of 91 /91
ESTUDOS ALEMÃES IMMANUEL KANT Série coordenada por EDUARDO PORTELLA, EMMANUEL CARNEIRO LEÃO, MUNIZ SODRÉ, GUSTAVO BAYER. LÓGICA CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ. Kant, Immanuel, 1724-1804 K25L Lógica / Immanuel Kant ; tradução do texto original estabelecido por Gottlob Benjamin Jásche de Guido António de Almeida. — Rio de Janeiro : Tempo Brasileiro, 1992 (Biblioteca Tempo Universitário ; 93. Série Estudos alemães) Tradução de : Immanuel Kants Logik ein Handbuch zu Vorlesungen. ISBN 85-282-0037-X 1. Lógica. I. Jásche, Gottlob Benjamin. II.Título. III. Série. 92-0341 CDD -160 CDU -16 TEMPO BRASILEIRO Rio de Janeiro - RJ - 1992

Lógica - Immanuel Kant

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Faça DOWNLOAD (SAVE THIS PRESENTATION) para visualizar corretamente o arquivo.

Text of Lógica - Immanuel Kant

  • 1. ESTUDOS ALEMES IMMANUEL KANT Srie coordenada porEDUARDO PORTELLA, EMMANUEL CARNEIRO LEO, MUNIZ SODR, GUSTAVO BAYER.LGICACIP-Brasil. Catalogao-na-fonteSindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.Kant, Immanuel, 1724-1804K25LLgica / Immanuel Kant ; traduo do texto originalestabelecido por Gottlob Benjamin Jsche de Guido Antnio deAlmeida. Rio de Janeiro : Tempo Brasileiro, 1992(Biblioteca Tempo Universitrio ; 93. Srie Estudos alemes)Traduo de : Immanuel Kants Logik ein Handbuch zuVorlesungen.ISBN 85-282-0037-X1. Lgica. I. Jsche, Gottlob Benjamin. II.Ttulo. III. Srie.CDD -160TEMPO BRASILEIRO92-0341 CDU -16 Rio de Janeiro - RJ - 1992

2. BIBLIOTECA TEMPO UNIVEKSITKIO- 93 Colcho dirigida por EDUARDO PORTELLA Professor da Universidade Federal do Rio de JaneiroNota preliminar do tradutor Para facilitar as referncias e o cotejo das passagens citadas, a numerao das pginas da primeira edio, bem como da edioTradu/ido do original alemo:crtica publicada pela Deutsche Akademie der Wissenschaften (Kants Iinmanucl Kanix Lo^ik Gesammelte Schrifien, vol. IX), est indicada margem do texto dn Handbiich zn Voresungen.traduzido. Um nmero precedido da letra "A" indica o nmero da [Lgica de Immanuel Kanlpgina da 1a edio, precedido das letras "Ak" indica o nmero da Um Manual para Prelees] pgina da edio da Academia. Uma barra inclinada: "/" no texto traduzido indica o comeo da pgina correspondente em uma dessas duas edies.Texto estabelecido por:Parnteses agudos: "" - separam as palavras Gotlob Benjamin Jcischealemes, conservadas no texto traduzido para melhor governo do leitor. As palavras latinas ou gregas entre parnteses redondos: "("> ")" - pertencem ao texto original. O leitor encontrar ao final uma nota sobre a traduo deCopyright: alguns termos tcnicos. @1800, Knigsberg Friedrich NicoloviusTraduo: Guido Antnio de A lineidaCapa: Antnio Dias e montagem de Elisabeth Lafayelle com gravura do Patrimnio da Cultura Prussiana Preussischer Kullurbesitz (Berlim)Todos os direitos reservados sEDIES TEMPO BRASILEIRORua Gago Coutinho, 61 - Tel.: 205-5949Caixa Postal 16099 - CEP 22221Rio de Janeiro - RJ - Brasil 3. DedicatriaAIII/ A SUA EXCELNCIA O SENHOR EBERHARD JULIUS E. VON MASSOW Ministro do Estado e do Reino da Prssia, Chefe do Departamento Eclesistico em Negcios da Igreja e da Escola Evanglico-Luterana e tambm de todos os Negcios de Cabidos e Conventos, bem como do Clero Catlico, Primeiro-Presidente dos Consistrios Superiores Evanglico-Luteranos, Curador-Mor das Universidades etc. etc. respeitosamente dedicadopelo editor Gottlob Benjamin Jsche,doutor e livre-docente na Universidade de Knigsberg, membro da Douta Sociedade de Frankfurt sobre o Oder. 4. NDICE GERAL 5. VII. B) A perfeio lgica do conhecimento segundo a relao - A verdade - Verdade material e verdade formal ou lgica - Critrios da verdade lgica - A falsidade e o erro - A aparncia, como fonte do erro -Meios para evitar os erros 67LGICA pgina VIII. C) A perfeio lgica do conhecimento segundo a qualidade - Clareza - ^ Conceito de uma caracterstica em geral -PREFCIO de Jsche 19Diferentes espcies de caractersticas - Determinao da essncia lgica de uma coisa -INTRODUO Diferena entre a essncia lgica eI. O conceito da Lgica29a essncia real -II.Principais divises da Lgica - Exposio - Distino, um grau superior de clareza - Utilidade desta cincia - Distino esttica e distino lgica - esboo de uma histria da Lgica34Diferena entre a distino analtica eIII. O conceito de Filosofia em geral -a distino sinttica 75 A Filosofia considerada segundo o conceito IX.A perfeio lgica do conhecimento da escola e segundo o conceito do mundo - segundo a modalidade - A certeza - Requisitos e finalidade essenciais do filosofar - O conceito de assentimento em geral - Os problemas mais geraisModos do assentimento: opinar, crer, saber - e mais elevados desta cincia 39A convico e a persuaso -IV.Breve esboo de uma Histria da Filosofia . . . 44Reserva e suspenso do juzo -V. O conhecimento em geral - Juzos provisrios - Conhecimento intuitivo Os prejuzos, suas fontes principais e conhecimento discursivo:principais formas 83 intuio e conceito e aquilo que os distingueX. A probabilidade - em particular - Perfeio lgica eExplicao do provvel - perfeio esttica do conhecimento50Diferena entre a probabilidade eVI.Perfeies lgicas particulares a verossimilhana - do conhecimento - Probabilidade matemtica e filosfica - A) A perfeio lgica do conhecimento A dvida - Subjetiva e objetiva - segundo a quantidade: a grandeza -A maneira de pensar ou mtodo cptico, Grandeza extensiva e grandeza intensiva - dogmtico e crtico de filosofar - Amplido c elaborao a fundo ouHipteses 98 importncia e fecundidade do conhecimento - Determinao do horizonteAPNDICE: Da distino entre o conhecimento de nossos conhecimentos 57 terico e o conhecimento prtico103 6. I.DOUTRINA GERAL DOS ELEMENTOS . . . 105 # 22. A qualidade dos juzos: afirmativos,Captulo I: DOS CONCEITOS l107 negativos c infinitos123 # 23. A relao dos juzos: categricos,# 1.O conceito em geral e a diferena entrehipotticos c disjuntivos124intuio c conceito109 #24. Juzos categricos124#2. Matria e forma dos conceitos109 #25. Juzos hipotticos125# 3.Conceito emprico e conceito puro109 # 26. Modos de conexo nos juzos hipotticos:# 4.Conceitos dados (a priori ou a poleror) emodus ponens cmodus lollens125conceitos factcios111 #27. Juzos disjuntivos125# J.Origem lgica dos conceitos111 # 28. Matria e forma dos juzos disjuntivos 126# 6.Ato lgico da comparao, reflexo e #29. Carter peculiar dos juzos disjuntivos 126abstrao112 # 30. A modalidade dos juzos: problemticos,#7. Contedo e extenso dos conceitos113 assertricos e apodcticos 127# 8. Grandeza da extenso dos conceitos113 # 31. Juzos exponveis128#9. Conceitos superiores c conceitos inferiores . . .114 # 32. Proposies tericas e# 10. Gnero e espcie 114 proposies prticas 129# 11. Gnero supremo e espcie nfima115 # 33. Proposies indemonstrveis e# 12. Conceito mais lato e conceito mais estrito - proposies demonstrveis129Conceitos recprocos 115 #34. Princpios129# 13. Relao do conceito inferior com o superior -# 35. Princpios intuitivos e discursivos:Do mais lato com o mais estrito116 axiomas e acroamas 129# 14. Regras universais em vista da# 36. Proposies analticas csubordinao dos conceitos 116 proposies sintticas 130# 75. Condies do surgimento de conceitos # 37. Proposies tautolgicas 130superiores e inferiores: abstrao lgica e# 38. Postulado e problema 131determinao lgica116 #59. Teoremas, corolrios, lemas e esclios131#76.Uso dos conceitos in abstracto e in concreto . . . 117 #40. Juzos de percepo e juzos de experincia . . . 131Captulo II: DOS JUZOS119 Captulo III: DAS INFERNCIAS133#77. Explicao de um juzo em geral 121 # 41. A inferncia em geral135# 18. Matria e forma dos juzos 121 # 42. Inferncias imediatas c mediatas 135# 79. Objeto da reflexo lgica -# 43. Inferncias do entendimento, da razo ea mera forma dos juzos121 do poder de julgar 135# 20. Formas lgicas dos juzos: quantidade,qualidade, relao e modalidade121 I.AS INFERNCIAS DO ENTENDIMENTO . . 135# 27. A quantidade dos juzos: universais, # 44. A natureza peculiar das inferncias doparticulares c singulares122 entendimento 135 #45. Modos das inferncias do entendimento 136 7. #46. 1. Inferncias do entendimento# 66. Inferncias da razo mistas por (relativamente quantidade dos juzos)converso das proposies - Figuras 144 per indicia suballernata136 # 67. As quatro figuras das inferncias 145#47. 2. Inferncias do entendimento# 68. A razo determinante da sua diferena (relativamente qualidade dos juzos) pela posio diferente do termo mdio 145 per indicia oposila 137 # 69. Regras para a primeira figura, a nica legtima .145#48. ) Inferncias do entendimento# 70. Condio da reduo das per indicia contradictorie oposita137 trs ltimas figuras primeira146#49. b] Inferncias do entendimento# 71. Regra da segunda figura146 per indicia contrarie oposita 137 # 72. Regra da terceira figura 146#50. c) Inferncias do entendimento# 73. Regra da quarta figura 147 per indicia snbconlrarie oposila138 # 74. Resultados gerais acerca das trs ltimas figuras147#51. 3. Inferncias do entendimento# 75. 2. As inferncias da razo hipotticas 147 (relativamente relao dos juzos)#76. O princpio das inferncias hipotticas 148 per indicia conversa siveper conversionem 138 #77. J. Inferncias da razo disjuntivas 148#52. Converso pura e converso alterada . . 138 # 78. Princpio das inferncias da razo disjuntivas . . 149#53. Regras gerais da converso139 # 79. O dilema 149#54. 4. Inferncias do entendimento# 80. Inferncias da razo formais e ocultas (relativamente modalidade dos juzos) (ratiocinia forma lia e cryplica)150 per indicia contraposita139#55. Regra geral da contraposio140 III.AS INFERNCIAS DO PODER DE JULGAR . 150 #81.O poder de julgar determinante e reflexionante 150II.AS INFERNCIAS DA RAZO 140 #52.Inferncias do poder de julgar reflexionante . . 150#56. A inferncia da razo cm geral140 # 83. Princpio dessas inferncias 150#57. Princpio universal # 84. Induo e analogia - As duas espcies de de todas as inferncias da razo140 inferncias do poder de julgar 151#55. Os componentes essenciais #55.Inferncias da razo simples e compostas . . . . 152 da inferncia da razo140 #56.Ratiocinalio polysyllogistica152#59. Matria e forma das inferncias da razo . . .141 #57.Prossilogismos e epissilogismos152#60. Diviso das inferncias da razo# 55. O sorites ou a cadeia de inferncias 152 (segundo a relao) # 59. Sorites categricos e hipotticos153 em categricas, hipotticas e disjuntivas . . . . 141 # 90. A falcia - O paralogismo - O sofisma153#61. A diferena peculiar entre as inferncias # 91. O salto na inferncia153 da razo categricas, hipotticas e disjuntivas . 142 #92.Pelitio principii - Circnlns inprobando154#62. /. Inferncias categricas da razo 142 #93.Probatioplus cminnsprobans 154#63. Princpio das inferncias categricas da razo .143#64. Regras para as infernciasII. DOUTRINA GERAL DO MTODO 155 categricas da razo143#65. Inferncias categricas da razo puras e mistas 144 # 94. Maneira c mtodo 157 8. #779. 