106
1 UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL Nêmora Brezezinski Determinação de Aspectos Sociais do Uso da Água em Edificações de Ensino Passo Fundo, 2012.

Determinação de Aspectos Sociais do Uso da Água em ...usuarios.upf.br/~engeamb/TCCs/2012-2/N%caMORA%20BREZEZINSK… · de orientações e dedicação ... was well accepted in the

Embed Size (px)

Citation preview

1

UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA

CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

Nêmora Brezezinski

Determinação de Aspectos Sociais do Uso da Água em

Edificações de Ensino

Passo Fundo, 2012.

2

Nêmora Brezezinski

Determinação de Aspectos Sociais do Uso da Água em

Edificações de Ensino

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao

curso de Engenharia Ambiental, como parte dos

requisitos exigidos para obtenção do título de

Engenheiro Ambiental.

Orientador: Prof. Simone Fiori, Mestre.

Passo Fundo, 2012.

3

Agradecimentos

Não existe uma ordem correta para agradecimentos. Agradeço a todos com a mesma

intensidade.

Agradeço a Deus, pois acredito nessa força maior que nos guia pela vida.

Agradeço aos meus pais, pois sempre acreditaram em mim e sempre querem o melhor.

Ao meu namorado Mauricio, pois me ajudou muito e foi muito paciente nos meus momentos

de estresse, principalmente na reta final deste trabalho.

À minha orientadora Simone Fiori, que preciso agradecer muito mesmo, pelas longas horas

de orientações e dedicação para a conclusão deste trabalho.

Aos professores Aline, Eduardo e Patricia, pela grande ajuda e colaboração.

Aos amigos e colegas que estiveram presentes nestes cinco anos de faculdade, e aos amigos

que conquistei.

Um agradecimento especial para as minhas amigas Danieli e Vanessa, que colaboraram

com muitas descontrações e risadas.

Enfim, um muito obrigado a todos que de qualquer forma puderam contribuir com esta

pesquisa.

4

RESUMO

Está aumentando cada vez mais a preocupação com os usos da água e os recursos hídricos. Essa

preocupação torna-se cada vez maior em virtude da constante diminuição das fontes de água

potável, que é causada principalmente pelo elevado aumento do crescimento populacional e

também por outros tantos fatores. O objetivo geral do trabalho é buscar os aspectos sociais do uso

da água em edificações de ensino e seus impactos associados. Para isso, foi necessário levantar os

aspectos sociais dos atores que utilizam a água nas edificações do estudo, verificar na Instituição a

existência de políticas referentes à gestão sustentável das águas e de responsabilidade social,

levantar junto aos atores sociais das edificações do estudo opiniões sobre alternativas de

implantação de fontes alternativas de água, em diferentes cenários e assim, analisar os impactos

sociais observados. Foram elaborados questionários, fornecendo ao entrevistado breves

informações sobre a pesquisa em andamento. Foi utilizada a estrutura da escala de Likert para a

obtenção dos escores. A ideia sobre as alternativas de implantação de fontes alternativas de água,

como por exemplo aproveitamento de água pluvial foi bem aceita na comunidade acadêmica,

como fonte de abastecimento de água para fins não potáveis. O mesmo acontece para o reúso de

água, após o tratamento e para utilização em fins menos nobres. Referente à existência de políticas

de gestão sustentável das águas e na Universidade de Passo Fundo, a mesma está em processo de

formulação, dentro do Plano de Gestão Sustentável da UPF que em breve será finalizado. Da

mesma forma, a Política de Responsabilidade Social, que também está sendo elaborada, porém

mais recente. Dentre os aspectos sociais avaliados, perceberam-se grandes variações na satisfação

dos entrevistados com o uso da água nas edificações pesquisadas. Sendo assim, conclui-se que

com a implantação de fontes alternativas de água, o que geraria uma economia de água potável,

diminuição dos impactos ambientais e conservação dos recursos, bem como com a implantação de

políticas de gestão ambiental na Instituição, a satisfação dos atores sociais envolvidos será elevada

e isso se refletirá também na comunidade externa, e como ações e resultados de responsabilidade

social e ambiental da Instituição.

Palavras-chaves: aspectos sociais, usos de água, fontes alternativas de água

5

ABSTRACT

Is growing increasingly concerned about the uses of water and water resources. This

concern becomes increasingly due to the constant decrease in sources of drinking water, which is

mainly caused by the large increase in population growth and also by many other factors. The

overall goal of the work is to seek the social aspects of water use in educational buildings and their

associated impacts. For this it was necessary to raise the social actors who use water in the

buildings of the study, verify the existence of the institution policies regarding sustainable water

management and social responsibility, raise the stakeholders' social constructions of opinions on

alternatives study deployment of alternative water sources, in different scenarios and thus analyze

the social impacts observed. Questionnaires were developed, providing the respondent brief

information about ongoing research. We used the structure of Likert scale for obtaining scores.

The idea of the alternative deployment of alternative sources of water, such as rain water capture

was well accepted in the academic community as a source of water supply for non-potable

purposes. The same goes for the water reuse, after treatment, for use in less noble purposes.

Referring to the existence of policies and sustainable water management at the University of Passo

Fundo, it is in the process of formulating, within the Management Plan Sustainable UPF soon to

be finalized. Similarly, the Social Responsibility Policy, which is also being developed, but more

recent. Among the social aspects evaluated noticed large variations in respondents' satisfaction

with the use of water in the buildings surveyed. Therefore, it is concluded that with the

implementation of alternative sources of water, which would generate savings of potable water,

reduction of environmental impacts and resource conservation, as well as with the implementation

of environmental management policies at the institution, satisfaction social actors involved will be

high and this is reflected also in the outside community, and how actions and results of social and

environmental responsibility of the institution.

Keywords: social aspects, uses of water, alternative water sources

6

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Opinião dos entrevistados sobre o aproveitamento de água pluvial em Joinville. .......... 19 Figura 2: Razões citadas pelos entrevistados que viabilizam a implantação de sistemas de

aproveitamento de água pluvial em Joinville. .......................................................................... 20 Figura 3: Diagrama do processo de sistemas domésticos de aproveitamento de água pluvial. ...... 32 Figura 4: Sistema de reúso de água. ................................................................................................ 34

Figura 5: Mapa Campus I da Universidade de Passo Fundo ........................................................... 43 Figura 6: Gênero dos alunos entrevistados. .................................................................................... 46 Figura 7: Cursos universitários. ...................................................................................................... 46 Figura 8: Faixa etária/Alunos. ......................................................................................................... 47

Figura 9: Turno em que os alunos normalmente têm aula na UPF. ................................................ 47 Figura 10: Horas trabalhadas semanalmente pelos alunos. ............................................................. 48 Figura 11: Gênero/ professores. ...................................................................................................... 49 Figura 12: Faixa etária dos professores. .......................................................................................... 49

Figura 13: Unidades de trabalho. .................................................................................................... 50

Figura 14: Horas de trabalho na instituição. ................................................................................... 50 Figura 15: Distribuição das horas trabalhadas dos professores. ...................................................... 51

Figura 16: Nível de satisfação quanto ao trabalho. ......................................................................... 51 Figura 17: Referente ao plano de saúde, plano de previdência e sindicato. .................................... 52 Figura 18: Turno em que os professores se encontram na UPF. ..................................................... 52

Figura 19: Gênero dos Funcionários de Secretaria. ........................................................................ 53 Figura 20: Faixa etária dos funcionários. ........................................................................................ 53

Figura 21: Escolaridade dos funcionários. ...................................................................................... 54 Figura 22: Horas trabalhadas pelos funcionários. ........................................................................... 54

Figura 23: Gênero dos Laboratoristas. ............................................................................................ 55 Figura 24: Gênero dos funcionários da limpeza. ............................................................................. 55

Figura 25: Funcionários que além de trabalhar e estudam. ............................................................. 56 Figura 26: Cenário Atual. ................................................................................................................ 57 Figura 27: Cenário com o aproveitamento de água pluvial. ........................................................... 58 Figura 28: Cenário com o reúso de água. ........................................................................................ 59

Figura 29: Como os alunos utilizam a água nas edificações. .......................................................... 60 Figura 30: Quanto à satisfação dos ambientes sanitários. ............................................................... 60 Figura 31: Costume de ir ao Centro de Convivência. ..................................................................... 62 Figura 32: Utilização dos ambientes sanitários do Centro de Convivência. ................................... 62 Figura 33: Responsáveis pela busca e implantação de tecnologias. ............................................... 63

Figura 34: Como os professores utilizam a água nas edificações. .................................................. 64 Figura 35: Nível de satisfação quanto aos ambientes sanitários. .................................................... 65

Figura 36: Professores que frequentam o Centro de Convivência. ................................................. 66 Figura 37: Conhecimento sobre a utilização de água pluvial nos ambientes sanitários do CC. ..... 66 Figura 38: Como os funcionários de secretaria utilizam a água nas edificações. ........................... 67 Figura 39: Costume de frequentar o Centro de Convivência. ......................................................... 68 Figura 40: Conhecimento sobre a utilização de água pluvial nos ambientes sanitários do CC. ..... 68 Figura 41: Nível de satisfação dos funcionários de secretaria sobre os ambientes sanitários. ....... 69

Figura 42: Como é utilizada a água pelos funcionários dos laboratórios. ....................................... 71 Figura 43: Conhecimento do uso de água pluvial nos ambientes sanitários do CC. ....................... 71

Figura 44: Nível de satisfação dos laboratoristas quanto aos ambientes sanitários. ....................... 72 Figura 45: Responsáveis pela busca e implantação de tecnologias. ............................................... 73

7

Figura 46: Como é utilizada a água nas edificações. ...................................................................... 74 Figura 47: Conhecimento do uso de água pluvial nos ambientes sanitários do CC. ....................... 74

Figura 48: Nível de satisfação quanto aos ambientes sanitários. .................................................... 75

8

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Variáveis e escores definidos para o levantamento de Indicadores. ............................... 44 Tabela 2: Resultados dos indicadores Faixa etária e Horas de Trabalhos. ..................................... 82 Tabela 3: Resultados dos indicadores, perfil. .................................................................................. 83

Tabela 4: Média e desvio padrão dos indicadores sociais do uso da água. ..................................... 84

9

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Exemplos de indicadores ativos, descritivo geral e descritivo específico. .................... 16 Quadro 2: Resultados das subcategorias relação Empresa/Trabalhadores. ..................................... 18 Quadro 3: Disponibilidade hídrica potencial no Brasil. .................................................................. 26 Quadro 4: Parâmetros de qualidade de água da chuva para usos restritivos não potáveis. ............. 37 Quadro 5: Parâmetros característicos para água de reúso classe 1.................................................. 39

Quadro 6: Parâmetros característicos para água de reúso classe 2.................................................. 40 Quadro 7: Parâmetros característicos para água de reúso classe 3.................................................. 41 Quadro 8: Variáveis de qualidade de água recomendados para o uso em torres de resfriamento. . 42 Quadro 9: Padrões de reúso segundo NBR 13969. ......................................................................... 43

Quadro 10: Algumas opiniões dos atores questionados. ................................................................. 61 Quadro 11: Comentários das respostas do questionário para os alunos. ......................................... 63 Quadro 12: Aspectos relativos dos questionários dos professores. ................................................. 65 Quadro 13: Comentário das respostas dos questionários dos funcionários de secretaria. .............. 69

Quadro 14: Aspectos relacionados ao questionário aplicado aos laboratoristas. ............................ 72

Quadro 15: Aspectos relacionados ao questionário dos laboratoristas. .......................................... 75 Quadro 16: Indicadores levantados na UPF. ................................................................................... 76

Quadro 17: Indicadores sociais levantados na UPF. ....................................................................... 79

10

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 11 1.1 Estrutura do trabalho ........................................................................................................ 13

2 DESENVOLVIMENTO .................................................................................................... 14 2.1 Revisão bibliográfica ........................................................................................................ 14

2.1.1 Aspectos sociais ................................................................................................. 14

2.1.2 Múltiplos usos da água e problemas relativos aos recursos hídricos ................. 21 2.1.4 Aproveitamento de águas pluviais ..................................................................... 30 2.1.5 Reúso de Águas .................................................................................................. 34

2.2 Metodologia de Pesquisa .................................................................................................. 43

2.3 Análise e discussão dos resultados ................................................................................... 45 2.3.1 Levantamento dos aspectos sociais dos atores que utilizam a água nas edificações do

estudo 45 2.3.2 Aspectos sociais do uso da água ........................................................................ 56

2.3.3 Opiniões dos atores sociais sobre o uso de água e fontes alternativas ............... 59

2.3.4 Políticas na Instituição de Ensino ....................................................................... 75 2.3.5 Avaliação dos impactos observados ................................................................... 81

3 CONCLUSÕES ................................................................................................................. 86 3.1 Recomendações para trabalhos futuros ............................................................................ 87

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 88

APÊNDICE A/ANEXO A ....................................................................................................... 93

11

1 INTRODUÇÃO

Está aumentando cada vez mais a preocupação com os usos da água e os recursos hídricos.

Essa preocupação torna-se cada vez maior em virtude da constante diminuição das fontes de água

potável, que é causada principalmente pelo elevado aumento do crescimento populacional e

também por outros tantos fatores tais como, o desenvolvimento industrial, a expansão da

agricultura irrigada e a poluição.

A prática de reúso de água, que vem se disseminando, e consiste basicamente na gestão da

demanda, ou seja, na utilização de fontes alternativas de água e na redução dos volumes de água

captados por meio da otimização do uso. Uma forma é gerir a demanda, que se inicia por um

processo integrado de identificação e medição contínua de demandas específicas. Essa informação

gerenciada permite um efetivo controle da demanda individualizada e orienta a eliminação do

desperdício operacional e a modernização de processos. Uma vez controlada a demanda, inicia-se

a gestão da oferta, que consiste em substituir as fontes de abastecimento convencionais por opções

mais favoráveis em termos de custos e de proteção ambiental.

A Avaliação Social do Ciclo de Vida (ACV-S) é uma técnica que objetiva avaliar os

aspectos sociais, assim como os impactos potenciais, sejam eles diretos ou indiretos, ao longo do

ciclo de vida de um produto ou sistema. Considerando etapas do processo de extração de matéria-

prima, manufatura, distribuição, uso, reúso, reciclagem e disposição final do produto. Como

incluir os critérios sociais e socioeconômicos em análises de gestão, vem sendo discutido há quase

duas décadas pela The Society of Environmental Toxicology and Chemistry (SETAC). Entretanto,

somente quase duas décadas depois foi publicado o ― Guidelines for Social Life Cycle

Assessment of Products (BENOIT et al., 2010) como resultado dos projetos da UNEP/SETAC

para incentivar a ACV-S. Nesta mesma via, outro recente destaque é a norma ISO 26000 -

Diretrizes sobre Responsabilidade Social, publicada em 2010, a qual apresenta diretrizes para a

responsabilidade social.

De acordo com Benoit et al. (2010), essa análise social permite a identificação de questões

fundamentais de modo a avaliar e relatar as condições sociais na produção, uso e disposição de

produtos e sistemas. Segundo estes autores, a melhor utilização da ACV-S ocorre ao conduzi-la

para aumentar o conhecimento, a partir de informações consistentes para a tomada de decisões

baseadas em escolhas que promovam melhoria nas condições sociais relacionadas aos ciclos de

vida. Em outras palavras, isto corresponde ao uso da ACV Social para identificação e,

12

aprendizagem sobre, a comunicação e publicação dos impactos sociais em relatórios, para

planejamento de estratégias e ações, assim como para a gestão de políticas de informação e

práticas de gestão e responsabilidade social.

Nessas circunstancias, tem-se como proposta, o levantamento de aspectos sociais e seus

impactos de diferentes cenários de uso da água em edificações na UPF, considerando que na

Universidade de Passo Fundo uma grande demanda de água é existente devido ao seu alto número

de universitários, professores e funcionários.

A prática de fontes alternativas de água propicia benefícios ambientais significativos, pois

assim permite que um volume maior de água permaneça disponível para outros usos. Em certas

condições, pode reduzir a poluição hídrica por meio da minimização da descarga de efluentes. O

conceito de reúso da água não é novo e são vários os trabalhos que abordam esta questão e

apresentam as opções relacionadas a esta prática, com a indicação das possíveis categorias de

reúso.

As opções se concentram: no reúso da água que constitui os efluentes gerados; no

aproveitamento de águas pluviais de telhados; e, eventualmente, no reforço das águas subterrâneas

por meio de recarga artificial dos aquíferos subjacentes à própria edificação com efluentes

controlados e adequadamente tratados.

A opção pelo uso de fontes alternativas de água visa, principalmente, garantir o

atendimento às demandas exigidas para o desenvolvimento das diversas atividades humanas,

possibilitando, desta forma, que a água potável seja utilizada para fins potáveis, e que as

aspirações por uma melhor qualidade de vida possam ser atingidas, com ações de conservação,

esgotamento sanitário e saneamento adequado e gestão sustentável das águas.

Bassi et al. (2009) complementam sobre a relevância de se fazer uso das informações da

ACV Social para tomada de decisões em estratégias tanto a nível gestão e quanto de facilidades

que possam melhorar o desempenho social nos processos e sistemas e no ambiente de trabalho.

O objetivo geral do trabalho de conclusão de curso é buscar os aspectos sociais do uso da

água em edificações de ensino e seus impactos associados.

Para isso, os seguintes objetivos específicos serão:

- Levantar os aspectos sociais dos atores que utilizam a água nas edificações do estudo;

- Verificar na Instituição a existência de políticas referentes à gestão sustentável das águas

e de responsabilidade social;

- Levantar junto aos atores sociais das edificações do estudo opiniões sobre alternativas de

implantação de fontes alternativas de água, em diferentes cenários;

13

- Analisar os impactos sociais observados.

1.1 Estrutura do trabalho

A estrutura deste trabalho está dividido em 5 capítulos. Além desta introdução que apresenta

o tema deste trabalho, a problemática da pesquisa, a justificativa, o objetivo geral e as

delimitações deste trabalho, é composto por mais 4 capítulos.

O capítulo 2 apresenta a revisão bibliográfica sobre os principais assuntos e temas de

interesse. Este capítulo aborda os múltiplos usos da água e seus principais problemas relativos à

escassez dos recursos hídricos. O aproveitamento das águas pluviais considerando a qualidade e a

viabilidade de implantação e a importância sobre o reúso de água. Cita também a distribuição de

consumo de água, os programas de conservação e os aspectos sociais de produtos e sistemas.

O capítulo 3 descreve a metodologia utilizada, o delineamento do trabalho e as atividades

que foram realizadas.

O capítulo 4 apresenta a análise e discussão dos resultados obtidos ao fim da pesquisa,

relacionando com os objetivos, geral e específicos e os diferentes cenários estudados.

O capítulo 5 apresenta as conclusões e as recomendações para trabalhos futuros que serão

elaborados a partir dos resultados obtidos.

14

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Revisão bibliográfica

Neste item serão abordados os principais fundamentos teóricos necessários para a pesquisa.

2.1.1 Aspectos sociais

Após quase dez mil anos da aparição do homem na face da Terra, chegou-se a um mundo-

sociedade que tem por paradigma de desenvolvimento, um modelo que parece ter esquecido que o

planeta tem uma capacidade de carga finita, que é possível ser medida e mensurada. Fato é que, há

tempos, a finitude dos recursos não tem muita importância para o atual modelo de

desenvolvimento, que se caracteriza por não levar em conta os custos socioambientais decorrentes

das diferentes atividades produtivas (SAMPAIO, 2008).

Villaverde (1997) comenta que o estágio em que se encontra a humanidade é o de um

mundo complexo, em que atores diversos e relativamente autônomos interagem de forma

permanente gerando conflitos: conflitos de interesse entre os próprios atores e conflitos destes

com o meio ambiente. As preocupações com os “resultados negativos” do processo de

desenvolvimento são recentes. A ascensão do ambientalismo como movimento histórico a partir

da década de 60, assumindo a sociedade atual como insustentável a médio ou longo prazo reforça

as preocupações com as dimensões socioambientais do desenvolvimento. Nota-se que esta

insustentabilidade não é atribuída somente ao modelo de desenvolvimento, mas se estende às

instituições e valores predominantes na sociedade.

Os indicadores são necessários para monitorar o progresso nas distintas dimensões,

funcionando como ferramentas de apoio aos tomadores de decisões e àqueles responsáveis pela

elaboração de políticas em todos os níveis, além de serem norteadores para que se mantenha o

foco em direção ao desenvolvimento sustentável (GARCIA; GUERRERO, 2006).

