ZWETSCH Formacao Pop Rua P2 Consultoria SDH UNESCO

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Documento técnico contendo diagnóstico sobre a necessidade de formação temática específica dos membros do Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Nacional para a População em Situação de Rua.

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    BIN ZWETSCH PRODUTO 2 UNESCO 914-BRZ3010

    ORGANIZAO DAS NAES UNIDAS PARA A EDUCAO,

    A CINCIA E A CULTURA UNESCO

    Secretaria de Direitos Humanos

    da Presidncia da Repblica

    SDH/PR

    Relatrio 2

    PROJETO: 914 BRZ3010 Fortalecimento dos mecanismos de participao e

    controle social das polticas pblicas de direitos humanos UNESCO

    Produto 2

    Documento tcnico contendo diagnstico sobre a necessidade de formao temtica

    especfica dos membros do Comit Intersetorial de Acompanhamento e

    Monitoramento da Poltica Nacional para a Populao em Situao de Rua.

    Consultor tcnico: Bin Mauir Zwetsch

    Braslia/DF, Agosto de 2014

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    Siglas

    CGDPSR: Coordenao-Geral dos Direitos da Populao em Situao de Rua

    CIAMP-Rua: Comit Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Poltica

    Nacional para a Populao em Situao de Rua

    CNBB: Conferncia Nacional dos Bispos do Brasil

    CNDDH/PSR-CMR: Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos da Populao em

    Situao de Rua e dos Catadores de Materiais Reciclveis

    CNMP: Conselho Nacional do Ministrio Pblico

    IPEA: Instituto de Pesquisas Econmicas Aplicadas

    MCidades: Ministrio das Cidades

    MDS: Ministrio de Desenvolvimento Social e Combate Fome

    MNPR: Movimento Nacional da Populao de Rua

    PNEDH: Plano Nacional de Educao em Direitos Humanos

    PNEPS: Poltica Nacional de Educao Permanente do Sistema nico de Sade

    PNEPSUAS: Poltica Nacional de Educao Permanente do Sistema nico de Assistncia

    Social

    PNPS: Poltica Nacional de Participao Social

    PSR: Populao em Situao de Rua

    SDH/PR: Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

    SGG: Secretaria-Geral de Governo da Presidncia da Repblica

    UNESCO: United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (Organizao

    das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura)

    TR: Termo de Referncia

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    Sumrio

    1. Introduo_________________________________________________________04

    2. Metodologia: Bases pedaggicas e tericas_______________________________05

    3. Diagnstico sobre a necessidade de formao temtica especfica dos membros do

    Comit Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Poltica Nacional

    para a Populao em Situao de Rua ___________________________________07

    4. Proposta de Oficina sobre Participao Social junto a Populao em Situao de

    Rua ______________________________________________________________ 15

    5. Consideraes finais _________________________________________________18

    6. Referncias bibliogrficas ____________________________________________19

    7. Anexos ___________________________________________________________21

    7.1. Anexo 1 _______________________________________________________21

    7.2. Anexo 2 _______________________________________________________25

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    1. Introduo

    O presente relatrio composto pelo documento tcnico contendo diagnstico

    sobre a necessidade de formao temtica especfica dos membros do Comit

    Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Poltica Nacional para a

    Populao em Situao de Rua. Ora denominado Produto 2, resultado da consultoria

    contratualizada dentro do Projeto 914BRZ3010 de Cooperao Internacional entre a

    Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura (UNESCO) e a

    Secretaria dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica (SDH/PR) do Governo

    Federal do Brasil.

    O Projeto 914BRZ3010 intitulado Fortalecimento dos mecanismos de

    participao e controle social das polticas pblicas de direitos humanos, o fio lgico

    entre as produes requeridas, revelando as potencialidades da discusso sobre a

    relao entre movimento social, Estado, sociedade civil e espaos representativos de

    participao social, como conselhos, grupos de trabalho, comits e conferncias.

    Destaco que o diagnstico balizador da formao temtica envolve o estudo de

    matrizes variadas de processos educativos, de formao e de educao permanente

    presentes em nove setores de governo, movimentos sociais e entidades da sociedade

    civil que concretizados atravs de seminrios, oficinas, cursos e encontros. Estes

    espaos de aprendizagem so diversos em suas metodologias, bases tericas e

    abordagens temticas exigindo situar marcos de referncia para construo da

    proposta de formao.

    Tal problematizao resultado da primeira produo da consultoria na qual

    desenvolvi anlise situacional das aes das polticas setoriais federais orientadas pela

    Poltica Nacional para Populao em Situao de Rua, pelos Planos de Aes e pelas

    pautas de discusso do Comit Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento

    da Poltica Nacional para a Populao em Situao de Rua (CIAMP-Rua)1 no decorrer

    dos ltimos trs anos. Emergiu da anlise dos documentos, pautas e debates neste

    1 O CIAMP-Rua foi institudo pelo Decreto n 7.053/09 e designa a Coordenao do Comit Nacional para

    a Coordenao-Geral dos Direitos da Populao em Situao de Rua, da Secretaria de Direitos Humanos

    da Presidncia da Repblica.