5. Mtodo acroamtico ou mtodo erotemtico 166# 95. A forma da cincia - O mtodo 157 #220. Meditar 167# 96. Doutrina do mtodo -Seu objeto c sua finalidade 157 ANEXO: NOTCIA DO PROE IMMANUEL KANT# 97. Meios de promoverSOBRE A ORGANIZAO DEa perfeio lgica do conhecimento157SUAS PRELEES NO# 98. Condies da distino do conhecimento . . . .158SEMESTRE DE INVERNO DE 1765-1766 169I.PROMOO DA PERFEIO LGICADO CONHECIMENTO PELA DEFINIO, Nota sobre a traduo de alguns termos181EXPOSIO E DESCRIODOS CONCEITOS 158#99. A definio158# 100. Definio analtica e definio sinttica158# 101. Conceitos dados e conceitos factciosa pror c a posteriori 159# 76*2. Definies sintticaspor exposio ou por construo 159# 103. Impossibilidade de definiesempiricamente sintticas159# 104. Definies analticas por desmembramento deconceitos dados a priori ou a posteriori160#105. Exposies e descries 160#106. Definies nominais e definies reais161# 107. Os principais requisitos da definio162#108. Regras para o exame das definies162#109. Regras para a elaborao das definies 162II.PROMOO DA PERFEIO LGICA DO CONHECIMENTO PELA DIVISO LGICA DOS CONCEITOS . . . . 163# 110. Conceito da diviso lgica 163#111. Regras gerais da diviso lgica 164#112. Codiviso e subdiviso164#113. Dicotomia e politomia 164#114. Diferentes divises do mtodo 165#115. 7. Mtodo cientfico ou mtodo popular165# 776. 2. Mtodo sistemtico ou mtodo fragmentrio . 165#117. 3. Mtodo analtico ou mtodo sinttico 166#118. 4. Mtodo silogstico - Mtodo tabelar166 9. AV . /PREFACIO J faz um ano e meio desde que Kant me confiou o encargode preparar para o prelo sua Lgica, tal como a expusera a seusouvintes em lies pblicas, e de entreg-la ao pblico sob a formade um manual compendioso. Para esse fim, recebi dele o manuscritopessoal de que se servira em suas lies, com a expresso daparticular e honrosa confiana em mim e de que, familiarizado comoA viestou com os princpios de seu / sistema em geral, eu haveria aquitambm de abordar com facilidade o desenvolvimento de suas ideias,no iria desfigurar nem falsificar seus pensamentos, mas haveria deapresent-los com a necessria clareza e exatido e, ao mesmotempo, na ordem conveniente. Mas, visto que, desta maneira, aoassumir o honroso encargo e procurando lev-lo a cabo to bemquanto podia, em conformidade com o desejo e a expectativa doestimvel sbio, mestre e amigo meu reverenciadssimo, tudo o queconcerne exposio - roupagem e ao acabamento, apresentaoe ordenao dos pensamentos - deve ser em parte posto na minhaconta, incumbe-me tambm, naturalmente, prestar contas disso aoleitor desta nova obra kantiana. Eis aqui, pois, algumas explicaesmais detalhadas sobre este ponto. Desde o ano de 1765, o senhor professor Kant baseavaA VII sempre o seu curso de Lgica no / tratado de Meier (Georg FriedrichMeier, Auszug aus der Vernunftlehre [Suma da Doutrina da Razo],Halle: Gebauer, 1752); por razes sobre as quais se explicou numprograma que publicou para anunciar seu curso no ano de 1765/1)O exemplar do referido compndio, de que se servira em suas lies,Ak 4est, como todos os outros livros de / que se servia para esse fim,recheado de papis; suas observaes e comentrios gerais, bemcomo os especiais, que se referem inicialmente ao texto docompndio nos diversos ##, encontram-se em parte nos papisentremeados, em parte na margem em branco do prprio tratado. E(1) V. no anexo a "Notcia da Organizao de suas Prelees no Semestrede Inverno de 1765-1766" (N.T.).19 10. so esses apontamentos, que ficaram consignados por escrito aqui e acol em notas c comentrios dispersos, que agora constituem emdesta parte da Filosofia terica em particular teria elaborado a conjunto o depsito de materiais a que recorria Kant cm suas lies c Lgica cm conformidade com seu projeto arquitetnico, o qual est que ele, de tempos cm tempos, cm parte ampliava com novas ideias,delineado cm suas linhas bsicas essenciais na Crtica da Razo Pura,A VIII / em parte revia c corrigia sem cessar no tocante a diferentes matriasse isso lhe houvesse aprazido c se o seu mister de uma particulares. Eles contm, pois, pelo menos o essencial de tudo aquilof u n d a m e n t a o c i e n t f i c a do sistema total da Filosofia que o famoso comentador do tratado de Mcicr costumava comunicarpropriamente dita - da Filosofia do que realmente verdadeiro e sobre a Lgica a seus ouvintes em lies proferidas num estilo livre,certo - (mister este muito mais importante e mais difcil, que s ele e que havia considerado digno de ser consignado. como primeiro e s ele cm sua originalidade podia levar a cabo) lhe No que concerne, agora, apresentao c ordenao dos houvesse permitido pensar na elaborao pessoal de uma Lgica. temas nesta obra, acreditei levar a cabo da maneira mais acertada as Todavia, ele podia muito bem deixar este trabalho a cargo de outros, ideias e princpios do grande homem atendo-me, em vista da que soubessem com discernimento e com juzo imparcial utilizar economia e diviso do todo em geral, sua declarao expressa,suas ideias arquitetnicas para uma elaborao e tratamento segundo a qual no se deve acolher no tratamento propriamente ditoA XII verdadeiramente funcional e bem ordenado dessa cincia. / E essa da Lgica e nomeadamente em sua Doutrina dos Elementos nadaexpectativa no decepcionou a Kant c os amigos de sua filosofia. mais do que a teoria das trs funes bsicas essenciais doMuitos dos recentes tratados de Lgica devem ser vistos, no tocanteAIXpensamento - a teoria dos / conceitos , a teoria dos juzos e a teoria economia e disposio do todo, como um fruto das ideias das inferncias. Por essa razo, tudo aquilo que concerne meramentekantianas acerca da Lgica. De que assim se tenha realmente ao conhecimento cm geral e s suas perfeies lgicas e que, noconquistado essa cincia; de que ela no tenha ficado, verdade, nem tratado de Mcier, precede a Doutrina dos Conceitos e toma quase amais rica nem a rigor mais slida quanto a seu contedo ou mais metade do todo deve ser remetido para a Introduo. "At aquifundamentada em si mesma, mas apenas mais purificada em parte tratou-se", observa Kant, logo no incio do oitavo captulo, onde ode todos os componentes estranhos a ela, em parte de tantas autor expe a Doutrina dos Conceitos, "at aqui tratou-se do sutilezas inteis e artifcios meramente dialticos; de que ela se conhecimento em geral, como propedutica da Lgica, segue-se tenha tornado mais sistemtica e, no entanto, apesar de todo o rigor agora a prpria Lgica". cientfico do mtodo, ao mesmo tempo mais simples, de tudo isso Em consequncia dessa advertncia explcita, transferi tudodeve se convencer quem quer que, tendo de resto apenas conceitos o que aparece at o mencionado captulo para a Introduo, a qual Ak 6 correios / e claros do carter peculiar e dos limites legais da Lgica, assumiu por essa razo uma dimenso muito maior do que de outro A XIII proceda mesmo mais ligeira / comparao dos mais antigos com modo costuma assumir nos demais manuais de Lgica. A os mais recentes tratados de Lgica, elaborados segundo princpiosAX consequncia disso foi, ento, que a Doutrina do Mtodo, l que c a kantianos. Pois, por mais que muitos dentre os mais antigos tratados outra diviso principal do tratado, acabou saindo tanto mais curta desta cincia se destaquem pelo rigor cientfico no mtodo, pela quanto maior o nmero das matrias, alis justificadamcnte situadasclareza, exatido e preciso nas explicaes e pela cogncia eAkSpor nossos novos lgicos / no domnio da Doutrina do Mtodo, que evidncia nas provas: no h quase nenhum entre eles em que os j haviam sido tratadas na Introduo, como por exemplo a doutrina limites dos diferentes domnios pertencentes Lgica em sua mais das provas ctc. Teria sido uma repetio to desnecessria quantoampla extenso, a saber, os limites do meramente propedutico, do descabida lazer meno destas matrias aqui em seu lugar correio,dogmtico, e do tcnico, do puro e do emprico, no se confundam e apenas para tornar completo o incompleto e pr tudo em seu devidono se entrecruzem de tal maneira que no se pode mais lugar. Esta ltima coisa, porm, eu a fiz no que concerne doutrina distingui-los um do outro com exatido. das Definies c da Diviso Lgica dos Conceitos, que j est situada verdade que o sr. Jakob observa no prefcio primeira no compndio de Meier no oitavo captulo, a saber, a Doutrinaedio de sua Lgica: "Wolff formulou magistralmente a ideia de Elementar dos Conceitos; uma ordenao que tambm Kant deixou A XIV uma Lgica geral e, se houvesse ocorrido a esse grande homem / inalterada em sua exposio. expor separadamente a Lgica pura, ele teria certamente, graas A XI/ bvio, de resto, que o grande reformador da Filosofia e sua cabea sistemtica, nos proporcionado uma obra-prima, que - no que concerne economia c forma externa da Lgica - tambmteria tornado inteis todos os trabalhos vindouros deste gnero."Mas ele no levou a cabo essa ideia e tampouco nenhum dentre os 20 21 11. seus sucessores a levou a cabo; por maior c mais justificado que seja, proposio superior: Eu sou (Grundlegung der Wissenschaftslehre de resto, o merecimento que a escola wolfftana granjeou do que [Fundamentao da Doutrina da Cincia], p. 13 etc.). De maneira propriamente lgico, a saber, a perfeio formal em nossos igualmente consequente, tambm Schelling declara-se em seu conhecimentos filosficos. Sistema do Idealismo Transcendental contra a pressuposio dosMas, abstrao feita daquilo que, no tocante formaprincpios lgicos como incondicionados , isto , no podendo ser externa, ainda podia c devia acontecer para o aperfeioamento da derivados de princpios superiores, pois a Lgica s poderia de todo Lgica pela necessria distino entre proposies puras e surgir mediante a abstrao de determinadas proposies e - na meramente formais e proposies empricas e reais ou metafsicas,medida em que surge de maneira cientfica - apenas mediante a quando se trata da avaliao e determinao do contedo intrnseco abstrao dos princpios superiores do saber e, por conseguinte, jA XV dessa cincia enquanto cincia, o juzo de Kant l no deixa dvidaspressupe esses princpios supremos do saber e, com eles, a sobre esse ponto. Sobre isso, ele se explicou vrias vezes de maneiraDoutrina da Cincia ela prpria. Mas, visto que, por outro lado, precisa e expressa: que a Lgica deve ser vista como uma cincia A XVIII esses princpios supremos do saber, considerados como princpios, / separada, subsistindo por si mesma e em si mesma fundada, e que, j pressupem de maneira igualmente necessria a forma lgica, por conseguinte, desde o seu surgimento e primeiro acabamento, surge exatamente a aquele crculo que, no se deixando, verdade, desde Aristteles at os nossos dias, a Lgica nada pde conquistarresolver para a cincia, no entanto se deixa explicar pelo em matria de fundamentao cientfica. Segundo essa assero, reconhecimento de um princpio primeiro da Filosofia, primeiro ao pois, Kant no pensou nem em uma fundamentao dos princpiosmesmo tempo quanto forma e ao contedo (formal e material), no lgicos da identidade e da contradio eles prprios, mediante umqual ambas as coisas, forma e contedo, se condicionam e princpio superior, nem em uma deduo das formas lgicas dosAk 8 fundamentam mutuamente. Neste princpio estaria ento o / ponto juzos. Ele reconheceu e tratou o princpio da contradio comono qual o saber subjetivo e o saber objetivo - o saber idntico e oAk 7 uma proposio / que teria sua evidncia em si mesma e que no saber sinttico seriam um e o mesmo. careceria de nenhuma derivao de um princpio superior. Ele s Sob o pressuposto de semelhante dignidade, como sem restringiu o uso - a validade - desse princpio, expulsando-o do dvida convm a semelhante princpio, a Lgica teria, pois, assim domnio da Metafsica, onde o dogmatismo procurava dele se valer,como qualquer outra cincia, que estar subordinada