AFT II Discursiva Juniaterror Aula 02

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    DISCURSIVA PARA AUDITOR-FISCAL DO TRABALHOProfessores: Jnia Andrade e Dcio Terror

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    Aula 02

    Ol!Sou o professor Dcio Terror e com grande prazer que nos

    encontramos neste curso!!! Sejam muito bem-vindos! Agradecemos aconfiana em nosso trabalho e saibam que vamos caminhar juntos rumo sua

    aprovao!

    Esta aula uma sequncia da anterior, pois trabalha os aspectos

    lingusticos que embasam sua argumentao.

    Para termos uma ideia da correo da ESAF, pense no seguinte: quanto

    mais limpo estiver seu texto (boa caligrafia, sem erros de grafia, sem

    rasuras, sem vcios gramaticais), menos obstculos a banca ter para entender

    seu texto. Assim, se seu texto transmite uma fluidez na leitura, a banca ter

    mais possibilidade de avaliar bem o contedo e at releva alguns vcios formais

    (s vezes).

    Por isso, pedimos sempre que voc pense em quem est avaliando seu

    texto aps realizar sua discursiva. Faamos um teste nos temas que iremos

    corrigir neste curso. Aps realizar seu texto, releia-o com calma, observando

    cada argumento e o tpico que ele alcanou, alm dos aspectos gramaticais

    utilizados na sua linha argumentativa.

    s vezes o candidato sabe muito mesmo, mas acaba por explicar demais,

    inserindo muitos termos enumerados e intercalando-os. O que ocorre? Muitas

    vezes, ele perde a referncia do tronco principal da orao (sujeito-verbo-

    complemento). Assim, muitas vezes percebemos o truncamento sinttico:

    orao com sujeito, mas sem predicado; com predicado, mas sem sujeito;alm daqueles grosseiros erros de concordncia pelo distanciamento do verbo

    em relao ao sujeito.

    C pra ns, um examinador ao observar erros primrios numa

    discursiva, naturalmente vai ter boa vontade com os aspectos

    macroestruturais??? Dificilmente!!!!!

    Ento, faamos o dever de casa!!!!! Voc tem o compromisso de deixar

    seu texto limpo, sem truncamentos, sem erros gramaticais.Depois, partir para o abrao!!!!!!

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    CONTEDO DA AULA

    Sero matrias deste trabalho:

    a.Conhecer o cdigo avaliativo da anlise quanto ao uso do idioma.

    b.Analisar exemplos.

    O CDIGO DE CORREO

    Neste curso, vamos seguir a pontuao prevista no edital deAuditor-Fiscal da Receita Federal 2012:

    A avaliao da prova discursiva abranger:

    a) quanto capacidade de desenvolvimento do tema e de cadaquesto: a compreenso, o conhecimento, o desenvolvimento e a adequaoda argumentao, a conexo e a pertinncia, a objetividade e a sequncialgica do pensamento, o alinhamento ao assunto abordado e a cobertura dostpicos apresentados, valendo, no mximo, 40(quarenta) pontos o tema e12(doze) pontos cada questo.

    b) quanto ao uso do idioma no tema e em cada questo: a utilizaocorreta do vocabulrio e das normas gramaticais, valendo, o tema, nomximo, 20 (vinte) pontos e valendo, no mximo, 8 (oito) pontos cadaquesto, que sero aferidos pelo examinador com base nos critrios a seguirindicados:

    Tipos de erro Pontos a deduzirTema Cada questo

    Aspectos formais:F - Erros de forma em geralO - Erros de ortografia (-0,50 cada erro) (-0,25 cada erro)

    Aspectos Gramaticais:MO - MorfologiaEC - Sintaxe de emprego e colocaoRG - Sintaxe de regncia

    PO - Pontuao

    (-1,00 cada erro) (-0,50 cada erro)

    Aspectos Textuais:SDC - Sintaxe de construo (coeso

    prejudicada)COV - Concordncia; clareza; conciso;

    unidade temtica/estilo; coerncia;propriedade vocabular; paralelismosemntico e sinttico

    PAR- Paragrafao.

    (-1,50 cada erro) (-0,75 cada erro)

    Cada linha excedente ao mximo exigido (-0,66) (-0,40)

    Cada linha no escrita, considerando omnimo exigido

    (- 1,00) (-0,80)

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    Vamos ao assunto, de modo bem pontual, para que no percamostempo.

    Os Aspectos Formais

    Neste tpico, gostaria de fazer uma ressalva: a banca ESAF tem umaconveno quanto quilo que vai ser ou no penalizado. Principalmente nestetpico, percebemos algumas divergncias de rigor entre examinadores. Hexaminadores mais cascudos, outros no. H examinadores que catammilho mesmo. Enxergam tudo!!!!!! H outros que do mais relevncia fluncia do texto, por isso comentamos que se deve evitar truncamentos,excesso de explicaes de algo que seria simples.

    Aqui so cobrados aqueles deslizes bobos e h muita ocorrncia disso,pois o candidato est focado no tema, na macroestrutura, mas, de repente,por medo de uma diviso silbica, por exemplo, deixa um espao muito grande

    no final da linha ou espreme a palavra no final da linha. Isso gera erro formal.Veja:

    O erro de forma ocorreu porque o candidato espremeu a palavraestrangeira no final da linha 13. Como deve ter se lembrado de inserir aspass depois de haver escrito a palavra, acabou por no deixar espao entre aspalavras e foi penalizado.

    Cabe aqui mais uma observao: no deixe de colocar o pontinho em

    cima da vogal i, como ocorreu nesta mesma palavra, o que reforou apenalizao. Tenho notado essa cobrana em algumas discursivas da ESAF.Como falei, h o examinador que cata milho, ento devemos ter todocuidado, para no ser pego de surpresa!!!!!!

    Os aspectos formais so avaliados em duas frentes: na apresentao dotexto (aspecto macroestrutural) e nos aspectos microestruturais (no caso, ouso de letras maisculas e minsculas e a translineao).

    1 - Letra: temos visto nas provas da ESAF que aceitvel a letra de frma,mas tente treinar com a cursiva. mais seguro. No recomendamos, mas

    temos percebido a aceitao inclusive da mistura dos tipos de letra o quevem sendo comum hoje.

    O que importa :

    A letra precisa ser legvel!

    Tambm destaque a forma da maiscula, se estiver trabalhandocom letra de frma.

    Veja no exemplo abaixo que a banca no consegue entender que palavraest escrita no final da linha 28:

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    2 - acentos e demais sinais grficos: estes devem estar bem visveis parao examinador.

    Quanto grafia alterada pela Reforma Ortogrfica, nosso edital claronesse sentido. O aluno poder redigir, por exemplo, ideia ou idia. At

    mesmo poder misturar as duas formas num nico texto. Essa permissodeve-se ao decretado perodo de tolerncia em que podemos empregar asduas regras. Esse perodo vigora at o final de 2012.

    Erros mais comuns:

    Insira o pingo no i!!!!!!Cuidado com o acento principalmente nas palavras indstria,

    consequncia, rgo, competncia.

