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1 Wakula Tete DESPORTO Perfil do clube dos desportos do chingale de Tete. SOCIEDADE Se mais mundo houvera, lá chegára. TURISMO Vila do Songo, o lugar onde reside o brilho e a cultura.

Wakula tete 01 para dar opiniao

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1Wakula Tete

DESPORTO

Perfil do clube dos desportos do

chingale de Tete.

SOCIEDADE

Se mais mundo houvera, lá chegára.

TURISMOVila do Songo, o lugar onde

reside o brilho e a cultura.

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ÍNDICE E FICHA TÉCNICA

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Directora da Revista

Ana da Graça

© Créditos da imagem

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Estimado amigo leitor,

Está na posse de uma Revista produzida e concebi-da nesta Província de todos nós, a província de cen-tral de Tete. Esta é uma publicação que pretende abordar assun-tos relacionados com Tete, em particular, e com Mo-çambique, em geral, se tomarmos em linha de orien-tação que para cá convergem moçambicanos de todas as províncias do país e estrangeiros dos qua-tro cantos do Mundo, para investir e fazer de Tete a sua casa. Aliás, poderá ler no artigo Tete Cresce que convivem só na nesta Província cerca de 50 nacio-nalidades distintas.Deve dizer que quando me chegou às mãos a ideia de produzir e publicar uma revista focalizada em assun-tos de sociedade, investimentos, histórias de viagem, turismo, desporto e forma de estar, viver e ser dos compatriotas em Tete, bem como em todas peripé-cias que aqui ocorrem, apercebi-me de imediato que era importante e crucial abraçar o projecto. Logo apercebi-me que esta revista tornar-se-ia a cara, a imagem e o espelho de Tete, tornar-se-ia num instrumento capaz de dar a conhecer, ao país e ao mundo, a vida, as estórias, o património, os encon-tros e as paixões que aqui têm lugar.Este é assim o nosso desafio: contar as estórias de Tete; celebrar a vitória de todos os moçambicanos e estrangeiros que aqui vivem, que aqui chegam e que daqui vão para o mundo afora; cantar a vida daqueles que de Tete vivem e cultivam o saber, a

troca de conhecimentos e experiências, que sen-tem o verde e contemplam a paisagem em busca de um Moçambique próspero. Um Moçambique que não só se faz do carvão de Moatize e Changara que exportamos, mas igualmente da água que produz a energia na nossa Cahora Bassa; do Capenta, do Pende e do Chicoa das regiões ribeirinhas do Zam-beze; do Nyau de Macanga e do Zumbo; da batata reno e do frio de Angónia ou do calor climático e humano da cidade de Tete; do sotaque acentuado e contagiante dos avôs, avós, pais, mães, irmãos, irmãs, tios, tias, primos, primas, cunhados, cunha-das, amigos, amigas, vizinhos, vizinhas e todos aqueles que aqui nasceram e vivem, que compõe a identidade local e nacional.Foi nesta conjuntura que, depois de variadas con-sultas, resolvemos baptizar esta publicação com o nome de “Wakula Tete, Nossa Terra, Nossa Gente” que significa Tete está a crescer.Quero assim convidar o estimado leitor amigo a per-correr dedo-a-dedo, palavra-a-palavra, texto-a-texto, página-a-página, a Wakula Tete feita a pensar em si.

Desejo-vos uma boa leitura!

CALOROSOS CUMPRIMENTOS.

MENSAGEM DA DIRECTORA DA REVISTA

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Director Editorial

Mariano Quinze

© Créditos da imagem

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Caro Leitor,

Espero que a “Wakula Tete, Nossa Terra, Nossa Gente” tenha chegado à sua mão nas melhores condições de leitura e apreciação. Na verdade, acaba de “sair do forno”, bem quente, cheirosa e repleta de informações pertinentes, belas estórias, testemunhos e sonhos.Esta revista é um meio de comunicação independen-te, de publicação trimestral e sem cores partidárias. Pretende de forma pura, exemplar e isenta divulgar informações baseadas nos princípios de imparcia-lidade. O seu objecto principal é a divulgação das realizações havidas em Tete, em particular, e em Moçambique, em geral, nas mais variadas áreas da sociedade, turismo, cultura, eventos e economia.A “Wakula Tete, Nossa Terra, Nossa Gente” orienta-se pelos princípios deontológicos da comunicação social e pela ética profissional, baseando-se em cri-térios de rigor profissional e criatividade editorial.Para cumprir com a nossa visão e missão a Wakula Tete está dividida em seis cadernos, nomeadamen-te, Breves sobre Tete, Turismo e Lugares de Tete, Desporto, Temas de Fundo, Cultura e Momentos e Mulher, Saúde, Gastronomia e Dicas Úteis.Nesta, que é a primeira edição, trazemos muita in-formação de interesse geral. Certamente, não dei-xará de ler, no caderno sobre o Turismo e Lugares de Tete, a interessante estória de desenvolvimento e mudança visível na verdejante e bela Vila do Songo, situada lá pelas bandas de Cahora Bassa, a cerca de 150 km da Cidade de Tete e mil metros acima do ní-vel médio das águas do mar.Publicamos retratos de lugares impressionantes, como o caso de Boroma, centro histórico e religioso bastante importante; Casindira, local onde as águas da albufeira de Cahora Bassa descansam e se con-fundem com um mar belo e repleto de cor.Permita-me, caro leitor, confessar que, nesta primei-ra edição da “Wakula Tete, Nossa Terra, Nossa Gen-te”, um dos momentos mais marcantes e que mais

me emocionaram aconteceu registava as imagens da dança ou manifestação Nyau. Este momento deu-me a certeza e o afinco para continuar com esta no-bre missão de comunicar Tete e Moçambique. Senti, não apenas com os olhos, mas com todos os restan-tes sentidos que completam o ser humano, a beleza e o calor da dança, misturados com sentimentos de angústia e tristeza por ver a cultura nacional escor-regar pelos dedos e se perde pela terra, sem poder florescer. Poderá deliciar-se desta estória no cader-no de Cultura, Momentos e Gastronomia.Ficou gravada, no caderno sobre a Mulher, Saúde e Dicas Úteis, a história da criação do Dia da Mulher Moçambicana, o dia 7 de Abril, contada pela Coro-nel Marina Pachinuapa, Combatente da Luta de Li-bertação Nacional e membro fundador da Organiza-ção da Mulher Moçambicana (OMM).A edição inicial contempla também uma secção com dicas úteis para a protecção contra o calor que se faz sentir em Tete e com cuidados a ter por quem trabalha e está exposto por períodos prolongados em zonas de extracção de carvão.Para Temas de Fundo preparamos dois textos par-ticularmente interessantes, um versando sobre o conceito de Valor e sua importância nas organiza-ções, e outro descritivo do actual crescimento da Província de Tete.Convictos de que a missão de formar e informar uma sociedade é resultado de um conjunto de ideias e de uma diversidade de visões, estamos dispostos e abertos a receber sugestões e críticas dos leitores através do endereço electrónico [email protected] para que possamos melhorar a nossa abordagem aos assuntos aqui propostos. Para o mesmo endereço poderá enviar as suas estórias, que publicaremos na página dedicada ao leitor.

UMA BOA LEITURA…

EDITORIAL

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TVM TEM NOVO DELEGADO TEM NOVO DELEGADOO novo Delegado é Amarildo Romão, que desde mui-to cedo abraçou a profissão de Jornalista. Os seus primeiros trabalhos foram realizados no Instituto de Comunicação Social – Delegação Provincial de Tete. Amarildo Romão é conhecido pelas suas reportagens versáteis e de intervenção social construtiva.

OBRAS DE MELHORIA NA PONTE SAMORA MACHELPara conferir melhor segurança e fluidez ao trânsito decorrem obras de melhoria na entrada da ponte Sa-mora Machel. As obras incluem a colocação de duas faixas de entrada nos eixos para cobrança de taxas de utilização e também para as zonas de entrada de motociclos e bicicletas.

AERÓDROMO DE TETE TRANSFORMADO EM AEROPORTO INTERNACIONALO Aeródromo de Tete funciona, desde 3 de Agosto de 2010, como Aeroporto Internacional, depois de ter passado por obras de remodelação. A interven-ção envolveu a instalação de mais lojas, serviços de migração, saúde, recursos minerais, agricultura e salas internacionais de embarque e desembarque.

BREVES SOBRE TETEMAIS NOVAS EMPRESAS INICIAM SUA ACTIVIDADE EM TETEDurante o Primeiro Semestre de 2013 o Balcão de Atendimento Único de Tete (BAÚ) emitiu 392 no-vas licenças para o início de negócio contra 364 do Primeiro Semestre do ano de 2012, correspondendo um crescimento na ordem de 8 %. No tocante ao Licenciamento Normal de negócios, durante o Primeiro Semestre do ano em curso foram emitidas 318 licenças sendo, 60 novas empresas de comércio a retalho, 22 novas empresas de comér-cio por grosso, 37 novas empresas de prestação de serviços, 131 novas empresas para transporte de passageiros, 59 novas empresas para transporte de mercadorias, 4 novas empresas na área do Turismo e 5 novas empresas na área de industria, contra 268 de igual período de 2012, representando um cresci-mento na ordem de 19 %. Das 318 licenças em regime de Licenciamento Nor-mal que o BAU emitiu no Primeiro Semestre do ano em curso, 57 foram requeridas por indivíduos de nacionalidades estrangeiras. As áreas de comércio a retalho, comércio a grosso e prestação de serviço são lideradas por Portugal, Nigéria e China.Ao longo do Primeiro Semestre do ano em curso, de 392 novas empresas que entraram em funcionamen-to, estas criaram 916 novos postos de emprego, sen-do 815 para homens e 101 empregos para mulheres.

RECURSOS MINERAIS GERAM CRESCIMENTO A província de Tete registou em 2012 um crescimen-to estimado de 40%, impulsionado principalmente pelo desenvolvimento da actividade mineradora, de acordo com Chuma Nwokocha, director da banca de particulares, pequenas e médias empresas do Stan-dard Bank. Em outro desenvolvimento, o Governa-

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dor da Província de Tete, Ratxide Gogo, afirmou que a extracção de carvão mineral contribuiu em 60% para o crescimento da economia de Tete, no período 2011-12. Confirmou ainda que a produção global de Tete cresceu 129,6%, tendo passado de 32.251,62 mi-lhões de meticais, em 2011, para 74.063,33 milhões de meticais, em 2012.

TETE, TRÊS ANOS SEM CÓLERANa Província de Tete, desde o ano de 2010, não eclo-de a Cólera, mercê a tomada de medidas preventi-vas pelo Governo Provincial, tanto na construção e reabilitação de fontes de abastecimento de água potável, assim como na sensibilização das popula-ções para construção de latrinas melhoradas, entre outras medidas de saneamento básico.

EXPLORAÇÃO DO CARVÃO A CÉU ABERTOA exploração do carvão de Moatize é efectuada através de mineração a céu aberto. Possui uma ca-pacidade, em fase de plena exploração, de cerca de 26 milhões de toneladas de carvão bruto por ano. Após o tratamento do carvão, obter-se-ão cerca de 8,5 milhões de t/ano de carvão de coque e 2 mi-lhões de t/ano de carvão de queima, ambos para exportação. O carvão restante, obtido do tratamen-to do carvão bruto, tem teor de cinzas demasiado elevado para a comercialização. Prevê-se, assim, que parte dele venha a ser utilizado numa Central Térmica de 1.500 MW, a ser instalada em Moatize.

O escoamento do carvão é feito através da linha férrea de Sena e a sua exportação através de um terminal de carvão no porto da Beira.

