Upload
afranio-junior
View
12
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Termodinâmica
Citation preview
Equacoes essenciais Termodinamica
Afranio Melo Junior
2014
1 Termodinamica Classica
1.1 Conceitos basicos
Trabalho:
dW F extdl (1)Se o sistema e fechado, o fluido e ho-
mogeneo, nao esta mais do que infinite-simalmente afastado do equilbrio internoe o processo e mecanicamente reversvel,P ext = P int e:
dW = P intdV (2)Em geral, P int e denotado simplesmente
por P .
Entropia:
dSt dQrev
T(3)
Potenciais termodinamicos:
H U + PV (4)
A U TS (5)
G H TS (6)Alem disso:
G = A+ PV (7)
Capacidades calorficas:
CV (U
T
)V
(8)
CP (H
T
)P
(9)
Primeira lei (sistema isolado):
dU t = 0 (10)
Primeira lei (sistema fechado):
d(nU) = dQ+ dW (11)
Primeira lei (sistema fechado, mecani-camente reversvel, casos especficos):
V constante:
dQ = d(nU) = CV dT (12)
P constante:
dQ = d(nH) = CP dT (13)
Vazoes:
m = ua (14)
q = ua (15)
n = m/M (16)
Equacao da continuidade:
dmvcdt
+ mcor = 0 (17)
Primeira lei (sistema aberto):
d (mU)vcdt
+ [(U +1
2u2 + zg)m]cor =
= Q+ W (18)
Se separarmos de W o trabalho de en-trada e sada do fluido ([(PV )m]cor) eo juntarmos com o primeiro termo do ladodireito da equacao (18), obtemos:
1
d (mU)vcdt
+ [(H +1
2u2 + zg) m]cor =
= Q+ W (19)
Segunda lei (sistema isolado):
dSt 0 (20) Segunda lei (sistema fechado):
dSt dQ/T (21)Esta equacao e conhecida como desi-
gualdade de Clausius.
Segunda lei (sistema fechado, processocclico):
dQ/T 0 (22)
Segunda lei (sistema aberto):
d(mS)vcdt
+dStvizdt
+ (Sm)cor = SG 0(23)
Se considerarmos a vizinhanca como umreservatorio de calor e usarmos a equacao(65), temos:
dStvizdt
=j
QjTviz,j
(24)
Assim:
d(mS)vcdt
j
QjTviz,j
+(Sm)cor = SG 0
(25) Trabalho ideal:
Wid = [(H +1
2u2 + zg) m]cor Tviz(Sm)cor (26)
que ocorre ao fazermos SG = 0 em (25)para regime estacionario e com umavizinhanca uniforme a` Tviz, isolarmos Q esubstiturmos em (18).
Trabalho perdido:
Wperd WWid = Tviz(Sm)corQ == TvizSG (27)
Eficiencia termodinamica de um pro-cesso:
WWid
(28)
se o processo requer trabalho, ou
WidW
(29)
se o processo produz trabalho.
Terceira lei:
limT0
St = 0 (30)
para processos envolvendo apenas fasespuras em equilbrio interno.
Potencial qumico:
i ( nU
ni
)S,V,nj 6=i
=
( nH
ni
)S,P,nj 6=i
=
=
( nA
ni
)T,V,nj 6=i
=
( nG
ni
)T,P,nj 6=i
(31)
Relacoes fundamentais:
dU = TdS PdV +i
idxi (32)
dH = TdS + V dP +i
idxi (33)
dA = PdV SdT +i
idxi (34)
dG = V dP SdT +i
idxi (35)
2
Equacoes de Gibbs-Helmholtz:((G/T )
T
)P
= H/T 2 (36)((A/T )
T
)V
= U/T 2 (37)
Capacidade calorfica de gas ideal:
CP = c0 + c1/T + c2T + c3 lnT (38)
Essa forma emprica e a melhor para re-presentar dados na faixa T = 200 600 Ke sua extrapolacao leva a serios erros.
1.2 Relacoes PVT
Expansividade volumetrica:
1V
(V
T
)P
(39)
Compressibilidade isotermica
k 1V
(V
P
)T
(40)
Fator de compressibilidade:
Z PVRT
=V
V gi(41)
Aproximacao de Boyle-Mariotte:
PV = cte (42)
dado que T = cte.
