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História da Constituição do Brasil Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para: navegação , pesquisa A atual Constituição da República Federativa do Brasil foi promulgada em 5 de outubro de 1988 . Ela estabelece o Brasil como um Estado democrático de Direito de estrutura federativa . Em 1993, conforme determinação do texto constitucional, foi realizado um plebiscito para que o povo determinasse a forma de governo , entre monarquia e república , e o sistema de governo , podendo optar entre o presidencialismo e o parlamentarismo . Foi confirmado o regime republicano e o presidencialismo já existentes, junto com a tripartição dos poderes . A República Federativa do Brasil é composta por 26 Estados federados e um Distrito Federal . Índice 1 A Constituição Luso- Brasileira de 1822 2 1824 3 1891 4 1934 5 1937 6 1946 7 1967 8 1969 9 1988 10 Referências 11 Ver também Constituições brasileiras Constituição de 1824 Constituição de 1891 Constituição de 1934 Constituição de 1937 Constituição de 1946 Constituição de 1967 Constituição de 1969 Constituição de 1988

História da Constituição do Brasil e desenvolvimento sustentavel

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História da Constituição do BrasilOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Ir para: navegação, pesquisa

A atual Constituição da República Federativa do Brasil foi promulgada em 5 de outubro de 1988. Ela estabelece o Brasil como um Estado democrático de Direito de estrutura federativa. Em 1993, conforme determinação do texto constitucional, foi realizado um plebiscito para que o povo determinasse a forma de governo, entre monarquia e república, e o sistema de governo, podendo optar entre o presidencialismo e o parlamentarismo. Foi confirmado o regime republicano e o presidencialismo já existentes, junto com a tripartição dos poderes. A República Federativa do Brasil é composta por 26 Estados federados e um Distrito Federal.

Índice

1 A Constituição Luso-Brasileira de 1822 2 1824 3 1891 4 1934 5 1937 6 1946 7 1967 8 1969 9 1988 10 Referências 11 Ver também 12 Ligações externas

A Constituição Luso-Brasileira de 1822

Ver artigo principal: Constituição portuguesa de 1822

A fracassada constituição luso-brasileira de 1822 foi uma continuação da Constituição Portuguesa de 1822 e resultado das Cortes Extraordinárias Constituintes eleitas em Portugal, no Brasil e na África, por pressão da Revolução liberal do Porto. Participaram dela 46 delegados brasileiros.[1] Devido à complexidade do processo de independência do Brasil, que não se conclui com os episódios de 7 de setembro[2], a Constituição continuou sendo discutida até o dia 23 de setembro, embora delegados baianos e paulistas tenham demonstrado divergência particular em relação aos critérios estabelecidos de cidadania e autonomia provincial desde maio.[3] Duas semanas após a ruptura formal de sete integrantes das bancadas paulista e baiana, seria lançado o

Constituições brasileiras

Constituição de 1824Constituição de 1891Constituição de 1934Constituição de 1937Constituição de 1946Constituição de 1967Constituição de 1969Constituição de 1988

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manifesto de Falmouth, onde se explicita os motivos de divergência com as Cortes portuguesas. [4] Cumpre observar, contudo, que as províncias do Piauí, do Maranhão e do Pará se mantiveram leais à constituição promulgada em Portugal (o Pará enviou três delegados para a assembléia constituinte portuguesa, mas nenhum para a assembléia convocada pelo imperador), tendo enfrentado os artífices da independência brasileira na famosa Guerra Brasileira da Independência.

Na teoria, a Constituição luso-brasileira de 23 de setembro de 1822, assinada por representantes de Pernambuco, da Paraíba, do Rio de Janeiro, de Alagoas, do Ceará, de Santa Catarina, etc.[5] contemplaria, conforme seu artigo número 20, “os Portugueses de ambos os hemisférios” (ênfase para a ausência de uma consciência de nacionalidade “brasileira”), considerando ser seu território “o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves”, incluindo as colônias portuguesas da África Ocidental e da Ásia. A Constituição inovava ao humanizar o Direito penal e penitenciário, proibindo a tortura e outras penas cruéis ao mesmo tempo em que previa visitas, a limpeza das cadeias, etc. (Art. 10 °; Art. 208 °). A constituição também ordenava a criação de escolas para portugueses de ambos os sexos. Como forma de governo, adota a monarquia constitucional hereditária parlamentarista (Art. 29 °), com divisão dos poderes, onde o Rei assume o papel de chefe do executivo (junto de um Conselho de Estado), as Cortes o papel de chefe do legislativo, e o Supremo Tribunal o papel de chefe do judiciário. A Constituição de 1822 também entregava direitos de cidadão aos libertos (Art. 21 °, capítulo IV). [6] Embora sendo mais liberal do que as constituições que a sucederam em ambos os países, a Constituição Luso-Brasileira não foi instituída na prática devido ao processo de independência do Brasil.