LAM COM VOOS BI-DIÁRIOS ENTRE MAPUTO E TETE A LAM – Linhas Aéreas de Moçambique passa a ligar a cidade de Maputo e Tete com dois voos por dia, de Segunda a Sexta-feira, visando oferecer maior flexibi-lidade aos passageiros e corresponder melhor às ex-pectativas de negócios em cada um destes destinos.Com os voos logo pela manhã e ao fim do dia, a LAM aumenta as oportunidades para os seus clientes se deslocarem a Tete e voltar no mesmo dia. Também ficou mais fácil para os citadinos de Tete ir a Maputo e voltar no mesmo dia.

A INAE EM TETE AUMENTA OPERACIONALIDADEA Inspecção Nacional de Actividades Económicas em Tete (INAE), no I Semestre do ano em curso fis-calizou 375 estabelecimentos, dentre comerciais, in-dustriais e de prestação de serviços, concretamente na Cidade de Tete e nos Distritos de Moatize, Cah-ora-Bassa e Angónia, contra 280 estabelecimentos do ano de 2012, representando um crescimento na ordem de 133,9%.Durante a actividade inspectiva foram em alguns estabelecimentos foram verificadas algumas irre-gularidades como a venda de produtos fora de prazo e deteriorados, falta de etiquetas de preços, falta de tabelas de preços nos estabelecimentos hoteleiros, má arrumação dos produtos, falta de rede de protec-ção nos estabelecimentos hoteleiros, falta de estra-dos nos estabelecimentos comerciais, sobre os quais recaíram multas diversas e destruição de diversos produtos alimentares.

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TURISMO E LUGARES DE TETE

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TETE A DOIS DEDOS: SEJA BEM-VINDONo centro de Moçambique para além das outras três províncias, encontra-se a Província de Tete. E, Tete exactamente se sintetiza em três palavras fundamentais: hospitalidade, tranquilidade e be-leza natural, ademais de se encontrar, nesta pro-víncia, um povo que por suas veias corre o sangue da moçambicanidade com uma larga história de lutas libertadoras.

A província de Tete situa-se no extremo noroeste do país, com uma extensão de 100.724 Km², incluindo cerca de 2.494 Km² de águas interiores, formando uma autêntica “península”, cercada por países es-trangeiros, por quase todos os lados, numa extensão de cerca de 1.500 Km.A Norte é limitada, com as Repúblicas do Malawi (cerca de 130 Km) e da Zâmbia (cerca de 450 Km); a Sul, com as República do Zimbabwe (cerca de 445 Km) e as Províncias de Sofala e Manica, numa ex-tensão de cerca de 320 Km; a Oeste com as Repú-blicas da Zâmbia (cerca de 60 Km), através do rio Aruangua, e do Zimbabwe (cerca de 45 Km); e a Este, com a República do Malawi (cerca de 370 Km) e a Província da Zambézia, através do rio Chire.Em termos geográficos, o rio Zambeze confere o marco natural que divide a Província de Tete em duas grandes regiões agro-climáticos, as quais são usadas como regiões económicas a saber: a Região Norte do Zambeze - que agrupa os distritos de Zum-bo, Marávia, Chifunde, Macanga, Angónia, Tsanga-no, Chiúta, Moatize e Mutarara; e a Região Sul do Zambeze - constituído pelos distritos de Mágoè, Cahora Bassa, Changara e a Cidade de Tete.Ao longo destas fronteiras, existem 8 (Oito) Postos de Travessia em funcionamento: com a República do Malawi: Vila Nova da Fronteira; Zóbuè, Biri-Biri e Calómue; com a República da Zâmbia: Kassacatiza e Zumbu e com a República do Zimbabwe: Mukum-bura e Kuchamano.A população total da Província de Tete é de 2.322.294 habitantes, da qual 1.135.174 são homens e 1.187.120 mulheres, com uma densidade populacional de 1.112 milhões de habitantes que encontra-se distri-buída de forma irregular pelos diferentes distritos,

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verificando-se maior concentração na região norte. Tem uma superfície total de 100. 724 km2, sendo a 3ª mais populosa do País depois das Províncias de Nampula e Zambézia. Na Província de Tete encontram-se vários agrupa-mentos étnicos, segundo (Mário de Carvalho 1969) a seguir mencionados: Grupos étnicos: Nyúngue, Angune, Shona, Zezuro, Marave, Nyanja, Chewa, Nsenga e Tawala. Grupo Angune, Angonis - encon-tram-se no distrito da Angónia. Grupo Shona, Zezu-ros – Chicôa-Mágoè e Zumbu na margem direita do rio Zambeze. Povos do baixo Zambeze, Nyúngues - habitam as duas margens do rio Zambeze, e, em volta da cidade de Tete. Grupo Marave, Nyánjas - em Mutarara, enquanto as outras línguas encon-tram-se espalhadas quase em todos os distritos da Província, um pouco por todo o lado, por causa de migração das populações por vários factores. Che-was - Angónia, Macanga e parte oriental da Mará-via. Sengas - Marávia e Zumbu.A capital da província é Cidade de Tete, situada num planalto a 500 m de altitude, é a cidade mais quen-te do país. A temperatura média mensal nos meses mais quentes (Outubro, Novembro, Dezembro, Ja-neiro e Fevereiro) é cerca de 28 a 29°C e nos meses mais frios, Junho e Julho de 22°C.Tete possui 13 distritos, incluindo a Cidade de Tete, que são: Na região norte do Rio Zambeze: Angónia, Moatize, Mutarara, Tsangano, Zumbu, Chifunde, Chiúta, Macanga, Marávia, e na região sul do Rio Zambeze: Cahora-Bassa, Changara, Mágoè e Cida-de de Tete. Possui 34 Postos Administrativos, 124 Localidades e 04 Municípios ( Cidade de Tete, Vilas de Moatize, Ulónguè e Nhamayabuè). Os Distritos de Macanga, Tsangano e Angónia si-tuam-se a altitudes superiores a 1000 metros, Chan-gara e Mágoè em altitudes inferiores a 200m e os restantes entre 200 e 1000m. O ponto mais alto é o monte Dómuè (2093 metros) no Distrito de Angónia, onde a precipitação varia entre os 400 e 1000mm. A região sul de Tete, com clima tropical seco, as pre-cipitações variam entre 600 a 800 mm, enquanto a Norte e nas em certas zonas de Zumbu e Chiúta com clima tropical de altitude, a precipitação varia entre 800 a 1000mm e superior a 1000mm nos distritos de Macanga, Angónia, Tsangano e a norte de Marávia. Uma faixa no sentido oeste-este de Chiúta a Moatize possui o clima tropical húmido.

A província de Tete tem grandes reservas de recur-sos minerais sendo a mais beneficiada do país tanto em quantidade como em variedade. Há jazidas de minerais metalíferos, não metalíferos, rochas orna-mentais, mármores, pedras de adorno entre outras. Grande parte destas jazidas ainda está intacta. Sabe-se da existência do carvão mineral, pedras preciosas, de ornamentação e semipreciosas, ouro, anortositos, grafites, água mineral, dumortierites, gabro, ágatas, labradorite, turmalina, quartzo-rosa, urânio, ferro, cobre, granito-negro, calcário, vaná-dio, fluorite e outros.

A exploração mineira pode ser tomada como a chave para impulsionar o desenvolvimento da província de Tete. Na Bacia de Moatize, existem reservas globais da ordem de 120 milhões de tone-ladas de carvão. A reserva industrial é da ordem de 212 milhões de toneladas, sendo 156 milhões a céu aberto e 56 milhões em minas subterrâneas.

Não só, na Província de Tete, situa-se a Hidroeléc-trica de Cahora-Bassa que é uma das maiores barra-gens hidroeléctricas de África, e, é a décima oitava do mundo. Aquela barragem que a partir do dia 27 de Novembro, na Vila do Songo-Distrito de Caho-ra-Bassa, foi palco das celebrações da reversão da HCB a favor do Governo Moçambicano, que contou com a participação do Chefe do Estado Moçambica-

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no, Sua Excelência Armando Emílio Guebuza, que se dirigindo a massiva audiência ali presente, afir-mou vivamente de que “ ...Moçambicanos e Moçam-bicanas; Cahora-Bassa é mesmo nossa...”, que ronda com capacidade instalada de 18.000 GWh.O potencial piscatório da província de Tete assenta na albufeira de Cahora-Bassa, onde se localiza um dos maiores lagos artificiais do mundo.Está idealizada a instalação de uma nova barragem hidroeléctrica na zona de Mpanda-Nkua que se si-tua ao sudeste, cerca de 36 km da Barragem de Cah-ora Bassa que dista a 144 km da Capital provincial. Esta área está circundada por alguns afluentes, tais como: Nhamande ao norte, Mefidze ao sul e Sanán-guè a oeste. A concretizar este empreendimento permitiria aumentar a capacidade de produção da energia da província em mais de 1600MW.Aliás, por um lado, Tete, é a província com maior co-bertura vegetal no país. Uma floresta de tipo fechada, aberta e savanas, que inclui a Xanfuta, Umbila, Um-báua, Mopane (Ntsanha), Pau-preto (N’khomodua), Ntumbui, Micaias e Ntondo. O Embondeiro é mui-to abundante nesta província. Sendo uma árvore de grande porte e secular, o seu tronco pode atingir 8 metros de diâmetro e a sua altura varia entre os 6 e os 15 metros, dependendo da idade. O Embondeiro exi-be um tronco coroado por ramos extremamente gros-sos, com escassas folhas e encontra-se profundamen-te enraizado nos mistérios e tradições de cada região.

Por outro lado, Tete é uma província com um grande potencial pecuário, destacando-se os bovinos e ca-prinos, tendo um efectivo que correspondem a cerca de 17% do efectivo nacional.A província de Tete oferece grandes atractivos para o desenvolvimento do turismo do interior. Na albu-feira de Cahora Bassa, a actividade turística está em franco desenvolvimento, ainda há a destacar as águas termas de Boroma, as fontes de água da An-gónia, da Macanga de Chiúta, de Zumbu as fortale-zas na cidade de Tete, para além de muitos outros locais de interesse turístico. A Província de Tete, com indumentária composta por várias características étnicas culturais, oferece as suas famosas danças típicas como: Nyau e Ka-daba, que retratam o implorar aos espíritos de ex-guerrilheiros tradicionais. Recorde-se que o Nyau foi consagrado pela Nações Unidas em 2007 como o Património Cultural da Humanidade, cuja cele-bração foi marcada por festejos havidos na Vila de Ulónguè, a 22 de Abril de 2007.Igualmente, Tete está recheado de vários atractivos paisagísticos que se encontram por exemplo no: no grande Vale do Zambeze e na orografia para a prá-tica do turismo de montanha; Como também Tete, tem um modelo mais viável e transparente para a protecção do meio ambiente natural que conta com o envolvimento das comunidades locais na utilização e maneio dos recursos naturais que é o caso de Pro-

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jecto “Tchuma Tchato”, que significa nossa riqueza. Nestas zonas abundam Elefantes, Búfalos, Cudos, Impalas, Pala-palas, Imbabalas, Cabritos cinzentos, Xipene grisalho, Hirax, Porcos-bravo, Facoceros, Varanos, Macacos de cara preta, leões, hienas, Fa-coceros, Gato-serval, Sitatunga, Geneta ou Simba, Chitas, Raposas orelhudas, Leopardos, Mabeco, Pangolim, Cabrito de pedras, Rinocerontes, e etc.Tete, oferece agora enormes aliciantes elementos para a promoção de investimento sobre si, nomea-damente a Agência do Zambeze e o Projecto “Triân-gulo de Desenvolvimento entre a Zâmbia-Malawi-Moçambique (ZMM-TD)”. Este projecto é o primeiro do género em África, que cobre as regiões de Eas-tern Province (Zâmbia), Lilongwe (Malawi) e Tete (Moçambique). Centra-se na coordenação sectorial e em níveis de intervenção em transportes e comu-nicações, minas, comércio, indústria, agro-indús-tria, segurança alimenta entre outros.Estas, entre outras, podem ser uma das principais razões e motivo de se visitar, a Província de Tete, de modo a observar e a viver de perto a sua varia-da gama de recursos e potencialidades no campo hídrico, agrícola, mineralógico, energético e turísti-co que dispõe, o que tem estado a desempenhar um destacado papel no cômputo da realização do Ren-dimento Nacional do nosso belo Moçambique. O Convite já está feito, as portas de Tete estão abertas

para todos, investidores nacionais ou estrangeiros e a população em geral, sejam BEM-VINDO A PROVÍN-CIA DE TETE, a casa de Pende, de Cabrito, de Ma-lambe, da Maçanica. Venha a Tete a casa dos “SEIS C”: carvão, cabrito, chicoa, canção, crocodilo e calor para saborear o Peixe Pende/Chicoa da 1ª categoria preparadas com rigor local dispensam qualquer apre-sentação e equivoco, seja onde forem consumidas.

