33
FACULDADE CATÓLICA SANTA TERESINHA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DE PESSOAS PABLO PHORLAN PEREIRA DE ARAÚJO INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO: UM ESTUDO PARA CONHECER A COLOCAÇÃO PROFISSIONAL DO EGRESSO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DA FACULDADE CATÓLICA SANTA TERESINHA ENTRE 2011 E 2013. CAICÓRN 2013

FACULDADE CATÓLICA SANTA TERESINHA PABLO …fcst.edu.br/site/wp-content/uploads/2015/04/artigo_pablo_phorlan... · curso no semestre de 2012.2 e percebem uma remuneração entre

  • Upload
    buidang

  • View
    215

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

FACULDADE CATÓLICA SANTA TERESINHA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DE PESSOAS

PABLO PHORLAN PEREIRA DE ARAÚJO

INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO: UM ESTUDO PARA CONHECER A

COLOCAÇÃO PROFISSIONAL DO EGRESSO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DA

FACULDADE CATÓLICA SANTA TERESINHA ENTRE 2011 E 2013.

CAICÓ–RN

2013

PABLO PHORLAN PEREIRA DE ARAÚJO

:

INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO: UM ESTUDO PARA CONHECER A

COLOCAÇÃO PROFISSIONAL DO EGRESSO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DA

FACULDADE CATÓLICA SANTA TERESINHA ENTRE 2011 E 2013.

Artigo Científico apresentado como requisito para a conclusão do Curso de Especialização em Gestão de Pessoas da Faculdade Católica Santa Teresinha. Orientadora: Esp. Virgínia Lucia Fonseca da Costa

Área: Gestão de Pessoas

CAICÓ–RN

2013

¹Graduado em administração pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. E-mail: [email protected]

INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO: UM ESTUDO PARA CONHECER A

COLOCAÇÃO PROFISSIONAL DO EGRESSO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DA

FACULDADE CATÓLICA SANTA TERESINHA ENTRE 2011 E 2013.

Pablo Phorlan Pereira de Araújo¹

RESUMO

A época atual requer que as pessoas optem por um processo contínuo de mudanças e adaptações em que profissionais procuram melhores posições na busca pela competitividade. Este artigo trata de um estudo cujo objetivo é conhecer a colocação profissional do egresso do curso de administração da Faculdade Católica Santa Teresinha entre 2011 e 2013 no mercado de trabalho. O estudo é relevante por proporcionar a abordagem de uma problemática envolvendo trabalho e formação profissional. Quanto aos métodos, classifica-se a pesquisa em descritiva-explicativa, do tipo levantamento (Survey). Procedeu-se a aplicação de questionário com 23 questões fechadas a 110 egressos do curso de administração mediante e-mail, obtendo-se um retorno de 33,6%. Os resultados apontaram o seguinte perfil: a maioria são mulheres, a idade predominante está entre 21 e 25 anos, são solteiros sem dependentes, residindo em municípios do Seridó e adjacências, concluíram o curso no semestre de 2012.2 e percebem uma remuneração entre 1 e 2 salários mínimos. A principal dificuldade em relação ao mercado de trabalho está em não possuir experiência na área de formação profissional e o principal desafio enfrentado está em adquirir experiência na área de formação. Quanto ao perfil das empresas, inferiu-se que em algumas não há um processo de recrutamento e seleção estruturado bem como o registro de alguns profissionais. As empresas também demonstraram através de seus colaboradores pouca preocupação com o crescimento profissional. Ao mesmo tempo, a partir de outros quesitos avaliados, estas empresas mostraram-se bem intencionadas quanto à qualificação dos seus colaboradores. Concluiu-se que, apesar da competitividade do mercado, os egressos do curso de administração encontram-se bem posicionados no mercado, com ocupações variando de gerencia ou chefia a posições operacionais. Palavras-chave: Mercado de trabalho. Egressos. Administração.

1 INTRODUÇÃO

Os jornais televisivos e escritos têm destacado a quantidade de postos de

trabalho disponíveis nas várias regiões brasileiras, este é um fato verídico. Em

contraste com esta realidade os jornais supracitados também evidenciam que não

existem profissionais qualificados em quantidade suficiente para ocupá-los.

3

Neste sentido, paralelamente ao surgimento de vagas em organizações

públicas e privadas, percebe-se que há uma corrida pela preparação profissional. É

em virtude desta necessidade que surgem instituições de ensino atuando na

construção e democratização do conhecimento, no desenvolvimento e qualificação

profissional. Esta é uma demanda que provisoriamente, a curto e médio prazo, não

esgotará face ao surgimento de novas tecnologias, da globalização, do mercado

extremamente competitivo e, por conseguinte da exigência de qualificação para

ocupar novos cargos.

Consoante com este raciocínio, as empresas trabalham para melhorar o

processo de absorção no mercado de trabalho sistematizando seus processos de

recrutamento e seleção de pessoal, dando maior consistência na captação e

manutenção dos talentos, pratica uma gestão de pessoas voltada para o

reconhecimento e valorização do colaborador.

Assim, tratando do assunto sob um ponto de vista das Instituições de Ensino

Superior (IES), estas também trabalham a contratação de talentos para compor seus

quadros acrescentando-se a isto o papel de formadoras de talentos para o mercado

de trabalho. É imprescindível esclarecer que não é papel das IES garantir emprego

aos seus egressos, mas sim promover o ambiente propício ao debate, a busca por

novos conhecimentos através do fazer científico, ou seja, o papel da IES é

desenvolver um processo de conscientização e preparação contínuo para

enfrentamento ao mercado de trabalho. Quanto mais os estudantes estiverem

conscientes sobre a realidade que encontrarão, mais preparados estarão para

enfrentá-la e maiores serão as chances de sucesso.

Deste modo, a compreensão da dinâmica do mercado de trabalho é

interessante sob variadas perspectivas: na perspectiva do profissional que está

procurando uma vaga; daqueles que já estão inseridos no mercado, porém

buscando ascensão; das pessoas que desejam qualificação ou profissionalização;

das organizações que realizam captação de profissionais no mercado para compor

seus quadros; das instituições que trabalham com formação de pessoas; e dos

profissionais de gestão por lidar cotidianamente com questões do mercado de

trabalho.

De todos estes casos citados, é de suma importância que se destaque os

dois últimos. Do ponto de vista das instituições que trabalham com formação, é

preciso compreender a dinâmica de mercado e medir os resultados da formação

4

profissional. Neste caso específico, um dos indicadores eficazes para medir

resultados é conhecer a colocação ou posicionamento dos egressos no mercado de

trabalho. Já do ponto de vista da gestão, os gestores precisam se atualizar no que

diz respeito às atuais práticas do mercado regional e global, especialmente na

gestão de pessoas.

Portanto, o presente estudo trata-se de uma pesquisa cujo objetivo central é

conhecer a colocação profissional do egresso do curso de administração da

Faculdade Católica Santa Teresinha entre 2011 e 2013, entendendo por colocação

profissional não só a entrada e permanência no mercado de trabalho ou ocupação

de um cargo, mas também alguns fatores que delineiam as condições de trabalho.

Neste sentido, é necessário identificar formas de acesso ao emprego, cargos

ocupados pelos egressos, como são remunerados, em que áreas eles atuam, se

lhes são oferecidas oportunidades de aperfeiçoamento, qualificação e progressão na

carreira, entre outros aspectos. Para que o objetivo central fosse alcançado, foi de

extrema relevância apontar as dificuldades e desafios dos egressos de

administração no mercado de trabalho, compreender as causas que determinaram o

posicionamento profissional do bacharel em administração no mercado de trabalho e

descrever o perfil socioeconômico dos egressos do curso de administração da

Faculdade Católica Santa Terezinha bem como o perfil das empresas que eles

atuam.

