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 APOSTILA ETAPA 1 Prof° Luís Fernando Costa Compiani DISCIPLINA: GESTÃO DE RECURSOS PATRIMONIAIS E LOGÍSTICOS TURMA DO 1° SEMESTRE DE LOGÍSTICA UNIP    MANHÃ    1° SEMESTRE 2010

Apostila de Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais 01

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APOSTILA ETAPA 1Prof° Luís Fernando Costa Compiani

DISCIPLINA: “GESTÃO DE RECURSOS PATRIMONIAIS E LOGÍSTICOS” 

TURMA DO 1° SEMESTRE DE “LOGÍSTICA” 

UNIP  – MANHÃ  – 1° SEMESTRE 2010

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ATIVIDADE DE ARMAZENAGEM

Muitas das oportunidades de obtenção de maiores lucros encontram-se atualmente na esfera daadministração de materiais, e este setor pode vir a oferecer economias significativas, não é um problemaisolado e deve ser entendido em seu contexto. Independente do modo como o material foi embalado oumovimentado a etapa seguinte é a armazenagem, e a melhor forma de guardar materiais é aquela que

maximiza o espaço disponível nas três dimensões do prédio (comprimento, largura e altura). Até algumtempo, o conceito de ocupação física se concentrava mais na área do que na altura, o mau aproveitamentotornou-se anti-econômico, além do que, se constatou que uma das formas de garantir a produção é manterestocadas as quantidades corretas de matéria-prima próximas do local, desta forma ocupar em “altura” foi

uma solução para reduzir espaços e guardar a maior quantidade de materiais.Os termos “estocagem” e “armazenagem” são frequentemente usados para identificar coisas semelhantes,

mas a maioria dos autores prefere distingui-los como se segue:

  Estocagem: atividade que, a principio, diz respeito à guarda segura e ordenada de todos osmateriais do armazém, em ordem de prioridade de uso nas operações de produção e também àspeças que estão para ser despachadas para as operações de montagem.

  Armazenagem: atividade que diz respeito à estocagem ordenada e à distribuição de produtosacabados dentro da própria fábrica ou em locais destinados a este fim (CD’s). 

Desta forma entendemos que a estocagem é uma das atividades do fluxo de materiais dentro de umarmazém, podendo inclusive, de acordo com a necessidade, existir vários pontos espalhados. Abaixo temosfigura ilustrando genericamente o lay-out e fluxo dentro de um armazém.

O objetivo consiste em estabelecer um ciclo produtivo e distributivo contínuo, lembrando que estáatividade representa uma imobilização de ativos financeiros da empresa, e que se espera é a eliminação oua redução drástica com os custos envolvidos na atividade. Já se sabe que armazenagem é uma atividadeampla e complexa do ponto de vista operacional e de serviços, pois ele é elo que garante um nível deserviço (alto ou baixo) dentro da cadeia de suprimentos.

Pontos a favor da armazenagem:

1.  Garantir a produção em diferentes níveis.2.  Garantir matéria-prima, principalmente quando a adquirimos no mercado internacional, visando

não ocorrer parada da produção.3.  Equilibrar oferta quando se trata de produto sazonal.4.  Diminuir custos com especulação, principalmente de insumos (Ex: cobre).

Pontos contrários da função armazenagem:

1.  Custo da mercadoria armazenada.2.  Custos com infra-estrutura envolvida (espaço, pessoas, equipamentos, administração, etc.)3.  Custo de capital imobilizado.

Sala deCarga deBaterias

Área deSeparação de

PedidosRefeitório

Estoque deItens

Pequenos

Área deAcumulaçãode Cargas

Área deFormação de

Carga

Área deRecebimento de

MercadoriasControle deEstoque

Material p/ Embalagem

Plataforma deRecebimento

EscritóriosPlataforma de Expedição

Área de Estocagem Principal

FLUXO NO ARMAZÉM

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4.  Custo da obsolescência do material estocado.5.  Custo de movimentação.