COMO IR A TETE

A partir de Maputo ou da Beira, pode chegar a Tete por meio das carreiras regulares da LAM; de carro, a partir de Zimbabwe, entrando pela fron-teira de Cuchamano (a 191 km de Tete); de Malawi pela fronteira de Zobué, a 120 km, ou ainda pela EN6, que liga a Beira a Machipanda, tomando de-pois a EN102 que passa por Guro e Changara.

Domingos Superior Macajo

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VILA DO SONGOO LUGAR ONDE RESIDE O BRILHO E A CULTURA

A Vila do Songo está localizada na província de Tete, distrito de Cahora Bassa. É delimitada a norte pelo distrito de Marávia, a oeste pelo distrito de Mágoè, a sul pelo vizinho Zimbabwe, a leste pelo distrito de Changara e a nordeste pelo distrito de Chiúta. De acordo com o Censo de 2007, o Distrito tem 89.956 habitantes e uma área de 10.598 km². A língua pre-dominantemente falada em Songo é o Português e o Nhungwé, todavia a língua original é o Madema. Se antes a Vila do Songo se qualificava pelas tem-peraturas frescas e por ser um local com caracte-rísticas singulares, onde era possível apetrechar o rancho e saciar as vontades pela disponibilidade de alimentos e bebidas escassas em outras zonas do país, hoje há ainda outros elementos associados à Vila do Songo e que fazem com que este lugar seja considerado, por muitos, um dos melhores pontos da província de Tete para visitar, para conhecer as suas estórias ou simplesmente para relaxar. O Songo possui uma simbologia importante para Moçambique como lugar onde foi proclamada a se-gunda Independência de Moçambique, a Reversão da Hidroeléctrica de Cahora Bassa para o Estado Moçambicano, anunciada a 27 de Novembro de 2007. Nessa data teve inicio o grande desafio para que o Songo se convertesse num lugar capaz de acolher a todos de braços abertos, sem distinção de cor, raça, etnia ou proveniência! Songo viria a tornar-se assim um lugar de convergência de destinos segundo pala-vras do Presidente da República, Armando Guebuza, num discurso proferido por ocasião das comemora-ções do 5º Aniversário da Reversão da HCB.A Vila do Songo é capital nacional da luz pois, afi-nal, é aqui onde se produz a energia hidroeléctrica o “Orgulho de Moçambique”. Pode facilmente chegar-se a esta conclusão, bastando para isso que, no iní-cio da noite, se desloque à Pedra Grande ou Monte Bona, alguns dos pontos mais altos da Vila donde pode desfrutar de uma vista aérea do Songo. É como se as estrelas tivessem caído do céu e se fixassem em cada metro quadrado da Vila.

Há luz em todos os lugares. As ruas estão comple-tamente às claras, os postes de iluminação públi-ca perfilados e perfeita harmonia nos seus luga-res dominam as noites e madrugadas do Songo. As residências, lojas, esquinas, barracas e res-taurantes são alimentadas pela energia da fonte e de melhor qualidade.

Acresce que, na Vila do Songo, podem ser vistos e apreciados três monumentos que celebram a cultura local e a história de Cahora Bassa. Logo à entrada da Vila deparamo-nos com um mo-numento popularmente chamada de Monumento

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da Reversão, é a Praça Armando Emílio Guebuza, erguido no mesmo lugar onde decorreu o comício da reversão. O monumento da reversão é constituí-do por uma estrutura de betão e alumínio, em cinco grandes colunas decrescentes que corporizam os cinco grupos geradores existentes na Central Hi-droeléctrica Sul da HCB. As colunas assumem um formato em abóbada encontrando-se, as bases mer-gulhadas, numa piscina com 107 mil litros de água azul clara, envolvida por relva verdejante e pelo pas-seio em betão armado. Mais dois monumentos foram erguidos no Songo, obras-primas do conceituado artista plástico Naguib.

Trata-se do monumento à Liberdade e o Sandawana. O primeiro composto de inúmeros murais, com pe-dra lascada e brilhante, representam os setes mon-tes onde está inserido o Songo e contam a história da chegada dos colonos portugueses ao Songo, das missões de repovoamento, da construção de Cahora Bassa, das grandes e longas reuniões da reversão e da conquista de HCB pelos Moçambicanos. A parte frontal é preenchida por um mural com canais de que-da de água, representando o paredão da Barragem de Cahora Bassa. Por fim, construiu-se aqui uma rotun-da, que ostenta a figura de uma mulher carregando consigo, ao colo, uma criança, símbolo da liberdade.

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O Monumento Sandawana (figura mítica da história local, representado por um rato com escamas e ca-beça humana) retrata a história mítica da constru-ção e conquista da Hidroeléctrica de Cahora Bassa pelos Moçambicanos. Um mural com mais de 100 metros de cumprimento e cerca de seis metros de altura, é um dos mais emblemáticos monumentos da Província de Tete que exalta a importância dos contos e das figuras míticas moçambicanas. Num discurso, por ocasião da celebração do 5º ani-versário da Reversão de Cahora Bassa, o Presidente Armando Emílio Guebuza não hesitou em chamar ao Songo a Capital da Cultura, pela sua história e pelos monumentos artísticos cá erguidos.

SERÁ O SONGO CAPITAL DA LUZ OU DA CULTURA? OU SERÁ CAPITAL DE AMBAS? VALE A PENA VISITAR CAHORA BASSA…

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AS ESTRADAS QUE VÃO TER A MÁGOÈConduzir pelas estradas que conduzem a Mágoè é uma aventura inesquecível. Recomenda-se extre-ma prudência, não apenas pelo desenho sinuoso da estrada, com as suas curvas e contracurvas, mas também pela tentação de apreciar a inestimável paisagem e pela desatenção que daí possa advir. A viagem oferece uma visão ostensiva da fauna e da flora. Embondeiros e arbustos recortam o hori-zonte montanhoso de aproximadamente cinco qui-lómetros de extensão. É necessário passar por muitos vilarejos até se che-gar a Mágoè: Chitima, Nhacapiriri, Nhabando, Da-

que e outros. A chegada a Mágoè anuncia-se pelo sinal da rodovia e pelo final da estrada asfaltada, cuja construção foi financiada pela HCB. Magoé ou Mágoè é um distrito da província de Tete, com sede na povoação de Mphende. É delimi-tada a norte pelos distritos de Marávia e Zumbo, a Oeste e Sul pelo Zimbabwe e a Leste pelo distrito de Cahora Bassa.De acordo com o Censo de 1997, o distrito tem 39.304 habitantes e uma área de 8.697 km², que resulta numa densidade populacional de 4,5 habitantes por km².

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“SE MAIS MUNDO HOUVERA, LÁ CHEGÁRA”TEXTO GRAVADO NA ENTRADA DE UM DOS EDIFÍCIOS DE BOROMA.

Não há dúvidas que Boroma é um lugar fasci-nante, detentor de uma beleza estética inigua-lável e profunda.

Boroma dista cerca de 30 km da cidade carbonífera de Tete. Carros ligeiros ou com tracção às quatro ro-das facilmente chegam lá chegam. Os caminhos que conduzem a Boroma são fascinan-tes. Uma bela paisagem do baixo Zambeze estende-se por todo o percurso, numa extensão a perder de vista. Cada quilómetro percorrido convida ao re-gisto fotográfico da beleza circundante. O percurso contempla a travessia do leito de rios secos, vilare-jos e paragens esporádica para dar passagem aos animais em caminhada.

- Aqui é Boroma papá? - Perguntava eu a um cidadão que debaixo de uma sombra descansava.- Não, não é aqui. Mas já chegou, é aqui perto, é só seguir essa estrada...Cruzamos estradas em matas semifechadas e um crucifixo no meio da estrada anuncia a nossa che-gada. Em cima de uma colina estão as ruínas da missão católica de Boroma. Uma vista maravilhosa e uma infra-estrutura imponente.Boroma correspondeu às expectativas e as imagens fa-lavam por si, eram compensadoras e entusiasmantes.

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Uma extensa área coberta de infra-estruturas em ruínas. Uma Catedral forte e marcante. A Igreja de Boroma, de linhas arquitectónicas luso-jesuítas, foi mandada erguer pela Portaria do Governo Eclesiás-tico de 30 de Junho de 1885. A sua construção durou até 1900 e o primeiro superior desta missão foi o pa-dre jesuíta alemão João Baptista Iller.No interior da catedral a arquitectura faz-nos sentir a presença de algo sobrenatural.

NA ENTRADA DE UM DOS EDIFÍCIOS PUDE LER: “SE MAIS MUNDO HOUVERA, LÁ CHEGÁRA”. TOMEI A FRASE COMO LEMA PARA AS PRÓXIMAS VIAGENS. SE HOUVER OUTROS LUGARES LINDOS EM TETE, LÁ CHEGAREI. AS MALAS ESTÃO JÁ PRONTAS PARA A PRÓXIMA VIAGEM.

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CASINDIRA, UMA PÉROLA DO RIO ZAMBEZETrês horas e meia é o tempo suficiente para se che-gar a Casindira, distrito de Mágoè. A viagem é tran-quila. São aproximadamente 200 km em estrada asfaltada e os restantes 15 km em terra arenosa, pro-pícia para carros com tracção às quatros rodas.A viagem é compensadora para quem gosta de apreciar paisagens nativas. Mas os apreciadores de outras maravilhas ficarão certamente rendidos à beleza de Casindira.

Um ou dois quilómetros antes da chegada já se podem ver os raios de sol reflectidos nas águas da Albufeira de Cahora Bassa. É um momento emo-cionante - de ânsia para quem não vê a hora de lá chegar e mergulhar os pés nas águas claras de Ca-sindira. Por isso trago Casindira até vós e convido-os a conhecer.