1824

República Federativa do Brasil

Este artigo é parte da série:

Política e governo doBrasil

Executivo [Expandir] Legislativo [Expandir] Judiciário [Expandir] Federação [Expandir] Outras instituições[Expandir]Ordem política[Expandir]

Portal do Brasil

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Ver artigos principais: Constituição brasileira de 1824 e Ato Adicional

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Outorgada a 24 de Março de 1824 por Pedro I após a dissolução da Assembleia Constituinte de 1823. Sua principal fonte foi a doutrina do constitucionalista liberal-conservador francês Benjamin Constant de Rebecque. Previa, além dos três poderes da doutrina clássica de Montesquieu, o poder moderador, concebido pelo mencionado Benjamin Constant atribuindo ao Imperador o posto de chefe supremo do Estado brasileiro. Foi marcada pelo desequilíbrio entre os poderes constituintes, sendo que o Poder Moderador do Imperador subjugava os outros três poderes (legislativo, executivo e judiciário). Também instituiu o regime de padroado, subjugando o poder da igreja católica ao poder do imperador. Abriu caminho para a instituição do governo parlamentar no Brasil.

Sofreu uma grande reforma em 1834, durante o período regencial, através das emendas aprovadas no Ato Adicional.

1891

Ver artigo principal: Constituição brasileira de 1891

Decretada e promulgada pelo Congresso Constituinte de 1891, convocado pelo governo provisório da República recém-proclamada. Teve por principais fontes de influência as Constituições dos Estados Unidos e da França. Institucionalizava o Estado brasileiro como República Federal, sob governo presidencial. Estabeleceu o sufrágio universal masculino para todos os brasileiros alfabetizados maiores de 21 anos de idade, com voto a descoberto. O voto aberto, excluindo ainda analfabetos, mulheres e militares de baixa patente.

1934

Ver artigo principal: Constituição brasileira de 1934

Constituição promulgada pela Assembleia Nacional Constituinte de 1934. Desde a Revolução de 1930, Getúlio Vargas, na qualidade de Chefe do Governo Provisório, governava o país por decreto. Só em 1933, após a derrota da Revolução Constitucionalista de 1932, em São Paulo, é que foi eleita a Assembleia Constituinte que redigiu a Constituição da República Nova. Suas principais fontes foram a Constituição alemã de Weimar e a Constituição republicana da Espanha de 1931. Tinha como principais inovações a introdução do voto secreto e o sufrágio feminino, a criação da Justiça do Trabalho, definição dos direitos constitucionais do trabalhador (jornada de 8 horas diárias, repouso semanal e férias remuneradas).

1937

Ver artigo principal: Constituição brasileira de 1937

Constituição do Estado Novo. Outorgada pelo presidente Getúlio Vargas em 10 de Novembro de 1937, mesmo dia em que implanta a ditadura do Estado Novo. É a quarta Constituição do Brasil. Ocorreu centralização de poder na figura de Getúlio Vargas.

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Também conhecida como a Constituição Polaca, por ter sido baseada na Constituição autoritária da Polônia.

1946

Ver artigo principal: Constituição brasileira de 1946

Promulgada. Constituição da República Populista. A Constituição de 1946 foi promulgada em 18 de setembro de 1946.A mesa da Assembleia Constituinte promulgou Constituição da República Federativa do Brasil e o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias no dia 18 de setembro de 1946, consagrando as liberdades expressas na Constituição de 1934, que haviam sido retiradas em 1937.

1967

Ver artigo principal: Constituição brasileira de 1967

Semi-outorgada. Foi elaborada pelo Congresso Nacional, a que o Ato Institucional n. 4 atribuiu função de poder constituinte originário ("inicial, ilimitado, incondicionado e soberano"). O Congresso Nacional, transformado em Assembleia Nacional Constituinte e já com os membros da oposição afastados, elaborou sob pressão dos militares uma Carta Constitucional que legalizasse os governos militares (1964-1985).

