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Improbidade Administrativa - Aloisio Vieira

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO ACÓRDÃO 11 ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRÁTICA

f\ REGISTRADO(A) SOB N°

Vistos, relatados e discutidos estes autos de

APELAÇÃO CÍVEL n° 252.28 6-5/6-00, da Comarca de LORENA, em

que são apelantes PREFEITURA MUNICIPAL DE LORENA e OUTRO e

ALOÍSIO VIEIRA e CONSELHO CENTRAL DE LORENA DA SOCIEDADE DE

SÃO VICENTE DE PAULO, sendo apelado MINISTÉRIO PÚBLICO:

ACORDAM, em Terceira Câmara de Direito Público do

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, proferir a

seguinte decisão: "negaram provimento aos recursos, v.u.", de

conformidade com o relatório e voto do Relator, que integram

este acórdão.

O julgamento teve a participação dos

Desembargadores VISEU JÚNIOR e MAGALHÃES COELHO.

São Paulo, 3 de agosto de 2004.

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Apelação com revisão n° 252.286.5/6

Comarca : São Paulo

Apelante(s): Prefeitura Municipal de Lorena e outro

Apelado(s) : Ministério Público

EMENTA Ação civil pública. Coleta seletiva de resíduos sólidos. Convênio firmado entre a municipalidade e a Sociedade São Vicente de Paula. Ausência de licitação. O convênio firmado ainda que precedido de boa fé não tem legitimidade jurídica para os fins propostos. RECURSOS DE APELAÇÃO E REMESSA DE OFÍCIOS IMPROVIDOS.

VOTO n° 8.193

Trata-se de ação civil pública ajuizada pelo

Ministério Público em face da Prefeitura Municipal de Lorena e

o Conselho Central de Lorena na Sociedade São Vicente de

Paulo, alegando que os réus celebraram entre si convênio ten^o

por objeto "a prestação de serviços de coleta seletj^a^dos

resíduos sólidos do Município, pelo Conveniadoypentro do

Programa de Integração Comunitária em caráter participativo

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Apelação com revisão n° 252.286.5/6

com o poder Público", cujo valor estipulado foi de R$

348.160,00 e que como o negócio reveste-se das características

de contrato administrativo e não de convênio, deveria ter sido

precedido de licitação, incidindo, ainda, em prática de ato de

improbidade administrativa o chefe do Poder Executivo, pois na

avença celebrada entre as partes há data de início de vigência

anterior à efetiva celebração.

A r. sentença monocrática (fls. 332/341) julgou

procedente a ação, para declarar "nulo o convênio celebrado

entre os réus por inobservância das prescrições legais atinentes a

esta modalidade de ajuste" e condenar os réus, "solidariamente, a

devolver aos cofres públicos as verbas repassadas irregularmente

pela municipalidade, por força do 'convênio' por eles

celebrado".

Apelou a Municipalidade (fls. 349/367),

alegando, preliminarmente, cerceamento de defesa e não ser

cabível a presente ação civil pública. No mérito, alega estarem

presentes os elementos que caracterizam o ajuste realizado entre

a Prefeitura e a Sociedade São Vicente de Paulo como convênio.

Apelou o Conselho Central de Lorena^na

Sociedade São Vicente de Paulo (fls. 370/386), aregando,

preliminarmente, cerceamento de defesa, ilegitimicjííSe ativa do

Ministério Público e não ser cabível a presente ação civil

VOTO 8.193 ?

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pública. No mérito, requer a reforma do julgado, alegando

inexistência de qualquer prejuízo ao erário público e que os

serviços foram devidamente prestados.

Recebidos, os recursos foram contrariados (fls.

388/399) e bem processados, apresentado parecer do Ministério

Público às fls. 437/443.

É o relatório.

Tendo em vista que ambas as partes recorreram

da sentença monocrática de fls. 332/341, vejamos primeiramente

do recurso da municipalidade.

DO RECURSO DA MUNICIPALIDADE

O recurso da municipalidade de fls. 349/367

suscita em preliminar cerceamento de defesa, o que com a

devida vênia não ocorreu, mesmo porque as pretendidas provas

são absolutamente desnecessárias em vista da documentação

constante dos autos, ficando assim afastada a preliminar.