15

Além disso, os indicadores podem servir de alerta no sentido de prevenir e/ou amenizar os

impactos econômicos, sociais e ambientais decorrentes de uma determinada atividade. Também

podem ser úteis como ferramentas para disseminar ideias, pensamentos e valores.

O objetivo dos indicadores socioambientais para um desenvolvimento mais sustentável é o

de promover uma maior consciência acerca das implicações da problemática ambiental e do

desenvolvimento.

Um indicador social é uma medida em geral quantitativa dotada de significado social

substantivo, usado para substituir, quantificar ou operacionalizar um conceito social abstrato, de

interesse teórico (para pesquisa acadêmica) ou programático (para formulação de políticas). É um

recurso metodológico, empiricamente referido, que informa algo sobre um aspecto da realidade

social ou sobre mudanças que estão se processando na mesma.

Os indicadores sociais se prestam a subsidiar as atividades de planejamento público e

formulação de políticas sociais nas diferentes esferas de governo, possibilitam o monitoramento

das condições de vida e bem-estar da população por parte do poder público e sociedade civil e

permitem aprofundamento da investigação acadêmica sobre a mudança social e sobre os

determinantes dos diferentes fenômenos sociais. Para a pesquisa acadêmica, o indicador social é,

pois, o elo entre os modelos explicativos da Teoria Social e a evidência empírica dos fenômenos

sociais observados. Em uma perspectiva programática, o indicador social é um instrumento

operacional para monitoramento da realidade social, para fins de formulação e reformulação de

políticas públicas (Carley 1985, Miles 1985 apud Januzzi, 2002).

Os indicadores sociais selecionados são agrupados segundo dois tipos: indicadores aditivos e

indicadores descritivos. Os indicadores aditivos devem atender a dois critérios: serem

quantitativos; e, serem relacionáveis à unidade funcional. Por outro lado, os indicadores

descritivos devem seguir os seguintes critérios: serem medidos ou descritos quantitativa ou

qualitativamente ao longo de qualquer ponto do ciclo de vida; e, não serem relacionáveis à

unidade funcional (ALMEIDA, 2009).

Os indicadores descritivos podem ser subdivididos em outros dois grupos: indicadores

específicos e indicadores gerais. Da mesma forma que os indicadores aditivos, indicadores

descritivos gerais devem cobrir valores sociais amplos. Indicadores descritivos específicos, por

outro lado, são orientados a impactos socioeconômicos relevantes de produtos ou processos

específicos. O Quadro 1 apresenta alguns exemplos desses indicadores.

16

Quadro 1:Exemplos de indicadores ativos, descritivo geral e descritivo específico.

Indicador Ativo Indicador descritivo geral Indic. descritivo específico

Custos de produção Salário necessário Contribuição para a renda

Salário necessário Benefícios trabalhistas Preço justo

Custos trabalhistas por

gênero

Horas trabalhadas média por

semana

Acesso de trabalhadores ao

emprego

Custos trabalhistas por

origem do trabalhador

Concentração de

estabelecimentos

Ocorrência de operador-

proprietário

Valor associado Distribuição etária Atendimento às leis

Pessoa-hora Trabalho forçado Cota de produção

Pessoa-hora por gênero Discriminação por gênero Cota de produção

Pessoa-hora por origem do

trabalhador

Direito de organização

Idade mínima

Distância percorrida por

trabalhador

Acesso a banheiro e a água

potável

Adjacência do trabalhador

em relação ao local de

trabalho

Fonte: Adaptado de Kruse et al., 2009.

Os impactos de aspectos sociais podem ser analisados pela análise social de ciclo de vida,

por exemplo. A ênfase social dos estudos de Life Cycle Assessment (LCA) é conhecida como

Social Life Cycle Assessment (S-LCA) ou Avaliação Social do Ciclo de Vida (ACV Social). As

recentes publicações de ACV Social têm se esforçado para determinar seus próprios parâmetros,

entretanto, de forma análoga apoiam-se nas estruturas já consagradas das Avaliações Ambientais e

Econômicas. Como não há uma norma internacional de referência para a ACV Social,

especialistas da UNEP (2009) sugerem que se utilize a estrutura de Avaliação do Ciclo de Vida

fundamentada na norma ISO 14040 e ISO 14044, e, no Brasil NBR 14040 e 14044.

De acordo com Benoit et al. (2010), a ACV-S permite a identificação de questões

fundamentais de modo a avaliar e relatar as condições sociais na produção, uso e disposição de

produtos e sistemas. Segundo estes autores, a melhor utilização da ACV-S ocorre ao conduzi-la

para aumentar o conhecimento, a partir de informações consistentes para a tomada de decisões

baseadas em escolhas que promovam melhoria nas condições sociais relacionadas aos ciclos de

vida de produtos e sistemas. Em outras palavras, isto corresponde ao uso da ACV Social para

identificação e, aprendizagem sobre, a comunicação e publicação dos impactos sociais em

17

relatórios, para planejamento de estratégias e ações, assim como para a gestão de políticas de

informação e práticas de gestão.

Os propulsores de uma ACV-S bem sucedida são os indicadores sociais e suas respectivas

categorias de impactos. Para Jannuzzi (2001) e Critchii Jr. (2007), indicadores sociais são medidas

normalmente quantitativas que possuem significado social e são utilizados para quantificar ou

operacionalizar um conceito social. Os impactos sociais são definidos como aqueles que causam

dano ou benefícios a uma área. Assim, na ACV-S os indicadores representam o significado dos

danos sociais ou dos danos potenciais diretos que podem refletir sobre uma área de proteção.

Diferentes objetos podem ser abordados nos estudos de ACV Social, dentre eles estão os

impactos sociais sobre os trabalhadores, comunidade local, consumidores, sociedade e cadeias

produtivas. Quatro grupos são afetados num estudo de ACV-S, são eles: comunidade local,

consumidores, recursos humanos (trabalhadores∕empregados) e sociedade (MANHART e

GRIEBHAMMER, 2006).

Em relação à Responsabilidade Social, esta se configurou em um modelo de gestão que

aproxima o relacionamento de uma organização com suas partes interessadas (público interno,

fornecedores, clientes, comunidade de entorno, entre outros). Esta premissa acarreta o apoio da

sociedade, gerando diferenciais competitivos. As organizações estão cada vez mais preocupadas

em atingir e demonstrar desempenhos ambientais, econômicos e sociais de forma consistente com

práticas reconhecidas no mercado. Em 2010 foi publicada no Brasil, a NBR ISO 26000 –

Diretrizes de Responsabilidade Social (ABNT, 2010).

Essa norma é aplicável a todos os tipos e portes de organizações (pequenas, médias e

grandes) e de todos os setores (governo, ONG’s e empresas privadas). A norma define que

responsabilidade social é a responsabilidade de uma organização pelos impactos de suas decisões

e atividades na sociedade e no meio ambiente, por meio de um comportamento ético e

transparente que:

Contribua para o desenvolvimento sustentável, inclusive a saúde e o bem estar da sociedade;

Leve em consideração as expectativas das partes interessadas:

Esteja em conformidade com a legislação aplicável;

Seja consistente com as normas internacionais de comportamento e

Esteja integrada em toda a organização e seja praticada em suas relações NBR 26000

(ANBT, 2010).

Em 2009, Corrêa estudou a satisfação dos trabalhadores em uma ACV Social de um produto

automotivo. Os resultados deste estudo podem ser observados no Quadro 2 que apresenta a média

18

das Subcategorias Sociais Relação Empresa/Trabalhadores. Os dados no Quadro 2 são as médias e

desvio padrão de cada dado nas empresas de A a E. Os resultados foram obtidos da escala de

Likert, onde os valores variam de 1 a 5, e os menores valores são os piores resultados do

levantamento social.

Quadro 2:Resultados das subcategorias relação Empresa/Trabalhadores.

Indicadores Média (Desvio Padrão)

A B C D E

Carga horária 4,12

(1,00)

3,81

(1,36)

4,05

(0,72)

4,75

(0,52)

3,82

(0,65)

Proteção à maternidade 3,07

(1,27)

4,02

(0,67)

- 4,28

(0,47)

4,53

(0,68)

Sindicato e associação coletiva 2,55

(1,48)

2,56

(1,26)

1,42

(0,87)

3,08

(1,29)

3,28

(1,21)

Diálogo entre funcionários e a

empresa

3,15

(1,36)

2,84

(0,68)

4,01

(0,77)

2,82

(1,06)

3,39

(0,90)

Remuneração e benefícios 2,6

(1,55)

3,02

(0,68)

4,00

(0,71)

3,53

(1,18)

3,35

(0,77)

Desenvolvimento da

capacidade

2,75

(1,51)

2,29

(0,94)

2,3

(1,42)

3,11

(0,98)

3,27 (1)

Fonte: Corrêa (2009).

Outro exemplo que pode ser citado é a dissertação de Carlon, 2005, sobre a Percepção dos

atores sociais quanto às alternativas de implantação de sistemas de captação e aproveitamento de

água da chuva em Joinville – SC, que teve como objetivo, avaliar a percepção ambiental dos

atores sociais em relação à implantação de sistemas de captação e aproveitamento de água de

chuva no município de Joinville-SC. E como objetivos específicos, verificar, junto aos órgãos

municipais, a existência de políticas públicas referentes à gestão das águas no município, uso e

ocupação do solo, aproveitamento de águas pluviais, taxa de impermeabilização dos lotes e outros

aspectos relacionados ao tema; levantar junto aos atores sociais, governamentais e não-

governamentais da área em estudo, as opiniões sobre as alternativas de implantação do

aproveitamento de água de chuva e as ações que estão sendo tomadas no município que visam

garantir o abastecimento de água nos próximos anos; realizar um levantamento e avaliação das

edificações no município de Joinville que já possuam um sistema de captação e coleta de água de

chuva e verificar a viabilidade ou não da utilização da água de chuva no município e quais as

19

estratégias de implantação destes sistemas que seriam adequadas à realidade de Joinville levando-

se em consideração a aceitação da comunidade.

O autor buscou seus resultados através de pesquisas na cidade e com aplicação de

questionários aplicados à população da cidade. Conseguindo identificar os problemas e soluções

devido à falta de água em Joinville, tanto quanto em relação as enchentes.

Carlon mostra em seus resultados que através da questão, sobre a importância do

aproveitamento da água pluvial, procurou-se levantar o posicionamento dos atores sociais em

relação ao aproveitamento de água de chuva no município de Joinville de uma forma geral, sem

especificar a forma de captação ou a finalidade para a qual esta água seria aproveitada. A grande

maioria (74%) dos entrevistados se posicionou favorável ao aproveitamento de água de chuva,

10% foram contrários e o restante (16%) foram indiferentes à questão Figura 1:

Figura 1:Opinião dos entrevistados sobre o aproveitamento de água pluvial em Joinville.

Fonte: Carlon, 2005.

As razões citadas pelos entrevistados que justificariam a implantação de sistemas de

aproveitamento de água da chuva em Joinville são: o grande volume de chuvas que atingem a

região (37%); a água de chuva como sendo uma fonte alternativa de água (23%); a redução no

consumo de água tratada em função de ter uma fonte extra (20%); a preservação dos mananciais

que não seriam super-explorados (13%) e o controle das enchentes evitando que grandes volumes

de água chegasse as galerias pluviais (7%), como mostra a Figura 2.

20

Figura 2:Razões citadas pelos entrevistados que viabilizam a implantação de sistemas de

aproveitamento de água pluvial em Joinville.

Fonte: Carlon, 2005

E por fim, Carlon (2005), concluiu em seu trabalho, que a avaliação destes aspectos é de

fundamental importância para o desenvolvimento de programas de gestão ambiental com a

participação da comunidade, visando à melhoria da qualidade de vida da população e para a

criação de políticas públicas que sejam coerentes com as necessidades e anseios desta população.

A utilização de uma amostragem, tendo como foco principal os atores sociais

representativos dos vários setores atuantes na área de estudo, serviu para que se alcançasse uma

visão geral e abrangente da percepção das questões ambientais por parte da população.

Pode-se perceber que, de uma forma geral, as questões ambientais são de interesse da

população, que reconhece a importância da preservação dos recursos naturais e a necessidade de

se desenvolver projetos que abordem estas questões.

Observa-se, no entanto, que apesar dos indicativos da importância da preservação dos

recursos naturais, alguns indivíduos não têm informação das ações práticas de como fazê-lo. Pela

análise dos estudos de caso pode-se observar que o aproveitamento de águas pluviais em Joinville

está sendo realizado de forma dispersa, sem uma orientação por parte dos órgãos públicos e

mesmo sem uma expectativa dos resultados a serem alcançados.

21

Outro fator interessante que pode ser observado através da análise dos resultados desta

pesquisa é o fato das várias instituições que atuam na área ambiental não desenvolverem as suas

atividades de forma integrada, buscando um sinergismo que alavanque as suas ações.

As ações pontuais realizadas por diferentes instituições e de forma isolada, poderiam fazer

parte de um projeto mais amplo onde fosse estabelecida uma meta em comum.

A parceria entre o poder legislativo e as universidades também poderia ser mais bem

trabalhada, para que a elaboração das Leis e sua regulamentação fossem embasadas em pesquisas

concretas e adequadas à realidade local.

A metodologia adotada nesta pesquisa pode ser utilizada para avaliar a percepção ambiental

entre indivíduos de culturas diferentes e de grupos sócio-econômicos que desempenham funções

distintas no plano social, servindo como ferramenta para o desenvolvimento de políticas públicas

onde a gestão participativa é valorizada.

2.1.2 Múltiplos usos da água e problemas relativos aos recursos hídricos

A conservação de água pode ser definida como qualquer ação que: reduza a captação de

água nos mananciais, reduza os usos consuntivos, reduza o desperdício ou as perdas de água,

aumente a eficiência do uso da água, aumente a reciclagem ou o reúso, e previna a poluição da

água (OLIVEIRA, 1999).

As soluções que preservam a quantidade e a qualidade da água passam necessariamente por

uma revisão dos métodos e sistemas relacionados com o uso da água pelas populações, tendo

como meta a sua conservação. Segundo o WUCB (1999), a conservação de água pode ser definida

como qualquer ação que:

• Reduza a captação de água dos mananciais,

• Reduza os usos consuntivos,

• Reduza o desperdício ou as perdas de água,

• Aumente a eficiência do uso da água,

• Aumente a reciclagem ou o reúso,

• Previna a poluição da água.

22

Consequentemente, os programas de conservação da água potável constituem-se em

importante ferramenta para assegurar a oferta de água potável, por evitar o desperdício e por

racionalizar o uso.

Segundo Gnadlinger (2000) coleta e aproveitamento pluvial tem sido uma técnica muito

popular em muitas partes do mundo, especialmente em regiões áridas e semi-áridas

(aproximadamente 30% da superfície da terra) (GNADLINGER, 2000). A colheita de água da

chuva foi inventada independentemente em diversas partes do mundo e em diferentes continentes

há milhares de anos. Foi usada e difundida especialmente em regiões semi-áridas onde as chuvas

ocorrem somente durante poucos meses e em locais diferentes.

Os usos da água podem ser diversos, e a Resolução CONAMA 357/05 classifica as águas

superficiais (doces, salobras e salinas) e dá parâmetros qualitativos de modo a assegurar seus usos

preponderantes. As águas doces, segundo essa Resolução, são classificadas:

- Classe Especial:

a) ao abastecimento para consumo humano, com desinfecção;

b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; e,

c) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral.

- Classe 1:

a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado;

b) à proteção das comunidades aquáticas;

c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme

Resolução CONAMA nº 274, de 2000;

d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao

solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e

e) à proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas.

Classe 2:

a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional;

b) à proteção das comunidades aquáticas;

c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme

Resolução CONAMA nº 274, de 2000;

d) à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com

os quais o público possa vir a ter contato direto; e

e) à aquicultura e à atividade de pesca.

Classe 3:

23

a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado;

b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras;

c) à pesca amadora;

d) à recreação de contato secundário; e

e) à dessedentação de animais.

Classe 4:

a) à navegação; e

b) à harmonia paisagística.

Atualmente, a agricultura e a pecuária consomem cerca de 70% da água doce, sendo que a

irrigação ocupa a maior parte. No entanto, devido a fatores como sistemas de irrigação deficientes

ou rega em horas não aconselhadas, especialmente nos países em via de desenvolvimento, 60%

dessa água é perdida por evaporação ou por devolução aos rios e aquíferos, sem ter servido o seu

propósito, ou seja, a irrigação eficiente (WWF-Brasil, 2006).

A indústria consome 22% da água doce disponível, onde é utilizada em todos os processos

produtivos, desde a transformação da matéria prima em produto industrializado e também como

matéria-prima na produção de alimentos e produtos farmacêuticos. Ainda na indústria, é utilizada

para refrigeração, para lavagem nas áreas de produção de papel, tecido, em abatedouros,

matadouros e usinas de álcool e açúcar. Além disso, a água é utilizada para a produção de energia

elétrica diretamente nas hidroelétricas e na refrigeração nas usinas atômicas (WWF Brasil, 2006).

Segundo Gonçalves (2006), o consumo de água residencial pode constituir mais da metade

do consumo total de água nas áreas urbanas. Na região metropolitana de São Paulo, o consumo de

água residencial corresponde a 84,4% do consumo total urbano (incluindo também o consumo em

pequenas indústrias). Na cidade de Vitória, a porcentagem desse consumo e bem similar,

correspondendo a aproximadamente 85% desse total (RODRIGUES apud PROJETO PROSAB,

2009). O consumo de água residencial inclui tanto o uso interno quanto o uso externo as

residências. As atividades de limpeza e higiene são as principais responsáveis pelo uso interno,

enquanto o externo deve-se a irrigação de jardins, lavagem de áreas externas, lavagem de veículos

e piscinas, entre outros. Estudos realizados no Brasil e no exterior mostram que dentro de uma

residência o maior consumo de água concentra-se na descarga das bacias sanitárias, na lavagem de

roupas e nos banhos. Em media, 40% do total de água consumida em uma residência são

destinados aos usos não potáveis (PROJETO PROSAB, 2009).

Nesse sentido, percebe-se a importância do estabelecimento e viabilização de projetos de

conservação e uso racional da água, principalmente no setor de irrigação, por exemplo, com

24

métodos eficientes e sustentáveis como os de gotejamento ou de irrigação subterrânea. Porém,

prevalecem, ainda, métodos de irrigação de superfície, como a aspersão, que imita a chuva, em

que o desperdício é alto e o rendimento baixo. Sem a irrigação compromete-se a capacidade de

produzir toda a alimentação que a população mundial demanda. Nesse sentido é necessário

aperfeiçoar o uso da água na produção sustentável dos alimentos e ao mesmo tempo melhorar a

qualidade e manter a biodiversidade dos recursos naturais (WWF-Brasil, 2006).

Para Marcka (2004), trata-se de uma medida complementar ou alternativa à ampliação da

oferta de água a médio e longo prazos, bastante viável do ponto de vista técnico e econômico e

que experimenta crescente aceitação social pelo seu caráter ecológico.

Sua implementação por parte das instituições responsáveis pelos serviços de saneamento

básico e o gerenciamento de recursos hídricos deve ser permanente nas esferas federal, estadual e,

sobretudo, local e regional. Ressalte-se ainda que, além de economizar água, um programa de

conservação de água bem sucedido resulta em conservação de energia, menor produção de esgoto

sanitário e na proteção dos mananciais de água.

Existem duas situações de aplicação para o aproveitamento das águas pluviais: em áreas de

grande pluviosidade, como medida preventiva para contenção de cheias, ou por outro lado, em

casos extremos, em áreas de seca, onde se procura acumular a água da época chuvosa para a época

de estiagem, com o propósito de garantir, ao menos, a água para beber (FUNASA, 2002).

Considerando que nessas áreas, como por exemplo, o nordeste brasileiro e regiões da África, as

possibilidades de se encontrar outras fontes de água potável são escassas, desta forma a legislação

permite a captação de água pluvial para o consumo.

Baleia (2007) afirma que bons exemplos de reaproveitamento da água também são dados

pela indústria. Muitas delas estão investindo nas próprias estações de tratamento de água, para

diminuir o custo da utilização da água em seus processos produtivos. Esses sistemas permitem que

a empresa tenha um circuito fechado de reciclagem de água. As principais indústrias de

reciclagem de papel, segmento que utiliza muita água em seus processos produtivos, já contam

com sistemas avançados de tratamento e conseguem reciclar mais que 70% da água utilizada.