Doutrina daA XVIe limitou-o ao uso meramente / lgico da razo, como vlido toCincia e a seus princpios. somente para esse uso. AXIX Seja como for, pelo menos o seguinte est decidido: em /Mas, se o princpio lgico da identidade e da contradio todo o caso a Lgica permanece, no interior do seu domnio, no seria realmente em si mesmo e em sentido absoluto capaz einalterada quanto ao essencial; e a questo transcendental: se as carente de nenhuma outra deduo, isto certamente uma outraproposies lgicas ainda so capazes e carentes de uma derivao questo e que leva a mais uma importantssima questo: se haveriaa partir de um princpio absoluto superior ter to pouca influncia de todo um princpio absolutamente primeiro do conhecimento e da sobre ela prpria e a evidncia de suas leis quanto tem sobre a cincia; se semelhante princpio seria possvel e poderia serMatemtica pura, no tocante a seu contedo cientfico, o problema encontrado?transcendental: como so possveis juzos sintticos a prior naA Doutrina da Cincia cr ter descoberto semelhante Matemtica? Do mesmo modo que o matemtico enquanto princpio no Eu puro, absoluto, tendo assim fundamentado matemtico, assim tambm o lgico enquanto lgico poder, no perfeitamente todo o saber filosfico, no apenas segundo a mera interior do domnio de sua cincia, prosseguir com tranquilidade e forma, mas tambm segundo o contedo. E, pressupondo a segurana seu caminho ao explicar e provar, sem ter que se ocupar possibilidade e a validade apodctica desse princpio absolutamenteda questo transcendental, que se situa fora de sua esfera e incumbe uno e incondicionado, ela procede de maneira tambmao estudioso da Filosofia Transcendental c da Doutrina da Cincia:A XVII perfeitamente / consequente, quando se recusa a aceitar como Como so possveis a Matemtica pura ou a Lgica pura enquanto incondicionados os princpios lgicos da identidade e da cincias? contradio, as proposies: A = A e -A = -A, apresentando-os, aoAXXj Por causa desse reconhecimento universal da correo da contrrio, como sendo apenas proposies subalternas que podem Lgica Geral, a disputa entre os cpticos e os dogmticos acerca dos e devem ser primeiro provadas e determinadas atravs dela e de sua fundamentos ltimos do saber filosfico tambm jamais se travou 22 23 12. no domnio da Lgica, cujas regras tanto o cptico sensato quanto ponto final, do qual possa partir em suas investigaes e ao qual possao dogmtico reconheciam como vlidas, mas sempre no domnio dade novo voltar. As principais e mais importantes objees que oMetafsica. E como poderia ser de outro modo? A tarefa supremasenhor Bardili ergue contra Kant e contra o seu mtodo de filosofarda Filosofia propriamente dita no concerne de modo algum aono poderiam, pois, atingir tanto o lgico Kant, quanto Kant, osaber subjctivo, mas, sim, ao objctivo - no ao saber idntico, masAk 10 filsofo transcendental e metafsico. Por isso, podemos/aqui deix-lasao sinttico. Aqui, pois, a Lgica fica inteiramente fora de questo; de lado a todas em seu devido lugar.e nem Crtica nem Doutrina da Cincia pde ocorrer - nem A XXIV/ Finalmente, quero fazer aqui ainda a seguinte observao:jamais poder ocorrer a uma Filosofia que saiba distinguir comque, to logo me permita o cio, vou preparar e editar da mesmaexatido o ponto de vista transcendental do meramente lgico -maneira a Metafsica de Kant, para o que j tenho em mos obuscar os fundamentos ltimos do saber real, filosfico, no interiormanuscrito. - Knigsberg, 20 de setembro de 1800.A XXI do domnio da mera Lgica e, de uma proposio / da Lgica,considerada meramente como tal, extrair um objeio real.Ak9 l Quem avaliou com exatido e jamais perdeu de vista aGottlob Benjamin Jscheimensa diferena entre a Lgica em sentido prprio (a Lgica geral), Doutor c Livre-Docente em Filosofiaconsiderada como uma cincia meramente formal, qual seja a na Universidade de Knigsberg,cincia do mero pensar enquanto pensar, e a Filosofia Membro da Douta SociedadeTranscendental, essa cincia racional nica, pura e material, ou real, de Frankfurt sobre o Oder.qual seja a cincia do saber em sentido prprio, poder assim julgarcom facilidade o que se deve pensar da mais nova tentativa,recentemente empreendida pelo sr. Bardili (em seu Compndio daLgica Primeira) de determinar o prius da prpria Lgica, naexpectativa de encontrar via essa investigao: "um objeto real queou bem seja posto por ela (a mera Lgica), ou bem no se possajamais pr de outro modo; a chave para a essncia da Natureza, deA XXIItal sorte que ou bem esta seja dada por ela, / ou bem jamais sejampossveis nenhuma Lgica e nenhuma Filosofia". Na verdade, impossvel entender de que maneira o senhor Bardili poderiadescobrir um objeto real a partir do prius que estabeleceu para aLgica, o princpio da possibilidade absoluta do pensamentosegundo o qual podemos repetir infinitas vezes um, enquanto um eexatamente o mesmo em muitos (no em um mltiplo). sseprius daLgica presumidamcnte redescoberto manifestamente nada maise nada menos do que o antigo princpio h muito reconhecido,situado no interior do domnio da Lgica e colocado no topo dessacincia, a saber, o princpio da identidade: O que penso, penso, e exatamente e nada mais o que posso pcnsarrepetidamenle ao infinito.Quem h de pensar ento, no caso do principio lgico (bemcompreendido) da identidade, em um mltiplo e no em um meroA XXIII muito que, no entanto, no surge nem pode surgir seno pela / merarepetio de um e exatamente o mesmo pensamento - a meraposio repetida de um A = A = A e assim por diante ao infinito.Por isso, dificilmente poder-se-ia encontrar pela via que o senhorBardili tomou e segundo o mtodo heurstico de que para isso seserviu aquilo que importa razo filosofante - o ponto inicial e o2425 13. l INTRODUO 14. O CONCEITO DA LGICA Tudo na natureza, tanto no mundo animado quanto nomundo inanimado , acontece segundo regras, muito embora nemsempre conheamos essas regras. A gua cai segundo as leis dagravidade e, entre os animais, a locomoo tambm ocorre segundoregras. O peixe na gua, o pssaro no ar movem-se segundo regras.A natureza inteira em geral nada mais , na verdade, do que umaconexo de fenmenos segundo regras; e em nenhuma parte hirregularidade alguma. Se pensamos encontrar tal coisa, spoderemos dizer neste caso o seguinte: que as regras nos sodesconhecidas.A2 / o exerccio de nossos poderes tambm acontece segundocertas regras que seguimos, a princpio, sem conscincia delas, atchegarmos aos poucos ao conhecimento delas mediante diversastentativas e um prolongado uso de nossos poderes, tornando-as porfim to familiares que muito esforo nos custa pens-las in abstracto.Assim, por exemplo, a Gramtica geral a forma de uma lngua emgeral. Mas tambm falamos sem conhecer a Gramtica; e quem falasem conhec-la tem realmente uma Gramtica e fala segundo regrasdas quais , porm, no est consciente. Assim como todos os nossos poderes em conjunto, assimtambm em particular o entendimento em suas aes est ligado aregras que podemos investigar. De fato, o entendimento deve serconsiderado como a fonte e a faculdade de pensar regras em geral.Pois, assim como a sensibilidade a faculdade das intuies, oentendimento a faculdade de pensar, quer dizer, de submeter aregras as representaes dos sentidos. Por isso, o que ele quer Ak 12 buscar regras e s se satisfaz quando as/encontra. Pergunta-se, pois,j que o entendimento a fonte das regras: quais so as regrassegundo as quais ele prprio procede? Pois no h dvida: no podemos pensar, ou usar nossoA3 entendimento,anosersegundocertasregras.Essasregras,/porm,podemos mais uma vez pens-las per se, isto , podemos29 15. pens-las sem a sua aplicao ou in abstracto. Pois bem, quais so1) deve ser considerada como um fundamento para todas as estas regras?i miras cincias e como a propedutica de todo uso do entendimento.Mas, exatamente porque se abstrai de todos os objetos inteiramente,ela lambem:2) no pode ser um rganon das cincias.As regras segundo as quais o entendimento procede so / Com efeito, por rganon entendemos uma indicao datodas elas ou necessrias ou contingentes. As primeiras so aquelas maneira de levar a cabo um certo conhecimento. Mas isso implicasem as quais nenhum uso do entendimento seria possvel; as ltimasque eu j conhea o objeto do conhecimento a ser produzidoaquelas sem as quais um certo uso determinado do entendimento segundo essas regras. Por isso, um rganon das cincias no umano poderia ter lugar. As regras contingentes, que dependem de um mera Lgica, porque ele pressupe o conhecimento exato dasobjeto determinado cio conhecimento, so to diversas quanto essescincias, de seus objetos e de suas fontes. Assim, por exemplo, a objetos eles prprios. Assim, por exemplo, h um uso doMatemtica um excelente rganon enquanto cincia contendo a entendimento na Matemtica, na Fsica, na Moral etc. As regras base para a extenso de nosso conhecimento relativamente a um desse uso particular e determinado do entendimento nas cinciascerto uso da razo. A Lgica, ao contrrio, no podendo, enquanto mencionadas so contingentes, porque contingente que eu pensepropedutica geral de todo uso do entendimento e da razo em geral, este ou aquele objeto a que se refiram estas regras particulares.adentrar as cincias e antecipar a matria destas, to-somente umaMas, se deixarmos de lado agora todo conhecimento que arte geral da razo (cannica Epicuri) destinada a tornar os temos que derivar dos objetos apenas e se refletirmos unicamente conhecimentos em geral conformes forma do entendimento e s sobre o uso do entendimento em geral, descobriremos ento aquelasnesta medida, pois, deve se chamar um rganon, servindo, porm, regras do entendimento que so absolutamente necessrias paraverdade, no para a extenso, mas apenas para a avaliao e todo fim e abstrao feita de todos os objetos particulares do retificao de nosso conhecimento. pensamento, porque sem elas no poderamos pensar de modo 3) Mas, e n q u a n t o cincia das leis necessrias do algum. Eis por que essas regras tambm podem ser discernidas a pensamento, sem as quais no tem lugar uso algum do entendimentoA4 priori, isto , independentemente de toda experincia , porque elas /e da razo e que so, pois, as condies sob as quais apenas o contm, sem distino dos objetos, as meras condies do uso doentendimento pode e deve concordar consigo mesmo - as leis e entendimento em geral, quer puro quer emprico. E da segue-se ao A6 condies necessrias de seu uso correio -, a Lgica um cnon. / E, mesmo tempo que as regras universais e necessrias do pensamento enquanto cnon do entendimento e da razo, no deve tampouco, em geral s podem concernir forma, de modo nenhum matriapor isso mesmo, tomar princpio algum seja a uma cincia, seja a do mesmo. Por conseguinte, a cincia que contm essas regrasAk14 uma experincia qualquer: ela s pode conter leis a priori, / que sejam universais e necessrias meramente uma cincia da forma de nosso necessrias e concirnam ao entendimento em geral. conhecimento intelectual ou do pensamento. E podemos, portanto, verdade que alguns lgicos pressupem na Lgica fazer uma ideia da possibilidade de uma tal cincia, exatamenteprincpios psicolgicos. Mas introduzir semelhantes princpios na como a de uma Gramtica geral, que nada mais contm seno a mera Lgica to disparatado quanto derivar da vida a moral. SeAk13 forma / da lngua, sem as palavras, que pertencem matria tomssemos os princpios