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    Comit Nacional a necessidade de problematizar a participao social como espao

    sociocultural, na viso de Antnio Gramsci e da necessria educao popular em

    direitos humanos como construo da cidadania, de acordo com Paulo Freire 2.

    2. Metodologia: Bases pedaggicas e tericas

    O primeiro movimento na investigao da necessidade de formao temtica

    especfica foi a busca por bases metodolgicas, didticas e tericas que operam as

    matrizes do processo de ensino-aprendizagem no mbito das polticas setoriais afetas

    a populao em situao de rua, especialmente os Direitos Humanos, a Sade e

    Assistncia Social. Dentre elas destaco as seguintes:

    a) Plano Nacional de Educao em Direitos Humanos (2007);

    b) Caderno de Educao Popular em Direitos Humanos (2013);

    c) a Poltica Nacional de Educao Permanente em Sade (2009);

    d) Poltica Nacional de Educao Permanente no Sistema nico de Assistncia

    Social (2013);

    e) Marco de Referncia da Educao Popular para as Polticas Pblicas (2014).

    To relevante quanto as bases tericas e metodolgicas institudas pelas

    polticas e sistematizadas nas outras publicaes acima balizar a educao como

    um direito humano fundamental3, sobretudo, para a prtica poltica. Para concretizar

    direitos, a educao pode ser entendida como meio, um instrumento de exerccio de

    busca de direitos e como um direito em si mesmo e um meio indispensvel para o

    acesso a outros direitos. Aqui, percebe-se a importncia da educao popular para se

    construir a transformao das relaes sociais e a humanizao das pessoas4.

    2 BRASIL, Marco de referncia da Educao Popular para as polticas pblicas, Secretaria-Geral da

    Presidncia da Repblica, 2014.

    3 Expresso no Ttulo II denominado Dos Direitos e Garantias fundamentais no Captulo II Dos Direitos

    Sociais no Art. 6 da Constituio Brasileira de 1988.

    4 Caderno de Educao Popular e Direitos Humanos, 2013, p. 12.

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    A partir de Paulo Freire (1983) pode-se dizer que a base poltica desse tipo de

    educao para os direitos humanos adquire significado como promotora da superao

    do silncio das maiorias e a preparao intelectual dos trabalhadores e trabalhadoras.

    No escopo do Plano Nacional Educao em Direitos Humanos (PNEDH), a

    Educao No-formal, orientada pelos princpios da emancipao e da autonomia, o

    captulo mais adequado para pensarmos na formao de representantes de espaos

    de participao como os Conselhos de Direitos e do CIAMP-Rua.

    A saber, segundo a Pesquisa Nacional sobre a Populao em Situao de rua

    (Meta/MDS, 2008), quando perguntados sobre a formao escolar 17,1% no sabem

    escrever e 48,4% respondeu que no concluiu o 1 grau completo, sendo relevante

    tambm para os representantes governamentais compartilharem saberes com pessoas

    de origem popular, que no tem a educao formal como principal espao de

    aprendizado.

    Portanto, a operar atravs da educao no-formal do PNEDH configura um

    permanente processo de sensibilizao e formao de conscincia crtica, direcionada

    para o encaminhamento de reinvindicaes e a formulao de propostas para as

    polticas pblicas5.

    Por outro lado, na Poltica Nacional de Educao Permanente em Sade

    (PNEPS), Portaria GM/MS n 1996, de 20 de agosto de 2007, apresentada a

    problematizao entre a necessidade de capacitao ou educao permanente, onde

    se entende a educao permanente como estratgia sistemtica e global que pode

    abranger em seu processo diversas aes especficas de capacitao, no o inverso6.

    Em sntese, a PNEPS entende que:

    Educao Permanente no se refere apenas a processos de educao

    formal. Em um sentido mais amplo, ela diz respeito formao de pessoas

    visando dot-las das ferramentas cognitivas e operativas que as tornem

    5 UNESCO. Plano Nacional de Educao em Direitos Humanos. Secretaria Especial dos Direitos Humanos/

    Presidncia da Repblica. Ministrio da Educao. Ministrio da Justia. UNESCO. Braslia: 2007, p. 43.

    6 BRASIL. Poltica Nacional de Educao Permanente em Sade. Ministrio da Sade. Secretaria de

    Gesto do Trabalho e da Educao na Sade. Departamento de Gesto em Sade. Braslia: Ministrio da

    Sade, 2009, p. 40.

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    capazes de construir suas prprias identidades, suas compreenses quanto

    aos contextos nos quais esto inseridas e seus julgamentos quanto a

    condutas, procedimentos e meios de ao apropriados aos diferentes

    contextos de vida e de trabalho e resoluo de problemas7.

    Por outro lado, encontro na Poltica Nacional de Educao Permanente do

    Sistema nico de Assistncia Social (PNEPSUAS) o princpio da aprendizagem

    significativa para os trabalhadores e agentes de controle social do Sistema nico da

    Assistncia Social com objetivo de ser efetivo, democrtico e participativo, o processo

    de ensino e aprendizagem. Entendendo-se os espaos de educao permanente como

    aqueles nos quais so possveis aprendizados significativos e interiorizao de novos

    conhecimentos, habilidades e atitudes a partir da mobilizao dos saberes e

    experincias prvias do educando8.