Diante do exposto, procura-se com esta pesquisa responder ao seguinte

questionamento: qual é a colocação profissional do egresso do curso de

administração da FCST entre 2011 e 2013 no mercado de trabalho?

Considera-se que a pesquisa é importante por poder observar que na região

do Seridó, sobretudo em Caicó-RN onde foi desenvolvida a pesquisa, boa parte das

atividades econômicas são comercias e de serviços com predominância de micro e

pequenas empresas, gerando uma demanda potencial por administradores. Sob a

ótica do autor o estudo é interessante por poder revelar onde estão e que cargos

estes profissionais exercem, tornando-se uma referência para saber o quanto à

profissão é reconhecida ou valorizada.

Para aumentar o grau de confiança das decisões frente às mudanças

contínuas é indispensável que as organizações obtenham informações concretas

sobre aquilo que querem decidir. Estas informações quase sempre se referem a

clientes, fornecedores, concorrentes, políticas governamentais, órgãos

5

fiscalizadores, entre outros. Há uma variedade de dados que a empresa precisa

gerenciar para melhorar seus resultados através do planejamento e mensuração.

Dentre os aspectos que precisam de uma maior atenção estão a satisfação das

pessoas, sejam elas clientes internos ou externos. Do ponto de vista de uma IES

privada, é importante saber sobre a colocação dos seus egressos no mercado uma

vez que eles são o foco de todas as atividades até então desenvolvidas pela

instituição. Com efeito, a medição deste indicador avalia a eficácia da instituição

quanto ao seu papel finalístico que é fornecer mão de obra qualificada. Neste caso

específico, fornecer profissionais qualificados para ocupar cargos gerenciais como

os de coordenação, de supervisão ou generalizando, de chefia e liderança.

Desta forma, com base no resultado aferido mediante pesquisa, a IES

privada pode redirecionar esforços para ampliar ou retificar seus resultados, o que

justifica a relevância empresarial deste estudo. Ele também é socialmente

importante, pois ações implantadas no futuro baseadas nos resultados da pesquisa

destinarão esforços para melhorar a formação e consequentemente a colocação dos

futuros egressos no mercado. Do ponto de vista científico a pesquisa é interessante

por trazer a realidade atual acerca dos egressos, pela representatividade e ecletismo

em termos amostrais do que no estudo realizado por Vasconcelos (2011) sob o tema

“Educação superior e mercado de trabalho: um estudo de caso acerca do egresso

do curso de administração da Faculdade Católica Santa Teresinha no Seridó norte-

rio-grandense”.

Destaca-se ainda algumas das pesquisas similares realizadas no Brasil

denotando um interesse cada vez maior dos pesquisadores nesta área de

conhecimento, tais como a de Saurin (2006), “Educação superior e mercado de

trabalho: um estudo dos egressos do curso de graduação em administração da

Unioeste de Cascavel – PR” de Leite e Carvalho (2007), cujo tema é “Colocação

profissional e inserção no mercado de trabalho dos administradores no Vale do

Ribeira” e de Zago, Souza e Bezerra (2007), “Competências profissionais do

administrador: uma análise comparativa entre a necessidade do mercado e a

formação dos administradores da Paraíba”.

Para finalizar coloca-se em evidencia a viabilidade do estudo, por tratar-se

de uma pesquisa realizada por pesquisador inserido dentro da realidade da IES, por

fazer parte do seu corpo docente, por estar próximo as informações e ainda pelo fato

da pesquisa não representar um investimento financeiro significativo.

6

2 DISCUSSÃO TEÓRICA

Neste capítulo foi realizada uma contextualização da pesquisa buscando

identificar e explorar os tópicos teóricos necessários a discussão proposta.

De acordo com Prodanov e Freitas (2013, p.131),

O pesquisador deve iniciar amplo levantamento das fontes teóricas (relatórios de pesquisa, livros, artigos científicos, monografias, dissertações e teses), com o objetivo de elaborar a contextualização da pesquisa e seu embasamento teórico, o qual fará parte do referencial da pesquisa na forma de uma revisão bibliográfica (ou da literatura), buscando identificar o “estado da arte” ou o alcance dessas fontes.

2.1 A Faculdade Católica Santa Teresinha

Como os profissionais pesquisados são egressos do curso de administração

da FCST, entende-se o dever de apresentá-la mesmo que de forma sucinta e

também trazer alguns dados relevantes do curso de administração desta IES

apresentados a seguir.

O curso de Administração oferecido pela Faculdade Católica Santa Teresinha tem como entidade mantenedora a Sociedade de Ensino Superior Madre Francisca Lechner – Caicó S/C LTDA, autorizado pela Portaria Ministerial nº 3.892/2004, publicada no Diário Oficial da União, em 26/11/2004. Funciona nas instalações do Educandário Santa Teresinha, escola de tradição na cidade de Caicó e no Estado do Rio Grande do Norte. A Faculdade Católica Santa Teresinha tem como missão contribuir para o desenvolvimento da Região do Seridó, formando no nível superior, cidadãos-profissionais íntegros, conscientes, comprometidos com o desenvolvimento da educação, ciência e cultura, na promoção de valores indispensáveis à vida e ao convívio humano-social. (PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO, 2010, p. 6).

A Faculdade Católica Santa Terezinha vem desenvolvendo excelentes

trabalhos na região do Seridó e adjacências, trata-se de uma instituição bem

conceituada entre os caicoenses, que tem deixado uma marca de qualidade e

credibilidade na formação dos seus profissionais.

Quanto ao curso de administração, o quadro 1 em seguida sintetiza bem

seus dados:

7

Quadro 1 - Principais dados do curso de administração da FCST 1 DADOS DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO: Documento de Autorização Portaria de Autorização do Curso de Administração nº 3.894, de

24 de novembro de 2004, publicado no DOU – 26/11/2004. Documento de Reconhecimento

Portaria de Reconhecimento do Curso de Administração Portaria nº 347 de 17 de março de 2009, publicada no DOU - 19/03/2009 - SEÇÃO 1 - PÁGINA 11

Documento de Renovação de Reconhecimento

AGUARDANDO PUBLICAÇÃO DA PORTARIA

Vagas autorizadas 100 (cem) vagas no turno vespertino - presencial 100 (cem) vagas no turno noturno - presencial

Título concedido Bacharel em Administração Coordenadora Profa. Esp. Virgínia Lúcia Fonseca da Costa

2 OBJETIVO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO: contribuir na formação de administradores preparados para enfrentar os desafios das rápidas transformações sociais, do mercado de trabalho e do exercício da profissão, através da transmissão, análise e questionamento que desenvolvam competências (saber agir), habilidades (saber fazer e saber conhecer) e atitudes (saber ser), favorecendo ao desenvolvimento das organizações e da sociedade.

3 PERFIL DO EGRESSO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO: a formação do profissional desenvolvida pelo curso de Administração observa as especificidades da sociedade brasileira e sua inserção no cenário internacional, e particularmente, as peculiaridades locais e regionais, de forma que o egresso tenha capacidade de reconhecer as múltiplas funções que o Administrador exerce na sociedade e possa desempenhar suas atividades. O Curso de Administração destina-se a formar Administradores preparados para enfrentar os desafios das rápidas transformações sociais, com uma sólida formação básica, humanística e cultural, e que sejam capazes de compreender todo o contexto da administração de modo integrado, sistêmico e estratégico, como também suas relações com o ambiente externo, através da transmissão, análise e questionamento que desenvolvam competências (saber agir), habilidades (saber fazer e saber conhecer) e atitudes (saber ser), favorecendo ao desenvolvimento das organizações e da sociedade. Fonte: Projeto pedagógico do curso de administração, 2010.