1969

A Constituição de 1967 recebeu em 1969 nova redação por uma emenda decretada pelos "Ministros militares no exercício da Presidência da República". É considerada por alguns especialistas, em que pese ser formalmente uma emenda à constituição de 1967, uma nova Constituição de caráter outorgado.

A Constituição de 1967 foi alterada substancialmente pela Emenda Nº 1, baixada pela Junta Militar que assumiu o governo com a doença de Costa e Silva, em 1969. Esta intensificou a concentração de poder no Executivo dominado pelo Exército e, junto com o AI-12, permitiu a substituição do presidente por uma Junta Militar, impedindo a posse do vice-presidente Pedro Aleixo, um civil.

Além dessas modificações, o governo também decretou uma Lei de Segurança Nacional, que restringia severamente as liberdades civis (como parte do combate à subversão) e uma Lei de Imprensa, que estabeleceu a Censura Federal que durou até o governo José Sarney.

O Ato Institucional Número Cinco deu poderes ao presidente para fechar, por tempo indeterminado, o Congresso Nacional, as Assembleias Estaduais e as Câmaras Municipais, para suspender os direitos políticos por 10 anos e caçar mandatos efetivos e ainda decretar ou prorrogar estado de sítio. Foi instituída no mandato do Marechal Arthur Costa e Silva. Pode não ser considerada uma Constituição por ter sido outorgada pelos três ministros militares sob a aparência de emenda constitucional durante o recesso forçado do Congresso Nacional.

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1988

Ver artigo principal: Constituição brasileira de 1988

Decretada e promulgada pela Assembleia Nacional Constituinte de 1988, deu forma ao regime político vigente. Manteve o governo presidencial, garantindo que fossem eleitos pelo povo, por voto direto e secreto, o Presidente da República, os Governadores dos Estados, os Prefeitos Municipais e os representantes do poder legislativo, bem como a independência e harmonia dos poderes constituídos. Ampliou os direitos sociais e as atribuições do poder público, alterou a divisão administrativa do país que passou a ter 26 estados federados e um distrito federal. Instituiu uma ordem econômica tendo por base a função social da propriedade e a liberdade de iniciativa, limitada pelo intervencionismo estatal. .

Outros importantes avanços da constituição:

Instituição de eleições majoritárias em dois turnos caso nenhum candidato consiga atingir a maioria dos votos válidos;

Implementação do SUS, o sistema único de saúde do Brasil; Voto facultativo para cidadãos entre 16 e 17 anos; Maior autonomia dos municípios; Estabelecimento da função social da propriedade privada urbana; Garantia da demarcação de terras indígenas; Proibição de comercialização de sangue e seus derivados; Leis de proteção ao meio ambiente; Garantia de aposentadoria para trabalhadores rurais sem precisarem

necessariamente ter contribuído com o INSS; Fim da censura a emissoras de rádio e TV, filmes, peças de teatro, jornais e

revistas, etc.

Referências

1. ↑ Jorge Miranda. O Constitucionalismo Liberal Luso-Brasileiro. Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses. Lisboa, 2001. páginas 13-21.

2. ↑ Revista de História da Biblioteca Nacional, número 48, setembro de 2009. páginas 19-45.

3. ↑ Márcia Regina Berbel e Rafael de Bivar Marquese. A escravidão nas experiências constitucionais ibéricas, 1810-1824. São Paulo, 2005. páginas 27-29

4. ↑ Idem. Ibidem.5. ↑ Jorge Miranda, op. cit., p.111-1146. ↑ O Portal da História. A constituição de 1822.

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CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS DE 1824 A 1988

Por História História Nota:

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Por: Prof. José Renato Marques Ao estudarmos as constituições que o Brasil já teve, e suas principais emendas, fazemos uma importante revisão sobre conteúdos de nossa história. Os contextos econômicos, sociais e políticos do Brasil de cada época, desde a independência até os dias atuais, estão refletidos nas linhas mestras de nossas cartas magnas.

Precisamos lembrar que nossas constituições são apenas textos. Se serão meras utopias ou se servirão de indicativos para a conquista de direitos e, conseqüentemente, para a construção de uma sociedade mais justa e digna vai depender de nossa participação enquanto homens e mulheres em busca de uma verdadeira cidadania.