Aproximacao de Charles e Gay-Lussac:
V/T = cte (43)
dado que P = cte.
Equacao do gas ideal:
PV = RT (44)
Equacao de Dalton das pressoes parci-ais:
P =i
pi (45)
sendo pi = xiP . Valida para gases ideais.
Equacao de Amagat dos volumes par-ciais:
nV (T, P ) =i
niVi(T, P ) (46)
Esta equacao na verdade e uma parti-cularizacao da relacao de soma de Euler,eq. (70), para o caso de solucoes ideais,eq. (88). Quando ela e valida, a fracao emvolume se torna igual a` fracao molar.
Equacoes do virial:
Z = 1 +B
V+
C
V 2+ ... (47)
Z = 1 +BP + C P 2 + ... (48)
Segundo coeficiente do virial atraves dedados PVT a baixas pressoes:
B = lim0
(z
)T
(49)
Regras de mistura (rigorosas) para oscoeficientes do virial:
B =i
j
xixjBij (50)
C =i
j
k
xixjxkCijk (51)
...
Validade (aproximada) do trunca-mento da equacao do virial apos o segundotermo:
P T2
i yiPcii yiTci
(52)
Equacao de van der Waals:
P =RT
V b a
V 2(53)
Regras de mistura de van der Waals:
a =i
j
xixjaij (54)
3
b =i
j
xixjbij (55)
Regras de combinacao de van der Wa-als:
aij =aiaj (56)
bij =bi + bj
2(57)
Com esta ultima regra, a equacao (55) setorna:
b =i
xibi (58)
Equacao de estado cubica generica:
P =RT
V b a(T )
(V + b)(V + b)(59)
Parametros da EdE cubica generica emfuncao de dados crticos:
a(T ) = (Tr)R
2T 2cPc
(60)
b = RTcPc
(61)
Fator acentrico de Pitzer:
= 1, 0 log(P satr )Tr=0,7 (62)
1.3 Maquinas termicas
Eficiencia de uma maquina termica:
WQq
= 1 QfQq
(63)
Eficiencia de uma maquina de Carnot:
Car = 1 TfTq
(64)
Variacao de entropia de um reser-vatorio de calor:
St =Q
T(65)
Variacao de entropia global e trabalhode uma maquina termica:
St =|Qq|Tq
+|Qf |Tf
(66)
O balanco de energia impoe |W | = |Qq||Qf |; eliminando |Qf |:
W = TfSt + |Qq|(
1 TfTq
)(67)
1.4 Solucoes
Propriedade parcial molar:
Mi (nM
ni
)T,P,nj 6=i
(68)
Propriedade parcial molar a partir dodomnio da composicao:
Mi = M ncl=1
xl
(M
xl
)T,P,xj 6=l
+
+
(M
xi
)T,P,xj 6=i
(69)
Relacao da soma de Euler:
M =i
xiMi (70)
Equacao de Gibbs-Duhem:
i
xi d Mi =
(M
T
)P,x
dT+
(M
P
)T,x
dP
(71)
Propriedade parcial molar a` diluicao in-finita:
Mi lim
xi0Mi (72)
Teorema de Gibbs:
Migi
(T, P ) = Mgii (T, pi) (73)
sendo Mi 6= Vi. Consequencias:
Uigi
= Ugii (74)
4
Higi
= Hgii (75)
Sigi
= Sgii R lnxi (76)
Gigi
= gii = Ggii +RT lnxi (77)
Alem disso:
gii = Ggii (T, P = 1bar)+
+RT ln(xiP ) (78)
Fugacidade:
di = RT d lnfi (T,x ctes) (79)
limP0
fixi P
= 1 (80)
Coeficiente de fugacidade:
i fixi P
(81)
Atividade:
ai fif0i
=fi (T, P, x)
fi (T, P 0, x0)(82)
Potencial qumico em uma mistura apartir de uma referencia 0i qualquer:
i(T, P ) = 0i +RT ln ai (83)
Potencial qumico em uma mistura (re-ferencia: 0i = G
gii (T, P = 1bar)):
i(T, P ) = Ggii (T, P = 1bar)+RT ln fi
(84)
No caso, fi0
= 1 bar e ai = fi. Potencial qumico em uma mistura (re-
ferencia: 0i = gii (T, P )):
i(T, P ) = gii (T, P ) + RT ln
fixiP
(85)
No caso, fi0
= xiP e ai = i. Potencial qumico em uma mistura (re-
ferencia: 0i = Gi(T, P )):
i(T, P ) = Gi(T, P ) +RT ln fi/fi (86)
No caso, fi0
= fi e ai = fi/fi. Potencial qumico em uma mistura (re-
ferencia: fi0
= hi(T, P ), a constante deHenry):
i(T, P ) = 0i +RT ln fi/hi (87)
No caso, ai = fi/hi. A cons-tante de Henry, que depende da na-tureza do solvente, e definida como:hi limxi0 fi/xi = dfi/dxi|xi=0.