Recentemente o curso de administração da FCST obteve conceito 3 no

Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) 2012, demonstrando o

quanto o curso está comprometido com a qualidade da formação dos seus estudantes.

2.2 Conceitos e áreas de atuação da administração

Apresentadas as principais informações referentes a instituição de ensino e

ao curso de administração, é pertinente que se compreenda qual o papel da

administração nas organizações modernas. Nesta esteira de pensamento, salienta-

se uma passagem de Chiavenato (2003, p. 2) quando o mesmo afirma:

A administração nada mais é do que a condução racional das atividades de uma organização seja ela lucrativa ou não-lucrativa. A administração trata do planejamento, da organização (estruturação), da direção e do controle de todas as atividades diferenciadas pela divisão de trabalho que ocorram dentro de uma organização. Assim, a administração é imprescindível para

8

existência, sobrevivência e sucesso das organizações. Sem a administração, as organizações jamais teriam condições de existir e de crescer.

Complementando, as organizações só existem e crescem quando há na sua

direção pessoas preparadas, que sejam tecnicamente treinadas para exercer as

funções de planejar, organizar, dirigir e controlar os esforços das pessoas em busca

de um objetivo comum.

Maximiano (2000) ressalta uma visão mais abrangente da administração ao

afirmar que todas as pessoas necessitam da administração nas suas atividades

diárias. Algumas utilizam a administração em uma escala maior e outras com menor

amplitude. Assim, todas as pessoas estão constantemente decidindo sobre a

utilização de recursos, sejam estes recursos pessoais ou pertencentes a uma

organização. Compreende-se então a atividade administrativa como a base de

conhecimento necessária para um melhor emprego dos recursos e o alcance dos

objetivos de forma mais eficiente e eficaz.

Neste sentido, torna-se importante o papel do bacharel em administração

que ao passar pelo ensino superior prepara-se para oferecer seus serviços às

organizações. O egresso de administração recebeu todo o conhecimento da área de

administração acumulado durante séculos, espera-se que ele exerça esta atividade

melhor do que pessoas tecnicamente despreparadas.

Segundo pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Administração (CFA)

em 2011, as áreas de atuação mais demandadas para os administradores são as

seguintes:

As grandes áreas funcionais (Administração Geral, Financeira, Vendas e Recursos Humanos) atingiram 58,82% do total de respondentes em 2011, sendo possível afirmar tratar-se das áreas mais demandadas da Administração. A Administração Geral em 2011 manteve alto o índice de alocação de Administradores, embora o seu percentual tenha sido reduzido considerando a pesquisa de 2006. Interessante verificar que Recursos Humanos, que vinha decrescendo ano após ano, nesta pesquisa apresentou uma recuperação em relação à de 2006, passando de 6,73% para 9,46%. (MELLO; JÚNIOR; MATTAR, 2011, p. 37).

Há então um leque de opções para atuação que vão desde a administração

geral até as diferentes áreas funcionais.

9

2.3 Mercado de trabalho

O que mais ouve-se falar sobre o mercado de trabalho brasileiro é que as

vagas de trabalho existem mas não há profissionais qualificados para ocupar os

cargos disponíveis.

As estatísticas mostram que no Brasil a oferta de emprego é ampla e

paralelamente também é significante o total de pessoas despedidas. Outro aspecto

importante é que a maioria destas vagas são geradas por Micro e Pequenas

Empresas (MPE), ou seja, aquelas empresas cuja receita bruta anual não ultrapassa

2,4 milhões de reais e as empresas cujo limite da mesma receita está acima de 2,4

milhões até o limite de 16 milhões. De acordo com dados oficiais do Ministério do

Trabalho e Emprego (MTE) disponibilizados pelo Serviço de Apoio às Micro e

Pequenas Empresas (SEBRAE) agência de Caicó-RN, no mês de maio de 2013

foram gerados 72.028 empregos líquidos no Brasil, aqueles que resultam da

subtração entre o total de admissões e demissões no país.

Em maio deste ano, foram gerados 72.028 empregos formais celetistas, segundo dados do CAGED, disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Os pequenos negócios responderam pela criação líquida de 80.277 postos de trabalho, enquanto as MGE registraram extinção de 11.099. A Administração Pública, por sua vez, gerou apenas 2.850 novos postos de trabalho. (SERVIÇO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, 2013, p. 3, grifo do autor).

É mister esclarecer que o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados

(CAGED) é um sistema nacional pelo qual as empresas informam mensalmente seu

número de admissões e demissões. E as Médias e Grandes Empresas (MGE) são

aquelas cuja receita bruta anual está acima de 16 milhões de reais. Ainda de acordo

com dados fornecidos pelo MTE e disponibilizados pelo SEBRAE, comparando-se

com dados referentes a 2012, o mês de maio de 2013 representou um incremento

de 39.701 postos de trabalho a mais no Brasil.

Afunilando um pouco mais esta análise, percebe-se pelos dados

disponibilizados que o estado do Rio Grande do Norte gerou neste último mês de

maio 103 postos de trabalho líquidos, sendo distribuídos da seguinte forma: 84

postos criados por MPE, 18 por MGE e apenas um posto de trabalho gerado pela

Administração Pública. Vale frisar que os dados até agora apresentados são

relativos aos empregos formais, ou seja, aqueles que resultam da formalização da

10

relação de trabalho e são regidos por uma legislação específica, como por exemplo,

a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Acrescenta-se que em relação aos

dados do mesmo período do ano passado, o Rio Grande do Norte apresenta uma

retração acentuada, são 2781 postos criados em 2012 contra apenas 103 neste ano.

(SERVIÇO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, 2013).

É interessante frisar que a atividade empreendedora também é geradora de

empregos. Os trabalhadores empreendedores criam suas empresas motivados pela

insatisfação com as condições de trabalho em empregos anteriores, pela

necessidade de ser melhor remunerado, para ganhar autonomia e organizar o

trabalho, para deixar de ser empregado e ser patrão e ver a possibilidade de

aplicação do seu potencial inovador na empresa criada.

De acordo com Dornelas (2008, p. 12),

Um fato que chamou a atenção dos envolvidos com o movimento do empreendedorismo no mundo e, principalmente, no Brasil foi o resultado do primeiro relatório executivo do Global Entrepreneuship Monitor (GEM, 2000), onde o Brasil apareceu como o país que possuía a melhor relação entre o número de habitantes adultos que começam um novo negócio e o total dessa população: 1 em cada 8 adultos.

Percebe-se então que de maneira geral há um mercado propicio a inserção

profissional. No entanto, existem oscilações nas vagas de emprego em virtude do

movimento dinâmico do mercado que recebe múltiplas influencias.

2.3.1 Mercado de trabalho para o administrador

As perspectivas para os profissionais da administração também são

animadoras. Segundo pesquisas existe um ambiente de trabalho promissor para o

administrador com sobressalto em alguns setores.

A consultoria empresarial foi a principal indicação para contratação, talvez influenciada pelo alto percentual de empresas de micro e pequeno porte no conjunto nacional considerando todas as organizações. O setor de serviços deverá absorver significativo número de Administradores, notadamente nas seguintes áreas: hotelaria e turismo, lazer e entretenimento, saúde e instituições financeiras. A administração pública, indireta e direta, aparece como área que necessitará de Administradores para compor os seus quadros, o setor industrial aparece como forte indicação para a absorção de Administradores nos próximos cinco anos. (MELLO; JÚNIOR; MATTAR, 2011, p. 37).

11

Quanto a empregabilidade, a mesma pesquisa enfatiza que ouve um

incremento percentual das relações formais de emprego para os administradores.

