Upload
internet
View
105
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
1
AGENDA 21 &
DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL
2
O QUE É DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL?
O governo brasileiro adota a definição apresentada no documento “Nosso
futuro comum”, publicado em 1986-1987, também conhecido como
Relatório Bruntland. Desenvolvimento sustentável “o desenvolvimento que satisfaz as
necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas
necessidades”.
3
MARCOS REFERENCIAIS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
CONFERÊNCIAS
Conferência das Nações Unidas (Estocolmo, 1972)
Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e
Desenvolvimento (Rio de Janeiro, 1992)
Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento
Sustentável (Johannesburg, 2002).
4
ECO-92A organização da ECO-92 foi solicitada pela resolução da
Assembléia Geral das Nações Unidas (dezembro, 1989).
Essa reunião mundial (CNUMAD - 92)foi organizada,
para elaborar a estratégia para deter e reverter os
processos de degradação ambiental e promover o
desenvolvimento sustentável.
5
MARCOS REFERENCIAIS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
DOCUMENTOS
Relatório do Clube de Roma: Limites do Crescimento (1968)
Declaração de Estocolmo (1972) Relatório Bruntland: Nosso
Futuro Comum (Noruega, 1986) Declaração do Rio (1992)
Agenda 21 (1992).
6
A NOVIDADE DA DIMENSÃO AMBIENTAL NO
DESENVOLVIMENTOA Declaração de Estocolmo,
aprovada durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente Humano (Estocolmo, julho 1972), pela primeira vez, introduziu, na agenda política
internacional, a dimensão ambiental como condicionadora e limitadora do modelo tradicional de crescimento econômico e de
uso de recursos naturais.
7
OUTRAS PUBLICAÇÕESO documento “A Estratégia
Mundial para a Conservação” (Nova Iorque, 1980), elaborado sob patrocínio e supervisão do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente),
da UICN (União Internacional para a Conservação da
Natureza) e do WWF (Fundo Mundial para a Natureza).
8
RELATÓRIO BRUNTLAND
Elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento,
criada pelas Nações Unidas e presidida pela então Primeira-Ministra da Noruega,
Gro-Bruntland. Reafirma uma visão crítica do modelo de
desenvolvimento adotado pelos países industrializados e reproduzido pelas
nações em desenvolvimento.Ressalta os riscos do uso excessivo dos
recursos naturais sem considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas.
Aponta para a incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável e os
padrões de produção e consumo vigentes.
9
O QUE É A AGENDA O QUE É A AGENDA 21?21?
É um programa de ação traduzido num documento de 40 capítulos.
Constitui a mais ousada e
abrangente tentativa de promover, em escala planetária, um novo
padrão de desenvolvimento, conciliando métodos de proteção
ambiental, justiça social e eficiência econômica.
10
COMO FOI PREPARADA?
Documento consensual para o qual contribuíram governos e
instituições da sociedade civil de 179 países.
O processo preparatório durou dois anos e culminou com a realização da
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento (CNUMAD), em 1992, no Rio de Janeiro, também
conhecida por ECO-92.
11
COMO ESTÁ ESTRUTURADA?
I. Dimensões sociais e econômicas
II. Conservação e gestão dos recursos para o
desenvolvimento
III. Fortalecimento do papel dos principais grupos sociais
IV. Meios de implementação.
Seções:
12
CAPÍTULOS DA SEÇÃO I DIMENSÕES SOCIAIS E ECONÔMICAS (8 )
PreâmbuloCooperação internacional para acelerar o
desenvolvimento sustentável dos países em desenvolvimento e políticas internas
correlatas Combate à pobreza
Mudança dos padrões de consumoDinâmica demográfica e sustentabilidade
Proteção e promoção das condições da saúde humana
Promoção do Desenvolvimento Sustentável dos assentamentos humanos
Integração entre meio ambiente e desenvolvimento na tomada de decisões.