O restante da água é destinado para o consumo humano em atividades domésticas, como

bebida, preparo de alimentos, higiene pessoal, limpeza e hortas caseiras, criação de animais

domésticos, e em atividades públicas, como comércios, escolas, hospitais, na irrigação de parques

e jardins, limpeza de rua, entre outros. É necessário que se diga que, embora sua utilização seja

menor que na agricultura e indústria, há no uso doméstico, grandes desperdícios. Nesse sentido

faz-se necessário a implementação de programas educacionais de incentivo a pesquisa para a

25

inibição do desperdício, racionalização do consumo e combate a perdas também nesse setor.

Diversas são as formas de degradação e contaminação das águas, como os efluentes domésticos e

industriais. O aumento da taxa populacional e o crescimento desordenado das cidades agravam o

despejo de efluentes – produtos líquidos ou gasosos produzidos por indústrias ou resultante dos

esgotos domésticos urbanos -, que são lançados nos rios numa quantidade maior que as águas

conseguem degradar. (FERREIRA, AOKI, 2008)

Segundo Terpstra (1999), os usos da água dentro de uma residência podem ser separados um

quatro categorias:

• Higiene pessoal,

• Descarga de banheiros,

• Consumo,

• Limpeza.

De acordo com essa classificação, a água destinada ao consumo humano pode ter dois fins

distintos:

• Usos potáveis - higiene pessoal, para beber e na preparação de alimentos, que exigem água de

acordo com os padrões de potabilidade estabelecidos pela legislação.

• Usos não potáveis - lavagem de roupas, carros, calçadas, irrigação de jardins, descarga de bacias

sanitárias, piscinas, etc.

Em média, 40% do total de água consumida em uma residência são destinados aos usos não

potáveis. Desta forma, estabelecendo um modelo de abastecimento de dupla oferta de água, sendo

uma de água potável e outra de água de reúso, por exemplo, a conservação da água, através da

redução do consumo de água potável, seria garantida. E a água tratada para a potabilidade seria

realmente utilizada para fins potáveis. (PROJETO PROSAB, 2009)

A utilização da água pelo homem depende da sua disponibilidade e da realidade sócio-

econômica e cultural de uma sociedade. Em tempos passados a natureza foi considerada como

uma fonte de recursos inesgotáveis, pela grande quantidade de recursos disponíveis que possuía e

pela pequena população. Essa população tinha um padrão de vida cujas necessidades eram

mínimas e seus dejetos naturalmente absorvidos.

Como pode ser observado no Quadro 3, a seguir, existe uma grande variação na

disponibilidade específica de água entre os diversos estados que compõem o território brasileiro,

constatando-se que a região mais crítica é a região nordeste, seguida pela região sudeste. Deve-se

observar que, o que leva estas duas regiões a apresentarem a menor disponibilidade específica de

água são distintas. Na região nordeste o fator preponderante refere-se ao próprio potencial hídrico,

26

principalmente em função das condições climáticas da região, enquanto na região sudeste o

principal fator refere-se ao número de pessoas que devem ser atendidas, ou seja, demanda

excessiva (Mierzwa, 2002).

Quadro 3:Disponibilidade hídrica potencial no Brasil.

Região População

(habitantes)

Demanda total

(m³/habitante ano)

Disponibilidade

específica de água

(m³/habitante ano)

NORTE 12.623.084 204 513.102

NORDESTE 46.464.103 302 4.009

SUDESTE 68.400.270 436 4.868

SUL 23.688.758 716 15.907

CENTRO OESTE 10.890.945 355 69.477

BRASIL 162.067.160 414 50.162

Fonte: Adaptado de Ramiro, 1997.

Na atualidade, com o aumento populacional e o crescimento das cidades, as necessidades

criadas são cada vez maiores, e para atender a esta demanda, consome-se cada vez mais recursos

naturais, tornando as reservas cada vez menores e, consequentemente, a quantidade de resíduos

aumentou assustadoramente. Esse crescimento acelerado da população impulsionou um aumento

considerável de construções, impermeabilizando o solo e expondo cidades às inundações

decorrentes das precipitações.

Diversos são os impactos das enchentes sobre a população, que além das perdas materiais e

humanas, ainda passam a conviver com a contaminação por doenças de veiculação hídrica como

leptospirose, cólera e por inundação de depósitos de material, muitas vezes tóxico, e estações de

tratamentos.

Além da degradação e contaminação das águas, também contribui para o agravamento dos

problemas do uso da água, o desperdício, uma vez que ocorrem todos os dias e das maneiras mais

variadas, seja por falta de conscientização, de orientação e de informação. Para exemplificar, a

agricultura é responsável por um desperdício que pode chegar a 60%, devido a falhas de

planejamento, uso inadequado do solo e à monocultura extensiva. Vazamentos nas canalizações e

residências são responsáveis por outros 15% de desperdício dos sistemas de tratamento

(TVCULTURA, 2008).

A água foi por muito tempo considerado pela humanidade como recurso inesgotável, mas

não faltam exemplos de escassez de água doce, observada pelo abaixamento do nível dos lençóis

27

freáticos, o “encolhimento dos lagos”, a secagem dos pântanos. Por outro lado cresce em todo

mundo a preocupação com o uso racional, da necessidade do controle de perdas e desperdícios e

do reúso da água. Incluindo a utilização de esgotos sanitários para diversos fins: reúso da água

proporcionando alívio na demanda e preservação de oferta de água para usos múltiplos,

reciclagem de nutrientes, significando economia na produção de fertilizantes e ração animal e

principalmente a redução no lançamento de esgotos em corpos receptores (VON SPERLING,

2005; BLUM, 2003).

A falta de cuidado com a água tem produzido crises de abastecimento e de qualidade,

podendo num futuro próximo tornar-se insuficiente, e comprometer o desenvolvimento

econômico-social e a qualidade da vida da população. É necessário lembrar, no entanto, que essas

causas podem ser minimizadas se nos conscientizarmos da importância da água e as formas

adequadas de sua utilização. Um exemplo seria a utilização de fontes alternativas de água para fins

não nobres (não potáveis), como o aproveitamento da água pluvial e o reúso de água.

2.1.3 Legislações e normas relativas ao uso de fontes alternativas de água

A Constituição de 1988 estabelece que a água é um bem da União ou dos estados,

ressaltando que o seu aproveitamento econômico e social deve buscar a redução de desigualdades.

Alguns estados já instituíram legislações sobre a coleta da água pluvial com o objetivo de

controlar enchentes, conservar a água e fazer o uso racional da mesma (ANNECCHINI, 2005).

Na cidade de São Paulo, por exemplo, a Lei Municipal nº 13.276, em seu Anexo A,

aprovada em 04 de janeiro de 2002, torna obrigatória a execução de reservatório para as águas

coletadas por coberturas e pavimentos nos lotes, edificados ou não, que tenham área

impermeabilizada superior a 500m², como medida para a contenção de enchentes. Esta Lei coloca

a execução dos reservatórios para acumulação de águas pluviais como condição para o Certificado

de Conclusão da Obra. A Lei municipal utiliza como fórmula para o cálculo da capacidade do

reservatório a seguinte equação:

V = 0,15 × Ai × IP × t (Equação 01)

Onde:

28

V = volume do reservatório (m3)

Ai = área impermeabilizada (m2)

IP = índice pluviométrico igual a 0,06 m/h

t = tempo de duração da chuva (em horas)

A Lei também determina que a água do reservatório poderá ser despejada na rede pública de

drenagem após uma hora de chuva, infiltrar-se no solo ou ser conduzida para outro reservatório

para ser utilizada para finalidades não potáveis (SÃO PAULO, 2002).

Em Curitiba-PR a Lei nº 10.785/03 de 18 de setembro de 2003, em seu Anexo B, cria no

município o Programa de Conservação e Uso Racional de Água nas Edificações – PURAE.

Este programa tem como objetivo instituir medidas que induzam à conservação, uso racional

e utilização de fontes alternativas para captação de água nas novas edificações, bem como a

conscientização dos usuários sobre a importância da conservação da água (CURITIBA, 2003). O

Art. 7º determina que a água das chuvas seja captada na cobertura das edificações e encaminhada

a uma cisterna ou tanque, para ser utilizada em atividades que não requeiram o uso de água

tratada, proveniente da rede pública de abastecimento, tais como:

a) rega de jardins e hortas;

b) lavagem de roupa;

c) lavagem de veículos;

d) lavagem de vidros, calçadas e pisos.

Curitiba, sempre foi pioneira na busca de soluções visando o desenvolvimento urbano

adequado e a conservação e preservação do meio ambiente e dos recursos naturais. Em 11/07/95,

editou a Lei 8681, a qual dispõe sobre a instalação de Postos de Abastecimento de Combustível e

Serviços e cria a obrigatoriedade em executar medidas preventivas de proteção ao meio ambiente,

especialmente no sistema de armazenamento de combustíveis, e em seu Art. 9 º estabelece que:

"Os estabelecimentos que executarem lavagem de veículos, deverão possuir uma cisterna para

captação das águas pluviais, as quais deverão ser utilizadas nos serviços de lavagem, ficando seus

prazos e parâmetros a serem definidos em legislação específica" (CURITIBA, 1995).

Em Porto Alegre, a lei nº 10.506, de 5 de agosto de 2008, instituiu o Programa de

Conservação, Uso Racional e Reaproveitamento das Águas, que objetiva a promoção de medidas

necessárias à conservação, à redução do desperdício e à utilização de fontes alternativas para a

captação e o aproveitamento da água nas edificações, bem como à conscientização dos usuários

sobre a sua importância para a vida. No seu Artigo 6º, os sistemas hidráulicos e sanitários das

29

novas edificações serão projetados de modo a propiciar a economia e o combate ao desperdício de

água, privilegiando a sustentabilidade dos recursos hídricos, sem prejuízo do conforto e da

segurança dos habitantes.

No município de Passo Fundo (RS), a Lei Complementar 198/08, de 17 de janeiro de 2008,

criou o “Programa Uso Racional da Água” – PURA - no município de Passo Fundo, e dá outras

providências.

O PURA de Passo Fundo tem por objetivo: (I) instituir medidas que promovam a

conservação, o uso racional e a utilização de fontes alternativas para captação de água nas

edificações e na agricultura urbana; (II) conscientizar os usuários no combate ao desperdício de

água; (III) ressaltar a importância do uso racional da água como forma preventiva de enchentes e

de racionamento; (IV) incentivar o uso racional da água na agricultura urbana.

Ainda, na Lei de Passo Fundo, os sistemas hidráulico-sanitários das novas edificações

deverão atender ao conforto e segurança dos usuários, bem como à sustentabilidade dos recursos

hídricos (PMPF, 2012).

Em todo o país existem estudos e até minutas de Lei que pretendem obrigar condomínios

residenciais, industriais e comerciais a reterem a água de chuva, para diminuir as enchentes

urbanas. Também estão sendo criadas novas regras sobre a parcela do terreno que deverá ser

mantida sem a colocação de pisos, para facilitar a infiltração da água no solo.

Em relação a normas para uso de fontes alternativas de águas, no Brasil, a norma técnica

para o aproveitamento da água pluvial para fins não potáveis é a NBR 15527/2007, intitulada,

Água de chuva – Aproveitamento de cobertura em áreas urbanas para fins não potáveis –

Requisitos. Através dessa norma, a oferta da água pluvial pode ser quantificada através da

Equação de escoamento superficial, que é representada pela Equação 02.

V = P x A x C x n fator de captação (Equação 02)

Onde:

V é o volume anual, mensal ou diário de água pluvial aproveitável;

P é a precipitação média anual, mensal ou diária;

A é a área de coleta;

C é o coeficiente de escoamento superficial da cobertura;

n fator de captação é a eficiência do sistema de captação, levando em conta o dispositivo de

descarte de sólidos e desvio de escoamento inicial, caso este último seja utilizado.

30

A precipitação média e intensidade da precipitação devem ser determinadas através de dados

pluviométricos locais e a área deverá ser a área de captação de cada sistema.

Os volumes de armazenagem dos reservatórios dos sistemas dever ser calculados através dos

métodos apresentados no Anexo A da NBR 15527/07, sendo eles:

- Método de Rippl;

- Método Azevedo Neto;

- Método prático alemão;

- Método prático inglês.

Já em relação ao reúso, ainda não existe norma específica no Brasil, e os padrões são

observados em documentos publicados na literatura, resultados de pesquisas, como por exemplo o

Manual de conservação e reúso de água em edificações (FIESP/ANA/SINDUSCON-SP, 2005), e

Manuais de reúso em industriais (FIESP/CIESP, 2004) e (FIRJAN, 2006), além de dados de

outros países, como por exemplo, os limites estabelecidos pela USEPA, de acordo com o

Guidelines for water reuse (USEPA, 2004).

2.1.4 Aproveitamento de águas pluviais

As águas pluviais são fontes alternativas importantes, devido às grandes áreas de telhados e

pátios disponíveis na maioria das indústrias. Além de apresentarem qualidade superior aos

efluentes considerados para reúso, os sistemas utilizados para sua coleta e armazenamento não

apresentam custos elevados e podem ser amortizados em períodos relativamente curtos. Esta fonte

deve ser utilizada, na maioria das vezes, como complementar às fontes convencionais,

principalmente durante o período de chuvas intensas. Os reservatórios de descarte e de

armazenamento devem ser projetados para condições específicas de local e de demanda industrial.

O aproveitamento de águas pluviais demanda estudos específicos para cada situação

particular. São necessários dados de área de cobertura ou de pátios, séries históricas de índices

pluviométricos diários, características da demanda industrial e de área disponível para implantação

de reservatórios e de eventuais sistemas de tratamento e de distribuição. (FIRJAN, 2006)

Um sistema de aproveitamento de águas pluviais, segundo a NBR 15527/2007, deve ser

composto por:

Calhas e condutores;

31

Dispositivos de remoção de detritos, como grades e telas;

Dispositivo de descarte, que é opcional, e recomenda-se o descarte de 2 mm da precipitação

inicial;

Reservatório, quando alimentado como água de outra fonte de água potável, deve possuir

dispositivos que impeçam a conexão cruzada;

A água deve entrar no reservatório de forma que não provoque turbulência para não

suspender o lodo depositado no fundo do reservatório;

Bombeamento

Manutenção, o reservatório deve ser limpo uma vez por ano para a retirada do lodo

depositado no fundo do mesmo.

Embora o aproveitamento da água da chuva seja muito útil, recomenda-se que a água da

chuva não seja considerada como única fonte de suprimento de água. O ideal é que a água da

chuva seja uma fonte alternativa, suplementando o sistema de abastecimento de água potável,

sendo direcionada para os fins não potáveis.

Outro cuidado importante que deve ser tomado nos sistemas de fontes alternativas de água é

promover a identificação do sistema, caso este não seja o único sistema de água da residência,

alertando o usuário para a qualidade da água, evitando contaminações das pessoas (Guidelines for

rainwater tanks on residential properties, 2005). (ANNECCHINI, 2005).

Em 2008, Faresin realizou um trabalho com o objetivo de despertar a preservação e a

importância da conscientização ambiental por meio da racionalização e a utilização de fontes

alternativas para uso da água em escolas municipais. Para a análise quantitativa, analisou a

intensidade pluviométrica da cidade, análise do consumo por tipologia (rega de jardins, lavagem

de calçadas e bacias sanitárias, população existente e dimensionaram os sistemas. Quanto à análise

qualitativa da água, analisaram os parâmetros de qualidade da água: DQO, DBO, sólidos totais,

pH, nitrato, ferro, contagem de bactérias heterotróficas, coliformes fecais, coliformes totais e

chumbo.

Como resultados verificou que é muito importante fazer o descarte da primeira água, pois os

resultados dos parâmetros de qualidade reduziram consideravelmente. Também verificou que ter

uma grande área de coleta não significa ser a melhor opção, é importante ter apenas a área

necessária para coletar a água a ser utilizada, pois isso teria maiores investimentos no sistema

como um todo (FARESIN, 2008).

32

2.1.4.1 Viabilidade da implantação de sistemas de aproveitamento de água pluvial

O ressurgimento do interesse em técnicas de aproveitamento de água da chuva como fonte

alternativa, nos últimos vinte e cinco anos, é resultado de um grande número de tecnologias que

estão sendo desenvolvidas, e a legalização destas tecnologias pelos órgãos regulamentadores

(DTU, 2003).

O aproveitamento de água pluvial pode ser dividido, de forma simplificada, em quatro

processos primários e três processos de tratamento (Figura 1).

Figura 3:Diagrama do processo de sistemas domésticos de aproveitamento de água pluvial.

Fonte: (adaptado de DTU, 2003)

Dentro deste diagrama, em cada fase do processo, existe uma grande variedade de técnicas e

materiais que podem ser utilizados, desde os mais simples até os mais sofisticados, possibilitando

uma adequação do sistema de acordo com a disponibilidade financeira (DTU, 2003).

Segundo Sickermann (2002), para cada caso deve-se estudar a viabilidade ou não da

implantação dos sistemas de coleta de água pluvial, mas de um modo geral pode-se analisar da

seguinte forma:

Condomínios verticais: o custo de implantação é baixo, mas a economia de água é menor

uma vez que a superfície de coleta é relativamente pequena em relação ao número de

habitantes. Por outro lado, a instalação é simples, mesmo em prédios já construídos,

podendo em alguns casos até dispensar a utilização de bombas se os reservatórios forem

mantidos em nível intermediário entre a área de captação e o local onde a água for

utilizada, geralmente pátios e jardins.

33

Condomínios horizontais e casas: nestes casos o custo de implantação é significativamente

mais baixo se o sistema for planejado antes da construção, mas a economia de água pode

ser maior do que em condomínios verticais, dependendo do dimensionamento do

reservatório.

A área de captação é relativamente grande em relação ao número de habitantes, o que

permite aproveitar a chuva disponível em maior porcentagem. O que irá determinar o volume de

água a ser estocado é a relação custo-benefício entre a economia com os gastos na conta de água e

o valor da construção do sistema. Em edificações já construídas a instalação também pode ser

feita, mas é mais viável que o uso da água de chuva coletada seja somente externo, para evitar

gastos adicionais com tubulações e reservatórios.

Galpões, supermercados e shopping centers: o custo de implantação, nestes casos, tem

retorno bem aceitável e a economia depende do tipo de atividade e do consumo de água

que esta atividade exige. Como estas obras geralmente têm um impacto significativo sobre

o sistema de drenagem e, em alguns locais, já são obrigadas por Lei a prever a instalação

de reservatórios de retenção, o aproveitamento da água pluvial pode ser viável já que o

custo adicional torna-se pequeno. Esta água pode ser utilizada para a limpeza de pisos o

que não exigiria instalações extras.

Loteamentos industriais e aeroportos: o custo de implantação é relativamente pequeno e a

economia de água pode variar de acordo com a atividade da empresa e o seu consumo de

água. Da mesma forma que ocorre na situação anterior, muitas vezes como a área do

projeto é grande, já requer obras de drenagem pelas restrições impostas em função da

capacidade esgotada das galerias pluviais existentes. Assim, o aproveitamento das águas

pluviais poderia vir a compensar parte deste custo (SICKERMANN, 2002).

Segundo Palmier (2001) as técnicas alternativas de captação de água pluvial são socialmente

atraentes quando comparadas aos grandes projetos, e podem representar soluções inteiramente

adequadas para mitigar escassez de água em um grande número de regiões. O autor ressalta ainda

a necessidade de se avaliar os impactos ambientais no que se refere às barragens, as quais quando

aplicadas em regiões a montante de uma bacia, podem reduzir o escoamento superficial para

outros usuários, ou para o próprio ambiente, localizado a jusante.

34

2.1.5 Reúso de Águas

Para a prática adequada do reúso, deve ser identificada a qualidade mínima da água

necessária para o uso não potável a qual a água reciclada se destina. É importante enfatizar que as

opções de reúso só devem ser consideradas após a implantação das opções de redução do consumo

de água.