    Tambm percebemos muitos candidatos na hora da pressa que pensa emuma palavra e escreve outra, por exemplo: o aluno pensou o substantivo

    consequncia, o qual possui acento, mas, na hora de escrever, reajustoupara advrbio e acabou se esquecendo de tirar o acento:consequntemente. Isso foi o que ocorreu intuitivamente com estecandidato:

    Ele possivelmente tinha na cabea o adjetivo intrnseco, mas na hora deescrever preferiu o advrbio e se esqueceu de tirar o acento:

    intrnsecamente.

    3- rasura: se voc errou e percebeu a tempo o erro, apenas d um riscosobre a palavra incorreta e escreva a forma correta a seguir.

    Normalmente observamos dvidas quanto ao seguinte: se eu tiver errado eno houver espao mais para corrigir o erro, o que pode ser feito?Vale a pena

    subir o morrinho e escrever sobre o erro?

    A aceitao desse tipo de correo depender do examinador (comofalamos, h os mais exigentes, h os menos exigentes); mas o que temosvisto em larga escala a admisso de tal prtica.

    Exemplos no faltam:

    s vezes percebemos at uma linha inteira sendo cancelada pelo

    candidato, por meio do risco e isso no repercutiu penalizao. Apenasdevemos tomar cuidado, pois no ser contada como linha efetivamenteaproveitada:

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    4 - diviso silbica: o ideal numa redao cumprir bem uma linha cheia,ou seja, ir at a margem direita. claro que, precisando findar frases, a gentevai pontuar e descer a escrita para a linha seguinte. Mas, quando o texto estem curso, vlido tomar cuidados:

    a.Nunca ultrapasse os limites da margem. A ultrapassagem leva anulao do texto.

    b.Evite escrever em cima da linha final da margem. H candidatos quecolam letras e sinais grficos (vrgulas, ponto etc.) na linha final. Essacolagem deixa imperceptvel algum sinal e, na dvida, examinadores no

    relutam em retirar pontos, como vimos no exemplo acima em que ocandidato espremeu uma palavra no final da linha. H ainda aquelescandidatos que ultrapassam o limite da margem e correm o risco de ter aprova anulada.

    c. Se for dividir slabas, use hfen. A gente no usa underline (traoabaixo da slaba) no portugus.

    d. muito importante evitar a cacofonia: aquela diviso silbica que gerauma leitura desagradvel ou que induz o leitor a compreender umsignificado prvio, diferente do que se quer escrever ao final.

    Exemplo:prima-

    vera

    A cacofonia exemplificada nesta redao do concurso Auditor-Fiscal daReceita Federal (ESAF). Na linha 20, formou-se o pronome ele.

    e. Tambm no deixe sobrar apenas uma vogal na diviso.

    a-

    contece

    Por falar em cacofonia, uma que estamos sempre presenciando aexpresso por cada. Soa mal, no ?????!!!

    Quando voc se deparar com a necessidade de inserir uma expressodessa, retire o pronome cada ou substitua por outra palavra de igual valor.

    Exemplo: Tal ao deve ser definidapor cada pas...

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    O ideal seria o seguinte:

    Tal ao deve ser definidapelos pases...

    5 - Letra maiscula: no use letra maiscula aps dois pontos ou aps

    ponto e vrgula, ressalvados os casos em que o nome for prprio. Cargos e rgos especificados so grafados com maisculas: Presidente

    Maria das Graas; Ministrio das Minas e Energia, Controladoria Geral daUnio etc.

    Siglas so grafadas com todas as letras maisculas e sem pontinhosentre elas: PMDB, EUA, ONU etc.

    Acrnimos (siglas que viraram palavras) so grafados apenas com inicialmaiscula: Petrobras, Ibama, Cemig etc.

    Mas no invente!!!! Temos visto alunos transformando sigla regular (letras

    maisculas) em irregular (apenas a primeira maiscula) sem o devido cuidado.Por exemplo, evite a construo Alalc, Mdic, Gatt. Cada letra representaum substantivo prprio. Assim, preserve as maisculas: ALALC, MDIC, GATT.

    (observao: h examinadores que deixam esse vcio passar, h outros queno!!!!!)

    Evite usar siglas sem, num primeiro uso, acompanh-las do nomeextensivo: Controladoria Geral da Unio (CGU).

    Esse erro recorrente. Devemos evit-lo. No importa se o texto motivadorj apresentou o nome por extenso e a sigla. O seu texto outro!!!!! Assim,

    deve inserir o nome por extenso e a sigla. Depois desse acompanhamento, usa-se normalmente a sigla, ao longo

    do texto.

    Quando as palavras lei ou decreto forem seguidas de seus nmerosespecificadores, devem ser iniciadas por letra maiscula: Decreto1.751/95.

    6 - Uso de numeral. As dvidas de alunos basicamente se referem anumeral que transmite a contagem de elementos: 10 pases ou dez pases?

    Quando queremos transmitir a contagem de elementos e o numeral

    cardinal pode ser expresso por uma s palavra, devemos priorizar o uso porextenso: sessenta dias, trs pases, trezentas pessoas.

    Se couberem duas ou mais palavras, prefira os algarismos: 201pessoas, 21 pases etc.

    7 - Ortografia. Moada, agora no hora de decorar regras de ortografia, oque recomendamos trocar uma palavra cuja grafia desperte dvida por umamais simples, que voc domina.

    No exemplo abaixo, redao para Auditor-Fiscal da Receita Federal, ocandidato se deparou com o particpio extendido. E agora? estendido ou

    extendido?

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    O candidato manteve esta palavra com x e recebeu a penalidade O

    (ortografia).Na dvida, o melhor trocar a palavra duvidosa por outra que no gere

    dvida (ampliado, por exemplo) e continuar a redao com tranquilidade.

    Esclarecendo a dvida, gramaticalmente, h o substantivo extenso,mas o ato gerado desse substantivo grafado com s: estenderestendido.

    Mas a maioria dos erros mesmo ocorre por pura falta da releitura:

    Se o candidato tivesse relido o texto com ateno, teria notado que apalavra est com grafia inacabada. Na linha 43, ele escreveu adodas, sendoque sua inteno era escrever: adotadas.

    Uma simples falta do sinal de cedilha tambm implica penalizao, ecomo tenho visto este vcio nas discursivas...

    A releitura atenta faria com que o candidato percebesse queoramentria possui cedilha no c.

    8 - Palavras estrangeiras. Palavras ou expresses estrangeiras devem ficarentre aspas: dumping, antidumping, status, habeas data, habeascorpus.

    Observao: H entendimento de alguns autores que a palavra dumping delargo uso na linguagem tcnica, mas tal palavra ainda no se enraizou emnosso vocabulrio e a regra gramatical ampara us-la entre aspas.Como h uma previso gramatical e entendimentos divergentes quanto a isso,a falta das aspas pode gerar penalizao, se o examinador for mais rigoroso,mas a incluso delas no. Assim, use aspas nestas expresses, ok! maisseguro!

    Veja que o uso de aspas nas palavras estrangeiras bem aceito pelabanca.

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    Mas tambm percebemos que a banca no penalizou a falta das aspas:

    Porm, isso no regra! O examinador deixou passar...

    Veja que o prprio pedido da questo CGU 2012 inseriu a palavraestrangeira em itlico. Este tipo de fonte usado para substituir as aspas

    quando o texto digitado:

    Assim, pessoal! Na correo das discursivas, vamos cobrar a regragramatical (o uso das aspas em palavras estrangeiras, ok). Com isso, evitamosquaisquer dissabores, mesmo que a banca fique mais exigente.