13
CAPÍTULOS DA SEÇÃO II CONSERVAÇÃO E GESTÃO DOS RECURSOS PARA O DESENVOLVIMENTO
(14) Proteção da atmosfera
Abordagem integrada do planejamento e do gerenciamento dos recursos terrestres
Combate ao desflorestamento Manejo de ecossistemas frágeis: a luta contra a desertificação e a
seca Gerenciamento de ecossistemas frágeis: Desenvolvimento
Sustentável das montanhas Promoção do desenvolvimento rural e agrícola sustentável
Conservação da Diversidade Biológica Manejo ambientalmente saudável da biotecnologia
Proteção de oceanos, de todos os tipos de mares - inclusive mares fechados e semifechados - e das zonas costeiras e proteção. Uso
racional e desenvolvimento de seus recursos vivos Proteção da qualidade e do abastecimento dos recursos hídricos:
aplicação de critérios integrados no desenvolvimento, manejo e uso dos recursos hídricos
Manejo ecologicamente saudável das substâncias químicas tóxicas, incluída a prevenção do tráfico internacional ilegal dos produtos
tóxicos e perigososManejo ambientalmente saudável dos resíduos perigosos, incluindo a
prevenção do tráfico internacional ilícito de resíduos perigosos Manejo ambientalmente saudável dos resíduos sólidos e questões
relacionadas com esgotos Manejo seguro e ambientalmente saudável dos resíduos radioativos.
14
CAPÍTULOS DA SEÇÃO III FORTALECIMENTO DO PAPEL DOS PRINCIPAIS GRUPOS SOCIAIS (10)
PreâmbuloAção mundial pela mulher, com vistas a um
desenvolvimento sustentável eqüitativoA infância e a juventude no desenvolvimento
sustentável Reconhecimento e fortalecimento do papel das
populações indígenas e suas comunidadesFortalecimento do papel das Organizações Não-
Governamentais: parceiros para um Desenvolvimento Sustentável
Iniciativas das autoridades locais em apoio à Agenda 21
Fortalecimento do papel dos trabalhadores e de seus sindicatos
Fortalecimento do papel do comércio e da indústria
A comunidade científica e tecnológica Fortalecimento do papel dos agricultores.
15
CAPÍTULOS DA SEÇÃO IVMEIOS DE IMPLEMENTAÇÃO (8)
Recursos e mecanismos de financiamentoTransferência de tecnologia ambientalmente
saudável, cooperação e fortalecimento institucional
A ciência para o Desenvolvimento Sustentável
Promoção do ensino, conscientização e treinamento
Mecanismos nacionais e cooperação internacional para fortalecimento
institucional nos países em desenvolvimentoArranjos institucionais internacionaisInstrumentos e mecanismos jurídicos
internacionaisInformação para a tomada de decisões.
16
QUAIS OS CONCEITOS-CHAVE DA AGENDA 21
GLOBAL? Cooperação e parceria
Educação e desenvolvimento individual
Eqüidade e fortalecimento dos grupos socialmente vulneráveis
Planejamento Desenvolvimento da capacidade
institucional Informação.
17
COOPERAÇÃO E PARCERIA
Seus princípios apresentam-se como conceitos fundamentais no processo
de implementação da Agenda 21.
A cooperação entre países, entre os diferentes níveis de governo, nacional
e local, e entre os vários segmentos da sociedade é enfatizada,
fortemente, em todo o documento da Agenda 21.
18
EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL
Apela para que governos e organizações da sociedade promovam programas
educacionais cujo objetivo seja propiciar a conscientização dos indivíduos sobre a
importância de se pensar nos problemas comuns a toda a humanidade, buscando, ao mesmo tempo, incentivar o engajamento de
ações concretas nas comunidades.
Ressalta a necessidade de ampliar o horizonte cultural e o leque de oportunidades para os jovens.
19
Eqüidade e fortalecimento dos grupos socialmente vulneráveis
Essa premissa permeia quase todos os capítulos da Agenda 21 e reforça valores
e práticas participativas, dando consistência à experiência democrática
dos países.Todos os grupos, vulneráveis sob os
aspectos social e político, ou em desvantagem relativa, como crianças, jovens, idosos, deficientes, mulheres, populações tradicionais e indígenas,
devem ser incluídos e fortalecidos nos diferentes processos de implementação
da Agenda 21 Nacional, Estadual e Local.
20
PLANEJAMENTO
O desenvolvimento sustentável só será alcançado mediante estratégia
de planejamento integrado, que estabeleça prioridades e metas
realistas.
Esse conceito demanda o aprimoramento, a longo prazo, de
uma estrutura que permita controlar e incentivar a efetiva implementação
dos compromissos originários do processo de elaboração da Agenda 21.