Em 2006, apenas 67% dos pesquisados estavam formalizados enquanto que em

2011 este percentual cresceu para 78%.

2.4 Enfrentamentos ao mercado de trabalho

Pensando nas diversas variáveis que atuam sobre o mercado influenciando

entradas, permanências e saídas de profissionais, destacam-se algumas variáveis a

serem consideradas neste mercado extremamente dinâmico e competitivo.

2.4.1 Competências

Em virtude da competividade, as organizações empreendem esforços para

mudar continuamente. Nesta busca de melhoria contínua procuram por profissionais

que possam contribuir com a concretização da visão organizacional, pessoas

competentes e de alto desempenho, pois os processos e tecnologias são criados e

desenvolvidos pelo corpo profissional.

Segundo Maximiano (2000, p. 41), “as competências são as qualificações

que uma pessoa deve ter para ocupar um cargo e desempenha-lo eficazmente”. Ele

acrescenta que as competências gerenciais estão divididas em três categorias:

conhecimentos, habilidades e atitudes. O mesmo autor esclarece que “o

conhecimento é constituído por técnicas e informações que o gerente domina e que

são necessários ao desempenho do seu cargo”.

Além da competência para realizar o trabalho, ou seja, o conhecimento, as

empresas desejam profissionais com características proativas, inovadoras, bom

relacionamento interpessoal, objetividade e capacidade analítica para tomar as

decisões, conforme enfatiza Ferreira (2007, p. 23).

As transformações no mundo do trabalho acarretaram também mudanças no perfil exigido do profissional que vai enfrentar o mercado, um perfil extremamente idealizado e com um leque cada vez mais amplo de competências. Ele tem que ser um indivíduo proativo, dinâmico, com iniciativa e decisão, possuidor de capacidade empreendedora, ser criativo e ter capacidade de inovação para transformar a criatividade em resultados.

12

Analisando sob o ponto de vista das influências externas, as empresas são

pressionadas pela competitividade e passam a exigir de seus colaboradores

melhores desempenhos. Isto requer do trabalhador uma infinidade de habilidades

para se manter no emprego ou progredir para posições melhores. Dentre as

habilidades requeridas pelas organizações aos administradores, Chiavenato destaca

três delas:

a) HABILIDADES TÉCNICAS envolvem o uso de conhecimento especializado e facilidade na execução de técnicas relacionadas com o trabalho e com os procedimentos de realização. É o caso de habilidades em contabilidade, em programação de computador, engenharia etc.

b) HABILIDADES HUMANAS estão relacionadas com o trabalho com pessoas e referem-se à facilidade de relacionamento interpessoal e grupal. Envolvem a capacidade de comunicar, motivar, coordenar, liderar e resolver conflitos pessoais ou grupais.

c) HABILIDADES CONCEITUAIS envolvem a visão da organização ou da unidade organizacional como um todo, a facilidade em trabalhar com ideias e conceitos, teorias e abstrações. Um administrador com habilidades conceituais está apto a compreender as várias funções da organização, complementá-las entre si, como a organização se relaciona com seu ambiente, e como as mudanças em uma parte da organização afetam o restante dela. (KANZ apud CHIAVENATO, 2003, p. 3).

É notório que as exigências quanto as habilidades profissionais estão

ascendendo proporcionalmente ao grau de complexidade que as organizações

atingiram ao longo dos anos, os processos tecnológicos e de globalização também

foram importantes para que isto ocorresse. A história é a maior prova de que no

início do século XX o trabalho era predominantemente braçal, pouco se exigia do

intelecto dos trabalhadores.

Com relação às atitudes Maximiano (2000, p. 44) afirma que:

As atitudes são competências que permitem as pessoas interpretar e julgar a realidade e a si próprios. As atitudes formam a base das opiniões segundo as quais outras pessoas e os fatos, ideias e os objetos são vistos, interpretados e avaliados. As atitudes estão na base das doutrinas administrativas e da cultura organizacional.

Ainda discorrendo sobre o mesmo conceito, Chiavenato (2003) é um pouco

mais claro e direto quando afirma que a atitude é a maneira pessoal com que o

administrador age, sua forma de liderar, de coordenar os esforços, comunicar e

resolver problemas.

13

O mercado de trabalho, como foi explicitado anteriormente, caminha para

uma competitividade cada vez maior, já que o número de organizações cresce

vertiginosamente e de maneira idêntica também crescem a quantidade de pessoas

buscando se qualificar para atender as demandas do mercado organizacional.

Seguindo esta linha de raciocínio, em virtude desta alta competitividade no mercado

de trabalho aumentam as exigências empresariais no sentido de captar profissionais

com maior número e qualidade de atributos, ou seja, profissionais de competências

múltiplas.

2.4.2 Exigências e dificuldades na aplicação do conhecimento

Continuando, é preciso considerar que os profissionais egressos passam por

pressões normalmente sofridas pelos trabalhadores em geral e que a formação

acadêmica de nível superior faz com que aqueles profissionais sejam mais exigidos

do que outros, embora no início sejam vistos com certa desconfiança até que

demonstrem suas competências.

Além de tudo isto, existem dúvidas inquietantes nos egressos quanto a

aplicação do conhecimento obtido na graduação, ou seja, dificuldades em saber

aplicar a teoria no ambiente organizacional. Neste sentido, no Brasil é cada vez mais

comum o estabelecimento de programas e parcerias entre IES, empresas e governo

para aproximar o estudante de administração do ambiente empresarial, fazendo com

que ele se familiarize e depois de formado possa atuar com maior tranquilidade e

consequentemente melhor desempenho.

2.4.3 Recrutamento e seleção

Outro ponto pertinente dentro do contexto de enfrentamento ao mercado é

que as empresas estão aplicando maior rigor nos processos de recrutamento e

seleção de pessoal. Mas antes de falar sobre este rigor é necessário esclarecer os

conceitos relacionados a estes termos.

Segundo Marras (2000, p. 69) o “recrutamento de pessoal é uma atividade

de responsabilidade do sistema de Recursos Humanos que tem por finalidade a

captação de recursos humanos interna e externamente à organização objetivando

municiar o subsistema de seleção de pessoal”.

14

Na visão deste autor o recrutamento constitui um subsistema organizacional

inserido no sistema de recursos humanos responsável por fornecer recursos para

outro subsistema sequencial denominado de seleção de pessoal. Assim a seleção

depende do inter-relacionamento com o recrutamento. A eficácia do subsistema de

seleção depende da eficácia do subsistema recrutamento, eficácia pautada

geralmente em quantidade e qualidade.

Ainda discorrendo sobre recrutamento, Milkovich e Baudreau (2000, p. 162)

afirmam que o “recrutamento é o processo de identificação e atração de um grupo

de candidatos, entre os quais serão escolhidos alguns para posteriormente serem

contratados para o emprego”. Aqui se tem uma definição mais simples e objetiva do

significado deste termo.

Nas palavras de Chiavenato (2009, p. 172), “há um ditado popular que diz

que a seleção constitui a escolha do homem certo para o lugar certo. Em termos

tradicionais, a seleção busca entre os candidatos recrutados aqueles mais

adequados aos cargos existentes na empresa”.

Esclarecidos os termos, volta-se para a questão inicial. O maior rigor

aplicado ao processo de recrutamento e seleção contribui para que o profissional

seja excluído já na primeira etapa, ou seja, na etapa do recrutamento. Os anúncios

referentes a recrutamento tentam atingir a eficácia pela especificação do perfil de

candidato desejado, contendo: área de formação, experiência, perfil profissional,

atributos pessoas, entre outros.