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A BARRAGEM DE CAHORA BASSAestrutural, as chamadas comportas, cuja capacida-de máxima de escoamento é de cerca de mil e seis-centos metros cúbicos de água por segundo, cada uma. Algo equivalente a encher mais de um milhão e seiscentas garrafas de água de litro por segundo. A albufeira criada pela barragem é extraordinária e encantadora. Um lugar belo, de águas verdes crista-linas, com vegetação nativa composta por embon-deiros e pequenos arbustos. As encostas são em ro-cha granítica de cor verde, cinza e castanho claro

A Barragem de Cahora Bassa, uma das 7 maravilhas do país e que tanto enche de orgulho os moçambi-canos, dista cerca de 140 km da cidade, capital da província de Tete, que ostenta o mesmo nome. A barragem, de corpo construído em betão arma-do e vigas em aço, tem 171 metros de altura e 303 metros de largura. Apresenta uma configuração em formato de abóbora, de dupla curvatura, com o coroamento de largura máxima de cinco metros e 25 metros na base. Possui oito órgãos de segurança

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de alta resistência. É simplesmente impressionante.Sendo o segundo maior lago artificial do Sul da África, depois de Kariba, comporta cerca de 52 mil milhões de metros cúbicos de água, volume suficiente para encher 21 mil piscinas olímpicas, idênticas à existente no Estádio Nacional do Zim-peto, em Maputo.Aqui desenvolvem-se actividades económicas, como o turismo e a pesca do pende e da Kapenta, peixes amplamente apreciados no estrangeiro. A

albufeira é também garante para a criação de croco-dilos para a extracção da sua pele, tão admirada na confecção de vestuário e acessórios. A visita à Barragem de Cahora Bassa é grátis e aces-sível a qualquer pessoa. Basta, para isso, um con-tacto atempado com o pessoal da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, sempre pronto a receber os visitan-tes. A empresa disponibiliza meios de circulação, a partir da Vila do Songo, para fazer um tour por esta imponente e majestosa obra de engenharia.

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PERFIL DE UM CLUBECLUBE DOS DESPORTOS DO CHINGALE DE TETE

Fundado a 20 de Fevereiro de 1936 como Sporting Clube de Tete, passou a chamar-se, em 1981, Clube dos Desportos do Chingale de Tete, na sequência do patrocínio da Electricidade de Moçambique (EDM).Equipa versátil e famosa por dificultar a vida aos grandes clubes, o Chingale representou o país nas Afro-Taças, em 2000, por ter conquistado o terceiro lugar no Campeonato de 1999.No que à sua estrutura diz respeito, a equipa tem a seguinte constituição:

ASSEMBLEIA GERAL:PRESIDENTE: ABDUL GAFAR (BEGA)VICE-PRESIDENTE: DR. PATRÍCIOSECRETÁRIO: ANTÓNIO FEIJÃO

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DESPORTO

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DIRECÇÃO:PRESIDENTE: GARRIDO ALBERTO FERNANDOVICE-PRESIDENTE PARA A ÁREA DESPORTIVA: ESTANISLAU GILBERTO J.F. DE SOUSAVICE-PRESIDENTE PARA A ÁREA FINANCEIRA: DRA. LÍDIA MUCOROMADIRECTOR DE DEPARTAMENTO DE MARKETING E IMAGEM: IMRAN DAÚDEDIRECTOR DE DEPARTAMENTO DE INFRA-ESTRUTURAS: RUI KEMBOSECRETÁRIO-GERAL: ANTÓNIO FERROTESOUREIRA: VANDA LEAL

EQUIPA TÉCNICA:TREINADOR: ROGÉRIO MARIANIADJUNTOS: VICTOR FERREIRA E ANTÓNIO SENGOCORPO MÉDICO: PAULINO FORQUIA, JOSÉ DANIEL, JOSÉ CHAFUA E HALEY FORTE

PLANTEL ´13 DE FUTEBOL:JOAQUIM, GIPSON, GOODFREY, ELÍSIO, SILVÉRIO, OMAR, STÉLIO, LOUIS, ROGÉRIO, TONY, ERNESTO, CLARÊNCIO, NELSINHO, ZÉ CUMBE, MARLON, BEM, CHENGO, ÍTO, OSVALDO, PARKIM, CHARLY, GERALD, HADJI, ALONE, MAGABA, HUGO, MESSIAS E LUÍS.

PATROCINADORES: ELECTRICIDADE DE MOÇAMBIQUE (EDM), HIDROELÉCTRICA DE CAHORA BASSA (HCB), MEGA CASH & CARRY, MGC

LUGAR OCUPADO NO MOÇAMBOLA 2012: 10º LUGAROBJECTIVOS PARA ESTE ANO: MANUTENÇÃO NA ALTA COMPETIÇÃO

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TRABALHAR DE MODO A CONSAGRAR-SE A MELHOR ARBITRA ASSISTENTE DE LINHAPALAVRAS DE ESTRELA GONÇALVES, ARBITRA INTERNACIONAL - FIFA

Estrela Gonçalves começou o seu périplo pelo mun-do dos desportos em Novembro de 2005, arbitrando partidas de futebol do Campeonato Provincial Sé-nior, em Masculino (Campeonato da Zona Centro de Segunda Divisão), representado pelas Províncias de Sofala, Tete, Manica e Zambézia. Em 2006 passou a arbitra da Primeira Nacional. Os anos subsequentes deram lugar à arbitragem de jo-gos da primeira divisão, vulgo Moçambola.Em 2013, passou à categoria de Arbitra Internacio-nal – FIFA.

Os seus desafios e planos pautam-se por:

• Promover o desporto feminino, com especial atenção ao Futebol;

• Servir de exemplo e incentivo à prática do des-porto por jovens mulheres e especificamente à sua participação na arbitragem;

• Trocar experiências com árbitros que eventual-mente se encontrem em início de carreira, quer no futebol federado, quer profissional, amador ou jogos escolares;

• Trabalhar de modo a consagrar-se como a me-lhor arbitra assistente de linha de Moçambique, sempre alimentando o sonho de apitar uma final dos jogos que integram o CAN, Campeonato Afri-cano das Nações ou, quem sabe, o mundial de fu-tebol feminino.

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Estrela deixou a seguinte mensagem aos colegas de profissão e a outras mulheres: “Recomendo aos meus/minhas colegas de profissão que não se en-volvam em actos que manchem o estatuto do árbitro como, por exemplo, a venda de jogos ou negócios duvidosos, etc. Aconselho todos os árbitros a trabalharem ardua-mente, para que possam manter-se bem preparados física e psicologicamente, permanecendo à altura das exigências dos jogos ao mais alto nível como, por exemplo, os jogos da FIFA, CAF, Nacional, Pro-vincial ou Amador. Recordo ainda que uma boa pre-paração física ajuda a atingir as metas estabelecidas pela FIFA para testes de Cooper. Por último, recomendo às mulheres muito estudo para adquirir conhecimento, pois só dessa forma estaremos à altura de disputar, qualquer que seja a posição, sem que sejamos discriminadas.”

MANUEL CARDOSOUM DESPORTISTA, UM LOCUTOR…

São raros os casos em que um locutor da área do desporto não é igualmente um amante do desporto. Manuel Cardoso, natural da Cidade de Tete, nascido a 30 Abril de 1968 e pai de cinco filhos, três meninas e dois rapazes, é um profissional com cerca de 30 anos de experiência e não foge a esta regra. Manuel Cardoso juntou-se formalmente à equipa da Rá-dio Moçambique, a 17 de Dezembro de 1985, como locu-tor-tradutor, fazendo emissões na língua local Nhungwé. Conta-nos que, incentivado pelo conhecido radialis-ta Arrune Valy, cedo começou a fazer emissões em Português e Nhungwé, tendo recebido a responsa-bilidade de trabalhar na área de desporto, fazendo o programa Domingo Desportivo.Adepto e apoiante do Chingale de Tete, Manuel Car-doso vê grandes diferenças no desporto que é pratica-do hoje, quando comparado com o de ontem: “Dantes fazia-se desporto, qualquer modalidade, pelo amor à camisola. Hoje, o desporto nacional está de olhos postos no mercado e por isso é bastante profissional.”A sua experiência na Rádio Moçambique-Emissor Provincial de Tete, valeu-lhe a categoria de Locutor Jornalista Polivalente.

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TEMAS DE FUNDO

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O PAPEL DO CARVÃO NO DESENVOLVIMENTO DE MOÇAMBIQUEEm geral, o papel do carvão no desenvolvimento de qualquer país enquadra-se no grande tópico que é o papel do sector dos recursos minerais no desenvol-vimento das nações, assunto amplamente estudado e abordado em vários artigos por várias agências de desenvolvimento e governos de vários países. É sabido que o sector mineiro constituí uma grande força motriz da economia mundial, liderando o de-senvolvimento económico em muitos países, apesar do seu papel no desenvolvimento das nações não ser bem reconhecido e pouco compreendido.Pela sua natureza, o sector mineiro distingue-se dos outros pelas suas características típicas, tais como normalmente implantar-se em locais recônditos, onde o recurso se encontra, o recurso não ser reno-vável, o seu desenvolvimento ser de capital intensi-vo e estimular o desenvolvimento de infra-estrutu-ras e serviços nestas regiões e possuírem um grande efeito multiplicador na economia das nações. Muitos países onde a sua economia depende grande-mente do sector mineiro normalmente possuem um baixo índice de desenvolvimento humano (HDI), le-vando a que muitos acreditem no mito da “maldição dos recursos minerais”. Contudo, esta situação não tem a ver com o sector, mas sim essencialmente com a falta de planificação adequada, más políticas e es-tratégias de governação e desenvolvimento adopta-das nestes países. Por exemplo, o facto de não haver localmente capacidade para suportar a actividade mineira leva à imigração de trabalhadores bem re-munerados e a importação de tecnologias e servi-ços, provocando um embalanço na oferta local de produtos e consequentemente o aumento da infla-ção que resulta numa maior dificuldade de vida para a grande maioria da população.

Em geral, a contribuição do sector mineiro é deter-minante no crescimento considerável dos seguintes factores da economia:

• Investimento directo estrangeiro;• Investimento nacional total;• Exportações;• Ganhos em moeda estrangeira;• Rendimentos do governo;• Produto interno bruto;• Criação de empregos bem remunerados;• Desenvolvimento de mão-de-obra especializada;• Desenvolvimento de infra-estruturas e serviços;• Desenvolvimento das comunidades.

Levantamentos de várias agências de desenvolvi-mento indicam o grau de contribuição na economia até agora alcançados por cada um destes factores nos diferentes países. Sendo que, o maior impacto tem sido no aumento do investimento directo estrangeiro, seguido do aumento nas exportações e por último a criação de emprego e desenvolvimento das comuni-dades. Um dos desafios do sector está na adopção de políticas e estratégias que permitam um crescimento integrado e equilibrado de cada um destes factores, de modo que se possa maximizar o efeito multiplica-dor do sector na economia e consequentemente no desenvolvimento sustentável das nações.Por outro lado para que se alcance o almejado cres-cimento e benefícios para a economia é necessário que componentes ou factores chaves de toda a ca-deia de produção e criação de valor sejam desen-volvidas a altura das necessidades, nomeadamente, disponibilidade de bens e serviços locais; infra-es-truturas; ambiente de negócio; instituições adequa-

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das; sistema e política de educação e treinamento; disponibilidade de mão-de-obra; regime legal e fis-cal; gestão robusta e transparente do sector públi-co; sistema financeiro local robusto; organização e conhecimentos da sociedade civil e comunidades.Resumindo, os dados apresentados em vários le-vantamentos não apresentam dúvidas sobre o papel do sector mineiro na liderança do desenvolvimento socioeconómico das nações, particularmente dos países em desenvolvimento, o grande desafio tem sido transformar este enorme potencial em desen-volvimento real, sustentável, baseado nas priorida-des locais e beneficiando directamente nas diversas formas todos os parceiros, nomeadamente, as em-presas, sociedade civil, as comunidades e os gover-nos. Para que isso aconteça é necessário que haja uma visão clara do que se pretende alcançar e uma estratégia prática bem definida, tendo em conta as prioridades e preocupações dos parceiros-chaves neste desenvolvimento, de modo que a mesma seja assumida como propriedade de todos.