1) Constituição de 1824

CONTEXTOApós a independência do Brasil ocorreu uma intensa disputa entre as principais forças políticas pelo poder: O partido brasileiro, representando principalmente a elite latifundiária escravista, produziu um anteprojeto, apelidado "constituição da mandioca", que limitava a poder imperial (antiabsolutista) e discriminava os portugueses (antilusitano).

Dom Pedro I, apoiado pelo partido português (ricos comerciantes portugueses e altos funcionários públicos), em 1823 dissolveu a Assembléia Constituintebrasileira e no ano seguinte impôs seu próprio projeto, que se tornou nossaprimeira constituição.

CARACTERÍSTICAS:

Nome do país – Império do Brasil Carta outorgada (imposta, apesar de aprovada por algumas câmaras municipaisda confiança de D. Pedro I). Estado centralizado / Monarquia hereditária e constitucional .Quatro poderes (Executivo / Legislativo / Judiciário / Moderador (exercido pelo imperador) O mandato dos senadores era vitalício

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Voto censitário (só para os ricos) e em dois graus (eleitores de paróquia / eleitores de província) Estado confessional (ligado à Igreja – catolicismo como religião oficial) Modelo externo – monarquias européias restauradas (após o Congresso de Viena)

Foi a de maior vigência (durou mais de 65 anos) Obs.: foi emendada em pelo ato adicional de 1834, durante o período regencial, para proporcionar mais autonomia para as províncias. Essa emenda foi cancelada pela lei interpretativa do ato adicional, em 1840.

2) Constituição de 1891 CONTEXTO: Logo após a proclamação da república predominaram interesses ligados à oligarquia latifundiária, com destaque para os cafeicultores. Essas elitesinfluenciando o eleitorado ou fraudando as eleições ("voto de cabresto") impuseram seu domínio sobre o país ou coronelismo.

CARACTERÍSTICAS:Nome do país – Estados Unidos do Brasil Carta promulgada (feita legalmente) Estado Federativo / República Presidencialista Três poderes (extinto o poder moderador) Voto Universal (para todos / muitas exceções, ex. analfabetos) Estado Laico (separado da Igreja) Modelo externo – constituição norte-americana Obs.: as províncias viraram estados, o que pressupõe maior autonomia.

3) Constituição de 1934 CONTEXTO: Os primeiros anos da Era de Vargas caracterizaram-se por um governo provisório (sem constituição). Só em 1933, após a derrota da Revolução Constitucionalista de 1932, em São Paulo, é que foi eleita a Assembléia Constituinte que redigiu a nova constituição.

CARACTERÍSTICAS:Nome do país – Estados Unidos do Brasil Carta promulgada (feita legalmente) Reforma Eleitoral – introduzidos o voto secreto e o voto feminino. Criação da Justiça do Trabalho Leis Trabalhistas – jornada de 8 horas diárias, repouso semanal, férias remuneradas (13º salário só mais tarde com João Goulart). Foi a de menor duração / já em 1935, Vargas suspendia suas garantias através do estado de sítio. Obs.: Vargas foi eleito indiretamente para a presidência.

4) Constituição de 1937 CONTEXTO: Como seu mandato terminaria em 1938, para permanecer no poder Vargas deu um golpe de estado tornando-se ditador. Usou como justificativa a necessidade de poderes extraordinários para proteger a sociedade brasileira da ameaça comunista ("perigo vermelho") exemplificada pelo plano Cohen (falso plano comunista inventado por seguidores de Getúlio).O regime implantado, de clara inspiração fascista, ficou conhecido como EstadoNovo.

CARACTERÍSTICAS:Nome do país – Estados Unidos do Brasil. Carta outorgada (imposta) Inspiração fascista – regime ditatorial, perseguição e opositores, intervenção do estado

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na economia.Abolidos os partidos políticos e a liberdade de imprensa.Mandato presidencial prorrogado até a realização de um plebiscito (que nunca foi realizado) Modelo externo – Ditaduras fascistas (ex., Itália, Polônia, Alemanha) Obs.: Apelidada de "polaca"

5) Constituição de 1946 CONTEXTO: Devido ao processo de redemocratização posterior a queda de Vargas fazia-senecessária uma nova ordem constitucional. Daí o Congresso Nacional, recém eleito, assumir tarefas constituintes.

