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A VALORIZAÇÃO E A PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NO ENSINO INFANTIL PRÉ-ESCOLA: Uma contribuição para o desenvolvimento da criança SILVA, Maristela Luz¹ NUNES, Klivia de Cássia Silva² RESUMO Diante da problemática abordada através da pesquisa sobre: “A participação dos pais no Ensino Infantil Pré-Escola: uma contribuição para o desenvolvimento da criança”. O presente trabalho científico discorre as ações desenvolvidas no sentido de promover o envolvimento dos pais na vida escolar dos seus filhos. A análise dos dados coletados serviu nas ações de intervenção ajudando na valorização e no envolvimento do projeto contou com a parceria de todos que compõe a Unidade Escolar, pais e alunos. Assim a metodologia para a execução das ações do projeto ocorreu mediante reuniões, debates, entrevistas, visitas, observação e acompanhamento dos alunos. Para finalizar foram feitas exposições de atividades com os avanços dos alunos que tinham acompanhamento dos pais. Os avanços expostos neste trabalho promoveram satisfatoriamente o envolvimento dos pais no desenvolvimento na educação de seus filhos mais ativamente. PALAVRAS-CHAVE: Participação, pais, crianças, desenvolvimento. ______________________ ¹Licenciatura Plena em Pedagogia na Supervisão Educacional e nas series iniciais pela Universidade Estadual do Tocantins-UNITINS. Especialização em Coordenação Pedagógica Pela Escola de Gestores em Parceria com o MEC e a Universidade Federal do Tocantins-UFT. ²Professora orientadora do Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica pela Escola de Gestores em Parceria com a Universidade Federal do Tocantins-UFT, Ministério da Educação e Secretarias de Educação.

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A VALORIZAÇÃO E A PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NO ENSINO INFANTIL PRÉ-ESCOLA: Uma contribuição para o desenvolvimento da criança

SILVA, Maristela Luz¹

NUNES, Klivia de Cássia Silva²

RESUMO

Diante da problemática abordada através da pesquisa sobre: “A participação dos pais no Ensino Infantil Pré-Escola: uma contribuição para o desenvolvimento da criança”. O presente

trabalho científico discorre as ações desenvolvidas no sentido de promover o envolvimento dos pais na vida escolar dos seus filhos. A análise dos dados coletados serviu nas ações de intervenção ajudando na valorização e no envolvimento do projeto contou com a parceria de todos que compõe a Unidade Escolar, pais e alunos. Assim a metodologia para a execução das ações do projeto ocorreu mediante reuniões, debates, entrevistas, visitas, observação e acompanhamento dos alunos. Para finalizar foram feitas exposições de atividades com os avanços dos alunos que tinham acompanhamento dos pais. Os avanços expostos neste trabalho promoveram satisfatoriamente o envolvimento dos pais no desenvolvimento na educação de seus filhos mais ativamente.

PALAVRAS-CHAVE: Participação, pais, crianças, desenvolvimento.

______________________

¹Licenciatura Plena em Pedagogia na Supervisão Educacional e nas series iniciais pela Universidade Estadual do

Tocantins-UNITINS. Especialização em Coordenação Pedagógica Pela Escola de Gestores em Parceria com o MEC e a

Universidade Federal do Tocantins-UFT.

²Professora orientadora do Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica pela Escola de Gestores em Parceria

com a Universidade Federal do Tocantins-UFT, Ministério da Educação e Secretarias de Educação.

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1. INTRODUÇÃO

Tradicionalmente os pais em parceria com a escola são os maiores responsáveis pelo sucesso no processo ensino-aprendizagem dos seus filhos. A falta de participação, valorização, e acompanhamento das crianças da Pré-escola, é um fator que vem acontecendo muito no contexto atual.

Os objetivos do Ensino Infantil (Pré-escola) em parceria com a família é tornar a criança capaz de desenvolver os aspectos biológicos, psicológicos intelectuais e sócio culturais, preparando-as para a continuidade no processo educacional. Portanto os pais devem modificar suas ações, para que compreenda a importância do seu papel no processo ensino e aprendizagem dos seus filhos.