    Os Aspectos Gramaticais

    Englobam os aspectos gramaticais a morfologia (MO), sintaxe deemprego e colocao (EC), sintaxe de regncia (RG), a qual engloba a crase, epontuao (PO).

    Morfologia (MO):

    A morfologia trata da palavra em si, sua flexo e emprego dentro dotexto. O vcio que mais temos visto quanto a este aspecto o uso dospronomes anafricos, isto , a retomada de uma palavra escrita no texto.

    Tal processo se d de diversas formas e o comumente usado o

    pronome demonstrativo este, isto, esta; esse, essa, isso; aquele, aquilo,aquela.

    No temos aqui a inteno de ministrar uma aula sobre esse tema, masapontar os erros comuns e uma forma de correo.

    Procure adotar o seguinte procedimento:

    a)ao retomar palavra, expresso ou orao anterior, use esse, essa, isso:

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    O pronome desse retoma todo o perodo anterior, resumido pelosubstantivo assunto. O uso do pronome deste implicaria prejuzomorfolgico e de coeso.

    Veja que os pronomes dessa e Isso esto corretamente empregadosporque retomam a informao dos perodos anteriores.

    Agora, note abaixo o uso do pronome demonstrativo realando aretomada do ltimo elemento em contraste a elemento anterior:

    Neste caso, note que o pronome estes retoma a ltima expresso

    (conceitos jurdicos indeterminados), em contraste com as anteriores.O uso desse pronome refora a clareza do texto. A utilizao do pronome

    esses, no trecho acima, implicaria desvio gramatical. Ento, tenha muitocuidado.

    Alm desses cuidados, perceba tambm o uso dos pronomes onde emesmo:

    a.O pronome onde s pode ser usado para retomar lugar. Ento, na horade escrever o texto, voc pode ficar em dvida quanto a esse valor.Portanto, sejamos prticos, em vez de empregar o pronome ONDE,prefira EM QUE, NO QUAL, ou NA QUAL, pois eles podem retomar lugarou coisa. Isso evitar erro comum quanto referncia do pronomeONDE.

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    b.MESMO: no use o mesmo, a mesma. Apesar do uso comum, errousar este pronome apenas para substituir substantivos. Sua funo outra: acompanhar o substantivo. Portanto, est incorreto construo dotipo: nada foi feito com relao ao mesmo.

    Sintaxe de emprego e colocao (EC):

    Neste tpico, vemos pouca ocorrncia de problemas com colocaopronominal. Mas seguem algumas dicas:

    a.Quando antes do verbo houver outro pronome, advrbio ou conjunosubordinativa, antecipe o pronome oblquo para que ele possa estar emposio de prclise.

    Exemplos:

    Estesse dividem em dois grupos. Nose deixou abater pelas denncias.

    Certamentese comprometeria...

    Emborase opusesse ao grupo,...

    b.No use pronome oblquo tono aps qualquer futuro ou no incio deenunciados. Exemplos:

    Conquistaria-se o poder...(errado)

    Assim, se manifestando....(errado)Correto: conquistar-se-ia o poder... / Assim, manifestando-se...

    A sintaxe de emprego basicamente capta todos os desvios sintticos queno sejam abarcados pela pontuao, concordncia, regncia ou crase. Umdesvio muito penalizado neste item a contrao de preposio e artigo oupreposio e pronome, que se encontram em um sujeito. Veja:

    A lei das licitaes foi um avano inestimvel para o cidado e importanteinstrumento para uma maior transparncia dos gastos pblicos, apesar dessalegislao necessitar de uma atualizao profunda.

    O verbo necessitar tem como sujeito o termo essa legislao. Assim,veja que no pode haver a contrao, porque o sujeito no pode serpreposicionado. A preposio de foi uma exigncia da locuo prepositiva

    apesar de. Para enfatizar que tal preposio no faz parte do sujeito,devemos separar a preposio do pronome:

    A lei das licitaes foi um avano inestimvel para o cidado e importanteinstrumento para uma maior transparncia dos gastos pblicos, apesar deessa legislao necessitar de uma atualizao profunda.

    Veja outro desvio recorrente: uso do pronome indefinido quem, o qualdeve se referir a pessoa, porm no texto abaixo est se referindo CAMEX:

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    Veja que o examinador sublinhou o pronome quem indicando o erro.Alm disso, h uma repetio desnecessria da base que (que/quem). Oideal para o trecho a retirada da expresso quem.

    Observemos outro trecho:

    O examinador poderia ter enquadrado o desvio em qualquer outrotpico, pois o problema real a falta de legibilidade: parece haver duas vogais

    o. Em vez de penalizar o candidato apenas com (F), ele preferiu estapenalidade, pois implicou desvio sinttico.

    Sintaxe de regncia (RG):

    Alguns casos de regncia verbal praticamente se fazem presentes nasredaes da maioria dos candidatos. De todos os casos, os verbos visar,assistir, acarretare implicarso os mais presentes e tambm so os quemais so empregados incorretamente. Assim, aparecem construes errneasdos seguintes tipos:

    a.A populao assiste atos de violncia cada vez mais comuns.b. O papel do legislador visa o estabelecimento da democracia.c.A retirada do amparo social implica na perda de votos.d. Pouco investimento acarreta no pouco desenvolvimento econmico.

    Correo:

    a. A populao assiste aos atos de violncia (VTI = ver, presenciar)

    b.O papel do legislador visa ao estabelecimento... (VTI = almejar)

    c. A retirada do amparo social implica a perda de votos. (VTD = resultar,acarretar).

    d.Pouco investimento acarreta o pouco desenvolvimento econmico.

    (VTD= resultar).Tambm faz parte deste tpico a crase:

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    A estrutura-padro da crasepreposio artigo

    verbo a a substantivo feminino

    ou + aquele, aquela, aquilonome a a (=aquela)a qual (pronome relativo)

    Quando um verbo ou um nome exigir a preposio a e o substantivoposterior admitir artigo a, haver crase. Alm disso, se houver a preposio

    a seguida dos pronomes aquele, aquela, aquilo, a (=aquela) e aqual; ocorrer crase. Veja as frases abaixo e procure entend-las com baseno nosso esquema.

    1. Obedeo lei. 2. Obedeo ao cdigo.

    3. Tenho averso atividade manual. 4. Tenho averso ao trabalho manual.5. Refiro-me quela casa. 6. Refiro-me quele livro.7. Refiro-me quilo. 8. Esta a casa qual me referi.9. No me refiro quela casa da esquerda, mas da direita.

    Na frase 1, o verbo Obedeo transitivo indireto e exige preposioa, e o substantivo lei feminino e admite artigo a, por isso h crase.

    Na frase 2, o mesmo verbo exige a preposio, porm o substantivoposterior masculino, por isso no h crase.

    Na frase 3, a crase ocorre porque o substantivo averso exigiu a

    preposio a e o substantivo atividade admitiu o artigo feminino a.Na frase 4, averso exige preposio a, mas trabalho substantivomasculino, por isso no h crase.

    Nas frases 5, 6 e 7, Refiro-me exige preposio a, e os pronomesdemonstrativos aquela, aquele e aquilo possuem vogal a inicial (no artigo), por isso h crase.