CARACTERÍSTICAS:Nome do país – Estados Unidos do Brasil Carta promulgada (feita legalmente) Mandato presidencial de 5 anos (quinqüênio) Ampla autonomia político-administrativa para estados e municípios.Defesa da propriedade privada (e do latifúndio) Assegurava direito de greve e de livre associação sindical Garantia liberdade de opinião e de expressão. Contraditória na medida em que conciliava resquícios do autoritarismo anterior(intervenção do Estado nas relações patrão x empregado) com medidas liberais(favorecimento ao empresariado). Obs.: Através da emenda de 1961 foi implantado o parlamentarismo, com situação para a crise sucessória após a renúncia de Jânio Quadros. Em 1962, através de plebiscito, os brasileiros optam pela volta do presidencialismo.

6) Constituição de 1967 CONTEXTO: Essa constituição na passagem do governo Castelo Branco para o Costa e Silva, contexto no qual predominavam o autoritarismo e o arbítrio político. Documento autoritário e constituição de 1967 foi largamente emendada em 1969, absorvendo instrumentos ditatoriais como os do AI-5 (ato institucional nº 5) de 1968.

CARACTERÍSTICAS:Nome do país – República Federativa do Brasil Documento promulgado (foi aprovado por um Congresso Nacional mutilado pelas cassações) Confirmava os Atos Institucionais e os Atos Complementares do governo militar. Obs.: reflexo da conjuntura de "guerra fria" na qual sobressaiu a "teoria da segurança nacional" (combater os inimigos internos rotulados de subversivos (opositores de esquerda)

7) Constituição de 1988 "Constituição Cidadã" CONTEXTO: Desde os últimos governos militares (Geisel e Figueiredo) nosso país experimentou um novo momento de redemocratização, conhecido como abertura. Esse processo se acelerou a partir do governo Sarney no qual o Congresso Nacional produziu nossa atual constituição.

CARACTERÍSTICAS:

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Nome do país – República Federativa do Brasil Carta promulgada (feita legalmente) Reforma eleitoral (voto para analfabetos e para brasileiros de 16 e 17 anos) Terra com função social (base para uma futura reforma agrária?) Combate ao racismo (sua prática constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão) Garantia aos índios da posse de suas terras (a serem demarcadas) Novos direitos trabalhistas – redução da jornada semanal, seguro desemprego, férias remuneradas acrescidas de 1/3 do salário, os direitos trabalhistas aplicam-se aos trabalhadores urbanos e rurais e se estendem aos trabalhadores domésticos.

Obs.: Em 1993, 5 anos após a promulgação da constituição, o povo foi chamado a definir, através de plebiscito, alguns pontos sobre os quais os constituintes não haviam chegado a acordo, forma e sistema de governo. O resultado foi a manutenção da república presidencialista.

EXERCÍCIOS

1 – O anteprojeto que deveria servir de base para a primeira Constituição do Brasil, em discussão na Assembléia Constituinte em setembro de 1823, tinha como uma de suas características: A – o espírito liberal de seus artigos, permitindo às camadas populares o direito de elegerem os seus representantes; B – a tentativa de limitar a influência da aristocracia rural nas decisões políticas; C – a possibilidade de os portugueses, desde que dispusessem de uma determinada renda, exercerem cargos públicos; D – a limitação ao máximo do poder de Pedro I, com a valorização do poder da representação nacional; E – a completa eliminação de fatores econômicos na organização do eleitorado brasileiro.

2 – São características da Constituição de 1824, EXCETO: A – o unitarismo, proporcionando ao Poder Executivo uma forte centralização. B – ter sido outorgada pelo imperador; C – a criação do Município Neutro; D – o estabelecimento do Poder Moderador nas mãos do imperador; E – a vitaliciedade dos Senadores.

3 – Pensando em termos das Constituições anteriores à de 1988, procure mostrar a relação entre o estabelecido por algumas denter elas numerando a coluna da direita de acordo com o texto da esquerda: 1 – Constituição de 1946 (R) Tem no Poder Moderador o elemento de equilíbrio entre o Liberalismo e o Absolutismo. 2 – Constituição de 1891 (S) O Poder Executivo sobrepõe-se ao Poder Legislativo e ao Poder Judiciário. 3 – Constituição de 1824 (T) Privilégio às representações classistas.

4 – Constituição de 1934 (U) Privilegiar o predomínio da União sobre os Estados. (V) Privilegiar o direito

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trabalhista.

