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marcelo-andrade-santiago
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PROBLEMAS DE MISTURAConsideremos um tanque que contém uma solução - mistura de soluto e solvente- tal como sal dissolvido em água . Neste tanque, há tanto um fluxo de entrada como um de saída, e queremos calcular a quantidade x(t) de soluto no tanque no instante t dada a quantidade de soluto é x(0) = x0 no instante t = 0. Suponha que a solução entre no tanque a uma taxa constante de ri litros por segundo e que sua concentração seja de ci gramas por litro de solução. Suponha também que a solução do tanque seja mantida uniformemente misturada e que ela escoa a uma taxa constante de r0 litros por segundo. Para deduzir uma equação diferencial para x(t), estimamos a variação ∆x em x por um curto período de tempo [t,t+∆t]. A quantidade de soluto que flui para o tanque durante ∆t segundos é rici∆t gramas. Para confirmar isto, observe como o cancelamento de dimensões confere nosso cálculo:
(ri litrossegundos )(c i litros
segundos ) (∆ t segundos )
fornece uma quantidade medida em gramas.A quantidade de soluto que escoa para fora do tanque durante o mesmo intervalo de tempo depende da concentração c0(t) no instante t. Mas como se observa na figura abaixo, c0(t) = x(t)/V(t) denota o volume (variável a ser que ri = r0) de solução no tanque no instante t. Então
Entrada (ri , ci)
(r0 , c0) Saída
Quantidade de soluto x(t)Volume V(t)
Concentração c0(t) = x/v
{∆ x=gramasde solutoque entram – gramasde solutoque saem¿ (concentraçãoda soluçãoqueentra)(litrosque entram)∆ t
– (concentração do tanque)(litros que saem)∆ t
¿ ri ci∆ t−quantidade solutono tanque
Volume do tanquer 0∆ t
∆x ≈ r i c i∆ t−x( t)V (t )
r0∆ t
∆ x∆ t≈ ri c i−
x (t)V (t)
r 0
Finalmente, tomamos o limite quando ∆t → 0; se todas as funções envolvidas são contínuas e x(t) é diferenciável, então o erro de aproximação tende a zero, e obtemos a equação diferencial dxdt
=ri ci−r0 c0(1)
na qual ri, ci e r0 são constantes, mas em que c0 denota a concentração variável c0 ( t )= x (t)
V ( t)
de soluto no tanque no instante t. Assim a quantidade x(t) de soluto no tanque satisfaz a equação diferencial dxdt
=ri ci−r 0Vx (2)
Como o volume do tanque é dado por:V (t )=volume inicial+( litrosqueentram – litrosque saem)
¿V 0+(r i−r 0) t
Então a equação (2) pode ser reescrita dxdt
=ri ci−r0
V 0+( ri−r0 ) tx (3)
de modo que a equação (3) (equação linear de primeira ordem) é um modelo matemático que descreve a quantidade x(t) de soluto no tanque em função do tempo.
EXEMPLO 1: Num tanque há 100 litros de salmoura contendo 30 gramas de sal em solução. Água (sem sal) entra no tanque à razão de 6 litros por minuto e a mistura se escoa à razão de 4 litros por minuto, conservando-se a concentraçãoo uniforme por agitaçãoo. Vamos determinar qual a concentração no tanque ao fim de 50 minutos.Solução: O problema pode ser modelado pelo seguinte problema de valor inicial
{dxdt=−4 x100+2 t
x (0 )=30
A equação é uma EDO linear de 1ª ordem e pode ser escrita como dxdt
+4 x100+2t
=0
O fator integrante é μ (t )=e
∫ 4100+2 t
dt=e2 ln (100+2 t )=eln (100+2 t )
2
= (100+2 t)2
Multiplicando-se a EDO por μ(t) obtemosddt
( (100+2 t)2 x )=0
Integrando-se ambos os lados obtem-se (100+2 t )2 x (t)=C
ou seja, x (t)= C
(100+2 t )2
Sabemos que x(0) = 30, entãoC=30.1002=3.105
Substituindo o valor de C calculadox (t)= 3.105
(100+2 t )2
A concentracão c(t) é o quociente da quantidade de sal pelo volume que é igual a V(t)=100+2t. Assim,c (t )= 3.105
(100+2t )3
e após 50 minutosc (50 )= 3.10
5
(200 )3=0,0375 gramas/ litro