    Assentado nas bases expostas acima ser possvel elaborar um processo de

    ensino-aprendizagem significativo que acolha os diferentes saberes com o objetivo de

    promover a superao do silncio de segmentos vulnerveis da populao brasileira e

    a preparao intelectual das pessoas em situao de rua para atuar como

    representantes do movimento popular nos espaos de participao social e interface

    socioestatal.

    3. Diagnstico sobre a necessidade de formao temtica especfica dos

    membros do Comit Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Poltica

    Nacional para a Populao em Situao de Rua

    A reflexo necessria a ser feita sobre formao perpassa a leitura sobre as

    estratgias de Educao Permanente que podem subsidiar a Coordenao-Geral dos

    7 Texto para discusso da Poltica Nacional de Educao Permanente do Sistema nico de

    Assistncia Social, p. 14.

    8 Resoluo CNAS N04, de 13 de maro de 2013 - Poltica Nacional de Educao Permanente do

    Sistema nico de Assistncia Social, p. 17.

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    Direitos da Populao em Situao de Rua (SDH/PR) na formulao de formao para o

    CIAMP-Rua, dentro do cenrio da Poltica Nacional de Participao Social (PNPS)9.

    No artigo intitulado a Poltica Nacional para a populao em situao de rua: o

    protagonismo dos invisibilizados a autora Maria Carolina FERRO reflete sobre o

    processo de aprendizado do Governo Federal diante do desconhecimento relacionado

    a essa populao e a importncia do dilogo no processo de participao social e

    coloca que:

    No incio do processo de construo da Poltica Nacional [para a populao

    em situao de rua, de 2009], conhecia-se pouco sobre o perfil das pessoas

    em situao de rua, no se sabia a dimenso do problema no mbito

    nacional e no se tinha clareza sobre o que significava incluir socialmente

    essas pessoas. A participao da sociedade civil no processo foi fundamental

    para promover um dilogo com o Governo Federal que possibilitasse a

    construo de conhecimento sobre essa populao e o desenho de polticas

    pblicas que fossem adequadas s suas necessidades10

    .

    No h dvida que nos ltimos 25 anos ampliaram os espaos de interao

    entre Estado e sociedade. Em levantamento recente realizado pelo Instituto de

    Pesquisa Econmica Aplicada (IPEA), revelou-se que mais de 90% dos programas

    desenvolvidos pelo governo federal possui pelo menos alguma forma de interao

    com a sociedade sejam elas ouvidorias, mesas de dilogo, audincias pblicas,

    consultas pblicas, conselhos ou conferncias incluindo ainda reunies, grupos de

    trabalho, mesas de negociao, comisses e comits especficos envolvendo

    representantes do governo e da sociedade.

    Em suma, pode-se afirmar que a participao se tornou trao inevitvel da

    atividade governamental no Brasil, a ponto de podermos falar na existncia de um

    original sistema participativo, que envolve formas normativas e organizacionais

    9 Decreto Presidencial n 8243, 23 de maio de 2014, que institui a Poltica Nacional de Participao

    Social - PNPS e o Sistema Nacional de Participao Social SNPS. 10

    FERRO, M. C. T. Poltica Nacional para a Populao em situao de rua: o protagonismo dos

    invisibilizados. IN: BRASIL. SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS DA PRESIDNCIA DA REPBLICA. Revista

    Direitos Humanos. N8. Janeiro de 2012.

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    desenhadas para promover a participao dos cidados nas decises, na execuo e no

    controle de programas e aes de governos (PIRES, 2013, p. 11)

    Dito isso, nos deparamos com o desafio colocado no sistema participativo de

    fortalecer os movimentos sociais na formao de lideranas para as atividades dos

    conselhos e comits, assim como qualificar a gesto pblica na incluso das pautas

    debatidas no planejamento estratgico das polticas setoriais e na gesto dos recursos.

    Incialmente os espaos de participao da populao em situao no mbito do

    governo federal surgiram no formato de encontros para compreender o fenmeno da

    populao em situao e levantamento de suas necessidades para construir polticas

    pblicas, como I Encontro Nacional da Populao em Situao de Rua (2006). Tal

    encontro foi fundamental para construir a Poltica Nacional de Incluso Social da

    Populao em Situao de Rua de maio de 2008, o que convergiu no II Encontro

    Nacional da Populao em Situao de Rua (2009) e no Decreto Presidencial n

    7053/09, que instituiu a Poltica Nacional para a Populao em Situao de Rua.

    Vale destacar que os espaos de formao e discusso como os Encontros

    supracitados foram se transformando e se multiplicando em outros seminrios do

    governo federal, estadual e municipal. O que possibilitou a capilaridade da pauta de

    um lado e fortalecimento da autonomia do movimento social de outro. Caso este,

    como o apoio do governo federal na realizao dos Congressos Nacionais do

    Movimento Nacional da Populao em Situao de Rua, organizado pelo MNPR, o

    primeiro organizado em Salvador/BA, em 2012, e o segundo em Pontal do Paran/PR,

    neste ano.