No Parágrafo único do Capitulo IV do Estatuto da Criança e do Adolescente (Brasil, 1990), declara que “é direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais”, ou seja, os pais devem participar da educação dos filhos. Nesse contexto, a escola deve buscar essa parceria pra alcançar resultados significativos na formação da criança.

Algumas questões motivaram o desenvolvimento desta pesquisa como: a falta de acompanhamento dos pais na educação dos filhos, o baixo desempenho nas atividades desenvolvidas pelos alunos e o não atendimento, parceria e expectativa da escola. Este estudo pretendeu-se investigar, apresentar e buscar mudar os resultados, analisando a interação e participação dos pais perante a escola, pressupondo que os pais são os principais fatores que influenciam no sucesso escolar dos filhos.

Pensando em, reparar tais idéias; que escola e família sejam parceiras, contribuindo para a formação cidadã dos alunos, tornando-as consistente na construção dos conhecimentos. È preciso que haja responsabilidades dos pais e da escola na educação dos alunos. Cada um deve cumprir a sua obrigação, pois observa-se através das entrevistas feitas aos professores, que os pais querem sobrecarregar a escola, deixando de lado o seu papel na educação dos filhos.

O principal objetivo deste trabalho foi discutir através da teoria e da pratica sobre importância da valorização e participação dos pais no Ensino Infantil Pré-escola, um ensino que contribui para o desenvolvimento da criança. Para alcançar esse objetivo, os pais foram analisados no processo de acompanhamento e envolvimento na educação de seus filhos.

É importante ressaltar o papel da escola no processo de parceria e interação com a família. Visto que todos os esforços foram no sentido de envolver os pais à participarem na educação dos filhos. Na Escola Municipal Tancredo de Almeida Neves, situada na cidade de Tocantinópolis-To, acredita-se na parceria entre os pais e a escola, pois dessa forma cada um se dedica a sua atribuição, realizando assim um trabalho mais eficaz.

Para a análise dos dados foi desenvolvido o estudo de caso com reuniões e discussões, obtendo informações sobre o assunto abordado; trabalho de campo com pesquisas, observações, acompanhamento e visitas as famílias; coletas de dados através de entrevistas a um grupo de pais e professores. Já o estudo bibliográfico foi baseado em dados escritos em revistas, livros, artigos, e sites. Tendo como objetivo apresentar as ações desenvolvidas através do projeto de intervenção: A participação dos pais no Ensino Infantil Pré-escola: uma

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contribuição para o desenvolvimento da criança, realizada na escola citada no parágrafo anterior.

2. O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NO ENSINO INFANTIL (PRÉ-ESCOLA): NUMA PERSPECTIVA DE VALORIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DOS PAIS PARA O SUCESSO NA VIDA EDUCACIONAL DE SEUS FILHOS.

2.1 A importância dos pais na educação dos filhos na pré-escola e a interação família e escola

Com base nos estudos realizados para elaboração deste artigo, trouxe indagações e consequentemente reflexões a cerca da questão família e escola, assunto sério, importante e preocupante que deve ser por todos pensados, pois a base da educação e formação do ser humano perpassa e está intimamente ligada a estas duas instâncias.

Durante as leituras pode-se perceber que a concepção referente a criança, infância e família sofreram alterações no decorrer do tempo. Como Heywood (2004) procura mostrar e expor de forma sucinta. Na Idade Moderna a criança para não criar laços estreitos de sentimentos para com seus pais, era obrigada a conviver em meio a outra família e nesta deveria aprender trabalhos que lhe serviriam para a vida de forma geral e, aconteceriam através das práticas sociais reais com os adultos desta segunda família.