Na seleção dos candidatos é cada vez mais notório este rigor traduzindo-se

pela ampliação das etapas de seleção, constando geralmente: análise de currículo,

entrevista, testes de conhecimento, dinâmicas, avaliações psicológicas, testes

físicos e etc.. Sobre isto, enfatiza-se um trecho em que Chiavenato afirma:

Toda vez que uma organização pretende incluir um executivo em seu quadro administrativo, os candidatos são submetidos a uma infinidade de testes e de entrevistas que procuram investigar em profundidade seus conhecimentos, habilidades e competências, suas atitudes e características de personalidade, seu passado profissional, sua formação escolar, seus antecedentes morais, seu sucesso ou fracasso em determinadas atividades, entre outros. (CHIAVENATO, 2003, p. 2).

Um processo de recrutamento e seleção deve garantir que o selecionado

possua o maior número de requisitos possíveis para o cargo. Para um resultado

15

eficaz é necessário o planejamento e sistematização do processo de acordo com o

perfil de cargo exigido.

2.4.4 Cargos e salários

.Chiavenato (2009) afirma que para “cargo” entende-se uma posição

ocupada por integrante da organização, como vendedor, supervisor, gerente. Ainda

Segundo Chiavenato (2009) o salário é a retribuição em dinheiro ou equivalente

paga pelo empregador ao empregado em função do cargo que este exerce e dos

serviços que presta durante determinado período de tempo. O sistema de

remuneração de uma empresa geralmente segue a hierarquia dos cargos existentes,

ou seja, quanto mais alto o cargo maior o salário.

Em pesquisa realizada no ano de 2011, o Conselho Federal de

Administração detectou alguns pontos que precisam ser melhor monitorados e

analisados no que diz respeito a cargos e salários.

Em 2011 [...] houve descrições de casos nas regiões Norte e Nordeste de Administradores submetidos à realização de atividades não compatíveis com o seu nível profissional, e outros que citaram o recebimento de salários com valores abaixo dos de outras categorias. São disfunções que necessitam ser corrigidas. (MELLO; JÚNIOR; MATTAR, 2011, p. 40).

A questão da incompatibilidade entre formação e função desempenhada

deve ser considerada como uma realidade que precisa ser estudada, analisada e

discutida entre organizações e representações profissionais, esta dificuldade é

comum em outras profissões, assim como também é identificável o recebimento de

salários com valores abaixo do esperado.

2.4.5 Avaliação do desempenho

Outro fator que merece atenção diz respeito às expectativas da organização

representada por seus diretores, gerentes e colaboradores em relação ao

desempenho do profissional ocupante de um cargo. A avaliação de desempenho é

uma ferramenta capaz de mensurar o desempenho do profissional. “A avaliação do

desempenho é uma apreciação sistemática do desempenho de cada pessoa no

cargo e o seu potencial de desenvolvimento futuro”. (CHIAVENATO, 2009, p. 247).

16

Marras classifica a avaliação do desempenho como um subsistema de

recursos humanos e a define como “um instrumento gerencial que permite ao

administrador mensurar os resultados obtidos por um empregado ou por um grupo,

em período e área específicos”. (MARRAS, 2000, p. 11).

A verdade é que as empresas investem nas pessoas e esperam um retorno

deste investimento, medido em parte pela avaliação do desempenho. Esta avaliação

formal do desempenho do trabalhador vem se consolidando gradativamente em

substituição a avaliação informal, aquela baseada apenas na observação sem um

instrumento de análise bem definido. O fato é que agora as pessoas estão sendo

melhor avaliadas nas empresas e isto denota que o profissional precisa também se

qualificar mais.

2.4.6 Carreira

Tão importante quanto o que já foi discutido anteriormente é a carreira

profissional. Pode-se visualiza-la de duas formas: a primeira gerida pelo próprio

profissional e a segunda como uma estratégia organizacional para atrair, reter e

motivar colaboradores.

Gerenciar a própria carreira requer foco e determinação. O profissional que

trabalha nesta perspectiva sabe muito bem onde quer chegar e que caminhos

poderá trilhar para realizar seu ideal. Traça planos e esforços necessários

geralmente divididos em um espaço de tempo. Uma ferramenta eficaz para

descrição das estratégias é o plano de carreira, que deve ser criado pelo

profissional. Chiavenato (2009, p. 270) afirma que “a capacidade de gerenciar a

própria vida profissional é hoje considerada uma competência adquirida e

necessária para todas as demais outras competências exigidas no mundo dos

negócios”.

Uma outra ótica que compreende a carreira profissional é a estruturação

pela organização de um plano de cargos e carreiras para seus colaboradores e

ainda a construção de ferramentas de apoio ao desenvolvimento do colaborador.

Com relação a este último caso, Chiavenato (2009, p. 271) esclarece que “as

empresas estão ajudando os funcionários a gerenciar sua própria carreira, criando

centros virtuais de desenvolvimento de carreira nos quais as pessoas aprendem as

17

técnicas que precisam para candidatar-se a uma posição atual ou futura na

organização”.

No caso do plano de cargos e carreiras, as pessoas trabalham sob uma

perspectiva de crescimento e desenvolvimento dentro da organização. A cada dia as

organizações se preocupam mais com planos de cargos e carreiras, pois veem

nesta ação uma estratégia para buscar e reter talentos.

O mais interessante nesta discussão sobre carreira é que se não houver

esse gerenciamento da carreira, seja ele do profissional ou da organização, há um

sério risco de acomodação das pessoas e consequentemente da organização

tornar-se estática. Ou ainda pode ocorrer a perda do capital intelectual da

organização para outras empresas mais competitivas.

3 METODOLOGIA

Os procedimentos metodológicos dizem respeito a como o trabalho foi

realizado, incluindo métodos e técnicas utilizados para seu desenvolvimento.

Para uma melhor compreensão acerca das informações exploradas neste

tópico, foi adotado um modelo metodológico essencialmente baseado em Gil (2002)

no livro “como elaborar um projeto de pesquisa” e Gil (2008) cujo título é “métodos e

técnicas de pesquisa social”. Busca-se neste tópico explanar os critérios adotados

para realização da pesquisa, elencando os quesitos necessários para que esta

possa ser qualificada como científica e proporcione a resolução do questionamento

proposto.

3.1 Tipo de pesquisa

Para delinear o tipo de pesquisa parte-se da questão central a responder

que é “conhecer a colocação do egresso do curso de administração da FCST entre

2011 e 2013 no mercado de trabalho. Compreendendo este objetivo que possui

outros desdobramentos, classificamos a pesquisa como descritiva-explicativa.

Segundo Gil (2008, p.28), “as pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a

descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o

estabelecimento de relações entre variáveis”. Como apresentado anteriormente, a

pesquisa tem como um dos seus objetivos descrever o perfil socioeconômico dos

18

egressos do curso de administração da FCST. Ainda de acordo com o mesmo autor,

as pesquisas explicativas são aquelas que têm como preocupação central identificar

os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos.

(GIL, 2008). Sendo assim, é também objetivo desta pesquisa compreender as

causas que determinam o posicionamento profissional dos egressos do curso de

administração no mercado de trabalho.

Segundo Gil (2002, p. 43), “o elemento mais importante para a identificação

de um delineamento é o procedimento adotado para a coleta de dados”. Tomando

por referência esta afirmativa, classifica-se a pesquisa quanto aos procedimentos

técnicos como sendo do tipo levantamento (Survey).

As pesquisas deste tipo caracterizam-se pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para, em seguida, mediante análise quantitativa, obterem-se as conclusões correspondentes aos dados coletados. [...] Na maioria dos levantamentos, não são pesquisados todos os integrantes da população estudada. Antes seleciona-se, mediante procedimentos estatísticos, uma amostra significativa de todo o universo, que é tomada como objeto de investigação. As conclusões obtidas com base nessa amostra são projetadas para a totalidade do universo. (GIL, 2002, p. 50-51).