Psicologia, quer dizer, s observaes da lngua. sobre o nosso entendimento, veramos to-somente como o Esta cincia das leis necessrias do entendimento e da razopensamento transcorre e como ele sob os diversos obstculos e em geral, ou - o que d no mesmo - da mera forma do pensamento condies subjetivos; isso levaria, por conseguinte, ao em geral, o que chamamos agora de Lgica.conhecimento de leis meramente contingentes. Na Lgica, porm, no se trata de leis contingentes, mas de leis necessrias; no da maneira como pensamos, mas, sim, como devemos pensar. Por isso, as leis da Lgica no devem ser tomadas ao uso contingente, mas ao Enquanto cincia que se refere a todo pensamento em uso necessrio do entendimento que a gente encontra em si mesmageral, abstrao feita dos objetos enquanto matria do pensamento, sem qualquer Psicologia. Na Lgica no queremos saber: como ea Lgica:pensa o entendimento e como tem procedido at agora ao pensar,oQ30 31 16. mas, sim, como devia proceder ao pensar. Ela deve nos ensinar o usoconhecimento com as leis do entendimento e da razo. Aquela s correio, quer dizer, o uso concordante, do entendimento. U1 m princpios empricos e, portanto, jamais pode ser uma cincia ou uma doutrina, desde que se entenda por doutrina um ensinamento dogmtico a partir de princpios aprior, onde tudo se discerne pelo entendimento sem outras lies a receber daA7 / D a explicao que demos da Lgica e possvel derivar experincia e que nos d regras cuja obedincia proporciona atambm, agora, as demais propriedades essenciais desta cincia, aperfeio desejada.saber: Muitos, em especial os oradores e os poetas, tentaram 4) que ela seja uma cincia racional, no segundo a meraarrazoar sobre o gosto, mas eles jamais conseguiram proferir umforma, mas segundo a matria,^ visto que suas regras no so tiradasjuzo decisivo sobre esse assunto. O filsofo Baumgarten deda experincia e visto que ela tem ao mesmo tempo por objeto a Frankfurt havia projetado o plano para uma Esttica como cincia.razo. Por isso, a Lgica 6 um autoconhecimento do entendimentoHume, porm, chamou mais corretamente a Esttica de crtica, jc da razo, mas no segundo o poder destes mesmos relativamenteque ela no d regras a priori que determinem suficientemente oaos objetos, mas unicamente segundo a forma. No perguntarei najuzo, como a Lgica, mas toma a posteriori suas regras e / s pelaLgica: o que c que o entendimento conhece e quanto ele consegue comparao torna mais gerais as leis empricas segundo as quaisconhecer ou at onde vai o seu conhecimento? Pois tratar-se-ia ento conhecemos o mais imperfeito e o mais perfeito (o belo).de um autoconhecimento relativamente ao seu uso material, logo dePortanto, a Lgica mais do que uma mera crtica; um conhecimento que da alada da Metafsica. Na Lgica trata-seum cnon que serve posteriormente para a crtica, quer dizer,apenas da questo: como que o conhecimento h de se conhecer a sicomo princpio da avaliao de todo o uso do entendimento emmesmo?geral, se bem que apenas de sua correo com respeito mera forma, Enfim, enquanto cincia racional segundo a matria c a visto que no nenhum rganon, assim como tampouco o aforma, a Lgica tambm:Gramtica geral. 5) uma doutrina ou uma teoria demonstrada. Pois, como se Por outro lado, enquanto propedutica de todo uso doocupa, no do uso comum e, enquanto tal, meramente emprico doentendimento em geral, a Lgica geral distingue-se tambm, aoAk 15 entendimento e / da razo, mas unicamente das leis universais e mesmo tempo, da Lgica transcendental, na qual o objeto mesmo necessrias do pensamento em geral, ento ela se baseia em representado como um objeto do mero entendimento; ao passo queprincpios aprior, a partir dos quais todas as suas regras podem ser a Lgica geral se volta para todos os objetos em geral.derivadas e provadas como regras s quais todo conhecimento da Ak16 / Se resumirmos agora todas as caractersticas essenciaisrazo deveria ser conforme. pertencentes determinao detalhada do conceito da Lgica,A8 j Devendo ser considerada como uma cincia a priori, outeremos que propor dela o seguinte conceito.como uma doutrina para um cnon do uso do entendimento e da A Lgica uma cincia, no segundo a mera forma, masrazo, a Lgica distingue-se essencialmente da Esttica que,segundo a matria;^ uma cincia a priori das leis necessrias doenquanto mera crtica do gosto, no tem cnon (lei), mas apenas pensamento, mas no relativamente a objetos particulares, porm auma norma (um modelo ou prumo para a simples avaliao), que A 10 todos os objetos em geral; por / tanto uma cincia do uso carreto doconsiste no assentimento universal. Pois a Esttica contm as regrasentendimento e da razo em geral, mas no subjetivamente, quer dizer,da concordncia do entendimento com as leis da sensibilidade; a no segundo princpios empricos (psicolgicos), sobre a maneiraLgica, ao contrrio, contm as regras da concordncia do como pensa o entendimento, mas, sim, objetivamente, isto , segundoprincpios a priori de como ele deve pensar. (2) A edio da Academia conjectura: "no segundo a matria, mas segundo a mera forma". - A frase de Kant pode, porm, ser tomada no sentido literal: uma vez que seu objeto so as leis da prpria razo, pode-se entender por que Kant afirma que a Lgica uma cincia (3) Como na p. 32, aqui tambm a edio da Academia conjectura: "no racional tambm segundo a matria (N.T.). segundo a matria, mas segundo a mera forma". Cf. a nota p. 32. (N. T.). 3233 17. loi Isso, cia tem que ser abandonada por inteiro nesse sentido c emseu Ilibar preciso, ao contrrio, introduzir uma crtica dessaaparncia. leramos assim duas partes da Lgica: a Analtica, queA iy exporia os critrios formais da /verdade; e a Diallica, que conterias notas caractersticas e as regras pelas quais poderamosII reconhecer que algo no concorda com os critrios formais daverdade, muito embora parea concordar com eles. Nesse sentido, aPRINCIPAIS DIVISES DA LGICA -Dialtica teria, pois, sua utilidade enquanto um kathrtikon do EXPOSIO - UTILIDADE DESTA CINCIA -entendimento.ESBOO DE UMA HISTRIA DA LGICA Alm disso, costuma-se dividir a Lgica: 2) na Lgica natural ou popular e na Lgica artificial oucientfica (Lgica naturalis, Lgica scholaslica, sive artiflcialis). Masessa diviso inadmissvel. Pois a Lgica natural ou a Lgica da A Lgica divide-se:razo comum (sensus communis) no propriamente uma lgica, 1) nu Analtica e na Diallica.mas uma cincia antropolgica que s tem princpios empricos, na]A Analtica descobre por desmembramento todos os aiosmedida cm que trata das regras do uso natural do entendimento eda razo que cfetuamos no pensamento em geral. Ela , pois, uma da razo, que s so conhecidas in concreto, logo sem conscinciaanaltica da forma do entendimento e da razo e chama-se com razodas mesmas in abstracto. Por isso, apenas a Lgica artificial oua Lgica da verdade, porque contm as regras necessrias de todacientfica merece esse nome, enquanto cincia das regras necessriasv e r d a d e ( f o r m a l ) ^ sem as q u a i s nosso c o n h e c i m e n t o ,e universais do pensamento, que podem e devem ser conhecidas aindependentemente dos objetos, tambm invcrdadciro em sipriori, independentemente do uso natural do entendimento c damesmo. Portanto, ela nada mais do que urn cnon para arazo in concreto, muito embora s possam vir a ser encontradas peladijudicao (da corrco formal de nosso conhecimento). primeira vez pela observao desse uso natural. Se se quisesse usar essa doutrina puramente terica e geralA 13 / 3) Uma outra diviso da Lgica ainda a sua diviso naA11 como uma arte prtica, isto , como um rga / non, ento elaLgica terica e na Lgica prtica. S que tambm essa diviso tornar-se-ia uma Diallica. Uma Lgica da aparncia (ars sophistica,incorreta.disputatoria) resultando de um simples abuso da Analtica na A Lgica geral, que, enquanto mero cnon, abstrai de todosmedida em que se v artificiosamente produzida, segundo a meraos objetos, no pode ter nenhuma parte prtica. Isso seria uma forma lgica, a aparncia de um conhecimento verdadeiro, cujas contradictio in adjecto, porque uma Lgica prtica pressupe onotas caractersticas, no entanto, devem derivar da concordnciaAk 18 conhecimento de um certa espcie de objetos aos quais aplicada. /com os objetos, logo do contedo. Por isso, podemos chamar toda cincia de uma Lgica prtica; pois Em tempos passados, a Dialtica foi estudada com grandecm cada uma delas devemos ter uma forma de pensamento. Por isso,aplicao. Essa arte expunha princpios falsos sob a aparncia da a Lgica geral, considerada como prtica, no pode ser outra coisaverdade e procurava, em conformidade com eles, asserir coisas seno uma tcnica da sapincia em geral; - um rganon do mtodosegundo a aparncia. Entre os gregos, os dialticos eram os da escola.Ak17 advogados e oradores, que / conseguiam levar o povo para onde De acordo com essa diviso, a Lgica teria, pois, uma parlequisessem, porque o povo se deixa enganar pela aparncia. A dogmtica e uma parte tcnica. primeira poder-se-ia chamarDialtica era, pois, ento a arte da aparncia. Na Lgica, ela tambm Doutrina Elementar, outra Doutrina do Mtodo. A parte prtica oufoi exposta por algum tempo sob o nome de a Arte de Disputar c, tcnica da Lgica seria uma arte lgica em vista da ordenao, bemdurante todo esse tempo, toda a Lgica c Filosofia foramcomo das expresses tcnicas e distines lgicas, a fim de facilitarcultivadas por certos espritos tagarelas, com o fim de produzirpor meio delas a ao do entendimento.artificiosamente toda sorte de aparncia. Mas nada pode serEm ambas as partes, porm, na tcnica tanto quanto nato indigno de um filsofo quanto o cultivo de semelhante arte. dogmtica, no se daria a menor ateno quer aos objetos quer ao O "934 35 18. sujeito do pensamento. Sob esse ltimo aspecto, a Lgica poderia 1ode-se, no entanlo, tomar o entendimento humano em ser dividida: ^iiiil como objclo da Lgica; c, nesta medida, ela far abstrao dasA 14/ na Lgica pura c na Lgica aplicada. 