Mais tarde com a elaboração e construção desses espaços destinados as crianças, houve um despertar para com a questão da educação e cuidados por parte dos pais, que por sua vez passaram a mantê-los no seio de sua própria família, não mais inseridos em outras, como era feito anteriormente. Aos poucos os pais começaram a repensar questão filhos, a infância e educação; assim iniciou-se um novo ciclo de hábitos diferentes e mais saudáveis para com seus filhos, pois passaram a acompanhar e visitar os seus menores nas instituições. Como enfatiza Ariès (2006, p.159). “o clima sentimental era agora complementarmente diferente, e mais próximo do nosso, como se a família moderna tivesse nascido ao mesmo tempo em que a escola, ou ao menos, que o hábito geral de educar as crianças na escola”.

Contudo o método utilizado na época, não atendia as necessidades das crianças, mas era entendido como o melhor, era extremamente rígido onde os menores não podiam nada, eram enclausurados nestes ambientes sob um regime disciplinar rigoroso, submissos, sem liberdade e, não conseguiam desenvolver-se de forma cabal e isso compromete determinados aspectos por toda a vida do indivíduo. A concepção da época era que a criança não estava pronta para a vida e deveria ser submetida a uma preparação que ocorreria nas escolas sem direito a nada que a infância lhes oferece e de fato as crianças necessitam como afirma Ariès:

Passou-se a admitir que a criança não estava madura para a vida, e que era preciso submetê-la a um regime especial, a uma espécie de quarentena antes de deixá-la unir-se aos adultos [...]. A família e a escola retiram juntas as crianças da sociedade dos adultos. A escola confinou uma infância livre num regime disciplinar cada vez mais rigoroso, que nos séculos XVII e XIX resultou no enclausuramento total do internato. (ARIÉS, p.277)

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Hoje se verifica que continua a evolução do pensamento referente a criança e educação. A cada dia cresce o número de instituições, destinadas a educação infantil e, além disso, pais, educadores e uma gama de outros profissionais que se dedicam a estudar e melhorando qualidade de vida e educação destes pequenos bem com a garantia de seus direitos. Já há uma parcela significativa de pais ou responsáveis que se preocupam realmente com a formação de seus filhos e pupilos, graças a tantas mudanças que desde o princípio vem propiciando a conscientização da sociedade sobre a educação infantil (pré-escola).

Uma das funções da família segundo Ariès (2006) é a de garantir proteção, para ele cabe à família o dever de preparar o indivíduo para vida social, através da transmissão de valores e princípios que lhes serão úteis, quando estes estiverem distantes. Porém o que se nota é que as famílias sofreram muitas mudanças em sua estrutura, não há mais um padrão; existem diversos modelos de famílias, cada uma com seus problemas; outro aspecto e o da rotina que obriga os pais ou responsáveis a se ausentarem por um longo tempo de casa, o que dificulta o contato com seus filhos; contudo nada em justificar esse desamparo, pois com organização pode se tais obstáculos.

Mediante esta conclusão pode-se afirmar que os pais são os maiores responsáveis de forma direta ou indireta pela educação de seus filhos, uma vez que a educação é algo que acontece de forma dinâmica através do contato com os outros e se dá em qualquer lugar, além de tudo a família é seu primeiro e maior contato social durante toda infância; entende-se assim que a participação dos pais é fundamental e necessária ao bom desenvolvimento de seus filhos na educação escolar.

A análise da contribuição positiva da participação dos pais na vida escolar de seus filhos faz-se comungar com os pensamentos de Nogueira (1999), pois essa participação influencia, auxilia o bom desenvolvimento das crianças de forma geral, sobre todos os aspectos; elas se tornam mais seguras, tranquilas, participativas e comunicativas. Existem diversas formas para efetuar essa participação; visitas as escolas, auxílio nas atividades de casa, conversas sobre as aulas, as atividades, sobre a relação da criança e com seus professores, a verificação do crescimento e rendimento da criança e a motivação e incentivos.