E quanto ao mérito propriamente ditp^o

recurso não prospera, pois como se vê dos autos e coiaátapte da

bem elaborada sentença recorrida, ainda que d^rboa fé a

VOTO 8.193

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negociação levada a efeito apresentou-se eivada de vício

insanável como bem se assinalou às fls. 337:

"(-)

Pois bem. Insta analisar o objetivo dos participes do convênio ou da

avença celebrada entre os réus: o objetivo da ré Sociedade São Vicente ele

Paulo, conforme seu próprio estatuto (fls. 194, artigo 2°) é "a

coordenação, promoção e execução de atividades na área que lhe seja

determinada, especialmente a prática da caridade cristã pela

assistência e promoção social", de modo que em seus dez incisos do

mesmo artigo estatutário não há qualquer menção a desempenho de

atividade com finalidade lucrativa ou de atividade congênere ao objeto

do ajuste de vontade entre as parles, qual seja, de coleta seletiva de lixo,

seja por si ou por outra pessoa ou entidade criada para esta finalidade.

Com efeito, a ré Sociedade São Vicente de Paulo criou informalmente, ou

seja, apenas de fato, a CRAFO - Centro de Reciclagem Antônio Frederico

Ozonam (fls. 178/182) com objetivo específico de coleta de lixo e. para

tanto, conta com pessoal próprio, encargos trabalhistas e

previdenciários próprios, utilização de materiais e serviços específicos

(fls. 182), de sorte que, apesar da denominação própria, em verdade,

é a sociedade quem recebe as subvenções da Prefeitura Municipal,

conforme documento de fls. 219/221. 225. 227 e 228. haja vista que a

CRAFO não é pessoa jurídica com personalidade própria e autonomia

para executar o objeto do ajuste.

A primeira irregularidade constatada é a ausência de objetivos comuns

ou de interesse comum dos participes, vez que o da Prefeitura é sanar

o problema do lixo na cidade e a sociedade-ré não tem, dentreÀuas

finalidades estatutárias, este interesse previsto, ou qualquéf^outro

assemelhado na defesa do meio ambiente. Equivoca-se a Prefeitura ao

alegar que o interesse comum, também da Sociedade, ê^ú solução do

VOTO 8.193 4

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problema do lixo na cidade de Lorena.

No ajuste celebrado entre as partes, à Sociedade incumbiria a

separação do lixo para reaproveitamento para produção de energia,

incumbência esta da RM Materiais Refratários Ltda, e a comercialização

da outra parte do lixo para investimento em obras sociais.

Em segundo lugar, não se verifica nos documentos juntados a

observância dos requisitos do artigo 116. §1° da Lei n° 8.666/93, no que

diz com aprovação de plano de trabalho, em que pese aos documentos

de fls. 178/182 e 186/187, afim de caracterizar indubitavelmente a

modalidade de ajuste na forma de "convênio", mormente porque, repita-

se, a CRAFO, em realidade, não foi constituída legalmente como entidade

civil autônoma, haja vista que seus funcionários integram, quase que na

sua totalidade, a folha de pagamentos da Sociedade São Vicente de

Paulo, basta confrontar os documentos de fls. 166 e 252/253.

(...)"

Da mesma forma, não suscitou a autora

inconstitucionaíidade da lei municipal, muito pelo contrário, mas

apenas que o procedimento levado a efeito para os fins

pretendidos dependia de licitação.

Desta forma e, em que pese o esforço recursal o

mesmo não procede, razão pela qual e, considerando tudo quârcto

mais consta dos autos, NEGO PROVIMENTO AO £í*ÇKO E

À REMESSA DE OFÍCIO.

DO RECURSO DA CO-RÉ

VOTO 8.193 .1

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Apelação com revisão n° 252.286.5/6

O recurso de fls. 370/386 da co-ré alega em

preliminar cerceamento de defesa, na mesma Unha do recurso

anterior, o que desde já se afasta, bastando para tanto a leitura

dos autos em que o contraditório foi amplamente exercitado.

Alega, outrossim, ilegitimidade ativa do

Ministério Público, o que não prospera, como bem salientando

na sentença proferida nos autos da Apelação Cível n°

231.244.5/1, que assim consignou:

"•HUGO NIGRO MAZZILLI em obra especifica

consigna que:

A. lei autoriza o Ministério Público a ajuizar ação civil pública em defesa do

patrimônio público. Não o fará como advogado da Fazenda nem intervirü

necessariamente em qualquer ação em que se discuta questão fazendária.