Definicao de solucao ideal:
aisi xi (88)
Coeficiente de atividade:
i ai/xi (89)Da, segue diretamente que:
sii = 1 (90)
Nos casos dos dois ultimos estados de re-ferencia apresentados, situacoes em que econveniente utilizar a definicao de solucaoideal:
fisi
= xifi (91)
fisi,dil
= xihi (92)
A equacao (91) e conhecida como regrade Lewis-Randall (que tambem pode ser
escrita como isi
= i). No caso da
5
referencia sendo hi, a solucao tambem econhecida como diluda ideal.
Relacao entre s representativos dedesvios em relacao a` solucao ideal (norma-lizacao simetrica) e a` solucao diluda ideal(normalizacao assimetrica, denotado com):
ii
=hifi
= limxi0
i (93)
Equacao estritamente valida parabinario (extensao da ideia de i paramulticomponente requer cuidado).
Relacao entre s a diferentes pressoes:
i (P2) = i (P1) exp
P2P1
ViRT
dP (94)
Relacao entre h s a diferentes pressoes:
hi (P2) = hi (P1) exp
P2P1
Vi
RTdP (95)
Fugacidade de lquido ou solido puro:
fi = Psati
sati exp
PP sati
V ciRT
dP (96)
na qual o sobrescrito c faz referencia a`fase condensada (lquido ou solido). Aexponencial e conhecida como fator dePoynting.
Propriedades residuais:
MR(T, P,x) M(T, P,x)Mgi(T, P,x)(97)
ou
MR(T, V,x) M(T, V,x)Mgi(T, V,x)(98)
Relacao entre os estados hipoteticos degas ideal Mgi(T, P,x) e Mgi(T, V,x):
Mgi(T, P,x)Mgi(T, V,x) = PP0
(Mgi
P
)T,x
dP
VV0
(Mgi
V
)T,x
dV (T,x ctes) (99)
em que o estado (P0, V0,x) e o estado degas ideal.
Relacao entre os dois conjuntos de pro-priedades residuais (T, P,x) e (T, V,x):
MR(T, V,x)MR(T, P,x) == Mgi(T, P,x)Mgi(T, V,x) (100)
Calculo de propriedades residuais apartir de dados PVT:
MR(T, P,x) =
P0
(M
P
)T,x
(Mgi
P
)T,x
dP (T,x ctes) (101)
MR(T, V,x) =
V
(M
V
)T,x
(Mgi
V
)T,x
dV (T,x ctes) (102)
Energia de Gibbs residual parcial mo-lar:
Diretamente de (85), vem:
GiR
= RT ln i (103)
Da, temos:
GR
RT=i
xi ln i (104)
Coeficiente de fugacidade a partir dedados PVT:
6
RT ln i =
P0Vi RT
PdP =
=
V
(P
ni
)T,V,nj 6=i
RTV
dVRT lnZ =
= Ri RT lnZ (105)Se a equacao de estado estiver explcita
em AR(T, V,n), como e comum, podemoscalcular Ri e Z atraves de:
Ri =
(AR(T, V,n)
ni
)T,V,nj 6=i
(106)
Z = 1 VRT
(AR(T, V,n)
V
)T,n
(107)
Entalpia e entropia a partir da re-ferencia dos gases ideais puros a` T0 e P0:
H(T, P,x) =i
xiH0,gii (T0)+
+
TT0
i
xiCgiP idT +H
R(T, P,x) (108)
S(T, P,x) =i
xiS0,gii (T0)+
+
TT0
i
xiCgiP iTdT R ln(P/P0)
Ri
xi lnxi + SR(T, P,x) (109)
Propriedades de mistura:
nM nM(T, P,x)i
niMi(T, P )
(110)
M = M(T, P,x)i
xiMi(T, P ) =
=i
xiMi(T, P )i
xiMi(T, P ) =
=i
xiMi (111)
Propriedades de mistura em termos deatividade:
G
RT=i
xi ln ai (112)
V
RT=i
xi
( ln aiP
)T,x
(113)
H
RT= T
i
xi
( ln aiT
)P,x
(114)
S
R=
i
xi ln aiTi
xi
( ln aiT
)P,x
(115)
De aisi xi segue diretamente:
Gsi
RT=i
xi lnxi (116)
V si
RT= 0 (117)
Hsi
RT= 0 (118)
Ssi
R=
i
xi lnxi (119)
Propriedades em excesso:
ME(T, P,x) M(T, P,x)M si(T, P,x)(120)
Relacao entre propriedades em excessoe residuais:
ME = MR i
xiMRi (121)
Relacao entre propriedades em excessoe de mistura:
ME = ME = M M si (122)
De (122):
V E = V (123)
7
HE = H (124)
SE = S +Ri
xi lnxi (125)
GE = GRTi
xi lnxi (126)
Energia de Gibbs em excesso parcialmolar:
Da equacao (126) combinada com (112):
GE
RT=i
xi ln i (127)
Do que podemos inferir:
GiE
= RT ln i (128)
em analogia a` equacao (103).
Outras propriedades em excesso parci-ais molares:
ViE
= RT
( ln iP
)T,x
(129)
HiE
= RT 2( ln iT
)P,x
(130)
Solucao atermica:
HEat 0 (131) Solucao regular:
SEreg 0 (132)dado que V E = 0. Em uma solucaoregular, GE = AE = HE = UE e ln ivaria com 1/T .
Fracao molar p/ massica e vice-versa:
wi =xiMMij xjMMj
(133)
xi =wi/MMij wj/MMj
(134)
Fracao volumetrica p/ massica e vice-versa (valido apenas para V E = 0):
wi =iij jj
(135)
i =wi/ij wj/j
(136)
Massa molar media:
MMmix i
i
xiMMi =
= 1/i
(wi/MMi) (137)
1.5 Equilbrio de fases
Regra das fases:
F = 2 pi +N (138)Valida pra problemas intensivos.
Teorema de Duhem:
F = 2 (139)
Valido pra problemas extensivos.
Equacao de Clapeyron:
dP sat
dT=
Strans
V trans=
Htrans
TV trans(140)
Equacao de Clausius-Clapeyron:
d lnP sat
dT=
Htrans
RT 2(141)
Equacao de Antoine:
lnP sat = A BT + C
(142)
Regra de Trouton:
HnRTn
10 (143)
Condicao de equilbrio (necessaria e su-ficiente):
minT,P,n
G(T, P,n) (144)
8
Algumas das Nc + 2 variaveis das quaisdepende G devem ser especificadas apriori, se assim pedir a regra das fases outeorema de Duhem.
Condicao de equilbrio (necessaria):
i1 = i2 = ... = iNf (145)
para i = 1, . . . , Nc.
Condicao de equilbrio (necessaria):
fi1 = fi2 = ... = fiNf (146)
para i = 1, . . . , Nc. Este e o conhecidocriterio de isofugacidades. As expressoescomumente usadas para expressar fi sao:
xiiP e xiif0i .
Aproximacao de Raoult:
No ELV, quando fi0
= fi e consideramosi/
sati , i e o fator de Poynting todos va-
lendo 1, o criterio de isofugacidades podeser escrito como:
yiP = xiPsati (147)
Aproximacao de Henry:
No ELV, quando fi0
= hi e consideramosi = i = 1, o criterio de isofugacidadespode ser escrito como:
yiP = xihi (148)
Fator de equilbrio:
Ki =yixi
(149)
Equacao de Rashford-Rice:
i
zi(Ki 1)(Ki 1) + 1 = 0 (150)
Obs: xi = zi/(1+(Ki1)) e yi = Kixi.
