[7246 - 20767]Gestao de Marketing I Livro Completo

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  • Universidade do Sul de Santa Catarina

    Palhoa

    UnisulVirtual

    2006

    Gesto de Marketing I

    Disciplina na modalidade a distncia

  • Apresentao

    Este livro didtico corresponde disciplina Gesto de Marketing I.O material foi elaborado visando a uma aprendizagem autnoma, abordando contedos especialmente selecionados e adotando uma linguagem que facilite seu estudo a distncia. Por falar em distncia, isso no signi ca que voc estar sozinho. No esquea que sua caminhada nesta disciplina tambm ser acompanhada constantemente pelo Sistema Tutorial da UnisulVirtual. Entre em contato sempre que sentir necessidade, seja por correio postal, fax, telefone, e-mail ou Espao UnisulVirtual de Aprendizagem - EVA. Nossa equipe ter o maior prazer em atend-lo, pois sua aprendizagem nosso principal objetivo.Bom estudo e sucesso!Equipe UnisulVirtual.

  • Rodrigo Carioni

    Gesto de Marketing I

    Palhoa

    UnisulVirtual

    2006

    Livro didtico

    Design InstrucionalDnia Falco de Bittencourt Karla Leonora Dahse Nunes

  • Copyright UnisulVirtual 2006

    Nenhuma parte desta publicao pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prvia autorizao desta instituio.

    Ficha catalogr ca elaborada pela Biblioteca Universitria da Unisul

    658.4038 A59 Carioni, Rodrigo

    Gesto de marketing I : livro didtico / Rodrigo Carioni ; design instrucional Dnia Falco de Bittencourt, Karla Leonora Dahse Nunes. Palhoa :

    UnisulVirtual, 2006.Maria Cipriani Pandini. Palhoa : UnisulVirtual, 2006.

    146p. : il. ; 28 cm.

    Inclui bibliografi a.

    1. Gesto do conhecimento. 2. Tecnologia da informao. I. Fiates, Gabriela Gonalves Silveira. II. Buchmann, Dnia Falco de. III. Ttulo

    Crditos

    Unisul - Universidade do Sul de Santa CatarinaUnisulVirtual - Educao Superior a Distncia

    Campus UnisulVirtualRua Joo Pereira dos Santos, 303Palhoa - SC - 88130-475Fone/fax: (48) 3279-1541 e3279-1542E-mail: [email protected]: www.virtual.unisul.br

    Reitor UnisulGerson Luiz Joner da Silveira

    Vice-Reitor e Pr-Reitor AcadmicoSebastio Salsio Heerdt

    Chefe de gabinete da ReitoriaFabian Martins de Castro

    Pr-Reitor AdministrativoMarcus Vincius Antoles da Silva Ferreira

    Campus SulDiretor: Valter Alves Schmitz NetoDiretora adjunta: Alexandra Orseni

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    Equipe UnisulVirtual

    AdministraoRenato Andr LuzValmir Vencio Incio

    BibliotecriaSoraya Arruda Waltrick

    Coordenao dos CursosAdriano Srgio da CunhaAna Luisa MlbertAna Paula Reusing PachecoCtia Melissa S. Rodrigues (Auxiliar)Charles CesconettoDiva Marlia FlemmingElisa Flemming LuzItamar Pedro BevilaquaJanete Elza Felisbino Jucimara RoeslerLilian Cristina Pettres (Auxiliar)Lauro Jos BallockLuiz Guilherme Buchmann FigueiredoLuiz Otvio Botelho LentoMarcelo CavalcantiMauri Luiz HeerdtMauro Faccioni FilhoMichelle Denise Durieux Lopes DestriNlio HerzmannOnei Tadeu DutraPatrcia AlbertonPatrcia PozzaRaulino Jac Brning

    Design Gr coCristiano Neri Gonalves Ribeiro (coordenador) Adriana Ferreira dos SantosAlex Sandro XavierEvandro Guedes MachadoFernando Roberto Dias ZimmermannHigor Ghisi LucianoPedro Paulo Alves TeixeiraRafael PessiVilson Martins Filho

    Equipe Didtico-PedaggicaAngelita Maral FloresCarmen Maria Cipriani PandiniCarolina Hoeller da Silva BoeingCristina Klipp de OliveiraDaniela Erani Monteiro WillDnia Falco de BittencourtElisa Flemming LuzEnzo de Oliveira MoreiraFlvia Lumi MatuzawaKarla Leonora Dahse NunesLeandro Kingeski PachecoLigia Maria Soufen TumoloMrcia LochPatrcia MeneghelSilvana Denise GuimaresTade-Ane de AmorimVanessa de Andrade ManuelVanessa Francine CorraViviane BastosViviani Poyer

    Logstica de Encontros PresenciaisCaroline Batista (Coordenadora)Aracelli AraldiGraciele Marins LindenmayrJos Carlos TeixeiraLetcia Cristina BarbosaKnia Alexandra Costa HermannMarcia Luz de OliveiraPriscila Santos Alves

    Logstica de MateriaisJeferson Cassiano Almeida da Costa (coordenador)Eduardo Kraus

    Monitoria e SuporteRafael da Cunha Lara (coordenador)Adriana SilveiraCaroline MendonaEdison Rodrigo ValimFrancielle ArrudaGabriela Malinverni BarbieriGislane Frasson de SouzaJosiane Conceio LealMaria Eugnia Ferreira CeleghinSimone Andra de CastilhoVincius Maycot Sera m

    Produo Industrial e SuporteArthur Emmanuel F. Silveira (coordenador)Francisco Asp

    Projetos CorporativosDiane Dal MagoVanderlei Brasil

    Secretaria de Ensino a DistnciaKarine Augusta Zanoni(secretria de ensino) Djeime Sammer Bortolotti Carla Cristina SbardellaGrasiela MartinsJames Marcel Silva RibeiroLamuni SouzaLiana Pamplona Maira Marina Martins GodinhoMarcelo PereiraMarcos Alcides Medeiros JuniorMaria Isabel AragonOlavo LajsPriscilla Geovana PaganiSilvana Henrique Silva

    Secretria ExecutivaViviane Schalata Martins

    TecnologiaOsmar de Oliveira Braz Jnior(coordenador)Ricardo Alexandre BianchiniRodrigo de Barcelos Martins

    Edio Livro Didtico

    Professor ConteudistaRodrigo Carioni

    Design InstrucionalDnia Falco de BittencourtKarla Leonora Dahse Nunes

    Projeto Gr co e CapaEquipe UnisulVirtual DiagramaoAlex Sandro Xavier Higor Ghisi Luciano

    Reviso Ortogr caSimone Rejane Martins

  • Palavras do professor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03

    Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

    UNIDADE 1 O que Marketing? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

    UNIDADE 2 Marketing: de onde vem, para onde vai . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

    UNIDADE 3 O composto de Marketing . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

    UNIDADE 4 Produto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

    UNIDADE 5 Preo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59

    UNIDADE 6 Promoo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69

    UNIDADE 7 Praa (ponto de venda ou distribuio) . . . . . . . . . . . . . . . . . 85

    UNIDADE 8 Comportamento do Consumidor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97

    UNIDADE 9 Anlise do ambiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109

    Para concluir o estudo da disciplina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127

    Glossrio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129

    Referncias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133

    Sobre as professoras conteudistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135

    Respostas e comentrios das atividades de auto-avaliao . . . . . . . . . . . . 137

    Sumrio

  • Palavras do professor

    Prezado Aluno!A partir de agora, voc ir conhecer um pouco melhor o que o Marketing, do que ele trata e de que maneira pode ajudar as empresas e tambm, por extenso, as pessoas na realizao de seus objetivos. Trata-se de um tema atual, sem dvida, e de algo que voc j vive, no seu dia a dia, mesmo que, s vezes, sem se dar conta. Acreditamos que, entendidas as funes e os fundamentos do Marketing como ferramenta geradora de competitividade para as empresas, voc ir aprender como instrumentaliz-lo para o cumprimento de sua funo. Siga ento, agora, para adentrar um pouquinho mais nessa importante rea do conhecimento humano que o Marketing, procure tirar o maior proveito possvel de tudo que voc ir ver.Temos certeza que voc vai car fascinado com o que vai conhecer e, se j conhece, pela oportunidade de relembrar alguns conceitos.Esperamos que seja uma experincia bastante proveitosa!Bons estudos!Professor Rodrigo Carioni

  • Plano de estudo

    O plano de estudos visa a orient-lo/a no desenvolvimento da disciplina. Nele, voc encontrar elementos que esclarecero o contexto da disciplina e sugeriro formas de organizar o seu tempo de estudos. O processo de ensino e aprendizagem na UnisulVirtual leva em conta instrumentos que se articulam e se complementam. Assim, a construo de competncias se d sobre a articulao de metodologias e por meio das diversas formas de ao/mediao.So elementos desse processo:

    O Livro didtico. o Espao UnisulVirtual de Aprendizagem - EVA; as atividades de avaliao (complementares, a distncia e presenciais).

    Ementa da disciplina

    Histrico, evoluo e tendncias de Marketing. Fundamentos, funes e orientaes do Marketing. Composto mercadolgico. Marketing MIX. Anlise do ambiente de Marketing. Comportamento do consumidor.

    Carga horria:

    60 horas 4 crditos

  • 12

    Objetivo(s)

    Geral

    Apresentar ao aluno os conceitos e os fundamentos essenciais do Marketing.

    Espec cos

    Conceituar Marketing, identi cando seu papel na valorao das informaes de mercado que subsidiam o processo decisrio das organizaes.Apresentar o composto mercadolgico como ponto de partida para a discusso da atividade de Gesto de Marketing.Discutir o conceito de valor e troca como gerador de satisfao para os clientes e consumidores.

    Unidades de estudo: 9

  • 13

    Agenda de atividades/ Cronograma

    Veri que com ateno o EVA, organize-se para acessar periodicamente o espao da disciplina. O sucesso nos seus estudos depende da priorizao do tempo para a leitura; da realizao de anlises e snteses do contedo; e da interao com os seus colegas e tutor.

    No perca os prazos das atividades. Registre no espao a seguir as datas, com base no cronograma da disciplina disponibilizado no EVA.

    Use o quadro para agendar e programar as atividades relativas ao desenvolvimento da disciplina.

    Atividades

    Avaliao a distncia (AD)

    Avaliao presencial (AP)

    Avaliao nal (AF)

    Demais atividades (registro pessoal)

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    O que MarO que MarO que MarO que MarO que Markkkkketing?eting?eting?eting?eting?

    Objetivos de aprendizagemObjetivos de aprendizagemObjetivos de aprendizagemObjetivos de aprendizagemObjetivos de aprendizagem

    Ao final desta unidade voc ter subsdios para:

    compreender e definir Marketing;

    reconhecer Marketing como uma filosofia;

    identificar o papel do Marketing na gerao e manuteno derelacionamentos.

    Plano de estudoPlano de estudoPlano de estudoPlano de estudoPlano de estudo

    A seguir acompanhe as sees desta unidade. Ao final de cadaetapa de estudos, use os quadros para assinalar as sees jestudadas.

    Seo 1 Seo 1 Seo 1 Seo 1 Seo 1 AfAfAfAfAfinal,inal,inal,inal,inal, o que Mar o que Mar o que Mar o que Mar o que Mar kkkkketing?eting?eting?eting?eting? Seo 2 Criando relaes duradouras: o papel doSeo 2 Criando relaes duradouras: o papel doSeo 2 Criando relaes duradouras: o papel doSeo 2 Criando relaes duradouras: o papel doSeo 2 Criando relaes duradouras: o papel do

    MarMa rMa rMa rMa r kkkkk e t i nge t i nge t i nge t i nge t i ng .....