Deve-se levar em consideração os diversos obstáculos enfrentados cotidianamente pelas famílias nos dias atuais, seja por sua formação, desmembramento, os de ordem financeira, de indisponibilidade de tempo devido a jornada de trabalho, etc. Os obstáculos que geram nas escolas um percentual de baixo rendimento no desenvolvimento das crianças, pois quando isso acontece as mesmas se sentem sem direção, desnorteadas e na sua grande maioria possam a apresentar problemas de comportamento e são geralmente rotulados de “crianças problemas” devido as circunstâncias vividas na família não conseguem construir entre outras coisas uma boa socialização e, questões de conduta que as prejudica diretamente.

É essencial que a família independente de qualquer coisa consiga compreender a importância de seu papel na vida das crianças para então procurar desempenhar a sua função da melhor maneira dentro de suas possibilidades. Construindo nos pequenos desde cedo noções de valores, princípios que lhes acompanharam por toda a vida como nos mostra Feijó (2008) neste trecho:

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“Quando preservamos valores morais e sociais, quando demonstramos interesse ao próximo, quando somos justos, honestos, equilibrados, assertivos em nossas atitudes, por modelação tenderemos a formar filhos também justos, honestos, equilibrados, e interessados em valores sociais”. (FEIJÓ, p.108)

Os pais ou os responsáveis são os maiores suportes educacionais de seus filhos e não devem transferir esta função para a escola, pois a mesma não tem responsabilidades legais sobre as crianças e sim seus pais, então se subentendem que é a família que deve procurar acompanhar integralmente os passos da criança não só em casa, mas fora dela, na escola esta se dá através de acompanhamento.

Com o objetivo de potencializar e garantir um desenvolvimento a nível satisfatório nas crianças faz se necessário à presença constante dos pais na escola para o acompanhamento dos seus filhos, bem como a verificação da própria instituição, uma vez que os pais são parte integrante dela e, como parceiras devem sempre caminhar lado a lado intimamente para garantir a plena formação das crianças em excelentes seres humanos, futuros conscientes e ativos cidadãos. É fundamental a efetiva união entre família e escola no intuito de garantir o bem estar, o desenvolvimento pleno das crianças e o seu sucesso na escola; quanto mais próximas estiverem escola e família melhor será para todos, pois o êxito dependerá dessa parceria que bem feita é a certeza promove ganhos a ambas as partes.

Para que esta parceria aconteça e possa gerar bons frutos é preciso uma análise e reflexão sobre o que vem a ser a escola e família e, reconhecer quais suas reais funções, para que na sequência se possa transformar essa concepção a favor do desenvolvimento de nossas crianças. A inda para se conseguir tal proeza requer que os pais façam além de assinar a matrícula dos filhos na escola, que estes venham participar efetivamente de toda vida escolar do seu filho, contribuindo em todas as ações que puder como enfatiza Gadotti, (1993, p.17):

A gestão democrática da escola implica que as comunidades, os usuários da escola, sejam seus dirigentes e gestores, e não apenas seus fiscalizadores ou meros receptores dos serviços educacionais. Na gestão democrática, pais, alunos, professores e funcionários assumem sua parte de responsabilidade pelo projeto da escola.

Em uma das suas fontes teóricas Paro (2007), aponta que o sucesso da parceria entre família e escola depende do jogo de cintura, respeito, valorização de cada um, além de uma boa comunicação; estes itens fazem diferença no alcance do sucesso almejado. Nessa batalha cabe à escola buscar alternativas e traçar estratégias de permanência dos pais na escola, lutar para eles compreendam que a escola não poderá caminhar bem sem eles; que suas participações ativa é um das principais armas para o sucesso e, que somente esta união garantirá a caminhada tranquila e repleta de vitórias na trajetória de vida dos seus filhos.

Percebe-se então que a escola deve conhecer a criança e sua estrutura familiar, o seu meio familiar lhe trará informações essenciais para que a escola entenda e elabore propostas respeitando suas particularidades existentes, pois cada grupo familiar é único, esta concepção também é defendida por Marini (2003), quando enfatiza que a escola deve avaliar corretamente suas ações, apresentando propostas educacionais de acordo com a realidade da comunidade escolar na qual esta inserida os alunos.