Equacao do ponto de bolha:i
xiKi = 1 (151)
Equacao do ponto de orvalho:i
yi/Ki = 1 (152)
Volatilidade relativa:
ij =KiKj
(153)
Saturacao (especfica ou molar) de umgas com um vapor:
s mvmmv (154)
sn nvn nv (155)
Essas definicoes estao longe de ser una-nimidade. Muitos consideram que s mv/m, ou usam volume no denominador(mv/V
t), por exemplo.
Se a mistura vapor-gas e considerada umgas ideal:
sn =pv
P pv (156)
sendo mv = wvm, nv = xv n e pv = xvP .Se o gas e o ar e o vapor e a agua, asaturacao e chamada de umidade.
Saturacao (ou umidade) relativa:
sr pvpsatv
(157)
Se a mistura vapor-gas e considerada umgas ideal:
sr =xvxsatv
=nvnsatv
(158)
Mais uma vez, podemos definir a sa-turacao relativa de outras maneiras, comosr sn/ssatn . Alguns livros chamam sr,sabe-se la por que, de saturacao absoluta.A relacao entre sr e s
r e, para o caso de gas
ideal:
sr =pvpsatv
P psatvP pv = sr
P psatvP pv (159)
9
1.6 Equilbrio qumico
Reacao qumica:i
iAi = 0 (160)
Grau de avanco:
dn11
=dn22
=dn33
= ... d (161)
Ou:
dni = id (162)
Integrando:
ni = ni0 + i (163)
Composicao:
xi =nin
=ni0 + i
n0 + (164)
Para multiplas reacoes:
dni =j
i,jdj (165)
Integrando:
ni = ni0 +j
i,jj (166)
Composicao:
xi =nin
=ni0 +
j i,jj
n0 +
j jj(167)
Obs: =
i i.
Variacao de propriedade padrao dereacao:
M0 i
iM0i (168)
Constante de equilbrio:
K exp(G0
RT) (169)
Condicao de equilbrio (necessaria e su-ficiente):
minn
G(n) (170)
Ou:
min
G() (171)
Condicao de equilbrio (necessaria):i
ii = 0 (172)
Substituindo i = 0i +RT ln ai:
exp(i i0i
RT) = iai
i (173)
Ou:
K = iaii (174)
Da maneira como e definida a constantede equilbrio K, o estado de referenciautilizado em ai diz respeito sempre aoscomponentes puros.
Condicao de equilbrio (necessaria)
para fi0
= P 0:
K = i(xiiP/P0)i (175)
Condicao de equilbrio (necessaria)
para fi0
= f0,Li (T, P0):
K = i(xii)i (176)
Se i estiver consistente com uma ativi-dade definida de acordo com uma referenciaa` P da solucao (f0,Li (T, P )), como e co-mum, por rigor precisaramos introduzir ofator de Poyting:
K = i(xii)i exp
PP 0
V LiRT
dP (177)
Ele, no entanto, e normalmente despre-zado.
Condicao de equilbrio (necessaria)para a referencia no componente i purono solvente (considerado um campo) for-mando mistura ideal a C0i = 1mol/L (nocaso, ai = (cii)/(C
0i
0i ) = cii:
10
K = i(Cii)i (178)
Equacao de Vant Hoff:
d lnK
dT=
H0
RT 2(179)
Equacao de Kirchoff:
H0 = I +
CPdT (180)
Esta e uma integral indefinida. Suaanaloga definida e:
H0(T ) = H0(T0) +
TT0
CPdT (181)
Regra das fases para sistemas reacio-nais:
F = 2 pi +N r s (182)
Teorema de Duhem para sistemas rea-cionais:
F = 2 (183)
2 Termodinamicaestatstica e molecular
2.1 Conceitos basicos
Hipotese ergodica:
M =1
t
tt0
M(t) dt =j
pjMj (184)
Degenerescencia de uma distribuicao{n}:
(n) =(
j nj)!