“A armazenagem é uma conveniência econômica, em vez de uma necessidade, no sistema logístico”.   Considerações sobre o serviço ao usuário;

  Considerações sobre produto;  Proteção contra expectativas futuras.

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Princípios da Armazenagem:

1.  Planejamento: desenvolver plano estratégico de movimentação, armazenagem e controle demateriais, envolvendo planos da produção marketing e distribuição.

2.  Sistema Híbrido: movimentar, estocar e controlar cada item de acordo com sua especificidade.3.  Fluxo de Materiais: desenvolver um layout para o armazém, com base no fluxo de entrada e saída

de materiais.

4.  Controle: planejar um sistema que realmente propicie um controle físico, fiscal, inventário eadministrativo do material.

5.  Simplificação: da movimentação interna dos materiais (conhecida como movimentação passivaque não agrega valor).

6.  Capacidade de recebimento: espaço e estrutura para reposição7.  Espaço: maximizar capacidade de estocagem com base no volume do armazém e não pela área

quadrada.8.  Tamanho Unitário: aumentar quantidade, tamanho e peso da carga a ser movimentada

(unitização).9.  Automatização: das movimentações e controle do material.10. Seleção do equipamento: selecionar os equipamento utilizados na movimentação de acordo com a

especificidade e do fluxo do material.11. Padronização: métodos e tipos de movimentação, armazenagem e controle (visando redução decustos com acidentes).

12. Flexibilidade: planejamento da infra-estrutura física de movimentação e armazenagem para quepossam responder as necessidades de mudanças futuras. 

13. Layout/Corredor: definir comprimento, largura, altura e disposição dos corredores demovimentação de forma a eliminar movimentação passiva e acidentes. 

14. Utilização: maximizar utilização do pessoal e dos equipamentos envolvidos na atividade. 15. Manutenção: programar revisões preventivas periódicas nos equipamentos de movimentação. 16. Obsolescência: acompanhar as tendências e inovações nos sistemas de movimentação,

armazenagem e controle, substituindo se necessário. 

17. Desempenho: ter métricas para avaliação de desempenho. 18. Auditoria: manter equipe envolvida no setor a estar buscando melhoria continua. 19.  Instalação: projetar instalação de modo a acomodar todo sistema de movimentação e

armazenagem, levando em consideração pé-direito e espaçamento das colunas (engenharia). 

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20. Segurança: prever planos de contingência para acidentes na movimentação ou não de materiais,principalmente com as conhecidas “cargas perigosas”. 

LAYOUT DO ARMAZÉM:

Objetivos:

1.  Assegurar a utilização máxima do espaço.2.  Propiciar a mais eficiente movimentação de materiais.3.  Reduzir custos com utilização de equipamentos adequados, mão-de-obra e espaços, de forma a

eliminar danos aos materiais.4.  Propiciar flexibilidade para mudanças futuras.

Metodologia:

1.  Conhecer os materiais a serem movimentados (especificidade de cada um), buscar a padronização.2.  Localizar as áreas de recebimento e expedição.

3.  Localizar as áreas primárias, secundárias de separação de pedidos e estocagem.4.  Definir o sistema de localização dos materiais.

Padronização

Normalmente nas empresas, são encontrados materiais especificados de forma tão semelhanteque, na maioria das vezes, poderiam ser agrupados em um só tipo. A atividade de estabelecer padrõesdefinidos de materiais, estendendo o seu uso ao maior número possível de aplicações ou produtos, édenominada Padronização de Materiais. De maneira geral, o processo de padronização se desenvolveatravés das seguintes fases:

a)  Simplificação: consiste em reduzir as variedades, eliminando os itens obsoletos, os materiais

desnecessários e os que podem ser substituídos por outros já empregados em maiorescala, ou ainda buscando-se um novo material que substituam vários ou até todos os queestão em uso. Uma grande fonte de simplificação é a redução dos diferentes tipos deequipamentos. Durante a fase de simplificação deve-se desenvolver a Análise de Valor, queconsiste em coordenar o estudo dos componentes industriais, materiais e processos,respondendo a algumas perguntas básicas, na maioria das vezes utilizando os seusfornecedores como fonte primária de dados:

  O uso deste material é indispensável?

