotou-se os seguintes modelos:

• avaliação dos Sistemas por meio de inspeção física;

• entrevista estruturada com os operadores dos Sistemas;

• entrevista estruturada com os beneficiários do Sistema;

Na fase de planejamento, realizou-se visita aos Municípios de Irauçuba, Russas e Caridade.Em Irauçuba teve o objetivo de acompanhar os procedimentos de perfuração dos poços, Russasconhecer o Projeto Água Doce e Caridade testar os instrumentos de coleta (roteiro das entrevistasestruturadas), avaliá-los e aperfeiçoá-los. Nesses Municípios visitados, foram observados ofuncionamento de alguns Sistemas, com o fim de melhor entender sua sistemática.

1.5.2 – Populações estudadas

As populações estudadas pela auditoria foram: famílias beneficiadas residentes naslocalidades rurais dos municípios do Estado do Ceará; Pequenos Sistemas Simplificados deAbastecimento de Água e operadores desses Sistemas.

1.5.3 – Seleção da amostra

Identificou-se que, durante o período auditado, os Sistemas foram instalados em 168localidades, stribuídas em 72 municípios.

A estimativa da população residente na zona rural desses municípios perfaz um total de913.251 habitantes, agrupados em, aproximadamente, 202.495 núcleos familiares.

Adotando esses núcleos familiares como universo de estudo e fixando o erro amostral em5% e o nível de confiança em 95%, encontrou-se uma amostra de 390 núcleos familiares.

Estabeleceu-se realizar 10 entrevistas por localidade. Como a amostra é composta de 390núcleos familiares, portanto o número mínimo de localidades a serem visitados é 39.

A seleção dos municípios no Estado do Ceará decorreu dos seguintes critérios:

• proporcionalidade populacional de cada Região Hidrográfica;

• menor Índice Pluviométrico, aferido pela média dos últimos 20 anos.

Selecionaram-se os municípios de Madalena, Quixeramobim, Palhano, Jaguaribara, Baixio,Ipaumirim, Ocara, Ibaretama, Catunda, Santa Quitéria, Tauá, Coreaú, Tejuçuoca, Paramoti,Amontada e Independência.

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1.5.4 – Limitação da Auditoria

A limitação encontrada na realização do trabalho foi localizar os Sistemas e chegar até eles,devido ao difícil acesso às localidades, bem como encontrar o número mínimo de núcleos familiaresdefinidos na amostra por localidade visitada.

Naquelas localidades em que não fosse possível entrevistar o número de beneficiáriosdefinidos na amostra, visitar-se-ia outra localidade com Sistema instalado, dentro da mesma RegiãoHidrográfica, até completar o número de famílias a serem entrevistadas na Região.

Não foi possível, realizar as entrevistas com os beneficiários nos Municípios de Jaguaribarae Palhano, tampouco compensá-las em outras localidades da mesma Região Hidrográfica.

Desta forma, foram realizadas 370 entrevistas estruturadas com os beneficiários, situaçãoque implica numa redefinição do erro amostral, que passa a ser de 5,1%.

1.6 – Forma de organização do relatório

Além do Capítulo 1, que trata da Introdução, o presente relatório é composto por mais seiscapítulos, onde são apresentados os achados da auditoria, abrangendo as dimensões de equidade,eficácia, sustentabilidade e efetividade da Ação, as conclusões finais do trabalho e a proposta deencaminhamento, em que são apresentadas propostas de recomendações que, se implementadas,contribuirão para aperfeiçoar a gestão e os resultados da Ação.

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Capítulo 2 – A escolha das localidades a serem beneficiadas pela Ação contemplacritérios de equidade?

Para verificar se a escolha das localidades a serem beneficiadas pela Ação contemplamcritérios de equidade, faz-se necessário, inicialmente, entender o significado desse parâmetro.

Equidade consiste na adaptação da regra existente à situação concreta, observando-se oscritérios de justiça e igualdade.

Partindo desse conceito, a questão central a ser tratada pelas políticas que almejam equidadeé a redução ou eliminação das diferenças que advêm de fatores considerados evitáveis e injustos.

Na elaboração do Mapa de Processos da Ação (Apêndice III), construído conjuntamentecom a SOHIDRA, observou-se que a escolha dos municípios e localidades atendidos com ainstalação de Sistemas, decorre de demandas espontâneas, mediante solicitação.

O pedido é encaminhado à entidade, por meio de ofício, subscrito por AssociaçãoComunitária e/ou Sindicato, Prefeitura, liderança política (deputado ou vereador) ligada aomunicípio, como também pelo próprio Estado. Em seguida, estando compatível com a missão daentidade, é avaliado e atendendo a critérios técnicos e sociais, entrará na programação parainstalação. Os critérios técnicos e sociais aplicados são os seguintes:

• sistema instalado em área pública ou doada pelo proprietário (avaliação social);

• atender, pelo menos, 30 pessoas (avaliação social);

• o estudo geológico do local favorável à perfuração do poço (avaliação técnica);

• vazão do poço suficiente para atender a comunidade (avaliação técnica).

Os critérios relacionados como condicionantes na implementação da Ação são, na verdade,pré-requisitos informais, firmados na prática operacional da SOHIDRA, sem regulamentaçãoapropriada.

Entretanto, mesmo alegando que adota critérios como elementos subsidiadores da Ação, aSOHIDRA, por vezes, não se orienta por eles. Isso foi constatado mediante as seguintes evidências:

• a SOHIDRA não apresentou Termo de Doação ou Servidão Pública de 50,94% dosterrenos, nos quais os Sistemas estavam instalados, apesar de constar esse dado noRelatório de Informações Obtidas no Reconhecimento Geológico, conforme Quadro 4:

Quadro 4Municípios/Localidades com Sistemas Instalados,

que não possuem Termo de Doação ou Servidão PúblicaMunicípio Localidades

Quixeramobim • Agrovila São Vicente • Pereiro

Ocara• Acampamento Serragem• Foveira

• Mato Queimado• Serrote de Baixo

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Quadro 4Municípios/Localidades com Sistemas Instalados,

que não possuem Termo de Doação ou Servidão PúblicaMunicípio Localidades

Ibaretama • Barro Vermelho • TriunfoAmontada • JuáCatunda • Olho d’Água dos DianosIndependência • Espírito SantoParamoti • Angelim

Santa Quitéria• Fazenda Ipiranga• Saco dos Bois

• São José dos Mocós

Tauá

• Associação dos Apicultores• Assentamento São

Francisco do Campo• Baixa Fechada• Belém dos Silva• Ingá

• Pirangi II – Fazenda União• Santa Tereza• Várzea Formosa / Mundo

Novo• Tranqueira

Tejuçuoca• Caiçara Sul• Ingá

• Lagoa dos Gatos

Fonte: Pesquisa Documental

• Observou-se que 19,05% dos operadores entrevistados declararam que, em sualocalidade, residem, em média, menos de 30 pessoas, e

• Constatou-se que em 7,69% das localidades, o sistema atende apenas uma família(média de quatro pessoas).

Convém ressaltar que a Ação se propõe a garantir o acesso à água de boa qualidade àpopulação adstrita aos Sistemas, no entanto, dentre os beneficiários entrevistados, 6,22% afirmaramque os Sistemas não se destinam ao uso de todos, conforme Quadro 5 e 37,30% não fazem usodeles.

Quadro 5Municípios/Localidades em que beneficiários afirmaram que o sistema não é para o uso de todos

Beneficiários Entrevistados

Município LocalidadeTotal

Afirmaram quenão se destinamao uso de todos

Amontada • Rodela 2 1Coreaú • Martins (Figura 3) 2 2

• Ponta da Serra 5 2Independência • Jaburu I 5 1Ipaumirim • Carnaubinha 10 1Madalena • Assentamento Ilário Marques 8 2Paramoti • Angelim 8 1Quixeramobim • Caraúna (Figura 4) 10 5Tauá • Ingá 10 6

• Pirangi 3 1Tejuçuoca • Lagoa dos Gatos / Fazenda Nova 5 1Fonte: Pesquisa Direta

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FIGURA 3Sistema com acesso restrito

Localidade Martins – Coreaú

Fonte: Equipe de Auditoria

FIGURA 4Sistema com acesso restrito

Localidade Caraúna – Quixeramobim

Fonte: Equipe de Auditoria

Além disso, a Auditoria não identificou o uso, pela SOHIDRA, de estudos, diagnósticos ouregistro de dados que subsidiassem a escolha de municípios e localidades beneficiados pela Ação.Indicadores importantes, como pluviometria e acesso aos serviços de abastecimento d’água, não sãoobservados na seleção.

Isso decorre do descumprimento dos critérios na escolha das localidades e uso de pré-requisitos informais que não atendem ao princípio da equidade.

Dessa forma, verificou-se a instalação de Sistemas em localidades menos necessitadas; quenão atenderam os critérios adotados e não cumpriram com a finalidade da Ação.

Por conseguinte, conclui-se que os mecanismos utilizados na escolha das comunidades aserem beneficiadas pela Ação não atendem ao princípio da equidade.

Boas Práticas:

O Programa Água Doce, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente – MMA, adotacomo critério prioritário a escolha de comunidades localizadas em municípios atendidos peloprograma Fome Zero com:

• Menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano);

• Águas salinas ou salobras em seu subsolo;

• Menores índices pluviométricos e de abastecimento de água.

Recomendação à SOHIDRA:

Que a SOHIDRA defina e normatize critérios objetivos e transparentes, subsidiados pordiagnóstico da situação de disponibilidade hídrica, pluviometria e acesso aos serviços deabastecimento de água no Estado, de modo a promover a equidade no atendimento das populações.