Diante disso, concorda-se com Paro (2007) quando aborda que as instituições de educação devem com muita criatividade sempre renovar e reelaborar suas ações no intuito de se conquistar e manter vivo o elo entre família e escola. E pensando nessa meta elaboramos

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cuidadosamente uma série de ações que visão valorizar a participação dos pais no Ensino Infantil (Pré-escola).

2.2 Analisando os resultados através dos procedimentos da pesquisa de campo

A presente pesquisa sobre a valorização e a participação dos pais no Ensino Infantil (Pré-Escola): uma contribuição para o desenvolvimento da criança foi desenvolvida na Escola Municipal Tancredo de Almeida Neves, através de ações de intervenção, tendo como objetivo o papel da família e da escola na educação dos filhos e os fatores que exercem a influência na interação entre ambas. O projeto coletou dadas, informações teóricas com autores renomados, publicações em livros, revistas e sites com tema abordado.

O projeto surgiu a partir de discussões e reflexões feitas pelos professores e coordenadora na instituição de ensino, onde a pesquisa foi desenvolvida sobre a falta de participação dos pais na educação dos seus filhos, o baixo desempenho dos alunos nas atividades propostas e a falta de interação dos pais com a escola.

A Escola Municipal Tancredo de Almeida Neves é uma instituição de ensino público da rede municipal, localizada na Rua Tocantins S/N, Bairro Alto da Boa Vista II, na cidade de Tocantinópolis-To. Possui 12 dependências. A Lei de oficialização e denominação é de nº 588 de 21 de novembro de 1994.

A instituição escolar encontra-se em boas condições para atender as necessidades da comunidade, acomodando-se em um prédio novo. Acata as condições de uso; no que se refere à limpeza, higiene, e preservação do patrimônio. O atendimento é somente para alunos da Educação Infantil (Pré-Escola). A clientela que a escola recebe é de classe média baixa.

Na escola funcionam 06 turmas para ensino regular e 01 para o Atendimento de Educação Especializado, destinado ao trabalho para crianças deficientes. Sendo atendidos 68 alunos no turno matutino e 55 no turno vespertino, totalizando em 123 alunos. Portanto a escola conta com 20 funcionários nos setores pedagógicos e administrativo. Na escola todos são envolvidos no processo educacional, proporcionando um ambiente acolhedor, garantindo a afetividade, num caráter educativo, físico, social e cultural.

Nesta proposta de ensino todos os profissionais atendem o perfil exigido para esta modalidade de ensino. No corpo docente estão profissionais graduados ou que estão cursando curso superior. A escola desenvolve sua função e procura solucionar os problemas que surgem da melhor forma possível.

Para o desenvolvimento deste projeto todos os funcionários foram envolvidos. As ações foram executadas de acordo com cronograma estabelecido no projeto. Os métodos utilizados foram os baseados no estudo de caso, coletas de dados, entrevistas, visitas às famílias, observação e acompanhamento, reuniões e debates, pesquisa bibliográfica, e análise dos dados coletados.

Os procedimentos deste projeto iniciaram mediante a apresentação do projeto à comunidade escolar numa reunião realizada na Unidade Escolar, apresentando as ações que seriam realizadas durante a sua execução. No dia foram reunidos 93 pais. Na referida escola a

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população é de 120 pais. No momento da reunião a coordenadora Maristela enfatizou sobre a cultura de participação dos pais na educação de seus filhos; ação que deve ser constante e consciente tanto no recinto escolar, quanto no familiar. Ressaltando também sobre a troca de experiência e união entre família e escola, para o desenvolvimento e aperfeiçoamento das habilidades adquiridas pelas crianças. Na reunião, pode-se observar que dos 100% da população de pais existente na escola 93% compareceram à reunião. De acordo com a apresentação do gráfico1.

Fonte: Livro de Reuniões.