  O custo é proporcional à sua utilidade?

  Há margem de tolerância?

  Todas as atuais características são realmente necessárias?

  Existe alguma alternativa melhor, com o mesmo emprego?  Há alguém comprando mais barato? Onde?

  É possível redesenhar a peça, ampliando o seu uso para obter economia de escala?

  Há algum outro método de manufatura que reduza o custo do processo?

Nota: se o material for reprovado nesse teste, estará evidenciado que poderá haver simplificação.

b)  Especificação: é a padronização propriamente dita, ou seja, o estabelecimento dasespecificações que definem cada material. Através da padronização definimos:

  O que é o material;

  Qual a melhor descrição e suas características relevantes;

  Quais os padrões de tolerância dessas características.

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c)  Normalização: uma vez especificados os materiais resultantes da simplificação, anormalização é a fase de implantação, que exige muita cautela, pois poderá inclusiveimplicar na substituição de equipamentos, gerar problemas de assistência técnica, re-treinamento de pessoal e até na reorganização da empresa. Além de ser um dosprocedimentos indispensáveis à moderna empresa, a normalização apresenta uma série debenefícios, tais como:

  Economia de capital, representada pela racionalização de materiais, ferramentas,máquinas, mão-de-obra, etc...;

  Facilidade de treinamento de pessoal;

  Possibilidade de mecanização e automação;

  Melhor arrumação (lay-out);

  Diminuição de custos.

Produtos têm ciclo de vida

Outro conceito familiar aos especialistas de marketing é o de ciclo de vida do produto. Produtosnão geram seu volume máximo de vendas imediatamente após sua introdução, nem mantêm seus picos de

venda indefinidamente. Eles seguem uma função de vendas por tempo do tipo mostrado na figura. A vidado produto passa por quatro estágios: (1) introdução, (2) crescimento, (3) maturidade e (4) declínio. Cadafase tem exigências diferentes para a estratégia de distribuição física.

A fase introdutória ocorre logo após o lançamento do produto no mercado. Geralmente, as vendasnão são volumosas, pois ainda não há ampla aceitação do produto. A estratégia de distribuição física é

cautelosa, com estoques restritos a algumas poucas localizações. A disponibilidade é limitada.Caso o produto seja aceito pelo mercado, as vendas começam a crescer rapidamente. Planejar a

distribuição é particularmente difícil nesta fase. Freqüentemente, não há histórico de vendas para calcularníveis de estoque nos pontos de armazenagem, ou nem mesmo quantos depósitos devem ser usados. Adistribuição fica, muitas vezes, sob controle manual durante todo o estágio de expansão. A disponibilidadedo produto também aumenta rapidamente numa ampla área geográfica, de forma a apoiar o crescenteinteresse dos clientes.

O estágio de crescimento pode ser bem curto, sendo seguido por uma fase mais longa chamadamaturidade do produto. O crescimento de vendas é vagaroso ou permanece estabilizado em torno do seupico. O volume vendido não se altera rapidamente e, portanto, pode ser absorvido nos perfis dedistribuição de produtos similares já existentes. Muitos depósitos são utilizados e existe controle adequado

sobre a disponibilidade do produto por todo o sistema.Eventualmente, o volume de vendas começa a diminuir devido a mudanças tecnológicas,

competição ou perda de interesse pelo consumidor. Para manter distribuição eficiente, os perfis de

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movimentação do produto devem ser ajustados. Provavelmente, o total de armazéns será reduzido, sendoo produto recolhido para depósitos regionais ou para as fábricas.O fenômeno do ciclo de vida do produto influencia a estratégia de distribuição. O especialista em logísticadeve estar continuamente ciente do estágio atual do ciclo de vida do produto, de modo que os padrões dedistribuição possam estar sempre ajustados na eficiência máxima daquela fase. O conhecimento doconceito de ciclo de vida permite antecipar as necessidades de distribuição e planejar com larga

antecedência.