Estudos anteriores apontam cinco blocos principais de acções que devem ser desenvolvidas em conso-nância com a estratégia referida:

1. Criação e desenvolvimento de capacidade e co-nhecimento dos parceiros envolvidos;2. Compreensão e partilha de benefícios, custos, riscos e responsabilidades;3. Estabelecimento de processos colaborativos de engajamento dos parceiros ao longo de todo o ciclo do projecto;4. Transparência nos acordos e processos, assim com no seu acompanhamento e monitoramento;5. Criação de mecanismos simples, compreensi-vos e permanentes de gestão de disputas.O sector mineiro tem também um enorme poten-cial de contribuir e liderar a nobre missão de com-bate a pobreza nas nações em desenvolvimento.

Reinaldo Gonçalves Jr. [Consultor de Minas]

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TETE CRESCE… E CRESCE…região dos Grandes Lagos, confere a esta província uma importância geoestratégica, pois transformam-na num corredor internacional, que permite a liga-ção daqueles países ao Porto da Beira. Acresce, ainda, que Tete foi abençoado com um ma-nancial de recursos. Há quem lhe chame um “mila-gre geológico” ou “um escândalo geológico”, dada a imensidão de recursos minerais que se têm vindo a descobrir nesta Província desde o tempo colonial até aos nossos dias.Se a exploração do carvão mineral já era uma rea-lidade ainda antes da independência nacional, pro-longando-se um pouco depois da independência em 1975, só com o início da exploração em grande escala protagonizada pela Vale Moçambique e pela Rio Tinto e secundada pela Jindal, enquanto outras companhias mineiras se preparam para iniciar a operação, é que os recursos minerais começaram a ser uma verdadeira alavanca para a industrialização

No princípio era só calor. Tete era sinónimo de mui-to calor. Era o cemitério dos brancos, como se dizia no tempo colonial. Hoje, o calor infernal já a nin-guém assusta. Tete tem outros atractivos que fazem esquecer as altas temperaturas. É terra de imensos recursos minerais que torna esta província o motor de desenvolvimento de Moçambique.Reza a história que, quando da expansão colonial pelo interior de Moçambique, Rio Zambeze acima, procurando chegar aos territórios dos Monomu-tapas, colonos portugueses terão encontrado um grupo de pessoas a cortarem caniço para fabrico de esteiras e outros utensílios. À pergunta sobre o que estariam a fazer, os locais mostraram o caniço que cortavam, respondendo “m tete”. E esta bela e rica terra que se estende do Zumbo a Mutarara ficou en-tão baptizada de Tete.A localização de Tete, fazendo fronteira com o Ma-lawi, a Zâmbia e o Zimbabwe, e a sua proximidade à

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e o desenvolvimento de Tete. Com efeito, em 2012, o carvão mineral contribuiu em 60 por cento para produção de bens na Província, elevando o cresci-mento económico, em relação a 2011, para 129,6 por cento (sem o carvão mineral, o crescimento ter-se-ia ficado pelos 13,9 por cento).Todavia, a contribuição do carvão mineral regista-da no ano passado ficou aquém do que era esperado devido, sobretudo, a problemas logísticos de trans-porte do mineral para o Porto da Beira. Com a me-lhoria necessárias na Linha de Sena e com a entrada em funcionamento, prevista para próximo ano, do Corredor Logístico de Nacala, através da linha que sairá de Moatize para Nacala, via Malawi, a expor-tação do carvão vai aumentar significativamente e fará com que as contas de produção da província de Tete atinjam valores nunca vistos.

MAS TETE NÃO É SÓ CARVÃO…

O potencial económico de Tete não se limita apenas ao carvão e a outros recursos minerais. A Província é igualmente rica em muitas outras áreas, a come-çar pelo seu potencial agrícola, onde se destacam as terras altas do Planalto de Angónia. Os distritos da Marávia, Macanga, Angónia e Tsangano são exce-lentes produtores de cereais, feijões, batata reno e doce, para além de uma variedade de fruta, como a maçã, pêssego, morango e ameixa.Tete é igualmente referência obrigatória no que res-peita à produção pecuária, sobretudo pelos grandes efectivos de bovinos e caprinos.A Albufeira de Cahora Bassa, que armazena mais de 63 milhões de metros cúbicos de água, para além de ser um excelente reservatório de água para irri-gação, é também uma zona de produção pesqueira, sobretudo da Kapenta, peixe bastante apreciado nos países vizinhos, e do peixe pende (tilápia). A albufeira oferece ainda condições invejáveis para a

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prática da pesca desportiva, com espécies como o peixe tigre e gato.Com a construção da central norte da Barragem de Cahora Bassa e quando forem concretizados os projectos de construção da Barragem de Mphanda Nkuwa, bem como as centrais térmicas da Vale, Rio Tinto, Jindal e Ncondezi Coal Campany, Tete acres-cerá, exponencialmente, a sua capacidade de produ-ção e o fornecimento de energia eléctrica, reforçan-do o seu crescimento económico.O turismo é outro sector com grande potencial a ex-plorar na província de Tete, tendo em conta o facto de, nesta província, se situar o ponto mais quente e, simultaneamente, o ponto mais frio do país, com be-las paisagens e riqueza faunística (assunto ampla-mente tratado nesta Revista). A proposta de criação de um Parque Nacional, em Mágoè e Cahora Bassa vai, certamente, contribuir para fazer de Tete um im-portante destino turístico.

UMA NOVA DINÂMICA…

O arranque da exploração do carvão mineral em grande escala fez despertar uma nova dinâmica na província de Tete. O número de investidores, nacio-nais e estrangeiros, que apostam em Tete tem vin-do a aumentar, sobretudo desde 2008, permitindo a criação de milhares de novos postos de trabalho.A nova dinâmica económica que Tete está a conhe-cer tem feito confluir, para esta província, gente proveniente de todos os lados. Em Tete vive-se ver-dadeiramente a unidade nacional, pois todos os mo-çambicanos aqui se reencontram. Tete está também a ficar cada vez mais cosmopolita. Actualmente convivem na província de Tete cerca de 50 nacionalidades diferentes.O impacto do afluxo de populacional vê-se pelo mo-vimento desusado de pessoas na Cidade e arredo-res, pelo ritmo desenfreado de ocupação de espaços e construção de novas edificações, desde casas de habitação, lojas, bancas, restaurantes, hotéis, arma-zéns, oficinas, etc., conjugado com o crescimento do parque automóvel.

TETE, DE FACTO, CRESCE. CRESCE A OLHOS VISTOS, A CADA DIA QUE PASSA.Leonardo Júnior

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VALORCONCEITO E IMPORTÂNCIA

Valor é um conceito que faz parte do estudo da Filo-sofia, Sociologia, Economia, Psicologia, Antropolo-gia e Política. Está muito associado à ética e os seus conceitos confundem-se, sendo no entanto mutua-mente integrantes. Não pode-se, portanto, falar de ética sem falar de Valores. Devemos entender o valor nas suas diferentes acep-ções para melhor contextualizar e agregar sua im-portância na gestão empresarial:Valor Economia – o valor económico é o objecto de estudo da ciência económica e suas origens remon-tam à chamada economia política clássica, desde Adam Smith e David Ricardo.Karl Max foi o autor da Teoria do Valor da mercadoria quando o definiu como sendo portadora, simultanea-mente, de valor de uso e de valor de troca, cuja deter-minação do último se encontra no tempo de trabalho socialmente necessário para produzir a mercadoria.

Valor Estratégia EmpresarialO conceito de valor surge da relação entre a satis-fação das necessidades e os recursos inerentes ao seu alcance.

Valor da EmpresaNem sempre o valor pode ser quantificado. Muitas vezes ele é apenas percebido. Por exemplo, a per-cepção do valor varia segundo o que cada agente considera ou leva em conta no momento da análise. No caso de uma organização ou empresa são vários os intervenientes e diversos os factores que estes consideram na análise do valor que esta proporcio-na. Assim, para o Cliente: custo/preço do bem pro-duzido pela empresa, as funções desse bem ou servi-ço, a disponibilidade desse mesmo bem ou serviço, bem como a qualidade do mesmo, é o que define o seu valor. No entanto, o fornecedor considera como valor o preço de venda, lucro proporcionado, condi-ções de fornecimento e forma de recebimentos.Por outro lado o trabalhador considera valor o sa-lário, regalias sociais, formação, progressão na car-

reira, etc., enquanto para os accionistas o valor é o retorno do capital, a viabilidade a longo prazo, o potencial de crescimento e a capacidade de gestão.Por último, a sociedade em geral ou comunidade considera como valor a responsabilidade social, a capacidade empregadora, a defesa ambiental e a qualidade de produtos.

Valor Pessoal e Culturalos valores estão mais relacionados com a questão do comportamento e das atitudes dos indivíduos. Por exemplo, para o psicólogo Alpport “um Valor é uma crença em que o homem se baseia para actuar como referência”; “modo de preferência consciente” para a filósofa Agnes Heller e “algo significativo, importan-te, para um indivíduo ou grupo social” na óptica do sociólogo Nildo Viana.

Então porque é importante falarmos dos valores?

SE CONCORDAMOS COM ALPPORT CONCLUIREMOS QUE O VALOR É UMA CRENÇA QUE SERVE DE REFERÊNCIA PARA O HOMEM. ELAS TORNAM-SE NORMAS QUE REGULAM A VIDA DAS PESSOAS E DAS ORGANIZAÇÕES.Mutungamere

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TETE AVANÇA RUMO AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL O Governo da Província de Tete implementou com sucesso a política socioeconómica no ano de 2012, pese embora a restrição da despesa na sequência das medidas de contenção em curso no País.

Na área da Educação, foram matriculados 654.502 alunos em todos os subsistemas e níveis de ensino, dos 791.817 planificados para o ano, correspondendo a 82,6% de realização. Na área da Juventude, foram promovidas, junto dos associados e jovens em geral, 24 sessões so-bre o desenvolvimento das comunidades e formas de elaboração de projectos de rendimento, das 26 sessões planificadas, nos distritos de Changara, C. Bassa, Moatize, Chiúta, C. Tete, Chifunde, Macanga, Mágoè, Mutarara e Angónia, abrangendo a 1.125 jo-vens, o que corresponde a uma realização de 92,3%. Na área da Mulher e Acção Social, foram efectuadas transferências monetárias, no âmbito do Programa Subsídio Social Básico, em todos os distritos, bene-ficiando a 27.887, das 30.992 pessoas planificadas, contra 25.178 beneficiários em 2011, uma realização de 90,0% e um crescimento de 10,8%. Na área do emprego, foram criados 13.496, dos 7.101 postos de trabalho planificados, uma realização de 190,1%, contra 16.258 postos criados em 2011, corres-pondendo a um decréscimo de 16,9%. Na área da Saúde, foram assistidos 55.618 partos institucionais, de um plano anual de assistir 67.748 partos institucionais, o que corresponde a uma exe-cução de 82.1% e uma cobertura de 55,5%. Comparativamente ao ano 2011, em que foram as-sistidos 48.525 partos institucionais, evolução regis-tou-se um aumento de número de partos em 14,6%. Na Cidade de Tete a taxa de cobertura no sistema de abastecimento de água é de 95,4%, contra 76% em 2011, abrangendo a 181.450 pessoas beneficiárias, num universo de 190.185. O tempo de fornecimento de água no período foi de 22horas/dia. Na Vila de Moatize a taxa de cobertura no sistema de abastecimento de água é de 98,8%, contra 96%