A primeira ação desenvolvida teve uma excelente participação, pois quase todos os pais participaram e, isso dá ânimo para continuar com o projeto na perspectiva de atingir o seu término com 100% de êxito.

Passando para as entrevistas feitas aos pais. Ressaltado que dos 120 pais somente 80 devolveram os questionários respondidos. Apresentam os resultados de acordo com as perguntas diretas relacionadas aos processos de participação dos pais no processo educacional de seus filhos e a interação com a escola. Quando os pais foram perguntados se consideram importantes a Educação Infantil dos seus filhos. 76 responderam que sim, somente 4 pais não achavam importante este ensino.Gráfico2

Fonte: Questionário aplicado aos pais.

Portanto, como afirma SYMANSKI (2001): “Ambas as instituições têm em comum o fato de prepararem os membros jovens para sua inserção futura na sociedade e para o desempenho de funções que possibilitem a continuidade da vida sócia”. (p. 61). Pode-se

95%

5%

GRAFICO 2

consideram a Educação infantil importante

para aprendizagem dos filhos

Não consideram importante a EducaçãoInfantil

7

perceber que boa parte dos pais já consegue perceber a importância da educação infantil na vida de seus filhos, que a aprendizagem nela conquistada lhes serão válida por toda vida.

Ao serem perguntados sobre quais são as responsabilidade na educação de seus filhos. Dos 80 pais que responderam a entrevista, 05 disseram que devem somente cuidar dos filhos, 10 responderam que devem educar e 65 afirmaram que responsabilidade dos pais e cuidar educar, como ilustra o gráfico 3.

Fonte: Questionário aplicado aos pais.

O avanço na concepção sobre a infância, criança e educação pode ser visto nitidamente no gráfico apresentado, uma vez que grande parte dos entrevistados entende que sua responsabilidade social é de cuidar e educar seus filhos. Como aponta SZYMANSKI (2001): “Tudo o que ocorre numa família tem um significado. Nossas ações refletem nossos modos de pensar nossos sentimentos, nossas ambiguidades, nossas possibilidades no momento nossas limitações”. (p.48).

No que se refere ao que os pais esperam da escola (Ensino Infantil) para seus filhos. 65 pais disseram que esperam que a escola os prepare para vida, os outros 15 esperam que a escola os ensinem a ler e escrever, como pode ser observado no gráfico 4.

Fonte: Questionário aplicado aos pais.

Nota-se que um número significativo de pais já compreende a educação infantil (pré-escola) como um período importante e necessário na vida dos seus filhos e que esta lhes é o início de sua preparação para a vida. Como enfatiza SZYMANSKI (2001): “A escola tem um papel preponderante na contribuição do sujeito, tanto do ponto de vista de seu

6%14%

81%

RESPONSABILIDADE DA EDUCAÇÃO DOS FILHOS

CUIDAR

EDUCAR

CUIDAR E EDUCAR

81%

19% O QUE ESPERAM DA ESCOLA

PREPARAR PARA A VIDA

ENSINAR A LER E ESCREVER

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desenvolvimento pessoal e emocional, quanto da constituição da identidade, além de sua inscrição futura na sociedade” (p. 90).

Um fator importante na educação dos alunos e a interação dos pais com a escola. Quando perguntados se vão a escola dos seus filhos com freqüência. Sobre isso, 50 pais responderam que só vão às reuniões, ou quando são chamados, os outro 30 responderam que vão sempre que podem para saber com esta o desenvolvimento dos seus filhos, como mostra o gráfico a seguir.

Fonte: Questionário aplicado aos pais.

A maioria afirma que só vão à escola quando são obrigados e, esse é um índice que pode vir a comprometer a educação e desenvolvimento dos filhos, destes que ficam quase que alheios ao que acontece na vida escolar de seus filhos, pois os pais de acordo com SZYMANSKI (2001): “Esperam da escola um tipo de organização que permita mais contato com os pais, por meio de reuniões em que possam saber sobre o rendimento dos filhos, assim com um registro, um boletim” (p.82).