ARMAZENAGEM  – A RELAÇÃO COM A CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS E/OU PRODUTOS

Entende-se, por apresentação de um material para efeito de armazenagem, sua particularcombinação das características de peso, medida e forma. Por unidade de serviço, entende-se cada um dosconjuntos em que ela se movimenta, especificando os valores e a quantidade das características anteriores.As unidades de serviço influem diretamente nos seguintes problemas:

  localização dos armazéns;

  equipamentos necessários;

  Estruturas (estanterias, paletes) de armazenagem;  os meios de medida (peso e capacidade).

Objetivos: estabelecimento de dados e sua apresentação para o adequado estudo dos problemas. Esteestudo pode ser aplicado diretamente à totalidade dos materiais, a cada um dos conjuntos ou gruposprocedentes de outras classificações ou aos materiais de um determinado armazém. As distintasvariedades iniciais, quando da apresentação, podem vir da seguinte maneira:

1.  líquidos a granel;

2.  sólidos a granel;

3.  material agrupado em unidades de serviço;

4.  itens individuais.

Procedimento no Recebimento (Chegada do Material na área de Armazenagem) - Identificação eClassificação dos Materiais para Armazenagem

A função de identificação e classificação se preocupa principalmente com a determinação do que érecebido e com a decisão de onde deve ser estocado.Isto normalmente exige os seguintes passos, que devem ser obedecidos:

1.  Obter a documentação de entrada no recebimento do material.

2.  Controlar as entradas através de um registro destinado a este fim.

3.  Conferir, qualitativa e quantitativamente, os itens constantes da nota. Suas discrepâncias devemser informadas imediatamente à pessoa qualificada, para as devidas providências.

4.  Separar os itens quando existir alguma dúvida na sua aceitação, como falta, excesso ou dano.Informar o transportador/fornecedor para verificar a responsabilidade.

5.  Caso sejam necessários testes, separar a mercadoria ou utilizar etiquetas bem visíveis com asinstruções "aguardando liberação".

6.  Remarcar, reetiquetar ou reidentificar os itens, se necessário, usando uma identificação através denúmeros ou códigos.

7.  Embalar ou reembalar os itens, se necessário. Isto deve ser feito quando uma embalagem diferentefor necessária para propósitos de estocagem ou expe¬dição, ou se o conteúdo não for conhecido.

8.  Paletizar as mercadorias, se isto for apropriado e se não tiver sido feito durante as operações de

descarga.

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Quanto à sua classificação, podemos fazê-la da seguinte maneira:

1.  Através das características dos materiais.

2.  Por finalidade.

3.  Por valor.

4.  Por apresentação (tamanho ou forma).

Classificação através das Características do Material:

1.  Sólidos, líquidos ou gasosos.

2.  Peças individuais, itens embalados e a granel.

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3.  Com base nas características que mais dizem respeito à transportabilidade (facilidade oudificuldade de transporte físico).

Características Físicas:

1.  Tamanho - comprimento, largura, altura.

2.  Peso (ou densidade) - por unidade ou volume.3.  Forma - achatada, curva, compacta, encaixável, regular etc.

4.  Risco de danos - frágil, explosivo, contaminável, tóxico, corrosivo etc.

5.  Condições - instável, pegajoso, perecível, molhado, sujo etc.

Outras Características:

1.  Quantidade - relativa à intensidade de uso ou ao volume, no total e em tamanho de remessa oupor lotes.

2.  Cronometria - regularidade, urgência, condições sazonais.

3.  Medidas especiais - regulamentações especiais, padrões internos da empresa, critérios

operacionais.