    Na frase 8, me referi exige preposio a, e o pronome relativo aqual iniciado por artigo a, por isso h crase.

    Na frase 9, me refiro exige preposio a, aquela possui vogal ainicial (no artigo) e a tem valor de aquela, por isso h duas ocorrncias

    de crase.Muitas vezes o substantivo feminino est sendo tomado de valor geral,

    estando no singular ou plural, e por isso no admite artigo a. Outras vezesesse substantivo recebe palavra que no admite artigo antecipando-a, por issono haver crase. Veja os exemplos a seguir em que o verbo transitivo indiretoexige o objeto indireto:

    Obedeo aleis.

    Obedeo alei e aregulamento.

    Os substantivos leis, lei esto em sentidogeral, por isso no recebem artigo as, a eno h crase. Na segunda frase, o queratificou o sentido geral foi o substantivo

    masculino regulamento no ser antecedidodo artigo o.

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    Obedeo auma lei.Obedeo aqualquerlei.Obedeo atoda lei.Obedeo acada lei.Obedeo atallei.Obedeo aesta lei.

    Depois de observarmos a estrutura da crase, fica fcil percebermos oerro antes do pronome demonstrativo essas, no mesmo?!!!!

    Por incrvel que parea, o erro mais comum a crase antes desubstantivo masculino ou antes de verbo...

    Pontuao (PO):

    Este um dos temas que mais tiram pontos do candidato. Paratrabalharmos a pontuao, vamos ser prticos. Note a estrutura abaixo: SVO.Ela representa o sujeito, o verbo e os complementos, os quais no podem serseparados por vrgula.

    S V O(sem vrgula entre sujeito, verbo e complemento)

    Teus amigos confiam em tua vitria.(sujeito - VTI - objeto indireto)

    Esquema da pontuao com termos substantivos

    Podemos inserir um verbo num termo substantivo (sujeito, objeto direto,objeto indireto, complemento nominal, predicativo, aposto) e teremos umaorao subordinada substantiva. Com isso, vamos ver que tambm nohaver vrgula entre ela e a orao principal.

    Veja:

    O artigo uma indefinido, os pronomesqualquer, toda, cada so indefinidos. Comoeles indefinem, no admitem artigo definido a.Os pronomes tal e esta so demonstrativos.

    Por eles j especificarem o substantivo lei, noadmitem o artigo a. Por isso no h crase.

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    S V O(sem vrgula entre sujeito, verbo e complemento)

    Teus amigos confiam em tua vitria.(sujeito - VTI - objeto indireto)

    Teus amigos confiam em que tu vencers.Orao principal + orao subordinada

    substantiva objetiva indireta

    Teus amigos confiam em venceres.Orao principal + orao subordinada substantiva

    objetiva indireta reduzida de infinitivo

    Esquema da pontuao com termos adjetivos

    Agora, vamos ver a estrutura adjetiva. Note abaixo que o objeto diretogente mentirosa possui o ncleo gente e o adjunto adnominal mentirosa.O termo adjetivo que no separado por vrgula o adjunto adnominal, o qualpossui valor restritivo (mentirosa). Se ele recebe verbo, passa a ser umaorao subordinada adjetiva restritiva. Se o termo estiver separado porvrgula, porque tem valor explicativo (aposto explicativo). Assim, ao inserirverbo, a orao tambm ficar separada por vrgula. Veja:

    S V O(sem vrgula entre sujeito, verbo e complemento)

    Eu detesto gente mentirosa.

    (sujeito - VTD objeto direto)

    Eu detesto gente que mente.orao principal + orao subordinada

    adjetiva restritiva

    O pas, grande exportador de matrias-primas, enfrenta uma criseeconmica interminvel.

    O pas, que grande exportador de matrias-primas, enfrenta uma crise

    econmica interminvel.

    Aposto explicativo

    Orao subordinada adjetiva explicativa

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    O pas, grande exportador de matrias-primas, enfrenta uma crise econmicainterminvel.

    O pas, grande exportador de matrias-primas, enfrenta uma crise econmicaque no termina.

    Nesta redao, o candidato recebeu a penalidade na pontuao, pois noseparou por vrgula a orao subordinada adjetiva explicativa que aexposio do motivo... de sua orao principal (no pode ser confundido coma motivao).

    Esquema da pontuao com termos adverbiais

    Pontuao com adjunto adverbial solto

    marcante nos adjuntos adverbiais a sua mobilidade posicional, poiseste termo pode movimentar-se para o incio, para o meio ou para o fim daorao. Essa mobilidade percebida nos termos soltos, os quais no soexigidos pelo verbo, mas apenas ampliam o contexto com a circunstncia. Isso notado principalmente nos advrbios de lugar, tempo e modo; nos advrbiosque modificam toda a orao (e no somente um termo); e nas locuesadverbiais:

    O custo de vida bem alto em Braslia.

    Em Braslia, o custo de vida bem alto.

    O custo de vida, em Braslia, bem alto.O custo de vida bem alto, em Braslia.

    Prefeitos de vrias cidades foram a Braslia.

    A Braslia prefeitos de vrias cidades foram.

    Prefeitos de vrias cidades a Braslia foram.

    Naturalmente, voc j percebeu o problema.

    Sim, eu sei.

    Esta locuo adverbial delugar no exigida peloverbo, por isso se consideraum termo solto, o qual podereceber vrgula. Comparecom a seguinte.

    Esta locuo adverbial delugar exigida pelo verbo,por isso no se consideratermo solto, ela pode semover na orao, mas norecebe vrgula.

    Os advrbios referem-se a toda

    a orao. Assim, podem recebervrgula.

    Orao subordinada adjetiva restritiva

    Adjunto adnominal

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    Quando a locuo adverbial solta for de grande extenso e estiverantecipada da orao ou no meio dela, a vrgula ser obrigatria. Seestiver no final, a vrgula ser facultativa.

    Antes da ltima rodada, o time j se dizia campeo.

    O time,antes da ltima rodada, j se dizia campeo.

    O time j se dizia,antes da ltima rodada, campeo.

    O time j se dizia campeo,antes da ltima rodada.

    O time j se dizia campeo antes da ltima rodada.

    Veja que o advrbio assim est deslocado e est separado apenas poruma vrgula. O correto a intercalao por duas vrgulas.

    Veja que o candidato no deixou espao entre o advrbio assim e amargem direita da linha 53. Dessa forma, a insero da vrgula implicaria aexcluso da penalidade PO, mas possivelmente incorreria na penalidade F.

    Tenha cuidado com a antecipao da estrutura adverbial, porque a banca

    tem penalizado a falta de vrgula at em adjuntos adverbiais de apenas trspalavras, o que normalmente na prova objetiva a banca considera comopequena extenso.

    Ento, se voc percebeu a antecipao ou intercalao de termoadverbial, insira a vrgula!!!!!!

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    Perodo composto por subordinao adverbial

    Vimos que o adjunto adverbial solto pode receber vrgula quando seencontra aps a estrutura principal (sujeitoverboobjeto: S V O). Quandoantecipado ou intercalado, recebe vrgula(s) obrigatoriamente.