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Espera-se, com essa recomendação, que a Ação seja desenvolvida a partir da seleção dosmunicípios e localidades mais necessitados, levando-se em conta critérios objetivos e transparentespara a elegibilidade e a priorização dos beneficiados.

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Capítulo 3 – As metas estabelecidas para a Ação foram cumpridas durante o períodoauditado?

Em 2008, a Ação previu a construção de 402 e revitalização de 150 Sistemas. Durante esseexercício, foram construídos 19 e revitalizados 25, ou seja, foram executados 4,73% do totalconstruído e 16,67% do revitalizado.

Em 2009, a meta de construção foi 476 e a de revitalização foi 150. Durante esse exercício,foram construídos 242 e revitalizados 70, portanto os percentuais de execução foram 50,84% dototal construído e 46,67% do revitalizado, conforme Quadro 6.

Quadro 6Percentual executado da Ação 10740, exercícios 2008 – 2009

2008 2009Sistemas Quantidade

PrevistaQuantidadeExecutada

%Executado

QuantidadePrevista

QuantidadeExecutada

%Executado

Construídos 402 19 4,73% 476 242 50,84%Revitalizados 150 25 16,67% 150 70 46,67%

Fonte: Relatório do MAPP, apresentado nas Contas de Gestão da SOHIDRA - 2008 e 2009 Planilhas apresentadas pela SOHIDRA

Acredita-se que os percentuais de execução de 2008 sofreram influência do atraso nascontratações das empresas responsáveis pela implantação dos Sistemas, em face do processo deextinção, pelo qual passa a SOHIDRA, e do inicio de nova gestão da entidade.

Entretanto, apesar de, em 2008, a Ação ter apresentado baixos percentuais de execução dasmetas (4,73% dos construídos e 16,67% dos revitalizados), apresentou um alto Índice deDesempenho Orçamentário (81,27%), demonstrando existir uma incoerência entre previsãoorçamentária e as metas estabelecidas.

O descumprimento dessas metas fez com que a quantidade de Sistemas implantados erevitalizados fosse inferior à prevista, acarretando um prejuízo no cumprimento dos objetivos daAção.

Dessa forma, percebe-se que as metas estabelecidas para a Ação não foram cumpridasdurante o período auditado.

Recomendação à SOHIDRA:

Que a SOHIDRA se planeje de modo a maximizar a quantidade de Sistemas implantados erevitalizados, tornando a Ação mais eficaz.

Essa recomendação visa ampliar o número de Sistemas em funcionamento.

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Capítulo 4 – A operação e manutenção dos Sistemas ocorrem de forma a garantir suasustentabilidade?

Após a implantação do Sistema, que permitirá o suprimento de água de boa qualidade para oabastecimento da população alvo, é necessário garantir seu bom funcionamento durante o períodode vida útil, para tanto, é necessário definir um conjunto de medidas que se deve praticar e asresponsabilidades dos agentes envolvidos.

A distribuição de água se caracteriza como um serviço público de interesse local,competindo aos Municípios organizar e prestar, diretamente ou sob o regime de concessão oupermissão, esse serviço público, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado(BRASIL, 1988).

Entretanto, não se evidenciaram, dentre os municípios pesquisados, o envolvimento e aparticipação das prefeituras no processo de gestão dos sistemas, visto que não existe instrumentoformal que estabeleça a responsabilidade de cada ente.

Cabe registrar que, quando observada, a participação dos municípios restringe-se ao custeioda energia consumida pelo sistema e ao pagamento de operadores.

Nesse sentido, a auditoria verificou que, dos dezesseis municípios visitados, apenas 31,25%das Prefeituras se responsabilizam pelo pagamento da tarifa de energia elétrica de todos os Sistemase dos operadores entrevistados, apenas 4,76% são remunerados pelo Município, conforme Quadro 7.Constata-se, ainda, que 85,71% dos sistemas implantados vêm sendo operados por membros dascomunidades que não percebem qualquer remuneração para isso.

Ainda há outro agravante, visto que 28,57% dos operadores afirmaram que arcam com opagamento da energia elétrica do Sistema, o que, além de descaracterizar seu caráter público, geraum “sentimento de propriedade dos Sistemas” nos operadores, conforme Quadro 7.

Quadro 7Sistemas visitados segundo Municípios e

responsabilidade pelo pagamento da energia elétrica.

Sistemas Visitados com Operadores Entrevistados

Responsável pelo Custeio da Energia Elétrica

Município Operador Comunidade

Operador pagopelo Município

Municípios VisitadosTotal

Nº % Nº % Nº % Nº %

Amontada 1 - - - - 1 100,00 - -Baixio 2 2 100,00 - - - - - -Catunda 2 1 50,00 1 50,00 - - - -Coreaú 3 - - 1 33,33 2 66,67 - -Ibaretama 2 2 100,00 - - - - 1 50,00Independência 4 1 25,00 1 25,00 2 50,00 - -Ipaumirim 3 3 100,00 - - - - 1 33,33

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Quadro 7Sistemas visitados segundo Municípios e

responsabilidade pelo pagamento da energia elétrica.

Sistemas Visitados com Operadores Entrevistados

Responsável pelo Custeio da Energia Elétrica

Município Operador Comunidade

Operador pagopelo Município

Municípios VisitadosTotal

Nº % Nº % Nº % Nº %

Jaguaribara 1 - - 1 100,00 - - - -Madalena 3 - - - - 3 100,00 - -Ocara 3 3 100,00 - - - - - -Palhano 1 - - 1 100,00 - - - -Paramoti 2 2 100,00 - - - - - -Quixeramobim 4 - - 2 50,00 2 50,00 - -Santa Quitéria 3 1 33,33 1 33,33 1 33,33 - -Taua 5 1 20,00 3 60,00 1 20,00 - -Tejuçuoca 3 1 33,33 1 33,33 1 33,33 - -TOTAL 42 17 40,48 12 28,57 13 30,95 2 4,76

Fonte: Pesquisa Direta

Vale ressaltar que há Sistemas com dessalinizadores (Figuras 5 e 6) e outros sem (Figuras 7e 8).

FIGURA 5Sistema com Dessalinizador

Localidade Juá / Camurupim – Amontada

Fonte: Equipe de Auditoria

FIGURA 6Dessalinizador

Fonte: Equipe de Auditoria

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FIGURA 7Sistema sem Dessalinizador

Localidade Lagoa dos Gatos – Tejuçuoca

Fonte: Equipe de Auditoria

FIGURA 8Sistema sem Dessalinizador

Assentamento Hilário Marques – Madalena

Fonte: Equipe de Auditoria

Os sistemas com dessalinizadores possuem o funcionamento mais complexo e merecemlimpeza diária, portanto, devem ser operados por pessoas que receberam um treinamento maisespecífico, entretanto, constatou-se que 45,24% não receberam nenhum tipo de treinamento.

Dessa forma, a falta de capacitação dos operadores pode acarretar uma diminuição da vidaútil dos componentes dos Sistemas.

Dentre os Sistemas instalados, 34,62% dispõem de dessalinizador, conforme Quadro 8.

Quadro 8Sistemas visitados com dessalinizadores instalados,

segundo Município / Localidade.

Município Localidade

Quixeramobim• Pereiro• Agrovila São Vicente

Ibaretama• Barro Vermelho• Triunfo

Ocara

• Serrote de Baixo• Acampamento Serragem• Mato Queimado• Foveira

Amontada • Juá

Coreaú• Santo Antônio• Conceição

Santa Quitéria• Saco dos Bois• São José dos Mocós

Tauá• Ingá• Belém dos Silva• Tranqueira

Tejuçuoca• Caiçara Sul• Ingá

Fonte: Pesquisa Direta

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Como as obrigações pela manutenção dos Sistemas não estão claramente estabelecidas,verificou-se que os operadores recorrem a diversos atores, quando os Sistemas apresentam defeito,assim distribuídos:

• 68,75% recorrem à SOHIDRA;

• 18,75% recorrem à Prefeitura;

• 6,25% recorrem ao Líder Comunitário;

• 6,25% não recorrem a ninguém.

Apesar de a responsabilidade pelo serviço de abastecimento de água ser do Município, oEstado, como visto, por meio da SOHIDRA, vem se responsabilizando pela manutenção dessesSistemas. Porém, a entidade não possui equipe que consiga resolver todos os problemas ocorridosnos Sistemas em um tempo razoável, além disso, não há plano de trabalho que estabeleça umcronograma para esse fim.

Em consequência disso, os Sistemas que apresentam defeitos (Figuras 9 e 10) chegam a ficarparados, mais de uma semana ou, em certos casos, meses, ocasionando descontinuidade nofornecimento de água para a comunidade, situação confirmada por 26,19% dos operadores.

FIGURA 9Sistema com defeito – ausência de bomba

Localidade Baixio do Canto – Baixio

Fonte: Equipe de Auditoria

FIGURA 10Sistema com defeito – ausência de bomba

Localidade Triunfo – Ibaretama

Fonte: Equipe de Auditoria

A fragilidade na manutenção dos Sistemas, também foi evidenciada pelos beneficiários,visto que 50,54% afirmaram que o Sistema já parou de funcionar por algum defeito; 43,51%afirmaram que isso aconteceu até 3 vezes nos últimos 12 meses e 26,76% afirmaram que quandoisso acontece, em média, fica parado mais de 7 dias.

Vale ressaltar, que esses Sistemas visitados foram implantados/revitalizados ao longo dosanos de 2008 e 2009, portanto, à época da auditoria, relativamente novos.