    Seo 3 O MarSeo 3 O MarSeo 3 O MarSeo 3 O MarSeo 3 O Mar kkkkketing visto como umaeting visto como umaeting visto como umaeting visto como umaeting visto como uma f i l oso f i a . f i l oso f i a . f i l oso f i a . f i l oso f i a . f i l oso f i a .

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    PPPPPararararara incio de estudoa incio de estudoa incio de estudoa incio de estudoa incio de estudo

    H mH mH mH mH muita confuso quando se fu i ta confuso quando se fu i ta confuso quando se fu i ta confuso quando se fu i ta confuso quando se f a la de Marala de Marala de Marala de Marala de Mar kkkkket inget inget inget inget ing..... A lgunsAlgunsAlgunsAlgunsAlgunsacham que se trata de propaganda, outros, de algoacham que se trata de propaganda, outros, de algoacham que se trata de propaganda, outros, de algoacham que se trata de propaganda, outros, de algoacham que se trata de propaganda, outros, de algoque existe para forar as pessoas a consumir o queque existe para forar as pessoas a consumir o queque existe para forar as pessoas a consumir o queque existe para forar as pessoas a consumir o queque existe para forar as pessoas a consumir o queno precisam. E tem aqueles que lembram dasno precisam. E tem aqueles que lembram dasno precisam. E tem aqueles que lembram dasno precisam. E tem aqueles que lembram dasno precisam. E tem aqueles que lembram dascampanhas pol t icascampanhas pol t icascampanhas pol t icascampanhas pol t icascampanhas pol t icas..... P P P P Pois bem! Fique cerois bem! Fique cerois bem! Fique cerois bem! Fique cerois bem! Fique cer to de umato de umato de umato de umato de umacoisa:coisa:coisa:coisa:coisa: Mar Mar Mar Mar Mar kkkkket ing no nada dissoet ing no nada dissoet ing no nada dissoet ing no nada dissoet ing no nada disso,,,,, mas m mas m mas m mas m mas muito maisuito maisuito maisuito maisuito maisque isso!que isso!que isso!que isso!que isso!

    Ento, siga em frente para saber do que se trata!

    SSSSSEOEOEOEOEO 1 1 1 1 1 AAAAAFINALFINALFINALFINALFINAL, , , , , OOOOO QUEQUEQUEQUEQUE M M M M MARKETINGARKETINGARKETINGARKETINGARKETING?????

    Voc deve estar cansado de escutar coisas como Ah, fulano fazaquilo como estratgia de Marketing ou tudo jogada de Marketing..Ou ler em algum canto que a empresa tal gastou milhes de reais emMarketing, mas nunca explicando o que o tal de Marketing.

    A verdade que h muita confuso sobre o que seja Marketing,sobre sua real utilidade e, at, em relao ao seu carter.

    Para comear uma boa defesa, pode-se dizer:Marketing no algo bom ou ruim, no tem

    personalidade nem vontade prpria, e por isso nodeveria ser acusado to freqentemente pelo mau usoque fazem dele.

    A verdade que, algumas vezes, certosprofissionais fazem uso indevido do Marketing e aculpa transferida para ele.

    como se, por exemplo, numa eleio,determinado candidato fosse vendido pelos seus

    assessores como algo maravilhoso, honesto ecompetente, e logo depois das eleies o sujeito colocasse

    as manguinhas de fora e mostrasse que nada daquilo que falaram dele verdade, ou seja, no passa de mais um candidato em busca de umaboquinha. De quem a culpa, do candidato ou de seus assessores, queem busca da eleio prometeram e mentiram (ou omitiram) as verdadessobre o sujeito?

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    Para reforar esse raciocnio, acompanhe ainda a seguinte analogia:uma espingarda pode ter vrias utilidades, como servir para caar e comisso matar a fome de vrias pessoas, para proteo de uma propriedade,ou para a prtica de esportes. Agora, se algum faz uso da arma para ocrime, a culpa no pode ser transferida para a espingarda, mas sim paraquem fez mau uso dela.

    Ento, expiadas as culpas do Marketing, a seqncia convida entendercomo ele pode ser definido.

    Segundo Kotler (1994, p. 25), um dos mais respeitados autores da rea,

    Marketing um processo social e gerencial peloqual indivduos e grupos obtm o que necessitam

    e desejam atravs da criao, oferta e troca deprodutos de valor com outros.

    Para entender o papel do Marketing, pense que as pessoas tm desejose necessidades e que buscam, o tempo todo, satisfaz-los. A funo doMarketing justamente buscar conhecer o que as pessoas querem eprecisam e, com base nisso, oferecer os meios para atend-las.

    Mas, h diferenas entre desejos e necessidades?Mas, h diferenas entre desejos e necessidades?Mas, h diferenas entre desejos e necessidades?Mas, h diferenas entre desejos e necessidades?Mas, h diferenas entre desejos e necessidades?

    H sim, e agora voc poder compreender quaisso as diferenas. Para facilitar este entendimento,primeiro pense em algumas necessidades bsicasque as pessoas tm.

    Todos ns precisamos comer e beber. Etambm precisamos nos vestir, no mesmo? Pois, se voc pensar em como satisfazer essasnecessidades bsicas, poderia pensar em um pratode arroz e feijo com um pedao de carne, paramatar a fome. Para matar a sede, um copo de gua.J para nos vestir, bastaria alguns pedaos de panocosturados que tanto protegessem nosso corpo dofrio, quanto cobrissem nossa nudez. E pronto, assimestaramos satisfazendo nossas necessidades.

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    Agora, se ao invs de comer arroz com feijo e carne, eu desejassealgo mais sofisticado, mais elaborado? E ao invs de gua para beber, eupreferisse alguma coisa com mais sabor, como um refrigerante ou umsuco? E para vestir? No seria bom poder usar roupas de uma grife tal,reconhecida pelas belas roupas que produz? Se voc entendeu o que querodizer, saiba que se est tratando da realizao de desejos, ou seja, algomais elaborado que as necessidades.

    O que existe, na verdade, uma hierarquizao das necessidades, quevo se sofisticando at se transformarem em desejos. Quem primeiroexplicou essa hierarquia foi Maslow, por meio de uma pirmidereproduzida na figura a seguir.

    FIGURA 1 - HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DE MASLOWFIGURA 1 - HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DE MASLOWFIGURA 1 - HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DE MASLOWFIGURA 1 - HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DE MASLOWFIGURA 1 - HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DE MASLOW(((((adaadaadaadaadaptada de ptada de ptada de ptada de ptada de GOBEGOBEGOBEGOBEGOBE,,,,, p p p p p..... 53 53 53 53 53).).).) .) .

    Segundo Maslow, as necessidades humanas esto organizadas edispostas em nveis, em hierarquia de importncia e de influncia, numapirmide, em cuja base esto as necessidades mais baixas (necessidadesfisiolgicas) e no topo, as necessidades mais elevadas (as necessidades deauto-realizao).

    Kotler (1994) comentou que a teoria de Maslow pode ajudar oprofissional de Marketing a entender como vrios produtos se ajustam aosplanos, metas e vidas dos consumidores.

    Em resumo, entenda (Kotler, 1994):

    t t t t t necessidade: um estado de privao de algumasatisfao bsica;

    t t t t t desejo: uma carncia por satisfaes especficas paraatender a necessidades mais profundas.

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    Agora, o que os profissionais de Marketing fazem, muitas vezes, eisso importante que voc entenda, buscar reconhecer quais so osdesejos que as pessoas tm e, de posse dessa informao, passam a agir demaneira a transformar tais desejos em necessidades. Mas, como possvelfazer isso?

    No nos esqueamos que vivemos numa sociedade de consumoexacerbado, somos ensinados, desde pequenos, a consumir mais e maissempre. Muitas vezes, pessoas so julgadas pelo que elas tm e no peloque elas so. Assim, alguns bens que at pouco tempo eram tratados comosuprfluos, hoje fazem parte do dia-a-dia de todos ns.

    Quer um exemplo? Vivemos anos e anos bem semcelular, no verdade? Hoje, porm, muitas pessoasincorporaram de tal forma o celular que, quando esquecemem casa ou f icam sem bateria, sentem-se perdidas,desprotegidas. Voc no conhece algum assim?

    Deste modo, importante para os profissionais doMarketing identificar essas demandas (demandas = desejos e/ounecessidades) existentes no mercado, para poder atend-las de maneirasatisfatria e eficaz do ponto de vista dos clientes e consumidores , ede maneira racional e rentvel do ponto de vista da empresa. Para isso,ele busca fomentar relacionamentos. E isso que voc ir estudar naprxima seo.

    SSSSSEOEOEOEOEO 2 2 2 2 2 CCCCCRIANDORIANDORIANDORIANDORIANDO RELAESRELAESRELAESRELAESRELAES DURADOURASDURADOURASDURADOURASDURADOURASDURADOURAS::::: OOOOO PPPPPAPELAPELAPELAPELAPEL DODODODODO M M M M MARKETINGARKETINGARKETINGARKETINGARKETING

    As pessoas vivem em busca de sua realizao, por meio da satisfaode suas necessidades lembre-se da pirmide de Maslow, vista na seoanterior e para isso elas realizam trocas.

    Trocam seu trabalho por um salrio, que lhes d condio de consumoe realizao; trocam seu afeto e dedicao pela dedicao e afeto dealgum para com elas; trocam sua capacidade intelectual por aprendizadoe cultura, de modo a permitir sua prpria evoluo pessoal e realizao; epor a vai.

    Ento, se as pessoas buscam trocas, justo imaginar que queiramestabelecer relacionamentos que lhes permitam a condio de trocasempre que necessria, da maneira mais razovel possvel.

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    Deste modo, as empresas tambm servem s pessoas por meio daoferta de produtos que tenham condies de suprir seus estados decarncia. E essa condio que possibilita s empresas manterem-seatuantes no mercado.

    Mas, o que mercado?Mas, o que mercado?Mas, o que mercado?Mas, o que mercado?Mas, o que mercado?

    Mercado onde se processam astrocas entre pessoas e empresas, entreempresas e empresas e entre pessoas e

    pessoas. No existe mercadofisicamente. D-se tal nome a uma

    condio relacional que permite umainterao para a realizao de

    transaes nas quais so criadascondies de satisfao de

    necessidades e desejos.

    Para que ocorram essas trocas, necessrio que haja a concordnciadas partes quanto ao valor das coisas que so demandadas e ofertadas,simultaneamente.

    As empresas enxergam valor na retribuio financeira que osconsumidores proporcionam-lhes por meio de um preo, que a expressomonetria de quanto algum tem de abrir mo de sua renda para fazerfrente despesa para aquisio de um produto.

    J as pessoas percebem valor por meio da interpretao de quantobenefcio podero usufruir por meio da aquisio e utilizao daqueleproduto.

    Alm disso, importante que haja confiana quanto ao que est sendoentregue, no sentido de que corresponda s expectativas de quemnecessita ou deseja algo.

    E por que o MarE por que o MarE por que o MarE por que o MarE por que o Markkkkketing beting beting beting beting busca criar rusca criar rusca criar rusca criar rusca criar relaes durelaes durelaes durelaes durelaes duradouradouradouradouradouras?as?as?as?as?