A opção que apresenta a seqüência correta é: A -1R – 2S -3U -4V; B – 1S -2V -3R -4T; C – 1T -2S -3V -4U; D – 1U -2R -3V -4S; E – 1V - 2U - 3R - 4T;

4 – Comparando as diversas Constituições brasileiras, no que diz respeito às condições para o exercício de direito de voto, é possível concluir que o conjunto dos cidadãos que preenchiam tais condições sofreu sensíveis modificaçõesporque: 1 – enquanto a Carta de 1824 tinha como principal elemento de diferenciação,entre os cidadãos ativos e os cidadãos não ativos, o critério censitário, pois se exigia de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou empregos, a primeira Constituição republicana eliminou aquele critério de diferenciação; 2 – enquanto a Constituição de 1891 determinava que somente eram eleitores oscidadãos brasileiros do sexo masculino e alfabetizados, maiores de vinte e umanos, a Constituição de 1934 estendia o direito de voto às mulheres alfabetizadas,ao mesmo tempo que reduzia para dezoito anos a idade-limite; 3 – enquanto a Constituição de 1946 determinava que eram eleitores osbrasileiros maiores de dezoito anos, com exceção dos analfabetos, daqueles que não sabiam exprimir-se na língua nacional, dos privados dos direitos políticos e das praças de pré, a atual Constituição de 1967 somente exclui aqueles que nãosabem exprimir-se na língua nacional.

Assinale: A – se somente a afirmativa 1 for verdadeira; B – se somente as afirmativas 1 e 3 forem verdadeiras;C – se somente as afirmativas 1 e 2 forem verdadeiras;D – se somente as afirmativas 2 e 3 forem verdadeiras;E – se todas as afirmativas forem verdadeiras.

5 – A partir das características políticas e sociais das Constituições republicanasapresentadas, é possível afirmar que:1 – a República Velha foi o momento em que a classe operária obteve um número maior de benefícios, seja do ponto de vista salarial, seja do ponto de vista da regulamentação do direito de associação e de luta por melhores condições de vida e trabalho;II – o restabelecimento do Estado de Direito de 1946 não representou uma efetiva autonomia e liberdade sindicais, evidenciando a permanência da forte presença do Estado na regulação do mercado de trabalho e da cidadania em nosso país. III – a Constituição de 1891, ao afirmar o princípio do Presidencialismo e reproduzir o caráter excludente que os grandes proprietários de terra impunhamao Estado, possibilitou a permanência das práticas de exploração a que estavam submetidos os homens livres e pobres do Império; IV – o Corporativismo brasileiro, versão cabocla do seu modelo inspirador – oitaliano –, tem permitido a manutenção da harmonia entre as classes na sociedade brasileira e dado ao Estado um papel estritamente político de manutenção da institucionalidade democrática.

Assinale: A – se somente a opção I é verdadeira;

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B – se somente a opção II é verdadeira;C – se somente as opções II e III são verdadeiras;D – se somente as opções III e IV são verdadeiras; E – se somente a opção IV é verdadeira.

6 – Segundo a Constituição da República Federativa do Brasil promulgada em 5 de outubro de 1988, cabe: A – à União representar, no plano internacional, a totalidade do Estado brasileiro e, no plano interno, uma posição alinhada com os Estados Federados, o Distrito Federal e com os Municípios; B – aos Estados legislar sobre questões relativas às populações indígenas porventura existentes em seu território, desapropriações, energia, informática e telecomunicações; C – aos Municípios zelar pelas áreas nas ilhas oceânicas e costeiras que estiverem no seu domínio, bem como ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; D – às entidades estatais federativas zelar pelos bens que integram o patrimônio público da União, sejam eles terrestres, aquáticos ou insulares; E – às entidades estatais autônomas elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território, bem como responder pela manutenção do serviço postal e do correio aéreo.

7 – O processo de revisão da Constituição Brasileira de 1988 tem despertado a oposição de vários grupos políticos e sociais, que temem a revogação de alguns dos direitos individuais e sociais contidos na Carta, como o (a): A – equilíbrio na proporção entre deputados e eleitores nas eleições para a Câmara Federal. B – ampliação dos direitos trabalhistas, como a licença gestante e o pagamento de um terço das férias. C – universalização dos serviços de saúde e assistência social, restrita aos contribuintes da Previdência Social. D – liberalização da organização sindical, permitindo a multiplicidade de representação em cada categoria e extinção da contribuição sindical. E – estabilidade do emprego para todos os trabalhadores, após dois anos de efetivo exercício.