Outra constatação importante, verificada na visita in loco, foi que 25,00% dos Sistemasestavam sem funcionar, conforme Quadro 9.

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Quadro 9Sistemas visitados sem funcionar segundo Município / Localidade

Município LocalidadeBaixio • Baixio do Canto

Quixeramobim• Oiticica *• Salgadinho *

Ibaretama • TriunfoOcara • Acampamento Serragem

Amontada• Rodela *• Juá

Paramoti • Angelim

Tauá• Ingá *• Belém dos Silva• Várzea Formosa / Mundo Novo

Tejuçuoca• Caiçara Sul• Ingá

Fonte: Pesquisa Direta(*) Localidades cujo Sistema nunca funcionou

FIGURA 11Sistema que nunca entrou em funcionamento

Localidade Oiticica – Quixeramobim

Fonte: Equipe de Auditoria

FIGURA 12Sistema que nunca entrou em funcionamento

Localidade Rodelas – Amontada

Fonte: Equipe de Auditoria

Dentre as principais causas identificadas, que provocaram o não funcionamento dosSistemas, destacam-se defeito/ausência de bombas e falta de ligação de energia elétrica, apesar detodas as localidades visitadas disporem desse serviço público.

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As comunidades beneficiadas, que deveriam zelar pelos Sistemas, não possuem consciênciada importância do seu papel, tampouco são orientadas para isso, de acordo com 77,57% dosbeneficiários.

Considerando a sustentabilidade na abordagem ambiental, os Sistemas, ao dessalinizarem aágua salobra, transformando-a em água doce, geram um rejeito mais salino que a própria águasalobra e, por conseguinte, com risco de contaminação ambiental elevado.

A Auditoria constatou que o rejeito não está recebendo qualquer tratamento antes de serdespejado no solo, propiciando alto acúmulo de sais nas camadas superficiais do terreno, em todosos Sistemas com dessalinizadores (Figuras 13 e 14).

Os efeitos no solo com a deposição indiscriminada do rejeito, associada à predominância desolos susceptíveis a erosão, embasamento constituído por rochas cristalinas e alta aridez doambiente, serão sentidos a médio e longo prazo, em especial nos baixios, para onde as águas tendema correr, prejudicando desta forma os terrenos mais adequados para a agricultura e levando àesterilização dessas terras e à salinização dos mananciais. Situação esta que após concretizada é dedificílima recuperação, favorecendo a futura desertificação.

FIGURA 13Rejeito despejado diretamente no solo

Localidade São José dos Mocós – Santa Quitéria

Fonte: Equipe de Auditoria

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FIGURA 14Rejeito despejado diretamente no solo

Localidade de Coité – Irauçuba

Fonte: Equipe de Auditoria

Boas Práticas:

1. Programa PROÁGUA do Ministério da Integração Nacional – MIN, que adota um Planode Administração, Operação e Manutenção que busca cumprir no mínimo os seguintesprocedimentos:

• Diagnosticar a capacidade institucional dos entes envolvidos – municípios, Estado e seusórgãos afetos;

• Identificar o universo de beneficiários, sua organização social, seu perfil socioeconômicoe sua capacidade de pagamento;

• Estudar a adoção de um sistema tarifário adequado;

• Definir os pressupostos de eficiência na administração, operação e manutenção dossistemas;

• Definir as diretrizes para conservação da água, tanto para o prestador quanto aosusuários dos serviços.

2. Programa ÁGUA DOCE do Ministério do Meio Ambiente – MMA que visa a:

• participação efetiva e organizada da população nos processos de planejamento, execuçãoe fiscalização;

• oportunidades de geração de renda, favorecendo uma distribuição mais equilibrada dosbenefícios econômicos;

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• utilização dos recursos naturais sem comprometer a qualidade ambiental, ao aproveitar orejeito para a criação de peixes em tanques e posterior irrigação de plantas queabsorvem o excesso de sal do terreno.

FIGURA 15Esquema do processo de dessalinização

Projeto Água Doce – Russas

A) POÇO TUBULAR PROFUNDO – a água subterrânea salobra ou salina é captada no poço tubular profundo (aproximadamente60 metros).

B) RESERVATÓRIO DE ÁGUA BRUTA – a água captada do poço é armazenada neste reservatório.C) DESSALINIZADOR – equipamento que retira o excesso de sais da água bruta pelo processo de osmose reversa, produzindo

água potável.D) RESERVATÓRIO DE ÁGUA POTÁVEL – armazena a água resultante do processo de dessalinização apropriada para consumo

humano.E) CHAFARIZ – fonte de distribuição de água dessalinizada (potável).F) TANQUE DE CONTENÇÃO – armazena o excedente do efluente (concentrado) resultante do processo de dessalinização que

será utilizado para a dessedentação animal e redução dos impactos ambientais. Quando as condições permitirem, poderá serutilizado na produção de pescado e na irrigação de erva-sal que será utilizado na alimentação de caprinos e ovinos.

Fonte: Equipe de Auditoria

FIGURA 16Tanques para criação de tilápia

Projeto Água Doce – Russas

Fonte: Equipe de Auditoria

FIGURA 17Monitoramento do desenvolvimento da tilápia

Projeto Água Doce – Russas

Fonte: Equipe de Auditoria

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FIGURA 18Área de plantio de erva-sal (Atriplex nummularia)

Projeto Água Doce – Russas

Fonte: Equipe de Auditoria

FIGURA 19Criação de caprinos

Projeto Água Doce – Russas

Fonte: Equipe de Auditoria

3. Uso de controle eletrônico na distribuição de água

Nos Sistemas com dessalinizadores que utilizavam controle eletrônico na distribuição deágua, observou-se que os usuários, praticamente, não desperdiçavam água e zelavam pelosSistemas.

Segue o Quadro 10, contendo as localidades que possuem Sistemas com dessalinizadoresque utilizam o controle eletrônico na distribuição de água:

Quadro 10Localidades que usam controle eletrônico na distribuição de água

Município LocalidadeAmontada • JuáCoreaú • Santo Antônio

• ConceiçãoIbaretama • TriunfoOcara • Acampamento SerragemQuixeramobim • Agrovila São Vicente

• PereirosTejuçuoca • Caiçara Sul

• IngáFonte: Pesquisa Direta

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FIGURA 20Sistema com controle eletrônico na distribuição de água

Agrovila São Vicente – Quixeramobim

Fonte: Equipe de Auditoria

Recomendações à SOHIDRA:

Que a SOHIDRA elabore planos de:

• administração, operação, manutenção que garanta a sustentabilidade dos Sistemas, comdefinição clara dos responsáveis pela operação e pela manutenção;

• educação e conscientização do beneficiário, visando despertar na população sentimentosde valorização e uso racional dos Sistemas.

• manejo para aproveitamento sustentável do rejeito oriundo do processo dedessalinização;

Essas recomendações visam:

• proporcionar maior rapidez no reparo dos Sistemas;

• garantir a regularidade no fornecimento de água;

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• assegurar o aproveitamento de todos os Sistemas instalados, bem como seusfuncionamentos durante sua vida útil;

• incentivar o desenvolvimento de hábitos que permitam uma adequada utilização dosSistemas pelos beneficiários;

• possibilitar a utilização dos recursos naturais, sem comprometer a qualidade ambiental.

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Capítulo 5 – Em que medida a Ação tem contribuído para suprir a carência de águapara consumo humano?

Indicadores medem e avaliam, orientam nas tomadas de decisões sobre problemas simplesou complexos. Portanto medir, avaliar o desempenho e tomar decisões são atividades importantesem qualquer área de gestão.

Como o acesso água de boa qualidade é uma questão de saúde, saneamento e alimentação eesses são direitos fundamentais sociais, pode-se avaliar a Ação segundo os critérios de desempenhodos Programas de Investimento do Governo.

Ao avaliar o desempenho da Ação, a Auditoria, nas visitas in loco, constatou que apenas25,64% dos Sistemas que estavam funcionando forneciam água própria para o consumo humano.Dessa forma, utilizando a Classificação de Desempenho adotada no Quadro 3, verifica-se que aAção apresentou desempenho “Regular”.

A causa desse baixo percentual de desempenho deve-se à ausência de dessalinizadores nosSistemas em que a água apresenta alto teor de salinidade, característica predominante dosmananciais hídricos subterrâneos do Estado.

Como visto, contrariando o objetivo da ação, a maioria dos Sistemas não ofertavam água deboa qualidade para o consumo humano, situação validada por 37,30% dos beneficiários queafirmaram não fazer uso do Sistema e 27,27% que o utilizam para outras finalidades, como lavagemde roupa, consumo dos animais (Figuras 21 e 22).

Nesse contexto torna-se relevante ressaltar a importância de instalação de dessalinizadoresnos Sistemas, pois, nas localidades em que a água é dessalinizada, 90,44% dos beneficiários fazemuso dela, enquanto que nas outras localidades somente 49,53% utilizam os Sistemas.

FIGURA 21Fornecimento de Água para Animais

Localidade Saco dos Bois – Santa Quitéria

Fonte: Equipe de Auditoria

FIGURA 22Lavagem de Roupa

Localidade Olho d’Água dos Dianos – Catunda

Fonte: Equipe de Auditoria

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Como consequência tem-se uma subutilização dos Sistemas, bem como o descrédito naAção.

É cediço que o objetivo da Ação é fornecer água de boa qualidade, todavia, naquelesSistemas com dessalinizador, além da água dessalinizada, também disponibiliza água salobra para apopulação, a fim de suprir suas demais carências.