    Em 2010, ocorreu o 1 Seminrio Nacional sobre Direitos e Garantias

    Populao em Situao de Rua, em Braslia/DF, que consolidou a Secretaria dos

    Direitos Humanos da Presidncia da Repblica como rgo articulador das polticas

    pblicas para este segmento social.

    Enquanto, no ano de 2013, o projeto fruto da parceria entre o Brasil e a Unio

    Europeia, por meio da Coordenao-Geral de Direitos Humanos e Segurana Pblica,

    na poca a pasta que tratava dos direitos da populao em situao de rua, e da

    Cooperao Internacional da Secretaria de Direitos Humanos/PR, objetivou levantar

    experincias exitosas nas estratgias de acolhimento, promoo e proteo dos

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    direitos da populao em situao de rua no Brasil (Distrito Federal), e na Unio

    Europeia (Paris e Londres).

    Por conseguinte, o projeto culminou na realizao do Seminrio Brasil-Unio

    Europeia para a promoo e proteo dos direitos da populao em situao de rua,

    em Braslia/DF, em 2013, e resultou na publicao de Dilogos sobre a populao em

    situao de rua no Brasil e na Europa: experincias do Distrito Federal, Paris e Londres,

    pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica (2013). A referida

    publicao tornou-se referncia em pesquisas acadmicas e contribuiu para o olhar

    comparativo entre realidades de pases distintos com a presena do mesmo fenmeno

    da populao em situao de rua.

    Somando na atuao da Coordenao-Geral dos Direitos da Populao em

    Situao de Rua, o equipamento vinculado SDH/PR atravs de convnio com a

    Conferncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) o Centro Nacional de Defesa dos

    Direitos Humanos da Populao em Situao de Rua e Catadores de Materiais

    Reciclveis (CNDDH/PSR-CMR) organizou o Seminrio do Centro Nacional de Defesa

    dos Diretos Humanos da populao em situao de rua e catadores de materiais

    reciclveis: reflexes, consolidao e perspectivas, Belo Horizonte/MG, 2014.

    Nele foi avaliado o trabalho de 04 anos de modo participativo, com a presena

    dos/as trabalhadores/as dos ncleos do CNDDH/PSR-CMR, de representantes de

    rgos governamentais e organizaes da sociedade civil. Em consequncia, o

    Seminrio apontou as necessidades de qualificao dos encaminhamentos,

    monitoramento e sistematizao do registro de dados de violao de direitos

    humanos.

    Dentre as aes do CNDDH/PSR-CMR est a Campanha Eu sou morador de rua

    e tenho direito a ter direitos com duas peas de comunicao: um cartaz com o rosto

    masculino (Imagem 1) e outro com o rosto feminino (Imagem 2), ambos a sorrir,

    acompanhados da citao de Jos Teixeira Estamos vivendo o nosso dia a dia na rua,

    mas sempre sonhando em melhorar nossas vidas e informao para denncia de

    violao de direitos da populao em situao de rua - Disque Direitos Humanos

    Disque 100.

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    Imagem 1

    Fonte: Divulgao CNDDH/PSR-CMR.

    Imagem 2

    Fonte: Divulgao CNDDH/PSR-CMR.

    A abordagem afirmativa utilizada pela campanha de sensibilizao na qual a

    pessoa em situao de rua sujeito de direitos contrasta com o estigma social de

    no-cidado e no- humano. A reflexo levantada pela frase e o uso da tcnica

    visual do retrato mostra a pessoa de carne, osso e sentimentos, deste modo nos

    aproxima de uma realidade de excluso de diretos civis e sociais e faz referncia ao

    pensamento arendtiano.

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    BIN ZWETSCH PRODUTO 2 UNESCO 914-BRZ3010

    ARENDT, no livro O Sistema Totalitrio (1978), analisa a situao jurdica dos

    aptridas e das minorias no perodo entre a primeira e a segunda guerras mundiais,

    como prenncio do holocausto nazista. Ela afirmou que a igualdade poltica entre as

    pessoas requer o acesso ao espao pblico. Por essa razo concluiu que a cidadania o

    direito a ter direitos:

    S conseguimos perceber a existncia de um direito a ter direitos (e isto

    significa viver numa estrutura onde se julgado pelas aes e opinies) e de

    um direito de pertencer a algum tipo de comunidade organizada, quando

    surgiram milhes de pessoas que haviam perdido esses direitos e no

    podiam recuper-los devido nova situao poltica global. O problema

    que essa calamidade surgiu no de alguma falta de civilizao, atraso ou

    simples tirania, mas, pelo contrrio, que irreparvel porque j no h

    qualquer lugar incivilizado na Terra, pois, queiramos ou no, j

    comeamos realmente a viver num Mundo nico. S com a humanidade

    completamente organizada, a perda do lar e da condio poltica de um

    homem pode equivaler sua expulso da humanidade. (1978, p. 381-382).