    Porque muito mais fcil voc satisfazer adequadamente aqueleque voc conhece, assim como muito mais fcil voc confiar na ofertade quem j o conhece tambm.

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    Este o motivo de o Marketing esforar-se por criar emanter relacionamentos duradouros. Afinal, muito maisfcil, seguro e barato as empresas atenderemsatisfatoriamente os clientes e consumidores que j conhece.

    Qual a difQual a difQual a difQual a difQual a diferererererena entrena entrena entrena entrena entre ve ve ve ve vendas e Marendas e Marendas e Marendas e Marendas e Markkkkketing?eting?eting?eting?eting?

    bom lembrar tambm que j houve muita confuso entre Marketing evendas. Mas, hoje em dia, as pessoas j conseguem distinguir com maiorfacilidade a diferena funcional entre elas. Enquanto que as vendas,tradicionalmente, estavam mais centradas na questo quantitativa dasrelaes entre empresas e consumidores, o Marketing se preocupava comaspectos qualitativos dessas relaes.

    Explicando melhor, enquanto o primeiro se preocupava com quantovender, considerando o fechamento da venda e o coroamento de seusesforos, o segundo sempre se preocupou em criar condies para que avenda fosse permanente e contnua, ou seja, que houvesse uma relaoestvel e duradoura.

    SSSSSEOEOEOEOEO 3 3 3 3 3 O MO MO MO MO MARKETINGARKETINGARKETINGARKETINGARKETING VISTVISTVISTVISTVISTOOOOO COMOCOMOCOMOCOMOCOMO UMAUMAUMAUMAUMA FILFILFILFILFILOSOFIAOSOFIAOSOFIAOSOFIAOSOFIA

    Muito j foi discutido sobre a funo do Marketing dentro dasorganizaes, em especial sobre sua inter-relao com as demais reasfuncionais e, ainda, a quem e onde subordin-lo dentro da estruturaorganizacional. Essa discusso pode levar a muitos lugares e, ao mesmotempo, a lugar nenhum.

    O entendimento a este respeito, que o Marketing pode ser consideradouma filosofia, corresponde necessidade de situ-lo como algo quepermeie a organizao, fazendo parte de seus objetivos de maneira to clara

    que fique entendido por qualquer personagemcorporativo a razo de ser de seu negcio: ocliente.

    Se o objetivo de uma empresa auferirlucros por meio do estabelecimento de relaesduradouras com o mercado, no basta somente

    ter pessoas ou reas funcionais para guardarem aresponsabilidade por essas relaes com clientes. Isso deve ser umapreocupao constante de todo e qualquer colaborador, uma vez que dissodepende a sobrevivncia e prosperidade da empresa.

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    Ao Marketing pode e deve caber a atribuio relativaao planejamento da utilizao de capacidades,recursos e esforos para o pleno atendimento

    das necessidades dos clientes.

    E para que ele possa fazer isso, necessita:

    de recursos financeiros, e a entra a rea financeira;

    definir os produtos, seus atributos e caractersticas, e entoprecisar da rea de desenvolvimento de produtos ouproduo;

    de capital humano para gerar e gerir produtos, trocas erelaes, devendo interagir com a rea responsvel pelacaptao e desenvolvimento de pessoas;

    preocupar-se em fazer que os produtos cheguem s mosdos consumidores, o que necessitar da rea de logstica;e por a vai, pois poderamos achar vrias e importantesinter-relaes.

    O imporO imporO imporO imporO impor tante disso tudo que o Martante disso tudo que o Martante disso tudo que o Martante disso tudo que o Martante disso tudo que o Markkkkketing seja encareting seja encareting seja encareting seja encareting seja encaradoadoadoadoadocomo algo vital para a continuidade da empresa, uma vezcomo algo vital para a continuidade da empresa, uma vezcomo algo vital para a continuidade da empresa, uma vezcomo algo vital para a continuidade da empresa, uma vezcomo algo vital para a continuidade da empresa, uma vezque ele pode fque ele pode fque ele pode fque ele pode fque ele pode facilitaracilitaracilitaracilitaracilitar,,,,, e m e m e m e m e muitouitouitouitouito,,,,, o sucesso das r o sucesso das r o sucesso das r o sucesso das r o sucesso das relaes aelaes aelaes aelaes aelaes aserserserserserem mantidas com os parem mantidas com os parem mantidas com os parem mantidas com os parem mantidas com os par ticipantes de seus merticipantes de seus merticipantes de seus merticipantes de seus merticipantes de seus mercadoscadoscadoscadoscados,,,,,

    dimin dimin dimin dimin diminuindo os riscos e aumentando a asseruindo os riscos e aumentando a asseruindo os riscos e aumentando a asseruindo os riscos e aumentando a asseruindo os riscos e aumentando a asser tititititividadevidadevidadevidadevidade.....

    Como ele pode fazer isso e quais so as ferramentas que dispe, oque voc ir ver mais adiante.

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  • GGGGGESTOESTOESTOESTOESTO DEDEDEDEDE M M M M MARKETINGARKETINGARKETINGARKETINGARKETING I I I I I

    2 32 32 32 32 3UUUUUNIDADEN IDADEN IDADEN IDADEN IDADE 1 1 1 1 1

    AAAAATIVIDTIV IDTIV IDTIV IDTIV IDADESADESADESADESADES DEDEDEDEDE AAAAAUTUTUTUTUTOOOOO-----AAAAAVVVVVALIAOALIAOALIAOALIAOALIAO

    Aps a leitura criteriosa da unidade, leia os enunciados e respondaas questes seguintes.

    1. O que voc entende por Marketing? Voc acha que existe obom e o mau Marketing?

    2. Por que seria mais fcil manter relaes estveis do que estarconstantemente em busca de novos relacionamentos? Ser queisso tambm vale para nossa vida pessoal?

    3. Qual sua opinio sobre a posio da rea de Marketing numaempresa? Por qu?

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  • 2 42 42 42 42 4

    UUUUUNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDADEADEADEADEADE DODODODODO S S S S SULULULULUL DEDEDEDEDE S S S S SANTANTANTANTANTAAAAA C C C C CAAAAATTTTTARINARINARINARINARINAAAAA

    SSSSS N T E S E N T E S E N T E S E N T E S E N T E S E

    O Marketing algo muito presente no dia a dia das pessoas,por tratar justamente da identificao das necessidades dessaspessoas para poder atend-las de maneira eficiente e eficaz.Porm, grande parte das vezes tratado de maneirapreconceituosa e equivocada, muito mais pela ignornciasobre suas reais funes e possibilidades do que peloconhecimento do mau uso que dele feito por parte deprofissionais inescrupulosos.

    Na verdade, a preocupao do Marketing a criao decondies para o estabelecimento de relaes slidas eduradouras entre duas partes, o que faz por meio daidentificao das demandas provenientes dos consumidores econseqente oferta de um produto que atenda suasexpectativas. Para que possa cumprir seu papel de maneiraadequada, precisa entender o que o mercado realmente quere, sobretudo, o que pode oferecer em termos de gerao devalor para o consumidor.

    Por fim, o Marketing no algo que, dentro de umaorganizao, contenta-se em ser alocado dentro dedeterminada rea funcional. Na verdade, algo que se espraiapor toda a organizao, devendo fazer parte da culturaorganizacional.

    Na prxima unidade, voc ir entender as origens, evoluo eperspectivas do Marketing.

    SSSSSAIBAAIBAAIBAAIBAAIBA MAISMAISMAISMAISMAIS

    Para aprofundar o seu estudo sobre o contedo desta unidade, asugesto que voc realize pesquisa nos livros:

    GOBE, A. C. et al. Gerncia de produtos. So Paulo: Saraiva,2004.

    KOTLER, P. Administrao de Marketing: anlise, planejamentoe controle. 4 ed. So Paulo: Atlas, 1994.

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  • GGGGGESTOESTOESTOESTOESTO DEDEDEDEDE M M M M MARKETINGARKETINGARKETINGARKETINGARKETING I I I I I

    2 52 52 52 52 5

    Unid

    ade 2

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    ade 2

    MarMarMarMarMarkkkkketing:eting:eting:eting:eting: de onde de onde de onde de onde de ondevvvvvem,em,em,em,em, par par par par para onde va onde va onde va onde va onde vaiaiaiaiai

    Objetivos de aprendizagemObjetivos de aprendizagemObjetivos de aprendizagemObjetivos de aprendizagemObjetivos de aprendizagem

    Ao final desta unidade voc ter subsdios para:

    reconhecer as mudanas nas relaes de consumoocorridas ao longo dos anos;

    identificar os principais acontecimentos que marcarama evoluo do Marketing;

    identificar a situao do Marketing hoje,no Brasil e no mundo;

    identificar tendncias que se apresentam na atualidade.

    Plano de estudoPlano de estudoPlano de estudoPlano de estudoPlano de estudo

    A seguir acompanhe as sees desta unidade. Ao final de cadaetapa de estudos, use os quadros para assinalar as sees jestudadas.

    Seo 1 Seo 1 Seo 1 Seo 1 Seo 1 As rAs rAs rAs rAs relaes de consumo ao longelaes de consumo ao longelaes de consumo ao longelaes de consumo ao longelaes de consumo ao longo do tempoo do tempoo do tempoo do tempoo do tempo..... Seo 2 Seo 2 Seo 2 Seo 2 Seo 2 As gAs gAs gAs gAs grrrrrandes etaandes etaandes etaandes etaandes etapas da epas da epas da epas da epas da evvvvvoluo do Maroluo do Maroluo do Maroluo do Maroluo do Markkkkketingetingetingetingeting..... Seo 3 O MarSeo 3 O MarSeo 3 O MarSeo 3 O MarSeo 3 O Mar kkkkketing na aeting na aeting na aeting na aeting na atualidadetualidadetualidadetualidadetualidade..... Seo 4 Qual o futurSeo 4 Qual o futurSeo 4 Qual o futurSeo 4 Qual o futurSeo 4 Qual o futuro do Maro do Maro do Maro do Maro do Mar kkkkketing?eting?eting?eting?eting?

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  • 2 62 62 62 62 6

    UUUUUNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDADEADEADEADEADE DODODODODO S S S S SULULULULUL DEDEDEDEDE S S S S SANTANTANTANTANTAAAAA C C C C CAAAAATTTTTARINARINARINARINARINAAAAA

    PPPPPararararara incio de estudoa incio de estudoa incio de estudoa incio de estudoa incio de estudo

    Na unidade anter ior voc pde entender qual a funoNa unidade anter ior voc pde entender qual a funoNa unidade anter ior voc pde entender qual a funoNa unidade anter ior voc pde entender qual a funoNa unidade anter ior voc pde entender qual a funodo Mardo Mardo Mardo Mardo Mar kkkkket ing e de que fet ing e de que fet ing e de que fet ing e de que fet ing e de que fororororor ma ele pode contr ibma ele pode contr ibma ele pode contr ibma ele pode contr ibma ele pode contr ibuir paruir paruir paruir paruir par aaaaao estabelecimento de relaes de troca, nas quais aso estabelecimento de relaes de troca, nas quais aso estabelecimento de relaes de troca, nas quais aso estabelecimento de relaes de troca, nas quais aso estabelecimento de relaes de troca, nas quais asparparparparpar tes btes btes btes btes buscam a sauscam a sauscam a sauscam a sauscam a sa t isft is ft is ft is ft is f ao de suas necessidadesao de suas necessidadesao de suas necessidadesao de suas necessidadesao de suas necessidades.....