Dessa forma, após a implementação do Sistema, era de se esperar que o percentual defamílias abastecidas por carro pipa, nessas localidades, fosse mínimo. Mesmo assim, 37,57% dasfamílias entrevistadas afirmaram que a localidade está sendo abastecida por carro pipa, acarretandosuperposição entre a Ação auditada e a do Carro Pipa.

Recomendação

Que a SOHIDRA instale dessalinizadores nos Sistemas que fornecem água salobra, naquelaslocalidades que atendem aos requisitos para implementação da Ação.

Essa recomendação visa garantir a ampliação da oferta de água de boa qualidade,contribuindo para a melhoria das condições socioeconômicas das populações.

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Capítulo 6 – Conclusão

A falta de recursos hídricos afeta severamente as condições de sobrevivência da populaçãoque reside no semiárido brasileiro, estimada em mais de 18 milhões de pessoas. Praticamente ametade dessa população vive na zona rural e convive com os problemas decorrentes da seca.

Dentro desse panorama, aumenta a importância da água subterrânea, que representa, muitasvezes, o único recurso disponível para o suprimento da população.

Nesse contexto, o Governo do Estado do Ceará vem promovendo a Ação 10740 –Implementação de Pequenos Sistemas Simplificados de Abastecimento de Água em ComunidadesRurais, inserida no Programa 729 – Suprimento Hídrico para Centros Urbanos e Rurais.

A Ação representa uma alternativa tecnicamente viável para garantir a ampliação da ofertade água de boa qualidade, contribuindo para a melhoria das condições socioeconômicas daspopulações rurais do Estado, além de influenciar na fixação das famílias no campo.

A auditoria constatou que:

• Os mecanismos utilizados na escolha das comunidades a serem beneficiadas pela Açãonão atendem ao princípio da equidade, sendo implementados Sistemas em localidadesmenos necessitadas, que não atendem os pré-requisitos informais adotados e a finalidadeda Ação;

• As metas estabelecidas para a Ação não foram cumpridas durante o período auditado;

• A sustentabilidade dos Sistemas se encontra ameaçada diante da deficiência de suamanutenção e da fragilidade do sistema de controle e monitoramento da execução daAção;

• As falhas apontadas levam à paralisação de poços por falta de manutenção, aosucateamento dos equipamentos, ao desperdício de recursos públicos e, em últimaanálise, ao fracasso de alguns sistemas, ao não disponibilizar água potável para ascomunidades rurais atingidas pela seca;

• Os exames realizados na sistemática de execução e gerenciamento da Ação apontaramdificuldades na articulação e na comunicação entre a SOHIDRA e outros possíveisatores responsáveis pela gestão dos serviços de abastecimento de água e pelaimplementação de políticas afins, em especial gestores municipais. Esse problema podecomprometer a sustentabilidade dos Sistemas.

Destarte, é importante que os gestores adotem medidas com o objetivo de sanar asdeficiências encontradas as quais são objetos de propostas de recomendações no capítulo seguintedeste relatório.

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29

Capítulo 7 – Proposta de Encaminhamento

Diante do exposto, e visando contribuir para a melhoria da Ação Implementação dePequenos Sistemas Simplificados de Abastecimento de Água em Comunidades Rurais, a EquipeTécnica responsável pela auditoria operacional, submete este relatório à consideração superior, comfulcro no inciso VI, art. 15 do Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado do Ceará,sugerindo a oitiva do gestor da Superintendência de Obras Hidráulicas - SOHIDRA, acerca dasRecomendações que se seguem:

7.1. Que a SOHIDRA defina e normatize critérios objetivos e transparentes, subsidiados pordiagnóstico da situação de disponibilidade hídrica, pluviometria e acesso aos serviços deabastecimento de água no Estado, de modo a promover a equidade no atendimento das populações;

7.2. Que a SOHIDRA se planeje de modo a maximizar a quantidade de Sistemasimplantados e revitalizados, tornando a Ação mais eficaz;

7.3. Que a SOHIDRA elabore:

7.3.1. plano de administração, operação, manutenção que garanta a sustentabilidade dosSistemas, com definição clara dos responsáveis pela operação e pela manutenção.

7.3.2. plano de manejo para aproveitamento sustentável do rejeito oriundo do processo dedessalinização

7.4. Que a SOHIDRA instale dessalinizadores nos Sistemas que fornecem água salobra,naquelas localidades que atendem aos requisitos para implementação da Ação.

Secretaria de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Ceará. Fortaleza, 18 demarço de 2011.

_______________________________José Ricardo Moreira Dias

Coordenador Técnico

_______________________________Jocyrrégia Maria Peixoto Alves

Subdiretor da 3ª ICE

_______________________________Francisco das Chagas Evangelista

Subdiretor da 7ª ICE

_______________________________Maria de Fátima Teixeira Brasil

Subdiretor da 6ª ICE

_______________________________Emilson Pinheiro Coelho Neto

Analista de Controle Externo 3ª ICE

_______________________________Sérgio Luiz Conde de Oliveira

Analista de Controle Externo 2ª ICE

____________________________Confere: José Teni Cordeiro Júnior

Secretaria de Controle Externo

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30

APÊNDICE

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31

APÊNDICE I

MATRIZ DE PLANEJAMENTO

Função: Saneamento

Subfunção: Recursos Hídricos

Programa: Suprimento Hídrico para Centros Urbanos e Rurais

Ação auditada: Ação 10740 - Implantação de Pequenos Sistemas Simplificados de Abastecimentode Água nas Comunidades Rurais.

Período: 2008 e 2009.

Objetivo da ação auditada: Ampliar a oferta de água às famílias residentes no meio rural,contribuindo para a melhoria das condições socioeconômicas e de saúde dessas populações.

Relevância do Tema: O Estado do Ceará, assim como a maioria dos estados do Nordeste, enfrentaproblemas ligados à falta de água, ocasionados pelos frequentes períodos de estiagem, quecaracterizam o clima semi-árido desta região. Nesses períodos de chuvas escassas ou inexistentes,os pequenos mananciais de superfície geralmente secam e os grandes chegam a atingir níveiscríticos, provocando muitas vezes colapso no abastecimento de água. Dentro desse panorama,aumenta a importância da água subterrânea, que representa, muitas vezes, o único recursodisponível para o suprimento da população. Nesse sentido, torna-se relevante a Ação 10740, objetodesta auditoria.

Problema de auditoria: Estudo preliminar, realizado na fase de levantamento de dados, indicouoportunidade de melhorias na Ação, especificamente no que tange ao aumento da oferta de água àsfamílias residentes no meio rural, de forma a melhorar suas condições socioeconômicas e de saúde.Verificou-se, ainda, a necessidade de avaliar os critérios utilizados na implantação do Sistema, bemcomo a forma de atuação dos órgãos / entidades governamentais envolvidos na Ação.

À luz dessa situação, considerou-se oportuno e conveniente que a presente auditoria avaliasse aAção, observando as dimensões de eficácia, efetividade, equidade e sustentabilidade, tendo em vistaa possibilidade de não atender aos objetivos previstos.

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32

Questão Informações requeridas Fontes de InformaçãoProcedimentos de

coleta de dados

Procedimentosde análise de

dadosLimitações

O que a análise vaipermitir dizer

1. A escolha daslocalidades a serembeneficiadas pelaAção contemplacritérios deequidade?

Dimensão deAnálise: equidade

Critérios – Pré-requisitos utilizadospela SOHIDRA naseleção daslocalidades.

• Identificação dos meiosutilizados na seleção daslocalidades beneficiadas (A)

• Identificação dascaracterísticas daslocalidades / municípiosbeneficiados (B)

• Percepção dacomunidade acerca dos meiosutilizados na requisição dossistemas (C)

• SOHIDRA (Relatórios) –A

• IBGE- Mapa de Pobrezae Desigualdade – MunicípiosBrasileiros 2003- B

• IPECE-Perfil BásicoMunicipal 2009/ AnuárioEstatístico do Ceará 2009 – B

• ComunidadesBeneficiadas – C

• Requisição deregistrosadministrativos – A;

• Consulta abase de dados – B;

• Entrevistaestruturada combeneficiários – C;

• Entrevistasemi-estruturada comtécnicos daSOHIDRA – A.

• Análisede entrevistas edocumentos;

• Triangulação

• Insuficiência e inconsistênciade informaçõesnos documentosapresentados.

• Desatualização de dados.

• Dificuldadesna aplicação deuma amostraválida dequestionários.

• Se osmecanismosutilizados noplanejamento e naescolha dascomunidades aserem beneficiadaspela ação atendemao princípio daequidade

2. As metasestabelecidas para aAção foramcumpridas durante operíodo auditado?

Dimensões de Análise:- Eficácia

Critérios – Relatóriodo MAPP, (2008-2009):

• 2008: 402SistemasImplantados e 150Revitalizados;

• 2009: 476SistemasImplantados e 150Revitalizados.

• Quantidade de SistemasImplantados e Revitalizados

• Relatório do MAPP,apresentado nas Contas deGestão da SOHIDRA (2008-2009);

• Registrosadministrativos da SOHIDRA.

• Requisição deregistrosadministrativos.

• Análisede documentos.

• Insuficiência e inconsistênciade informações.

• Se aquantidade deSistemasImplantados eRevitalizados estãocompatíveis com aprevisão;

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Questão Informações requeridas Fontes de InformaçãoProcedimentos de

coleta de dados

Procedimentosde análise de

dadosLimitações

O que a análise vaipermitir dizer

3. A operação emanutenção dosSistemas estão sendofeitas de forma agarantir suasustentabilidade?

Dimensões deanálise:- Sustentabilidade

• Quantidade necessáriade pessoas para operação dossistemas- A;

• Quantidade de pessoasque estão operando ossistemas B;

• Órgão responsável pelamanutenção dos sistemas – C;

• Dotação orçamentáriadestinada à manutenção dossistemas – D;

• Medidas que visemgarantir a manutençãopreventiva do sistema – E;

• Ações educativas quemostrem o valor social dossistemas – F;

• Percepção dacomunidade acerca daimportância dos sistemas – G.