em 2011, abrangendo a 46.239 pessoas beneficiárias num universo de 46.754. O tempo de fornecimento de água no período foi de 22horas/dia. Produzidos bens no valor de 74.063,33 milhões de MT, dos 120.829,49 milhões de MT planificados, corres-pondendo a uma execução de 61,3%. Comparativamen-te a igual período de 2011, em que foram produzidos 26.005,71 milhões de MT, registou-se um crescimento de 184,8%, incluindo a produção do carvão, com maior peso na economia provincial (44.442,72 milhões de MT). Sem o carvão, o crescimento passa para 13,9% cerca de 29.620,61 milhões de MT. Contribuíram de forma decisiva para o crescimento, o Carvão Mineral (60,01%), a Agricultura do Sec-tor Familiar (16,88%), a Indústria Transformadora (6,23%) e Transportes e Comunicações (5,10%). 5 Na área da Agricultura, foram produzidas 1.638.824t de culturas diversas, de um plano de 1.689.584t, uma realização de 96,9%, contra 1.466.796t da campanha anterior, representando um crescimento de 11,7%. Na área dos Transportes, foi assegurado o trans-porte de 14.975.459t de carga diversa e 14.693.428 passageiros, de um plano de 20.000.860t de carga e 57.125.000 passageiros, correspondendo a uma exe-cução de 74,9% e 25,7%, respectivamente. Na área das Pescas, foram produzidas 27.863,9t de peixe diverso, das 28.555t programadas, representando a uma execução de 97,6% do plano anual, contra 33.292,9t pro-duzidas em 2011, um decréscimo de 16,3%. Na área da Indústria Transformadora, foram produ-zidos vários bens no valor de 4.614,74 milhões de MT, dos 3.577,52 milhões de MT planificados, contra 3.003,9 milhões de MT produzidos em 2011, repre-sentando uma execução de 128,9% do plano anual e um crescimento de 53,6%. Na área da Energia, foram produzidos 14.615.190Mwh

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de energia eléctrica, dos 16.893.316Mwh planifica-dos para o ano, correspondendo a uma realização de 86,5%, contra 16.256.576,2Mwh produzidos em 2011, correspondendo a um decréscimo de 10,1%. No mesmo período, a HCB forneceu a ESCOM 7.324.403Mwh, à ZESA 797.074Mwh e 2.988.990Mwh para o consumo interno. As exportações de mercadorias diversas atingi-ram um montante de 11.097,05 milhões de MT, dos 14.415,23 milhões de MT planificados para o ano, con-tra 13.414,6 milhões de MT de 2011, uma realização de 76,9% do plano anual e um decréscimo de 17,3%. A arrecadação das receitas do Estado alcançou 3.161.70 milhões de MT, dos 2.832,20 milhões de MT planificados para o ano, representando uma execu-ção de 112%. Comparativamente a igual período de 2011, em que foram arrecadados 2.277,41 milhões de MT, registou-se um crescimento de 39%.Na área da Boa Governação e Descentralização, foram tramitados 4.191 processos crimes, dos 3.800 planifica-dos, uma realização de 110,3%, contra 3.822 processos tramitados em 2011, um crescimento de 9,7%.

NO ÂMBITO DA ORDEM E TRANQUILIDADE PÚBLICAS, REGISTOU-SE UMA REDUÇÃO DO ÍNDICE GERAL DA CRIMINALIDADE EM 16,9%, TENDO PASSADO DE 730 CASOS CRIMINAIS, EM 2011 PARA 606, EM 2012.Domingos Macajo

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CULTURA E MOMENTOS

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NYAU: A DANÇA DOS ESPÍRITOSGULE WANKULO

Nyau é uma dança amplamente praticada na pro-víncia de Tete. É cultura moçambicana e interna-cional. A sua origem está associada à formação do Estado Undi, por volta do século XVII, (Gabinete de Organização do 1º Festival de Dança Popular, 1978), altura em que se supõe ter sido adoptado como uma forma de manifestação do seu poderio perante os povos conquistados. Do ponto de vista lendário, as fontes orais continuam a relacionar esta origem com os Undi que supostamente “do Malawi teriam vindo ensinar esta dança aos moçambicanos”. (entrevista com um Nyau do Malawi, 20.04.07)*.Na província de Tete, a Dança Nyau, pratica-se em oito distritos, nomeadamente, Tsangano, Angónia, Chiúta, Chifunde, Marávia, Moatize, Zumbo e Ma-canga, com mais destaque para este último, onde se conseguiu preservar a dança. Ela foi herdada dos antepassados cujas manifestações são feitas em ce-rimónias de grande importância festiva ou fúnebre. Os aprendizes desta dança são levados para o mato, onde são explicados os procedimentos e compor-tamentos de um membro do grupo. Por sua vez, existem aqueles que chamam de grande dançarino “Gule Wankulo”, que representa os antepassados. O Nyau contém valores educativos, como a preserva-ção do meio ambiente, através de restrições ao abate de determinados animais, visando certamente o esta-belecimento de um equilíbrio na natureza. Fazem ain-da parte desta manifestação valores como o respeito pelos mais velhos, a convivência social e ainda a resis-tência física e valentia - estas últimas incorporadas na ginástica acrobática, como o trepar postes e a locomo-ção em fios suspensos, assegurados por estacas.Na dança incorporam-se imagens humanas zoo-morficamente configuradas, usando coreografias e vestes folclóricas em tecido, repletas de enfeites (ti-ras de trapos, pedaços de sacos, fibras de árvores,

* Informação extraída do artigo “DANÇA NYAU: Das origens aos

nossos dias” de FERNANDO DAVA (Director do ARPAC/Instituto

de Investigação Sociocultural), editado a 29 de Agosto de 2007.

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formando uma mistura ardente de cores), palha e mascaras cobertas de penas de aves. Outros exibem-se mascarados e com o corpo nu, pin-tados de cinza, de argila vermelha ou branca. Nas per-nas usam chocalhos, também ostentando várias cores.Acessórios como catanas, paus e facas são usados na dança. Rogério Erasmo, dançarino e batuqueiro do Gule de Angónia, segredou-nos que estes instru-mentos não causam ferimentos, pois existe muita arte e ensaio no seu manuseamento.Quando se dança Nyau, os batuques colocam-se na

frente e as senhoras ficam por detrás ou ao lado dos ba-tuquei-os, todos em harmonia e sintonia. Os integran-tes em descoordenação são de imediato substituídos.Esta dança era inicialmente praticada pelas mu-lheres mas, com o passar do tempo, foi domina-da pelos homens. Contudo, podem faltar instru-mentos, mas nunca a presença das mulheres com cânticos e palmas.O chocalho é usado para orientar o dançarino, é como se fosse o guia para fazer com que não trope-ce. O guia agita o chocalho para alertar o dançarino

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sobre os obstáculos.Normalmente, a dança Nyau faz-se em locais de muita terra, que facilmente levantam poeira. Em reconhecimento e valorização da grandeza his-tórica e sociocultural do Nyau, reflectida, inclusive, na elevada elaboração técnico-científica sobre a importância desta manifestação cultural produzida por Moçambique, Malawi e Zâmbia, quando subme-tida à UNESCO, esta instituição proclamou a dança NYAU (GULE WANKULU) como Obra-Prima do Património Oral e Imaterial da Humanidade.

A PARTIR DE 25 DE NOVEMBRO DE 2005, ESTA NOSSA DANÇA, A DANÇA DOS ESPÍRITOS, PATRIMÓNIO DA NOSSA CULTURA, PASSOU A PERTENCER A TODA A HUMANIDADE.

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SERÁ QUE SANDAWANA ME DARÁ?te, com lume, e colocar dentro do buraco para as hie-nas fugirem e daí apanhar o Sandawana.Enquanto ela me contava isto, lembrei-me de al-guém a quem perguntei o porquê dessa vivência conjunta entre a hiena e Sandawana e que me disse:- Eles são parceiros. As hienas, quando saem da toca, já sabem o que vai acontecer naquele dia. O Sandawana já o disse, por isso vivem juntos. Voltando à conversa com a Rainha, disse-me que não se encontra Sandawana de qualquer maneira, principalmente nestes nossos tempos. - Há muito tempo, sim, havia Sandawanas! Ouvi muitas estórias de pessoas que tinham Sandawana. Eu? Eu nunca tive, mas ouvi muitas estórias.Quando as pessoas procuram Sandawana é por que querem “vida”, querem ter riquezas, dinheiro. San-dawana ajuda a ter dinheiro.- Doutor, se você apanhar Sandawana terá uma vida de fartura e riqueza, mas Sandawana não trabalha sozinho. Se o apanhar tem de o levar para um curan-deiro que com ele fará uma droga.

Nos finais de 2012 foi inaugurada, pelo Presiden-te da República de Moçambique, Armando Emílio Guebuza, um monumento que exalta a história míti-ca de Tete. O Monumento Sandawana.A explicação do que é Sandawana é alvo de muitas versões, o que me levou a procurar a Rainha do Son-go, de nome Joana Songo, de 61 anos, mãe de uma filha e avó de cinco netos, para que me contasse a sua versão da estória do Sandawana.- Padala… Padala… - assim começou a explicação do que era Sandawana. - Doutor, Sandawana é um bicho-do-mato, com as características de um roedor, um rato bem pequeno que vive nas tocas das hienas. As hienas, elas são as encarnações de feiticeiros, de pessoas que ti-nham mizimo, que quando morrem acordam como hienas. Sabe Doutor, essas tocas em que vivem as hienas não são feitas por elas - elas roubam de um bicho chamado Dzimba, tipo porco ou assim. Não sei bem o nome em Português. Para se apanhar esses Sandawanas deve ir-se à noi-

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Ao levar o Sandawana para sua casa começa por fazer uma cerimónia chamada tsembe, aquela ceri-mónia de pôr farinha numa árvore e fazer papa. Mas tem de combinar muito bem com sua esposa, por que será ela a primeira pessoa a colocar a farinha na árvore e deve concordar com tudo aquilo que o Sandawana precisar. Também lá em casa não pode haver discussão, devem viver bem. Não bater nas crianças, não bater na esposa ou lutarem dentro da casa. Senão, tudo aquilo que tiver através do Sanda-wana vai desaparecer, até a sua casa pode queimar, arder mesmo, arder tudo!Depois de ouvir atentamente o que me foi dado a conhecer, fiquei a pensar:- Será que o Sandawana me concederá os meus pedidos? Tive de voltar ao monumento Sandawana para en-tender o que este contava em relação à Barragem de Cahora Bassa:Reza a história que há muito tempo as populações de Chapatira, antigo nome da região que é hoje o Songo, viviam em extrema pobreza e fome intensa.

Nesse período, a população organizou-se e decidiu procurar o Sandawana a quem concordaram em pe-dir riquezas para acabar com sua pobreza.O grupo dos mais valentes do Songo entrou no mato à procura do Sandawana. Ao fim de alguns dias, en-contraram Sandawana e pediram que construísse uma barragem. Sandawana aceitou e deu-lhes força para que, lado a lado com os brancos, construíssem a majestosa barragem de Cahora Bassa. As discussões que havia na comunidade sobre a distribuição da riqueza trazida pela barragem, le-varam a que Sandawana desfizesse a riqueza e que esta fosse levada pelos estrangeiros. As comunida-des voltaram a viver sob dominação estrangeira e em pobreza ainda mais extrema, quando comparada com aquela em que viviam antes.Perante essa situação, os líderes voltaram a reunir-se para pedir o seu Sandawana de volta. Este clamor foi ouvido e o desejo concedido. Aconteceu a Reversão da HCB para o estado Moçambicano. No Songo pode visitar-se o monumento que conta esta história.