    Agora, nesta unidade, voc ir compreender de queAgora, nesta unidade, voc ir compreender de queAgora, nesta unidade, voc ir compreender de queAgora, nesta unidade, voc ir compreender de queAgora, nesta unidade, voc ir compreender de quemaneirmaneirmaneirmaneirmaneir a sura sura sura sura surgiu o Margiu o Margiu o Margiu o Margiu o Mar kkkkket ing ao menos como et ing ao menos como et ing ao menos como et ing ao menos como et ing ao menos como conhecido hoje , qual seu estgio atual e, num exerccioconhecido hoje , qual seu estgio atual e, num exerccioconhecido hoje , qual seu estgio atual e, num exerccioconhecido hoje , qual seu estgio atual e, num exerccioconhecido hoje , qual seu estgio atual e, num exercciode l ide l ide l ide l ide l i vrvrvrvrvr e future future future future futurolooloolooloologia,gia,gia,gia,gia, ima ima ima ima imaginar aonde ele vginar aonde ele vginar aonde ele vginar aonde ele vginar aonde ele v ai parai parai parai parai par ararararar.....

    Ento, v em frente. Bom estudo!

    SSSSSEOEOEOEOEO 1 A 1 A 1 A 1 A 1 ASSSSS RELAESRELAESRELAESRELAESRELAES DEDEDEDEDE CONSUMOCONSUMOCONSUMOCONSUMOCONSUMO AOAOAOAOAO LONGOLONGOLONGOLONGOLONGO DODODODODO TEMPOTEMPOTEMPOTEMPOTEMPO

    Na unidade anterior, um dos assuntos estudados tratou de trocas, queocorrem entre pessoas e pessoas, pessoas e empresas e entre empresas eempresas. Nas trocas entre pessoas e empresas, que foi durante muitotempo o foco principal da literatura de Marketing, voc acompanhou queambas as partes buscam satisfao por meio de trocas. As pessoasprocuram satisfazer suas necessidades e seus desejos. As empresasbuscam o lucro como forma de promover sua continuidade. Mas htambm trocas anteriores a essas, que o que voc ir acompanhar apartir de agora.

    PPPPPor onde esta histr ia comea?or onde esta histr ia comea?or onde esta histr ia comea?or onde esta histr ia comea?or onde esta histr ia comea?

    H quem diga que a Igreja foi a primeira instituio autilizar-se do Marketing de maneira sistematizada. Existiauma certa uniformidade em seus templos e rituais (aomenos entre aquelas da mesma linha doutrinria); odiscurso era basicamente o mesmo, traduzindo a ofertade salvao espiritual, que nada mais era do que obenefcio procurado pelos fiis; e possuam elementos quepermitiam a sua identificao onde quer que estivesseminstaladas dizem, tambm, que a cruz foi o primeirosmbolo a representar uma marca.

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  • GGGGGESTOESTOESTOESTOESTO DEDEDEDEDE M M M M MARKETINGARKETINGARKETINGARKETINGARKETING I I I I I

    2 72 72 72 72 7UUUUUNIDADEN IDADEN IDADEN IDADEN IDADE 2 2 2 2 2

    Nessa relao de troca, que persiste at hoje, guardadas algumasmudanas e rachas ocorridas no decorrer dos anos, alm de alguns dogmasque so caractersticas prprias das religies, a busca de ambas as partesera um pouco diversa das que ocorrem predominantemente entre pessoase instituies hoje em dia: as pessoas, os fiis, buscavam a salvaoeterna; e as igrejas, o aumento de seu rebanho e a continuidade daprpria instituio.

    Avanando um pouco no tempo, chegamos poca em que aatividade comercial comeou a ser praticada de maneira embrionria emrelao ao que conhecemos hoje. Segundo Costa (1987, p. 14),

    Durante longo perodo da histria, o comrcio foi forma bastanterudimentar. O mercado era restrito, de mbito local, resultado daauto-suficincia das cidades e vilas que produziam tudo quenecessitavam consumir. A produo era sob encomenda, resultantedo baixo poder de compra do mercado, e o processo de produoera artesanal. Havia a identificao produtor-comerciante, pois amesma pessoa que produzia era a responsvel pela comercializaodos produtos.

    Assim, se uma pessoa precisasse de um par de sapatos, ia at osapateiro, que providenciava as medidas e produzia o calado. No haviaintermedirios, ou seja, quem produzia era quem vendia. Doisacontecimentos, porm, marcam o incio da mudana desse tipo derelao entre produtor-comerciante e consumidor:

    o ciclo dos grandes descobrimentos; e

    a Revoluo Industrial.

    Alguns pases europeus (Portugal, Espanha e Inglaterra,principalmente) comearam a promover grandes viagensmartimas em busca de novas terras e, conseqentemente,novos mercados. Houve uma primeira e substancialmudana na maneira de enxergar o comrcio. As trocas deespeciarias, pedras e metais preciosos, por meio de escambo, comearam aser praticadas entre povos, e houve a busca do estabelecimento derelaes comerciais que permitissem a sistemtica e contnua troca entreas partes. O Ocidente e as Amricas passaram, com isso, a constituirnovos mercados.

    J a Revoluo Industrial, deflagrada na Inglaterra no sculo XVII,constituiu-se no maior impulso ao sistema capitalista: a introduo damquina no processo produtivo determinaria, seno o fim da atividadeartesanal, a reduo substancial de sua importncia na gerao de riquezase na movimentao da economia.

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    UUUUUNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDADEADEADEADEADE DODODODODO S S S S SULULULULUL DEDEDEDEDE S S S S SANTANTANTANTANTAAAAA C C C C CAAAAATTTTTARINARINARINARINARINAAAAA

    Com base nessas mudanas, foi necessrio repensar as relaes entreprodutores e consumidores, por uma razo bastante singular: a tecnologiaagregada ao processo produtivo aumentou exponencialmente a capacidadeprodutiva, gerou excedentes de produo, ou seja, j se produzia mais doque a capacidade de consumo.

    Assim, as alternativas presentes para regular essa nova forma de serelacionar foram utilizadas:

    D a criao de marcas que permitisse identidade prpria eidentificao aos produtos;

    D a utilizao de canais alternativos de distribuio parafazer os produtos chegarem aos consumidores quandonecessrio e em condies adequadas; e

    D a criao de mecanismos de comunicao para informarsobre a existncia e as caractersticas dos produtos.

    Como vComo vComo vComo vComo voc pde leroc pde leroc pde leroc pde leroc pde ler,,,,, m m m m mudou bastante a rudou bastante a rudou bastante a rudou bastante a rudou bastante a r elao entrelao entrelao entrelao entrelao entr e oe oe oe oe oprodutor e o comerciante, no ? E a , voc j comea aprodutor e o comerciante, no ? E a , voc j comea aprodutor e o comerciante, no ? E a , voc j comea aprodutor e o comerciante, no ? E a , voc j comea aprodutor e o comerciante, no ? E a , voc j comea avis lumbrvis lumbrvis lumbrvis lumbrvis lumbr ar algumas aar algumas aar algumas aar algumas aar algumas a t it it it it i v idades do Marvidades do Marvidades do Marvidades do Marvidades do Mar kkkkket ing? Na prximaet ing? Na prximaet ing? Na prximaet ing? Na prximaet ing? Na prximaseo acompanhe como aps esta fase se sucedeu aseo acompanhe como aps esta fase se sucedeu aseo acompanhe como aps esta fase se sucedeu aseo acompanhe como aps esta fase se sucedeu aseo acompanhe como aps esta fase se sucedeu a

    eeeeevvvvvoluo do Maroluo do Maroluo do Maroluo do Maroluo do Mar kkkkket inget inget inget inget ing.....

    SSSSSEOEOEOEOEO 2 2 2 2 2 AAAAASSSSS GRANDESGRANDESGRANDESGRANDESGRANDES ETETETETETAPAPAPAPAPASASASASAS DDDDDAAAAA EVEVEVEVEVOLOLOLOLOLUOUOUOUOUO DODODODODO M M M M MARKETINGARKETINGARKETINGARKETINGARKETING

    Percebido como ocorreram as mudanas nas relaes comerciais,entenda na seqncia porque por muito tempo (erroneamente) se tratoucomo sinnimo de Marketing a rea de vendas.

    A evoluo do Marketing, segundo Schewe (apud COSTA, 1987),pode ser descrita em trs grandes momentos:

    t a Era da Produo;t de Vendas; et do Marketing.

    A viso apresentada na seo anteriormostra a evoluo do que se pode chamarde Era da Produo, ou seja, os esforosconvergiam para as possibilidades deaumento da eficincia produtiva, fazendoprodutos em quantidade para um mercado que ao menosse imaginava , estava vido e em condies de compr-los.

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  • GGGGGESTOESTOESTOESTOESTO DEDEDEDEDE M M M M MARKETINGARKETINGARKETINGARKETINGARKETING I I I I I

    2 92 92 92 92 9UUUUUNIDADEN IDADEN IDADEN IDADEN IDADE 2 2 2 2 2

    Quando se percebeu que, alm de no dispor das condies necessriaspara absorver integralmente a produo, o mercado ainda padecia de falta decapacidade para fazer escolhas entre aquilo que lhe era colocado disposio,imaginou-se que seria necessrio criar mecanismos de escoamento dosprodutos. Por volta de 1930, nos Estados Unidos, as vendas passaram a serpercebidas como a alternativa mais racional para a comercializao daproduo industrial, por meio da capacitao de vendedores e do incrementode atributos nos produtos que pudessem, aos olhos dos consumidores,parecer atraentes. Estava em vigor a Era das Vendas.

    Somente na dcada de 50, tambm nos Estados Unidos, que se temincio a compreenso de que a alternativa para o sucesso comercial dasempresas passa pela observao das expectativas dos consumidores e,conseqentemente, pela oferta de produtos de acordo com as suasnecessidades e seus desejos. Estava iniciada a Era do Marketing.

    Numa retrospectiva minuciosa sobre a evoluo do Marketing nosEstados Unidos, Costa (1987) ainda oferece preciosas informaes: em 1904,a disciplina de Marketing foi ministrada pela primeira vez numa universidade;em 1930, surgem os primeiros supermercados, inaugurando um novoconceito na forma de comercializao; e em 1960 que o Marketing assumesua posio nas empresas, entendido como funo gerencial e filosofia.

    HENRY FORD: UM GNIO DO MARKETING!HENRY FORD: UM GNIO DO MARKETING!HENRY FORD: UM GNIO DO MARKETING!HENRY FORD: UM GNIO DO MARKETING!HENRY FORD: UM GNIO DO MARKETING!

    Voc com certeza j ouviu falar de Henry Ford, um americano obcecado pela idiade produzir carros. Pois bem, alm de obcecado, ele era um gnio do Marketing.

    Ford, que era engenheiro, percebeu que os automveis eram um tipo de produtoque as pessoas gostariam de comprar, em razo da mobilidade que oferecia, almde representar o sinnimo de modernidade para o incio dos anos 1900. Havia umporm: o preo de venda de um automvel era proibitivo para a grande maioria dapopulao daquela poca, em razo dos altos custos de produo e do baixopoder aquisitivo, o que tornava praticamente impossvel populariz-lo. E foi entoque ele teve a idia de estudar uma alternativa para baixar os custos de produoe oferecer seus carros a um preo acessvel a uma maior parcela da populao.Para isso, bolou algo que entraria definitivamente no repertrio das escolas deAdministrao: a linha de produo.