j(nj !)(185)
Probabilidade de um estado quantico jno ensemble canonico:
pj =njj nj
=1j nj
n (n)nj(n)
n (n)=
=1j nj
(n)nj(n)
=njj nj
=
=eEj(V t,N)i eEi(V t,N) (186)
Funcao de particao canonica (soma so-bre estados quanticos):
Q (V t, N) =i
eEi(Vt,N) (187)
Funcao de particao canonica (soma so-bre nveis de energia):
Q (V t, N) =i
i(Vt, N) eEi(V
t,N)
(188) Entropia:
S = kj
pj ln pj (189)
Temperatura:
T = 1/k (190)
Energia de Helmholtz:
A (T, V t, N) = kT lnQ(V t, N) (191) Probabilidade de um estado quantico j
no ensemble micro-canonico:
pj =1
(N,V t, E)(192)
Entropia:
S(N,V t, E) = k ln (N,V t, E) (193)
Probabilidade de um estado quantico jno ensemble grande canonico:
pj =nj(N)
j nj=nj (N)
j nj=
=eEj(V t,N)eNi,N e
Ei(V t,N )eN (194)
11
Funcao de particao grande canonica:
(V t, T, ) =j,N
eEj(Vt,N)eN =
=N
Q(N,V t, T ) eN (195)
Potencial termodinamico caractersticodo ensemble grande canonico (analogo a` Apara o canonico e S para o microcanonico):
pV t = kT ln (V t, T, ) (196)
2.2 Sistemas compostos por sub-sistemas independentes
Funcao de particao canonica para ocaso de subsistemas distinguveis:
Q =j
eEj/kT =
=
j
eaj/kT
j
ebj/kT
... =qaqb... (197)
Funcao de particao canonica parao caso de subsistemas indistinguveis, nahipotese do numero de estados disponveisser muito maior em relacao ao numero desubsistemas N :
Q =1
N !qN (198)
Esta equacao representa a estatsticade Boltzmann e e um caso limite dasestatsticas de Bose-Einsten e Fermi-Dirac.
Probabilidade i de um subsistema es-tar em um estado i (ou fracao de todos ossubsistemas no estado i):
i =ei/kT
q(199)
em analogia a` equacao (186). Aqui, osistema pode ser composto de subsiste-mas distinguveis ou indistinguveis (nesteultimo caso, se a estatstica de Boltzmannfor verificada).
2.3 Teoria de rede
Balanco de vizinhos:
zN1 = 2N11 +N12 (200)
zN2 = 2N22 +N12 (201)
Energia de troca:
w z[12 1
2(11 + 22)
](202)
Energia potencial da rede:
Ut = N1111 +N2222 +N1212 =
=z
2N111 +
z
2N222 +
w
zN12 (203)
Funcao de particao canonica da rede:
Q =N12
(N1, N2, N12) exp
( UtkT
)(204)
Energia de Helmholtz de mistura darede:
A = kT ln[(N1, N2, N12)
exp
(wN12kTz
)] (205)
Numero de pares de vizinhos dissimi-lares mais proximos N12, degenerescencia e energia de Helmholtz de mistura Ada rede no caso de arranjo completamentealeatorio:
N12 =zN1N2N1 +N2
(206)
(N1, N2, N12) =(N1 +N2)!
N1!N2!(207)
A
RT= x1 lnx1 + x2 lnx2 +
w
kTx1x2 (208)
Partindo de (208), podemos concluir queSE = 0 (como e razoavel). Por w = 0corresponder a` solucao ideal, inferimos:
12
AE =w
kTx1x2 (209)
Como na rede o espacamento entre ascelulas nao depende da composicao (V E =0), estamos tratando de uma solucao re-gular; nesse caso GE = AE e chegamos a`equacao do modelo de Margules 2-sufixos.
2.4 Forcas intermoleculares
Relacao entre forca e potencial de in-teracao:
F (r, , , ...) = (r, , , ...) (210)
Lei de Coulomb para interacoes ele-trostaticas pontuais:
ij =qiqj
4pi0r(211)
Momento de dipolo:
e d (212) Interacoes entre dipolos permanentes
(forcas de Keesom):
ij = ij4pi0r3
[2 cos i cos j sin i sin j cos(i j)] (213)
valida para distancias r entre os dipolosgrandes em relacao aos seus comprimentos.