1iHriis parliculares da razo especulaliva e, por conseguinle, Na Lgica pura, separamos o enlendimcnto dos demais dlslinguir-se- da Lgica do entendimento especulativopoderes da mente c consideramos o que ele Ia/ por si s. A Lgicaaplicada considera o entendimento cm sua combinao com osoutros poderes da mente a inlluir cm suas aes e que a elasimprimem uma dirco torta, de tal sorte que ele deixa de proceder A 1fl No que concerne apresentao da Lgica: esla pode sersegundo as leis que, no entanto, percebe que so as correias. Aou escolstica oupopular.Lgica aplicada no devia a rigor chamar-se Lgica. Trata-se de uma >A apresenlao escolstica na medida em que adequadaPsicologia na qual consideramos a maneira pela qual as coisasao desejo de saber, s aptides e cultura daqueles que queremcostumam se passar com o nosso pensamento, c no como devem se tratar o conhecimenlo das regras lgicas como uma cincia. Popular,passar. Afinal de contas, ela diz, c verdade, o que se deve fazer para porm, quando a apresenlao se nivela s aplides c necessidadesfazer um uso correio do entendimenlo s voltas com os vrios daqueles que no esludam a Lgica como cincia, mas querem entraves e limitaes subjelivos; dela lambem podemos aprender oapenas us-la para esclarecer o seu enlendimenlo. Na apresenlao que favorece o uso correio do cnlendimenlo, os meios a que pode escolstica, as regras tm que ser apresenladas em sua universalidaderecorrer ou os remdios para as falias e erros lgicos. Masou in abstracto, na apresenlao popular, ao conlrrio, emparticular propedulica o que cia no . Pois a Psicologia, da qual ludo lem ou in concreto. A apresenlao escolslica o fundamento da que ser lomado na Lgica aplicada, c uma parte das cincias apresenlao popular; pois s conseguiria apresenlar alguma coisa filosficas das quais a Lgica deve consliluir a propedutica.de maneira popular quem fosse igualmenle capaz de apresenl-laA 15 verdade que se diz: a lcnica, ou a maneira, de construir a fundo. uma cincia deve ser exposta na Lgica aplicada. Mas isso ociosoDe resto, dislinguimos aqui a apresenlao do mtodo. Por e mesmo prejudicial. Pois enlo se comea a / conslruir antes de se mtodo, com efeito, devemos enlender a maneira pela qual h de se terem os materiais e, se c cerlo que se d a forma, falta no entantoconhecer complelamenle um ccrlo objelo, ao conhecimento do qual o contedo. A tcnica tem que ser exposla em cada cincia.ele deve ser aplicado. Ele deve ser tomado nalureza da prpria Finalmenle, no que concerne:cincia e, sendo assim uma ordem determinada e necessria doAk19 /5) diviso da Lgica do uso comum e do uso especulativopensamento, no pode ser modificadq. Apresentao significa do enlenditnenlo, observamos aqui que esta cincia no pode Ak 20 apenas a maneira / de comunicar aos oulros os seus pensamentos, a absolulamente ser assim dividida. fim de tornar compreensvel uma doulrina. Ela no pode ser uma cincia do entendimento especulativo. Pois, enquanto Lgica do conhecimento especulativo ou do uso especulativo da razo, ela seria um rganon de outras cincias e no uma mera propedutica devendo se ocupar de todo uso possvel do A 17 / A parlir do que ale aqui dissemos sobre a essncia e a entendimento e da razo.finalidade da Lgica, 6 possvel avaliar agora o valor dessa cincia e Tampouco pode ser a Lgica um produto do enlendimenlo a ulilidadc de seu esludo de acordo com um padro correio e comum/ 4 ) Pois o enlendimenlo comurrj a faculdade de discernir determinado. in concreto as regras do conhecimenlo. A Lgica, porm, deve ser verdade, pois, que a Lgica no uma arle universal uma cincia das regras do pensamento in abstracto. 0 universal; 2) segundo a qualidade, / se distinto; 3) segundo a emoo so o que mais podem estragar a perfeio lgica em nossosrelao, se verdadeiro e, finalmente, 4) segundo a modalidade, conhecimentos e juzos.se certo.Sem dvida, entre a perfeio esttica e a perfeio lgica Considerado, pois, a partir de semelhantes pontos de vista, de nosso conhecimento persiste sempre, a rigor, uma espcie de um conhecimento ser logicamente perfeito segundo a quantidade:conflito, que no pode ser totalmente superado. O entendimentose tiver universalidade objetiva (universalidade do conceito ou daquer ser instrudo; a sensibilidade, animada; o primeiro deseja regra); segundo a qualidade: se tiver distino objetiva (distino nodiscernir; a segunda, apreender. Se os conhecimentos devemconceito); segundo a relao: se tiver verdade objetiva; e, finalmente,instruir, eles devem ser, nesta medida mesmo, elaborados a fundo; segundo a modalidade: se tiver certeza objetiva.se eles devem ao mesmo tempo entreter, ento tambm tm que ser A essas perfeies lgicas correspondem, agora, asbelos. Se uma apresentao bela, mas superficial, ela s pode seguintes perfeies estticas relativamente queles quatro aspectosagradar sensibilidade, mas no ao entendimento; se ela , ao invs, principais; a saber:elaborada a fundo, mas rida, s pode agradar ao entendimento,Ak 39 11) a universalidade esttica. Esta consiste na aplicabilidademas no sensibilidade igualmente. de um conhecimento a um conjunto de objetos servindo deNo entanto, visto que a necessidade da natureza humana eexemplos, nos quais c possvel fazer a aplicao dele e mediante oo objetivo de vulgarizar o conhecimento exigem que se procure unirque ele se torna ao mesmo tempo til para fins de vulgarizao.as duas perfeies uma outra, ento devemos empenhar-nos2) A distino esttica. Esta a distino na intuio, onde,tambm em conferira perfeio esttica queles conhecimentos quepor meio de exemplos, um conceito pensado abstratamente se vso de todo passveis dela e cm tornar popular pela forma estticaapresentado ou elucidado in concreto.um conhecimento conforme s regras da escola c logicamente3) A verdade esttica. Uma verdade meramente subjetiva,Ak 38 perfeito. / Esforando-nos por ligar a perfeio esttica perfeio que consiste to-somcntc na concordncia do conhecimento com olgica em nossos conhecimentos, cumpre, porm, no perder deA 51 sujeito e as / leis da aparncia dos sentidos e que, por conseguinte,A 49vista as seguintes regras: 1) que a / perfeio lgica seja a base de nada mais seno uma aparncia universal.todas as demais perfeies, no podendo, por isso, ficar atrs4) Acerteza esttica. Esta baseia-se naquilo que necessrioem nada de nenhuma outra, nem a ela ser sacrificada; 2) que sesegundo o testemunho dos sentidos, isto , naquilo que confirmadotenha em vista sobretudo a perfeio esttica formal - o acordo depela sensao e pela experincia.um conhecimento com as leis da intuio -, porque nistoexatamente que consiste o essencialmente belo, que^i o quemelhor se deixa unir perfeio lgica; 3) que se deve ser muitocauteloso com o encanto e a emoo, por meio dos quais um Nas perfeies que acabamos de mencionar, surgem sempreconhecimento age sobre a sensao e se v dotado de interessedois elementos, que, em sua unio harmnica, constituem apara ela, porque atravs deles a ateno pode ser to facilmente perfeio em geral, a saber: a multiplicidade e a unidade. No caso dodesviada do objeto para o sujeito, do que manifestamente h de entendimento, a unidade reside no conceito, no caso dos sentidos,resultar uma influncia muito prejudicial para a perfeio lgicaela reside na intuio.do conhecimento.5554 28. A mera multiplicidade sem unidade no consegue nos satisfazer. E por isso que, dentre todas, a verdade a principal perfeio, porque ela o fundamento da unidade, graas relao do nosso conhecimento com o objeto. At mesmo no caso da perfeio esttica, a verdade permanece sempre a conditio sine qua non, a mais importante condio negativa, sem a qual nada pode agradar universalmente ao gosto. Por isso, ningum pode nutrir a M 40/VI esperana de progredir nas belas cincias, se no houver tomado por base de seus conhecimentos a perfeio lgica. combinando aoPERFEIES LGICAS PARTICULARESA 52 mximo a perfeio lgica com a perfeio esttica em geral / no que DO CONHECIMENTO - respeita a semelhantes conhecimentos, os quais devem fazer as duasA) A PERFEIO LGICA DO CONHECIMENTO coisas: ao mesmo tempo instruir c entreter, que tambm se mostram SEGUNDO A QUANTIDADE: A GRANDEZA - efetivamente o carter e a arte do gnio.GRANDEZA EXTENSIVA E GRANDEZA INTENSIVA-AMPLIDO E ELABORAO A FUNDO OU IMPORTNCIA E FECUNDIDADEDO CONHECIMENTO -DETERMINAO DO HORIZONTE DE NOSSOS CONHECIMENTOSA grandeza do conhecimento pode ser tomada num duplo sentido, seja como grandeza extensiva, seja como uma grandeza intensiva. A primeira relaciona-se com a extenso do conhecimento e consiste, por conseguinte, na quantidade e multiplicidade do mesmo; a segunda relaciona-se com o seu contedo, que tem a ver com a polivalncia ou fecundidade e importncia lgica de um conhecimento, na medida em que este considerado como o fundamento de muitas e grandes consequncias (non multa sed multum).Ao ampliar os nossos conhecimentos ou ao aperfeio-losA 53 quanto sua grandeza extensiva, / convm fazer uma estimativa da medida em que um conhecimento concorda com os nossos fins e aptides. Este exame diz respeito determinao do horizonte de nossos conhecimentos, pelo que se deve entender a adequao da grandeza dos conhecimentos s aptides e fins do sujeito.O horizonte pode ser determinado:1) logicamente, segundo a faculdade ou os poderes do conhecimento relativamente ao interesse do entendimento. Aqui o que temos que avaliar at que ponto podemos chegar em nossos conhecimentos, at que ponto podemos avanar e em que medida certos conhecimentos servem, de um ponto de vista lgico, de meios 56 57 29. para estes ou aqueles conhecimentos mais importantes a ttulo de fins nossos; seu horizonte particular, - cada cabea, o seu horizonte prprio, cm 2) Esteticamente, segundo o gosto, no que diz respeito aoproporo com a individualidade de suas foras e de seu ponto de interesse do sentimento. Quem determina esteticamente o seuvista. Finalmente, podemos pensar ainda num horizonte da s razo horizonte procura organizar a cincia ou, de modo geral, procura c num horizonte d cincia, dos quais o ltimo ainda carece de adquirir to-somcntc aqueles conhecimentos que se deixam princpios que permitam determinar o que podemos e o que no comunicar universalmente e nos quais at mesmo os no-doutos podemos saber. encontrem o que lhes agrade e interesse;Ak42/O que no podemos saber est alm de nosso horizonte; o3)praticamente, segundo a utilidade, no que diz respeito ao que no nos lcito ou no precisamos saber est fora de nossoAk41 interesse l da vontade. O horizonte prtico, na medida em que horizonte. Todavia, este ltimo pode valer apenas relativamente,A54 determinado segundo a influncia /que um conhecimento tem sobre com respeito a estes ou aqueles fins privados particulares, para o a nossa moralidade, pragmtico e da mxima importncia.atingimento dos quais certos conhecimentos no apenas nadaO horizonte concerne, pois, avaliao e determinaocontribuem, mas poderiam at mesmo lhes ser um obstculo. Pois daquilo que o homem pode saber, daquilo que lhe lcito saber e nenhum conhecimento h de ser intil e imprestvel de maneira daquilo que ele deve saber.absoluta e para todo fim, muito embora nem sempre possamos A 56 discernir sua utilidade. Por isso, / to desavisada quanto injustaaquela censura que certas cabeas desenxabidas fazem aos grandeshomens que elaboram as cincias com laborioso estudo, aoNo que concerne agora, cm particular, ao horizonteperguntarem: para que serve isso? Esta questo, no devemos determinado terica ou logicamente - e s dele pode-se tratarsequer levant-la se quisermos nos ocupar das cincias. aqui -, podemos consider-lo seja do ponto de vista objetivo, seja doSuponhamos que uma cincia s conseguisse dar esclarecimentos ponto de vista subjeiivo.sobre um objeto possvel qualquer; s por isso ela j seria til oCom respeito aos objetos, o horizonte c ou histrico, oubastante. Todo conhecimento logicamente perfeito tem sempre uma racional. O primeiro c muito mais extenso do que o segundo; ele utilidade possvel que, embora ignorada por ns at agora, talvez mesmo imensamente grande, pois o nosso conhecimento histricovenha a ser descoberta pela posteridade. Se, ao cultivar as cincias, no tem limites. Ao contrrio, possvel fixar o horizonte racional;jamais tivssemos olhado para outra coisa seno o ganho material e assim, por exemplo, possvel determinar a que espcie de objetos a utilidade delas, no possuiramos nem a Aritmtica, nem a o conhecimento matemtico no pode ser estendido. Do mesmo Geometria. Alm disso, nosso entendimento est organizado de tal modo, com respeito ao conhecimento racional filosfico, at quesorte que ele encontra satisfao no simples discernimento, que ponto pode a razo chegar aqui apriori sem qualquer experincia? pode ser uma satisfao ainda maior do que a que encontra naRelativamente ao sujeito, o horizonte ou bem o