    A base de sua idia consistia em produzir automveis em srie, de maneira a otimizaros recursos e equipamentos empregados na produo, forando pela escala orebaixamento de custos. Seu esforo foi to extremado que o modelo desenvolvidodentro dessa filosofia, o Ford T, era disponibilizado em apenas uma cor, o preto, umavez que a ofer ta de um leque maior de cores acabaria por encarecer o processoprodutivo, impedindo a produo em massa. Foi ento que Ford cunhou sua mxima,pronunciada at hoje nas escolas de Administrao e Marketing: Voc pode ter umcarro (Ford T) de qualquer cor, desde que seja preto!.

    A verdade que Ford mais conhecido pela criao da produo em srie, enquantoseu maior feito foi, na verdade, criar condies para que os consumidoressatisfizessem seu desejo de adquirir um automvel.

    Ento, ele foi ou no foi um gnio do Marketing?

    Henry Ford 1863 -1947

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  • 3 03 03 03 03 0

    UUUUUNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDADEADEADEADEADE DODODODODO S S S S SULULULULUL DEDEDEDEDE S S S S SANTANTANTANTANTAAAAA C C C C CAAAAATTTTTARINARINARINARINARINAAAAA

    SSSSSEOEOEOEOEO 3 O M 3 O M 3 O M 3 O M 3 O MARKETINGARKETINGARKETINGARKETINGARKETING NNNNNAAAAA AAAAATUTUTUTUTUALIDALIDALIDALIDALIDADEADEADEADEADE

    Ao estudar a evoluo das relaes comerciais, voc pde entendercomo surgiu o Marketing e, principalmente, de onde ele surgiu.

    PPPPPois bem.ois bem.ois bem.ois bem.ois bem. E como est o Mar E como est o Mar E como est o Mar E como est o Mar E como est o Markkkkketing hoje?eting hoje?eting hoje?eting hoje?eting hoje?

    Os tempos em que vivemos so bem diferentes dos que viveramnossos pais e avs. Hoje tudo acontece mais rpido alguns at acreditamque o tempo passa mais rpido!

    A verdade que vivemos numa poca em que os costumes semodificam com uma velocidade enorme; as transformaes, em todas asdimenses da existncia humana, so to freqentes e cleres que muitosnem conseguem perceb-las; a quantidade de informao a que somossubmetidos em curtos espaos de tempo equivale ao volume que algumaspessoas recebiam a vida toda, h alguns anos. Isso nos faz mais crticos,mais conscientes, mais exigentes. Deste modo, comovimos na primeira unidade, se a funo doMarketing criar relaes estveis eduradouras que permitam reais condiespara a realizao de trocas, fica fcilperceber a magnitude do papel do Marketinghoje em dia, no mesmo?

    A verdade que a dinmica da vidamoderna levou a mudanas to radicais que setornou imperativo para a sobrevivncia dequalquer empresa estar constantementemonitorando o mercado, em busca de indcios do que possam ser asdemandas dos consumidores. E essa competncia faz parte dascompetncias que o Marketing possui e funcionalmente esto sob suaresponsabilidade.

    Para o exerccio de suas funes, os avanos tecnolgicos auxiliam oMarketing, permitindo o contato com os mercados de maneira cada vez maisprxima, mesmo que estejamos em tempos de exacerbao do individualismo.Permite-lhe ouvir o que cada um dos clientes e consumidores tem a dizer,mesmo que eles sejam em um nmero to grande que no caberiam nemmesmo num estdio de futebol. E permite-lhe uma comunicao topersonalizada que cada um dos ouvintes pensa que aquelas palavras foram-lhe destinadas com exclusividade, mesmo que tenham sido repartidas commilhares de outras pessoas. Mas, como fazer tudo isso?

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  • GGGGGESTOESTOESTOESTOESTO DEDEDEDEDE M M M M MARKETINGARKETINGARKETINGARKETINGARKETING I I I I I

    3 13 13 13 13 1UUUUUNIDADEN IDADEN IDADEN IDADEN IDADE 2 2 2 2 2

    A verdade que os consumidores so dotados de caractersticas eperfis particularssimos, o que os torna nicos. Ao contrrio do queocorria h alguns anos, o crescimento das cidades acabou por levar a umdistanciamento entre as pessoas, que vivem suas vidas em busca dasobrevivncia e de sua prpria felicidade, seja l o que cada um entendapor isso. Enquanto que as antigas mercearias e vendinhas, por exemplo,possibilitavam uma relao mais prxima entre vendedores econsumidores, as atuais estruturas de comercializao obrigam amanuteno de relaes impessoais, o que acaba por transformar aprpria condio ideal para a criao e manuteno de relaes estveis eduradouras.

    O papel do Marketing, nesse contexto, apresentar s empresas e/ous pessoas alternativas para a formao de redes relacionais, mas sem queisso ocorra de maneira fria e visivelmente artificial. Eis a a razo doscartes de fidelidade, das cartinhas de felicitao nos aniversrios e datascomemorativas, a criao de gerentes de relacionamento dentro dealgumas empresas, e por a vai.

    A verdade que, s vezes, ao Marketing dado o difcil papel deresgate de um passado no qual, apesar de o conforto, a comodidade e aabundncia de opes proporcionadas pela tecnologia ainda no estarempresentes, as pessoas se conheciam e se chamavam pelo nome.

    SSSSSEOEOEOEOEO 4 Q 4 Q 4 Q 4 Q 4 QUALUALUALUALUAL OOOOO FUTUROFUTUROFUTUROFUTUROFUTURO DODODODODO M M M M MARKETINGARKETINGARKETINGARKETINGARKETING?????

    Para voc pensar sobre o futuro do Marketing, no precisa denenhuma bola de cristal, tnel do tempo ou qualquer outro tipo deapetrecho importado dos filmes de fico cientfica.Porm, preciso atentar para a necessidade deaprender como observar as tendncias que sedesenham nas relaes comerciais e sociais, emcomo evoluem as relaes de uma pessoa consigomesma e com os outros, e em como a sociedadeincorpora o novo e refuga o velho. Voc precisa,em resumo, saber ver, ouvir e sentir.

    A verdade que as pessoas vo continuar asentir desejos e a manifestar vontade de satisfaos suas necessidades e, por isso, vo ter de continuarhavendo gente se especializando a atender estas pessoas. E o Marketing a funo ideal para realizar tudo isso.

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  • 3 23 23 23 23 2

    UUUUUNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDADEADEADEADEADE DODODODODO S S S S SULULULULUL DEDEDEDEDE S S S S SANTANTANTANTANTAAAAA C C C C CAAAAATTTTTARINARINARINARINARINAAAAA

    Enquanto houver trocas, enquanto houvera busca de benefcios que se traduzam em

    valor, o Marketingtem um papel a cumprir.

    E voc pode, agora, pensar e achar novasaplicaes para o Marketing. Nas suas prpriasrelaes pessoais, com os seus amigos ecompanheiros. Lembre que j foi citado como aspessoas esto sempre em busca de algo, algo esseque s vezes elas nem sabem bem o que .

    Pois o sucesso das relaes humanas passa pela compreenso econseqente atendimento s expectativas de outrem. No que o

    Marketing tenha surgido como algo destinado a arranjar casamentos,mas, se voc pensar bem, algumas das coisas que voc

    estudou at aqui podem at ajudar, no mesmo?

    importante que voc considere que aoMarketing cabe um papel, e que para o desempenhode sua incumbncia existem ferramentas adequadasque, se bem utilizadas, podem constituir-se em valiosasferramentas para o estabelecimento de relaes estveise duradouras.E so essas ferramentas que voc vai passar a conhecer a

    partir da prxima unidade.

    Mas antes de ir para a prxima unidade realize as atividadespropostas a seguir para praticar os novos conhecimentos.

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  • GGGGGESTOESTOESTOESTOESTO DEDEDEDEDE M M M M MARKETINGARKETINGARKETINGARKETINGARKETING I I I I I

    3 33 33 33 33 3UUUUUNIDADEN IDADEN IDADEN IDADEN IDADE 2 2 2 2 2

    AAAAATIVIDTIV IDTIV IDTIV IDTIV IDADESADESADESADESADES DEDEDEDEDE AAAAAUTUTUTUTUTOOOOO-----AAAAAVVVVVALIAOALIAOALIAOALIAOALIAO

    Aps a leitura criteriosa da unidade, leia os enunciados e respondaas questes seguintes.

    1. Como voc explicaria, de maneira breve, as mudanas ocorridasnas relaes de consumo ao longo dos tempos?

    2. De que maneira podem ser reconhecidas as grandes etapas daevoluo do Marketing? Quais seriam os enfoques prprios decada Era?

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  • 3 43 43 43 43 4

    UUUUUNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDADEADEADEADEADE DODODODODO S S S S SULULULULUL DEDEDEDEDE S S S S SANTANTANTANTANTAAAAA C C C C CAAAAATTTTTARINARINARINARINARINAAAAA

    SSSSS N T E S E N T E S E N T E S E N T E S E N T E S E

    Voc estudou que as relaes comerciais foram adquirindodiferentes contornos ao longo do tempo. No incio eramrealizadas por indivduos que produziam e comercializavamdiretamente a quem necessitasse. A produo era,basicamente, artesanal.

    Com o passar dos anos, a expanso das fronteiras de algunspases baseada nas viagens de descobrimento, aliada ocorrncia da Revoluo Industrial, que significou o aumentoda capacidade produtiva e o conseqente surgimento deexcedentes , causaram profundas transformaes nosmodelos das relaes de troca. Isso levou ao surgimento detcnicas que permitissem o escoamento da produo maiorque a oferta (vendas) e a criao de mecanismos quelevassem aos consumidores as informaes relativas aosprodutos e tambm as diferenas entre uns e outros osrudimentos do Marketing.

    Com a evoluo dos tempos, o Marketing passou a ter suavisibilidade e utilidade ampliada, uma vez que acomplexidade das relaes passou a exigir maior ateno paraserem devidamente tratadas e atendidas. E para onde ostempos forem, com certeza o Marketing l estar,devidamente atualizado e pronto para servir.

    A partir da prxima unidade voc ir estudar as principaisferramentas que facilitam o desempenho do papel doMarketing. At l!

    SSSSSAIBAAIBAAIBAAIBAAIBA MAISMAISMAISMAISMAIS

    Para aprofundar o seu estudo sobre o contedo desta unidade, asugesto que voc realize pesquisa nos livros:

    COSTA, J. I. P. da. Marketing: noes bsicas. Florianpolis:Imprensa Universitria, 1987.

    KOTLER, P. Administrao de Marketing: anlise, planejamentoe controle. 4 ed. So Paulo: Atlas, 1994.

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  • GGGGGESTOESTOESTOESTOESTO DEDEDEDEDE M M M M MARKETINGARKETINGARKETINGARKETINGARKETING I I I I I

    3 53 53 53 53 5

    Unid

    ade 3

    Unid

    ade 3

    Unid

    ade 3

    Unid

    ade 3

    Unid

    ade 3

    O composto deO composto deO composto deO composto deO composto deMarMarMarMarMarkkkkketingetingetingetingeting

    Objetivos de aprendizagemObjetivos de aprendizagemObjetivos de aprendizagemObjetivos de aprendizagemObjetivos de aprendizagem

    Ao final desta unidade voc ter subsdios para:

    reconhecer as diferenas bsicas entre as variveis internas eas variveis externas de Marketing de uma empresa;

    identificar os elementos do composto de Marketing;

    justificar a importncia da administrao integrada de todosos elementos do composto.