    Veja a orao absoluta abaixo:

    O candidato passou no concurso, devido ao seu esforo no estudo.VTI objeto indireto adjunto adverbial de causa

    sujeito predicado verbalperodo simples

    A orao acima possui a estrutura bsica S V O: O candidato passou noconcurso. A estrutura devido ao seu esforo no estudo o adjunto adverbialde causa. Esse adjunto adverbial chamado por ns de solto, porque nohouve exigncia do verbo. Por isso, podemos inserir a vrgulafacultativamente. Esta estrutura no foi obrigatria, ela foi inserida para quehaja mais clareza e situe melhor o leitor sobre a circunstncia que levou ocandidato aprovao. Mas veja que esta expresso dependente daestrutura bsica da orao. Se dissssemos somente:

    Devido ao seu esforo no estudo

    Logicamente, ningum entenderia, concorda?

    Por isso, dizemos que esta estrutura dependente da estrutura S V O,isto : ela subordinada principal:

    O candidato passou no concurso, devido ao seu esforo no estudo.

    Quando esse adjunto adverbial recebe um verbo, observamos quepassaremos a ter duas oraes: a principal e a subordinada adverbial causal.

    O candidato passou no concurso, porque se esforou no estudo.

    sujeitoVTI objeto indireto VTI + objeto indireto

    predicado verbal predicado verbalorao principal orao subordinada adverbial causal

    perodo composto

    vrgulafacultativa

    vrgulafacultativa

    Estrutura bsica(principal) Estrutura adverbial (subordinada)

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    Antecipando a estrutura adverbial...

    Devido ao seu esforo no estudo, o candidato passou no concursoadjunto adverbial de causa VTI objeto indiretosujeito

    predicado verbalperodo simples

    Porque se esforou no estudo, o candidato passou no concursoVTI + objeto indireto VTI objeto indireto

    predicado verbal sujeito predicado verbalorao subordinada adverbial causal orao principal

    perodo composto

    Agora, intercalando...

    O candidato, devido ao seu esforo no estudo, passou no concurso.adjunto adverbial de causa VTI objeto indireto

    sujeito predicado verbalperodo simples

    O candidato, porque se esforou no estudo, passou no concursoVTI + objeto indireto VTI objeto indireto

    sujeito predicado verbal predicado verbalorao subordinada adverbial causal

    orao principalperodo composto

    Veja um exemplo na ltima prova de AFRFB:

    O examinador apontou PO na linha 45, pois, aps o pronome relativoque, h a orao subordinada adverbial condicional se a autoridade iniciar afiscalizao antes de iniciado o prazo decadencial, a qual est intercalada.Assim, a dupla vrgula obrigatria. O examinador acrescentou um X paraindicar ao candidato o fim de tal orao.

    As oraes subordinadas podem ser divididas tambm em dois tipos:desenvolvidas (aquelas que possuem conjuno e verbos conjugados em

    modos e tempos verbais);

    O candidato passou no concurso, porque se esforou no estudo.

    vrgulaobrigatria

    vrgulaobrigatria

    vrgulas obrigatrias

    vrgulas obrigatrias

    orao principal orao subordinada adverbial causal(desenvolvida)

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    reduzidas (aquelas que perdem a conjuno e por isso os verbos passama uma das formas nominais: gerndio, infinitivo e particpio).

    O candidato passou no concurso, por se esforar no estudo.

    Essas oraes basicamente se dividem em 9.

    1. Causais: com as conjunes: porque, pois, que, como (quando aorao adverbial estiver antecipada), j que, visto que, desde que, uma vezque, porquanto, na medida em que, que, etc:

    2. Consecutivas: I - conjuno que precedida de tal, to, tanto,tamanho. II locues conjuntivas de maneira que, de jeito que, de ordemque, de sorte que, de modo que, etc:

    3. Condicionais: Alm das conjunes condicionais se e caso, htambm as locues conjuntivas contanto que, desde que, salvo se, sem que(=se no), a no ser que, a menos que, dado que.

    4. Concessivas: As conjunes so: embora, conquanto, que, aindaque, mesmo que, ainda quando, mesmo quando, posto que, por mais que, pormuito que, por menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que,sem que (=embora no).

    5. Comparativas: representam o segundo termo de uma comparao ese expressam de trs formas, com as conjunes como, (tal) qual, tal e qual,

    assim como, (tal) como, (to ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos)que ou do que, tanto quanto, que nem, feito (=como, do mesmo modo que), omesmo que (=como):

    6. Conformativas: Suas conjunes so: como, conforme, segundo,consoante.

    7. Proporcionais: Suas locues conjuntivas so: proporo que, medida que, ao passo que, quanto mais ... tanto mais, quanto mais ... tantomenos, quanto menos ... tanto menos, quanto menos ... tanto mais, quantomais ... mais, quanto menos ... menos, tanto ... quanto (como).

    8. Finais: indicam finalidade, objetivo, com as locues conjuntivas:para que, a fim de que, que (= para que),:

    9. Temporais: Suas conjunes: quando, enquanto, logo que, mal(= logo que), sempre que, assim que, desde que, antes que, depois que, atque, agora que, ao mesmo tempo que, toda vez que.

    Fechando as estruturas adverbiais, vamos ao recorde de ndice de erros:o adjunto adverbial intercalado com apenas uma vrgula.Errado:Surgiram ento no Brasil, barreiras comerciais...

    O adjunto adverbial intercalado e de pequena extenso no pode receberapenas uma vrgula: ou fica entre dupla vrgula, ou no recebe nenhuma:

    orao principal orao subordinada adverbial causal(reduzida de infinitivo)

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    Correto:

    Surgiram ento,no Brasil, barreiras comerciais...Surgiram ento no Brasil barreiras comerciais...

    Esquema do perodo composto por coordenao e sua pontuao

    ______________________e ____________________. (aditiva)

    ______________________,mas _________________. (adversativa)

    ______________________ou ___________________. (alternativa)

    ______________________,portanto ______________. (conclusiva)

    ______________________,pois _________________. (explicativa)orao inicial orao coordenada sindtica

    Este esquema nos ajuda sempre que falarmos de oraes coordenadas.Os elementos coordenados esto basicamente unidos pelas conjunes e,

    mas, ou, portanto, pois.

    Note as vrgulas nas estruturas coordenadas. Ocorre vrgula antecipandoas conjunes coordenativas adversativas, conclusivas e explicativas. Asprincipais conjunes so:

    1) Aditivas: e, nem, tampouco, no s...mas tambm, no s...comotambm, seno tambm, tanto...como, tanto...quanto, bem como.

    2) Adversativas: mas, porm, contudo, todavia, entretanto, no entanto.

    3) Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, j...j, quer...quer.

    4) Conclusivas: logo, portanto, por conseguinte, pois (colocada depois doverbo), por isso, ento, assim, em vista disso.

    5) Explicativas:porque, pois(anteposto ao verbo), porquanto, que.

    As conjunes de valor adversativo (exceto mas) ou conclusivo tm acapacidade de mobilidade, podendo se posicionar no meio ou no final daorao, com vrgula(s) obrigatria(s). Veja as diversas possibilidades:

    a) adversativas:

    H muito servio,porm ningum trabalhava.H muito servio, ningum,porm, trabalhava.H muito servio, ningum trabalhava, porm.H muito servio; ningum,porm, trabalhava.H muito servio; ningum trabalhava, porm.