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© Wakula Tete

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SINTO SUA FALTA. NÃO ME ABANDONE. EU TE AMO.

ESTA É A ÚLTIMA CARTA QUE ESCREVI E GUARDEI. NÃO TIVE CORAGEM DE ENVIÁ-LA, ACHEI QUE ESTAVA TARDE DEMAIS, LEIA (ERA PARA TIA NINA):Na verdade nada entre a gente foi necessário para que nos sentíssemos mais amados ou mais valori-zados. Tudo já estava fielmente cultivado e, garanto, impenetravelmente sólido, pelo menos em meu in-terior, que sempre a teve tão formosamente inteira e completa, que formigava uma cãibra de tão pairada que você estava sobre mim.Perdão. Eu não deveria estar usando o verbo no pas-sado quando se trata de uma sensação em tempo real.As cartas que mandavas. Caixas postal esquecidas. O carteiro mal sabia quanto amor e saudade carre-gara em sua bolsa e, se soubesse, acredito que não teria o menor interesse em embarcá-las.

Os sonos perdidos. As noites mal dormidas. A che-gada feliz e partida dolorosa. As fotografias revela-das e coladas num diário qualquer. A pulseira e o anel de amizade. Os filmes, as músicas, os vídeos. Os apelidos que só a gente entende. Meu jeito. Seu jeito. Nossa maneira. Os opostos e as semelhanças. Minhas neuras, seus conselhos. Suas neuras, meus conselhos. Sempre assim. Per-feita dualidade, perfeita simetria. Eu sempre tão você, você sempre tão eu. Tantos “estou chegando”. Tantos “adeus”. Tantos reencontros. Porém nunca perdidos ou esquecidos.É algo tão profundo e sincero que são 4h20 da manhã e a vontade de ligar para você está aos pulos eufóri-cos. Mas não. Deixo isto para as 8h00. Direi: “Bom dia! Lembra de mim?!” Mesmo sabendo a resposta, vai ser bom te ouvir dizer com aquela voz baixinha, que mais parece de mosquito: “Que saudade!”. Queria que esse espaço fosse limitado para que eu pudesse usar a desculpa de que não tenho caracteres disponíveis para continuar escrever-lhe. Mas como sou humilde e estou naquele importuno momento de própria incapacidade de expressão, recorro aos clichés: Preciso de você. É importante pra mim. Sin-to sua falta. Não me abandone. Eu te amo.Bom final de semana sobrinha.

Sábado, 4h26 De Erasmo Bento para Natércia Seda

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TRISTEZA Já são nove da noiteNeste meu banho vital de luzViajo nesta artéria de sonhos e vida

Meu pensamento voa para novos horizontesViajo pelo mundo com olhos interioresViajo pelas recordaçõesViajo em busca de emoçõesViajo no sonambulismo memorialDe uma vida que não vivoViajo na saudade encanecidaTrago resignadas n almaLágrimas de uma dor que não sinto

Viajo no trem da saudadeViajo com pensamentos e palavrasViajo lúcida, à procura de mim mesma.

Eládia Magau

© Eurico Dzivane

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AIDESS E ANANIAS CHOMOLADUAS VIDAS UNIDAS PELO MATRIMÓNIO

maus hábitos, coisas que caracterizam um e outro e defeitos. Isto fez com que logo cedo fôssemos transparentes, o que ditou a nossa união. O que nos espanta é que apesar de sermos duas pessoas dis-tintas, tínhamos uma coisa em comum: “Não quero namorar, não quero casar!” Hoje, nos perguntamos como foi que decidimos, não só namorar, mas levar a coisa muito a sério e casar-mos. A resposta é simples: tinha de ser Aidess e Ana-nias como actores e Deus para abençoar a União.

WT: Quando é que decidiram casar?AAC: Em Julho de 2012 já pensávamos em prová-veis datas de noivado. Depois de expressarmos nos-sa vontade aos mais velhos, pais e outros familiares, fomos aconselhados, por uma questão de gestão de tempo e finanças, a fazer toda a cerimónia duma vez. Assim, fixamos dois como sendo o nosso núme-ro, Março como o nosso mês e 2013 como o ano que deixaríamos de ser solteiros e passaríamos a dedi-car nossas vidas um ao outro. Como ainda faltava muito tempo para que isto acontecesse, decidimos, num jantar, dar um passo à frente colocando um anel no dedo da Aidess.

A família é algo que dignifica qualquer pessoa na sociedade. E uma das formas de criar família é a contrair o matrimónio, seja religioso, civil, tradi-cional ou de outras formas legalmente estabeleci-das. Aidess e Ananias contraíram matrimónio e formaram família.Trocamos dois dedos de conversa com ambos com o recém casal Chomola que resultou neste brilhante diálogo:

Wakula Tete: Como e onde se conheceram?Ananias e Aidess Chomola: A primeira vez que nos vimos foi em 2007, em Nampula, na “Repúbli-ca” onde a Aidess vivia. Quase nos vimos de raspão na manhã do dia seguinte, quando ela se preparava para ir à Faculdade. Em 2012 voltamos a nos encon-trar e foi tudo mágico. Começamos uma relação que, logo no início, foi de cumplicidade. Namoramos um ano antes de casarmos.

WT: Como foi o período de namoro?AAC: O nosso período de namoro foi de muita ami-zade, companheirismo e cumplicidade. Uma vez juntos, tínhamos de falar de tudo: gostos, hábitos,

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WT: Quem é que pediu a quem a mão em casamento?AAC: Em virtude do que têm sido as nossas tradi-ções, o homem assume o papel preponderante para a união, pois este tem sido quem coloca o primeiro anel. Nossa relação não foge à regra. No entanto, não nos lembramos quem iniciou a conversa de ca-samento. Ambos tínhamos princípios movidos pela ideia de não querer casar e, muito menos querer um relacionamento ocasional ou tentativa de namoro. A verdade é que, a um dado momento, fomos falando de planos de casamento, falando de prováveis datas para apresentação e noivado como se já tivéssemos falado desse assunto antes. Das vezes que conversa-mos, já no momento do grande envolvimento que é a preparação da cerimónia do casamento, nos per-guntamos como e quando tudo começou, de quem surgiu a ideia de casamento e fomos atribuindo as responsabilidades um ao outro. WT: Descreva, em breves trechos, como foi o vos-so casamento?AAC: Entendemos a sua pergunta como a ceri-mónia do casamento. Na nossa óptica saiu como desejávamos. O conforto de cada um dos nossos convidados e a tranquilidade pessoal durante o

processo todo contou para que tivéssemos a satis-fação que esperávamos. O resultado e os depoimentos das pessoas que es-tiveram na recepção dos nubentes é, sem dúvida, a prova de que o nosso esforço não foi em vão. Já alguém nos indicou para preparar um evento igual, pois o nosso casamento foi fantástico. A nossa res-posta tem sido a seguinte: “Eu e o meu esposo pre-paramos aquilo que sonhamos para nós e saiu como nós projectamos. Um evento diferente pode não cor-responder ao sonho de muitos”

WT: Planos para o futuro?ACC: O principal de todos é viver juntos e ter filhos, fruto do nosso amor, e criá-los com amor de pais babados.

WT: Mensagem para jovens solteiros que se pre-tendem casar?ACC: Quando se encontra a pessoa certa, não há o mínimo esforço para que sintam a vontade em se-guir em frente. Acontece naturalmente. Na dúvida, pare e repense.

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MULHER, SAÚDE, GASTRONOMIA E DICAS ÚTEIS

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O NASCIMENTO DO DIA DA MULHER MOÇAMBICANA, O 7 DE ABRILUMA HISTÓRIA CONTADA PELA CORONEL MARINA PACHINUAPA, COMBATENTE DA LUTA DE LIBERTAÇÃO NACIONAL, NUMA PALESTRA CONCEDIDA NA PROVÍNCIA DE TETE, NO ÂMBITO DAS COMEMORAÇÕES DO DIA DA MULHER MOÇAMBICANA, ASSINALADA A 7 DE ABRIL.

Coronel Marina Pachinuapa, na primeira pessoa:A emancipação da mulher resulta da luta e da con-quista feita pela própria mulher. Ela conquistou e ocupou o seu espaço. Esta história começa com o anúncio de que a luta de libertação nacional era de todo o povo moçambica-no, sem distinção de etnia, cor, raça ou sexo.Não foi fácil, pelo menos na Província onde eu esta-va, a mulher juntar-se ao homem nesta causa pois a mulher era vista como um objecto que deveria ficar dentro da casa, a tomar conta do marido. Em Fevereiro 1967, eu, inserida num grupo de 25 meninas chegamos a Nachingueia para junto do homem participarmos dos treinos políticos milita-res da luta de libertação. Passamos pelos treinos e a primeira missão que tivemos foi ir dar uma palestra no Instituto Moçambicano e a escola da FRELIMO em Dar-es-Salam.No final da palestra, recebemos na nossa residência duas meninas, Augusta de Cabo Delgado e a Josina que manifestaram interesse em largar os estudos e se juntar nós nos campos de batalha.Uma vez regressado à Nachingueia, uma semana depois, recebi um envelope com uma foto e carta escrita pela Josina onde se podia ler “Irmã Marina, nessa revolução gostaria que estivéssemos juntas”. Dois meses depois fui indigitada Comandante do Des-tacamento Feminino em Cabo Delgado para onde a Josina foi. Um local onde havia guerra. Onde não co-nhecia a ninguém, e a mim só havia visto uma vez.

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Ela trabalhou com muita dedicação e empenho no destacamento feminino, principalmente na questão dos infantários de crianças cujos pais haviam pere-cido no campo de batalha.

O DESTACAMENTO FEMININO MOBILIZAVA A POPULAÇÃO PARA CARREGAR MATERIAL, TOMAR CONTA DAS CRIANÇAS E PRODUZIR, PARA QUE OS NOSSOS COMBATENTES TIVESSEM COMIDA.

Josina adoece e prossegue para Dar-es-Salam e de-pois para Moscovo para fazer tratamento.Depois de algum tempo longe dela, duas semanas, pela manhã, enquanto escutava rádio oiço que a ca-marada Josina tinha perdido a vida em Dar-es-Salam.- Josina morre!Foi uma grande perda que levou-nos a pensar que as mulheres poderiam discutir os problemas entre si. Nós, o destacamento feminino, com a nossa von-tade, informamos a direcção do movimento Frente de Libertação de Moçambique que decidimos criar a Organização da Mulher Moçambicana (OMM). Essa organização seria criada em homenagem à nossa co-lega e companheira Josina Machel. Dia 7 de Abril, deveria ser o Dia de toda a Mulher Moçambicana.Foi assim que criamos o Dia da Mulher Moçambicana, durante na primeira Conferência da Mulher Moçambi-cana, a 16 de Março de 1967, em Tonduro. Nessa data escolhemos Josina Machel como nosso símbolo.

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EM POUCAS PALAVRAS DIRIA: É UM GRANDE ORGULHO PARA NÓS, AS MULHERES MOÇAMBICANAS. POR ISSO É UM ORGULHO PARA A MULHER. E DESTA FORMA CONCLUO!

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A ESPERANÇA, O FUTURO E A VIDA RESIDEM EM TI CRIANÇA…És de pele castanha escura, clara ou de qualquer raça… vives lá pelas bandas do interior de Moçam-bique, na periferia e pela cidade dentro… Estas di-ferenças físicas não te tiram o traço comum que tens com todas as outras espalhadas pelo mundo inteiro: és uma criança linda, a esperança, o futuro e a vida de uma nação inteira. Em todo o mundo celebra-se o dia 1 de Junho como o Dia Internacional da Criança, e por cá reservamos essa data para lembrar o quão és descriminada, seus deveres bem lembrados e direitos esquecidos.