3.2 População e amostra

De acordo com Gil (2008, p. 89), a “população é um conjunto definido de

elementos que possuem determinadas características”, ou seja, o universo da

pesquisa pode ser considerado como um conjunto de elementos com alguma

característica em comum. A amostra é um “subconjunto do universo ou da

população, por meio do qual se estabelecem ou se estimam as características desse

universo ou população”. (GIL, 2008, p. 90). Sendo assim, a amostra representa uma

parte definida da população da qual o pesquisador obterá as informações

pertinentes. Esclarecido isto, para a população ou universo desta pesquisa pode-se

considerar todos os egressos do curso de administração da FCST entre os anos de

2011 e 2013 totalizando 110 egressos.

A pesquisa buscou atingir todos os 110 egressos já formados pela

instituição. No entanto, em virtude de fatores não controláveis, como disponibilidade

de internet, interpretação equivocada dos e-mails, entre outros aspectos, obteve-se

19

apenas 37 respostas, ou seja, um percentual de respostas equivalente a 33,6% do

total pretendido. Pode-se classificar tal técnica amostral como probabilística aleatória

estratificada. Segundo Roesch (2005, p.139), “quando a população é muito grande,

torna-se mais econômico e mais rápido aplicar o princípio da amostra probabilística

a estratos desta população”. Os estratos representam uma parte da população

identificável por determinadas características.

3.3 Coleta dos dados

No que se refere a coleta dos dados, estes foram obtidos mediante um

questionário eletrônico com 23 questões fechadas, elaborado com base no modelo

desenvolvido por Saurin (2006), Leite e Carvalho (2009). Para Gil (2002), entende-

se por questionário um conjunto de questões que são respondidas pelo pesquisado.

O instrumento de coleta foi enviado no dia 02 de outubro de 2013 diretamente para o

e-mail dos egressos. Estes responderam entre os dias 02 e 15 de outubro de 2013.

3.4 Tratamento dos dados

Quanto a tabulação dos dados, Gil (2008) ressalta que tabular os dados é o

processo de agrupar e contar os casos que estão nas várias categorias de análise. A

tabulação da pesquisa ocorreu de forma automática através do Survey. O sistema

entrega todos os dados prontos, incluindo gráficos e percentuais.

A dimensão qualitativa da pesquisa foi analisada a partir do conteúdo,

buscando compreender os aspectos pertinentes à investigação e as variáveis

estudadas.

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Neste tópico, busca-se por meio da interpretação da pesquisa revelar seus

resultados, discutindo-os de forma a responder as questões essenciais da pesquisa.

20

4.1 Perfil socioeconômico do egresso

Através dos dados referentes ao perfil socioeconômico dos pesquisados,

pôde-se concluir que o egresso do curso de administração da Faculdade Católica

Santa Teresinha possui o seguinte perfil: a maioria está representada pelas

mulheres (69,4%), a idade predominante está entre 21 e 25 anos (54,1%), com

prevalência de solteiros (78,4%), sem filhos ou dependentes (89,2%), residindo em

diversos municípios da região de Seridó e adjacências, incluindo municípios do

estado da Paraíba como São Bento e Sumé. É interessante destacar que a maioria

respondente concluiu seu curso no semestre de 2012.2 (58,3%) e estão inseridos no

mercado de trabalho (80,6%). Em relação aos salários, a maioria dos egressos

percebem entre 1 e 2 salários mínimos (55,6%).

Uma rápida análise dos dados supramencionados direciona para alguns

pontos relevantes. O primeiro deles é que os egressos são jovens, cuja

representatividade maior é de mulheres. Isto explica a busca acentuada da mulher

por uma melhor qualificação e posição no mercado de trabalho apontando que,

neste caso, eles mostraram-se mais persistentes que os homens no processo de

formação. A solteirice e a não existência de dependentes proporciona,

principalmente para a mulher, maior tempo para se dedicar à formação profissional,

implicando em melhores resultados do ponto de vista acadêmico, ou seja, a

conclusão do curso. O segundo ponto é que o perfil mostrou-se bem eclético no que

se refere aos municípios em que os egressos residem, demonstrando que os

municípios circunvizinhos estão à procura de profissionais qualificados em virtude do

crescimento das atividades empresariais peculiares, seja indústria, comércio ou

serviço. O terceiro ponto parte da análise da empregabilidade, 80,6% dos egressos

estão empregados confirmando as estatísticas brasileiras, em que há vagas, mas

faltam profissionais qualificados. Por último destaca-se a remuneração, que neste

caso encontra-se aquém do esperado. Algumas pesquisas em diferentes regiões do

país apontam para este mesmo problema, indicando que este não é um problema

pontual, mas trata-se de uma realidade frequentemente identificada.

21

4.2 Colocação profissional do egresso

A seguir serão analisados os dados referentes a questão central da

pesquisa, ou seja, a colocação profissional do egresso do curso de administração da

FCST.

A primeira interrogação direcionada aos egressos foi para saber sobre como

tomaram conhecimento sobre a vaga de emprego. 87,5% da amostra afirmou ter

tomado conhecimento da vaga através de amigos ou conhecidos e que ingressaram

no atual emprego mediante indicação de outras pessoas, totalizando 50% dos

casos. Tal resultado mostra que algumas empresas possuem um processo de

seleção definido, enquanto que outras ainda trabalham um processo de seleção

informal, ou seja, ainda baseado nas indicações.

Quadro 2 – Acesso ao emprego

Como tomou conhecimento sobre a vaga de emprego? Rádio Carro de som TV Conhecidos 4,2% 0% 8,3% 87,5%

Como ingressou no emprego? Indicação Seleção Concurso

50% 30,8% 19,2% Fonte: Adaptado do SurveyMonkey

Outra questão pertinente foi indagar a respeito do trabalho buscando

identificar o egresso colaborador de empresa privada, servidor público, profissional

liberal e empresário. Após observação, percebeu-se que há uma predominância de

colaboradores de empresas privadas, representando 67,9% das respostas, seguido

pelos seguintes percentuais: 28,6% de servidores públicos e apenas 3,6% de

empresários. Estes resultados indicam que há uma prevalência de egressos nas

empresas privadas, este fato pode ser explicado pela existência de inúmeras

pequenas empresas comerciais e de serviços em Caicó e região, demandando

maior mão de obra e oferecendo como consequência maiores oportunidades de

emprego. É imprescindível destacar que a minoria representada pelos empresários

não traduz o perfil empreendedor do brasileiro, que a todo o momento busca

empreender por meio de novos negócios. Neste sentido, o resultado pode indicar

uma maior necessidade de desenvolver ou de dar ênfase às disciplinas de

empreendedorismo, buscando formar novos empreendedores de negócios.

22

Quadro 3 – Setor de atividade Com relação ao seu trabalho, em qual situação você se enquadra?

Colaborador de empresa privada Servidor público Profissional liberal Empresário(a) 67,9% 28,6% 0% 3,6%

Fonte: Adaptado do SurveyMonkey

Os profissionais contratados pelas empresas privadas também foram

questionados quanto a formalização da sua relação de emprego, ou seja, se

possuíam registro na carteira de trabalho. Em 75% dos casos eles responderam ter

registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), enquanto que os

demais ainda trabalham sem o devido registro. Diante de tais fatos, percebe-se o

quanto o empresariado ainda necessita conscientizar-se quanto às questões legais.