Acionará ou intervirú em defesa do patrimônio público sempre que especial

razão exista para tanto, como quando o Estado não tome a iniciativa de

responsabilizar o administrador por danos por este causados ao patrimônio

público, ou quando motivos de moralidade administrativa exijam seja

nulificado algum ato ou contrato, ainda que em detrimento da sociedade "

(A DEFESA DOS INTERESSES DIFUSOS EM JUÍZO - Ed. Saraiva - 10a

edição- 1998-pág. 57)."

Adiante o ilustre magistrado

doutrina nesse sentido e dada a sua exceí

transcrevê-la:

"...Aliás, no tocante à legitimidade ativa para a propositura da ação civil

VOTO 8.193 6

fez consignifica

encia passamos^ a

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pública, já se encontra pacificado na doutrina que se tem hipótese de

legitimação concorrente e disjuntiva, ou seja, todos os entes

discriminados nos artigos 5, "caput" da Lei 7347/85 e 82 do Código de

Defesa do Consumidor poderão ajuizar referida ação. Dentro desta seara,

merece citação o ensinamento de Rodolfo de Camargo Mancuso, contido

na obra "AÇÃO CIVIL PÚBLICA, em defesa do meio ambiente, do

patrimônio cultural e dos consumidores".

"E sob essa diretriz parece ter sido cunhada a legitimação ativa

prevista no art.5 da Lei 7347/85. espraiada entre: o Ministério

Público; os entes políticos e seus órgãos descentralizados; as

associações velhas de um ano. cujos estatutos prevejam a tutela do

interesse cogitado in concreto. Portanto, trata-se de uma "legitimação

concorrente e disjuntiva", na precisa colocação de José Carlos Barbosa

Moreira.

O mesmo critério pluralista veio a ser empregado na legitimação ativa

prevista para as ações coletivas no âmbito das relações de consumo

(CDC - Lei 8078/90. art. 82 e incisos), sistema que se traslada para o

âmbito das ações civis públicas, mercê do art 117 deste Código" (pág.90

- 6 Edição - Ed. Revista dos Tribunais).

O já citado Hugro Nigro Mazzilli não destoa deste pensamento,

dispondo que: "E concorrente; autônoma e disjuntiva a legitimação

ativa para as ações civis públicas ou coletivas em defesa dos interesses

difusos, coletivos e individuais homogêneos. Cada um dos co-legitimados

pode propor a ação, litisconsorciando-se com outros ou fazendo-o

isoladamente" (pág.80/81 da ob. citada - grifei).

Portanto, fica claro a legitimidade ministerial para a propositura de ação

coletiva na hipótese de atos de improbidade administrativa., comjrfos

discriminados na inicial, situação esta que não se enquadra naÁédação

constante do artigo 129, IX, da Constituição Federal (exercício de

advocacia e consultoria de entidades públicas). Busca-se Jtissim, a tutela

cie um interesse difuso, prerrogativa, que lhe foi concimida, pela própria

VOTOS.I^ 7

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ordem constitucional (artigo 129, III. da Carta Magna de 1988).

O posicionamento doutrinário exposto é amplamente consolidado por

diversos julgados. Passo a mencionar, a título de ilustração, alguns

desses arrestos jurisprudenciais:

"Há que se louvar a existência de órgão de combate à corrupção,

descrita, na hipótese subexamine. no comportamento, com aparência

penai do réu no seu atuar fraudulento e lesivo do patrimônio da

Municipalidade. A legitimação atacada advém do art. 129. 111, da

Constituição Federal, entregando ao Ministério Público o dever da

proteção ao patrimônio público, através da ação civil pública. Em

harmonia com a preceituação constitucional, a Lei 8429/92 legitimou o

Ministério Público a ajuizar ação de ressarcimento de lesões aos cofres

públicos por agentes públicos ou terceiros" ( Agravo de Instrumento

198.572-1/4 - Câmara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo - Rel.Des.