21
DESENVOLVIMENTO DA CAPACIDADE
INSTITUCIONALFortalecimento dos mecanismos
institucionais por meio do treinamento de recursos humanos .
Desenvolvimento de competências e de todo o potencial disponível em
instituições governamentais e não-governamentais, nos planos
internacional, nacional, estadual e local, para o gerenciamento das
mudanças e das muitas atividades que serão solicitadas.
22
INFORMAÇÃO
A Agenda 21 chama a atenção para a necessidade de tornar disponíveis
bases de dados e informações para subsidiar a tomada de decisão, o cálculo
e a monitoração dos impactos das atividades humanas no meio ambiente.
A reunião de dados dispersos e
setorialmente produzidos é fundamental para possibilitar a
avaliação das informações geradas, sobretudo nos países em
desenvolvimento.
23
AGENDA 21 DO BRASIL
O Brasil assumiu o compromisso de elaborar e implementar a sua própria
Agenda 21. Tem por objetivo instituir um modelo
de desenvolvimento sustentável a partir da avaliação das potencialidades
e vulnerabilidades de nosso país, com estratégias e linhas de ação
cooperadas ou partilhadas entre a sociedade civil e o setor público.
Tal Agenda pretende contribuir para a construção e implementação de um novo paradigma de desenvolvimento
para o país.
24
ELABORAÇÃO DA AGENDA BRASILEIRA
Criação, em fevereiro de 1997, da Comissão de Políticas de
Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Brasileira (CPDS).
Tem como finalidade propor estratégias de desenvolvimento
sustentável e coordenar a elaboração e a implementação da Agenda 21
Brasileira.
25
METODOLOGIAA metodologia determina que a Agenda 21
Brasileira não replique os quarenta capítulos da Agenda 21 Global, e deva ser estruturada em
três partes:
Uma introdutória, delineando o perfil do país no limiar do séc. XXI
Uma parte dedicada aos seis temas prioritários (cidades sustentáveis,
agricultura sustentável, infra-estrutura e integração regional, gestão dos recursos
naturais, redução das desigualdades sociais e ciência e tecnologia para o
desenvolvimento sustentável) Uma terceira sobre os meios de
implementação.
26
AGENDA 21 LOCAL
A Agenda 21 pode ser elaborada para o país como um todo, para
regiões específicas, estados e municípios.
Não há fórmula pré-determinada para a construção de Agendas.
Não há vinculação ou subordinação entre a Agenda 21,
em fase de organização para o país, e as iniciativas de Agendas
21 Locais.
27
PRINCÍPIOS DA DECLARAÇÃO DO RIO SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO
O ser humano é o centro da questão ambiental;A soberania dos estados deve ser assegurada;
O direito de todos ao desenvolvimento;Proteção ambiental como instrumento do desenvolvimento sustentável;
Necessidade de erradicação da pobreza;Prioridade dos países em desenvolvimento;
Responsabilidade dos países desenvolvidos pelo desenvolvimento sustentável;
Eliminação de padrões insustentáveis;Cooperação para o fortalecimento endógeno das nações;
A questão ambiental exige participação;Aplicação de legislação ambiental nacional;
Cooperação para sistema econômico internacional aberto;Legislação nacional sobre responsabilidades por danos ambientais;
Desestímulo e prevenção de realocação e transferência de atividades e substâncias degradadoras;
Aplicação do princípio da precaução;
28
PRINCÍPIOS DA DECLARAÇÃO DO RIO SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO
Internacionalização de custos e penalidades aos poluidores;
Efetivação de AIA para atividades com impactos adversos;Notificação obrigatória de desastres naturais a outros
países;Notificação prévia e informações sobre atividades com
impacto fronteiriço negativo;Papel vital da mulher no gerenciamento do meio
ambiente;Papel vital dos jovens no gerenciamento do meio
ambiente;O papel dos povos indígenas e suas comunidades;
Proteção do meio ambiente e dos recursos dos povos sob opressão, dominação e ocupação;
A nocividade da guerra;Interdependência da paz, desenvolvimento e proteção
ambiental;Solução pacífica de controvérsias em conformidade com a
Carta das Nações Unidas;Cooperação de boa fé e espírito de parceria.