Já em relação ao acompanhamento dos estudos dos filhos, 65 dos entrevistados disseram que ajudam os filhos nas atividades da escola e 15 admitiram que ás vezes fazem esse acompanhamento, como demonstra o gráfico 6.

Fonte: Questionário aplicado aos pais.

Nesse aspecto a qualidade em que acontece esse acompanhamento também influencia. Os pais precisam aprender como ajudar seus filhos, mas aos poucos a escola pode conseguir mais esse avanço. Para ampliar a leitura SZYMANSKI (2001) ressalta que: “A condição de famílias trabalhadoras dificultam um acompanhamento mais próximo do trabalho

62%

38%

RELAÇÃO PAIS/ESCOLA

Vão às reuniões ou quando são chamados

Vão sempre que podem, para saber como

esta o filho

81%

19%

ACOMPANHAMENTO NOS ESTUDOS

Acompanham os filhos nos

estudos

Não acompanham os filhos nos

estudos

9

acadêmico das crianças [...]. Mas, mesmo assim, muitas demonstravam boa vontade, e colaboram [...]”. (p.68).

Para finalizar a entrevista. Quando questionados se consideram importante a participação dos mesmos junto á escola no desempenho e na aprendizagem dos filhos. 60 pais admitiram de maneira positiva, ou seja, sim. Acha importante essa participação junto á escola e 20 disseram que não acham importante essa parceria de escola e família. (gráfico7)

Fonte: Questionário aplicado aos pais.

O percentual de repostas que consideram importantes a participação dos pais junto a escola foi bem maior o que o esperado, porém a preocupação deve se concentrar neste percentual. É necessário realizar um trabalho junto a esse grupo para que os mesmos possam compreender e modificar essa concepção, porém acredita-se que a escola alcançará seus objetivos. Ressaltando a fala de SZYMANSKI (2001): “uma condição importante nas relações entre família e escola, é a criação de um clima de respeito mútuo [...] tendo claramente delimitado os âmbitos de atuação de cada um” (p.75).

A entrevista realizada com os professores sobre a qualidade do ensino em suas salas de aula e o que vem dificultando o baixo desenvolvimento por parte de alguns alunos. De acordo como mostra o gráfico 8. Os 6 professores entrevistados responderam que a falta de acompanhamento e a participação dos pais no processo educacional de seus filhos tem levado a esses fatores.

Fonte: Questionário aplicado aos professores.

75%

25%IMPORTANCIA NO ACOMPANHAMENTO

Sim. Acham importante a participação dos pais junto à

escola no desempenho e na aprendizagem dos filhos.

Não acham importante a participação dos pais junto á

escola

100%

FATORES

A falta de acompanhamento dos pais e um fator que tem levado

baixo desenvolvimento dos alunos e a má qualidade no ensino.

Outros fatores

10

O gráfico revelou de forma unânime, o principal fator. A escola necessita fazer com que os pais compreendam que a criança precisa de um determinado monitoramento, alguém que lhes mostre como fazer ou seguir para que consigam se desenvolver melhor, pois escola com a ajuda dos pais pode atingir a meta ou seu papel.

Após as observações dos resultados, percebeu-se que este projeto através de suas ações promoveu mais o envolvimento das famílias junto à escola, valorizando assim a Educação Infantil (pré-escola), como um ensino que tem contribuído para o desenvolvimento da criança. De acordo com a última reunião realizada na Escola Municipal Tancredo de Almeida Neves, com os pais dos 29 alunos listados pelos professores durante as entrevistas; percebeu-se que depois das ações de intervenção; ficou comprovado através das atividades expostas pelos professores e coordenadores que 22 dos alunos melhoraram. Isso significa que a escola ao poucos está conseguindo criar alianças com a família, alcançando seus objetivos obtendo resultados satisfatórios. Como o gráfico 09.

Fonte: Registo de acompanhamento.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

É sabido que a valorização e a participação dos pais no processo educacional da criança no Ensino Infantil (Pré-Escola) têm contribuído para seu desenvolvimento biológico, psicológico intelectual e sócio cultural, preparado-a para a seqüência na sua vida escolar.