• SOHIDRA (Relatórios) –A, B, C, E, F;

• Orçamento do órgãoresponsável pela manutençãodos sistemas – D

• ComunidadesBeneficiadas – G

Plano de manutenção preventiva– E;

• Requisição deregistrosadministrativos(contábeis,financeiros,documentostécnicos) –A,B,C,D,E,F;

• Entrevistasemi-estruturada comtécnicos daSOHIDRA – A, B, C,E, F;

• Entrevistaestruturada combeneficiários – G;

• Entrevistaestruturada comresponsável pelosistema – E;

• Inspeção – E.

• Análisequalitativa dasentrevistas edocumentos;

• Triangulação

• Insuficiência e inconsistênciade informaçõesnos documentosapresentados

• Se estádefinido oresponsável pelaoperação emanutenção dossistemas;

• Se aquantidade depessoas envolvidasna operação dossistemas é suficiente;

• Se oorçamento daSOHIDRA contempladotação específicapara a manutençãodos sistemas;

• Se existe umplano de manutençãopreventiva;

• Se há açõeseducativas quemostrem o valorsocial dos sistemas

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Questão Informações requeridas Fontes de InformaçãoProcedimentos de

coleta de dados

Procedimentosde análise de

dadosLimitações

O que a análise vaipermitir dizer

4. Em que medida aAção têm contribuídopara suprir a carênciade água paraconsumo humano?

Dimensão de análise:Efetividade

Critério:Classificação deContribuição da Ação

• Insuficiente:até 25%

• Regular: de25,01% a 50%

• Bom: de50,01% a 75%

• Ótimo: a partir75,01%

• Percentual de famíliasque utilizam a água dosSistemas para consumohumano;

• Percentual de famíliasque utilizam a água dosSistemas para outros fins;

• Percentual de famíliasque são abastecidas porcarro-pipa após a instalaçãodos Sistemas.

• Famílias beneficiadas. • Entrevistaestruturada combeneficiários.

• Análisequalitativa dasentrevistas.

• Insuficiência e inconsistênciade informaçõesnos dadoscoletados.

• Grau decontribuição da Açãopara suprir a carênciade água paraconsumo humano.

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35

APÊNDICE II

ANÁLISE STAKEHOLDER

STAKEHOLDER(atores principais)

Grupo(P/S)

PAPEL(do Stakeholder na implementações das ações)

INTERESSE(do Stakeholder na ação)

(++, +, 0, -, --)

IMPACTO(se a ação não atender aointeresse do Stakeholder)

Requisitante(Estado,

Municípios,Associações,Sindicatos,

Deputados eVereadores)

P

• Solicitar abastecimento de água potável para a comunidade; •••• Melhorar a qualidade devida da comunidade por meiode abastecimento de águapotável;

++

• Descrédito na ação;• Comunidade sem acesso a

água potável;

SOHIDRA

P

• Analisar as solicitações;• Realizar estudo de viabilidade das solicitações;• Perfuração dos poços;• Contratação de empresa para instalação do sistema;• Capacitar o operador do sistema escolhido na comunidade;• Atestar o recebimento da obra;• Manutenção do sistema;

•••• Implementar a AçãoPequenos SistemasSimplificado de Abastecimentode Água;

•••• Atender a comunidadecom o abastecimento de águapotável;

•••• Contribuir para odesenvolvimento sustentávelno Estado por meio daimplantação de infraestruturahídrica;

++

• Não implementação daAção;

• Acesso reduzido à águapotável por parte daComunidade;

• Baixa implementação dainfraestrutura hídrica noEstado;

Comunidade P

• Operar o Sistema;• Zelar pela integridade do Sistema.

• Ter acesso a águapotável;

• Melhorar as condições desaúde da comunidade;

• Contribuir para o

++

•••• Dependência defornecimento de água pormeio de carros pipa.

•••• Prevalência deprecárias condições

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STAKEHOLDER(atores principais)

Grupo(P/S)

PAPEL(do Stakeholder na implementações das ações)

INTERESSE(do Stakeholder na ação)

(++, +, 0, -, --)

IMPACTO(se a ação não atender aointeresse do Stakeholder)

desenvolvimentoeconômico local.

sanitárias;•••• Estímulo ao êxodo na

comunidade e manuten-çãodas condiçõessócioeconômicas locais;

EmpresasContratadas S • Instalar o sistema. • Oferecer o serviço de

instalação do sistema.+ • O sistema não será

instalado.

COGERH S

• Desenvolver estudos visando quantificar asdisponibilidades e demandas das águas para múltiplos fins;

• implantar um sistema de informações sobre recursoshídricos, através da coleta de dados, estatística e cadastro deusos da água visando a subsidiar as tomadas de decisões;

• desenvolver ações que preservem a qualidade das águas,de acordo com os padrões requeridos para usos múltiplos.

• Gerenciar a oferta derecursos hídricos do Estadodo Ceará;

• Subsidiar as tomadas dedecisões quanto à instalaçãodo sistema.

++

• Uso desordenado dosaquíferos, podendoocasionar um desequilíbriono fornecimento de água eaumento do risco decontaminação do lençolfreático.

S R H S

• Promover articulação dos órgãos e entidades estaduais dosetor com os órgãos e entidades federais e municipais;

• Promover o aproveitamento racional e integrado dosrecursos hídricos do Estado;

• Coordenar, gerenciar e operacionalizar estudos, pesquisas,programas, projetos, obras, produtos e serviços referentes arecursos hídricos;

• Outorgar o uso de águas dominiais do Estado;

• Potencializar a expansãona oferta hídrica, visandoproporcionar o uso maiseficiente dos recursoshídricos; ++

• Uso desordenado dosaquíferos, podendoocasionar um desequilíbriono fornecimento de água eaumento do risco decontaminação do lençolfreático.

CPRM S

• Gerar e difundir o conhecimento geológico e hidrológico básiconecessário para o desenvolvimento sustentável nacional, pormeio de: levantamentos hidrogeológicos; cadastramento depoços e fontes de água e monitoramento do nível e daqualidade do lençol freático.

• Fornecer aos tomadores dedecisões, informação precisae relevante das águassubterrâneas, permitindomaior racionalização no usodesses recursos;

0

• Uso irracional do lençolfreático.

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37

APÊNDICE IIIMAPA DE PROCESSOS

SOLICITANTE SOHIDRAEMPRESA

CONTRATADA COMUNIDADE

Protocolarrequerimento na

SOHIDRA

Municípios,Associações, Sindicatos,Vereadores,Estado,Deputados

Analisar a finalidade

do pedido

Está compatívelcom a Missãoda Entidade ?

Justificar aorequerente a

impossibilidadedo atendimento

N

F I M

S

Fazer avaliação social

do pedido

Atende àscondiçõessociais ?

N

S

Fazer avaliação técnica

do pedido

Atende àscondiçõestécnicas ?

N

S

Atendermínimo 30

pessoas.

Avalia ageologialocal ...

EstudoGeofísicoEletroresistividade

1

2

3

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38

SOLICITANTE SOHIDRAEMPRESA

CONTRATADA COMUNIDADE

2 1

Determinar novo localpara Perfuração do

poço (DASUB)

Atende àscondições ?

S

N3

Perfurar poço

Realizar teste devazão

Vazão suficientepara atender

comunidade ?

N3

Realizar análisefísico-química

S

Própria paraconsumohumano ?

N3S

4

Instalar SistemaSimplificado deAbastecimento

D’água comdessalinizador

Águasalobra ?

N

4

Instalar SistemaSimplificado deAbastecimento

D’água

S

Receber oSSAA

instalado

5

5

F I M

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39

APÊNDICE IVMAPA DE PRODUTOS

INSUMOS PRODUTOS INTERMEDIÁRIOS PRODUTO FINAL IMPACTOS

GOVERNO DOESTADO

POLÍTICA DERECURSOSHÍDRICOS

SOHIDRA

RECURSOSORÇAMENTÁRIOS

ALOCADOS

SOHIDRA

AÇÃO

SOHIDRA

PERFURAÇÃODO POÇO

EMPRESACONTRATADA

INSTALAÇÃO DOSISTEMA

SOHIDRA

POÇOPERFURADO

COMUNIDADE

SSAA EMOPERAÇÃO

COMUNIDADE

OPERADORSELECIONADO

SOHIDRA

OPERADORCAPACITADO

MELHORIA DAS

CONDIÇÕES DESAÚDE DACOMUNIDADE

ACESSO A ÁGUAPOTÁVEL

MELHORIA DAS

CONDIÇÕESSÓCIOECONOMICAS DAPOPULAÇÃO

SOHIDRA

POÇOINSTALADO

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40

APÊNDICE V

ANÁLISE SWOT

AMBIENTE INTERNO AMBIENTE EXTERNOFORÇAS OPORTUNIDADES

(+)

• Política estadual de Recursos Hídricos;• Pluralidade de solicitantes;• Comboio de perfuração de poços pertencentes a

SOHIDRA;• Instalação do Sistema por empresas Contratadas;• Articulação com os órgãos de outras esferas de governo;• Flexibilização dos critérios para implantação dos

Sistemas;• Os Sistemas na sua implantação são desobrigados do

Termo de Outorga e Licença Ambiental;• Operação dos Sistemas ser de responsabilidade da

Comunidade;• Articulação entre os órgãos/entidades envolvidos com a

promoção da ação.