Gabarito 1 - D 2 - C 3 - E 4 - C 5 - C 6 - A 7 - B

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Sustentabilidade Ambiental – O Que É a Sustentabilidade AmbientalAutor: Carlos Abreu• 7 de junho de 2010

A sustentabilidade é um ideal sistemático que se perfaz principalmente pela ação, e pela constante busca entre desenvolvimento econômico e ao mesmo tempo preservação do ecossistema. Podem-se citar medidas que estão no centro da questão da sustentabilidade ambiental: a aquisição de medidas que sejam realistas para os setores das atividades humanas.

Os pontos elementares da sustentabilidade visam à própria sobrevivência no planeta, tanto no presente quanto no futuro. Esses princípios são: utilização de fontes energéticas que sejam renováveis, em detrimento das não renováveis.

Pode-se exemplificar esse conceito com a medida e com o investimento que vem sido adotado no Brasil com relação ao biocombustível, que por mais que não tenha mínina autonomia para substituir o petróleo, ao menos visa reduzir seus usos. O segundo princípio refere-se ao uso moderado de toda e qualquer fonte renovável, nunca extrapolando o que ela pode render. Em um quadro mais geral, pode-se fundamentar a sustentabilidade ambiental como um meio de amenizar (a curto e longo prazo simultaneamente) os danos provocados no passado. A sustentabilidade ambiental também se correlaciona com os outros diversos setores da atividade humana, como o industrial, por exemplo.

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A sua aplicação pode ser feita em diversos níveis: a adoção de fonte de energias limpas está entre as preocupações centrais, algumas empresas tem desenvolvidos projetos de sustentabilidade voltando-se para aproveitamento do gás liberado em aterros sanitários, dando energia para populações que habitam proximamente a esses locais. Outro exemplo de sua aplicação está em empresas, como algumas brasileiras de cosméticos, que objetivam a extração cem por cento renováveis de seus produtos. O replantio de áreas degradadas, assim como a elaboração de projetos que visem áreas áridas e com acentuada urgência de tratamento são mais exemplos que já vêm sido tomados.

Pode-se afirmar que as medidas estatais corroboram perceptivelmente com a sustentabilidade ambiental. Sendo necessário não apenas um investimento capital em tecnologias que viabilizem a extração e o desenvolvimento sustentável, mas também conta com atitudes sistemáticas em diversos órgãos sociais e políticos. Como por exemplo, a propaganda, a educação e a lei.

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Sustentabilidade Ambiental Por Biologia Biologia Nota:

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Por: João Ferreira e Serafa - Sustentabilidade

Sustentabilidade é a palavra do século. Nesta semana um amigo, Sérgio Lagoa, comentou sobre este processo que promove a sustentabilidade. Entretanto não estamos falando do futuro, mas sim do presente. A cogeração consiste em produzir energia elétrica e térmica simultaneamente a partir de um combustível comum ou, melhor ainda, a partir de

resíduos da atividade industrial.

Todos devemos saber que a atividade humana fatalmente produz muitos resíduos, principalmente lixo proveniente de atividades domésticas, industriais e da construção civil. Tudo que transformamos, em processos antropogênicos, gera produtos desinteressantes. O que devemos fazer com isso? Em geral, o transporte desse lixo infelizmente inviabiliza economicamente a reciclagem do mesmo, principalmente em cidades como São Paulo, que produz quantidades astronômicas de resíduos e possui apenas uma estação cadastrada para reaproveitamento de resíduos da construção civil, por exemplo. Imagine se vale a pena pagar para um caminhão transportar lixo no trânsito caótico de São Paulo (ver post do dia 09/09) por um percurso de, em alguns casos, 40 quilômetros! Inviável...

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Em uma indústria de embalagens chamada INAPEL, localizada em Guarulhos (São Paulo), Sérgio ajudou a implantar um sistema de cogeração movido a gás natural. Este processo permite que a planta seja capaz de atingir um nível de eficiência beirando os 90%. Para se ter uma idéia, um carro movido a gasolina aproveita em média apenas 30% da energia contida em seu combustível.

A indústria de papel e plásticos produz muitos dejetos agressores de corpos d'água e da atmosfera, causando um déficit ambiental grave. As regulamentações impostas pelo governo a partir da década de setenta demandam investimentos por parte dessas indústrias de forma a minimizar o dano ocasionado, o que resulta em encarecimento dos produtos e impactos na economia. Essas externalidades podem ser generalizadas para a escala mundial, o que significa um impacto na economia mundial somente devido a passivos ambientais causados por indústrias.