    H muito servio;porm ningum trabalhava.H muito servio;porm, ningum trabalhava.

    Perodo composto por coordenao

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    b) conclusivas:

    H muito servio,portanto trabalharemos at tarde.H muito servio, trabalharemos,portanto, at tarde.

    H muito servio, trabalharemos at tarde, portanto.H muito servio; trabalharemos,portanto, at tarde.H muito servio; trabalharemos at tarde, portanto.H muito servio;portanto trabalharemos at tarde.H muito servio;portanto, trabalharemos at tarde.

    Veja abaixo que o candidato recebeu a penalidade PO (Pontuao),porque a conjuno portanto est deslocada e deve ficar entre vrgulas, oque no foi observado nesta produo do texto.

    Cuidado com o conectivo de adio bem como. Tal conectivo antecipado por vrgula, ele no fica entre vrgulas. O erro do candidatoabaixo tem ocorrido bastante. Tome cuidado!!!!!

    Assim, a vrgula aps como deve ser retirada.

    Quando usaremos ponto e vrgula?

    Podemos usar ponto e vrgula para enumerarmos elementos ou oraesou podemos fazer desse sinal um organizador do discurso. Suponhamos quenuma enumerao tenhamos que explicar algum dos elementos enumerados.Nesse caso, devemos diferenciar as pontuaes para que se estabelea aclareza discursiva para o leitor. Assim, empregaremos o ponto e vrgula paraenumerar e a vrgula para explicar. Teremos, ento, uma composio comsinais grficos diferentes para funes diferentes.

    Exemplo:

    A extino do crdito ocorre pelo pagamento do montante apurado pelaautoridade fiscal; pela prescrio, quando o que se finda prazo de cobranafiscal; pela compensao, quando o contribuinte possuir crditos suficientes

    para com o fisco e o solicitar; pela transao, que um acordo entre o

    contribuinte e o rgo fiscal.

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    Vejam que, quando se vai ampliar a informao de algum dos elementosenumerados, a vrgula entra em ao, deixando o ponto e vrgula exerceroutro ofcio, o de enumerar, no caso.

    Cabe aqui mais uma observao: No h vrgula antes do e quando h

    apenas dois elementos enumerados que no possuam diviso interna, isto ,no apresentam vrgula ou conjuno coordenativa internamente:

    Errado:

    Muitos fatores contribuem para o sucesso da industrializao: osinvestimentos governamentais em pesquisa, e o investimento em educao.

    Certo:

    Muitos fatores contribuem para o sucesso da industrializao: os

    investimentos governamentais em pesquisa e o investimento em educao.

    Agora, com diviso interna em um dos termos pode ocorrer a vrgulaantes do e:

    Certo:Muitos fatores contribuem para o sucesso da industrializao: osinvestimentos governamentais em pesquisa e desenvolvimento, e oinvestimento em educao.

    Observao importante: Se for empregar dois-pontos para enumerar,use antes um vocbulo de valor catafrico o seguinte, este, esta.

    Ex.: As funes do TCU so as seguintes: auxiliar o Senado,...

    Os Aspectos Textuais

    Recomendamos tambm muita ateno na leitura desse conjunto deaspectos. Um erro aqui pode comprometer a macroestrutura da redaotambm. Assim, temos elementos que implicam a perda de pontos em coesoe coerncia, clareza e organizao frasal.

    Sintaxe de construo (coeso prejudicada) (SDC)

    Este tpico trata da correta diviso de perodos.

    Um primeiro caso que temos visto muitas vezes a construo Issoporque:

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    Nesta construo, a conjuno porque inicia um segmento causal.Apesar de algumas vezes vermos a construo Isso porque em textostcnicos e jornalsticos, devemos evitar uma orao subordinada adverbialcausal com referncia a apenas um pronome demonstrativo. A banca ESAF

    tem penalizado este tipo de construo, pois tal orao deve ser subordinada auma orao principal.Uma sada oportuna, quando voc se deparar com esta construo,

    inserir um verbo (permanecendo dois perodos) ou retirar o pronome Isso,formando apenas um perodo. Veja:

    Ademais, a jurisprudncia admite a validade das delegaes ao MTEprevistas no artigo 200 da CLT. Isso ocorreporque se trata de uma atribuioconferida por lei ao rgo competente, cuja atuao deve observar os limiteslegais para que seja legtima.

    ou

    Ademais, a jurisprudncia admite a validade das delegaes ao MTEprevistas no artigo 200 da CLT, porque se trata de uma atribuio conferidapor lei ao rgo competente, cuja atuao deve observar os limites legais paraque seja legtima.

    Veja outro problema:

    Sempre que o Judicirio perceber que a Administrao Pblica est utilizandoa reserva do possvel de forma claramente irrazovel, omitindo-se darealizao de expectativas depositadas nela pela coletividade, pode intervirexigindo a reparao dessa inrcia. Principalmente quando essa ineficciaatinge o ncleo consubstanciador dos direitos fundamentais, ofendendo ascondies mnimas necessrias a uma existncia digna para os indivduos.

    Note que o vocbulo Principalmente e as oraes quando essaineficcia atinge o ncleo consubstanciador dos direitos fundamentais e

    ofendendo as condies mnimas necessrias a uma existncia digna para osindivduos so termos subordinados adverbiais e necessitam sinttica esemanticamente da orao anterior. Por isso, no podem estar em perodo

    isolado.Assim, devemos unir em apenas um perodo:

    Sempre que o Judicirio perceber que a Administrao Pblica est utilizandoa reserva do possvel de forma claramente irrazovel, omitindo-se darealizao de expectativas depositadas nela pela coletividade, pode intervirexigindo a reparao dessa inrcia,principalmente quando essa ineficciaatinge o ncleo consubstanciador dos direitos fundamentais, ofendendo ascondies mnimas necessrias a uma existncia digna para os indivduos.

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    COV:

    Esta sigla abarca vrios fundamentos no pargrafo com suas relaes decoeso e coerncia. O primeiro deles a concordncia:

    Caso 01 sujeito distante do verboTrata-se do caso mais comum que resulta em erros de concordncia. Eleocorre quando o candidato estende demais a frase o que um erro tambm e, com isso, perde a noo do sujeito que ficou linhas atrs. Exemplos:

    a) A competncia das polcias civil e militar, em funo dasdiferenas de atuao e de legislao, so caracterizadas,respectivamente, por...

    b) Assim, o conjunto de normas, que regulamentam a vidasocial, devem simbolizar o progresso tecnolgico, sem ferir os

    costumes inerentes sociedade.c) Num concurso, por exemplo, a elaborao do edital e das

    provas devem ser claros, em observncia publicidade dos atos.

    Correo:

    a) A competncia das polcias civil e militar,..., caracterizada...

    b) ...o conjunto de normas,..., deve simbolizar...

    c) ...a elaborao do edital e das provas deve ser clara...

    Tais falhas ocorrem, porque o candidato se esquece do ncleo do sujeito(competncia, conjunto e elaborao), termo com que o verbo realmentedeveria concordar, e estabelece a concordncia com termos acompanhantesdele (os adjuntos adnominais).

    A possibilidade de plural nesses casos s se manifesta nestas duas formas:

    em caso de sujeito composto, dever haver, pelo menos, o artigoantes do segundo adjunto adnominal.