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As características físicas são geralmente o ponto mais importante e influenciam na classificação.Isto quer dizer que a classe atribuída a todo material é normalmente determinada pela natureza física domesmo. A quantidade também tem muita importância. Muitos materiais têm grande volume(deslocamento rápido); outros são em quantidades pequenas (freqüentemente ''pedidos especiais" ). Asgrandes quantidades de qualquer item são deslocadas de maneira diferente do que as pequenasquantidades.

Criação de Grupos e Classes - Procedimentos de Classificação:

1.  identificar e indicar todos os itens ou grupos de itens.

2.  Anotar suas características físicas e as outras.

3.  Analisar as características de todo material ou classe e decidir quais são predominantes ouespecialmente importantes. Marcá-las de maneira conveniente, ressaltando em vermelho ou preto,quando forem absolutamente predominantes, e em laranja/amarelo, ou linha pontilhada, quandoespecialmente importantes.

4.  Determinar as classes de material, juntando aqueles que têm características dominantes, similaresou especialmente importantes.

5.  identificar e descrever cada uma das classes do material. Nesta fase, pode-se preparar um sumáriode classificação, onde se identifica cada classe de material e se anota seus critérios principais, istoquer dizer que, definidos ou estabelecidos a regra ou o limite que determinam a classe, o item deveser consignado. Anotar também um ou dois exemplos típicos para auxiliar na descrição de cadaclasse. Isto pode ser usado como marco de referencial típico para enquadrar futuros materiais quecheguem e dependam de uma classificação.

Classificação por Finalidade:

Uma característica fundamental dos materiais, para estudo da armazenagem, é a finalidade, ou objetivo, deutilização dos mesmos pela empresa. De acordo com esta característica, os materiais podem ser

classificados da seguinte maneira:

1.  Produtos acabados - aqueles que são objeto de comércio por parte da empresa, como resultado doseu processo produtivo.

2.  Materiais diretos - aqueles que, diretamente ou mediante transformações físico-químicasadequadas, se incorporam ao produto, total ou parcialmente.

3.  Materiais indiretos - todo o restante que a empresa utiliza e não se incorpora ao produto final. Esteúltimo grupo pode ser subdividido também da seguinte maneira:

a.  Materiais complementares - os que, não sendo diretos, intervêm de forma imediata noprocesso de produção - ferramentas.

b.  Materiais auxiliares - os que, não sendo diretos, intervêm no processo produtivo,

favorecendo-o. Por exemplo, os combustíveis e lubrificantes para veículos auxiliares; emgeral, documentos técnicos e administrativos.

Esta classificação pode variar de empresa para empresa, conforme a classe de seus produtos.

Classificação pela Curva ABC  – curva de Pareto

Ao final do século XIX, conduzido um estudo sobre renda e riqueza das nações, o economistaitaliano Vilfredo Pareto observou que, em 98% dos casos analisados, cerca de 80% da renda total geradarestringia-se a 20% da população, estabelecendo então um principio que chamou de Curva ABC. O empregomais tradicional da Curva ABC é o ordenamento dos itens de estoque conforme a sua importância relativa. 

  Itens A: normalmente uma pequena proporção do total da linha de materiais, que representa +/-70% do investimento em estoque. 

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  Itens B: uma proporção média, que representa aproximadamente 20% do investimento emestoque. 

  Itens C: o remanescente da linha de materiais, geralmente a maioria, que representa +/- 10% dovalor investido em estoque. 

O ordenamento é feito seguindo o critério decrescente do Custo Total (CT). E após é feito o cálculodo Custo Total Acumulado (CTA), que é a soma dos CT no ordenamento decrescente. E depois calculado a %Participação de cada item.

A fase seguinte será a definição das classe ABC da Curva de Pareto. O critério da escolha dos pontosde divisão entre as classes é sujeito apenas ao bom senso e à experiência profissional de cada um. Na classeA, devem estar situados uma pequena quantidade de itens (em torno de 15% a 20%) com valor aproximadode 70%. Na classe C, via de regra ficam de 50% a 55% do número de itens de estoque, com valor

aproximado de 10%, restando os intermediários, que logicamente comporão a classe B, com valor em tornode 20%.