• Adoção de um modelo de gestão comunitária,ocasionando uma menor ingerência política;

• Expansão de projetos que utilizem os rejeitosoriundos da dessalinização da água;

• Intensificação do controle na perfuração depoços, especialmente os particulares pelaSRH/COGERH;

• Instituição de programas que promovam aeducação da comunidade quanto ao uso sustentável daágua;

• Estimular a celebração de convênios decooperação técnica entre os entes da federação paragarantir aos Municípios a capacidade de manutençãodos Sistemas.

FRAQUEZAS AMEAÇAS

(–)

• Ausência de normatização para atendimentodas solicitações dos Sistemas;

• Ausência de dotação orçamentária destinada agarantir a manutenção e operação do sistema;

• Falta de conscientização dos usuários acercado valor social dos Sistemas e a importância dosusuários para garantir a sustentabilidade do sistema;

• Deficiência na conservação dos Sistemas pelacomunidade;

• Possibilidade de os Sistemas serem operadospor pessoa não treinada, devido à falta de substitutoigualmente qualificado;

• Aquisição de dessalinizadores sem análise danecessidade de cada poço;

• Desperdício de água, devido à gratuidade deseu fornecimento para a comunidade.

• Uso desordenado pelo particular do lençolfreático;

• Interferência política na operacionalização dosistema.

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41

––

APÊNDICE VI

DIAGRAMA DE VERIFICAÇÃO DE RISCO – DVR

BAIXA PROBABILIDADEALTO IMPACTO

ALTA PROBABILIDADEALTO IMPACTO

• Possibilidade de o Sistema ser operado porpessoa não treinada, devido à falta de substitutoigualmente qualificado.

• Interferência política na operacionalização dosistema;

• Falta de conscientização dos usuários acerca dovalor social dos Sistemas e a importância dosusuários para garantir a sustentabilidade dosistema;

• Deficiência na conservação dos Sistemas pelacomunidade;

• Ausência de dotação orçamentária destinada agarantir a manutenção e operação do sistema;

• Desperdício de água, devido à gratuidade do deseu fornecimento para a comunidade.

BAIXA PROBABILIDADEBAIXO IMPACTO

ALTA PROBABILIDADEBAIXO IMPACTO

IMPACTO

• Ausência de normatização para atendimento dassolicitações dos Sistemas;

• Uso desordenado pelo particular do lençol freático;• Aquisição de dessalinizadores sem análise da

necessidade de cada poço.

PROBABILIDADE–– +

+

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Brasileiros – PROMOEX

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42

APÊNDICE VI

MATRIZ DE ACHADOS

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QUESTÃO 1: A escolha das localidades a serem beneficiadas pela Ação contempla critérios de equidade?Achados

Situaçãoencontrada Critério Evidências e análises Causas Efeitos

Boas PráticasRecomendações e

determinaçõesBenefíciosesperados

Os mecanismosutilizados na escolhadas comunidades aserem beneficiadaspela Ação nãoatendem ao princípioda equidade.

Pedido compatívelcom a missão daSOHIDRA e atendaaos seguintesrequisitos:

• Suprir,pelo menos, 30pessoas;

• Poçosituado em áreapública oudoada peloproprietário;

• Estudogeológico dolocal favorável àperfuração dopoço;

• Vazão dopoço suficientepara atender acomunidade.

De acordo com asentrevistas constatou-seque:

• 7,69% dosSistemas que estãofuncionando sãoutilizados por apenasuma família;

• 42,16% dosbeneficiáriosafirmaram que osSistemas nãofornecem águaprópria para oconsumo humano; e

• 37,30% nãofazem uso dosSistemas.

Da análise documental,verificou-se que 50,94%dos Sistemas visitados,não apresentaramTermo de Doação eServidão Pública doterreno.

Ausência de diagnósticoque identifique aslocalidades maiscarentes de água.

• Descumprimento doscritérios naescolha daslocalidades

• Uso depré-requisitosinformais quenão atendemao princípio daequidade

• Instalação deSistemas emlocalidadesque nãoatendem osrequisitosadotados;

• Instalação deSistemas emlocalidadesmenosnecessitadas

Programa ÁguaDoce coordenadopelo Ministério doMeio Ambiente queadota como critérioprioritário aescolha decomunidadeslocalizadas emmunicípiosatendidos peloprograma FomeZero com:

• MenorIDH (Índice deDesenvolvimento Humano);

• Águassalinas ousalobras em seusubsolo;

• Menoresíndicespluviométricos edeabastecimentode água.

Que a SOHIDRAdefina e normatizecritérios objetivos etransparentes,subsidiados pordiagnóstico dasituação dedisponibilidadehídrica, pluviometria,e acesso aosserviços deabastecimento deágua no Estado, demodo a promover aequidade noatendimento daspopulações.

Que a Ação sejadesenvolvidalevando-se em contacritérios objetivos etransparentes para aelegibilidade e apriorização dosmunicípios elocalidades maisnecessitados.

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QUESTÃO 2: As metas estabelecidas para a Ação foram cumpridas durante o período auditado?Achados

Situaçãoencontrada Critério Evidências e análises Causas Efeitos

Boas PráticasRecomendações e

determinaçõesBenefíciosesperados

Descumprimentodas metasestabelecidas,durante o períodoauditado.

Metas estabelecidasno Relatório doMAPP, apresentadonas Contas deGestão da SOHIDRA(2008-2009):

• 2008: 402SistemasImplantados e 150Revitalizados;

• 2009: 476SistemasImplantados e 150Revitalizados.

• Quantidadede Sistemasimplantados erevitalizadosconstante emplanilhasapresentadas pelaSOHIDRA (2008-2009):

• 2008: 19SistemasImplantados e 25Revitalizados;

• 2009: 242SistemasImplantados e 70Revitalizados.

Da análise documentalconstatou-se que:

• Em 2008,foram Implantados4,73% eRevitalizados 16,67%Sistemas;

• Em 2009,foram Implantados50,84% eRevitalizados 46,67%Sistemas.

Atraso nascontratações dasempresasresponsáveispela implantaçãodos Sistemas,face ao processode extinção porque passa aSOHIDRA einicio de novagestão daentidade.

Quantidade deSistemasimplantados erevitalizadosinferior àprevista.

Que a SOHIDRA seplaneje de modo amaximizar aquantidade deSistemasimplantados erevitalizados,tornando a Açãomais eficaz.

Maior número deSistemas emfuncionamento.

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QUESTÃO 3: A operação e manutenção dos Sistemas ocorrem de forma a garantir sua sustentabilidade?Achados

Situaçãoencontrada

Critério Evidências e análises Causas EfeitosBoas Práticas

Recomendaçõese determinações

Benefíciosesperados

A operação emanutenção dosSistemas nãoestão sendo feitasde forma agarantir suasustentabilidade.

Plano deAdministração,Operação eManutenção doProgramaPROÁGUA doMinistério daIntegração Nacional.

Nas entrevistas com osoperadores dosSistemas, constatou-seque:

• 45,24% nãoreceberamtreinamento quandoda instalação dosSistemas;

• 85,71% não sãoremunerados; e

• 28,57% arcam comos custos deoperação do Sistema;

Quando os Sistemasapresentam problemas,os operadoresdeclararam querecorrem a:

• SOHIDRA: 68,75%;

• Prefeitura: 18,75%;

• Líder Comunitário:6,25%; e

• Nenhum dessesanteriores: 6,25%.

• Indefinição deresponsabilidades quanto àoperação emanutençãodos Sistemas;

• Ausência de plano detrabalho queestabeleça umcronogramademanutenção;

• Inexistência de verbaespecíficaparamanutenção.

• Demorano reparo dosSistemas;

• Descontinuidade nofornecimentode água;

• Sistemas instalados,sem funcionar;

• Deterioração dosSistemas.

ProgramaPROÁGUA queadota um plano desustentabilidade.

Programa ÁGUADOCE do Ministériodo Meio Ambiente.

Uso do controleeletrônico nadistribuição de águanas localidades:

• Agrovila SãoVicente e Pereiros(Quixeramobim)

• AcampamentoSerragem (Ocara)

• Triunfo(Ibaretama)

• Juá (Amontada)

• Caiçara Sul eIngá (Tejuçuoca)

• Santo Antônio eConceição(Coreaú)

Recomendações:

Que a SOHIDRAelabore plano deadministração,operação,manutenção quegaranta asustentabilidadedos Sistemas, comdefinição clara dosresponsáveis pelaoperação e pelamanutenção.

Que a SOHIDRAelabore plano demanejo paraaproveitamentosustentável doefluente oriundodo processo dedessalinização

• Agilidadenos consertos dosSistemas;

• Fornecimento regular de água;

• Aproveitamento de todos osSistemasinstalados;

• Garantirfuncionamentodos Sistemasdurante sua vidaútil.

• garantir quea utilizaçãodesses recursosnão comprometama qualidadeambiental

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QUESTÃO 3: A operação e manutenção dos Sistemas ocorrem de forma a garantir sua sustentabilidade?Achados

Situaçãoencontrada Critério Evidências e análises Causas Efeitos

Boas PráticasRecomendações e

determinaçõesBenefíciosesperados

Dos 42 operadoresentrevistados, 15(35,71%) afirmaram queos Sistemasapresentaramproblemas. Desses,73,33 % responderamque, em média,costumam ficarparados, esperandoconserto, por mais de 7dias

Na Inspeção Física dosSistemas visitados,constatou-se que25,00% estavam semfuncionar. As principaiscausas foram:

• Falta de ligação deenergia elétrica;

• Defeito/Ausência debombas;

Nas entrevistas com osbeneficiários, 77,57%declararam que nuncaforam informados daimportância dacomunidade zelar peloSistema.