    Ademais, a campanha supracitada, faz referncia ao pensamento da filsofa

    ARENDT aponta a perda do lar e da condio poltica como equivalente da expulso da

    humanidade. Logo, a educao para os direitos tarefa tico-poltica de todo

    educador com o objetivo de conquistar a cidadania plena. Em sntese, ser primordial

    incluir de forma global e sistemtica no cotidiano das reunies do CIAMP-Rua a

    estratgia da educao popular em direitos humanos para interiorizao de

    habilidades e atitudes a partir da mobilizao dos saberes e experincias prvias da

    populao em situao de rua.

    No que se refere s polticas setoriais foram importantes para o

    aprofundamento da perspectiva do movimento social e do debate com o Estado o

    Seminrio Habitao de Interesse Social para a Populao em Situao de Rua, em

    Braslia/DF, em 2013, assim como, o Encontro Sade Mental e Consultrio de Rua, em

    Braslia/DF, tambm em 2013, e o II Encontro Tcnico para o Fortalecimento da

    Incluso da populao em situao de rua no Cadastro nico para Programas sociais e

    vinculao a servios socioassitenciais, Braslia/DF, no presente ano.

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    Com efeito, no mais novidade um/a militante de movimento social ocupe a

    mesa de abertura como tambm as mesas temticas contribuindo com falas

    elaboradas a partir da experincia de vida e do aprendizado poltico acumulado na

    participao no CIAMP-Rua, no Conselho Nacional de Sade e no Conselho Nacional de

    Assistncia Social, citando leis, decretos, portaria e fazendo anlise de conjuntura.

    Da reflexo encomendada para este produto percebi que inicialmente o desafio

    para o Estado e a sociedade era conhecer o perfil da populao em situao de rua,

    como passo primordial para estruturar servios pblicos especficos com capacidade

    de atendimento. Em seguida nos deparamos com o horror dos homicdios sistemticos

    e cotidianos que exigiu um esforo concentrado da SDH/PR, demais polticas setoriais,

    do Ministrio Pblico e da Defensoria Pblica no enfrentamento e preveno desta e

    de outras violncias. No momento presente, a partir do levantamento feito com os

    representantes do CIAMP-Rua, emerge a necessidade de aperfeioar as interfaces

    socioestatais como modo de garantir que a consulta, a escuta e os espaos

    deliberativos formulem polticas pblicas e efetivem aes planejadas, monitoradas e

    avaliadas na gesto pblica.

    Tal levantamento foi realizado atravs de questionrio on line (Anexo 1) de

    elaborao prpria enviado por e-mail no ms de agosto de 2014 destinado aos

    membros do CIAMP-Rua. Nele foi perguntado sobre os temas de interesse para

    formao com a possibilidade de priorizar em quatro opes. O questionrio teve ,

    sendo enviado mais de uma vez, com aviso de recebimento e leitura, somado a

    ligaes para esclarecimentos de dvidas e sensibilizao. Do total de representantes

    ativos no CIAMP-Rua, sendo trs do governo e cinco da sociedade civil e movimento

    social. Abaixo segue a Tabela 1 com o resultado do levantamento:

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    Tabela 1

    Prioridade Temas de interesse

    1 Opo a) Participao Social

    b) Assistncia Social

    2 Opo a) Participao Social

    b) Direitos Humanos

    3 Opo a) Direitos Humanos

    b) Habitao

    4 Opo a) Segurana Alimentar

    b) Habitao

    Fonte: Elaborao prpria, agosto de 2014.

    Dois desdobramentos so possveis de apontar diante da Tabela 1. O primeiro

    que ainda persiste a necessidade de discutir o tema assistncia social como poltica

    setorial mais afeta a populao em situao de rua. A debate sobre implantao de

    equipamentos e do monitoramento das aes do Ministrio de Desenvolvimento

    Social e Combate Fome, especialmente o Centro Pop e do cadastramento da

    populao em situao de rua no Cadastro nico, foi proposta em julho como pauta na

    reunio do CIAMP-Rua de setembro de 2014.

    Anderson Lopes Miranda (MNPR-SP) e Samuel Rodrigues (Frum Nacional do

    Povo da Rua) so conselheiros no Conselho Nacional da Assistncia Social no qual

    participam de formaes, seminrios e dos debates dessa poltica setorial. E como

    citado anteriormente, o MDS organizou o II Encontro Tcnico para o Fortalecimento da

    Incluso da populao em situao de rua no Cadastro nico para Programas sociais e

    vinculao a servios socioassitenciais, em maio de 2014. Portanto, estes so espaos

    de formao que temos que reconhecer como legtimos para o aprendizado da poltica

    pblica e para incidir na qualificao da oferta de servios socioassistenciais pelos

    representantes do CIAMP-Rua.

    O segundo desdobramento do levantamento sobre os temas prioritrios para a

    formao a participao social, de modo a ressaltar o seu papel de membros do

    movimento social e da sociedade civil dentro dos Comits Pop Rua nas trs esferas da

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    federao, como tambm, a garantia da efetivao do sistema participativo como

    mtodo de governo e como poltica de Estado11.

    Cabe ressaltar, ainda, que a necessidade mais latente nas atas das reunies do

    CIAMP-Rua a participao da sociedade civil e movimentos sociais na formulao de

    aes governamentais, projetos, programas, editais e pesquisas, assim como no

    monitoramento dos servios pblicos atinente a este segmento da populao.