Keessom mostrou que a moderadas e al-tas temperaturas, os potenciais negativossao preferidos estatisticamente. Fazendo amedia sobre todas as orientacoes possveis(ponderada por fatores de Boltzman expan-didos em potencias de 1/kT ):
ij = 23
2i2j
(4pi0)2kTr6(214)
Momento de dipolo induzido (camposcom forcas moderadas):
i E (215) Interacoes devido a inducao por dipolos
permanentes (forcas de Debye):
ij =i
2j + j
2i
(4pi0)2r6(216)
Interacoes (atrativas) entre moleculasapolares (forcas de London):
ij = 32
i j(4pi0)2r6
(Ii IjIi + Ij
)(217)
Potencial de Mie:
= (nn/mm)1/(nm)
nm[(r
)n (r
)m](218)
Potencial de Lennard-Jones:
= 4
[(r
)12 (r
)6](219)
que ocorre ao fazermos m = 6 e n = 12 em(218).
2.5 Modelos de solucao
Expansao de Wohl (sistemas binarios):
GE
RT (x1r1 + x2r2)= 2a1212+
+ 3a112212 + 3a1221
22+
+ 4a1112312 + 4a12221
32+
+ 6a112221
22 + ... (220)
sendo:
1 x1r1x1r1 + x2r2
(221)
2 x2r2x1r1 + x2r2
(222)
sao fracoes volumetricas efetivas dos doiscomponentes.
Modelo de Margules:
Se assumirmos em (220) que r1 = r2(moleculas comparaveis em tamanho) e ne-gligenciarmos termos superiores a` quartaordem:
13
ln 1 = Ax22 +Bx
32 + Cx
42 (223)
ln 2 = (A+3
2B+2C)x21(B+
8
3C)x31+Cx
41
(224)
sendo A = r(2a12 + 6a112 3a122 +12a1112 6a1122), B = r(6a122 6a112 24a1112 8a1222 + 24a1122) eC = r(12a1112 + 12a1222 18a1122).
Modelo de Van Laar:
Se truncarmos (220) apos o primeirotermo, obtemos:
ln 1 =A(
1 +A
B
x1x2
)2 (225)ln 2 =
B(1 +
B
A
x2x1
)2 (226)sendo A = 2r1a12 e B = 2r2a12.
O modelo de Van Laar tambempode ser deduzido a partir da equacaode van der Waals (sob as hipotesesV E = SE = 0). Nesse caso, os parametros
tomam a forma A = b1RT
(a1b1a2b2
)e
B = b1RT
(a1b1a2b2
).
Modelo de Scatchard-Hildebrand:
GE = UE =
nck=1
xkVk(k )2 +V k (227)
RT ln i = Vi[(i )2 + 2kii k] (228)
sendo os parametros de solubilidade:
i (
vapU
V
)1/2i
=
(vapH RT
V
)1/2i
(229)
e as fracoes volumetricas:
i xiVincj=1
xjVj
(230)
Alem disso:
=j
jj (231)
ki =j
jjkij (232)
k =i
iiki (233)
Podemos colocar esse modelo, no casobinario, na forma da equacao de VanLaar; nesse contexto, em (225) e (226),com kij = 0, os parametros se tornariamA = V1RT (1 2)2 e B = V2RT (1 2)2.
Modelo de Wilson:
GE
RT=
nci=1
xi ln
ncj=1
xjij
(234)
ln k = ln ncj=1
xjkj
+ 1
nci=1
xiikncj=1
xjij
(235)
sendo o parametro de interacao:
ij =VjVi
exp
(ij ii
RT
)(236)
Modelo NRTL:
GE
RT=
nci=1
xi
ncj=1
xjjiGji
nck=1
xkGki
(237)
14
ln i =
ncj=1
xjjiGji
nck=1
xkGki
+
+
ncj=1
xjGijnck=1
xkGkj
ij n
m=1
xmmjGmj
nck=1
xkGkj
(238)
sendo os parametros de interacao:
Gij = exp (ijij) (239)
ij =bijRT
(240)
Obs: geralmente o fator de nao-aleatoriedade ij = ji fica entre 0, 2 e0, 47 e, quando os dados experimentais saoescassos ou de nao tao boa qualidade, ofixamos como 0, 3.