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QUESTÃO 4: Em que medida a Ação têm contribuído para suprir a carência de água para consumo humano?Achados

Situaçãoencontrada Critério Evidências e análises Causas Efeitos

Boas PráticasRecomendações e

determinaçõesBenefíciosesperados

Baixa contribuiçãoda Ação parasuprir a carênciade água paraconsumo humano

Classificação deContribuição da Ação,construído com baseno Indicador deDesempenhoOrçamentário deProgramas deinvestimento doGoverno (Relatório

Anual das Contas de

Governo, 2009):

• Insuficiente: até25%

• Regular: de 25,01%a 50%

• Bom: de 50,01% a75%

• Ótimo: a partir75,01%

25,64% dos Sistemas queestavam funcionandoforneciam água própriapara o consumo humano.

Corroborando com essaevidência que indicacomo “regular” acontribuição da Ação,observou-se nos diversosinstrumentos de coleta oseguinte:

• 27,27% dosbeneficiários utilizama água para outrasfinalidades, comolavagem de roupa,consumo dosanimais;

• 37,30% dosbeneficiários nãofazem uso doSistema;

• 37,57% dosbeneficiáriosafirmaram que alocalidade está sendoabastecida por carropipa, após ainstalação dosSistemas.

Ausência dedessalinizadoresnos Sistemas emque a águaapresenta altoteor desalinidade.

• Subutilizaçãodos Sistemas;

• Descrédito naAção;

• Superposiçãode Ações:Sistemas xCarro Pipa;

Que a SOHIDRAinstaledessalinizadores nosSistemas quefornecem águasalobra, naquelaslocalidades queatendem aosrequisitos paraimplementação daAção.

Garantir a ampliaçãoda oferta de água deboa qualidade,contribuindo para amelhoria dascondiçõessocioeconômicas daspopulações.

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APÊNDICE VIIROTEIRO DE ENTREVISTA ESTRUTURADA

BENEFICIÁRIOS DO SISTEMA

1. Há quanto tempo você mora aqui?( ) menos de 1 ano( ) de 1 a 2 anos( ) de 2 a 3 anos( ) mais de 3 anos

2. Você sabe que esta localidade tem chafariz?( )sim( )não

3. Quando o chafariz começou a funcionar,você já morava aqui?( )sim( )não( )não se lembra

4. Este chafariz é para o uso de todos?( )sim( )não( )não sabe informar

5. Você faz uso do chafariz?( )sim( )não

6. Porque você não faz uso do chafariz?( )o dono do terreno não permite( )está desativado( )nunca funcionou( )por que a água não é boa( )outro ________________________

7. Onde vocês pegam a água que sua famíliabebe e usa no preparo da comida?( )cisterna( )poço cacimbão( )açude público( )açude particular( )rio( )chafariz de outra localidade( )carro pipa( )outro ________________________

8. A água desse chafariz é boa pra beber?( )sim( )mais ou menos( )não( )não sei

9. Onde vocês pegam a água para beber?( )cisterna( )poço cacimbão( )açude público( )açude particular( )rio( )no próprio chafariz( )chafariz de outra localidade( )chafariz de outra localidade( )outro ________________________

10. As outras famílias que residem aqui pegamágua neste chafariz?( )sim( )a maioria pega( )não( )não sei

11. Famílias que moram em outra localidadepegam água neste chafariz?( )sim( )não( )não sei

12. Antes desse chafariz ser instalado aqui,onde vocês pegavam água para beber e usarno preparo da comida?( )o chafariz já existia( )cisterna( )poço cacimbão( )açude público( )açude particular( )rio( )chafariz de outra localidade( )carro pipa( )outro ________________________

13. A que distância fica esse local, onde vocêspegavam água?( )o chafariz já existia( )menos de 1 km( )de 1 a 5 km( )mais de 5 km

14. E depois do chafariz ser instalado, jáaconteceu desta localidade ser abastecidapor carro pipa?( )sim( )não

se SIM, continuese NÃO, encerre

se SIM, vá para a pergunta 8se NÃO, continue

se a resposta da pergunta 9 foi NO PRÓPRIOCHAFARIZ continue, caso contrário ENCERRE

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15. Vocês pagam po r esta águade beber que pegam no chafariz?( )sim( )não

16. Vocês podem pegar a quantidade de águapara beber que quiserem?( )sim

( )não

17. Quanto é pago pela água de beber quevocês pegam no chafariz?___________________________________________________________________

18. Você acha esse valor caro?( )sim( )não

19. Já que a água é paga vocês pegam aquantidade que quiserem?( )sim( )não

20. Qual a quantidade de água para beber quevocês podem pegar no chafariz?________________________________

21. Vocês podem pegar a água para beber, nochafariz, a qualquer hora?( )sim( )não

22. Existe um horário programado para pegarágua no chafariz?( )não( )sim, qual horário ____________

23. Já aconteceu de vocês quererem pegarágua para beber no chafariz e nãoconseguirem?( )não( )sim, porque __________________ _________________________

24. Quantas pessoas são responsáveis parafuncionar o chafariz?( )1( )2( )mais de 2

25. Elas moram aqui na localidade?( )sim( )não( )não sabe

26. Já aconteceu de vocês deixarem depegar água no chafariz porque a pessoaresponsável pelo sistema não estava lá?( )sim( )não

27. Isso acontece com que frequência?( )mais de uma vez ao mês( )pelo menos uma vez por mês( )pelo menos uma vez a cada três meses( )raramente isso acontece

28. Você acha que a quantidade de pessoa(s)responsável(is) para operar o chafariz ésuficiente?( )sim( )não

29. O chafariz já parou de funcionar por algumdefeito?( )sim( )não

30. Nos últimos 12 meses, quantas vezes issoaconteceu?( )nenhuma vez( )até 3 vezes( )de 3 a 6 vezes( )mais de 6 vezes

31. Quando acontece, em média, fica paradoquantos dias?( )até 4 dias( )de 4 a 7 dias( )mais de 7 dias

32. Quando o chafariz está quebrado, ondevocês pegam água?( )cisterna( )poço cacimbão( )açude público( )açude particular( )rio( )chafariz de outra localidade( )carro pipa( )outro ________________________

33. A que distância fica esse local, onde vocêspegam água?( )menos de 1 km( )de 1 a 5 km( )mais de 5 km

se SIM, vá para a pergunta 17se NÃO, continue

se SIM, vá para a pergunta 21se NÃO, vá para a pergunta 20

se SIM, vá para a pergunta 23se NÃO, continue

se SIM, continuese NÃO, vá para a pergunta 28

se SIM, continuese NÃO, vá para a pergunta 34

se SIM, vá para a pergunta 21se NÃO, continue

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34. Alguém já lhe falou da importância dacomunidade zelar por esse chafariz?( )não( )sim, quem ____________________ Como ____________________

35. Sua família, adoeceu menos, depois dainstalação do chafariz nesta localidade?( )sim( )não( )não sei

36. A instalação do chafariz trouxe para suafamília algum ganho financeiro extra?( )sim( )não( )não sei

37. A instalação do chafariz permitiu que suafamília fizesse alguma economia?(por exemplo, gasto com combustível, detempo, etc.)( )não( )não sei( )sim, tipo_____________________

38. Após instalação do chafariz, foidisponibilizado para a localidade algum serviçopúblico, como por exemplo, atendimentomédico, escola, posto de saúde, etc.?( )não( )não sei( )sim, o que____________________ ____________________

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APÊNDICE VIIIROTEIRO DE ENTREVISTA ESTRUTURADA

OPERADORES DO SISTEMA

1. Nome da pessoa responsável para operar ochafariz________________________________

2. Reside na localidade?( )sim( )não

3. Quantas famílias residem nesta localidade?________________________________

4. Foi indicado por quem?( )comunidade( )Prefeitura( )lideranças políticas locais( )SOHIDRA( )outro_________________________

5. Recebe alguma remuneração para trabalharaqui no chafariz?( )sim( )não

6. Quem é responsável pelo seu pagamento?( )comunidade( )Prefeitura( )lideranças políticas locais( )SOHIDRA( )outro_________________________

7. Qual o valor dessa remuneração?( )menos de ½ salário mínimo( )de ½ a 1 salário mínimo( )mais de 1 salário mínimo( )varia de acordo com aarrecadação

8. Recebeu algum treinamento para operar ochafariz?( )sim( )não

9. Quem promoveu este treinamento?( )Prefeitura( )SOHIDRA( )outro_________________________

10. Esse chafariz dispõe de dessalinizador?( )sim( )não

11. Onde é despejada a água que é rejeito dodessalinizador?( )diretamente no solo( )em tanques de decantação( )em projeto de aproveitamentodessa água

12. Recebeu algum treinamento para fazer amanutenção de rotina do dessalinizador?( )sim( )não, quem faz ________________

13. Quem promoveu este treinamento?( )Prefeitura( )SOHIDRA( )outro_________________________

14. Algum técnico visita esse chafariz paraverificar seu funcionamento?( )sim( )não

15. De quanto em quanto tempo esse técnicovisita o chafariz?( )uma vez a cada 3 meses( )uma vez a cada 6 meses( )uma vez ao ano( )apenas quando há solicitação