    Plano de estudoPlano de estudoPlano de estudoPlano de estudoPlano de estudo

    A seguir acompanhe as sees desta unidade. Ao final de cadaetapa de estudos, use os quadros para assinalar as sees jestudadas.

    Seo 1 Seo 1 Seo 1 Seo 1 Seo 1 VVVVVarivarivarivarivariveis intereis intereis intereis intereis inter nas e enas e enas e enas e enas e exterxterxterxterxter nasnasnasnasnas..... Seo 2 O composto de MarSeo 2 O composto de MarSeo 2 O composto de MarSeo 2 O composto de MarSeo 2 O composto de Mar kkkkketingetingetingetingeting..... Seo 3 Como so as inter-relaes no composto deSeo 3 Como so as inter-relaes no composto deSeo 3 Como so as inter-relaes no composto deSeo 3 Como so as inter-relaes no composto deSeo 3 Como so as inter-relaes no composto de

    Ma rMa rMa rMa rMa r kkkkk e t i ng?e t i ng?e t i ng?e t i ng?e t i ng?

    Seo 4 Seo 4 Seo 4 Seo 4 Seo 4 VVVVViso inteiso inteiso inteiso inteiso integggggrrrrr ada do composto de Marada do composto de Marada do composto de Marada do composto de Marada do composto de Mar kkkkketingetingetingetingeting.....

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  • 3 63 63 63 63 6

    UUUUUNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDADEADEADEADEADE DODODODODO S S S S SULULULULUL DEDEDEDEDE S S S S SANTANTANTANTANTAAAAA C C C C CAAAAATTTTTARINARINARINARINARINAAAAA

    PPPPPararararara comear o estudoa comear o estudoa comear o estudoa comear o estudoa comear o estudo

    Para que as empresas possam ter sucesso naPara que as empresas possam ter sucesso naPara que as empresas possam ter sucesso naPara que as empresas possam ter sucesso naPara que as empresas possam ter sucesso naident i f icao e no atendimento das expectat ivas doident i f icao e no atendimento das expectat ivas doident i f icao e no atendimento das expectat ivas doident i f icao e no atendimento das expectat ivas doident i f icao e no atendimento das expectat ivas domercado, necessr io que possuam amplomercado, necessr io que possuam amplomercado, necessr io que possuam amplomercado, necessr io que possuam amplomercado, necessr io que possuam amploconhecimento dos fatores que podem inf luenciar noconhecimento dos fatores que podem inf luenciar noconhecimento dos fatores que podem inf luenciar noconhecimento dos fatores que podem inf luenciar noconhecimento dos fatores que podem inf luenciar noalcance de seus objet ivos organizacionais.a lcance de seus objet ivos organizacionais.a lcance de seus objet ivos organizacionais.a lcance de seus objet ivos organizacionais.a lcance de seus objet ivos organizacionais.

    PPPPPor issoor issoor issoor issoor isso,,,,, monitor monitor monitor monitor monitor am as vam as vam as vam as vam as v ar ivar ivar ivar ivar iveis intereis intereis intereis intereis inter nas e enas e enas e enas e enas e exterxterxterxterxter nasnasnasnasnas,,,,,procurando capita l izar aquelas que se mostraremprocurando capita l izar aquelas que se mostraremprocurando capita l izar aquelas que se mostraremprocurando capita l izar aquelas que se mostraremprocurando capita l izar aquelas que se mostraremfffff aaaaavvvvvorvorvorvorvorveis e el iminareis e el iminareis e el iminareis e el iminareis e el iminar,,,,, ou ao menos r ou ao menos r ou ao menos r ou ao menos r ou ao menos r eduzireduzireduzireduzireduzir,,,,, a inf a inf a inf a inf a inf luncialuncialuncialuncialunciadaquelas que podem prejudic- las.daquelas que podem prejudic- las.daquelas que podem prejudic- las.daquelas que podem prejudic- las.daquelas que podem prejudic- las.

    Para compreender melhor como possvel fazer isso, voc ir agoraestudar e conhecer essas variveis, e assim, ficar preparado para lidarcom elas.

    SSSSSEOEOEOEOEO 1 V 1 V 1 V 1 V 1 VARIVEISARIVEISARIVEISARIVEISARIVEIS INTERNASINTERNASINTERNASINTERNASINTERNAS EEEEE EXTERNASEXTERNASEXTERNASEXTERNASEXTERNAS

    Existem variveis que podem influenciar o rumo dosnegcios de uma empresa, pela proximidade com que

    operam em relao a ela. Algumas dessas variveis sointernas, ou seja, existem e atuam no prprio seio daorganizao. Elas nos permitem que tenhamoscontrole e at mesmo, alterarmos sua composio.Outras, externas, dependem da capacidade daempresa de perceber sua existncia e, maisimportante, de saber como reagir a elas.

    Quais so as vQuais so as vQuais so as vQuais so as vQuais so as varivarivarivarivariveis intereis intereis intereis intereis internas?nas?nas?nas?nas?

    As variveis internas so aquelas que, como diz Costa (1987),podem ser controladas de acordo com os interesses da empresa. Entreelas, caractersticas e funcionalidades relativas ao produto, polticas depreo, estratgias de comunicao adotadas e os meios utilizados paracolocar o produto ao alcance dos consumidores.

    Quais so as vQuais so as vQuais so as vQuais so as vQuais so as varivarivarivarivariveis eeis eeis eeis eeis exterxterxterxterxternas?nas?nas?nas?nas?

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  • GGGGGESTOESTOESTOESTOESTO DEDEDEDEDE M M M M MARKETINGARKETINGARKETINGARKETINGARKETING I I I I I

    3 73 73 73 73 7UUUUUNIDADEN IDADEN IDADEN IDADEN IDADE 3 3 3 3 3

    J as variveis externas agem fora do ambiente da empresa, noambiente externo (macro ambiente), e podem ser classificadas comocompetitivas, econmicas, polticas, legais e reguladoras, tecnolgicas esocioculturais (PRIDE; FERREL, 2000).

    Fundamentalmente, o que se pode perceber que enquanto emrelao s variveis internas a empresa tem algum tipo de influncia ecapacidade de mudana, para as variveis externas apenas possvel criarcondies para minimizar ou maximizar sua influncia na perseguio aosseus objetivos, de acordo com sua natureza negativa ou positiva.

    SSSSSEOEOEOEOEO 2 O 2 O 2 O 2 O 2 O COMPOSTOCOMPOSTOCOMPOSTOCOMPOSTOCOMPOSTO DEDEDEDEDE M M M M MARKETINGARKETINGARKETINGARKETINGARKETING

    Dentre as variveis internas, esto alguns elementosque merecem ateno diuturna por parte dosprofissionais de Marketing, em razo de sua influncia nacapacidade da empresa responder s expectativas domercado-consumidor.

    Este elementos so o composto de MarEste elementos so o composto de MarEste elementos so o composto de MarEste elementos so o composto de MarEste elementos so o composto de Markkkkketing (tambmeting (tambmeting (tambmeting (tambmeting (tambmconhecido como composto merconhecido como composto merconhecido como composto merconhecido como composto merconhecido como composto mercadolgico e Marcadolgico e Marcadolgico e Marcadolgico e Marcadolgico e Markkkkketing mix),eting mix),eting mix),eting mix),eting mix),

    tradicionalmente conhecidos como os 4Ps.tradicionalmente conhecidos como os 4Ps.tradicionalmente conhecidos como os 4Ps.tradicionalmente conhecidos como os 4Ps.tradicionalmente conhecidos como os 4Ps.

    Os 4Ps foi um termo cunhado, na dcada de 60, pelo professorJerome McCarthy, que procurou classificar os elementos de uma maneiraque permitisse facilidade de lembrana e popularizao de seu conceito.

    Os 4Ps, expressos no original ingls como product, price, promotion andplace, so:

    1. o produto;

    2. o preo;

    3. a promoo; e

    4. a praa (ou ponto de venda).

    A seguir acompanhe em detalhe cada elemento:

    1. o produto consiste na disponibilizao de algo, por parte daempresa, que possa suprir os estados de carncia de seusconsumidores, que lhes oferea benefcios, aquilo que elesbuscam para troca;

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  • 3 83 83 83 83 8

    UUUUUNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDADEADEADEADEADE DODODODODO S S S S SULULULULUL DEDEDEDEDE S S S S SANTANTANTANTANTAAAAA C C C C CAAAAATTTTTARINARINARINARINARINAAAAA

    2. o preo a expresso monetria que serve funo deparametrizar o quanto cada uma das partes vai precisardisponibilizar para que haja a troca pretendida. Se falarmosde dinheiro, quanto o consumidor vai precisar entregarpara receber o que est querendo;

    3. a promoo diz respeito a todo o aspecto comunicacional quese estabelece entre a empresa e seus mercados. So aspropagandas e os outros meios utilizados para informar sobre aexistncia do produto, suas caractersticas e utilidades, seusdiferenciais, para torn-lo conhecido e lembrado;

    4. j a praa, ou ponto de venda, refere-se a todas asatividades desenvolvidas pela empresa para colocar osprodutos disposio dos consumidores, na hora e lugardesejados e, sobretudo, em condies ideais para consumo.

    A administrao do composto de Marketing de responsabilidade dosprofissionais de Marketing por tratar do gerenciamento de ferramentasque esto a servio da prpria empresa, permitindo-lhe ser eficiente eeficaz nas iniciativas em busca da satisfao de seus consumidores.

    SSSSSEOEOEOEOEO 3 C 3 C 3 C 3 C 3 COMOOMOOMOOMOOMO SOSOSOSOSO ASASASASAS INTERINTERINTERINTERINTER-----RELAESRELAESRELAESRELAESRELAES NONONONONOCOMPOSTOCOMPOSTOCOMPOSTOCOMPOSTOCOMPOSTO DEDEDEDEDE M M M M MARKETINGARKETINGARKETINGARKETINGARKETING?????

    A administrao do composto de Marketing, conforme voc estudouna seo anterior, d condies empresa de atender satisfatoriamenteseus consumidores. Sendo variveis do ambiente interno, a principalresponsabilidade de seus gestores deve ser equilibr-las plenamente nosseus pontos de contato ou interaes com os clientes, de maneira aintegr-los funcional e comercialmente.

    O raciocnio simples: o composto , por estar sob responsabilidadeda organizao, a primeira instncia que permite a definio de estratgiasque criem condies de competitividade e sobrevivncia no mercado.

    A inter-relao de todos os elementos d-se pormeio de sua compatibilizao s definies

    estratgicas da empresa.

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  • GGGGGESTOESTOESTOESTOESTO DEDEDEDEDE M M M M MARKETINGARKETINGARKETINGARKETINGARKETING I I I I I

    3 93 93 93 93 9UUUUUNIDADEN IDADEN IDADEN IDADEN IDADE 3 3 3 3 3

    Assim, por exemplo, se a inteno ocupar um lugar dedestaque no mercado de alto luxo, o produto tem de estar de acordocom as expectativas de qualidade do pblico-alvo, ou seja, dosconsumidores de alta renda; o preo deve transmitir o valor relativo qualidade sinalizada, sendo fixado num nvel acima da mdiado mercado; a propaganda e todas as outras formas de comunicaocom os consumidores devem conter elementos que incorporem alinguagem prpria quela faixa de pblico; e os locais ondeo produto vai estar disponvel devem estar deacordo com o perfil do consumidor desejado,apresentando luxo, sofisticao e exclusividade.