Já antes da sua morte em 86, Samora Machel apeli-dou de “flores que nunca murcham”, pois o seu olhar e expressão dá-nos a certeza que o mundo é nosso e a vida humana continuará a perpetuar-se na terra.Todos os dias deveriam ser o dia da criança, e em Áfri-ca não só celebramos o dia da internacional da criança, como também criamos o Dia da Criança África, aquela que é vítima de todos os males que se possam imaginar. Quiçá um dia possamos criar o Dia da Criança Mo-çambicana, não motivada por massacres, mas ape-nas por reconhecer que é o futuro de Moçambique.

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CHICOA COM MASSA, UM PRATO TÍPICO DA PROVÍNCIA DE TETEChicoa com Massa (Xima ou Ushuá) é um prato tí-pico e muito apreciado na Província de Tete. Quem vem a Tete certamente já terá ouvido falar ou prova-do este prato que dá muita força para as actividades diárias, segundo relatos dos locais.Chicoa é um peixe seco. Peixe que secou ao sol com muito sal, para melhor conservação. Pode-se pescar em quase toda a extensão do rio Zam-beze. Fresco, chicoa toma o nome de pende, igual-mente gostoso quando grelhado no forno ou na brasa. Para preparar um prato de Chicoa com Xima deve-

se, em primeiro lugar, mergulhar o peixe na água onde deverá marinar por duas horas consecutivas, para retirar o maior teor de sal. Tradicionalmente o Chicoa é assado em brasas de lenha ou carvão. Pode também ser frito. Quando se pretende preparar em guisado, coloca-se numa pa-nela com tomate, cebola e óleo e, no fim, adiciona-se água para fazer o molho.O acompanhamento do prato é uma Xima bem quente, confeccionada com milho pilado e moído.

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INFORMAÇÃO ÚTILLICENCIAMENTO SIMPLIFICADO PARA AGENTES ECONÓMICOS DE TETE

O Que é o Licenciamento Simplificado?É a autorização do Estado para exercício de algumas actividades económicas.

Quais os documentos necessários para o Licenciamento Simplificado?• Documento de Identificação Civil;• NUIT-Número Único de Identificação Tributária ;• Formulário em modelo próprio devidamente preenchido.

Onde pode ser solicitado o Licenciamento Simplificado?• Baú: Balcão de Atendimento Único.• Conselho Municipal, e• Serviços Distritais de Actividades Económicas, nos distritos.

Quanto tempo é necessário para obter o Licenciamento Simplificado?O Licenciamento Simplificado é efectuado na hora e presencialmente.

Que documento autoriza o Licenciamento Simplificado?Licença Simplificada em modelo próprio a preencher no Balcão de Atendimento Único.

Que facilidades oferece o Licenciamento Simplificado?Isenção de estudo de impacto ambiental e de realização de vistoria prévia. Para além de facilitar o acesso ao crédito bancário, facturas e recibos, junto das instâncias de direito.

Quem pode beneficiar-se ou solicitar o Licenciamento Simplificado?O Agente Económico Formal e Informal; O Empreendedor e O Investidor.

Quais são as actividades económicas que estão sujeitas ao Licenciamento Simplificado?• Agricultura: licenciamento da actividade numa extensão até 350 Ha.• Pecuária: Criação de animais de capoeira até 100.000; criação de suínos até 3000 e ou até 100 porcas re-produtoras. E criação de bovinos até 500.• Comércio: Retalho (15 classes e Prestação de Serviços).• Construção: (Imobiliário e Consultoria).• Desporto: (Equipamentos e acessórios, Espectáculos e Publicidade Desportiva).• Indústria: (Micro e pequena dimensão com excepção de ramo alimentar, bebidas e produtos farmacêuticos).• Transportes E Comunicações: (Internet-Café).• Turismo: (Salão de Chá, Pastelarias e Cafés). Entre outras.

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O QUE SÃO OS BALCÕES DE ATENDIMENTO ÚNICO (BAÚS)?

São espaços públicos de acesso fácil onde os cidadãos, em geral, beneficiam de vários serviços públicos, obtendo respostas às suas preocupações dentro dos prazos estabelecidos. Portanto, são unidades concen-tradas de prestação de serviços e foram criados pelo Decreto n 14/2007 de 30 de Maio e que também for-necem orientação técnica sobre os requisitos e procedimentos administrativos inerentes à prossecução dos serviços prestados.

Como funcionam os BAÚsOs BAÚs articulam entre si, com as instituições públicas e com instituições privadas, usando os mecanis-mos que tornam os procedimentos administrativos simples e flexíveis, para melhor servir o cidadão.

Que serviços podem ser tratados nos BAÚs?Serviços de Licenciamento; Serviços de Registo e Notariado; Serviços de viação; Serviços de Cobrança de Impostos e Taxas; Serviços de Registo e Identificação Civil; Serviços complementares aos licenciamentos; Outros serviços, que se mostrem necessários e convenientes à prossecução do interesse público.

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PROTECÇÃO SOLAR Fonte: http://raios-ultravioleta.info

RECOMENDAÇÕES:

Para doenças relacionadas com a peleObserve o seu corpo através de um espelho, com o auxílio da luz. Analise pintas (nevos melanocíticos) e verrugas nas áreas do couro cabeludo, nariz, ore-lhas, olhos e lábios. Veja se sofreram alterações, se sangram ou causam coceira. Se apresentar algum destes sintomas, esteja atento: se metade da pinta ou verruga não é semelhante ao outro lado (assime-tria); se as bordas estão com formato irregular (con-torno); se estão mudando de aspecto (cor); se há um crescimento da pinta ou da verruga (diâmetro); se há uma pinta, uma sarda (efélides, que podem de-tectar o nível de exposição de uma pessoa ao sol); se uma lesão ou verruga mudou de cor, se cresce ou é diferente das outras (evolução).

QueimaduraConhecida também como eritema, é uma das prin-cipais reacções da pele à exposição solar. Altas ex-posições geram bolhas, edemas e descascamento. A sua principal característica é o avermelhamento da pele, que ocorre quando há uma dilatação dos vasos sanguíneos mais superficiais.

Tipo de pele ReacçõesPele Branca ou muito branca - olhos azuis, claros ou castanhos, sardas, cabelos loiros ou ruivos, pele muito clara.

Queimaduras severas, pouco ou fraco bron-zeamento e pele des-cascadas.

Pele Morena - cauca-sianos, pele branca ou morena, cabelos e olhos castanhos.

Queimaduras modera-das, bronzeamento mé-dio, reacções de IPD*.

Pele Mulata – mulatos e mestiços, negros.

Raramente se queima, fácil bronzeamento e sempre exibe IPD.

* IPD (immediate pigment darkening) - significa pigmentação ime-

diata. É a primeira fase do bronzeamento, acontece quando há

uma exposição por segundos à radiação e o indivíduo produz reac-

ções características da melanina (pigmento que dá cor a pele).

Obs.: a sensibilidade às queimaduras varia de acordo com as áreas

do corpo (nuca, pescoço, tronco, etc.) e depende de factores como a

idade, a alimentação, ou as condições climáticas e de saúde.

QUEM SÃO AS PESSOAS ATINGIDAS E QUAIS AS DOENÇAS MAIS FREQUENTES?• Todas as pessoas correm riscos com a radiação solar.• Peles claras: (pessoas que se queimam facilmente, possuem olhos azuis ou verdes, e são loiras ou ruivas) são mais susceptíveis de desenvolver câncer de pele.• Pele morena: o melanoma ocorre, geralmente, nas palmas das mãos, solas do pé ou sob as unhas.• Factores genéticos: histórico na família de câncer de pele, exposição excessiva ao sol no passado, pes-soas com muita pinta ou verruga (mais de 50), além de exposição solar durante o trabalho.• Medicamentos com sensibilidade à luz solar, tais como antibióticos, anti-histamínicos e fitoterápicos. Tire essa dúvida com seu médico.

PROTECÇÃO SOLAR: A PREVENÇÃO DAS ENFERMIDADES

Cuidados para evitar que as doenças atinjam o organismo:• Evite a exposição excessiva ao sol;• Evite a exposição entre as dez da manhã e as quatro da tarde. Nesse período, se não a puder evitar, use guarda-sol;• Na praia ou em actividades ao ar livre, proteja-se com chapéus, óculos de sol e protector solar. Lo-cais com areia, água, praias ou piscinas são super-fícies que reflectem os raios UV podendo atingi-lo, mesmo que permaneça na sombra;• Verifique o índice de UV;• Afaste-se das lâmpadas solares e câmaras de bronzeamento;• Durante a gravidez, evite a exposição excessiva.

Filtros solares

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São produtos que funcionam como barreira quími-ca. Têm por função absorver os raios UV, impedindo que estes danifiquem a pele. Podem ser cremes, lo-ções ou óleos. Dividem-se em dois tipos:

• Químicos - protectores solares, que absorvem os raios antes de penetrar na pele, agem como a mela-nina, não interferem na produção de Vitamina D e são mais resistentes à água.

• Físicos - bloqueadores solares que reflectem e es-palham os raios UV.

Obs.: Procure filtros que oferecem protecção para os raios UVB

e UVA e escolha o FPS de acordo com o seu tipo de pele. Passe

o protector meia hora antes de ir à praia ou à piscina. Volte a

aplicar duas horas depois.

• Factor de Protecção Solar (FPS) - é o grau de pro-

tecção contra os raios UVB. Esse número corres-ponde ao tempo que a pessoa poderá ficar exposta antes de começar a queimar-se. Por exemplo, se uma pessoa compra FPS 5, significa que ao fim de 50 mi-nutos começará a queimar-se. O mais aconselhável é o FPS 15. Recomendações: Em casa, tome banho e passe um hidratante. Se detectar algo estranho na pele, procure um dermatologista. Não use filtros ca-seiros ou com o prazo vencido.

• Factor de protecção ultravioleta (FPU) - capaz de medir a percentagem de raios bloqueados, o FPU é utilizado em tecidos e bloqueiam 98% da radiação. Use também roupas de cor azul ou vermelha. Cien-tistas espanhóis descobriram que roupas de cor mais escura, em tecidos de algodão, têm a capacida-de de absorver melhor os raios UV.

GUARDE NA MEMÓRIANão é preciso esconder-se do sol, basta tomar os cui-dados necessários para evitar os problemas causa-dos pela radiação.Para conseguir um belo bronzeamento, não é preciso queimar-se e passar horas no Sol. Fazer isso, poderá fa-zer com que contraia, além de queimaduras, o câncer.Proteja as crianças com o guarda-sol em períodos de maior concentração dos raios (10 às 16 horas).Em dias nublados, apesar de sol encoberto, também existem raios UV.Tome especial cuidado no verão: a época de maior incidência dos raios.

CuriosidadeEm meio à II Guerra Mundial surgiu a ideia da protecção solar. Os soldados americanos, no campo de batalha, para se protegerem das exposições intensas ao sol, passavam graxa vermelha na face. A pasta era produzida no fundo do quintal de Benjamin Greene, um farmacêutico que morava em Miami. Dez anos depois surgiam os primeiros bloqueadores físicos, capazes de proteger contra 90% da radiação solar.

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DICAS SOBRE O EQUIPAMENTO DE HIGIENE E SEGURANÇA EM USO NUMA MINERAÇÃO

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CONTRA-CAPA