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Inter-Multi-Trans-Disciplinaridade

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Page 1: Inter-Multi-Trans-Disciplinaridade

EJA CONTINENTE I – Coqueiros. Profa. Jociane Araujo Peres da Luz (L. Port.) – set./2011

Interdisciplinaridade e termos afins

Conforme Houaiss (2004), INTERDISCIPLINAR é o que estabelece relação entre duas ou mais disciplinas ou ramos de conhecimento; que é comum a duas ou mais disciplinas.

Desse modo, interdisciplinaridade é a relação do conhecimento entre duas ou mais áreas e que possuem algo em comum.

Para Werneck (1991),

“ao pensar em interdisciplinaridade, podemos pensá-la sob dois aspectos. Um que se refere à intenção do professor e suas possibilidades; e um outro às características do conteúdo a ser estudado. Quanto ao professor, podemos pensar que a interdisciplinaridade se constrói a partir do modo como ele vê o mundo, de sua vivência, sua experiência, seu envolvimento e principalmente de seu conhecimento sobre o conteúdo em questão. Ter uma atitude interdisciplinar, portanto, é ter uma mudança de concepção de ensino por que vem quebrar uma estrutura de ensino secular, fundamentada no isolamento das disciplinas, que orientava o papel do professor como se cada matéria não tivesse relação com as outras”.

Ou seja, a interdisciplinaridade aparece como um princípio novo de reorganização das disciplinas científicas e de reformulação das estruturas pedagógicas de seu ensino capaz de responder a criação de uma inteligência e de uma razão aberta e, capaz de formar uma nova pedagogia uma vez que ela questiona as relações entre os conteúdos, os temas ou um assunto em questão mesmo que se preserve a individualidade de cada disciplina e a especificidade que a caracteriza.

Segundo Piaget (1981) só existe interdisciplinaridade quando as diferentes disciplinas saem dos seus limites e reconstroem num patamar superior de conceitos, métodos de investigação e instrumentos. Quando existe apenas o concurso de várias disciplinas, mas não há reconstrução, há apenas multidisciplinaridade ou pluridisciplinaridade. Multidisciplinaridade, então, seria o nível inferior de integração. Ocorre quando, para solucionar um problema, busca-se informação e ajuda em várias disciplinas, sem que tal interação contribua para modifica-las ou enriquecê-las. Seria a mera justaposição de matérias diferentes, oferecidas de maneira simultânea, com a intenção de esclarecer alguns de seus elementos comuns, mas na verdade nunca se explicitam claramente as possíveis relações entre elas.

Para a professora Drᵃ. Rosa Maria F. Martini, a transdisciplinaridade é a elaboração de um saber voltado para a compreensão da realidade, para a descoberta de potencialidades e alternativas para agir no contexto pedagógico escolar e poder transformá-la. Para isso, o educando precisa estar favorecido de princípios que favoreçam a sua capacidade de: expressar-se por meio de múltiplas linguagens e novas tecnologias; posicionar-se diante da informação; interagir de forma ativa, reflexiva e crítica com o meio ambiente e a sociedade. (Apostila Completa. Concurso Magistério, 2004).

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Ressalto, ainda, que o prefixo de origem grega trans significa além de, ou melhor, no que se refere a transdisciplinaridade é a prioridade de uma transcendência, de uma modalidade de relação entre as disciplinas que as supere; é o nível superior da interdisciplinaridade, de coordenação, onde desaparecem os limites entre as diversas disciplinas e se forma um sistema total que ultrapassa o plano das relações e interações entre tais disciplinas.

Bibliografias:

ALMEIDA, Nílson Teixeira de. Gramática da Língua Portuguesa para concursos, vestibulares, ENEM, colégios técnicos e militares. 8ᵃ. Ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

APOSTILA COMPLETA CONCURSO MAGISTÉRIO. Conhecimentos gerais e pedagógicos. UNISC – Universidade de Santa Cruz do Sul, 2004.

HOUAISS, Antônio. Minidicionário Houaiss da língua portuguesa. Organizado pelo Instituto de Lexicografia e Banco de Dados da Língua Portuguesa S/C Ltda. - 2ᵃ ed.. ver. aum. – RJ:Objetiva, 2004.

PIAGET, Jean. O possível e o necessário. Porto Alegre: Artes Médicas, 1981.

WERNECK, Hamilton. Se você finge que ensina, eu finjo que aprendo. RJ: Ed. Vozes, 1991.