    Portanto, a partir desse diagnstico conflui para o tema participao social a proposta

    de formao, com objetivo de aprofundar e aperfeioar a participao social no

    Comit Nacional e nos diferentes espaos de interao socioestatais.

    Alm da pergunta sobre as prioridades de temas de interesse para propor a

    formao foi consultado quanto ao tempo que o entrevistado poderia disponibilizar

    para este momento e foi respondido pelos representantes governamentais de um

    turno a um dia, enquanto para os representantes do movimento social teriam dois

    dias. Este demostra tanto disponibilidade para o aprendizado quanto a relao de

    tempo destinado para este fim. Em outra questo na qual relaciona o tempo com o

    perodo anterior, concomitante ou posterior a reunio extraordinria do CIAMP-Rua a

    maioria optou por outra data a ser agendada. No meu ponto de vista, o razovel

    reservar um dia de dois turnos em data diferente da reunio do Comit Nacional.

    4. Proposta de Oficina sobre Participao Social junto a Populao em Situao de

    Rua

    Ainda que no Termo de Referncia esteja descrito que o Produto 2 refira a

    diagnstico sobre a necessidade de formao temtica especfica dos membros

    CIAMP-Rua, recorro as bases da educao popular para propor uma das possibilidades

    de espaos de formao com o tema da participao social.

    11

    Houve resistncia de setores conservadores do Congresso, da Mdia e da Sociedade ao Decreto n

    8243/14, que institui a Poltica Nacional de Participao Social (PNPS), ainda que houvesse mobilizao

    favorvel, argumentando que a PNPS apenas integra os modos de participao social existentes como

    Conselhos, Comits, Ouvidorias, Audincias Pblicas, etc.

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    Este pode ser um primeiro passo para disparar outros processos de ensino-

    aprendizagem sistemticos e permanentes que contemplem os outros temas

    levantados como assistncia social, direitos humanos, habitao e segurana

    alimentar, adequando as estratgicas de educao permanente em diversas

    modalidades de oferta de espaos de formao.

    Dentro da proposta da Oficina entendo como estratgico estender o convite

    para membros de outros Comits Pop Rua de atuao municipal, estadual ou distrital,

    a depender de reserva oramentria para tanto.

    De forma prtica a proposta de Oficina sobre Participao Social junto a

    Populao em Situao de Rua (Anexo 2) visa garantir o acolhimento da experincia

    prtica de cada pessoa que atua no Comit Nacional: a vivncia na rua, nas

    organizaes populares e nos espaos de trabalho cotidiano, inclusive dos rgos

    governamentais. Alm de responder perguntas sobre a demanda urgente do cotidiano,

    ser incitado fazer novas perguntas ampliar o processo de tomada de conscincia para

    atuar na construo de polticas pblicas.

    Para a oficina ser necessria sala com cadeiras mveis, que permita formar um

    crculo. A atividade inicial para acolhimento ser Retratos 3x4 que tem por objetivo

    refletir sobre o perfil sobre a populao em situao de rua a partir da percepo de si

    e da outra pessoa. Essa atividade faz referncia s fotos com enquadramento em

    retrato de pessoas a sorrir no cartaz da campanha supracitada Eu sou morador de rua

    e tenho direito a ter direitos que contrastam com a foto sria do Registro Geral.

    Previamente ser solicitado que cada um leve um documento com foto para a

    Oficina. Com ele em mos ser feita a apresentao pessoal descrevendo e

    compartilhando quais os traos presentes na minha foto 3x4 do documento que

    enxergo em mim. Aps esta primeira rodada, cada um escolher aleatoriamente outra

    pessoa na qual observar o documento com foto e far a descrio sobre os traos que

    enxerga. Para disparar o compartilhamento da experincia ser aberto para cada um

    conversar sobre o que aconteceu e o que sentiu ao apresentar-se atravs de uma foto

    3x4 e conhecer outra pessoa do mesmo modo. Ao fim da reflexo ser anunciado que

    no intervalo do almoo os presentes tero a oportunidade de tirarem um retrato com

    o/a fotgrafo/a da SDH/PR com a liberdade de expressar no rosto o sentimento que

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    quiser, recebendo de volta a foto revelada e compondo um mosaico de retratos que

    representem a diversidade de traos, tons, perfis e vivncias que convergem no

    CIAMP-Rua.

    Aps a atividade Retrato 3x4, ser reservado um momento no qual por meio

    de uma mediao de leitura do Decreto Presidencial n 8243/14 ser possvel

    conversar sobre o estado da arte dos conselhos de direitos e demais interfaces

    socioestatias com representante indicado pela Secretaria-Geral de Governo da

    Presidncia da Repblica, em especial a Secretaria Nacional de Articulao Social, que

    trabalha na perspectiva da educao popular. Aps a mediao, iremos propor a troca

    de experincias entre os membros do CIAMP-Rua atravs de roda de conversa.