Jorge de Almeida);

"o campo de atuação do MP foi ampliado pela Constituição de 1988,

cabendo ao parquet a promoção do inquérito civil e da ação. civil pública

para a proteção do palrimônio público e social, do meio ambiente e de

outros interesses difusos e coletivos, sem a limitação imposta pelo art. 1 da

Lei 7.347/85. A defesa do patrimônio público não se restringe ao

cidadão através da ação popular. Também são legitimados o Ministério

Público e aquelas entidades arroladas no art.5 da Lei da Ação Civil

Pública" ( TJSP. Apelação 67.148 - RT 727/138 - grifei).

"Se outrora se reconheceu ilegitimidade do parquet para a propositura da

ação civil pública visando o ressarcimento de possíveis danos ao erário

municipal (vide Revista do STJ. v.65. p.352). hodiernamente. com o advento

da Lei Federal 3429. de 2 de junho de 1992. ampliaram-se os objetivos das

ações civis públicas, com possibilidade de ser ressarcido o danjrar)

patrimônio público, e concomitantemente, punido o agente que./pór ação

ou omissão, dolosa ou culposa, ensejar perda patrimomai desvio,

apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens Mi haveres das

VOTOS.l'J3 §

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entidades que menciona, entre as quais a União, os Estados e OS

MUNICÍPIOS" (Apelação Cívei 253.827-1/9 - TJSP, Rei Desembargador

Vanderci Alvares ~ grifei).

Ação Civil Pública - Legitimidade do Ministério Público - Ressarcimento

de Danos ao Erário. E a ação civil pública via adequada para pleitear o

ressarcimento de danos ao erário municipal, e tem o Ministério Público

legitimidade para propô-la. Recurso provido" ( R. Esp. 213714 - Rei. Min.

Garcia Vieira - grifei);

Cabe ressaltar que o fato do requerente ter baseado o seu pedido com

fulcro no artigo 21 da Lei 7347/85, inserido pelo artigo 117 do Código

de Defesa do Consumidor, não faz supor que busca-se no presente

caso a tutela de interesses referentes à relação de consumo.

Peço vénia para transcrever integralmente referido dispositivo e fazer

uma breve síntese acerca da inovação trazida pelo mesmo no âmbito

da tutela dos interesses meta-individuais.

"Art. 117 do Código de Defesa do Consumidor: Acrescente-se à Lei 7347.

de 24 de julho de 1985. o seguinte dispositivo, remunerando-se os seguintes;

"Art 21 - Aplicam-se à defesa dos direitos e interesses difusos, coletivos e

individuais, no que for cabível, os dispositivos do Título III da Lei que

instituiu o Código de Defesa do Consumidor" (grifei).

Portanto, com a sanção de referido dispositivo legal, criou-se uma

efetiva integração entre os 2 (dois) diplomas legais, propiciando-se a

aplicação simultânea dos vários "mecanismos de direito processual e

material" discriminados em ambas as legislações. Ou seja, as

disposições dos artigos 81 a 104 da Lei 8078/90 são aplicáveis a todas

as ações que visem à tutela de interesses difusos, coletivos jfci/é

mesmo individuais homogêneos, nesta última hipótese /ms/Casos

expressamente dispostos em lei. " /y~^

VOTO 8.193 9

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Nesse sentido e confirmando a legitimidade

ativa do Ministério Público, o acórdão contido em fís. 379, dos

mesmos autos anteriormente mencionados, verbis:

"Ação Civil Pública - Pretensão à recomposição do patrimônio do DER/SP

- Decretada extinção do processo por impossibilidade jurídica do pedido -

Extinção ajustada - Constitui a ação civil pública o meio processual idôneo

para o jim pretendido na petição inicial - Previsão constitucional (artigo

129, III. da Constituição Federai) e infraconstitucional (artigo 17 da Lei

8.429/92) - Recurso provido. (Apelação Cível 41.348-5 - São Paulo - 6"

Câmara de Direito Público - Relator: Coimbra Schmidt - 28.6.99 - VM.) ".

Toda a argumentação levada a efeito pelo

recurso não tem o condão de desconstituir a sentença recorrida,

em que ficou patente a existência de vícios insanáveis, razão pela

qual e, considerando tudo quanto mais consta dos autos, NEGO

PROVIMENTO AO APELO.

VOTO 8.193 10