Dentro do contexto do estudo feito através desta pesquisa foi possível compreender melhor esse processo de participação dos pais, diante da aproximação com a família, as particularidades de cada uma e, com isso também as características das crianças a quem atendemos. Conheceu o “tipo’’ de família da nossa comunidade escolar é o ponto de partida para solução da problemática abortada.

Os questionamentos feitos pelos professores através das discussões no âmbito escolar aportam que, os problemas que afetam a aprendizagem dos alunos são a falta de envolvimento dos pais com os filhos e a falta da participação dos mesmos no processo educativo dos filhos. A escola reconhece que os pais influenciam seus filhos para uma melhor aprendizagem.

76%

24%

INDICE DE APROVEITAMENTO

ALCANÇARAM

NÃO ALCANÇARAM

11

Portanto, a escola precisa abrir suas portas, trazendo os pais de seus alunos, buscando-os para uma verdadeira parceria entre escola e família. Escola deve dar o primeiro passo em busca dessa interação com a família. Ouvindo, expondo opiniões, acatando opiniões próprias dos pais são possibilidade assim de ações coletivas construídas pela escola e família num processo em ensino aprendizagem de sucesso.

De acordo com a pesquisa percebeu-se que a maioria dos pais participa da escola, só quando são convocados para reuniões, quando a escola fala das habilidades desenvolvidas pelo seu filho, pois Educação Infantil atribuir nota à seus alunos e sim conceitos nas habilidades e, outros pais não compareceram nem mesmo nas reuniões. O que vem acontecendo com a maioria desses pais e que eles não se preocupam em perguntar como está desenvolvimento do seu filho e o que eles podem fazer para ajudar nesse processo de aprendizagem. Mas de acordo com a entrevista todos querem o melhor para eles.

No entanto, escola e pais devem unir-se e buscarem juntas a solução para os problemas que surgem no processo educacional dos alunos a fim de conseguirem adquirir uma aprendizagem qualitativa por meio da interados pais e escola. Pois se os pais acompanham e valorizam seus filhos na vida escola mo Ensino Infantil, os mesmos se sentiram seguros, amparados e, isso favorecerá sucesso do processo ensino aprendizagem.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARIÈS. P. História Social da Criança e da Família. 2. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, Secretaria Especial de Direitos Humanos, Ministério da Educação, 2005.

FEIJÓ, Caio. Preparando os alunos para a vida. São Paulo: Novo século: 2008.

GADOTTI, Moacir. Escola Cidadã. 2. Ed. São Paulo: Cortez, 1993

HEYWOOD, Colin. Uma Historia da Infância: da idade média à época contemporânea. Porto Alegre: Artmed, 2004.

MARINI, F. 2003. Escola e famílias de periferia urbana: em busca de possibilidades de aproximação. Dissertação em Mestrado. São Carlos/SP. Universidade Federal de São Carlos, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2003.

NOGUEIRA, N.A Relação Entre Escola e Comunidade na Perspectiva dos Parâmetros Curriculares Nacionais. Revista Pátio, ano 3, n. 10, p.13-17,ago./out. 1999.

PARO, V. H. Gestão da escola publica: participação da comunidade. Revista brasileira de estudo pedagógicos, v. 73,n. 174, p. 255-290, 1992.

PARO,V. Qualidade do ensino: contribuição dos pais. São Paulo: Xamã, 2007.

SZYMANSKI, Heloisa. A relação família/escola: desafios e perspectivas. Brasília: Plano, 2001.

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ANEXO

FOTOS DAS OUTRAS AÇÕES DESENVOLVIDAS NO PROJETO

VISITA AS FAMÍLIAS

ACOMPANHAMENTO DOS ALUNOS NA SALA DE AULA

REUNIÕES COM OS PAIS

EXPOSIÇÃO DAS ATIVIDADES DOS ALUNOS