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TPC — Em folha solta, a caneta, escreve o texto pedido no item 3./3.1 da p. 16. Recopio-o, para o caso de ainda não teres acesso ao livro. No final do teu texto, indica o número de palavras.
Relê as frases finais da crónica de João de Mancelos:
Daniel Pennac afirmou que amar os protagonistas dos livros é um direito do leitor. E constitui, acrescento, o nosso passaporte para o sonho neste mundo demasiado real. (ll. 36-38)
Redige um texto, devidamente estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas palavras, em que apresentes uma reflexão sobre a perspetiva apresentada na citação.
Fundamenta o teu ponto de vista, recorrendo, no mínimo, a dois argumentos, e ilustra cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.
Não é análise da citação; é uma reflexão nossa (em que recorreremos, a dada altura, à
citação).
GRUPO III[O grupo III pretende avaliar a capacidade de
escrita.Recorda as fases que deve seguir a
elaboração de um texto — planificação, textualização e revisão — e respeita-as, aplicando-te na redação também ao nível da correção linguística.
Utiliza uma caligrafia legível e não te esqueças de estruturar devidamente a tua composição, marcando com parágrafos as mudanças de assunto e utilizando conectores adequados nas ligações frásicas e interfrásicas.
Como o tema do texto que deves produzir pode partir de uma citação, deves remeter para os elementos nela presentes que suscitam a tua reflexão ou comprovam as tuas afirmações.
É igualmente muito importante recorrer ao número de argumentos e de exemplos solicitados no enunciado da pergunta e res peitar os limites de extensão indicados.]
Neste grupo deves redigir um texto expositivo-argumentativo, focando, por norma, um tema atual, respeitando todas as instruções fornecidas:
A. que tenha entre duzentas e trezentas palavras.
Atenção aos desvios: escrever mais de trezentas palavras ou menos de duzentas implica uma desvalorização que pode ir até aos cinco pontos. Se não escreveres pelo menos oitenta palavras a tua resposta é classificada de imediato com zero pontos, independentemente do conteúdo do texto que tenhas escrito.
B. que respeite o tema da citação apresentada (mesmo que não tenhas percebido bem a citação, normalmente o respetivo tema é destacado no enunciado da pergunta — «apresente uma reflexão sobre a importância da literatura para o ser humano»). C. que apresente, no mínimo, dois argumentos e que cada um deles seja ilustrado com, pelo menos, um exemplo significativo.
Ter mais atenção ao enunciado das perguntas
– O que era de Pennac «leitores têm o direito de amarem os protagonistas»/ o que era do cronista (João de Mancelos): «demasiado real»
– O tema (leitura, gosto da leitura, livros, protagonistas dos livros)
___--->|___ = fazer margem de parágrafo
translineação
__________ = não fazer parágrafo
______§ ___| = fazer parágrafo
Não transpor conteúdos de outras disciplinas (Psicologia, História, Filosofia, etc.)
Como diz Daniel, …
Como diz Pennac, …
Mas, no entanto,
E, no entanto,
remontam a
remetem para
ir de encontro a
ir ao encontro de
Faz com que
Faz que
positivismootimismo
negativismoceticismo (cepticismo)
tudo e todosalgo ou alguémnada ou ninguémtodo e qualquerum certo e determinado
a mente
faz a diferença
zona de conforto
amigo do meu amigo
O tema é o mesmo em ambos os poe-mas — a dor de pensar provocada pela intelectualização do sentir. O poeta gosta-ria de ser como a ceifeira, ter a sua alegre inconsciência, mas, ao mesmo tempo, saber-se possuidor dessa inconsciência. Do mesmo modo, gostaria de ser como o gato que apenas sente («sentes só o que sentes», v. 8) e, por isso, é feliz («és feliz porque és assim», v. 9), enquanto o poeta pensa («vejo-me e estou sem mim, / conhe-ço-me e não sou eu», vv. 11-12). [87 palavras]
v. 3 Porque é que, pr’a ser feliz,v. 4 É preciso não o saber?
O que faz que o pronome («o») tenha de ficar anteposto ao verbo (o infinitivo «saber») é o facto de a frase ser negativa.
Vejamos algumas circunstâncias que obrigam à alteração da ordem mais normal no português europeu (a da ênclise): estar a frase na negativa, ficar o pronome numa subordinada completiva, tratar-se da variante sul-americana do português, ter a frase certos advérbios.
Completa a coluna da direita:
Próclise:– Não o disse propositamente.
Mesóclise:
– Vendê-lo-ão em breve.
Ênclise:– Comprei-a a bom preço.
Mesóclise
– tornar-se-ia (*tornaria-se)– vê-lo-emos (*veremo-lo)
Stora, por favor, dê-mo.
negativa >
Stora, por favor, não mo dê.
Comprei-o.
subordinação completiva >
Já te disse que o comprei.
Minas revela-se linda.
variante brasileira >
Minas se revela linda, né.
Registo-o.
presença de certos advérbios >
Talvez o registe.
Tem que ver com outras pessoas que afetam-me.
Tem que ver com outras pessoas que me afetam.
[…] à necessidade de os sujeitos poéticos libertarem-se
[…] à necessidade de os sujeitos poéticos se libertarem
A última quadra é a que mais incorpora-se.
A última quadra é a que mais se incorpora.
O herói também depara-se.
O herói também se depara.
O tema de «Dístico», de Sebastião da Gama, é quase o mesmo do do poema de Pessoa «Gato que brincas na rua» — também aqui o sujeito poético se dirige a quem considera, quase com inveja, ser feliz (no caso, a criança que brinca) —,
mas a perspetiva é diferente: no poema de Sebastião da Gama o ser bafejado pela sorte não funciona como contraponto do sujeito poético e é apenas objeto de um aviso acerca da vida adulta.
O vocativo da quintilha é «Ó meu menino que brincas / o dia todo na rua / e ainda pensas que a Vida / é só a vida que é tua,». Além da vírgula que fecha o vocativo, não é preciso outra, já que a subordinada adjetiva relativa que começa com o «que» é restritiva (o sujeito poético chama um específico «meu menino», o que brinca o dia todo na rua e ainda pensa que a vida é só a que é dele).
Vocativonome oração subordinada adjetiva relativa restritivaGato que brincas na rua como se fosse na cama,
Predicadoinvejo a sorte que é tuaverbo complemento direto
oração subordinada adjetiva relativa restritiva
oração subordinada adverbial causalporque nem sorte se chama
Todo o nada que és é teu
No dicionário que consultamos, o verbete de «dístico» regista também as aceções ‘letreiro’, ‘rótulo’, ‘divisa’. Estes três significados têm em comum a ideia de ‘aviso, informação útil’, pelo que o título «dístico» deve querer destacar o caráter didático, instrucional, do conselho a que corresponde todo o poema.
TPC — Escreve o comentário pedido no item 2 da p. 46 (o 2.º parágrafo serão as ll. 11-17).