universalutilidade que dele resulta. Isso, j o observara Plato. a que o e absoluto, ou bem um horizonte ,partictilar e condicionado (umhomem experimenta sua prpria excelncia e sente o que se chama horizonte privado).ter entendimento. Os homens que no sentem isso devem invejar osPor um horizonte absoluto e universal deve-se entender aanimais. O valor intrnseco que os conhecimentos tm por suaA 55 congruncia dos limites dos conhecimentos humanos / com os perfeio lgica incomparvel com seu valor extrnseco - o valorque tm na aplicao. limites do conjunto da perfeio humana em geral. E aqui, pois, a questo a seguinte: o que que o homem, enquanto homem, pode de todo saber?A determinao do horizonte privado depende de diversas jTanto o que est/ora do nosso horizonte, na medida em que,sendo dispensvel para ns, no precisamos sab-lo no que concerne A 57 s nossas intenes, / quanto o que est abaixo do nosso horizonte,na medida em que, sendo nocivo para ns, no devemos sab-lo, condies empricas e de diversas consideraes especiais, por exemplo, da idade, do sexo, da condio social, do modo de vida edeve ser entendido to-somente em sentido relativo e de modo de outras coisas desse gnero. Cada classe particular de homens tem, nenhum no sentido absoluto. por conseguinte, relativamente particularidade de suas faculdades de conhecimento, de seus fins e de seus pontos de vista especiais, o 58 59 30. Em v i s t a da a m p l i a o e demarcao de nosso princpios novos que vai depender a possibilidade de encontrarmos conhecimento, devem-sc recomendar as seguintes regras.tudo, com nossas prprias foras e a nosso bel-prazer, com a ajuda preciso:deles apenas e sem ter de atormentar a nossa memria. Por isso, hAk43 / l ) determinar bem cedo, verdade, seu horizonte, todaviade se tornar merecedor da Histria como um gnio quem a apenas quando somos capazes, ns prprios, de determin-lo, o que compreender sob ideias capazes de permanecerem para sempre. no si acontecer antes dos vinte anos de idade;2) no mud-lo facilmente c com frequncia (no passar de um para o outro);3) no medir o horizonte dos outros pelo seu c no ter por perfeio lgica do conhecimento relativamente sua intil o que de nada nos serve a ns outros. Seria temerrio quererextenso ope-se a ignorncia, uma imperfeio negativa ou determinar o horizonte dos outros porque no conhecemosimperfeio da falta, que permanece inseparvel de nossossuficientemente nem as suas aptides, nem as suas intenes;conhecimentos por causa das limitaes do entendimento.4) no estend-lo demais, nem restringi-lo demais. PoisPodemos considerar a ignorncia de um ponto de vistaquem quer saber demais acaba por nada saber, e quem inversamenteobjctivo c de um ponto de vista subjetivo.A 58 acredita que certas coisas cm nada lhe concernem engana-sc / muitas 1) Considerada objetivamente, a ignorncia ou bem umavezes; assim, por exemplo, se o filsofo acreditasse que a histria ignorncia material, ou bem uma ignorncia formal. A primeiraseria dispensvel para ele. consiste numa falta de conhecimentos histricos, a segunda numaTambm preciso que se procure:A 60 falta de conhecimentos racionais. / No devemos ser inteiramente5) determinar de antemo o horizonte absoluto de toda a ignorantes em nenhuma disciplina, mas, sem dvida, possvelraa humana (quanto aos tempos passados e aos vindouros), bem restringir o saber histrico, para se ocupar tanto mais do racional,como em particular: ou vice-versa.6) determinar o lugar que a nossa cincia ocupa no 2) Em sentido subjetivo, a ignorncia ou bem umahorizonte do conhecimento total. para isso que serve aignorncia douta, cientfica, ou bem uma ignorncia vulgar. QuemEnciclopdia Universal na qualidade de um mapa universaldiscerne com clareza as barreiras do conhecimento, logo o campo(mappe-monde} das cincias. da ignorncia de onde parte, - o filsofo, por exemplo, que discerne7) Ao determinar seu horizonte particular, cumpre e prova quo pouco, por falta dos dados necessrios para isso, seexaminar cuidadosamente: que partes do conhecimento pode saber a respeito da estrutura do ouro -, ignorante de umacorrespondem nossa maior aptido e nos agradam mais; o que maneira artificial ou douta. Quem, ao contrrio, ignorante, semmais ou menos necessrio cm vista de certos deveres; o que discernir as razes dos limites da ignorncia ou sem com isso seincompatvel com os deveres necessrios; e, por fim:preocupar, ignorante de uma maneira vulgar, no-cientfica. Tal8) sempre importa mais ampliar do que estreitar o seu pessoa no sabe sequer que nada sabe. Pois no possvelhorizonte.representar-se sua ignorncia a no ser pela cincia, do mesmoNo se deve absolutamente temer da ampliao do modo que um cego no capaz de se representar as trevas enquantoconhecimento o que da receia dAlembert. Pois no o peso dos for incapaz de enxergar.conhecimentos que nos oprime, mas o volume do espao para os O conhecimento de sua ignorncia pressupe, pois, anossos conhecimentos que nos estreita. A crtica da razo, da cincia e, ao mesmo tempo, torna modesto, ao passo que o saberhistria e dos escritos histricos, um esprito universal que abordepresumido torna a gente enfatuada. Assim, a inscincia de ScratesA 59 o conhecimento humano en gros e no meramente / en dtail, Ak 45 era um ignorncia digna de todo louvor; na verdade, um / saber dohavero sempre de reduzir a extenso, sem nada diminuir nono-saber, como ele prprio confessava. Portanto, os que possuemcontedo. Do metal desprende-se apenas a escria, ou o veculomuitos conhecimentos e, apesar disso, se espantam com aAk 44 menos nobre, que at ento tinha sido necessrio. Com / a extensoA 61 quantidade /das coisas que no sabem so precisamente aqueles queda Histria Natural, da Matemtica etc., novos mtodos ho de ser no atinge a censura de ignorncia.inventados que abreviem as coisas antigas e tornem dispensvel a Irrepreensvel (inciilpabilis), a ignorncia o , de modo geral,multido dos livros. da inveno de semelhantes mtodos e nas coisas cujo conhecimento est acima do nosso horizonte; e 6061 31. permissvel (conquanto to somente no scntklo relativo), ela sO beletrista ou bel-esprit um humanista segundo modelospode ser em vista do uso especulativo de nossas faculdadescontemporneos nas lnguas vivas. Portanto, no um erudito - poiscognitivas, na medida em que aqui os objetos esto, embora nos as lnguas mortas so hoje em dia lnguas eruditas - mas, sim, um acima, pelo menos fora do nosso horizonte. Vergonhosa, porm,mero diletante dos conhecimentos do gosto segundo a moda, sem ela o nas coisas que 6 muito necessrio e ao mesmo tempo fcil precisar dos Antigos. A ele poder-se-ia chamar um macaco do de saber.humanista. O poli-historiador tem que ser, enquanto fillogo,H uma diferena entre no saber algo e ignorar algo, istolinguista e letrado, e, enquanto humanista, tem que ser clssico e o , no tomar nota alguma disso. bom ignorar muita coisa que noseu intrprete. Enquanto fillogo, ele cultivado; enquanto bom para ns saber. De ambas as coisas distingue-se tambm a humanista, civilizado. abstrao. Mas abstramos de um conhecimento quando ignoramos a sua aplicao, graas ao que o conquistamos in abstracto, podendo ento consider-lo melhor em sua generalidade como um princpio. Essa maneira de abstrair daquilo que, no conhecimento de umaQuanto s cincias, h duas degeneraes do gosto coisa, no pertence nossa inteno til e louvvel. dominante: o pedantismo e a galanteria. Um pratica as cinciasDe ordinrio, os que ensinam uma doutrina da razo so to-somente para a escola c restringe-a desse modo quanto ao seu historicamente ignorantes.uso; a outra pratica-a lo-somente para o convvio social ou para oO saber histrico sem limites determinados aPoli-histria,mundo c limita-a assim em vista de seu contedo. que enfatua quem a possui. A Polimalia tem a ver com oOu bem o pedante , enquanto erudito, o oposto do homemA 62 conhecimento racional. Ambos, tanto o / saber histrico quanto odo m u n d o c, nesta medida, o erudito enfatuado e sem saber racional, estendidos sem limites determinados, podem-se conhecimento do mundo, isto , que no sabe transmitir sua cincia; chamar de Pansofia. Ao saber histrico pertence a cincia dos ou bem deve ser considerado, verdade, como um homem instrumentos da erudio: a Filologia, que compreende em si um A 64 dotado de uma / habilidade geral, mas apenas em coisas formais, conhecimento crtico dos livros e das lnguas (Literatura e no segundo a essncia e o fim. Neste ltimo sentido, ele no passa Lingustica). de um manaco de formalidades; limitado quanto ao mago A mera Poli-fiistria uma erudio ciclpica, a quem faltadas coisas, ele olha apenas para a roupagem e a casca. Ele a um olho - o olho da Filosofia; e um ciclope da Matemtica, da imitao malograda ou a caricatura do esprito metdico. Por isso, Histria, da Cincia Natural, da Filologia e da Glossologia umtambm se pode chamar o pedantismo de meticulosidade bizantina erudito que forte em todas essas disciplinas, mas considera e exatido intil nas coisas formais (micrologia). Semelhante dispensvel toda Filosofia acerca desses temas. formalismo do mtodo escolstico encontrar-se- fora da escola no Uma parle da Filologia constituda pelas Humanidades, somente entre os eruditos e nas instituies que tm a ver com a com o que se tem cm vista o conhecimento dos Antigos,Ak47 erudio, mas tambm / em outras classes e outras coisas. O conhecimento este que vem promover a unio da cincia com agosto, cerimonial nas cortes, no convvio social, que outra coisa seno polir a rudeza e favorecer a comunicabilidade c a urbanidade, que mania de formalidades e minudncia? Entre os militares no constituem aquilo em que consiste a humanidade. inteiramente assim, embora assim parea. Mas, na conversao, naAk46 /AS Humanidades visam, pois, proporcionar uma instruo maneira de se vestir, na dieta, na religio, impera a mide muito naquilo que serve cultura do gosto, tomando os Antigos porpedantismo. modelos. Isso comporta, por exemplo, a eloquncia, a poesia, o Uma exatido apropriada em coisas formais a conhecimento dos textos dos autores clssicos e coisas semelhantes. preocupao de ir a fundo (perfeio escolstica, segundo as normas Todos esses conhecimentos humansticos podem ser remetidos da escola). O pedantismo , assim, a afetao da preocupao de ir parlsprtica da Filologia, que visa a formao do gosto. Mas se, alm ao fundo, do mesmo modo que a galanteria, que no passa de uma disso, separarmos o mero fillogo do humanista, ento os dois vo cortes a cortejar o aplauso do gosto, nada mais do que umaA 63 se / distinguir um do outro pelo fato de que aquele procura entre osp o p u l a r i d a d e afctada. Pois a galanteria est empenhada Antigos os instrumentos da erudio, ao passo que este procura os to-somente em conquistar o favor do leitor e, por causa disso, em instrumentos da formao do gosto.no ofend-lo por uma palavra difcil sequer. 