A análise pela curva ABC além de seu emprego mais tradicional na gestão de estoques, na modernagestão logística, destaca-se, sobretudo o seu uso nas seguintes finalidades:

  Avaliação dos diferentes centros de custo na empresa;

  Principais fornecedores, pelo valor acumulado de compras;

  Classificação de clientes pelo volume de vendas ou de serviços prestados;

  Vida útil de equipamentos, em função do custo de manutenção.

  Considerações de estocagem pelo conceito FIFO (First In-First Out) = PEPS (Primeiro a entrar,primeiro a sair).

D = demanda anual produto CT = D x CU PU = preço unitário produtoCT = custo total produto

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EXERCÍCIO EXEMPLO:

1° Passo Calcular o Custo Total do Produto (CTP):

CTP = Demanda x Preço Unitário

2° Passo Reordenar o quadro de acordo com o Custo Total do Produto (CTP), do maior p/ o menor:

OrdemNome

Produto

Demanda

Anual (D) -

Qtde. Un

Preço

Unitário (C)

1 A 3.000 R$ 50,00

2 B 5.000 R$ 100,003 C 4.000 R$ 50,00

4 D 200 R$ 100,00

5 E 5.000 R$ 200,00

6 F 300 R$ 200,00

7 G 250 R$ 300,00

8 H 6.000 R$ 30,00

9 I 10 R$ 1.000,00

10 J 8.000 R$ 80,00

OrdemNome

Produto

Demanda

Anual (D) -

Qtde. Un

Preço

Unitário (C)Custo Total (CT)

1 A 3.000 R$ 50,00 R$ 150.000,00

2 B 5.000 R$ 100,00 R$ 500.000,00

3 C 4.000 R$ 50,00 R$ 200.000,00

4 D 200 R$ 100,00 R$ 20.000,00

5 E 5.000 R$ 200,00 R$ 1.000.000,00

6 F 300 R$ 200,00 R$ 60.000,00

7 G 250 R$ 300,00 R$ 75.000,00

8 H 6.000 R$ 30,00 R$ 180.000,00

9 I 10 R$ 1.000,00 R$ 10.000,00

10 J 8.000 R$ 80,00 R$ 640.000,00

Ordem

Nome

Produto

Demanda

Anual (D) -Qtde. Un

Preço

Unitário (C) Custo Total (CT)

1 E 5.000 R$ 200,00 R$ 1.000.000,00

2 J 8.000 R$ 80,00 R$ 640.000,00

3 B 5.000 R$ 100,00 R$ 500.000,00

4 C 4.000 R$ 50,00 R$ 200.000,00

5 H 6.000 R$ 30,00 R$ 180.000,00

6 A 3.000 R$ 50,00 R$ 150.000,00

7 G 250 R$ 300,00 R$ 75.000,00

8 F 300 R$ 200,00 R$ 60.000,00

9 D 200 R$ 100,00 R$ 20.000,00

10 I 10 R$ 1.000,00 R$ 10.000,00

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3° Passo Calcular a “% Participação do Produto” na Somatória (Σ) do Custo Total do Produto (CTP)  –  Linha a Linha:

Regra de Três Simples:

4° Passo Calcular a “% Participação Acumulada”  – Linha a Linha:

% Participação Acumulada = % Participação Acumulada Anterior + % Participação Produto

Nota: para a linha 1 não existe % Participação acumulada anterior, deste forma o valor é igual a zero.