    Exemplo: a competncia da polcia civil e a da militar,..., socaracterizadas... (fica implcito realmente, por causa do artigo, que

    temos duas competncias diferentes, portanto dois ncleos do sujeito). Em caso de sujeito simples formado por ncleo partitivo (ideia de

    parcela de um conjunto).

    Exemplo: a maioria (a minoria, metade etc.) das normas,..., devesimbolizar ou devem simbolizar...

    Quando o ncleo traz ideia de parcela de um conjunto, possvelconcordar com o ncleo mais prximo.

    Na dvida, opte pelo singular. H menos chances de errar umverbo, com esse tipo de flexo!

    Veja um exemplo de erro comum que muita gente boa tem cometido,simplesmente por falha na reviso.

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    O verbo tem, sem acento circunflexo, est no singular; e o verbotm, com acento, est no plural.

    No exemplo acima, ltima prova de Auditor-Fiscal da Receita Federal, osujeito O lanamento est no singular. Assim, o correto o emprego doverbo tem.

    Caso 2 verbos impessoais

    Perceba que verbo impessoal aquele que, por motivos de significado,no aceita sujeito ou o indefine, indetermina. Sendo assim, os verbosimpessoais, em geral, no se flexionam no plural, j que normalmente nodispem de sujeito para orden-los a isso. Assim, o verbo HAVER, quandoindica tempo decorrido ou possui sentido de existir, deve ser empregado nosingular. Isso acontecer tambm se ele for o verbo principal de uma locuo(o ltimo verbo); inclusive, ele manter toda a locuo no singular.

    Exemplos:

    a)Haviam fatores que impediam a fiscalizao eficiente das fronteiras...b)Tm havido propostas nesse sentido...Correo:

    a)Havia fatores...

    b)Tem havido propostas...

    Os termos que seguem estes verbos no so sujeitos deles; so meroscomplementos verbais (objetos) com os quais estes verbos naturalmente noconcordam.

    Se forem usar o verbo HAVER para indicar tempo decorrido,dispensem o uso do advrbio atrs. Isso evita redundncias,

    tais como H alguns meses atrs, a polcia invadiu...

    Resumindo...ficam no singular as formas: havia, houve, podehaver, deve haver, deve fazer, pode fazer, faz (todas indicandotempo decorrido).

    Caso 3 verbos seguidos de partcula SE

    Caso importantssimo!

    ideal trabalhar a redao em terceira pessoa, como forma de tornar odiscurso impessoal. De posse disso, os candidatos certamente empregaroformatos verbais do tipo VERBO + SE.

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    O problema que, por descuido ou desconhecimento da regra, surgemfalhas de concordncia. Assim, vamos a dois casos importantes:

    VTD ou VTDI + SE (pronome apassivador) + sujeito(neste caso, o verbo concorda com o sujeito)

    Sendo um verbo transitivo direto ou transitivo direto e indireto, opronome se chamado de apassivador e ajudar a formar a voz passivasinttica, do tipo:

    Constroem-se casas.Enviaram-se ofcios ao profissional responsvel.

    Dessa forma, os termos sublinhados no so antecipados de preposio,pois so os sujeitos. Como esto flexionados no plural, foram os verbos aoplural.

    Para termos certeza disso, basta transformarmos em voz passiva

    analtica:Casas so construdas.

    Ofcios foram enviados ao profissional responsvel.

    Dessa forma analtica, mais prtico enxergarmos o sujeito e aconcordncia fica mais fcil.

    VI, VL ou VTI + se (ndice de indeterminao do sujeito)(neste caso, o verbo fica no singular)

    Os verbos intransitivo, de ligao ou transitivo indireto, quando recebemo ndice de indeterminao do sujeito se, so forados flexo no singular.

    -se feliz naquelas regies.Vive-se bem naquelas regies.Trata-se de assuntos sigilosos.

    Nesses casos, no h de se falar em voz passiva, esto todos os verbosna voz ativa e o sujeito est indeterminado. Assim, obrigatoriamente o verbose flexiona no singular.

    Agora, sua vez. Nas frases abaixo, qual dos verbos deve se flexionar

    no plural?a.Acrescenta-se a esse fator os ilcitos...b.Necessita-se de melhorias na sade e na educao.

    O verbo Acrescenta transitivo direto e indireto, o termopreposicionado a esse fator o objeto indireto, o pronome se apassivadore o sujeito paciente os ilcitos fora o verbo a se flexionar no plural(Acrescentam-se). Note que o sujeito o nico termo sem preposio.

    Para termos certeza, basta transpor esta voz passiva sinttica em vozpassiva analtica. Veja:

    Acrescentam-se a esse fator os ilcitos...So acrescentados a esse fator os ilcitos...

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    J o verbo da letra b (Necessita-se) permanecer no singular, porque transitivo indireto, o pronome se o ndice de indeterminao do sujeito e otermo preposicionado de melhorias o objeto indireto.

    Um caso que sempre encontramos nas redaes o do verbo tratar,

    com ndice de indeterminao do sujeito se e sujeito determinado. Ora, isso incoerente. Se h um pronome que indetermina o sujeito, esse sujeito nopode aparecer na frase, concorda?!!!

    Veja o exemplo:

    O caso trata-se de ilcito penal... (errado)

    Se h ndice de indeterminao do sujeito se, no cabe o sujeito determinadoO caso. Ento, voc escolhe um ou outro. Veja:

    O caso trata de ilcito penal... (certo)

    Trata-se de ilcito penal... (certo)

    Concordncia nominal

    Raramente num texto, os candidatos precisam estabelecer concordncianominal. Pelo menos, na maioria das vezes, os casos no apresentamdificuldades.

    No entanto, destacamos os seguintes, visto que so mais empregados:

    Caso 1 bom, necessrio, proibido, etc.

    Tais expresses estabelecero concordncia, se o substantivo vierprecedido de artigo. Do contrrio, permanecero invariveis.

    Exemplos:

    a. necessrio leis que punam tais infratores.b. So necessrias as leis que punham tais infratores.Vejam que no primeiro caso, a ausncia de artigo antes de leis deixou

    a expresso invarivel. J no segundo, a concordncia foi obrigatria emfuno do artigo ante de leis.

    Caso 2 alerta

    Alerta advrbio; por isso, dever ser empregado sempre no singular.

    Exemplo: os pais devem estar alerta para o comportamento dos filhos.

    Caso 3 milhar

    Milhar e milho so expresses masculinas. Assim dizemos alguns milharesde mulheres protestaram.

    Para haver clareza, conciso e coerncia, atente aos elementos a seguir:

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    As conjunes

    As conjunes, em muitos casos, no s ligam as oraes, mas tambmestabelecem sentido. Assim, saber seu uso correto imprescindvel. Docontrrio, melhor optar por frases coordenativas, ou seja, independentes, que

    possam no precisar desses conectores.Numa dissertao, comum o uso de conjunes causais,

    concessivas, finais, conclusivas e adversativas.