    No incio da tarde haver um espao para a mstica12 do Movimento Nacional

    da Populao em Situao de Rua e apresentao da anlise de conjuntura pelo MNPR,

    da mobilizao nas cidades e de estratgias de participao social na perspectiva das

    pessoas em situao de rua e com trajetria de rua.

    Para finalizar as atividades de formao ser compartilhado a sistematizao do

    levantamento feito por questionrio on line enviado para os Comits Pop Rua

    (municipais, estaduais e distrital), debate sobre os resultados e pactuao das formas

    de monitoramento dos Comits Pop Rua e o fortalecimento da participao social.

    Como forma de registro sugiro gravar em audiovisual afim facilitar a

    sistematizao do que emergir da roda de conversa. A oficina em conjunto com

    debate em pauta especfica no CIAMP-Rua poder gerar documento com orientaes

    para a proposio de Comit Pop Rua (estadual ou municipal), adequando a

    composio realidade local, atravs de decreto ou lei, facultando a criao de Grupo

    de Trabalho anterior e o nmero de secretarias de governo.

    12

    A mstica trata-se de uma pedagogia dos gestos onde ritos so mantidos durante os encontros,

    reunies e apresentaes, conservando o sentimento que sempre fez parte do movimento social.

    inspirada no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) que desde o incio de sua

    organizao no final dos anos 1970, pensa as prticas cotidianas de educao e trabalho numa

    perspectiva de resgatar a histria de luta, mantendo viva a chama da revoluo social, assim como a

    esperana e o sonho.

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    5. Consideraes finais

    A trajetria percorrida para a produo do relatrio em tela foi composto em

    cima da leitura dos documentos, atas e do questionrio sobre os interesses de temas

    para formao especfica, enviado por e-mail, para os membros do Comit

    Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Poltica Nacional para a

    Populao em Situao de Rua (CIAMP-Rua) no perodo de julho a agosto de 2014 que

    priorizou os seguintes temas: assistncia social, participao social, direitos humanos,

    habitao e segurana alimentar.

    A experincia de trazer a importncia da educao como direito humano

    fundamental para o fortalecimento da participao social teve como base terica e

    epistemolgica Antnio Gramsci, Paulo Freire e Hanna Arendt e como bases terico-

    polticas as seguintes: Plano Nacional de Educao em Direitos Humanos (2007),

    Caderno de Educao Popular em Direitos Humanos (2013), a Poltica Nacional de

    Educao Permanente em Sade (2009), Poltica Nacional de Educao Permanente no

    Sistema nico de Assistncia Social (2013) e Marco de Referncia da Educao Popular

    para as Polticas Pblicas (2014).

    Destaco, sobremaneira, o reconhecimento de diversos espaos de formao

    como seminrios, encontros, congressos e as prprias reunies ordinrias e

    extraordinrias do CIAMP-Rua, significando estes espaos e trazendo para a memria o

    que foi apreendido dos avanos alcanados para a Poltica Nacional para a Populao

    em Situao de Rua nas ltimas dcadas no Brasil.

    De fato, todos estes esforos visam construir um sistema participativo na

    prtica tendo a educao entendida como um instrumento de exerccio de busca de

    direitos, como um direito em si mesmo e um meio indispensvel para o acesso a

    outros direitos, mediado pelas as interfaces socioestatais. Com efeito, a gesto pblica

    que investe na educao permanente potencializa o processo participativo no

    planejamento, no monitoramento e na avaliao das aes voltadas para a populao

    em situao de rua.

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    6. Referncias bibliogrficas

    ARENDT, Hannah. O sistema totalitrio. Traduo de Roberto Raposo. Lisboa:

    Publicaes Dom Quixote, 1978.

    BRASIL. Marco de referncia da Educao Popular para as polticas pblicas.

    Secretria-geral da Presidncia da Repblica. Secretaria Nacional de Articulao Social.

    Departamento de Educao Popular e Mobilizao Cidad. Braslia/DF, 2014.

    _________. Poltica Nacional de Educao Permanente em Sade. Ministrio da

    Sade. Secretaria de Gesto do Trabalho e da Educao na Sade. Departamento de

    Gesto em Sade. Braslia: Ministrio da Sade, 2009.

    _________. Dilogos sobre a populao em situao de rua no Brasil e na Europa:

    experincias do Distrito Federal, Paris e Londres. Secretaria de Direitos Humanos da

    Presidncia da Repblica. Braslia: SDH, 2013b.

    _________. Pesquisa Nacional sobre a Populao em Situao de Rua. Ministrio do

    Desenvolvimento Social e Combate Fome. Braslia, abril de 2008a.

    _________. Pesquisa Nacional sobre a Populao em Situao de Rua. Ministrio de

    Desenvolvimento Social e Combate Fome. (Sumrio Executivo) Braslia, SAGI/Meta,

    2008b.

    _________. Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3). Secretaria Especial de

    Direitos Humanos da Presidncia da Repblica. Braslia, 2010.

    _________. Relatrio do II Encontro Nacional da Populao em Situao de Rua.

    Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome. Secretaria Nacional de

    Assistncia Social. Secretaria de Avaliao e Gesto da Informao: Braslia, 2009.