5° Passo Criar os Grupos ABC - Classificação:

A = +/- 70%

B = +/- 90%C = O QUE SOBRAR

OrdemNome

Produto

Demanda

Anual (D) -

Qtde. Un

Preço

Unitário (C)Custo Total (CT)

% de

Participação

no (Σ CT)

1 E 5.000 R$ 200,00 R$ 1.000.000,00 35,27

2 J 8.000 R$ 80,00 R$ 640.000,00 22,57

3 B 5.000 R$ 100,00 R$ 500.000,00 17,64

4 C 4.000 R$ 50,00 R$ 200.000,00 7,05

5 H 6.000 R$ 30,00 R$ 180.000,00 6,35

6 A 3.000 R$ 50,00 R$ 150.000,00 5,29

7 G 250 R$ 300,00 R$ 75.000,00 2,65

8 F 300 R$ 200,00 R$ 60.000,00 2,12

9 D 200 R$ 100,00 R$ 20.000,00 0,71

10 I 10 R$ 1.000,00 R$ 10.000,00 0,35

R$ 2.835.000,00 100,00Σ =

  X odutoCusto

TotalCusto

Pr

%100

OrdemNome

Produto

Demanda

Anual (D) -

Qtde. Un

Preço

Unitário (C)Custo Total (CT)

% de

Participação

no (Σ CT)

% de

Participação

Acumulada

1 E 5.000 R$ 200,00 R$ 1.000.000,00 35,27 35,27

2 J 8.000 R$ 80,00 R$ 640.000,00 22,57 57,85

3 B 5.000 R$ 100,00 R$ 500.000,00 17,64 75,49

4 C 4.000 R$ 50,00 R$ 200.000,00 7,05 82,54

5 H 6.000 R$ 30,00 R$ 180.000,00 6,35 88,89

6 A 3.000 R$ 50,00 R$ 150.000,00 5,29 94,187 G 250 R$ 300,00 R$ 75.000,00 2,65 96,83

8 F 300 R$ 200,00 R$ 60.000,00 2,12 98,94

9 D 200 R$ 100,00 R$ 20.000,00 0,71 99,65

10 I 10 R$ 1.000,00 R$ 10.000,00 0,35 100,00

R$ 2.835.000,00 100,00Σ =

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NOTA   por se tratar de um modelo estatístico, ao final o gestor deverá efetuar uma análise a fim deverificar se não existe distorções ou equívocos, por exemplo quando um material for de aquisição através

de um processo de importação e estiver classificado no grupo C.

LAY OUT E DETERMINAÇÃO DE CAPACIDADES EM ÁREAS DE ARMAZENAGEM

1° CASO: CARGAS SECAS EMBALADAS UNITARIAMENTE E UNITIZADAS

OrdemNome

Produto

Demanda

Anual (D) -

Qtde. Un

Preço

Unitário (C)Custo Total (CT)

% de

Participação

no (Σ CT)

% de

Participação

Acumulada

Classificação

ABC

1 E 5.000 R$ 200,00 R$ 1.000.000,00 35,27 35,27 A

2 J 8.000 R$ 80,00 R$ 640.000,00 22,57 57,85 A

3 B 5.000 R$ 100,00 R$ 500.000,00 17,64 75,49 A

4 C 4.000 R$ 50,00 R$ 200.000,00 7,05 82,54 B5 H 6.000 R$ 30,00 R$ 180.000,00 6,35 88,89 B

6 A 3.000 R$ 50,00 R$ 150.000,00 5,29 94,18 C

7 G 250 R$ 300,00 R$ 75.000,00 2,65 96,83 C

8 F 300 R$ 200,00 R$ 60.000,00 2,12 98,94 C

9 D 200 R$ 100,00 R$ 20.000,00 0,71 99,65 C

10 I 10 R$ 1.000,00 R$ 10.000,00 0,35 100,00 C

R$ 2.835.000,00 100,00Σ =

h = 10 m

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A B C

D

E

FG

H I J

h = 10 m

A = 246 x 196 x 10 = 482.160 m3

B = 142 x 196 x 10 = 278.320 m3

C = 296 x 196 x 10 = 580.160 m3

D = (250 x 150 x 10) ÷ 2 = 187.500 m3

E = 142 x 144 x 10 = 204.480 m3

F = 144 x 142 x 10 = 204.480 m3

G = (300 x 150 x 10) ÷ 2 = 225.000 m3

H = 224 x 244 x 10 = 546.560 m3

I = 142 x 224 x 10 = 318.080 m3

J = 224 x 294 x 10 = 658.560 m3

3.685.300 m3Volume Total

Volume = Comprimento x Largura x Altura

V = c x l x h

 