6263 32. / Para evitar o pedantismo so precisos conhecimentos submeter um conhecimento ao exame de pessoas cujo entendimento extensos, no apenas nas cincias mesmas, mas tambm no esteja apegado a nenhuma escola. em vista do uso delas. Por isso, s o verdadeiro erudito pode seA 67l Essa perfeio do conhecimento, pela qual ele se qualifica livrar do pedantismo, que sempre uma qualidade do esprito para uma comunicao fcil e universal, tambm poderia ser estreito.chamada de extenso externa, ou grandeza extensiva, de umQuando nos empenhamos cm proporcionar ao nossoconhecimento, na medida em que este est difundido externamente conhecimento a perfeio escolstica do trabalho feito a fundo e, ao entre muitas pessoas. mesmo tempo, a perfeio da popularidade, sem incorrer no erro da afetao do trabalho a fundo ou da popularidade afetada, preciso ter em vista sobretudo a perfeio escolstica do nosso conhecimento - a forma do trabalho a fundo segundo as normas daVisto que h tantos e to diversos conhecimentos, bom escola. E s ento convm cuidar da maneira pela qual tornaremosfazer um plano para ordenar as cincias de tal sorte que elas se v e r d a d e i r a m e n t e popular o c o n h e c i m e n t o aprendido ajustem da melhor maneira aos nossos fins e contribuam para a metodicamente na escola, isto , comunicvel aos outros de umaperfeio deles. Todos os conhecimentos esto numa certa conexo maneira to fcil e to universal que a solidez do trabalho a fundo natural entre si. Se, empenhados em ampliar os conhecimentos, no no se veja relegada pela popularidade. Pois no se deve, por causa tivermos em vista esta conexo, toda essa sabena no passar de da perfeio popular, para agradar ao povo, sacrificar a perfeiouma mera rapsdia. Mas, se tomarmos uma cincia principal como escolstica, sem a qual toda cincia nada mais seria do que fim e considerarmos todos os outros conhecimentos to-somente brincadeira e passatempo. como meios para chegar at ela, ento teremos introduzido em Para aprender, porm, a verdadeira popularidade preciso nosso saber um certo carter sistemtico. E, para proceder ler os Antigos, por exemplo, os escritos filosficos de Ccero, os ampliao de nossos conhecimentos segundo um plano bempoetas Horcio, Virglio cie.; entre os modernos, Hume, Shaftesburyordenado e adequado ao fim, preciso pois conhecer essa conexoe outros mais, todos eles homens que muito frequentaram o mundodos conhecimentos entre si. Para esse fim encontramos umaA 66 refinado, / sem o que no se consegue ser popular. Pois a verdadeiraAk 49 orientao na arquietnica das cincias, / que um sistema segundopopularidade exige muito conhecimento prtico do mundo e dos A 68 ideias, no qual as cincias so consideradas quanto sua / afinidadehomens, conhecimento dos conceitos, do gosto e das inclinaes dos e ligao sistemtica num todo do conhecimento interessando homens, que preciso constantemente levar em considerao nahumanidade.apresentao e mesmo na escolha de expresses apropriadas,Ak 48 convenientes popularidade. Semelhante condescendncia / coma capacidade de apreenso do pblico e com as expressescostumeiras, que no relega a perfeio escolstica, mas Mas, no que concerne em particular grandeza intensiva docuida apenas de revestir os pensamentos de modo a no deixar ver oconhecimento, quer dizer, ao seu contedo, ou sua polivalncia eandaime, o que h de escolstico e de tcnico nessa perfeio (assimimportncia, que se distingue essencialmente, como observamoscomo traamos linhas a lpis para escrever sobre elas e depoisacima, da grandeza extensiva, da mera amplido do mesmo, sobreas apagamos) - essa perfeio verdadeiramente popular doisso contentamo-nos em fazer as poucas observaes que se seguem:conhecimento , de fato, uma grande c rara perfeio, que1) Um conhecimento voltado para o grande, isto , o todo,demonstra um grande discernimento do que a cincia. Entre no uso do entendimento, deve ser distinguido da subtileza no que outros mritos, ela tambm tem o de poder dar uma prova dopequeno (micrologia).completo discernimento de uma coisa. Pois o exame meramente2) Logicamente importante deve-se chamar a todoescolstico de um conhecimento ainda deixa a dvida: ser que conhecimento que promova a perfeio lgica quanto forma,esse exame no teria sido unilateral, e o conhecimento ele prprio, por exemplo, toda proposio matemtica, toda lei da naturezaser que ele teria efclivamente um valor reconhecido por todosdiscernida distintamente, toda explicao filosfica correta. Aos homens? A escola tem os seus preconceitos do mesmo modoimportncia prtica no se pode prever, mas preciso esperarque o senso comum. Aqui um corrige o outro. Por isso importante por ela. 6465 33. 3) No se deve confundir a importncia com a dificuldade.A 69 Um conhecimento pode ser difcil, sem / ser importanle. Por isso, a dificuldade no decide nem pr, nem tampouco contra o valor e a importncia de um conhecimento. Es(a depende da magnitude ou pluralidade das consequncias. Quanto mais ou quanto maiores consequncias tiver um conhecimento, quanto mais uso se puder fazer dele, tanto mais importante ele ser. A um conhecimento sem VII consequncias importantes chama-se bizantinice; tal era, por exemplo, a filosofia escolstica.B) A PERFEIO LGICA DO CONHECIMENTO, SEGUNDO A RELAO - A VERDADE - VERDADE MATERIAL E VERDADE FORMAL OU LGICA -CRITRIOS DA VERDADE LGICA -A FALSIDADE E O ERRO - A APARNCIA, COMO FONTE DO ERRO -MEIOS PARA EVITAR OS ERROSUma das mais importantes perfeies do conhecimento e ale mesmo a condio essencial e inseparvel de toda a perfeio do Ak 50 mesmo a / verdade. A verdade, diz-se, consiste na concordncia do conhecimento com o objeto. Por conseguinte, de acordo com essa explicao meramente verbal, o conhecimento deve concordar com o objeto para ser aceito como verdadeiro. Ora, s posso comparar A 70 o objeto com o meu / conhecimento na medida em que o conheo. O meu conhecimento deve, pois, confirmar-se a si mesmo, o que, porm, nem de longe c suficiente para a verdade. Pois, visto que o objeto est fora de mim e o conhecimento est em mim, a nica coisa que posso fazer avaliar se o meu conhecimento do objeto concorda com o meu conhecimento do objeto. A semelhante crculo na explicao os Antigos chamavam dialelo. E, de fato, este erro foi sempre objetado aos lgicos pelos cpticos, que observavam: com essa explicao da verdade acontece a mesma coisa que ocorre quando algum faz uma declarao em juzo e, ao faz-lo, apela a uma testemunha que ningum conhece, mas que pretende tornar-se digna de f afirmando que quem a citou como testemunha um homem honesto. A acusao, sem dvida, tinha fundamento. S que a soluo do problema em questo , para qualquer um, absolutamente impossvel.Pois o que se pergunta aqui : se e em que medida haver um critrio da verdade seguro, universal c til na aplicao. Pois isto o que deve ser o sentido da questo: O que a verdade? 6667 34. Para poder decidir esta importante questo, preciso comPelo primeiro fica determinada d possibilidade lgica, pelocerteza distinguir aquilo que em nosso conhecimento pertence ltimo a realidade lgica de um conhecimento. matria do mesmo c se relaciona com o objeto, daquilo que concerneCom efeito, verdade lgica de um conhecimentoA 71 mera forma como a / condio sem a qual um conhecimento no pertencem duas coisas:seria de todo um conhecimento. Por isso, com respeito a essaPrimeiro: que ele seja logicamente possvel, quer dizer, quedistino entre o aspecto objetivo, material e o aspecto subjetivo,ele no se contradiga. Mas essa caracterstica da verdade lgica formal em nosso conhecimento, a questo acima divide-se nas duasinterna to-somente negativa; pois verdade que um conhecimentoquestes particulares seguintes: que se contradiz falso; mas, se ele no se contradiz, nem por isso 1) Ser que h um critrio material c universal da verdade?sempre verdadeiro. 2) Ser que h um critrio formal c universal da verdade?Segundo: que ele seja logicamente fundado, quer dizer, que Um critrio material e universal da verdade no possvel; ele tenha: (a) razes cm que se funde e (b) no tenha consequnciastal coisa at mesmo autocontradilria. Pois, enquanto critrio falsas. universal, vlido para todos os objetos cm geral, ele teria que abstrair A 52Este segundo critrio da verdade lgica externa / ou da completamcnlc de toda distino entre os objetos, e no entanto, racionabilidade, o qual concerne conexo lgica de umenquanto critrio material, tambm teria ao mesmo tempo de visar conhecimento com razes c consequncias, c positivo. E aqui valem exatamente essa distino, para poder determinar se umas seguintes regras: conhecimento concorda precisamente com o objeto ao qual se1) Da verdade das consequncias possvel inferir a verdadeAk51 relaciona,/c no com um objeto qualquer cm geral-o que, a rigor,do conhecimento considerado como a razo daquelas, mas apenas no quer dizer nada. , porm, nesta concordncia de um negativamente: se uma c o n s e q u n c i a falsa deriva de um conhecimento com o objeto determinado ao qual se relaciona queconhecimento, ento o conhecimento ele prprio falso. Pois, se a deve consistir a verdade material. Pois um conhecimento que A 74 razo fosse verdadeira, / a consequncia tambm leria que ser verdadeiro com relao a um objeto, pode ser falso com respeito a verdadeira, pois a consequncia determinada pela razo.A 72 outros objelos. Por isso, absurdo exigir um / critrio material e Mas no se pode i n f e r i r inversamente: se uma universal da verdade, devendo ao mesmo tempo abstrair e no consequncia falsa deriva de um conhecimento, ento ele abstrair de toda distino entre os objetos.verdadeiro; pois c possvel extrair consequncias verdadeiras de uma Mas, se a questo , agora, a questo pelos critrios/OTOifi/razo falsa. e universais da verdade, fcil estabelecer aqui que, sem dvida,2) St todas as consequncias de um conhecimento so pode haver semelhantes critrios. Pois a verdade formal consisteverdadeiras, ento o conhecimento tambm verdadeiro. Pois bastaria unicamente na concordncia do conhecimento consigo prprio, haver algo de falso no conhecimento para que uma consequncia abstrao feita de todos os objetos e de toda distino entre falsa devesse tambm ocorrer. os mesmos. Os critrios formais c universais da verdade nadaDa consequncia possvel, pois, inferir uma razo, mas mais so, por conseguinte, do que as caractersticas lgicassem que se possa determinar essa razo. E s a partir do conjunto universais da concordncia do conhecimento consigo prprio, de todas as consequncias que se pode inferir, de uma razo ou - o que d no mesmo - com as leis universais do entendimento e determinada, que esta seja a verdadeira. da razo. Ao primeiro tipo de inferncia, segundo o qual a Esses critrios universais e formais no so, verdade,consequncia s pode ser um critrio negativa e indiretamente suficientes para a verdade objetiva, mas devem, no entanto, ser suficiente da verdade de um conhecimento, chama-se na Lgica considerados como a conditio sine qua non dos mesmos. apaggico (modus tollens). Pois, antes de perguntar se o conhecimento concorda com Esse procedimento, de que frequentemente se faz uso na o objeto, deve vir a questo se ele concorda consigo prprioGeometria, tem a vantagem de que basta derivar de um (segundo a forma). E isto assunto da Lgica.conhecimento uma consequncia falsa, para provar sua falsidade. Os critrios formais da Lgica so: Assim, por exemplo, para demonstrar que a terra no plana, basta 1) o princpio da no-contradio,que eu, sem apresentar razes positivas e diretas e de maneiraA 73/ 2) o princpio da razo suficiente. A 75 apaggica / c indircta, faa apenas a seguinte inferncia: se a terra 68 69 35. fosse plana, ento a estrela polar teria que estar sempre na mesmaentendimento, jamais erraramos. S que, alm do entendimento,altura; ora, isto no 6 o caso, logo a terra no plana. h cm ns uma outra fonte indispensvel do conhecimento. Esta No outro tipo