Modelo UNIQUAC:
GEcRT
=
nci=1
xi lnixi
+z
2
nci=1
qixi lnii
(241)
GErRT
= nci=1
qixi ln
ncj=1
jji
(242)
ln i = lnixi
+z
2qi ln
ii
+ li
ixi
ncj=1
xjlj qi ln ncj=1
jji
++ qi qi
ncj=1
jijnck=1
kkj
(243)
sendo as fracoes de segmento e de area:
i xirincj=1
xjrj
(244)
i xiqincj=1
xjqj
(245)
i xiqi
ncj=1
xjqj
(246)
e o parametro de interacao:
ij = exp(aijT
)(247)
Alem disso, lj = (z/2)(rjqj)(rj1) eo numero de coordenacao z = 10 (um valoremprico e razoavel para condicoes tpicas).
3 Matematica
Diferencial:
Se y = y(x), sua diferencial e:
dy =i
(y
xi
)xj 6=i
dxi (248)
Funcao homogenea de ordem m nasvariaveis x:
f(x,y) = mf(x,y) (249)
Teorema de Euler para funcoes ho-mogeneas de ordem m nas variaveis x:
mf(x,y) =i
xi
(f
xi
)xj 6=i,y
(250)
Identidade recproca:(y
x
)z
=1(xy
)z
(251)
Regra da cadeia:
(F
y
)x
=(F/z)x(y/z)x
=
(F
z
)x
(z
y
)x
(252)
15
Relacao triangular:
(x
y
)z
(y
z
)x
(z
x
)y
= 1 (253)
Teorema de reciprocidade de Maxwell:
Seja z = z(x, y). Entao:(2z
x y
)=
(2z
y x
)(254)
Uma consequencia desta relacao esta notopico a seguir.
Criterio de exatidao:
Se:
dz = Mdx+Ndy
Entao: (M
y
)x
=
(N
x
)y
(255)
Quando aplicados a`s relacoes fundamen-tais, este criterio da origem a`s relacoes deMaxwell.
Aproximacao de Stirling:
lnN ! =Nm=1
lnm (256)
Transformanda de Legendre:
Seja a funcao y = y(x) e sua inclinacaop = p(x). A transformada de Legendre dey e a funcao:
(p) = y px (257)
Generalizacao para multi-D:
(p) = y j
y
xjxj (258)
Jacobiana:
(f, g)
(x, y)(fx
)y
(fy
)x(
gx
)y
(gy
)x
==
(f
x
)y
(g
y
)x
(f
y
)x
(g
x
)y
(259)
Propriedades:
1) Transposicao: (f,g)(x,y) = (g,f)(x,y)2) Inversao: (f,g)(x,y) = 1/
(x,y)(f,g)
3) Regra da cadeia: (f,g)(x,y) =(f,g)(z,w)
(z,w)(x,y)
Consequencia importante:
(f
z
)g
=(f, g)
(z, g)=
(f,g)(x,y)
(z,g)(x,y)
(260)
Essa equacao e particularmente utilquando desejamos transformar uma deri-vada parcial, originalmente com variaveisindependentes z e g, em uma expressao comvariaveis independentes x e y.
Referencias
[1] HILL, T. L. An introduction to statis-tical thermodynamics. Addison-Wesley,1960.
[2] PRAUSNITZ, J.; ANDERSON, T.;GRENS, E.; ECKERT, C.; HSIED, R.;CONNEL, J. O. Computer calcula-tions for multicomponent vapor-liquidand liquid-liquid equilibria. PrenticeHall, 1980.
[3] TESTER, J. W.; MODELL, M. Ther-modynamics and its applications. 3. ed.Prentice Hall, 1997.
[4] PRAUSNITZ, J. M.; LICHTENTHA-LER, R. N.; DE AZEVEDO, E. G. Mo-lecular thermodynamics of fluid-phaseequilibria. 3. ed. Prentice Hall, 1999.
16
[5] SMITH, J.; NESS, H. V.; ABBOTT,M. Introduction to chemical enginee-ring thermodynamics. 7. ed. McGraw-Hill, 2004.
[6] MICHELSEN, M. L.; MOLLERUP,J. M. Thermodynamic models: Funda-mentals & computational aspects. 2. ed.Tie-Line Publications, 2007.
[7] ELLIOTT, J. R.; LIRA, C. T. Introduc-tory chemical engineering thermodyna-mics. 2. ed. Prentice Hall, 2012.
17