Vcx = l x c x h = 1 x 1 x 1 = 1 m3 

N°cx = Volume Total ÷ Vcx = 3685300 ÷ 1 = 3685300 caixas

1 m

1 m

1 m

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2° CASO CÁLCULO DO VOLUME DE ARMAZENAGEM DE UM TANQUE (GRANEL LÍQUIDO)

Observação:  Temos que olhar para o tanque observando que ele é um cilindro;  Cúpula = Meia esfera superior do tanque (Não usada para armazenagem  – área de circulação dos

gases formados internamente);  Fundo = Meia esfera inferior do tanque (Não considerada para volume útil de armazenagem  – área

deixada para acúmulo de depósitos do produto armazenado;

V = π x r2

x h

Volume do

Tanque3,14 x (2 x 2) x 10 = 125,60 m

3

125.600,00 Litros

 V = π x r2

x h

Volume = Pi x raio ao quadrado x Altura

Pi = 3,14

Raio = Diâmetro ÷ 2

Cada 01 m3

= 1.000 litros

Volume do Tanque

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3° CASO CÁLCULO DO VOLUME DE ARMAZENAGEM DE UMA ESFERA (GRANEL LÍQUIDO E GASOSO)

Observação:  Se for usada para granel líquido, por questões de segurança, não se utiliza 20% da sua capacidade

para circulação dos gases formados.  Se for utilizada para gases ela tem um sentido de “amortecedor” num circuito de deslocamento do

gás, absorvendo os impactos causados pela velocidade e interrupção do uso.

r = 4 m

V = 4/3 x π x r3

Volume Total

da Esfera

4/3 x 3,14 x 43 267,95 m

3

267.946,67 Litros

V = 4/3 x π x r3

Volume = 4/3 x Pi x raio ao cubo

Volume Total da Esfera

Pi = 3,14

Raio = Diâmetro ÷ 2

Cada 01 m3

= 1.000 litros

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4° CASO CÁLCULO DO VOLUME DE ARMAZENAGEM DE UM TANQUE CILINDRICO NA HORIZONTAL(GRANEL LÍQUIDO)

Observação:

  Por questões de segurança, não se utiliza 20% da sua capacidade para circulação dos gasesformados.

Volume do

Cilindro3,14 x (2 x 2) x 10 = 125,60 m

3

Volume da

Esfera4/3 x 3,14 x 2

3 33,49 m3

Volume Total 62,80 + 33,49 = 159,09 m3

159.093,33 Litros

Pi = 3,14

Volume = Volume Cilindro + Volume Esfera

Raio = Diâmetro ÷ 2

Cada 01 m3

= 1.000 litros

V = π x r2

x h

Volume = Pi x raio ao quadrado x Altura

V = 4/3 x π x r3

Volume = 4/3 x Pi x raio ao cubo

Volume Total

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5° CASO CÁLCULO DE VOLUME DE ARMAZENAGEM DE UMA “PILHA” DE GRANEL SÓLIDO

Observação:

  Se utilizando de uma proveta de 01 litro (1.000 ml), determina-se o peso do produto formado napilha.

Volume da

Pilha1/3 x 3,14 x (7,5 x 7,5) x 15 = 883,13 m

3

V = 1/3 x π x r2

x h

Volume = 1/3 x Pi x raio ao quadrado x Altura

Pi = 3,14

Raio = Diâmetro ÷ 2

Peso de 01

litro do

Produto

6 kg - 1 kg = 5,00 kg

Peso da

Pilha

5 x 883,13 = 4.415,63 Toneladas

Peso de 01 litro do Produto = Peso Total - Tara da Proveta

01 m3

= 1.000 litros

Se em 01 litro têm-se 05 kg de produto, então, em 1.000 litros

teremos 5.000 kg ou 05 Ton.