de inferncia, o modo de inferncia positivoa sensibilidade, que nos d a matria para o pensamento e age ae direto (modusponens), surge a dificuldade de que a totalidade das segundo leis que no as do entendimento. Mas, da sensibilidade,consequncias no pode ser conhecida apodicticamente, donde considerada em si mesma e isoladamente, o erro tambm no podesomos levados por esse tipo de inferncia to-somente a umoriginar-se, porque os sentidos no julgam de modo algum.conhecimento provvel c hipoteticamente verdadeiro (hipteses), Por isso, a fonte de todo erro ter de ser procurada nica eem conformidade com a pressuposio segundo a qual, onde muitas exclusivamente na influncia desapercebida da sensibilidade sobre oconsequncias so verdadeiras, todas as demais tambm ho de serAk 54 entendimento, ou, para falar mais exatamente, sobre o juzo. / Comverdadeiras.efeito, essa influncia que faz com que, ao julgar, tomemos razesPodemos, ento, erigir aqui trs princpios como critriosmeramente subjetivas por objetivas e, por conseguinte, confundamosde verdade puramente formais ou lgicos; tais so : a mera aparncia da verdade com a verdade mesma. Pois nisso1) o princpio da contradio e da identidade (principium precisamente que consiste a essncia da aparncia, que, por causaAk53 contradictionis e identitatis), mediante o qual / est determinada a disso, deve ser considerada como uma razo para ter por verdadeirop o s s i b i l i d a d e i n t e r n a de um c o n h e c i m e n t o para juzos um conhecimento falso. problemticos; O que torna possvel o erro , portanto, a aparncia,2) o princpio da razo suficiente (principium rationis segundo a qual o mcramcnlesubjelivo se v confundido no juzo com sufficientis), no q u a l se baseia a realidade (lgica) de um o objetivo. conhecimento - o fato de que ele esteja fundado como matria paraEm certo s e n t i d o , pode-se c e r t a m e n t e fazer do juzos assertricos. entendimento tambm o autor dos erros, a saber, na medida em que 3) o princpio do terceiro excludo (principium excusi mediiA 78 ele, / por falta da necessria ateno para aquela influncia daA 76 inter duo contradictoria), / no qual se funda a necessidade (lgica) desensibilidade, se deixa induzir pela aparncia que da se origina a um conhecimento - o fato de que necessariamente se deva julgar tomar por objetivas razes determinantes do juzo que so assim e no de outro modo, isto , que o contrrio seja falso - para meramente subjetivas, ou a aceitar como verdadeiro segundo as suas juzos apodcticos.prprias leis aquilo que s verdadeiro segundo as leis dasensibilidade.Por conseguinte, nas barreiras do entendimento s seencontra a culpa da ignorncia ; a culpa do erro, temos que no-laO contrrio da verdade a falsidade, a qual, na medida ematribuir a ns mesmos. A natureza, verdade, recusou-nos muitos que tomada pela verdade, se chama erro. Por conseguinte, um juzoconhecimentos e sobre tantas coisas nos deixa numa ignorncia errneo - pois o erro assim como a verdade s existe no juzo - um inevitvel; o erro, no entanto, no ela que o causa. A isso juzo que confunde a aparncia da verdade com a prpria verdade. induziu-nos o nosso prprio pendor a julgar e a decidir at mesmoComo possvel a verdade: eis a uma coisa que fcil nas situaes em que, por causa de nossa limitao, no estamos entender, visto que aqui o entendimento age de acordo com suas leiscapacitados a julgar e decidir. essenciais.Mas como possvel o erro na acepo formal da palavra, quer dizer, como possvel a forma do pensamento contrria ao entendimento, isto difcil de compreender, assim como tampoucoTodavia, todo erro no qual possa incidir o entendimento se pode compreender como uma fora possa desviar-se de suas humano apenas parcial, e em todo juzo errneo tem que haver prprias leis essenciais. No podemos, pois, procurar no prpriosempre algo de verdadeiro. Pois um erro total seria um total entendimento c em suas leis essenciais a razo dos erros, bem comoantagonismo s leis do entendimento e da razo. Como que ele tampouco nas barreiras do entendimento, nas quais se encontra, poderia, enquanto tal, provir de uma maneira qualquer doA 77 verdade, a causa da ignorncia, mas de modo / nenhum do erro. Ora,entendimento e, na medida cm que sempre um juzo, como que se no dispusssemos de outro poder cognitivo alm do poderia ser considerado um produto do entendimento! 7071 36. A 79l Com respeito ao verdadeiro e ao errneo em nosso Da natureza do erro, cujo conceito encerra, comoconhecimento, distinguimos o conhecimento exato de umA 81 observamos, alm da falsidade, ainda a /aparncia da verdade a ttuloconhecimento vago.de caracterstica essencial, resulta para a verdade de nossoUm conhecimento exato, se adequado ao seu objeto, ouconhecimento a seguinte e importante regra:se, com respeito ao seu objeto, nem o mnimo erro tem lugar; vago, Ak 56 / A fim de evitar erros - e inevitvel nenhum erro o se nele pode haver erros, sem que isso chegue a ser um obstculo ao absoluta ou simplesmente, muito embora o possa ser relativamenteseu objetivo. para os casos em que, mesmo sob o risco de errar, inevitvel paraAk 55 j Essa distino concerne determinao mais lata ou maisns julgar - repetindo, a fim de evitar erros, preciso procurarestrita do nosso conhecimento (cognitio late vel stricte determinara).descobrir e explicar a fonte dos mesmos, a aparncia. Pouqussimos,s vezes, preciso de incio determinar um conhecimento numa porm, foram os filsofos que fizeram isso. Eles s trataram deextenso mais lata (latedeterminare), especialmente quando se trata refutar os erros mesmos, sem apontar a aparncia em que tinhamde coisas histricas. Nos conhecimentos racionais, porm, tudo temorigem. Esta descoberta e dissoluo da aparncia um servio que estar exatamente (stricte) d e t e r m i n a d o . No caso da verdade de muito maior mrito do que uma refutao direta dosdeterminao lata dizemos: um conhecimento determinadopraefer erros mesmos, com o que no se consegue obstruir a fonte dessespropter. Depende sempre do objetivo de um conhecimento, se eleerros, nem evitar que a mesma aparncia, pelo fato de no serdeve ser determinado de maneira vaga ou exata. A determinao lataconhecida, venha de novo a induzir em erros em outros casos. Pois,deixa sempre margem ao erro, que no entanto pode ter limitesmesmo que tenhamos sido convencidos de que erramos, mesmodeterminados. O erro ocorre em particular quando umaassim, caso no tenha sido eliminada a aparncia ela prpria, quedeterminao lata tomada por uma determinao estrita, porest na base do erro, sempre nos restaro escrpulos, por poucas queexemplo em questes de moralidade, onde tudo deve estar sejam as razes que possamos aduzir para a justificao deles.estritamente determinado. Aqueles que no fazem isso soDe resto, com a explicao da aparncia d-se uma espciedenominados pelos ingleses latitudinrios.de aprovao a quem errou. Pois ningum h de admitir que errouA80 /Da cxatido, entendida como uma perfeio objetiva do A 82 sem qualquer/aparncia da verdade, que talvez pudesse tambm terconhecimento, pode-se distinguir ainda - visto que aqui o enganado algum dotado de maior argcia, uma vez que aqui o queconhecimento inteiramente congruente com o objeto - a subtileza est em jogo so razes subjetivas.enquanto perfeio subjetiva do mesmo.Quando a aparncia m a n i f e s t a at mesmo aoO conhecimento de alguma coisa subtil quando nele se entendimento comum (sensus communis), o erro chamado de tolicedescobre o que si escapar ateno dos demais. Isso exige, pois, ou disparate. A censura da absurdidade sempre uma repreensoum alto grau de ateno e um grande dispndio de fora intelectual.pessoal, que se deve evitar, em particular na refutao dos erros.Muitos censuram toda subtileza porque no conseguem Pois aos olhos de quem afirma um disparate no estalcan-la. Mas, em si mesma, ela sempre faz honra aopatente a aparncia ela prpria, que est na base dessa patenteentendimento e chega a ser meritria e necessria na medida em que falsidade. preciso primeiro fazer com que essa aparncia fique aplicada a um objeto digno da observao. Mas, podendo atingir patente para ele. Se ele ainda assim persistir no erro, certamente o mesmo fim com menor ateno e esforo do entendimento, um tolo; mas, neste caso, tambm nada mais h a fazer com ele. Elequando ao contrrio nos empenhamos nisso mais do que o se tornou assim to incapaz quanto indigno de toda correo enecessrio, estamos fazendo um dispndio intil e incidindo em refutao ulterior. Pois, a rigor, no se pode provar a ningum quesubtilezas que, de certo, so difceis, mas no servem para nada ele um tolo; todo arrazoar neste sentido seria em vo. Quando se(nugae dijjiciles).prova o disparate, no se est mais falando com quem errou, masAssim como ao exato se ope o vago, assim tambm aocom uma pessoa razovel. Neste caso, porm, o evidenciamento dosubtil se ope o grosseiro.disparate no necessrio.Ak 57 Pode-se chamar um erro tolo tambm quele / ao qual nemA 83 sequer a aparncia serve de desculpa; assim /como um erro grosseiro um erro que demonstra ignorncia no conhecimento comum ou uma faka contra a ateno comum. 72 73 37. O erro nos princpios 6 um erro mais grave do que o erro na sua aplicao.Uma caraelcrstica, ou pedra de toque, externa da verdade a comparao de nossos prprios jux.os com os juzos dos outros, Ak58 /VIU pois o subjetivo no residir de maneira igual cm todos os outros, e por conseguinte a aparncia poder ser assim explicada. AC) A PERFEIO LGICA DO CONHECIMENTO incompatibilidade dos juzos dos outros com os nossos deve, por isso, SEGUNDO A QUALIDADE - CLAREZA - ser considerada como uma caracterstica externa do erro e como umCONCEITO DE UMA CARACTERSTICA EM GERAL - sinal para investigarmos nossa maneira de proceder ao julgar, mas DIFERENTES ESPCIES DE CARACTERSTICAS - no para rejeit-la de pronto. Pois sempre possvel que a genteDETERMINAO DA ESSNCIA LGICA tenha razo quanto ao fundo e que se esteja errado apenas na DE UMA COISA - DIFERENA ENTRE A maneira de apresentar.ESSNCIA LGICA E A ESSNCIA REAL -O entendimento humano comum (sensus comnmnis)DISTINO, UM GRAU SUPERIOR DA CLAREZA - tambm em si mesmo uma pedra de toque para descobrir osDISTINO ESTTICA E DISTINO LGICA - enganos do uso tcnico (kiinstlich) do entendimento. Quer dizer: DIFERENA ENTRE A DISTINO ANALTICA orientar-se pelo entendimento comum no pensamento ou no uso E A DISTINO SINTTICA especulativo da razo, quando se o usa o entendimento comum como um teste para a avaliao da correo do entendimento especulativo. O conhecimento humano , da parte do entendimento,discursivo; quer dizer, ele tem lugar mediante representaes quefazem daquilo que comum a vrias coisas o fundamento doA 84/As regras e condies universais para se evitar o erro cm A 85 conhecimento, por conseguinte mediante notas caractersticas / gera! so: (1) pensar por si mesmo, (2) pensar colocando-se no lugar enquanto tais. Ns s reconhecemos, pois, as coisas mediante de outra pessoa, e (3) pensar sempre de maneira coerente consigo caractersticas; e isso precisamente o que se chama reconhecer mesmo. A mxima de pensar por si mesmo, podemos cham-la de(Erkennen), que deriva de conhecer (Kenneri)f& esclarecida; a mxima de se colocar no ponto de vista do Outro, Uma nota caracterstica aquilo que, numa coisa, constitui podemos cham-la de ampliada; e mxima de pensar sempre de uma parte do conhecimento da mesma; ou - o q