Registrar um colaborador representa um avanço para ambas as partes envolvidas,

no sentido de estabelecer de maneira formal direitos e deveres. Não registrar implica

numa série de transtornos posteriores ao desligamento do colaborador. É relevante

destacar que registrar ou não registrar um colaborador impacta diretamente na

imagem da empresa perante a sociedade, especialmente seus clientes, já que a

cada dia os consumidores desenvolvem um senso crítico em relação ao

comprometimento social das organizações. Não registrar também transmite a

empresa uma impressão de amadorismo, de esquecimento em relação aos direitos

do trabalhador.

Quadro 4 – Formalização da relação de emprego No caso de colaborador de empresa privada, possui registro na Carteira de Trabalho?

Sim Não 75% 25%

Fonte: Adaptado do SurveyMonkey

Questionados se exerciam cargo de gerência ou chefia no trabalho, os

respondentes afirmaram que não, chegando a 72,4% do total. A expressividade

deste número talvez se dê pelo fato de ainda predominar em Caicó e região uma

cultura empresarial familiar, em que os administradores do negócio ainda são os

proprietários ou parentes próximos. Outra possível resposta estaria no fato de parte

dos egressos estarem a pouco tempo no mercado de trabalho como bacharéis.

Sabe-se que a colocação profissional também depende de fatores como tempo e

prospecção do profissional.

23

Quadro 5 – Ocupação gerencial Você ocupa cargo/função de gerência ou chefia no seu trabalho?

Sim Não 27,6% 72,4%

Fonte: Adaptado do SurveyMonkey

Quanto ao registro no Conselho Regional de Administração (CRA), apenas

21,9% responderam possuir este registro. A falta de registro no Conselho pode ser

compreendida como uma consequência direta da não conscientização quanto a

importância de possuir o registro. Segundo o artigo 14 da Lei 4.769/65, “o exercício

da profissão do Administrador somente poderá ocorrer após o registro do bacharel

em Administração no CRA, ao qual será expedida a Carteira de Identidade

Profissional”. Assim, torna-se obrigatório o registro nos casos de exercício da

profissão.

Quadro 6 – Registro no Conselho Regional de Administração Possui registro no Conselho Regional de Administração?

Sim Não 21,9% 78,1%

Fonte: Adaptado do SurveyMonkey

Tão importante quanto a questão anterior foi perguntar se as organizações

em que trabalhavam ofereciam-lhes plano de cargos e salários. As respostas

caminharam para 64,4% no sentido de não possuir este plano. Percebe-se que falta

uma preocupação por parte das empresas em promover seus colaboradores por

meio destes planos. A perspectiva de ser promovido faz o colaborador traçar planos

para alcançar estas promoções, constituindo uma motivação para o melhor

desempenho. A seguir apresenta-se o quadro 7 que trata deste questionamento.

Quadro 7 – Plano de cargos e salários A organização que você trabalha, possui Plano de Cargos e Salários?

Sim Não 35,7% 64,3%

Fonte: Adaptado do SurveyMonkey

Uma outra pergunta relacionada a anterior foi saber se as empresas

ofereciam oportunidade de crescimento profissional. Os egressos responderam que

sim, correspondendo a 55,6%. Outra parte significativa da amostra, 44,4%,

24

responderam que não. Verifica-se então algumas deficiências quanto ao

crescimento profissional que precisam ser mais bem trabalhadas pelas empresas.

Quadro 8 – Oportunidade de crescimento profissional Existe oportunidade de crescimento profissional onde você trabalha?

Sim Não 55,6% 44,4%

Fonte: Adaptado do SurveyMonkey

Indagados para saber se possuíam acesso a treinamento e desenvolvimento

oferecidos pela empresa, eles responderam que sim, 60,7%. Pôde-se inferir que as

empresas de forma geral estão preocupadas com a qualificação profissional dos

seus colaboradores. As empresas que relegam a segundo plano o treinamento e

desenvolvimento sofrem com perdas de clientes e colaboradores devido a

mentalidade e métodos ficarem ultrapassados.

Quadro 9 – Treinamento e desenvolvimento Você tem acesso a treinamento e desenvolvimento oferecido pela organização?

Sim Não 60,7% 39,3%

Fonte: Adaptado do SurveyMonkey

Os egressos também foram perguntados sobre quais dificuldades

consideram para adentrar no mercado de trabalho. Do total, 31,3% respondeu que a

falta de experiência contribui para estas dificuldades. Já os outros 25% consideram

como dificuldade para ingressar no mercado a falta de postos de trabalho. A questão

da falta de experiência causa insegurança, pois o colaborador possui apenas uma

bagagem teórica, existindo um distanciamento entre a teoria e a prática. Com

relação a falta de postos de trabalho, esta pode ser uma realidade local ou

momentânea, particular de cada município. Os números mostram que a nível de

Brasil os postos de trabalho existem.

Quadro 10 – Dificuldade para ingressar no mercado de trabalho O que você considera como dificuldade para ingressar no mercado de trabalho?

Poucas vagas de emprego

Formação acadêmica não

compatível com o mercado

Não possuir contatos no

mercado de trabalho

A remuneração não condizente

com a formação

A falta de experiência na

área de Formação

25% 9,4% 15,6% 18,8% 31,3% Fonte: Adaptado do SurveyMonkey

25

O último questionamento está relacionado aos desafios do mercado de

trabalho. Desta forma, perguntou-se o que se considera como desafio para o

egresso do curso de administração. A maioria, 38,7% acha que o principal desafio

está em obter experiência na área de formação.

Quadro 11 – Desafio para o egresso

O que você considera como desafio para o egresso do curso de Administração?

Constituir uma ampla rede de contatos

Obter experiência na área

Saber aplicar as teorias no

cotidiano organizacional

Mostrar resultados positivos para a

organização 12,9% 38,7% 29% 19,4%

Fonte: Adaptado do SurveyMonkey

5 CONCLUSÕES

A dinâmica do mercado de trabalho brasileiro faz com exista uma oscilação

frequente nas vagas de emprego. A realidade mostra que este mercado para os

profissionais da administração está competitivo e ao mesmo tempo promissor.

De forma geral os egressos do curso de administração da FCST encontram-

se bem posicionados no mercado de trabalho, alguns ocupando cargos de gerencia

ou chefia e outros ocupando posições operacionais. Isto pode ser resultado tanto de

fatores incontroláveis, como as oscilações do mercado em termos de números e

tipos de vagas, como também de fatores perfeitamente controláveis, como o esforço

de cada um em busca de trabalho, ascensão profissional e a forma como encarou a

graduação, o comprometimento individual.

A principal dificuldade elencada pelos egressos em relação ao mercado de

trabalho está em não possuir experiência na área de formação profissional, isto

implica na necessidade de um maior investimento da FCST em buscar parcerias que

viabilizem uma maior inserção destes profissionais durante a graduação no mercado

de trabalho ou a criação/ampliação de mecanismos internos que permitam o contato

direto com as empresas.

Constatou-se ainda que um dos principais desafios enfrentados está

justamente relacionado a dificuldade anterior, ou seja, a falta de experiência

profissional. Este desafio consiste em obter experiência prática na área de formação.