    Alm disso, de nada adianta ter um bomproduto se o preo cobrado no permite suaaquisio por parte dos consumidorespretendidos. Tambm seria difcil obter xitooferecendo produtos populares em locaisonde h concentrao de pessoas com altopoder aquisitivo. Da mesma maneira, a utilizao de uma linguagemsofisticada para apresentar e provocar desejo de consumo em produtosdestinados a crianas. E por a vai.

    O importante , primordialmente, conhecer ao mximo o perfil e ascaractersticas dos consumidores a quem se pretende atingir para, ento,determinar a formulao adequada de cada um dos elementos docomposto de Marketing.

    SSSSSEOEOEOEOEO 4 V 4 V 4 V 4 V 4 VISOISOISOISOISO INTEGRADAINTEGRADAINTEGRADAINTEGRADAINTEGRADA DODODODODO COMPOSTOCOMPOSTOCOMPOSTOCOMPOSTOCOMPOSTO DEDEDEDEDE M M M M MARKETINGARKETINGARKETINGARKETINGARKETING

    Visto de maneira integrada, o composto de Marketing concentrauma srie de variveis que fornecem condies de decises estratgicasorganizadas pelos 4Ps.

    O quadro a seguir relaciona algumas dessas variveis.

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  • 4 04 04 04 04 0

    UUUUUNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDADEADEADEADEADE DODODODODO S S S S SULULULULUL DEDEDEDEDE S S S S SANTANTANTANTANTAAAAA C C C C CAAAAATTTTTARINARINARINARINARINAAAAA

    PRODUTOPRODUTOPRODUTOPRODUTOPRODUTO

    Bem fsico

    Servio

    Caractersticas

    Nvel de qualidade

    Acessrios

    Instalao

    Instrues

    Garantia

    Linhas de produto

    Embalagem

    Marca

    PREOPREOPREOPREOPREO

    Objetivos

    Flexibilidade

    Nvel no ciclo devida do produto

    Termos geogrficos

    Descontos

    Condies especiais

    PROMOOPROMOOPROMOOPROMOOPROMOO

    Objetivos

    Composto depromoo

    Vendedores

    Propaganda

    Promoo de vendas

    Publicidade

    Relaes pblicas

    merchandising

    PRAAPRAAPRAAPRAAPRAA

    Objetivos

    Tipo de canal

    Exposio aomercado

    Tipos deintermedirios

    Tipos e localizaesdas lojas

    Nveis dos servios

    Seleo dosintermedirios

    Administrao doscanais

    FONTE: adaptado de McCarthy, Perreault, 2002.

    importante que voc compreenda que a tomada de deciso emrelao a qualquer varivel integrante do composto de Marketing geraimpacto sobre todas as demais.

    impossvel conceber a definio de estratgias impossvel conceber a definio de estratgias impossvel conceber a definio de estratgias impossvel conceber a definio de estratgias impossvel conceber a definio de estratgiassem considersem considersem considersem considersem considerar o todoar o todoar o todoar o todoar o todo.....

    Esta viso integrada que faz parte da viso do Marketing como umafilosofia, que impregna toda a organizao, de maneira a gerarcomprometimento em todos os nveis da organizao.

    Agora para voc praticar os conhecimentos adquiridos nesta unidade,realize as atividades propostas a seguir.

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  • GGGGGESTOESTOESTOESTOESTO DEDEDEDEDE M M M M MARKETINGARKETINGARKETINGARKETINGARKETING I I I I I

    4 14 14 14 14 1UUUUUNIDADEN IDADEN IDADEN IDADEN IDADE 3 3 3 3 3

    AAAAATIVIDTIV IDTIV IDTIV IDTIV IDADESADESADESADESADES DEDEDEDEDE AAAAAUTUTUTUTUTOOOOO-----AAAAAVVVVVALIAOALIAOALIAOALIAOALIAO

    Aps a leitura criteriosa da unidade, leia os enunciados e respondaas questes seguintes.

    1. Qual a diferena, para os gerentes de uma organizao, devariveis internas e externas?

    2. O que composto de Marketing? Quais so suas outrasdenominaes?

    3. Como se d a relao entre os elementos dos composto deMarketing? Por que eles dependem um do outro?

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  • 4 24 24 24 24 2

    UUUUUNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDADEADEADEADEADE DODODODODO S S S S SULULULULUL DEDEDEDEDE S S S S SANTANTANTANTANTAAAAA C C C C CAAAAATTTTTARINARINARINARINARINAAAAA

    SSSSS N T E S E N T E S E N T E S E N T E S E N T E S E

    As empresas sofrem a influncia de variveis internas eexternas. Sobre as primeiras, h a possibilidade de influir eaproveitar seus aspectos positivos e minimizar ou desaparecercom os aspectos negativos. J as segundas demandam, porparte da empresa, empenho em identific-las e, por estaremfora do ambiente da empresa, preparo para enfrent-lasadequadamente ressalta-se que tambm podem contribuirou prejudicar na busca dos objetivos da organizao.

    Dentre as variveis internas, encontra-se o compostomercadolgico, conhecido como 4Ps, o qual trata deorganizar o produto, o preo, a promoo e a praa.

    Os elementos do composto so interdependentes e se inter-relacionam integralmente. A gesto de Marketing preocupa-seem adequ-los s expectativas do mercado e preservar aharmonia de sua inter-relao.

    A partir da prxima unidade, voc vai poder conhecer melhorcada um dos elementos do composto mercadolgico,aprofundando-se por partes na viso do todo.

    SSSSSAIBAAIBAAIBAAIBAAIBA MAISMAISMAISMAISMAIS

    Para aprofundar o seu estudo sobre o contedo desta unidade, asugesto que voc realize pesquisa nos livros:

    McCARTHY, J.; PERREAULT, W. D. Princpios de Marketing.13 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002.

    PRIDE, W. M.; FERREAL, O. C. Marketing: conceitos eestratgias. 11 ed. Rio de Janeiro: LTC Editoras, 2001.

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  • GGGGGESTOESTOESTOESTOESTO DEDEDEDEDE M M M M MARKETINGARKETINGARKETINGARKETINGARKETING I I I I I

    4 34 34 34 34 3

    Unid

    ade 4

    Unid

    ade 4

    Unid

    ade 4

    Unid

    ade 4

    Unid

    ade 4

    PrPrPrPrProdutoodutoodutoodutooduto

    Objetivos de aprendizagemObjetivos de aprendizagemObjetivos de aprendizagemObjetivos de aprendizagemObjetivos de aprendizagem

    Ao final desta unidade voc ter subsdios para:

    compreender a relevncia da administrao de produtos parao sucesso dos relacionamentos das empresas;

    diferenciar bens de servios;

    reconhecer os componentes da estratgia de produtos;

    reconhecer cada um dos estgios do ciclo de vida de umproduto., assim como definir as estratgias de Marketing

    possveis para cada ciclo;

    compreender o conceito de posicionamento e diferenciaode produtos.

    Plano de estudoPlano de estudoPlano de estudoPlano de estudoPlano de estudo

    A seguir acompanhe as sees desta unidade. Ao final de cadaetapa de estudos, use os quadros para assinalar as sees jestudadas.

    Seo 1 O que um produto?Seo 1 O que um produto?Seo 1 O que um produto?Seo 1 O que um produto?Seo 1 O que um produto? Seo 2 DifSeo 2 DifSeo 2 DifSeo 2 DifSeo 2 Diferererererenas entrenas entrenas entrenas entrenas entre bens e sere bens e sere bens e sere bens e sere bens e ser viosviosviosviosvios..... Seo 3 O composto e as linhas de prSeo 3 O composto e as linhas de prSeo 3 O composto e as linhas de prSeo 3 O composto e as linhas de prSeo 3 O composto e as linhas de produtoodutoodutoodutooduto..... Seo 4 CicSeo 4 CicSeo 4 CicSeo 4 CicSeo 4 Cic lo de vida de um prlo de vida de um prlo de vida de um prlo de vida de um prlo de vida de um produtoodutoodutoodutooduto..... Seo 5 DifSeo 5 DifSeo 5 DifSeo 5 DifSeo 5 Diferererererenciao e posicionamentoenciao e posicionamentoenciao e posicionamentoenciao e posicionamentoenciao e posicionamento.....

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  • 4 44 44 44 44 4

    UUUUUNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDADEADEADEADEADE DODODODODO S S S S SULULULULUL DEDEDEDEDE S S S S SANTANTANTANTANTAAAAA C C C C CAAAAATTTTTARINARINARINARINARINAAAAA

    PPPPPararararara comear o estudoa comear o estudoa comear o estudoa comear o estudoa comear o estudo

    Lembre-se que nas unidades anter iores voc estudouLembre-se que nas unidades anter iores voc estudouLembre-se que nas unidades anter iores voc estudouLembre-se que nas unidades anter iores voc estudouLembre-se que nas unidades anter iores voc estudouque as pessoas tm necessidades e desejos, e que aque as pessoas tm necessidades e desejos, e que aque as pessoas tm necessidades e desejos, e que aque as pessoas tm necessidades e desejos, e que aque as pessoas tm necessidades e desejos, e que afuno de uma empresa or ientada para o mercado funo de uma empresa or ientada para o mercado funo de uma empresa or ientada para o mercado funo de uma empresa or ientada para o mercado funo de uma empresa or ientada para o mercado justamente atender a essas pessoas da melhor maneirajustamente atender a essas pessoas da melhor maneirajustamente atender a essas pessoas da melhor maneirajustamente atender a essas pessoas da melhor maneirajustamente atender a essas pessoas da melhor maneirapossvel . E por isso ela busca conhecer o perf i l de seuspossvel . E por isso ela busca conhecer o perf i l de seuspossvel . E por isso ela busca conhecer o perf i l de seuspossvel . E por isso ela busca conhecer o perf i l de seuspossvel . E por isso ela busca conhecer o perf i l de seusconsumidores, de maneira a lhes oferecer algo de valorconsumidores, de maneira a lhes oferecer algo de valorconsumidores, de maneira a lhes oferecer algo de valorconsumidores, de maneira a lhes oferecer algo de valorconsumidores, de maneira a lhes oferecer algo de valorque seja traduzido em benef c ios.que seja traduzido em benef c ios.que seja traduzido em benef c ios.que seja traduzido em benef c ios.que seja traduzido em benef c ios.

    OOOOO que a empresa tem disposio para oferecer so que a empresa tem disposio para oferecer so que a empresa tem disposio para oferecer so que a empresa tem disposio para oferecer so que a empresa tem disposio para oferecer soos seus produtos, os quais representam aqui lo que vaios seus produtos, os quais representam aqui lo que vaios seus produtos, os quais representam aqui lo que vaios seus produtos, os quais representam aqui lo que vaios seus produtos, os quais representam aqui lo que vaidar condies a sua sobrevivncia, por meio da suadar condies a sua sobrevivncia, por meio da suadar condies a sua sobrevivncia, por meio da suadar condies a sua sobrevivncia, por meio da suadar condies a sua sobrevivncia, por meio da suacomercia l izao (troca) com os consumidores, gerando-comercia l izao (troca) com os consumidores, gerando-comercia l izao (troca) com os consumidores, gerando-comercia l izao (troca) com os consumidores, gerando-comercia l izao (troca) com os consumidores, gerando-lhes lucros.lhes lucros.lhes lucros.lhes lucros.lhes lucros.