No caso de edifícios comerciais, se considerado o reúso de águas cinzas, esse apresentará

volumes relativamente pequenos, pois serão formadas, quase exclusivamente, de águas

provenientes dos lavatórios. Já em edifícios residenciais, a oferta de água de reúso é mais

abundante, considerando-se a maior parcela de consumo de água dedicada às atividades de higiene

pessoal e preparo de alimentos. Sempre será necessária a realização de estudos econômicos

adequados para verificar a viabilidade de se efetuarem os investimentos para a separação e

tratamento de água de reúso em edifícios.

Assim como no caso de utilização das águas pluviais, o reúso de águas propicia

significativos benefícios ambientais, pois colabora com o uso sustentável dos recursos hídricos. A

Figura 2 apresenta um exemplo de sistema de reúso de água cinza.

Figura 4:Sistema de reúso de água.

Fonte: Adaptado de FIESP/ANA/SINDUSCON-SP, 2005

Citando o exemplo de hotéis, que são grandes consumidoras de água, calcula-se que, numa

operação por um período de dez horas por dia, um hotel, com cem apartamentos e com uma

35

ocupação total, com dois hóspedes por apartamento, tenha um consumo médio de água por dia de

15 mil litros. O reúso da água nesses empreendimentos, com base em tecnologias já disponíveis,

contribui, mesmo que em pequena escala, para a economia da água. A reutilização dentro do

próprio hotel em ações que envolvem desde a equipe de funcionários até os hóspedes, como os

estabelecimentos que apresentam como opção pata os hóspedes a troca diária de tolhas de banho e

roupa de cama. Isso, embora alguns tenham a conotação de redução de custos com lavanderia, tem

como meta principal a redução do consumo e, consequentemente, com os custos da água, além de

uma preocupação em proteger o meio ambiente, visto que a lavanderia também é considerada um

dos agentes poluidores com os produtos utilizados no processo de lavagem. (ALMEIDA et al.,

2004)

No caso de indústrias muitas vezes, não existe informação sobre o nível mínimo de

qualidade de água para uma atividade industrial, o que pode dificultar a identificação de

oportunidades de reúso. É necessário, portanto, um estudo mais detalhado do processo industrial

para a caracterização da qualidade de água. Simultaneamente, é preciso realizar um estudo de

tratabilidade do efluente, para que seja estabelecido um sistema de tratamento que produza água

com qualidade compatível com o processo industrial considerado.

Na avaliação do potencial de reúso de efluentes tratados, deve ser considerada a elevação

da concentração de contaminantes que não são eliminados pelas técnicas de tratamento

empregadas.

O projeto do sistema de tratamento deve ser efetuado com base nas características do tipo

de efluente coletado e na qualidade preconizada para o efluente tratado. Devem ser efetuados

estudos de tratabilidade, considerando-se tanto tratamentos físico-químicos como biológicos. Cabe

ressaltar que o sistema predial de água de reúso, bem como o sistema de coleta, devem ser

concebidos e executados de forma independente dos demais sistemas hidráulicos da edificação.

(FIESP/CIESP, 2004)

Já com o crescente interesse pelo tema do reúso de água, o Conselho Nacional de Recursos

Hídricos (CNRH), publicou a Resolução 54, em 2005, que estabelece os critérios gerais para a

prática de reúso direto não potável de água. Nessa resolução, são definidas as cinco modalidades

de reúso de água:

• Reúso para fins urbanos;

• Reúso para fins agrícolas e florestais;

• Reúso para fins ambientais;

• Reúso para fins industriais;

36

• Reúso na aquicultura.

Estes são exemplos da incorporação dos temas relacionados à conservação e reúso de água

na legislação brasileira. Dentre seus critérios estão às considerações de que nenhuma água de boa

qualidade deverá ser utilizada em atividades que tolerem águas de qualidade inferior, pois os

recursos hídricos devem ser conservados para o abastecimento público, ou para outros usos mais

exigentes; que o reúso de água constitui prática de racionalização e de conservação dos recursos

hídricos, conforme os princípios estabelecidos na Agenda 21; que a elevação dos custos de

tratamento de água é decorrente da degradação dos mananciais e, por isso, a prática de reúso é

fator redutor das descargas de poluentes em corpos receptores; e que o reúso contribui para a

proteção do meio ambiente e da saúde pública.

2.1.5.1 Dados qualitativos necessários para água pluvial e água de reúso

A NBR 15527/2007 apresenta a tabela sobre a qualidade da água pluvial, que pode ser

verificada no Quadro 4 , a seguir:

37

Quadro 4:Parâmetros de qualidade de água da chuva para usos restritivos não potáveis.

Parâmetros Análise Valor

Coliformes totais Semestral Ausência em 100 mL

Coliforme termotolerantes Semestral Ausência em 100 mL

Cloro residual livre¹ Mensal 0,5 a 3,0 mg/L

Turbidez Mensal < 2,0 uT ², para usos menos

restritivos

Cor aparente (caso não seja

utilizado nenhum corante,

ou antes, da sua utilização)

Mensal < 15 uH ³

Deve prever o ajuste de pH

para proteção das redes de

distribuição, caso

necessário

Mensal pH de 6,0 a 8,0 no caso de

tubulação de aço carbono ou

galvanizado

NOTA Podem ser usados outros processos de desinfecção além do cloro, como a

aplicação de raio ultravioleta e aplicação de ozônio.

¹ No caso de serem utilizados compostos de cloro para desinfecção.

² uT é a unidade de turbidez.

³ uH é a unidade de Hazen.

Fonte: NBR 15527/2007

Quando se utiliza como área de captação o telhado da edificação, deve-se ter o cuidado de

verificar qual o material que é utilizado neste telhado. Segundo Plínio Tomaz (2003) as fezes de

passarinhos e outras aves e animais depositadas sobre os telhados e carregadas com a chuva,

podem trazer problemas de contaminação por bactérias e de parasitas gastrointestinais e,

dependendo dos materiais utilizados na confecção dos telhados, a contaminação poderá ser ainda

maior. Os fatores de contaminação podem ser além das fezes de passarinhos e pombas, as fezes de

ratos e outros pequenos animais, poeiras, folhas de árvores, o revestimento do telhado, tintas, etc.

(TOMAZ, 2003).

Em áreas urbanas e pólos industriais passam a ser encontradas alterações nas concentrações

naturais da água de chuva devido a poluentes do ar, como o dióxido de enxofre (SO2), óxidos de

nitrogênio (NOx) ou ainda chumbo, zinco e outros. Já o pH da água de chuva é normalmente

ácido, variando entre 5,0 até 3,5, quando há o fenômeno da “chuva ácida” (TOMAZ, 2003).

Por isso a importância dos cuidados com uma adequada desinfecção e adequado

monitoramento da qualidade da água pluvial aproveitada nesse tipo de sistema.

Para o reúso de águas, no Brasil ainda não há uma norma técnica definida. Então os padrões

são adotados de algumas referencias e normas baseadas em experiências de uso e pesquisa.

38

De acordo com a finalidade de uso para a água de reúso, dependendo de cada fim proposto

para a água de reúso os limites estabelecidos como padrões permitidos são mais ou menos

restritivos, e isso vai influenciar na eficiência necessária para a ETE (Estação de Tratamento de

Efluentes) e o sistema de reúso. Em função disso, algumas classes de reúso podem ser

estabelecidas. O Manual de Conservação e Reúso da Água em Edificações apresenta a

classificação de acordo com o que segue a seguir:

Água de Reúso Classe 1: Os usos preponderantes para as águas tratadas desta classe, nos

edifícios, são basicamente os seguintes:

• descarga de bacias sanitárias, lavagem de pisos e fins ornamentais (chafarizes, espelhos de água

etc.);

• lavagem de roupas e de veículos.

Apesar desta aplicação incorporar diversas atividades, todas convergem para a mesma

condição de restrição que é a exposição do público, usuários e operários que operam, manuseiam

ou tenham algum contato com os sistemas de distribuição de água reciclada. Nesse sentido, os

parâmetros característicos foram selecionados segundo o uso mais restritivo entre os acima

relacionados, e estão apresentados no Quadro 5.

39

Quadro 5:Parâmetros característicos para água de reúso classe 1.

Parâmetros Concentrações

Coliformes fecais ¹ Não detectáveis

pH Entre 6,0 e 9,0

Cor (UH) ≤ 10 UH

Turbidez (UT) ≤ 2 UT

Odor e aparência Não desagradáveis

Óleos e graxas (MG/L) ≤ 1 mg/L

DBO² (mg/L) ≤ 10 mg/L

Compostos orgânicos voláteis ³ Ausentes

Nitrato (mg/L) < 10 mg/L

Nitrogênio amoniacal (mg/L) ≤ 20 mg/L

Nitrito (mg/L) ≤ 1 mg/L

Fósforo total 4 (mg/L) ≤ 0,1 mg/L

Sólido suspenso total (SST) (mg/L) ≤ 5 mg/L

Sólido dissolvido total 5 (mg/L) ≤ 500 mg/L

1. Esse parâmetro é prioritário para os usos considerados.

2. O controle da carga orgânica biodegradável evita a proliferação de

microrganismos e cheiro desagradável, em função do processo de decomposição,

que podem ocorrer em linhas e reservatórios de decomposição.

3. O controle deste composto visa evitar odores desagradáveis, principalmente em

aplicações externas em dias quentes.

4. O controle de formas de nitrogênio e fósforo visa evitar a proliferação de algas e

filmes biológicos, que podem formar depósitos em tubulações, peças sanitárias,

reservatórios, tanques etc.

5. Valor recomendado para lavagem de roupas e veículos.

Fonte: FIESP/ANA/SINDUSCON-SP, 2005

Água de Reúso Classe 2: Os usos preponderantes nessa classe são associados às fases de

construção da edificação:

• lavagem de agregados;

• preparação de concreto;

• compactação do solo e;

• controle de poeira. Os parâmetros básicos de controle são apresentados no Quadro 6:

40

Quadro 6:Parâmetros característicos para água de reúso classe 2.

Parâmetros Concentrações

Coliformes fecais ≤ 1000/mL

pH Entre 6,0 e 9,0

Odor e aparência Não desagradáveis

Óleos e graxas (mg/L) ≤ 1,0 mg/L

DBO (mg/L) ≤ 30 mg/L

Compostos orgânicos voláteis Ausentes

Sólidos suspensos totais (mg/L) 30 mg/L

Fonte: FIESP/ANA/SINDUSCON-SP, 2005

Água de Reúso Classe 3: O uso preponderante das águas dessa classe é na irrigação de

áreas verdes e rega de jardins. Neste caso, a maior preocupação do emprego da água de reúso fica

condicionada às concentrações de contaminantes biológicos e químicos, incidindo sobre o meio

ambiente e o homem, particularmente o operário que exerce suas atividades nesse ambiente.

Alguns dos principais problemas relacionados com o gerenciamento da qualidade da água são:

salinidade, toxicidade íons específicos, taxa de infiltração no solo etc. O Quadro 7 apresenta os

parâmetros mais importantes que devem ser verificados para o uso de água para irrigação.

41

Quadro 7:Parâmetros característicos para água de reúso classe 3.

Parâmetros Concentrações

pH Entre 6,0 e 9,0

Salinidade 0,7 < EC , (dS/m) < 3,0

450 < SDT (mg/L) <

1500

Toxicicidade por

íons específicos

Para irrigação

superficial

Sódio (SAR) Entre 3 e 9

Cloretos (mg/L) < 350 mg/L

Cloro residual

(mg/L)

Máxima de 1 mg/L

Para irrigação

com aspersores

Sódio (SAR) >ou = 3,0

Cloretos (mg/L) < 100 mg/L

Cloro residual

(mg/L)

< 1,0 mg/L

Boro (mg/L) Irrigação de culturas alimentícias 0,7 mg/L

Regas de jardim e similares 3,0 mg/L

Nitrogênio total (mg/L) 5 – 30 mg/L

DBO (mg/L) < 20 mg/L

Sólidos suspensos totais (mg/L) < 20 mg/L

Turbidez (UT) < 5 UT

Cor aparente (UH) < 30 UH

Coliformes fecais (mL) ≤ 200/100 mL

Fonte: FIESP/ANA/SINDUSCON-SP, 2005

Água de Reúso Classe 4: O uso preponderante para esta classe é no resfriamento de

equipamentos de ar condicionado (torres de resfriamento). As variáveis de controle são

apresentadas no Quadro 8 em função do tipo de operação das torres de resfriamento utilizadas no

edifício.

42

Quadro 8:Variáveis de qualidade de água recomendados para o uso em torres de resfriamento.

Variável (*) Sem recirculação Com recirculação

Sílica 50 50

Alumínio

SR

0,1

Ferro 0,5

Manganês 0,5

Amônia 1,0

Sólidos Dissolvidos Totais 1000 500

Cloretos 600 500

Dureza 850 650

Alcalinidade 500 350

Sólidos Suspensos Totais 5000 100

pH 5,0 – 8,3 6,8 – 7,2

Colifomes Totais

(NMP/100mL) SR 2,2

Bicarbonato 600 24

Sulfato 680 200

Fósforo SR 1,0

Calcio 200 50

Magnésio SR 30

O2 Dissolvido Presente SR

DQO 75 75

(*) Unidade de referencia: mg/L, a menos que indicado.

SR – sem referencia.

Fonte: FIESP/ANA/SINDUSCON-SP, 2005.

Existe a NBR 13969 (ABNT, 1997) que no seu item 5 apresenta parâmetros de reúso em

algumas possibilidades. As possibilidades e classificação de águas de reúso, conforme essa norma

são: Classe 1 - Lavagem de carros e outros usos que requerem o contato direto do usuário com a

água, com possível aspiração de aerossóis pelo operador, incluindo chafarizes; Classe 2 -

Lavagens de pisos calçadas e irrigação de jardins, manutenção dos lagos e canais para fins

paisagísticos, exceto chafarizes; e Classe 3 - Reúso nas descargas das bacias sanitárias. Os padrões

para reúso, segundo as classes estão apresentados no Quadro 9.

43

Quadro 9:Padrões de reúso segundo NBR 13969.

Parâmetros Classe 1 Classe 2 Classe 3

Turbidez < 5 < 5 < 10

Coliforme fecal < 200 NMP/100 mL < 500 NMP/ 100 mL < 500 NMP/ 100 mL

Sólidos dissolvidos totais < 200 mg/L _ -

pH 6,0 – 8,0 _ -

Cloro residual 0,5 mg/L e 1,5 mg/L > 0,5 mg/L -

Fonte: NBR 13969 (ABNT, 1997).

2.2 Metodologia de Pesquisa

A pesquisa foi realizada no prédio do ICB (Instituto de Ciências Biológicas) e no prédio da

FEAR (Faculdade de Engenharia e Arquitetura) da Universidade de Passo Fundo, onde pode ser

visualizado na Figura 3, em que está assinalado no círculo azul parte dos prédios da FEAR e em

vermelho o prédio do ICB.

Figura 5:Mapa Campus I da Universidade de Passo Fundo

Fonte: Adaptado de UPF, 2012.

44

Para levantar os aspectos sociais dos atores que utilizam a água nas edificações do estudo,

foram elaborados questionários, de forma a ser auto-explicativo, fornecendo ao entrevistado

breves informações sobre a pesquisa em andamento, tais como os objetivos, a área de estudo, a

justificativa e a metodologia utilizada. Os questionários foram elaborados com questões abertas

nas quais serão solicitadas justificativas para as respostas fornecidas.

As questões abordadas pelos questionários foram elaboradas para atender aos objetivos da

pesquisa, de forma a realizar o levantamento de dados sociais, bem como de opinião em relação a

fontes alternativas de água, e hábitos de uso da água. Os questionários também buscaram levantar

o perfil do entrevistado e podem ser verificados no Anexo A.

Foi utilizada a estrutura da escala de Likert para a obtenção dos escores. Para cada

indicador, o pesquisado assinala seu grau de concordância e/ou discordância em uma escala de

cinco pontos, que podem variar de -2 a +2, por exemplo, ou de 1 a 5, onde são utilizadas as

seguintes variáveis: Discordo totalmente, Discordo parcialmente, Nem concordo, nem discordo,

Concordo parcialmente, Concordo totalmente. A Tabela 1 ilustra o conjunto de respostas

definidas, bem como os escores numéricos associados.

Tabela 1:Variáveis e escores definidos para o levantamento de Indicadores.

VARIÁVEIS ESCORES

Discordo totalmente 1

Discordo parcialmente 2

Nem concordo, nem discordo 3

Concordo parcialmente 4

Concordo totalmente 5

Desta maneira, uma indicação de resposta “Concordo totalmente” denota uma atitude

favorável, atingindo o escore máximo (5). A resposta “Discordo totalmente” reflete o escore de

mínimo (1), significando divergência total com a afirmativa. A opção “Nem concordo, nem

discordo” possui um valor 0 (zero), apontando para neutralidade ou incerteza em relação à

afirmativa.

Esses questionários ajudaram a levantar os indicadores sociais das edificações do estudo e

cenários dos usos da água, e avaliar os seus impactos relacionados.

45

Para levantar na Instituição a existência de políticas referentes à gestão sustentável das

águas, foram realizadas entrevistas com os responsáveis pelo setor de saneamento ambiental da

UPF, de forma a tomar conhecimento sobre tais políticas.

Para o levantamento das opiniões dos atores sociais da pesquisa em relação aos cenários

propostos de fontes alternativas de água, os dados foram obtidos através dos questionários

aplicados.

E por fim, para realizar a avaliação de impactos sociais relacionados nas edificações de

estudo, os dados levantados foram analisados estatisticamente como ACV-S. Na análise final, foi

analisado um cenário de uso da água atual, ou seja, sem considerar reúso e nem aproveitamento da

água da chuva. Bem como, foram analisados os cenários: considerando um reúso de esgoto da

ETE da UPF nas edificações da pesquisa, considerando o aproveitamento de água da chuva, e

considerando ambos os cenários.

2.3 Análise e discussão dos resultados

Neste item serão apresentados os resultados obtidos na pesquisa.

2.3.1 Levantamento dos aspectos sociais dos atores que utilizam a água nas edificações do

estudo

Aqui serão apresentados os resultados gerados com os dados sociais dos atores entrevistados

(alunos, professores e funcionários).

46

2.3.1.1 Alunos

Na Figura 6 apresenta o percentual de alunos no sexo feminino e masculino dos diferentes

cursos entrevistados, e podemos notar que foi um tanto equilibrado, mesmo o percentual de

homens foi maior, por conta dos cursos de engenharia que atraem mais o gênero masculino.

Figura 6:Gênero dos alunos entrevistados.

Já na Figura 7 podemos ver o percentual de cursos que foram aplicados os questionários,

onde houve maior número no curso da Engenharia Ambiental e o menor do curso da Engenharia

Elétrica. No curso de Engenharia de Alimentos não foi feita a aplicação dos questionários por

conta de serem amostras aleatórias.

Figura 7:Cursos universitários.

Feminino44%

Masculino56%

Engenharia Ambiental

36%

Engenharia Mecânica

26%

Engenharia Elétrica

3%

Engenharia Civil19%

Arquitetura4%

Biologia12%

47

Na Figura 8 estão apresentadas as faixas etárias pertencente aos alunos que responderam o

questionário social, o que podemos observar é que o percentual de alunos na faixa dos 21 anos de

idade são os que mais responderam os questionários.

Figura 8:Faixa etária/Alunos.

Os turnos onde normalmente os alunos estão presentes na universidade em função das aulas

é o turno da noite, como pode ser visto na Figura 9 abaixo.

Figura 9:Turno em que os alunos normalmente têm aula na UPF.

até 21 anos71%

22 a 25 anos19%

26 a 30 anos7%

31 a 35 anos2%

acima de 361%

2%

6%

58%

17%

3% 14%

Manhã Tarde Noite Manhã/Noite Manhã/Tarde Tarde/Noite

48

Como na instituição os alunos têm a chance de estagiar em diversas áreas dos seus cursos,

com professores pesquisadores, foram perguntados quais deles já foram ou ainda são estagiários

na UPF, e apenas uma minoria respondeu que já estagiou ou ainda está estagiando. O número de

alunos que responderam que sim, que já foram ou são estagiários é de 13% e que responderam que

“não” foi de 87%.

Aos alunos foi perguntado através do questionário se atualmente trabalham ou estagiam em

empresas nos horários inversos ao das aulas, e desses 50% dos alunos exercem alguma atividade

além dos estudos e a outra metade, dedica-se somente aos estudos.

Dos que responderam que trabalham além de estudar, foi questionado sobre a quantidade de

horas semanais trabalhadas, mostrado no gráfico da Figura 10.