    Anteriormente, listamos as conjunes para nos lembrarmos dasestruturas subordinadas adverbiais e coordenadas. Agora, vamos listar algunsperigos, para os quais recomendamos ateno:

    a.Causais:na medida em que e porquanto so conjunes com o valor dePORQUE. O problema que muita gente se equivoca com a grafia delas.Assim, recomendamos usar os bons e velhos porque, pois, j que.

    b.Concessivas:posto que concessiva. Jamais usemposto que para darsentido deporque!!!

    c. Finais:para e a fim de (que) so as duas, praticamente, nicasconjunes finais. O cuidado est no uso da final a fim de que, cujagrafia correta essa, em que o a fica separado de fim.

    d.Temporais: H uma mania de se usar a locuo conjuntiva enquantoque. Isso est errado!!!!!! A conjuno enquanto, no existe

    enquanto que. Veja:

    O Brasil fez o seu papel, enquanto que a China, no. (errado)O Brasil fez o seu papel, enquanto a China, no. (certo)

    e.Usem conjunes conclusivas para finalizar a redao!!! Algumespalhou um infeliz boato, dizendo que nos concursos no se pode usarconjuno conclusiva para iniciar a concluso. Sinceramente!!! Quandoum candidato for punido num concurso por causa de uma conjunoconclusiva, empregada para fins de concluso, estaremos perdidos! Issono existe!

    Por favor! para usar mesmo (portanto,por conseguinte, logo,por

    isso etc. ). Usem vrgula depois delas, ok.

    A Jnia trabalhou na aula 1 o cuidado que se deve ter com a relao decausa e efeito. Como esse tema muito importante e voc certamente vaiusar esse recurso no texto, leia atentamente o que segue:

    RELAO DE CAUSALIDADE

    Uma das formas para voc analisar os fatos estabelecer entre eles umarelao de causa e consequncia. A essa relao damos o nome decausalidade.

    Causa aquilo que faz com que uma coisa exista (origem, ocorretemporalmente antes).

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    Consequncia efeito, resultado.

    Um fato pode ser, em relao a outro, a causa ou a consequncia.Observe os fatos seguintes e a relao existente entre eles.

    Crescimento tecnolgico aumento da expectativa de vidaSo muitas as palavras da Lngua Portuguesa que estabelecem umarelao de causa. Veja alguns exemplos:

    Substantivo: O crescimento tecnolgico constitui uma das causasfundamentais do aumento da expectativa de vida.

    Verbo: O crescimento tecnolgico gera um aumento da expectativa de vida.

    Locuo prepositiva: O aumento da expectativa de vida decorrente docrescimento tecnolgico.

    Conjuno: Aumentou a expectativa de vida porque est havendo umcrescimento tecnolgico.

    Veja outras palavras no quadro-resumo:

    CausaSubstantivos causa, motivo, razo, explicao, pretexto, base,

    fundamento, gnese, origem, o porqu, etc.

    Verbos causar, gerar, acarretar, originar, provocar,motivar, permitir, implicar etc.

    Locuesprepositivas

    em virtude de, em razo de, por causa de, em vistade, por motivo de, etc.

    Conjunes elocuesconjuntivas

    porque, pois, j que, visto que, uma vez que,porquanto, como, etc.

    ConsequnciaPara indicar a consequncia, a Lngua Portuguesa oferece vrias

    palavras. Veja:

    Substantivo: O aumento da expectativa de vida constitui uma dasconsequncias docrescimento tecnolgico.

    Verbo: O aumento da expectativa de vida resulta sobretudodocrescimentotecnolgico.

    Locuo prepositiva: Est havendo um crescimento tecnolgico, por causadisso h umaumento da expectativa de vida.

    ConsequnciaSubstantivos efeito, produto, decorrncia, fruto, reflexo,

    desfecho, desenlace, etc.Verbos derivar de, vir de, resultar de, ser resultado de, terorigem em , decorrer de, provir de, etc.

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    Conjunes,locuesconjuntivas,locues

    prepositivas,advrbios.

    Pois, por isso, por consequncia, portanto, porconseguinte, consequentemente, logo, ento, porcausa disso, em virtude disso, devido a isso, emvista disso, visto isso, conta disso, como

    resultado, em concluso, em suma, em resumo,enfim, etc.

    Paralelismo sinttico

    Para que compreendam bem o paralelismo, equilbrio necessrio aodiscurso claro, parta do pressuposto de que a justaposio, a enumerao ou acoordenao trazem consigo o valor paralelo. Veja os exemplos para emseguida analisarmos:

    1. Gosto de estudo, de trabalho e de lazer.2. Gosto de estudo, trabalho e lazer.

    O verbo Gosto transitivo indireto e seu objeto indireto composto,isto , seus ncleos esto justapostos, coordenados, paralelos.

    Veja que, na primeira frase, optou-se por manter a preposio de antesde cada ncleo (de estudo, de trabalho e de lazer). Isso no obrigatrio,mas um artifcio argumentativo para reforar o paralelismo e manter aclareza de que os ncleos seguintes mantm referncia ao verbo. Tanto assimque podemos reescrever esta frase com a omisso dessas preposies nosegundo e terceiro ncleo (de estudo, trabalho e lazer).

    Esse paralelismo pode se manter tambm no nvel do perodo composto.Quando oraes subordinadas esto coordenadas entre si, naturalmente temos

    o paralelismo. Veja:O candidato afirmou que a prova estava difcil e que houve pouco tempo deexecuo.

    Perceba que foram prestadas duas informaes: que a prova estavadifcil e que houve pouco tempo de execuo. Essas oraes sosubordinadas substantivas objetivas diretas e coordenadas entre si. Elas so ocomplemento direto composto do verbo transitivo direto afirmou.

    O paralelismo isto: visualizar os termos coordenados, repetindo osconectivos ou mantendo em omisso os que iriam ficar repetidos, como

    fizemos na frase 2 do primeiro exemplo. Agora faremos o mesmo com osegundo exemplo:

    O candidato afirmou que a prova estava difcil e houve pouco tempo deexecuo.

    Veja isso no trecho abaixo:

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    Note que o texto possui a seguinte estrutura:

    ...valorizando o equilbrio fiscal, o planejamento racional e facilita astomadas de contas.

    H, portanto, uma orao no gerndio e uma enumerao desubstantivos (equilbrio e planejamento). Porm, em seguida h um verbono presente, o qual inicia orao coordenada anterior. Dessa forma, talorao deveria estar reduzida de gerndio a fim de ficar paralela ao gerndio

    valorizando.No cabe o paralelismo com o verbo estabelece (linha 42), por sua

    distncia do referente. Veja a correo:

    ...valorizando o equilbrio fiscal, o planejamento racional e facilitando astomadas de contas.

    Este tpico tambm penaliza a ruptura da orao bruscamente, ochamado truncamento sinttico. Para exemplificar, veja o trecho abaixo:

    O perodo se inicia com o sujeito O ato administrativo, o qual seguidodo adjunto adverbial de tempo a partir de sua publicao na forma dalegislao regente do ato e de repente... (acabou?????)

    O perodo finalizado sem a presena do predicado...

    Para resolvermos esse problema, basta inserir um verbo para essesujeito. Veja:

    O ato administrativo ocorre a partir de sua publicao na forma dalegislao regente do ato.

    Bom, com isso vimos os aspectos principais da microestrutura. Nossotrabalho agora aplicar tudo nas redaes. Havendo necessidade de maisalguma recomendao, ns a faremos por meio de aula-extra, ok!!!

    Um grande abrao a todos!!!!

    Dcio Terror e Jnia Andrade