16. De onde é esse técnico?( )Prefeitura( )SOHIDRA( )outro_________________________

se SIM, continuese NÃO, vá para a pergunta 8

se SIM, continuese NÃO, vá para a pergunta 10

se SIM, continuese NÃO, vá para a pergunta 22

se SIM, continuese NÃO, vá para a pergunta 17

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17. Quando o chafariz apresenta problemasquem você procura?( )líder comunitário( )Prefeitura( )SOHIDRA( )outro_________________________

18.Em média, leva quantos dias para atenderao chamado?( )até 4 dias( )de 4 a 7 dias( )mais de 7 dias

19. É você quem faz pequenos reparos nosistema?( )sim( )não

20. De onde é o técnico que faz esss pequenosreparos?( )Comunidade( )Prefeitura( )SOHIDRA( )outro_________________________

21. Quando o dessalinizador está quebrado,onde a comunidade costuma pegar água parabeber?( )cisterna( )poço cacimbão( )açude público( )açude particular( )rio( )desse próprio chafariz( )chafariz de outra localidade( )carro pipa( )outro ________________________

22. Existem outras pessoas que lhe auxiliam aoperar o chafariz?( )sim, quantas _________________( )não

23. Essa(s) pessoa(s) residem na localidade?( )sim( )não

24. Essa(s) pessoa(s) que lhe auxilia(m) aoperar o chafariz receberam algum treinamentopara isso?( )sim( )não

25. Quem promoveu este treinamento?( )Você próprio( )Prefeitura( )SOHIDRA( )outro_________________________

26. Essa(s) pessoa(s) é(são) remuneradas paralhe auxiliar aqui no chafariz?( )sim( )não

27. Quem é responsável pelo pagamento?( )Você próprio( )comunidade( )Prefeitura( )lideranças políticas locais( )SOHIDRA( )outro_________________________

28. Qual o valor dessa remuneração?( )menos de ½ salário mínimo( )de ½ a 1 salário mínimo

( )mais de 1 salário mínimo( )varia de acordo com a arrecadação

29. Você acha que a quantidade de pessoa(s)responsável(is) para operar o chafariz ésuficiente?( )sim( )não

30. Quantas pessoas além de você sãonecessárias para garantir o bom funcionamentodo chafariz?( )1( )2( )mais de 2

31. Já aconteceu da deixarem de pegar águano chafariz porque não tinha alguémresponsável pelo sistema?( )sim( )não

32. Isso acontece com que frequencia?( )mais de uma vez ao mês( )pelo menos uma vez por mês( )pelo menos uma vez a cada três meses( )raramente isso acontece

33. Quem paga a conta de energia do Sistema?________________________________

34. Você faz algum controle de distribuição daágua?( )sim, qual_____________________( )não

se SIM, continuese NÃO, vá para a pergunta 26

se SIM, continuese NÃO, vá para a pergunta 29

se SIM, vá para a pergunta 31se NÃO, continue

se SIM, continuese NÃO, vá para a pergunta 33

se SIM, vá para a pergunta 21se NÃO, continue

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APÊNDICE IXROTEIRO DE INSPEÇÃO FÍSICA

DESCRIÇÃO OK!

1. O Sistema está instalado?2. O Sistema está funcionando?3. O Sistema possuí alguma identificação do Governo do Estado?4. O Sistema está instalado em prédio apropriado?5. O local onde está instalado o Sistema está protegido por muro?6. O local onde está instalado o Sistema está protegido por cerca?7. O acesso ao ambiente interno do Sistema é restrito?8. A localidade dispõe de energia elétrica?

9. A captação de água se dá por bomba elétrica?10. O Sistema possuí um painel de comando elétrico?11. O painel de comando elétrico está instalado em casa apropriada?12. Tem poste de concreto armado?

13. A captação de água se dá por catavento?

14. A caixa d’água é de fibra de vidro com capacidade de 5.000 l?15. A caixa d’água está suspensa?16. O poço está protegido com anel de pré-moldado e tampa?

17. O sistema possuí dessalinizador?18. O rejeito do dessalinizador é despejado diretamente no solo?19. O rejeito do dessalinizador é despejado em algum reservatório?

20. O chafariz está construído na área externa do Sistema?21. O controle de distribuição de água é eletrônico?22. O controle de distribuição de água é manual?23. Não há controle de entrega de água no chafariz?24. A água fornecida pelo chafariz é paga?25. O chafariz é composto por quantas torneiras?26. Todas as torneiras estão instaladas?27. Todas as torneiras estão funcionando?

O Sistema apresenta algum vazamento de água? Onde?____________________________________________________________________________________________________________________________________________

Porque o sistema não está funcionando?( )ausência de bomba( )sem energia( )algum dano na estrutura( )outro __________________________________

Observações:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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ANEXO

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REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS - ANA. Águas Subterrâneas. Brasilia: ANA, 2002. 85p.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: Texto constitucional promulgadoem 5 de outubro de 1988, com alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais de Revisãonº 1 a 6/1994 e pelas Emendas Constitucionais nº 1/1996 a 67/2010._________. Lei 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamentobásico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666,de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei nº 6.528, de 11 de maio de1978; e dá outras providências.

CEARÁ. Lei nº11.996, de 24 de julho de 1992. Dispõe sobre a Política Estadual de RecursosHídricos, institui o Sistema Integrado de Gestão de Recursos Hídricos - SIGERH e dá outrasprovidências.

_________, ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO. Cenário Atual dos recursoshídricos do Ceará / Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos, Assembleia Legislativa doEstado do Ceará – Fortaleza: INESP, 2008. 174p. : il. – (Coleção Pacto das Águas)

_________. Resolução ARCE N° 122, de 11/12/2009. Disciplina a qualidade da água e dos esgotosna prestação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário.

COLLARD, A-L.; BURTE, J.; JACOBI, P. Os modos de gestão da água no semiáridocearense: a relação dos pequenos produtores com a técnica agrícola e doméstica. Trabalhoapresentado no ANPPAS, Florianópolis, Brasil, outubro 2010. Encontrado emhttp://www.anppas.org.br/encontro5/cd/artigos/GT9-277-190-20100903123147.pdf Acesso em08/02/2011.

MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL – MIN. Nova delimitação do semiáridobrasileiro. Brasília, 2005. 35p.

ONU – ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração do Milênio das Nações Unidas.Nova York, 2000. Encontrado em http://www.unric.org/html/portuguese/uninfo/DecdoMil.pdfAcesso em 08/02/2011.

PINHEIRO, J. C. V & SILVA, L. A. C. Apropriação da água subterrânea segundo suaqualidade para uso doméstico no Ceará: uma aplicação de medidas de desigualdade. 2001.Encontrado em http://www.bvsde.paho.org/bvsacd/encuen/silva.pdf Acesso em 08/02/2011.

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SILVA, O. J. A escassez de água no semiárido brasileiro. 2003. Encontrado emhttp://www.icb.ufmg.br/big/benthos/index_arquivos/pdfs_pagina/Minicurso/aescassez.pdf Acessoem 08/02/2011.

SOUZA, L. A. P. Água no semiárido. 2005. In: Revista Desafios do Desenvolvimento – Institutode Pesquisas Econômica e Aplicada - IPEA, edição 17, março/2005.

SOARES, T. M. ; SILVA, I. J. O.; DUARTE, S. N. ; SILVA, E. F. F. E. Destinação de águasresiduárias provenientes do processo de dessalinização por osmose reversa. In: RevistaBrasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, vol.10, nº 3, p. 730/7, 2006. Encontrado emhttp://www.scielo.br/pdf/rbeaa/v10n3/v10n3a28.pdf Acesso em 08/02/2011.

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LEGISLAÇÃO

Principais Normas relacionadas ao tema:

• Constituição Federal – inciso IX do art.23;

• Lei nº 11.445/2007, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece Diretrizes Nacionaispara Saneamento Básico;

• Lei nº 11.996/1992, de 24 de julho de 1992, que dispõe sobre a Política Estadual deRecursos Hídricos, institui o Sistema Integrado de Gestão de Recursos Hídricos - SIGERH edá outras providências, que entre outros temas aprova o Plano Estadual de RecursosHídricos – PLANERH;

• Lei nº 14.394/2009, de 7 de julho de 2009, que define a atuação da AgênciaReguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará – ARCE, relacionada aosserviços públicos de saneamento básico, e dá outras providências;

• Decretos de nº 23.067/1994 e 23.068/1994, ambos de 11 de fevereiro de 1994, queregulamentam a outorga do direito de uso dos recursos hídricos e a licença de obras eserviços de oferta hídrica (PLANERH);

• Resolução ARCE nº 30/2002, de 7 de março de 2002, que disciplina osprocedimentos gerais a serem adotados nas ações de fiscalização das instalações e serviçosde abastecimento de água e esgotamento sanitário decorrentes do convênio entre aSEINFRA, ARCE e CAGECE nº 20/2001;

• Resolução ARCE nº 43/2004, de 15 de abril de 2004, que atribui nova redação aoart. 11 da Resolução ARCE nº 30, de 07 de março de 2002, que disciplina os procedimentosgerais a serem adotados nas ações de fiscalização das instalações e serviços deabastecimento de água e esgotamento sanitário, decorrentes do Convênio entre SEINFRA,ARCE e CAGECE nº 20/2001;

• Resolução ARCE N° 122/2009, de 11 de dezembro de 2009, que disciplina aqualidade da água e dos esgotos na prestação dos serviços de abastecimento de água eesgotamento sanitário; e

• Resolução ARCE Nº 130/2010, de 25 de março de 2010, que estabelece ascondições gerais na prestação e utilização dos serviços públicos de abastecimento de água ede esgotamento sanitário.