Figura 10:Horas trabalhadas semanalmente pelos alunos.

2.3.1.2 Professores

Nos questionários aplicados para os professores, foram abordadas algumas questões

similares aos questionários dos alunos e outras mais específicas da profissão.

Podemos observar na Figura 11 o percentual do perfil dos professores questionados.

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

até 9h 10 a 16 h 17 a 20 h 21 a 30 h mais que 31

49

Figura 11:Gênero/ professores.

A faixa etária dos professores das edificações do estudo está esboçado na Figura 12, que

mostra que a maior parte dos professores que responderam o questionário estão na faixa de idade

abaixo dos 30 anos, seguido dos professores na faixa de 31 a 36 anos de idade.

Figura 12:Faixa etária dos professores.

O Sinpro/RS promoveu, desde 1993, uma série histórica de quatro pesquisas quantitativas,

que visam obter conhecimento sobre a categoria dos professores da rede privada, seu perfil, suas

expectativas e demanda. O perfil dos professores de categoria sofreu relevantes transformações.

Embora dos quase 20 anos de pesquisa as mulheres tenham representado 63% e 67% do total de

professores da rede privada de ensino, verificou-se uma profunda mudança no que se refere ao

espaço na estrutura do ensino privado gaúcho. Ao longo das últimas duas décadas, a estrutura

etária da categoria também sofreu alterações. Observou-se uma tendência ao rápido

Feminino50%

Masculino50%

abaixo de 30 anos

30%

31 a 36 anos40%

37 a 40 anos10%

41 a 48 anos10%

49 a 55 anos10%

acima de 560%

50

envelhecimento da categoria. Se em 1993 os professores com menos de 33 anos representavam

quase a metade da categoria (43,1%), em 2011 esse grupo decaiu quase 10%. Já o grupo de

professores com mais de 50 anos cresceu em cerca de 10%. (REVISTA TEXTUAL, 2012)

Dos professores que responderam os questionários, a maioria pertence à FEAR, como pode

ser observado na Figura 13:

Figura 13:Unidades de trabalho.

Quanto à carga horária dos professores na instituição, pode ser observado na Figura 14 que,

grande parte dos professores tem carga horária de 33 a 40 horas semanais.

Figura 14:Horas de trabalho na instituição.

FEAR80%

ICB20%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

12 a 20 horas 21 a 25 horas 26 a32 horas 33 a 40 horas acima de 40

51

Já para a divisão das horas trabalhadas dos professores foi questionado sobre a

distribuição de trabalho, como as aulas/orientações, pesquisa, extensão, coordenação de curso e

laboratórios e outros. O que pode ser visto na Figura 15:

Figura 15:Distribuição das horas trabalhadas dos professores.

Foi perguntado também quanto a satisfação do professor em relação ao seu trabalho, onde as

opiniões foram as mais diversas. A Figura 16 mostra esta questão.

Figura 16:Nível de satisfação quanto ao trabalho.

A Figura 17 mostra sobre a aquisição de cada professor sobre os planos de saúde, plano de

previdência e se é associado a algum sindicato.

aulas/orintações

48%

pesquisa14%

extensão14%

coordenação de curso

9%

administrativas0%

laboratórios10%

outras5%

Discordo totalmente

0% Discordo parciamente

34%

Nem concordo,

nem discordo11%

Concordo parcialmente

33%

Concordo totalmente

22%

52

Figura 17:Referente ao plano de saúde, plano de previdência e sindicato.

A presença dos professores dentro da UPF, assim como dos alunos, também é constante,

desta forma foi questionado sobre os turnos em que os professores se encontram na instituição.

A Figura 18 mostra que o turno onde o maior número de professores que trabalham na

Instituição é durante a tarde e a noite.

Figura 18:Turno em que os professores se encontram na UPF.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

PL PP S

Aspectos

sim

não

SINPRO

PL - Plano de saúdePP - Plano de previdênciaS - Associado à sindicato

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

manhã tarde noite manhã/noite manhã/tarde tarde/noite

53

2.3.1.3 Funcionários da instituição

Os funcionários das secretarias que responderam o questionário social sobre os usos da

água, maior parte é do sexo feminino e uma pequena porcentagem é do sexo masculino, sendo

esses números referentes a todas as secretarias, gerais e as específicas dos cursos e também

considerando a FEAR e o ICB. A Figura 19 mostra esta questão.

Figura 19:Gênero dos Funcionários de Secretaria.

Ao ser contratados, os funcionários, tem a opção de adquirir ou não plano de saúde, vale

transporte, vale refeição, se associar em sindicato, plano odontológico e plano de previdência. Na

Figura 20 pode-se observar a faixa etária dos funcionários que trabalham nas edificações

pesquisadas, e a maior porcentagem é dos funcionários de 21 a 30 anos (54%).

Figura 20:Faixa etária dos funcionários.

Feminino95%

Masculino5%

de 18 a 20 anos0%

21 a 30 anos54%

31 a 40 anos30%

41 a 50

anos13%

acima de 50 anos3%

54

Foi perguntado também sobre o nível de escolaridade dos funcionários das edificações da

pesquisa, e na Figura 21, mostra que 63% dos funcionários têm ensino médio completo, seguido

por 28% com ensino superior e apenas 9% com ensino médio.

Figura 21:Escolaridade dos funcionários.

A questão da quantidade de horas trabalhadas pelos funcionários foi outra pergunta, e os

resultados são observados na Figura 22:

Figura 22:Horas trabalhadas pelos funcionários.

ensino fundamental

9%

ensino médio63%

ensino superior

28%

até 20 horas1%

de 20 a 30 horas10%

de 30 a 40 horas64%

acima de 4025%

55

2.3.1.4 Laboratoristas

Dentre os laboratoristas dos cursos pesquisados o percentual de mulheres é maior assim

como nas secretarias dos cursos. Pode-se observar na Figura 23 que 89% dos laboratoristas

questionados são do gênero feminino.

Figura 23:Gênero dos Laboratoristas.

2.3.1.5 Funcionários da Limpeza

Para os funcionários responsáveis pela limpeza em geral dos prédios pode se constar que

100% são do gênero feminino, como mostra a Figura 24 abaixo:

Figura 24:Gênero dos funcionários da limpeza.

Feminino89%

masculino11%

Feminino100%

56

Foi perguntado também para as funcionárias da limpeza dos prédios pesquisados sobre, se

além de trabalhar na instituição, aproveitam o turno inverso do trabalho para estudar, e a Figura 25

apresenta que 29% das funcionárias estudam. Algumas das que responderam que não, explicaram

que já concluíram os estudos.

Figura 25:Funcionários que além de trabalhar e estudam.

2.3.2 Aspectos sociais do uso da água

Para o levantamento dos aspectos do uso da água foram considerados três cenários. A Figura

26 representa o cenário atual, que está descrito a seguir:

sim 29%

não71%

57

Figura 26:Cenário Atual.

O cenário 2, que pode ser observado na Figura 27 a seguir, descreve o cenário de

aproveitamento de água pluvial.

58

Figura 27:Cenário com o aproveitamento de água pluvial.

59

E por último a Figura 28 esboça o Cenário 3, o cenário de reúso de água.

Figura 28:Cenário com o reúso de água.

2.3.3 Opiniões dos atores sociais sobre o uso de água e fontes alternativas

2.3.3.1 Alunos

Foi questionada a forma em que os alunos usam a água no seu dia a dia, e as formas mais

utilizadas para o consumo é para lavar as mãos, bacia sanitária, para beber e outros, assim como

pode ser visto na Figura 29. A alternativa outros, os alunos responderam que utilizam água

também para o chimarrão e para beber chás.

60

Figura 29:Como os alunos utilizam a água nas edificações.

Foram questionados para os alunos quanto à satisfação sobre os usos da água nas edificações

da FEAR e ICB e também sobre a satisfação do Centro de Convivência da UPF, já que é um local

de encontro de estudantes, durante os intervalos de aula. Na Figura 30 e na Quadro 10 podemos

observar o nível de satisfação e insatisfação em relação aos aspectos questionados. Os números

abaixo de cada coluna do gráfico correspondem aos números da Quadro 10 abaixo.

Figura 30:Quanto à satisfação dos ambientes sanitários.

A seguir têm-se algumas das respostas obtidas dos alunos entrevistados em relação aos

aspectos relacionados a questão de satisfação dos ambientes sanitários das edificações, no Quadro

10:

para beber27%

lavar as mãos33%

escovar os dentes

8%

bacia sanitária

31%

outros1%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Aspectos

Concordo totalmente

Concordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Discordo parcialmente

Discordo totalmente

61

Quadro 10:Algumas opiniões dos atores questionados.

Aspectos considerados Opinião Comentário

1 - O número de bacias

sanitárias/mictórios é

suficiente.

Discorda

totalmente

“porque a demanda é alta”;

“poderia haver mais e mais distribuídos”.

2 - O número de torneiras nos

lavatórios dos banheiros é

suficiente.

Concordo

parcialmente

“em horários de pico, há filas de espera”

Discordo

parcialmente

“alguns banheiros em específico, precisam de

mais torneiras”.

3 - A quantidade/pressão de

água que sai das torneiras e o

tempo de acionamento são

suficientes para seu uso

pessoal.

Discordo

totalmente

“água sem pressão, necessário acionar mais que

uma vez”

Discordo

parcialmente

“o tempo é pouco, preciso acionar três vezes”

“porque é muita água jogada fora”

4 - A quantidade de água por

descarga das bacias sanitárias

é suficiente e adequada.

Nem concordo,

nem discordo

“deveria ter a opção Nº1 e Nº2”

Concordo

parcialmente

“poderiam ter duas vazões”

5 - A limpeza do ambiente

sanitário é adequada.

Discordo

totalmente

“falta limpeza e cuidados dos usuários”

Discordo

parcialmente

“seguidas vezes os banheiros estão limpos”

“deveria haver limpeza com maior frequência,

pelo grande fluxo de alunos”

6 - As instalações (em geral)

dos ambientes sanitários são

adequadas.

Discordo

parcialmente

“pois alguns possuem estrutura precária”

7 - Você concordaria que

fosse utilizada água de chuva

no prédio.

Concordo

totalmente

“pois é uma ótima idéia”

8 - E se fosse utilizada água

de reúso, após o tratamento,

para os mesmos fins.

Concordo

totalmente

“é uma idéia interessante”

9 - A limpeza dos ambientes

sanitários do CC é adequada.

Discordo

parcialmente

“nem sempre está bem limpo”

10 - As instalações dos

ambientes sanitários do CC

são adequadas.

Discordo

parcialmente

“muita umidade no chão”

62

Na Figura 31 observa-se o percentual de alunos que costumam frequentar o Centro de

Convivência (CC) da UPF. Como pode ser observado na Figura 31, a maior parte dos alunos tem

esse costume, já que dispõe de um local de fácil acesso para refeições e com diversificadas formas

de lazer.

Figura 31:Costume de ir ao Centro de Convivência.

Desses alunos que costumam frequentar o Centro de Convivência 89% também utilizam os

ambientes sanitários, como se pode ver na Figura 32.

Figura 32:Utilização dos ambientes sanitários do Centro de Convivência.

Uma das questões dos questionários foi sobre o conhecimento sobre a utilização de água

pluvial utilizado para a descarga das bacias sanitárias nos banheiros do Centro de Convivência, e a

resposta para essa questão é que 7% dos alunos já tinham o conhecimento sobre e esse uso, já 97%

dos alunos que responderam o questionário responderam que não haviam tido essa informação.

Dentre todos os alunos que responderam os questionários, 100% responderam que

consideram importante a economia/uso eficiente e racional do uso da água e também sobre a

Sim 90%

Não10%

SIM89%

NÃO11%

63

importância da busca por novas alternativas da água. Os alunos também deram suas opiniões

sobre esse assunto, algumas respostas citadas na Tabela 2:

Quadro 11: Comentários das respostas do questionário para os alunos.

Economia e uso eficiente Busca por novas fontes alternativas

“é necessário usar racionalmente a fim de

prevenir futuros racionamentos no

abastecimento”

“O reúso de água para fins menos nobres deve

se tornar uma realidade na UPF, a fim de

economizar água potável”

“Para evitar o desperdício já que água potável é

um bem finito”

“Para não desperdiçar água potável, pois em

alguns lugares ela não é necessária”

“Pois isso gera economia e ajuda o meio

ambiente”

“Para podermos garantir água potável para as

gerações futuras”

“Pois é um bem de fácil aproveitamento” “Pois ajuda o meio ambiente e contribui para

diminuir a escassez em períodos secos”

“Acho desnecessária a utilização de água

tratada para bacias sanitárias”

“Para minimizar a contaminação de água”

“Pois é um recurso natural finito e de extrema

importância para a sobrevivência”

“Pois é um meio para deixar a água potável

apenas para o consumo”

E na Figura 33, os alunos responderam a sua opinião sobre quais seriam os atores

responsáveis pela implantação de tecnologias para o uso racional de água e pela busca de novas

fontes alternativas de água na instituição UPF e na opinião dos questionados, os professores,

funcionários e alunos, como usuários da água, junto com a gestão da universidade seriam os

principais atores.

Figura 33:Responsáveis pela busca e implantação de tecnologias.

gestão ou reitoria

35%

os prof. Nas pesquisas

17%

prof, funcionarios,

alunos48%

outros0%

64

2.3.3.2 Professores

Para os professores também foi questionado como eles utilizam a água nas edificações da

UPF, como pode ser visto na Figura 34, e as formas mais utilizadas pelos professores assim como

os alunos é para beber, lavar as mãos e bacia sanitária.

Figura 34:Como os professores utilizam a água nas edificações.

Foram questionados para os professores quanto à satisfação sobre os usos da água nas

edificações da FEAR e ICB e também sobre a satisfação do Centro de Convivência da UPF, já que

é um local de encontro. Na Figura 35 podemos observar o nível de satisfação e insatisfação em

relação aos aspectos questionados apresentados na Quadro 12.

para beber24%

lavar as mãos31%

escovar os dentes

15%

bacia sanitária

30%

65

Figura 35:Nível de satisfação quanto aos ambientes sanitários.

O significado dos números abaixo das colunas do gráfico da Figura 35 estão no Quadro 12.

Quadro 12: Aspectos relativos dos questionários dos professores.

Aspectos do questionário dos professores

1 O número de bacias sanitárias/mictórios é suficiente.

2 O número de torneiras nos lavatórios dos banheiros é suficiente.

3 A quantidade/pressão de água que sai das torneiras e o tempo de acionamento são

suficientes para seu uso pessoal.

4 A quantidade de água por descarga das bacias sanitárias é suficiente e adequada.

5 A limpeza do ambiente sanitário é adequada.

6 As instalações (em geral) dos ambientes sanitários são adequadas.

7 Você concorda com a utilização da água da chuva para fins não nobres? (Para lavagem

de pisos, irrigação das plantas, descargas de banheiro, etc.)

8 E se fosse utilizada a água de reúso, após o tratamento, para os mesmos fins da questão

anterior?

9 A limpeza dos ambientes sanitários do Centro de convivência é adequada.

10 As instalações (em geral) dos ambientes sanitários do Centro de convivência são

adequadas.

Dos professores que responderam o questionário social sobre os usos da água, a Figura 36

mostra a porcentagem que freqüenta o Centro de Convivência nas horas vagas.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Aspectos

Concordo totalmente

Concordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Discordo parcialmente

Discordo totalmente

66

Figura 36:Professores que frequentam o Centro de Convivência.

E sobre o conhecimento da utilização de água pluvial no Centro de Convivência da UPF, a

maior parte dos professores que responderam o questionário também não tem o conhecimento

desse uso de fonte alternativa nessa edificação, como mostra a Figura 37.

Figura 37:Conhecimento sobre a utilização de água pluvial nos ambientes sanitários do CC.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1 2

Não

Sim

1. Você frequenta o Centro de Convivência da UPF.

2. Se sim, você utiliza os banheiros.

SIM 40%

NÃO60%

67

Diante da questão, se considera importante a busca por novas fontes alternativas de água,

todos os professores responderam positivamente, e algumas opiniões referentes a este assunto são

citadas abaixo:

Preservação dos mananciais de água;

Para minimizar o desperdício de água potável;

Devido ao problema da falta de água potável em quantidade suficiente no futuro;

Porque a água é um bem escasso e devemos estar em constante busca por fontes

alternativas para usos menos nobres deste recurso;

Economia, preservação dos recursos hídricos etc.

2.3.3.3 Funcionários da Secretaria

Aos funcionários das secretarias gerais e dos cursos, foi perguntado sobre a utilização da

água das edificações que são utilizadas, e não diferente de outros questionários respondidos, os

maiores usos são para beber, lavar as mãos, bacia sanitária e outros, como chimarrão, chás, café

etc, (Figura, 38).

Figura 38:Como os funcionários de secretaria utilizam a água nas edificações.

Na Figura 39, encontra-se o percentual de funcionários das secretarias que frequentam o

Centro de Convivência da UPF, e 74% dos entrevistados responderam que frequentam o CC para

lanches, bancos, almoços, jantas, entre outras opções.

para beber28%

lavar as mãos34%

bacia sanitária

33%

outros5%

68

Figura 39:Costume de frequentar o Centro de Convivência.

Na questão de conhecimento sobre da utilização de água pluvial utilizada nas bacias

sanitárias do Centro de Convivência, 95% dos funcionários que responderam o questionário

afirmaram não ter conhecimento sobre o assunto e sugerem que poderia ter essa informação dentro

dos ambientes sanitários para todos terem conhecimento. A Figura 40 abaixo mostra o gráfico de

porcentagem.

Figura 40:Conhecimento sobre a utilização de água pluvial nos ambientes sanitários do CC.

A Figura 41 mostra a satisfação quanto a estrutura dos banheiros dos prédios onde esses

funcionários trabalham e também quanto aos banheiros do Centro de Convivência da UPF.

sim74%

não26%

sim 5%

não95%

69

Figura 41:Nível de satisfação dos funcionários de secretaria sobre os ambientes sanitários.

E o Quadro 13 apresenta a opinião e os comentários retirados dos questionários e os

aspectos considerados.

Quadro 13: Comentário das respostas dos questionários dos funcionários de secretaria.

Aspectos considerados Opinião Comentário

1 - O número de bacias

sanitárias/mictórios é suficiente.

Concordo

parcialmente

“nos prédios os banheiros são velhos”

“dependendo da quantidade de alunos nos

prédios não comporta a capacidade dos

sanitários”

“algumas unidades tem um número

insuficiente comparando com a quantidade de

alunos”

2 - A quantidade/pressão de água

que sai das torneiras e o tempo de

acionamento, são suficientes para

seu uso pessoal.

Discordo

totalmente

“pouco tempo, preciso acionar várias vezes”

“na estrutura dos prédios mais antigos, a

quantidade não é suficiente”

3 - A quantidade de água por

descarga das bacias sanitárias é

suficiente e adequada.

Discordo

parcialmente

“nos prédios mais antigos não é suficiente”

“em alguns prédios não”

4 - A limpeza do ambiente

sanitário é adequada. Discordo

parcialmente

“poderia ser mais freqüente”

“alguns banheiros são melhores conservados”

“tem prédios que os banheiros são mais

limpos e em outros não”

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Aspectos

Concordo totalmente

Concordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Discordo parcialmente

Discordo totalmente

70

5 - As instalações (em geral) dos

ambientes sanitários são

adequadas.

- -

6 - Você concordaria que fosse

utilizada água da chuva no prédio?

(Para lavagem de calçadas,

irrigação das plantas, descargas de

banheiro, etc.)

- -

7 - E se fosse utilizada a água de

reúso, após o tratamento, para os

mesmos fins da questão anterior?

- -

8 - Você instalaria em sua casa um

sistema de captação e

aproveitamento de água da chuva?

Concordo

parcialmente

“as estruturas são velhas, dificultando a

limpeza”

Concordo

parcialmente

“as vezes é muito caro”

9 - Você considera viável

economicamente o

reaproveitamento da água da

chuva no seu local de trabalho?

- -

10 - Você considera importante a

economia da água? - -

2.3.3.4 Laboratoristas

Para os laboratoristas também foi questionado o fato de como é feita a utilização da água

pelos funcionários dos laboratórios e as respostas podem ser vistas na Figura 42 abaixo. Onde se

verificou que a maior parte dos funcionários utiliza a água no seu trabalho para lavar as mãos.