    Agora voc ir entender quais as preocupaes de uma empresa naadministrao de suas relaes com o mercado por meio da oferta deprodutos.

    SSSSSEOEOEOEOEO 1 1 1 1 1 O O O O O QUEQUEQUEQUEQUE UMUMUMUMUM PRODUTOPRODUTOPRODUTOPRODUTOPRODUTO?????

    A viso das empresas voltadas para o mercado faz com que seesforcem para atender s necessidades de seus clientes e dos clientes emgeral por meio de produtos.

    Os produtos so o que permitem s empresas auferirem lucro, umavez que pela sua comercializao que so geradas receitas.

    Por definio de Semenik e Bamossy, (1995, p. 260):

    Produto um conjunto de atributostangveis e intangveis, que proporcionabenefcios reais ou percebidos, com a

    finalidade de satisfazer asnecessidades e os desejos do

    consumidor.

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  • GGGGGESTOESTOESTOESTOESTO DEDEDEDEDE M M M M MARKETINGARKETINGARKETINGARKETINGARKETING I I I I I

    4 54 54 54 54 5UUUUUNIDADEN IDADEN IDADEN IDADEN IDADE 4 4 4 4 4

    Ou seja, aquilo que entregue ao consumidor e que gera satisfao namedida em que consumido, apreciado ou utilizado.

    Como voc j estudou, as trocas so a possibilidade que as pessoastm de encontrar sua realizao, desde as necessidades mais bsicasligadas fisiologia at as mais sofisticadas, relacionadas auto-realizao.E justamente nesse espao propcio a trocas que a empresa encontrameios para criar distino de sua imagem ou de seus produtos, e tentaconseguir o estabelecimento de relaes estveis e duradouras com seusconsumidores.

    A luz de uma concepo de Marketing, umproduto gera atratividade medida que suaconcepo atende s expectativas de seus

    consumidores.

    Os atributos bsicos no permitem, portanto, a diferenciao suficientepara que os consumidores decidam entre uma ou outra oferta. Eis o motivopelo qual as empresas buscam constantemente o aperfeioamento de seusprodutos, de maneira a gerar singularidade na oferta e, com isso, tornam-se ospreferidos por parte dos consumidores. a tentativa de encantar osconsumidores, oferecendo agregao de valor por meio da marca, daembalagem, de servios ou de atributos de desempenho.

    Os produtos podem ser divididos em bens e servios. E este oassunto que voc ir estudar na prxima seo.

    S S S S SEOEOEOEOEO 2 D 2 D 2 D 2 D 2 DIFERENASIFERENASIFERENASIFERENASIFERENAS ENTREENTREENTREENTREENTRE BENSBENSBENSBENSBENS EEEEE SERVIOSSERVIOSSERVIOSSERVIOSSERVIOS

    Os produtos dividem-se entre bens e servios.

    DDDDD BENS SO TANGVEIS, ou seja, podem ser tocados,estocados, tm fisicalidade.

    A se encaixam, por exemplo, um livro, uma televiso,uma camisa, um computador e uma geladeira.

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  • 4 64 64 64 64 6

    UUUUUNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDNIVERSIDADEADEADEADEADE DODODODODO S S S S SULULULULUL DEDEDEDEDE S S S S SANTANTANTANTANTAAAAA C C C C CAAAAATTTTTARINARINARINARINARINAAAAA

    DDDDD SERVIOS SO INTANGVEIS, ou seja, no podem sertocados, nem guardados.

    Como exemplo, voc pode considerar um corte de cabelo,um conserto em um equipamento, uma pea de teatro e umaconsulta mdica.

    Como so classi f icados os bens?Como so classi f icados os bens?Como so classi f icados os bens?Como so classi f icados os bens?Como so classi f icados os bens?

    Em relao aos bens, eles podem ser classificados em durveis e nodurveis.

    ` Os bens durveis so aqueles queo consumidor adquire com menosfreqncia em razo de suaresistncia ao uso, comogeladeiras, automveis, roupas elivros.

    ` J os bens no durveis soaqueles que se extinguem aps um ou algunsusos, como sabonetes, pasta de dentes, jornais erefrigerantes.

    Que outrQue outrQue outrQue outrQue outr as di fas di fas di fas di fas di fererererer enas tambm podem serenas tambm podem serenas tambm podem serenas tambm podem serenas tambm podem sero b s e ro b s e ro b s e ro b s e ro b s e r vvvvv a d a s ?a d a s ?a d a s ?a d a s ?a d a s ?

    Algumas das diferenas bsicas entre bens e servios, segundoLovelock, Wright (2001) so:

    os clientes no obtm propriedade dos servios: osclientes extraem valor dos servios sem obter propriedadepermanente de qualquer elemento tangvel;

    os produtos dos servios so realizaes intangveis:ao contrrio dos bens, nos quais os benefcios provm deatributos fsicos, nos servios os benefcios advm danatureza da realizao, ou seja, os consumidores no podemtocar, embrulhar ou carregar a realizao do servio;

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    h maior envolvimento dos clientes no processo deproduo: muitas vezes os clientes so necessrios realizao de um servio;

    Uma consulta mdica, por exemplo, s pode ocorrercom a presena do paciente; uma pea teatral s pode serencenada perante um pblico que se dispe a estar presentepara assisti-la.

    outras pessoas podem fazer parte do produto: umaviagem area, por exemplo, um servio no qual opassageiro usufrui o benefcio ao mesmo tempoque os demais passageiros; voltando ao exemplodo item anterior, a pea de teatro, as pessoascompartilham a realizao da pea ao mesmotempo que outra pessoas o fazem;

    h maior variabilidade nos insumos eprodutos operacionais: o fato de haverpessoas envolvidas na prestao do servio tanto naproduo quanto no consumo , faz com que se torne difcilcontrolar a variao nos resultados;

    Uma aula, por exemplo, vai depender do empenho doprofessor e dos alunos. H, porm, fatores que podem levaro professor a ministrar tal aula de maneira insatisfatria,como doenas (gripe, resfriado), condies climticas (frio oucalor excessivos), problemas pessoais (financeiros, afetivos)e a prpria dinmica da conduta pessoal. Da mesma forma,tais fatores podem afetar o comportamento dos alunos,fazendo com que a receptividade ao contedo ministrado noencontre uma situao ideal de transmisso do conhecimento.

    muitos servios so de difcil avaliao pelos clientes:os clientes precisam efetivamente contratar a

    realizao do servio para saberem se o resultadosair ou no a contento. Ao contrrio daaquisio de uma roupa, que o cliente podeprovar e verificar sua adequao ao seutamanho e gosto, um cliente s vai saber se acirurgia plstica que ele contratou sair deacordo com sua expectativa apssubmeter-se ao bisturi do cirurgio;

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    ausncia de estoques: o cliente no pode estocar osservios;

    Imagine, por exemplo, que ele chame um pintor parapintar sua casa. O cliente no pode contratar o pintor e estocaro trabalho de cobrir as paredes. O consumo do servio temde ser simultneo ao consumo. Da mesma forma, um pacienteno pode estocar o tratamento dentrio que faz com seudentista. Ele tem de consumir o servio receber o tratamento na hora acertada com seu dentista.

    o fator tempo relativamente importante: como existe anecessidade da presena do cliente no momento da oferta doservio, h um limite de tempo que quem est recebendo oservio est disposto a dedicar. Sendo o tempo um fator muitoimportante para todos hoje em dia (tempo dinheiro, dizem), importante que a expectativa do cliente no seja ultrapassada,sob risco de gerar insatisfao e ocorrer a impossibilidade deestabelecimento de uma relao com a empresa;

    os sistemas de entrega podem envolver canais eletrnicose fsicos: muitos prestadores de servio podem combinar meioseletrnicos para a entrega do benefcio (um banco, por exemplo,alm das agncias, prestam servios por meio decanais eletrnicos, como internet e caixaseletrnicos). Alm disso, h a necessidade decapacitar os seus colaboradores para a entrega doservio, e muitas vezes educar tambm o clientesobre o que est sendo oferecidos, para quepossa haver a correta e adequada entrega dosbenefcios pretendidos.

    Voltando ao exemplo do teatr o, umacompanhia teatral precisa, alm de ensaiar seus atores, criarcondies adequadas junto platia para que a peatranscorra normalmente (manter o silncio, a iluminaoadequada, evitar as movimentaes em excesso dosespectadores, etc.).

    H quem diga que vender servios muito mais difcil que bens. Issoporque, na maioria das vezes, a contratao de um servio assemelha-se auma promessa, pois no h certeza que o que se vai receber ser 100% igualao que se espera. Alguns autores dizem que o desafio dos profissionais doMarketing, em relao aos servios, conseguir tangibilizar (tornar palpvel)o intangvel (aquilo que no se pode tocar).

    Entendido bem as diferenas entre bens e servios, a prxima seoapresenta como se caracteriza o composto e as linhas de produto.

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    SSSSSEOEOEOEOEO 3 3 3 3 3 O O O O O COMPOSTOCOMPOSTOCOMPOSTOCOMPOSTOCOMPOSTO EEEEE ASASASASAS LINHASLINHASLINHASLINHASLINHAS DEDEDEDEDE PRODUTOPRODUTOPRODUTOPRODUTOPRODUTO

    As decises de composto de produto de uma empresa dizemrespeito s definies de estratgias relacionadas s linhas eitens de produtos. O composto de produtos de umaempresa aquilo que ela disponibiliza aosconsumidores e que fazem parte do seu negcio.

    Uma empresa, por exemplo, pode vendertrs linhas de produtos, como roupas (calas ecamisas), calados (tnis, botas e sapatos) eperfumes. Outra, pode vender computadores eaparelhos de udio e vdeo. E uma terceira podecomercializar mais de cinco linhas de produtos, comofilmadoras, copiadoras, aparelhos telefnicos, livros e revistas.

    Quais as caractersticas de um composto de produtos?Quais as caractersticas de um composto de produtos?Quais as caractersticas de um composto de produtos?Quais as caractersticas de um composto de produtos?Quais as caractersticas de um composto de produtos?

    O composto de produtos de uma empresa apresenta amplitude,extenso, profundidade e consistncia.

    A seguir entenda melhor cada caracterstica:

    a amplitude diz respeito ao nmero de linhas de produtosde uma empresa;

    a extenso, ao nmero total de itens do produto em cada linha; a profundidade considera o nmero de verses do produto;

    enquanto,

    a consistncia refere-se ao grau de relacionamentoexistente entre as diversas linhas de produtos, em dimensescomo canais de distribuio, benefcios propostos, utilidadee processos de comunicao.

    As estratgias de composto de produtos tm de estar de acordo com osobjetivos da organizao, seu posicionamento e as necessidades dosconsumidores.

    Em muitos casos, empresa interessa trabalhar com baixa amplitude emrazo da especificidade dos produtos para os quais mantm capacidadeprodutiva. Em outros, a profundidade demonstra que os consumidores tmum perfil afeito s inovaes, e por esse motivo conveniente que a empresatenha vrias opes de um mesmo produto para atend-los.

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    A linha de produtos, segundo Kotler (1994, p. 381),

    (. . .) constituda por um grupo de produtos diretamenterelacionados porque desempenham uma funo similar, sovendidos aos mesmos gr