Com relação ao perfil das empresas em que os egressos trabalham, inferiu-

se que em alguns casos existem deficiências latentes de recrutamento e seleção de

26

pessoal. Segundo os egressos houve uma seleção de pessoas baseada na

indicação, denotando que algumas destas empresas, na época, não possuíam um

processo de recrutamento e seleção de pessoal estruturado. Concluiu-se também

que a gestão de pessoas é inadequada em virtude de alguns colaboradores não

possuírem registro na CTPS. Outra deficiência percebida nas empresas foi a de que

algumas delas não estão investindo no crescimento profissional, ao mesmo tempo

estas empresas mostraram-se preocupadas no que se refere a qualificação dos

seus colaboradores conforme responderam os próprios egressos.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 4.769, de 9 de setembro de 1965. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4769.htm> acesso em: 26 nov 2013. CHIAVENATO, I. Introdução a teoria geral da administração. 7 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. CHIAVENATO, I. Recursos humanos: o capital humano das organizações. 9 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: Transformando ideias em negócios. 3. ed . Rio de Janeiro: Elsevier, 2008 FERREIRA, M. C. Fatores facilitadores e limitantes da inserção no mercado de trabalho: um estudo comparativo envolvendo profissionais e alunos de graduação de belo horizonte. Belo Horizonte: FUMEC, 2007. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do> Acesso em: 07 jul 2013. GIL, Antônio C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2008. GIL, Antônio C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002 LEITE, A. J. C; CARVALHO, J. V. D. Colocação profissional e inserção no mercado de trabalho dos administradores no Vale do Ribeira. Gestão em foco, Amparo, v. 1, 2009. Disponível em: <http://www.unifia.edu.br/projetorevista/edicoesanteriores/agosto09/artigos/gestao/colocacaoprofissional.pdf >. Acesso em: 03 jul 2013. MARRAS, J. P. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. 3. ed. São Paulo: Futura: 2000. MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à administração. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2000.

27

MELLO, S. L. D; JÚNIOR, J. S. D. M. M; MATTAR F. N. Pesquisa nacional: perfil, formação, atuação e oportunidades de trabalho do administrador. 5. ed. Brasília: CFA, 2011. Disponível em: <http://www2.cfa.org.br/premio-belmiro-siqueira/downloads/Pesquisa%20Perfil%202011-1.pdf>. Acesso em: 01 jul 2013. MILKOVICH, G; BOUDREAU, J. W. Administração de recursos humanos. Tradução: Reinaldo C. Marcondes. São Paulo: Atlas, 2000. NOVAES. F. D. S. O Mercado de trabalho em Vitória da Conquista - BA: portas abertas aos administradores?. In: XII Semana do Administrador de Vitória da Conquista. Vitória da Conquista: 2006. Disponível em: <http://periodicos.uesb.br/index.php/cadernosdeciencias/article/view/872/879>. Acesso em: 04 jul 2013. PRODANOV, C. C.; FREITAS, E. C. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas de pesquisa e do trabalho acadêmico. 2 ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013. Disponível em: <http://ead.ifrn.edu.br/moodle/course/view.php?id=2382>. Acesso em: 29 out. 2013. NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE. Projeto pedagógico do curso de administração. Caicó: FCST, 2010. SAURIN G. Educação superior e mercado de trabalho: um estudo dos egressos do curso de graduação em administração da Unioeste de cascavel – PR. Toledo: UEOP, 2006. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=25536>. Acesso em: 03 jul 2013. SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. Análise do emprego no Brasil.. UGE/NA, 2013. VASCONCELOS, L. R. M. D. Educação superior e mercado de trabalho: um estudo de caso acerca do egresso do curso de administração da Faculdade Católica santa Teresinha no Seridó norte-rio-grandense. Caicó: FCST, 2011. ZAGO, C. C; SOUZA, C. C. B. D; BEZERRA, L. A. M. L. Competências profissionais do administrador: uma análise comparativa entre a necessidade do mercado e a formação dos administradores da Paraíba. Revista Eletrônica de Gestão Organizacional, v. 5, n. 2, João Pessoa, 2007. Disponível em: <http://www.revista.ufpe.br/gestaoorg/index.php/gestao/article/viewFile/176/158>. Acesso em: 10 jul 2013.

APÊNDICE A – Questionário de pesquisa

O presente questionário objetiva colher dados para o trabalho de conclusão

em nível de especialização latu sensu em Gestão de Pessoas da Faculdade Católica

Santa Teresinha, discente Pablo Phorlan Pereira de Araújo cujo título é “Inserção no

28

mercado de trabalho: um estudo para conhecer a colocação profissional do egresso

do curso de administração da FCST entre 2011 e 2013”.

As questões abaixo foram adaptadas de Saurin (2006) e Leite e Carvalho

(2009).

QUESTIONÁRIO

GRUPO 1 - PERFIL SOCIOECONÔMICO DO EGRESSO

1- Gênero:

( ) Masculino

( ) Feminino

2- Idade:

( ) Até 20 anos

( ) De 21 a 25 anos

( ) De 26 a 30 anos

( ) De 31 a 35 anos

( ) De 36 a 40 anos

( ) Acima de 40 anos

3- Estado civil:

( ) Solteiro(a)

( ) Casado(a)

( ) Viúvo(a)

( ) Outro.

4- Dependentes:

( ) Um

( ) Dois ou mais

( ) Não possui dependentes

29

5- Onde reside?

Município/estado: ___________________________________

6- Semestre de conclusão do curso:

( ) 2011.2

( ) 2012.1

( ) 2012.2

( ) 2013.1

7- Atualmente você está empregado?

( ) Sim

( ) Não

8- Por qual motivo está desempregado? (somente para quem está

desempregado)

( ) Escassez de vagas de emprego

( ) Ainda não apareceu uma oportunidade adequada

( ) Por opção pessoal

( ) Outro. Qual?______________________________________

9- Há quanto tempo está desempregado? (somente para quem está

desempregado)

( ) Até 6 meses

( ) 7 meses a 1 ano

( ) Mais de 1 ano

10- Qual a sua remuneração mensal? (somente para quem está empregado)

( ) Até 1 salário mínimo

( ) Entre 1 e 2 salários mínimos

( ) Entre 2 e 3 salários mínimos

( ) Entre 3 e 4 salários mínimos

( ) Acima de 4 salários mínimos

30

GRUPO 2 - COLOCAÇÃO PROFISSIONAL DO EGRESSO

11- Possui mais de um emprego?

( ) Sim

( ) Não

12- Como tomou conhecimento sobre a vaga de emprego?

( ) Rádio

( ) Carro de som

( ) TV

( ) Internet

( ) Amigos ou conhecidos

( ) Outro. Especifique:____________________________________________

13- Como você ingressou no emprego?

( ) Através de Indicação

( ) Processo de seleção

( ) Concurso público

( ) Outra. Qual?__________________________________________________

14- Com relação ao seu trabalho, em qual situação você se enquadra:

( ) Colaborador de empresa privada

( ) Servidor público (aquele que é efetivo ou em comissão)

( ) Profissional liberal

( ) Empresário(a)

( ) Outro. Qual?__________________________________

15- No caso de colaborador de empresa privada, possui registro na carteira de

trabalho?

( ) Sim

( ) Não

31

16- Você ocupa cargo/função de chefia no seu trabalho?

( ) Sim

( ) Não

17 - Qual cargo/função você exerce?

______________________________________________________________

18- Possui registro no Conselho Regional de Administração?

( ) Sim

( ) Não

19- A organização que você trabalha possui plano de cargos e salários?

( ) Sim

( ) Não

20- Existe oportunidade de crescimento profissional onde você trabalha?

( ) Sim

( ) Não

21- Você tem acesso a treinamento e desenvolvimento oferecido pela

organização?

( ) Sim

( ) Não

22- O que você considera como dificuldade para ingressar no mercado de

trabalho?

( ) A oferta de emprego reduzida

( ) A formação acadêmica não compatível com às exigências do mercado

( ) Possuir contatos no mercado que favoreçam sua inserção

( ) A remuneração não condizente com o nível de formação

( ) A falta de experiência na área de formação

( ) Outra. Qual? ____________________________________________________

32

23- O que você considera como desafio para o egresso do curso de

administração?

( ) Constituir uma ampla rede de contatos

( ) Obter experiência na área

( ) Saber aplicar as teorias no cotidiano organizacional

( ) Mostrar resultados positivos para a organização

( ) Outro. Qual?_____________________________________________________