71

Figura 42:Como é utilizada a água pelos funcionários dos laboratórios.

Na Figura 43 pode ser observado que a maior parte dos laboratoristas não tem o

conhecimento sobre a utilização de água pluvial nas bacias sanitárias do Centro de Convivência

da UPF, neste contexto, o percentual de funcionários de laboratório que frequenta o CC é de

56% e que não tem o costume de frequentar é de 46%.

Apesar de mais da metade dos funcionários que responderam o questionário frequentarem

este ambiente, nota-se que um pequeno índice dos mesmos que tem o conhecimento sobre o uso

de uma fonte alternativa nas bacias sanitárias.

Figura 43:Conhecimento do uso de água pluvial nos ambientes sanitários do CC.

para beber18%

lavar as mãos24%

banheiro21%

lavagem das vidrarias

18%

experimentos16%

3%

sim11%

não89%

72

Figura 44:Nível de satisfação dos laboratoristas quanto aos ambientes sanitários.

Com relação à satisfação dos ambientes sanitários das edificações da FEAR e ICB e sobre

questões de aproveitamento e reúso o gráfico da Figura 44 mostra as diferentes opiniões sobre os

aspectos mencionados no Quadro 14 abaixo. Observa-se nas respostas das questões citadas, a

maioria das pessoas concordam totalmente com os assuntos questionados, seja na questão de

estrutura, importância de nas fontes de aproveitamento e reaproveitamento de água.

Quadro 14: Aspectos relacionados ao questionário aplicado aos laboratoristas.

Aspectos do questionário para os laboratoristas

1 Quanto à satisfação da estrutura dos banheiros? (número de sanitários, pias, limpeza, etc.)

2 Você considera suficiente a quantidade de água que sai das torneiras (de acionamento

hidromecânico com pressão manual)?

3 Você considera suficiente a quantidade de água da descarga do sanitário?

4 Você concordaria que fosse utilizada água da chuva no prédio? (Para lavagem de

calçadas, irrigação das plantas, descargas de banheiro, etc.)

5 E o reúso da água após o tratamento (para os mesmos fins)?

6 Você instalaria em sua casa um sistema de captação e aproveitamento de água da chuva?

7 Você considera viável economicamente o reaproveitamento da água da chuva no seu local

de trabalho?

8 Você considera importante a economia da água?

9 Você considera importante a busca por novas fontes de recursos hídricos?

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Aspectos

Concordo totalmente

Concordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Discordo parciamente

Discordo totalmente

73

Como já citado anteriormente, a maioria dos entrevistados aponta como principais

responsáveis pela implantação de tecnologias para o uso racional de água e pela busca de novas

fontes alternativas de água na UPF, pode-se citar que é todo o ambiente acadêmico, seja em

aspectos de pesquisa responsáveis pela busca das novas alternativas, seja como o gestor para

implantar e também como usuário para utilizar de forma adequada (Figura 45).

Figura 45:Responsáveis pela busca e implantação de tecnologias.

2.3.3.5 Funcionários de Limpeza

Os funcionários da limpeza também responderam sobre quais as formas de utilização da

água nas edificações de trabalho, como mostra a Figura 46.

Outra questão pesquisada foi sobre frequentar o CC da UPF e o conhecimento sobre a

utilização de fonte alternativa nas bacias sanitárias, mostrado no gráfico da Figura 47:

gestão ou reitoria

40%

os prof. Nas pesquisas

20%

prof, funcionarios,

alunos40%

74

Figura 46:Como é utilizada a água nas edificações.

Figura 47:Conhecimento do uso de água pluvial nos ambientes sanitários do CC.

E a Figura 48 relacionada com o Quadro 15, mostra sobre a satisfação dos ambientes

sanitários e a opinião sobre a importância das fontes de aproveitamento e reaproveitamento de

água.

para beber21%

lavar as mãos19%

banheiro21%

limpeza do prédio

18%

outros21%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

sim não

75

Figura 48:Nível de satisfação quanto aos ambientes sanitários.

Quadro 15: Aspectos relacionados ao questionário dos laboratoristas.

Aspectos do questionário para os laboratoristas

1 Quanto à satisfação da estrutura dos banheiros? (número de sanitários, pias, limpeza, etc.)

2 Você considera suficiente a quantidade de água que sai das torneiras (de acionamento

hidromecânico com pressão manual)?

3 Você considera suficiente a quantidade de água da descarga do sanitário?

4 Você concordaria que fosse utilizada água da chuva no prédio? (Para lavagem de

calçadas, irrigação das plantas, descargas de banheiro, etc.)

5 E o reúso da água após o tratamento (para os mesmos fins)?

6 Você instalaria em sua casa um sistema de captação e aproveitamento de água da chuva?

7 Você considera viável economicamente o reaproveitamento da água da chuva no seu local

de trabalho?

8 Você considera importante a economia da água?

2.3.4 Políticas na Instituição de Ensino

Foram realizadas entrevistas com os responsáveis pelo Setor de Saneamento Ambiental da

Instituição, a respeito da existência ou não de Plano de Gestão Ambiental e de Responsabilidade

Social.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1 2 3 4 5 6 7 8

Concordo totalmente

Concordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Discordo parciamente

Discordo totalmente

76

Os resultados sobre as políticas referentes a Gestão Ambiental é que o Sistema de Gestão

Ambiental (SGA) da UPF está sendo executado, obedecendo as legislações ambientais vigentes.

Segundo a responsável pelo setor de Saneamento Ambiental da UPF, a Instituição ainda precisa

finalizar este trabalho já iniciado, e criar políticas específicas. Na FEAR foi criada em 2012 uma

comissão de professores que está elaborando a política referente à gestão sustentável das águas, e

que, junto com as comissões de outras unidades, será formalizado esse plano ambiental para a

Instituição.

Em relação ao Plano de Responsabilidade Social, também existe uma comissão para sua

elaboração, com base na NBR 26000. Mas ainda em fase inicial de elaboração.

Desta forma, não foi possível a consulta formal de documentos da instituição, pois os

mesmos estão sendo elaborados.

Algumas pesquisas sobre o assunto já foram realizadas em dissertações defendidas pelo

setor de pós-graduação na Faculdade de Engenharia e Arquitetura (FEAR) da Universidade de

Passo Fundo, como por exemplo, a dissertação de Fraga (2011) que em seu trabalho verificou a

Avaliação da Sustentabilidade Ambiental da Universidade de Passo Fundo, com o objetivo de

avaliar a sustentabilidade ambiental da UPF, no intuito de subsidiar políticas, metas e ações de

sustentabilidade ambiental nesta Universidade. No Quadro 10 observa-se o levantamento dos

indicadores na Instituição.

Quadro 16:Indicadores levantados na UPF.

Aspectos

Situação/atividades realizadas

Organização

Central de coordenação ambiental Setor de Saneamento Ambiental, coordena toda

parte ambiental da Instituição (UPF). Monitora,

contrato e faz os contratos de tudo que envolve

o meio ambiente.

Conhecimento adequado, através da educação e

formação

Existe a formação dos profissionais que

trabalham na área através de especializações,

participação de cursos, congressos que envolve

a área do meio ambiente, buscando toda a

formação necessária para administração das

atividades.

Verificar internamente o cumprimento das

normas ambientais/licenças

As normas e leis ambientais são levadas a risca,

e todas elas são cumpridas e orientadas aos

funcionários para o seu funcionamento.

Instruções sobre e fornecimento de É coordenada pelo SESMET setor do Recurso

77

equipamentos de segurança pessoal Humano e fiscalizado pela Cipa.

Integração do meio ambiente/ saúde/ segurança Existem a integração em diverssas situações

dentro da Instituição. Principalmente durante a

ambientação dos novos funcionários e

estagiários. Essa integração ocorre com o RH,

Medicina e segurança do trabalho, GEPS

(Grupo de Excelência de serviço na resolução

de problemas).

Solo, água, ar, ruído

Impedir a poluição do solo devido à atividade

operacional

Verbalmente. Houve modificações a partir das

licenças ambientais obtidas pela Instituição que

prescrevem medidas mitigadoras a serem

realizadas evitando poluição do solo.

Minimizar/ prevenir a drenagem de materiais

problemáticos para o esgoto

O correto é que isso ocorra sempre. Ocorre a

separação nos pontos geradores. Porém em

blits realizada pelo setor, apresentou alguns

setores que estão desviando para o esgoto

normal. Estes são notificados e reorientados

verbalmente para promoverem a correção.

Usar a água da chuva sempre que possível em

vez de água da torneira

Não há nenhum programa para o

aproveitamento da água da chuva, apenas

pesquisas na graduação .

Os regulamentos em vigor o que diz respeito a

fugas em situações de emergência

Setor de obras possui encanador e profissionais

competentes para solucionar o problema assim

que este aparecer.

Evitar incômodo com cheiro/ poeira/ vibrações Sim regulamentado e fiscalizado pelo Setor de

Medicina e segurança de trabalho.

Tomar ações de redução de ruído, se necessário Sim, sempre que necessário

Energia

Mapeamento completo do uso de energia

através de medições

Sim. A UPF em 2007 e 2008 implantou a

Campanha de Economia de Energia Elétrica,

por meio da Seção de Conservação dos Campi

País de planejamento/ construção

Integração do Amb./ Ordenamento do

território: relação Universidade/ meio

envolvente

Sim, segue o Plano Diretor interno

O ambiente na estratégia de demolição,

reforma de novos edifícios

São reaproveitados todos os espaços existente.

Diretivas sobre a construção ecológica

(especificações, contratos)

Nos projetos de construção ou reforma já fica

definido (reúso de água, aproveitamento da

energia, luminosidade do ambiente)

78

Tráfego

Desencorajar o uso de carro por pessoa Não há nenhum programa nesse sentido.

Diminuir o montante total de quilômetros de

tráfego

Existe a otimização de saídas e viagens. Esta

atitude veio pela redução de custos, mas tem

uma visão de ajuda na diminuição de gás

carbônico para a atmosfera. Agrupa pessoas

que vão para uma determinada região para que

eles vão em apenas um carro, viagens longas

por uma única pessoa se sugere a utilização de

ônibus interurbana.

Fonte: Adaptado de Fraga, 2011.

A formulação dos indicadores é feita com relação principalmente ao princípio ambiental da

sustentabilidade, e levam a nove conjuntos complementares de indicadores. A primeira trata do

uso organizacional da Instituição. O segundo trata da divisão de controladoria, que restringe-se as

aquisições da Instituição. O terceiro conjunto de indicadores ambientais diz respeito à resíduos em

geral. O quarto conjunto a manipulação de materiais problema para o meio ambiente. O quinto,

indicadores que avaliam solo, água, ar e ruído. O sexto trata todos os assuntos relacionados a

energia. O sétimo, trabalha o ordenamento territorial, através de planejamentos e construções. O

oitavo avalia a conservação da natureza. E finalmente por ultimo, sobre o tráfego. (FRAGA, 2011)

E assim, Fraga (2011) conclui em seu trabalho, que tem como objetivo geral da pesquisa

Avaliar a Sustentabilidade Ambiental da Universidade de Passo Fundo, que a Universidade possui

sustentabilidade ambiental, porém com muito a ser melhorado. As ações e atividades visualizadas

durante esta pesquisa são isoladas, pontuais e partem de interesses diferentes. Muitas melhorias

ocorreram nos últimos anos, em diversos setores, os quais mostram-se bem consolidados em suas

atribuições e atividades.

O trabalho de Trentin (2011) fala sobre: A Utilização da Global Reporting Initiative na

Transformação de um Balanço Social em Relatório de Sustentabilidade: Estudo de Caso Fundação

Universidade de Passo Fundo, que teve como objetivo aplicar a Global Reporting Initiative na

elaboração de um Relatório de Sustentabilidade baseado no Balanço Social da Fundação

Universidade de Passo Fundo e um de seus objetivos específicos foi utilizar a Global Reporting

Initiative na transformação de um Balanço Social em Relatório de Sustentabilidade e sugerir um

modelo de Relatório de Sustentabilidade.

O Balanço Social e as Diretrizes da GRI são o suporte técnico para o relatório de

sustentabilidade proposto. Num primeiro momento este modelo pode ser visto como algo muito difícil

de ser elaborado pela quantidade de informações que são solicitadas, mas as entidades não precisam

79

necessariamente apresentar todas as informações. A idéia é que ocorra uma evolução de aplicação de

ano para ano. Ao iniciar a elaboração deste modelo de relatório de sustentabilidade, foi necessário

observar as diretrizes da GRI, a fim de definir o conteúdo a ser abrangido, garantir a qualidade que se

espera alcançar e estabelecer seus limites. O modelo de relatório aqui proposto parte da idéia de

manutenção de um sistema de informações que de subsídios às informações requeridas. (TRENTIN,

2011)

E o Quadro 11 a baixo, mostra os indicadores sociais pesquisados por Trentin em seu trabalho.

Quadro 17:Indicadores sociais levantados na UPF.

Indicadores Sociais: Práticas Trabalhistas e Trabalho Docente

Aspectos Categoria Indicadores Específicos

Relações entre os trabalhadores e a

governança

Essencial

Percentual de empregados

abrangidos por acordos de

negociação coletiva.

Essencial Prazo para notificação sobre

mudanças na operação.

Saúde e segurança do trabalho:

Adicional Representação em comitês de

saúde e segurança.

Essencial Acidentes e doenças

ocupacionais.

Adicional Saúde e segurança em acordos

com sindicatos.

Treinamento e educação

Essencial Horas de treinamento.

Adicional Gestão de competências e

aprendizagem contínua.

Adicional Análise de desempenho e

desenvolvimento de carreira.

Diversidade e igualdade de oportunidades Essencial Proporção do salário entre

homens e mulheres.

Indicadores Sociais: Sociedade

Comunidade: Essencial

Programas e práticas para

avaliar e gerir impactos das

operações nas comunidades.

Corrupção:

Essencial

Percentual de unidades

submetidas a avaliações de

riscos relacionados à

corrupção.

Essencial Percentual de empregados

treinados nas políticas e

80

procedimentos anticorrupção

da organização.

Essencial Medidas tomadas em resposta

a casos de corrupção.

Políticas Públicas:

Essencial Posições quanto a políticas

públicas.

Adicional

Valor total de contribuições

financeira ou em espécie para

partidos políticos, políticos ou

instituições relacionadas.

Concorrência Desleal: Adicional Número total de ações

judiciais concorrência desleal.

Conformidade: Essencial

Valor monetário de multas

significativas e número total

de sanções não-monetárias

resultantes da não-

conformidade com leis e

regulamentos.

Fonte: Adaptado de Trentin, 2011.

E desta maneira, Trenti, (2011) concluiu em seu trabalho que desde a criação do balanço

social, muitas entidades divulgam suas informações aos stakeholders utilizando este modelo.

Entretanto, a necessidade de uma ferramenta de gestão e de comunicação mais completa tornou-se

evidente. Este fator contribuiu para a criação do relatório de sustentabilidade.

A novidade apresentada pelo relatório de sustentabilidade é a contemplação das práticas

econômicas, ambientais e sociais da entidade. Este relatório tornou-se referência na divulgação de

informações junto aos stakeholders a partir do momento em que houve uma padronização das

informações apresentadas pelo mesmo. As diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI) fizeram

com que o relatório de sustentabilidade seguisse padrões definidos, tornando as informações

apresentadas mais úteis e de fácil entendimento, e também contribuindo para que as entidades

fossem capazes de definir suas responsabilidades.

O trabalho realizado propiciou uma análise e conhecimento do balanço social divulgado pela

Fundação Universidade de Passo Fundo. Além disto, foi realizada uma comparação do mesmo,

com o relatório de sustentabilidade GRI, o qual possibilitou visualizar quais indicadores propostos

pela GRI são contemplados ou não contemplados pelo balanço social divulgado pela entidade.

Percebe-se que as informações apresentadas deixam muito a desejar, uma vez que inúmeros

conteúdos, de suma importância, são deixados de lado. Isto ocorre porque a FUPF não possui

81

controle sobre suas atividades, ou simplesmente não expõe estas informações aos stakeholders.

Tendo em vista a necessidade de um maior leque de informações apresentadas aos stakeholders,

foi realizada a sugestão de um modelo de relatório de sustentabilidade.

O modelo proposto de relatório de sustentabilidade, o qual segue as diretrizes propostas pela

GRI, mostrou-se capaz de atender as exigências do mercado, o qual vem exigindo à divulgação

quase que completa das ações realizadas pelas entidades, ou seja, divulgação de informações do

campo econômico, ambiental e social.

Em relação a acidentes de trabalho a Instituição conta com a Comissão Interna de Prevenção

de Acidentes (CIPA) que, segundo a legislação brasileira (NR-5), uma comissão constituída por

representantes indicados pelo empregador e membros eleitos pelos trabalhadores, de forma

paritária, em cada estabelecimento da empresa, que tem a finalidade de prevenir acidentes e

doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a

preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. Tem por objetivo observar e relatar as

condições de risco nos ambientes de trabalho e solicitar medidas para reduzir até eliminar os riscos

existentes e/ou neutralizar os mesmos.

2.3.5 Avaliação dos impactos observados

Os indicadores sociais selecionados e pesquisados foram agrupados, em aspectos

semelhantes. Como indicado na metodologia, na maioria dos aspectos foi utilizado a escala de

Likert para se obter resultados quantitativos dos questionários. Os resultados podem ser

observados na Tabela 7, 8 e 9, os indicadores sociais, juntamente relacionados com os alunos,

professores e funcionários que participaram da pesquisa.

82

Tabela 2:Resultados dos indicadores Faixa etária e Horas de Trabalhos.

Indicadores Resultados

Alunos Professores Funcionários

Faixa etária (anos) Até 21 (71%)

22 a 25 (19%)

26 a 30 (7%)

31 a 35 (2%)

Acima 36 (1%)

Abaixo de 30 (30%)

31 a 36 (40%)

37 a 40 (10%)

41 a 48 (10%)

49 a 55 (10%)

Acima de 56 (0%)

18 a 20 (0%)

21 a 30 (54%)

31 a 40 (30%)

41 a 50 (13%)

Acima de 50 (3%)

Horas de trabalho

(horas por semana)

- De 12 a 20 (14%)

21 a 25 (14%)

26 a 32 (22%)

33 a 40 (50%)

Acima de 40 (0%)

Até 20 (1%)

21 a 30 (10%)

31 a 40 (64%)

Acima de 40 (25%)

Na Tabela 8 onde se tem como indicadores a faixa etária e as horas de trabalho semanais,

pode-se observar nos resultados a porcentagem de cada ator pesquisado, onde o mais alto

percentual da faixa etária é de 71% para alunos com até 21 anos. Para os professores o maior

percentual é de 31 a 36 anos, com 40% e funcionários de 21 a 30 anos, com 54%.

83

Tabela 3:Resultados dos indicadores, perfil.

Indicadores Resultados

Alunos Professores Funcionários

Gênero Fem. (44%)

Masc. (56%)

Fem. (50%)

Masc. (50%)

Fem. (94%)

Masc. (6%)

Turnos na UPF M (2%)

T (6%)

N (58%)

M/N (17%)

M/T (3%)

T/N (14%)

M (9%)

T (8%)

N (8%)

M/N (8%)

M/T (0%)

T/N (67%)

-

Titulação/Escolaridade

-

Espec. (11%)

Mest. (56%)

Dout. (22%)

Pós-Dout. (11%)

Ens. Fundamental

(9%)

Ens. Médio (63%)

Ens. Superior (28%)

Satisfação trabalho

-

Conc. Totalm. (22%)

Conc. Parc. (33%)

N Conc./N Disc.

(11%)

Disc. Parc. (34%)

Conc. Totalm. (27%)

Conc. Parc. (33%)

N Conc./N Disc.

(13%)

Disc. Parc. (27%)

Sindicato -

Sim (80%)

Não (20%)

Sim (50%)

Não (50%)

Plano de saúde -

Sim (80%)

Não (20%)

Sim (50%)

Não (50%)

Plano de previdência -

Sim (73%)

Não (27%)

Sim (75%)

Não (25%)

Onde: - Fem. e Masc. correspondem a Feminino e Masculino;

- M, T e N, correspondem à Manhã, Tarde e Noite;

- M/N, M/T e T/N, correspondem à Manhã/Noite, Manha/Tarde e Tarde/Noite;

- Espec. significa Especialização;

- Mest. significa Mestrado;

- Dout. significa Doutorado;

- Pós-Dout. significa Pós-Doutorado;

- Conc. Totalm. siginifica Concordo Totalmente;

- Conc. Parc. significa Concordo Parcialmente;

- N Conc./N Disc. significa Nem Concordo, Nem Discordo;

- Disc. Parc. significa Discordo Parcialmente.