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    CENTRO DE ASSESSORIA MULTIPROFISSIONAL. Caderno de Educao Popular e

    Direitos Humanos. Centro de Assessoria Multiprofissional. Porto Alegre: CAMP, 2013.

    COMILO, M. E. S. ; BRANDO, E. C. Educao do Campo: A mstica como pedagogia

    dos gestos no MST. Acessado em 29 de ago. de 2014. Disponvel em

    http://www.unifil.br/portal/arquivos/publicacoes/paginas/2011/8/371_469_publipg.pdf

    FERRO, M. C. T. Poltica Nacional para a Populao em situao de rua: o

    protagonismo dos invisibilizados. IN: BRASIL. SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS.

    Revista Direitos Humanos. N8. Janeiro de 2012.

    FREIRE, P. Extenso ou comunicao? 7 Edio. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra,

    1983.

    UNESCO. Plano Nacional de Educao em Direitos Humanos. Secretaria Especial dos

    Direitos Humanos/ Presidncia da Repblica. Ministrio da Educao. Ministrio da

    Justia. UNESCO. Braslia: 2007.

    PIRES, R.; LOPEZ, F. Participao social como mtodo de governo? Um mapeamento

    das interfaces socioestatais nos programas federais. Texto para

    discusso n 1707. Braslia: IPEA, 2012.

    PIRES, R. Introduo. IN: SILVA, E.; SOARES, L. (orgs.) Polticas Pblicas e formas

    societrias de participao. Belo Horizonte: UFMG/FAFINCH/UFMG, 2013.

    TAVARES DOS SANTOS, J. V. As lutas sociais contra as violncias. Revista Poltica &

    Sociedade. N 11. Outubro de 2007, pp. 71-100.

    SILVA, E. M.; SOARES, L. B. (orgs.) Polticas Pblicas e formas societrias de

    participao. Belo Horizonte: UFMG/FAFINCH/UFMG, 2013.

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    7. Anexos

    7.1. Anexo 1

    1. Assistncia Social 2. Cultura 3. Direitos Humanos 4. Educao

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    5. Esporte e Lazer 6. Habitao 7. Participao Social 8. Polticas sobre drogas 9. Sade 10. Segurana Alimentar

    11. Segurana Pblica

    1. Assistncia Social 2. Cultura 3. Direitos Humanos 4. Educao 5. Esporte e Lazer 6. Habitao 7. Participao Social 8. Polticas sobre drogas 9. Sade 10. Segurana Alimentar

    11. Segurana Pblica

    1. Assistncia Social 2. Cultura 3. Direitos Humanos 4. Educao 5. Esporte e Lazer 6. Habitao 7. Participao Social 8. Polticas sobre drogas 9. Sade 10. Segurana Alimentar

    11. Segurana Pblica

    1. Assistncia Social 2. Cultura 3. Direitos Humanos

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    4. Educao 5. Esporte e Lazer 6. Habitao 7. Participao Social 8. Polticas sobre drogas 9. Sade 10. Segurana Alimentar

    11. Segurana Pblica

    1. Antes da reunio do CIAMP-Rua 2. Durante a reunio do CIAMP-Rua 3. Depois da reunio do CIAMP-Rua 4. Em outra data a ser agendada

    1. De 1h a 2h 2. De 2h a 3h 3. Um turno 4. Um dia 5. Dois dias 6. Mais de dois dias

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    Questionrio acessvel atravs do endereo:

    https://docs.google.com/forms/d/1y3wRnguSDJPFFJSJVbIvfxxzF9Be0q2XiAltwwW1bEU

    /viewform?c=0&w=1&usp=mail_form_link

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    7.2. Anexo 2

    Oficina sobre Participao Social junto a Populao em Situao de Rua

    Objetivo: Compartilhar as experincias de participao social junto aos movimentos

    sociais da populao em situao de rua por meio da educao popular em direitos

    humanos.

    Recursos necessrios: cadeiras mveis, sala com espao que comporte 40 pessoas

    confortavelmente, computador, projetor datashow, caf, gua, gravao audiovisual,

    mquina fotogrfica, bandeiras, cartazes e pincel atmico.

    Participantes: representantes do movimento social, representantes da sociedade civil,

    representantes governamentais do CIAMP-Rua, a definir a participao de

    representantes dos Comits Pop Rua municipais, estaduais e distrital.

    Atividade 1: Acolhimento Retrato 3x4 compartilhando o perfil, traos e vivncias

    entre as pessoas participantes.

    Atividade 2: Roda de conversa sobre a Poltica Nacional de Participao Social com

    representante da Secretaria-Geral de Governo da Presidncia da repblica.

    Intervalo para Almoo

    Atividade 3: Mstica do Movimento Nacional da Populao em Situao de Rua

    Atividade 4: Apresentao da anlise de conjuntura sobre as estratgias para

    participao social do MNPR na cidades e nos Comits Pop Rua.

    Atividade 5: Apresentao da sistematizao do levantamento do estado da arte dos

    Comits Pop Rua pela Coordenao-Geral dos Direitos da Populao em Situao de

    Rua.

    Avaliao por escrito

    Encerramento: sarau cultural com msica, curtas-metragens, poesia e teatro.