Portanto, a otimização da produção energética na indústria através da cogeração traz benefícios não só do ponto de vista da auto-suficiência energética, mas também do ponto de vista econômico do mercado. O capital que antes era "queimado" na forma de combustível não aproveitado agora pode ser empregado no tratamento de emissões da indústria e, conseqüentemente, é capaz de beneficiar a oferta dos produtos oferecidos pela fábrica em questão de modo a melhor atender sua demanda no mercado.

É uma forma inteligente e eficiente de controle do meio-ambiente, A alternativa é capaz de ao menos minimizar drasticamente o problema ambiental sem que seja necessária a tributação. Temos aqui um exemplo claro do Teorema de Coase: o governo, ao incentivar indústrias a implantarem processos de cogeração, estão trazendo benefícios tanto para as empresas quanto para si mesmo.

A sustentabilidade é uma realidade!

E vamos a mais uma pequena coletânea de notícias, desta vez, sobre Sustentabilidade Ambiental.

Um projeto britânico pretende construir uma estrutura capaz de gerar alimentos, água limpa e energia no meio de um deserto como o do Saara. A estrutura consiste em uma grande estufa onde seria possível cultivar os vegetais com água evaporada do mar.

Para isso, utilizarão máquinas "evaporadoras" que converterão a água salgada em um vapor que, não só será utilizado na irrigação, como também resfriará o ambiente interno, baixando em até 15 graus a temperatura. Anexo à estufa, serão instalados enormes painéis solares para a geração de energia elétrica.

É realmente um complexo inteiramente sustentável e que auxiliará no desenvolvimento dos países localizados em regiões desérticas. Além disso, todo o excedente de produção poderá ser enviado à Europa, em especial a energia gerada.

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Representação gráfica de como serão as estruturas acima citadas.

Uma fábrica iniciou a produção de uma espécie de "madeira plástica" que será utilizada em construções. Ela é feita a partir de uma mistura de plásticos de embalagens descartáveis com fibras vegetais, provenientes de cocos e até mesmo tapetes. A mistura leva ainda borra de café.

Ela é prensada a uma temperatura de 200ºC e se parece muito com a madeira comum em seu aspecto. A vantagem é que é muito mais durável por possuir plástico em sua composição e não necessita de envernizamento constante. Além disso, é uma ótima maneira de se reutilizar todo o plástico que se tornaria lixo e contribuiria para a poluição do meio ambiente.

Cresce a cada dia o número de empreendimentos imobiliários que utilizam itens de sustentabilidade em suas construções. São os "Eco-imóveis".

Aqui no Rio, por exemplo, há vários condomínios sendo construídos que farão coleta seletiva e utilizarão fontes alternativas de energia, além de serem decorados com plantas e outras paisagens naturais. Há inclusive prédios que já contarão com tubos por onde o óleo de cozinha será diretamente despejado e coletado para reciclagem.

Outros investem nos chamados "telhados ecológicos" (ou telhados verdes), os quais contam com vegetação plantada no topo dos edifícios, a qual diminui significantemente a temperatura sem o uso de refrigeradores. Com relação a água, há captação de água de chuva, reduzindo os custos; e há a recaptação de água utilizada, em torneiras, a qual pode ser utilizada para dar descargas, lavar carros, quintais, regar plantas, etc.

Todas as novidades citadas acima mostram, mais uma vez, que a capacidade criativa do ser humano é enorme e somos "SIM" capazes de contornar os problemas ambientais atuais. Basta acreditarmos nessa capacidade e mudarmos um pouquinho só os nossos hábitos.

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O que é preciso fazer para alcançar o desenvolvimento sustentável?

Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos.

Esse conceito representou uma nova forma de desenvolvimento econômico, que leva em conta o meio ambiente.

Muitas vezes, desenvolvimento é confundido com crescimento econômico, que depende do consumo crescente de energia e recursos naturais. Esse tipo de desenvolvimento tende a ser insustentável, pois leva ao esgotamento dos recursos naturais dos quais a humanidade depende.

Atividades econômicas podem ser encorajadas em detrimento da base de recursos naturais dos países. Desses recursos depende não só a existência humana e a diversidade biológica, como o próprio crescimento econômico.

O desenvolvimento sustentável sugere, de fato, qualidade em vez de quantidade, com a aeatgadsfaryawta