Como pode ser observado na Tabela 9 sobre os resultados dos indicadores, perfil, o gênero

dos atores questionados, dentre eles alunos, professores e funcionários, apenas nos funcionários

84

houve uma diferença considerável entre homens e mulheres, que é de 94% feminino e 6%

masculino, entre professores e alunos o porcentagem ficou mais próxima dos 50% para cada

gênero.

Nos indicadores Titulação/Escolaridade, os professores se dividiram entre 11%

especialização, 56% mestres, 22% doutores e 11% com pós-doutorado. E funcionários incluindo

os funcionários de secretaria, laboratoristas e funcionários da limpeza, 9% tem ensino

fundamental, 63% ensino médio e 28% ensino superior.

Dentro do item Satisfação com o Trabalho, parte dos que responderam os questionários,

professores e funcionários, concordaram parcialmente (33%). E parte discordam parcialmente,

professores 34% e funcionários 27%.

Para os indicadores Sindicato, Plano de Saúde e Plano de Previdência, grande porcentagem

de professores e funcionários adquiriu, sendo que essa escolha é opcional no momento da

contratação, isto é, o funcionário da Instituição que escolhe se deseja fazer parte do sindicato, ter

plano de saúde e plano de previdência.

Na Tabela 10, como os valores variam de 1 a 5, onde 1 significa “Discordo

Totalmente” e 5 significa “Concordo Totalmente”, pode-se observar o resultado da satisfação

sobre os usos da água nas edificações de ensino pesquisadas. Nota-se de uma forma geral que há

uma boa satisfação dentre todos os aspectos mencionados. Como se observa na Tabela 10, os

professores pesquisados, em geral, se mostraram mais satisfeitos com os aspectos pesquisados de

uso da água, pois os resultados foram maiores para estes usuários da água do que para alunos e

funcionários.

Na Tabela 9 também é possível avaliar a satisfação dos entrevistados em relação a

quantidade da água/pressão nos pontos de consumo de seus usos, como também sobre a aceitação

de uso de água pluvial ou de reúso, como fontes alternativas para fins não potáveis, pois as médias

foram acima de 4.

Tabela 4:Média e desvio padrão dos indicadores sociais do uso da água.

Indicadores Média e (Desvio Padrão)

Alunos Professores Funcionários

Número de bacias sanitárias/mictórios é

suficiente.

3,973

(1,124)

4,111

(0,927)

3,684

(1,204)

Número de torneiras nos lavatórios dos

banheiros é suficiente.

4,180

(0,948)

4,555

(0,527)

-

A quantidade/pressão de água que sai

das torneiras e o tempo de acionamento,

4,247

(1,027)

4,444

(0,726)

3,947

(1,177)

85

são suficientes para seu uso pessoal.

Quantidade de água por descarga das

bacias sanitárias é suficiente e adequada.

4,138

(1,089)

4,111

(1,054)

4,052

(1,223)

Limpeza do ambiente sanitário é

adequada.

3,705

(1,194)

3,777

(1,092)

3,842

(1,067)

As instalações (em geral) dos ambientes

sanitários são adequadas.

3,966

(0,994)

3,777

(1,092)

3,578

(1,216)

Você concordaria que fosse utilizada

água de chuva no prédio.

4,917

(0,438)

4,888

(0,333)

4,941

(0,238)

E se fosse utilizada água de reúso, após

o tratamento, para os mesmos fins

4,601

(0,796)

5

(0)

4,718

(0,581)

A limpeza dos ambientes sanitários do

CC é adequada

3,678

(1,113)

3,5

(1,224)

-

As instalações dos ambientes sanitários

do CC são adequadas

4,039

(0,993)

3,833

(0,983)

-

Algumas médias são um pouco mais baixas, onde o nível de satisfação não foi tão grande.

Os indicadores que obtiveram médias mais baixas tanto para alunos, quanto para professores e

funcionários, foi o das instalações (em geral) dos ambientes sanitários, e sobre a limpeza dos

ambientes sanitários das edificações de ensino que fizeram parte da pesquisa e do Centro de

Convivência da UPF.

O que pode-se sugerir é que os usuários tenham mais cuidados com esses ambientes, com

uma maior frequência de limpeza e manutenção desses locais, podendo assim o nível de

satisfação desses indicadores ser mais alto.

86

3 CONCLUSÕES

A temática ambiental tem ocupado grande espaço nas discussões por diferentes segmentos

da sociedade - governos, organizações não governamentais, empresas, igrejas e meios de

comunicação, entre outros.

Com base nos cenários formulados, nos objetivos propostos e com os resultados obtidos no

desenvolvimento deste estudo, pode-se apresentar as seguintes conclusões:

- Com a aplicação dos questionários podemos ter mais conhecimento sobre o perfil e os

hábitos dos atores que frequentam a Instituição, como funcionários, professores e alunos.

- A ideia sobre as alternativas de implantação de fontes alternativas de água, como por

exemplo aproveitamento de água pluvial foi bem aceita na comunidade acadêmica, como fonte de

abastecimento de água para fins não potáveis, mas para que possa ter sua aplicação, é de relevante

importância que seja acompanhado de um projeto de educação ambiental, para que a comunidade

acadêmica tenha percepção dos benefícios. Essa é uma das iniciativas que pode ser otimizada para

o aproveitamento de água, que quando bem estruturadas, podem conduzir a uma redução

significativa na sua demanda.

O mesmo acontece para o reúso de água, após o tratamento e para utilização em fins menos

nobres. No ponto de vista ambiental, o reúso de água foi totalmente aceitável, pois desta forma

haverá diminuição da quantidade de efluente lançado nos corpos hídricos e de cargas resultantes, e

também a redução da demanda de água potável.

- Referente à existência de políticas de gestão sustentável das águas na Universidade de

Passo Fundo, a mesma está em processo de formulação, dentro do Plano de Gestão Sustentável da

UPF e breve será divulgado. No entanto a UPF segue um Sistema de Gestão Ambiental mais

genérico, obedecendo por enquanto às legislações vigentes. E em relação a responsabilidade

social, segundo Fraga (2011), muitas melhorias ocorreram nos últimos anos, em diversos setores,

os quais mostram-se bem consolidados em suas atribuições e atividades.

- Dentro dos impactos sociais avaliados, observou-se que onde se tem como indicadores a

faixa etária e as horas de trabalho semanais, pode-se observar nos resultados a porcentagem de

cada ator pesquisado, onde o mais alto percentual da faixa etária é de 71% para alunos com até 21

anos. Para os professores o maior percentual é de 31 a 36 anos, com 40% e funcionários de 21 a

30 anos, com 54%.

87

Como resultado da satisfação sobre os usos da água em edificações de ensino a Tabela 10

apresenta na primeira coluna os indicadores da pesquisa e as demais colunas a média e desvio

padrão de cada ator pesquisado. Nota-se de uma forma geral que há uma boa satisfação dentre

todos os aspectos mencionados.

Algumas médias são um pouco mais baixas, onde o nível de satisfação não foi tão

grande. Os indicadores que obtiveram médias mais baixas tanto para alunos, quanto para

professores e funcionários, foi o das instalações (em geral) dos ambientes sanitários, e sobre a

limpeza dos ambientes sanitários das edificações de ensino que fizeram parte da pesquisa e do

Centro de Convivência da UPF.

O que pode-se sugerir é que os usuários tenham mais cuidados com esses ambientes,

com uma maior frequência de limpeza e manutenção desses locais, podendo assim o nível de

satisfação desses indicadores ser mais alto.

Sendo assim, conclui-se que com a implantação de fontes alternativas de água, o que geraria

uma economia de água potável, diminuição dos impactos ambientais e conservação dos recursos,

bem como com a implantação de políticas de gestão ambiental na Instituição, a satisfação dos

atores sociais envolvidos será elevada e isso se refletirá também na comunidade externa, e como

ações e resultados de responsabilidade social e ambiental da Instituição.

3.1 Recomendações para trabalhos futuros

Para trabalhos futuros recomenda-se:

- A utilização de uma metodologia de avaliação.

- Realizar estudo sobre a viabilidade qualitativa e econômica de uso de fonte alternativas de

água na Instituição, como estudos de caso.

- Avaliar também os impactos ambientais e econômicos, do uso da água, para verificar a

sustentabilidade desse recurso.

88

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13969: tanques

sépticos: unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos – projeto,

construção e operação. Rio de Janeiro, 1997. p. 21 – 23.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15527:Aproveitamento

de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis - Requisitos. Rio de Janeiro, 2007. p. 2– 5.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 26000: Diretrizes

sobre responsabilidade social. Rio de Janeiro, 2010.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14040: Gestão

ambiental - Avaliação do ciclo de vida - Princípios e estrutura. Rio de Janeiro, 2009.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14044:

Gestão ambiental - Avaliação do ciclo de vida - Requisitos e orientações. Rio de Janeiro, 2009.

ALMEIDA, E.; ASSALIN, M. R.; ROSA, M. A.; et al., Tratamento de efluentes industriais por

processos oxidativos na presença de ozônio. Química Nova, v. 27, n. 5, p.818-824, 2004.

AMBIENTE BRASIL. Goiânia-GO examinará Lei para reaproveitamento de água. Ambiente

Brasil, 25 set. 2003. Disponível em: <http://www.ambientebrasil.com.br/noticias>. Acesso em: 14

de agosto de 2012.

AMBIENTE NOTÍCIAS. Alemanha promete a Copa mais ecológica de todos os tempos.

Ambiente Notícias, 5 abr. 2003. Disponível em:

<http://www.ambientebrasil.com.br/noticias/index.php3?action=ler&id=10231>. Acesso em: 11

de agosto. 2012.

ANA, FIESP, SindusCon-SP, COMASP, Conservação e reúso de água em edificações. São

Paulo, 2005. Hespanhol, I.; Gonçalves, O.M. (Coordenadores), Conservação e Reúso de Água –

Manual de Orientações para o setor industrial – Volume 1. Organização FIESP/CIESP. São Paulo,

2004.

ANNECCHINI, Karla Ponzo Vaccari, 1980-A613a Aproveitamento da água da chuva para fins

não potáveis na cidade de Vitória (ES) / Karla Ponzo Vaccari Annecchini. – 2005.150 f. : il

BASSI, A.; YUDKEN, J.; RUTH, M. Climate Policy Impacts on the Competitiveness of Energy-

Intensive Manufacturing Sectors. Energy Policy, v. 37, p. 3052–3060, 2009.

BALEIA, Rodrigo. Democratização da água: da consciência global ao gerenciamento local.

Revista Transformação, Recife, ano XVII, p. 20-24, nov. 2007. Disponível em:

http://www.visaomundial.org.br/visaomundial/downloads/42_arquivo.pdf. Acesso em: 03 out.

2012.

BENOIT, C. et al. The guidelines for social life cycle assessment of products: just in time!

International Journal of Life Cycle Assessment, vol. 15, pp. 156-163, 2010.

89

BIO – Revista BrasiLeira de Saneamento e Meio Ambiente, Caderno especial economia de

água, Rio de Janeiro, ano 11, n. 18, p. 22, abr./jun. 2001. ISSN 0103- 5134.

BLUM, J. R. C. Critérios e padrões de qualidade da água. In: Mancuso, P. C. S; Santos, H. F.

Reúso de água. Cap. 5, Barueri, São Paulo: Manoli, 2003.

BRASIL. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Agenda 21. Disponível em:

http://www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=18&idConteudo=597.

Acesso em: 02 out. 2012.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde - FUNASA. Portaria nº 1.469:

Controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.

Brasília, out. 2001. 32 p. Disponível em: <http://www.funasa.gov.br> . Acesso em: 30 set. 2002.

Formato PDF.

CARLON, Márcia Regina. Percepção dos Atores Sociais Quanto as Alternativas de

Implantação de Sistemas de Captação e Aproveitamento de Água de Chuva em Joinville –

SC. 203p. Itajaí, SC, 20 de maio de 2005. Dissertação para a obtenção do título de Mestre em

Ciência e Tecnologia Ambiental.

CNRH, Resolução nº 54, de 28 de novembro de 2005. Estabelece modalidades, diretrizes e

critérios gerais para a prática de reúso direto não potável de água.

CORRÊA, S. R. da C. Avaliação Social do Ciclo de Vida de um produto automotivo:

Satisfação dos trabalhadores. In: 2º CONGRESSO BRASILEIRO EM GESTÃO DE CICLO

DE VIDA EM PRODUTOS E SERVIÇOS. 2010, Florianópolis. Anais... Florianópolis: ACV,

2010.

CRITCHII JUNIOR, André. Incorporação de Indicadores Sociais Relacionados ao Trabalho à

Avaliação de Ciclo de Vida: Estudo de caso em uma Indústria Metalmecânica. Dissertação

(Mestrado em Engenharia Mecânica e de Materiais), Universidade Tecnológica Federal do Paraná,

Curitiba, 2007.

CURITIBA. Lei nº 10785 de 18 de setembro de 2003. Cria no Município de Curitiba, o Programa

de Conservação e Uso Racional da Água nas Edificações – PURAE. Câmara de Vereadores de

Curitiba. Disponível em: <http://www.cvc.pr.gov.br>. Acesso em: 23 agosto. 2012.

CURITIBA. Lei nº 8681 de 11 de julho de 1995. Dispõe sobre a instalação de Postos de

Abastecimento de Combustível e Serviços e cria a obrigatoriedade em executar medidas

preventivas de proteção ao meio ambiente, especialmente no sistema de armazenamento de

combustíveis. Câmara de Vereadores de Curitiba. Disponível em: <http://www.cvc.pr.gov.br>.

Acesso em: 23 agosto. 2012.

CURITIBA. Projeto de Lei nº 05.00012.2002 de 19 de fevereiro de 2002. Torna obrigatória a

execução de reservatório para as águas coletadas por coberturas e pavimentos para as novas

edificações, que venham a impermeabilizar área superior a 500 m2. Câmara de Vereadores de

Curitiba. Disponível em: <http://www.cvc.pr.gov.br>. Acesso em: 23 agosto. 2012.

CONAMA, CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, Resolução CONAMA n°

90

357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes

ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento

de efluentes, e dá outras providências. 2005.

DTU – DEVELOPMENT TECHNOLOGY UNIT. Domestic Roofwater harvesting technology.

School of Engineering, University of Warwick, UK. Disponível em:

<http://www.eng.warwick.ac.uk/DTU/rwh/components4.html>. Acesso em: 16 agosto. 2012.

FARESIN, A. E. Conservação de água em escolas com ênfase em aproveitamento de água de

chuva: estudo de caso nas escolas da rede municipal de Erechim – RS. (Dissertação de

Mestrado). Universidade de Passo Fundo - RS, 2008.

FIRJAN, Manual de conservação e reuso da água na indústria. Rio de Janeiro: DIM, 2006. 38p. :

il.

FIESP - FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Manual de

Conservação e Reúso de Água Para a Indústria. Disponível em:

<www.fiesp.com.br/download/...meio.../conservacao_reuso_edificacoes.pdf>. Acesso em: 28 set.

de 2010.

FRAGA, Kéllen Toloti. Avaliação da Sustentabilidade Ambiental da Universidade de Passo

Fundo. 133p. Passo Fundo, RS, 02 de março de 2011. Dissertação para obtenção do título de

Mestre em Engenharia na Área de concentração Infraestrutura e Meio Ambiente.

FUNASA, Fundação Nacional de Saúde. Manual de saneamento, cap. 2, p. 59-62. Brasília:

Ministério da Saúde, 1999. p. 54-57. Disponível em: 167

<http://www.funasa.gov.br/sitefunasa/pub/manusane/manusan00.htm>. Acesso em: 03 set. 2012.

Arquivo em formato pdf.

GARCIA, Susana e GUERRERO, Marcela. Indicadores de sustentabilidad ambiental en La

gestión de espacios verdes: Parque urbano Monte Calvário, Tandil, Argentina. Rev. geogr. Norte

Gd., jul. 2006, no.35, p.45-57.

GNADLINGER, J. Coleta de água de chuva em áreas rurais. In: FÓRUM MUNDIAL DA

ÁGUA, 2., 2000, Holanda. Anais eletrônicos... Disponível em:

<http://irpaa.org.br/colheita/indexb.htm>. Acesso em: 03 de out. 2012.

GNADLINGER, J. Apresentação técnica de diferentes tipos de cisternas, construídas em

comunidades rurais do semi-árido brasileiro. In: 2º SIMPÓSIO BRASILEIRO SOBRE

SISTEMAS DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA, 1999, Petrolina. Anais eletrônicos...

Embrapa do Semi-Árido. Disponível em:

<http://www.cpatsa.embrapa.br/doc/technology/4_7_J_Gnadlinger_p.doc>. Acesso em: 23 set.

2012.

GONÇALVES, R. F. (Coord.). Uso racional da água em edificações. ed. Rio de Janeiro:

Prosab/Abes, 2006.

GONÇALVEZ, V. B. Sistemas de captação de água de chuva. In: CAPTAÇÃO E

APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA – SISTEMAS RESIDENCIAIS, 2001,

Florianópolis. Anais... Florianópolis, 2001.

91

GORDON, Theodore – The Delphi Method, in Glenn, Jerome and Theodore Gordon

(Editores), Futures Research Methodology, Version 2.0, The Millennium Project, American

Council for The United Nations University (ACUNU), 2003.

KRUSE, S. A. et al. Socioeconomic indicators as a complement to LCA: an application to

Salmon production systems. Int J. of Life Cycle Assessment. V. 14, n. 1, p. 8-18, 2009.

MANHART, A.; GRIEßHAMMER, R. Social impacts of the production of notebook PCs –

Contribution to the development of a Product Sustainability Assessment (PROSA). Öko-Institut,

Freiburg, Germany, 2006.

MIERZWA, José Carlos., O uso racional e o reuso como ferramentas para o gerenciamento

de águas e efluentes na indústria – estudo de caso da Kodak Brasileira /José Carlos Mierzwa.

-- São Paulo, 2002.367p. Tese (Doutorado) - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária.

OLIVEIRA, L.H. Metodologia para Implantação de Programa de Uso Racional da Água em

Edifícios. Tese (Doutorado em Engenharia Civil). Escola Politécnica da Universidade de São

Paulo, São Paulo, 1999.

PALMIER, L. R. , Perspectivas da aplicação de técnicas de aproveitamento de água em

regiões de escassez. In: IV DIÁLOGO INTERAMERICANO DE GERENCIAMENTO DE

ÁGUAS, 2001, Foz do Iguaçu. Resumos... 2001.

PAZ, A. M. A. e RIBAS, M. L. O. Reúso e reciclo de efluentes líquidos gerados pelas

indústrias do Estado do Rio Grande do Sul. FEPAM em Revista, Porto Alegre, v.1, n.2,

jul/dez.2007.

PINHO, F; VASCONCELOS, A.K; MARINHO, G. Diagnóstico do reúso no Nordeste

Brasileiro. Trabalho apresentado no III Congresso de pesquisa e Inovação da rede Norte

Nordeste de Educação Tecnológica, Fortaleza, 2008. Disponível em: <

http://www.intv.cefetce.br/connepi/papers/>. Acesso em 20 out. 2012.

PMPF - PREFEITURA MUNICIPAL DE PASSO FUNDO. Disponível em:

<http://www.pmpf.com.br>. Acesso em: 20 ago. de 2012.

PROJETO PROSAB, Conservação de água e energia em sistemas prediais e públicos de

abastecimento de água/Ricardo Franci Gonçalves (coordenador). Rio de Janeiro: ABES, 2009

352p.: Il ISBN: 978-85-7022-161-2

PROJETO PROSAB. Uso Racional da Água em Edificações / Ricardo Franci Gonçalves

(Coord.). Rio de Janeiro: ABES, 2006. 352 p. : il.. ISBN 85-7022-154-1. ISBN 978-85-7022-154-

4

RAMIRO, FERNANDES MAIA NETO. Água para o Desenvolvimento Sustentável, A Água em

Revista, Revista Técnica e Informativa da CPRM – Ano V – Edição de Novembro, Número 9,

1997. p. 21-32.

92

RANGEL, C. Cisterna economiza verbas públicas. Gazeta Mercantil, Curitiba, 4 mar. 2001.

Caderno Regional Sul, p. 1 e 3

RESOLUÇÃO n.° 274, de 2000. Legislação de balneabilidade, em relação aos níveis

estabelecidos para a balneabilidade, de forma a assegurar as condições necessárias à

recreação de contato primário. CONAMA, Nov. 2000.

SAMPAIO, C.A. Ecossocioeconomia das organizações. São Paulo: Annablume; Blumenau:

EDIFURB, 2008. Prelo

SÃO PAULO. Lei nº 13.276, de 4 de janeiro de 2002. Diário Oficial do Município, São Paulo, 5

jan. 2002.

SICKERMANN, J. M. Gerenciamento das águas de chuva – Imprescindível para o futuro das

grandes cidades do Brasil. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE CAPTAÇÃO E MANEJO DE

ÁGUA DE CHUVA. 4., 2003, Juazeiro. Anais eletrônicos... Disponível em:

<http://www.aguadechuva.hpg.ig.com.br/4simposio/abc.htm>. Acesso em: 02 out. 2012.

TOMAZ, Plínio. Aproveitamento de água de chuva: para áreas urbanas e fins não potáveis. São

Paulo: Navegar, 2003. 180 p. ISBN 8587678264

TRENTIN, Adan William da Silva. A Utilização da Global Reporting Initiative na

Transformação de um Balanço Social em Relatório de Sustentabilidade: Estudo de Caso

Fundação Universidade de Passo Fundo. 66p. Passo Fundo – RS, 07 de dezembro de 2011.

Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de Engenheiro Ambiental.

TVCULTURA. Água, o desafio do século 21. Alô Escola .Recursos educativos para estudantes e

professores. Disponível em: http://www.tvcultura.com.br/aloescola/ciencias/agua-

desafio/index.htm. Acesso em: 03 out. 2012.

VON SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. In:

Princípios do tratamento biológico de águas residuais. 3 ed. Vol.1. Belo Horizonte:

Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, UFMG, 2005.

VILLAVERDE, M. N. El analisis de los problemas ambientales: modelos metodológicos. In:

NOVO, M.; LARA, L. (orgs). El Analisis Interdisciplinar de la problemática ambiental.Madrid:

UNESCO, 1997, p. 21-59.

WWF-Brasil. Cadernos de educação ambiental Água para vida, Água para todos: Livro das

Águas. Texto de Andrée de R. Vieira. Coordenação de Larissa Costa e Samuel R. Barreto.

Brasília: WWF-Brasil, 2006.

93

APÊNDICE A/ANEXO A

Esta ferramenta é parte de uma pesquisa de Trabalho de Conclusão

de Curso (TCC) da Engenharia Ambiental.

Sua participação e opinião são muito importantes para o andamento

da mesma.

Não é necessária a sua identificação.

Em algumas questões, é possível marcar mais de uma alternativa.

Após o preenchimento, por favor, devolver para a pessoa

responsável pela aplicação do questionário.

QUESTIONÁRIO ALUNOS

1) Sexo: ( )Feminino ( )Masculino

2) Curso universitário:

3) Qual a sua faixa etária?

( ) até 21 anos ( ) 22 a 25 anos. ( ) 26 a 30 anos. ( ) 31 a 35 anos. ( ) acima de 36

anos.

4) Em qual turno normalmente você tem aulas na UPF? (maior parte da semana)

( ) manhã ( ) tarde ( ) noite ( ) Manhã/noite ( ) Manhã/tarde ( ) Tarde/noite (

) outro. Qual?

5) Você é, ou já foi, estagiário (de pesquisa ou laboratório) na UPF?

( ) Sim ( )Não

6) Atualmente, você trabalho ou estagia em empresa, além de estudar?

( )Sim ( )Não

Se sim, quantas horas por semana?

( )até 9 h/semana ( )10 a 16 h/semana ( )17 a 20 h/semana ( )21 a 30 h/semana (

) mais de 31 h

7) Você utiliza água nas edificações da UPF? ( ) sim ( ) não.

Se sim, como?

(...) para beber (...) lavar as mãos (...) escovar os dentes ( ) bacia sanitária (vaso

sanitário) ( ) outro. Qual (is)?___________________________________________________

Quanto à satisfação da estrutura dos banheiros:

8) O número de bacias sanitárias/mictórios é suficiente.

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Se não concorda, por quê? ______________

9) O número de torneiras nos lavatórios dos banheiros é suficiente.

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

94

Se não concorda, por quê? ________________

10) A quantidade/pressão de água que sai das torneiras e o tempo de acionamento, são

suficientes para seu uso pessoal.

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Se não concorda, por quê? ________________

11) A quantidade de água por descarga das bacias sanitárias é suficiente e adequada.

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Se não concorda, por quê? ________________

12) A limpeza do ambiente sanitário é adequada.

Se não concorda, por quê? ________________

13) As instalações (em geral) dos ambientes sanitários são adequadas.

Se não concorda, por quê? ________________

14) Você concordaria que fosse utilizada água da chuva no prédio? (Para lavagem de

pisos, irrigação das plantas, descargas de banheiro, etc.)

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Se não concorda, por quê? ________________

15) E se fosse utilizada a água de reúso, após o tratamento, para os mesmos fins da

questão anterior?

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

95

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Se não concorda, por quê? ________________

16) Você costuma frequentar o Centro de Convivência da UPF?

( )Sim ( )Não

Por quê?

17) Se sim, você utiliza os banheiros do Centro de Convivência?

( )Sim ( )Não

18) A limpeza dos ambientes sanitários do Centro de convivência é adequada.

Se não concorda, por quê? ________________

19) As instalações (em geral) dos ambientes sanitários do Centro de convivência são

adequadas.

Se não concorda, por quê? ________________

20) Você tem o conhecimento de que é utilizado água da chuva para o uso das descargas

dos banheiros do Centro de Convivência da UPF?

( )Sim ( )Não

21) Você considera importante a economia/uso eficiente e racional da água?

( ) sim ( ) não

Por quê? ___________________________________

22) Você considera importante a busca por novas fontes alternativas de água (como água

da chuva, de reúso, etc)? ( ) sim ( ) não

Por quê? ___________________________________

23) Na sua opinião, quais seriam os atores responsáveis pela implantação de tecnologias

para o uso racional de água e pela busca de novas fontes alternativas de água na UPF?

( ) gestão ou reitoria ( ) os professores nas pesquisas ( ) professores, funcionários e

alunos, como usuários da água ( ) outro (s). Qual (is)?_________________________

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

96

Esta ferramenta é parte de uma pesquisa de Trabalho de

Conclusão de Curso (TCC) da Engenharia Ambiental.

Sua participação e opinião são muito importantes para o

andamento da mesma.

Não é necessária a sua identificação.

Em algumas questões, é possível marcar mais de uma alternativa.

Após o preenchimento, por favor, devolver para a pessoa

responsável pela aplicação do questionário.

QUESTIONÁRIO PROFESSORES

1) Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino

2) Qual a sua Unidade na UPF?

( ) FEAR ( ) ICB ( ) ICEG ( ) IFCH( ) Outro. Qual? _________________________

3) Qual a sua faixa etária?

( )Abaixo de 30 anos ( )31 a 36 anos ( ) 37 a 40 anos ( ) 41 a 48 anos ( ) 48 a 55 anos ( )

Acima de 56 anos

4) Qual a sua maior titulação?

( ) Pós Doutorado ( ) Doutorado ( ) Mestrado ( ) Especialização ( )

Graduação ( ) Curso em andamento. Qual? __________________

5) Em relação à sua jornada de trabalho na UPF, quantas horas você trabalha por

semana?

( ) Menos que 12 horas ( ) 12 a 20 horas ( ) 21 a 25 horas ( ) 26 a 32 horas ( ) 33 a 40 horas (

) Acima de 40

6) Suas horas são distribuídas em:

( ) Aulas/orientações ( ) Pesquisa ( ) Extensão ( ) Coordenação de curso ( )

Administrativas ( ) Laboratórios ( ) Outras. Qual (is)? ______________________

7) Quanto à sua remuneração, o valor está de acordo com as suas horas e atividades de

trabalho. Você está satisfeito (a).

( ) Discordo totalmente ( ) Concordo parcialmente

( ) Discordo parcialmente ( ) Concordo totalmente

( ) Nem concordo, nem discordo

8) Você tem outra atividade de trabalho, sem vínculo com a UPF (trabalha fora da UPF)?

( ) Sim ( ) Não

Sem sim, quantas horas?

( ) até 12 horas ( ) 12 a 20 horas ( ) 21 a 25 horas ( ) 26 a 32 horas ( ) 33 a 40 horas

( ) Acima de 40

9) Você tem Plano de Saúde? ( ) sim ( ) não

10) Você tem Plano de Previdência? ( ) sim ( ) não

11) Você é associado de algum Sindicato? ( ) sim ( ) não

Se sim, qual? ( ) SINPRO ( ) Outro. Qual? _______________________

12) Em qual turno normalmente você está na UPF? (maior parte da semana)

97

( ) manhã ( ) tarde ( ) noite ( ) Manhã/noite ( ) Manhã/tarde ( ) Tarde/noite ( ) outro.

Qual?__________________

13) Você utiliza água nas edificações da UPF?

( ) sim ( ) não.

Se sim, como?

(...) para beber (...) lavar as mãos (...) escovar os dentes ( ) bacia sanitária (vaso sanitário)

( ) outro. Qual (is)?_____________________________

Quanto à satisfação da estrutura dos banheiros:

14) O número de bacias sanitárias/mictórios é suficiente.

Discordo totalmente Figura 49:

Discordo parcialmente Figura 50:

Nem concordo, nem discordo Figura 51:

Concordo parcialmente Figura 52:

Concordo totalmente Figura 53:

Se não concorda, por quê? __________________________________________

15) O número de torneiras nos lavatórios dos banheiros é suficiente.

Se não concorda, por quê? __________________________________________

16) A quantidade/pressão de água que sai das torneiras e o tempo de acionamento, são

suficientes para seu uso pessoal.

Discordo totalmente Figura 59:

Discordo parcialmente Figura 60:

Nem concordo, nem discordo Figura 61:

Concordo parcialmente Figura 62:

Concordo totalmente Figura 63:

Se não concorda, por quê? __________________________________________

17) A quantidade de água por descarga das bacias sanitárias é suficiente e adequada.

Discordo totalmente Figura 64:

Discordo parcialmente Figura 65:

Nem concordo, nem discordo Figura 66:

Concordo parcialmente Figura 67:

Concordo totalmente Figura 68:

Se não concorda, por quê? ______________________________________

18) A limpeza do ambiente sanitário é adequada.

Discordo totalmente Figura 54:

Discordo parcialmente Figura 55:

Nem concordo, nem discordo Figura 56:

Concordo parcialmente Figura 57:

Concordo totalmente Figura 58:

Discordo totalmente Figura 69:

Discordo parcialmente Figura 70:

Nem concordo, nem discordo Figura 71:

Concordo parcialmente Figura 72:

Concordo totalmente Figura 73:

98

Se não concorda, por quê? ________________________________________

19) As instalações (em geral) dos ambientes sanitários são adequadas.

Se não concorda, por quê? ________________________________________

20) Você concorda com a utilização da água da chuva para fins não nobres? (Para lavagem

de pisos, irrigação das plantas, descargas de banheiro, etc.)

Discordo totalmente Figura 79:

Discordo parcialmente Figura 80:

Nem concordo, nem discordo Figura 81:

Concordo parcialmente Figura 82:

Concordo totalmente Figura 83:

Se não concorda, por quê? _______________________________________

21) E se fosse utilizada a água de reúso, após o tratamento, para os mesmos fins da questão

anterior?

Discordo totalmente Figura 84:

Discordo parcialmente Figura 85:

Nem concordo, nem discordo Figura 86:

Concordo parcialmente Figura 87:

Concordo totalmente Figura 88:

Se não concorda, por quê? _______________________________________

22) Você costuma frequentar o Centro de Convivência da UPF?

( )Sim ( )Não

23) Se sim, você utiliza os banheiros do Centro de Convivência?

( )Sim ( )Não

24) A limpeza dos ambientes sanitários do Centro de convivência é adequada.

Se não concorda, por quê? _______________________________________

25) As instalações (em geral) dos ambientes sanitários do Centro de convivência são

adequadas.

Discordo totalmente Figura 74:

Discordo parcialmente Figura 75:

Nem concordo, nem discordo Figura 76:

Concordo parcialmente Figura 77:

Concordo totalmente Figura 78:

Discordo totalmente Figura 89:

Discordo parcialmente Figura 90:

Nem concordo, nem discordo Figura 91:

Concordo parcialmente Figura 92:

Concordo totalmente Figura 93:

Discordo totalmente Figura 94:

Discordo parcialmente Figura 95:

Nem concordo, nem discordo Figura 96:

99

Se não concorda, por quê? ________________________________________

26) Você tem o conhecimento de que é utilizada água da chuva para o uso das descargas

dos banheiros do Centro de Convivência da UPF?

( )Sim ( )Não

27) Você considera importante a busca por novas fontes alternativas de água (como água

da chuva, de reúso, etc)? ( ) sim ( ) não

Por quê? _________________________________________

Esta ferramenta é parte de uma pesquisa de Trabalho de

Conclusão de Curso (TCC) da Engenharia Ambiental.

Sua participação e opinião são muito importantes para o

andamento da mesma.

Não é necessária a sua identificação.

Em algumas questões, é possível marcar mais de uma alternativa.

Após o preenchimento, por favor, devolver para a pessoa

responsável pela aplicação do questionário.

QUESTIONÁRIO FUNCIONÁRIOS SECRETARIA

1) Sexo: ( )Feminino ( )Masculino

2) De que forma você utiliza a água do prédio do seu curso:

( ) para beber ( ) lavar as mãos ( ) bacia sanitária (vaso sanitário) ( ) outros. Qual (is)?

3) Você utiliza os banheiros do prédio?

( )Sim ( )Não

4) Você costuma frequentar o Centro de Convivência da UPF?

( )Sim ( )Não

Por quê?

5) Você tem o conhecimento de que é utilizado água da chuva para o uso das descargas dos

banheiros do Centro de Convivência da UPF?

( )Sim ( )Não

Por quê?

Quanto à satisfação da estrutura dos banheiros:

Concordo parcialmente Figura 97:

Concordo totalmente Figura 98:

100

6) O número de bacias sanitárias/mictórios é suficiente.

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Se não concorda, por quê?

7) A quantidade/pressão de água que sai das torneiras e o tempo de acionamento, são

suficientes para seu uso pessoal.

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Se não concorda, por quê?

8) A quantidade de água por descarga das bacias sanitárias é suficiente e adequada.

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Se não concorda, por quê?

9) A limpeza do ambiente sanitário é adequada.

Se não concorda, por quê?

10) As instalações (em geral) dos ambientes sanitários são adequadas.

Se não concorda, por quê?

11) Você concordaria que fosse utilizada água da chuva no prédio? (Para lavagem de calçadas,

irrigação das plantas, descargas de banheiro, etc.)

Discordo totalmente

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

101

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Se não concorda, por quê?

12) E se fosse utilizada a água de reuso, após o tratamento, para os mesmos fins da questão

anterior?

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Se não concorda, por quê?

13) Você instalaria em sua casa um sistema de captação e aproveitamento de água da chuva?

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Se não concorda, por quê?

14) Você considera viável economicamente o reaproveitamento da água da chuva no seu local de

trabalho?

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Se não concorda, por quê?

15) Você considera importante a economia da água?

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Se não concorda, por quê?

102

Esta ferramenta é parte de uma pesquisa de Trabalho de

Conclusão de Curso (TCC) da Engenharia Ambiental.

Sua participação e opinião são muito importantes para o

andamento da mesma.

Não é necessária a sua identificação.

Em algumas questões, é possível marcar mais de uma alternativa.

Após o preenchimento, por favor, devolver para a pessoa

responsável pela aplicação do questionário.

QUESTIONÁRIO LABORATÓRIO

1) Sexo: ( )Feminino ( )Masculino

2) Curso universitário:

3) De que forma você utiliza a água do laboratório:

( )para beber ( )lavar as mãos ( )banheiro ( )lavagem das vidrarias ( )experimentos

( ) Outros. Qual (is)?

4) Você utiliza os banheiros do prédio?

( )Sim ( )Não

5) Você costuma freqüentar o Centro de Convivência da UPF?

( )Sim ( )Não

Por quê?

6) Você tem o conhecimento de que é utilizado água da chuva para o uso das descargas

dos banheiros do Centro de Convivência da UPF?

( )Sim ( )Não

Por quê?

7) Quanto a satisfação da estrutura dos banheiros? (número de sanitários, pias, limpeza, etc.)

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem

discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Se não concorda, por quê?

8) Você considera suficiente a quantidade de água que sai das torneiras (de acionamento

hidromecânico com pressão manual)?

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem

discordo

103

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Se não concorda, por quê?

9) Você considera suficiente a quantidade de água da descarga do sanitário?

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem

discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Se não concorda, por quê?

10) Você concordaria que fosse utilizada água da chuva no prédio? (Para lavagem de calçadas,

irrigação das plantas, descargas de banheiro, etc.)

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem

discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Se não concorda, por quê?

11) E o reuso da água após o tratamento (para os mesmos fins)?

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem

discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Se não concorda, por quê?

12) Você instalaria em sua casa um sistema de captação e aproveitamento de água da chuva?

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem

discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Se não concorda, por quê?

13) Você considera viável economicamente o reaproveitamento da água da chuva no seu local

de trabalho?

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem

discordo

Concordo parcialmente

104

Concordo totalmente

Se não concorda, por quê?

14) Você considera importante a economia da água?

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem

discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Se não concorda, por quê?

15) Você considera importante a busca por novas fontes de recursos hídricos?

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem

discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Se não concorda, por quê?

16) Na sua opinião, quais seriam os atores responsáveis pela implantação de tecnologias

para o uso racional de água e pela busca de fontes alternativas de recursos hídricos?

( ) gestão ou reitoria ( ) os professores nas pesquisas ( ) professores, funcionários e

alunos, como usuários da água ( ) outro (s). Qual

(is)?______________________________________________________________

Esta ferramenta é parte de uma pesquisa de Trabalho de

Conclusão de Curso (TCC) da Engenharia Ambiental.

Sua participação e opinião são muito importantes para o

andamento da mesma.

Não é necessária a sua identificação.

Em algumas questões, é possível marcar mais de uma alternativa.

Após o preenchimento, por favor, devolver para a pessoa

responsável pela aplicação do questionário.

QUESTIONÁRIO FUNCIONÁRIOS DA LIMPEZA

1) Sexo: ( )Feminino ( )Masculino

2) De que forma você utiliza a água do prédio em que você trabalha:

( )para beber ( )lavar as mãos ( )bacia sanitária (vaso sanitário) ( )escovar os dentes (

)limpeza do prédio ( )outros. Qual (is)?

105

3) Você utiliza os banheiros do prédio?

( )Sim ( )Não

4) Além de trabalhar na instituição UPF, você também estuda?

( ) Sim ( )Não

5) Você costuma frequentar o Centro de Convivência da UPF?

( )Sim ( )Não

Por quê?

6) Você tem o conhecimento de que é utilizado água da chuva para o uso das descargas

dos banheiros do Centro de Convivência da UPF?

( )Sim ( )Não

Por quê?

Quanto à satisfação da estrutura dos banheiros:

7) O número de bacias sanitárias/mictórios é suficinete.

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Por quê?

8) A quantidade/pressão de água que sai das torneiras e o tempo de acionamento, são

suficientes para seu uso pessoal.

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Por quê?

9) A quantidade de água por descarga das bacias sanitárias é suficiente e adequada.

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Por quê?

10) Você concordaria que fosse utilizada água da chuva no prédio? (Para lavagem de

calçadas, irrigação das plantas, descargas de banheiro, etc.)

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

106

Por quê?

11) E se fosse utilizada a aguda de reuso, após o tratamento para os mesmos fins da

questão anterior?

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Por quê?

12) Você instalaria em sua casa um sistema de captação e aproveitamento de água da

chuva?

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Por quê?

13) Você considera viável economicamente o reaproveitamento da água da chuva no seu

local de trabalho?

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Por quê?

14) Você considera importante a economia da água?

Discordo totalmente

Discordo parcialmente

Nem concordo, nem discordo

Concordo parcialmente

Concordo totalmente

Por quê?