Fluidos - Estudo Com Base No Espiritismo

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    Marco Aurlio Leite da Silva

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    Fluidos

    ONDAS

    Primeiro tema abordado neste estudo, as ondas so assimdelineadas:

    Em seguida a esforos persistentes de muitos Espritos sbios,encarnados no mundo e patrocinando a evoluo, a inteligncia do sculo XXcompreende que a Terra um magneto de gigantescas propores, constitudo deforas atmicas condicionadas e cercado por essas mesmas foras em

    combinaes multiformes, compondo o chamado campo eletromagntico em queo Planeta, no ritmo de seus prprios movimentos, se tipifica na ImensidadeCsmica.

    Nesse reino de energias, em que a matria concentrada estrutura oGlobo de nossa moradia e em que a matria em expanso lhe forma o climapeculiar, a vida desenvolve agitao.

    E toda agitao produz ondas.(Mecanismos da Mediunidade - Andr Luiz Pg. 19)

    Importante destacar: a vida desenvolve agitao e toda agitaoproduz ondas.

    Da cincia ortodoxa, temos:

    Podemos classificar como uma onda, qualquer perturbao ouvibrao em um meio especfico. As ondas produzem diversos movimentos, j queelas so formas de transmisso de energia (mecnica ou eletromagntica), comopor exemplo, o movimento que ocorre quando lanamos uma pedra dentro de um

    rio. (http://www.mundoeducacao.com.br/fisica/ondulatoria.htm)

    A onda no capaz de se originar sozinha, visto que ela apenasfaz a transferncia de energia cintica de uma fonte. Portanto, fonte o objeto oumeio capaz de criar uma onda.

    (http://www.mundoeducacao.com.br/fisica/ondulatoria.htm)

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    CONCEITUAO DE ONDA

    Uma onda uma agitao ou perturbao de um meio, decorrenteda transmisso de energia. H uma fonte de energia que, agitando omeio, propaga essa energia atravs das ondas.

    Fica evidente que a onda o resultado da propagao de energiaem um meio.

    Retornando a Andr Luiz, temos:

    Que , no entanto, uma onda? falta de terminologia mais clara, diremos que uma onda

    determinada forma de ressurreio da energia, por intermdio do elementoparticular que a veicula ou estabelece.

    (Mecanismos da Mediunidade - Andr Luiz Pg. 20)

    No conceito de Andr Luiz acham-se os elementos gerais daconceituao ortodoxa, ainda que sob linguajar potico. A ressurreio da energiaindica que a eficcia da fonte de energia atinge outros pontos do espao emdecorrncia de sua propagao. A energia veiculada pela fonte e, propagando-se, age mais adiante, onde revive.

    MICROCOSMO

    Como h sempre uma fonte de energia que estabelece a agitaodo meio, Andr Luiz informa que a fonte primordial das agitaes que sepropagam no espao so os tomos e as partculas subatmicas:

    Partindo de semelhante princpio, entenderemos que a fonteprimordial de qualquer irradiao o tomo ou partes dele em agitao,despedindo raios ou ondas que se articulam, de acordo com as oscilaes queemite.

    (Mecanismos da Mediunidade - Andr Luiz Pg. 20)

    As ondas propagadas pelas partculas atmicas e subatmicastomaram grande parte do interesse dos cientistas em geral. Uma importante ciso

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    ocorreu quanto, em seus estudos, Einstein concluiu que a luz tem em suaconstituio partculas que designou ftons. Nas anlises matemticas, Einsteinno conseguiu harmonizar a propagao da luz velocidade de 300.000quilmetros por segundo com um meio capacitado a tal agitao. Por isso adotoua idia decampo. No h meio, conquanto haja ondas. H agitao se propagandomas, por abstrao, essas agitaes existem por si mesmas. O meio depropagao da luz e das ondas eletromagnticas em geral at ento era o ter.O conceito de campo afastou a idia de ter, substituindo-a simplesmente pelonada (!!!).

    [...] entretanto, o meio sutil em que os sistemas atmicos oscilamno pode ser equacionado com os nossos conhecimentos. At agora, temosnomeado esse terreno indefinvel, como sendo o ter; contudo, Einstein,quando buscou imaginar-lhe as propriedades indispensveis para poder transmitirondas caractersticas de bilhes de oscilaes, com a velocidade de 300.000quilmetros por segundo, no conseguiu acomodar as necessrias grandezasmatemticas numa frmula, porquanto as qualidades de que essa matria deviaestar revestida no so combinveis, e concluiu que ela no existe, propondoabolir-se o conceito de ter, substituindo-o pelo conceito de campo.

    Campo, desse modo, passou a designar o espao dominado pelainfluncia de uma partcula de massa.

    (Mecanismos da Mediunidade - Andr Luiz Pg. 36)

    O TER

    Permanece inevitavelmente sem explicao a questo da agitaoque se propaga sobre o nada. Nada, ainda mais do ponto de vista da cinciaortodoxa, s pode ser entendido como a ausncia absoluta de tudo; comoentender um movimento ondulatrio que se propaga e, ao mesmo tempo, a ondaem si que, para existir, deveria ser a resultante do meio que se agita?

    A proposio de Einstein, no entanto, no resolve o problema,porque a indagao quanto matria de base para o campocontinua desafiando oraciocnio, motivo pelo qual, escrevendo da esfera extrafsica, na tentativa deanalisar, mais acuradamente, o fenmeno da transmisso medinica, definiremoso meio sutil em que o Universo se equilibra como sendo o Fluido Csmico ouHlito Divino, a fora para ns inabordvel que sustenta a Criao.

    (Mecanismos da Mediunidade - Andr Luiz Pg. 37)

    Um esforo em busca de uma uniformizao ao menos dasconcepes fundamentais nos leva proposio de que o fluido universal

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    (denominado fluido csmico universal em A Gnese, de Kardec), merece mesmose tido conta do campo de eficcia da fonte primordial que emana do Criador, ouseja, o todo universal, infinito, veiculado pelo Verbo Divino por ser a expresso deSua Vontade.

    [...] definiremos o meio sutil em que o Universo se equilibra comosendo o Fluido Csmico ou Hlito Divino, a fora para ns inabordvel quesustenta a Criao.

    (Mecanismos da Mediunidade - Andr Luiz Pg. 37)

    No se trata de mera acomodao terminolgica. Da advm umarelevante conseqncia. Passa a ser conveniente interpretar e raciocinar sobre osfluidos como campos de atuao de uma fonte de energia que se manifestaatravs de ondas.

    No precisamos nos preocupar em abandonar o termo ter ouetrico. Afinal, so conceitos que nos tocam a capacidade de concepo dosfenmenos de modo muito mais credvel do que uma abstrao que leva em contao conceito de nada.

    Da Teosofia obtemos conceitos anlogos.

    A Natureza Raiz a fonte das propriedades sutis e invisveis damatria visvel; a Alma do Esprito nico e Infinito. Os hindus a chamamde Mulaprakriti e consideram-na a base de todos os fenmenos fsicos, psquicose mentais. o princpio de onde irradia o Akasha.

    (Sntese da Doutrina Secreta Ed. Pensamento pg. 34 - grifei)

    CONCEITO DE FLUIDO

    Fluidos so irradiaes de energia que se propagam a partir deuma fonte que imprime no meio etrico a correspondente agitao ondulatria.

    O fluido universal no uma emanao do Criador, mas deleadvm pelo exerccio de Sua Vontade (fonte de energia), que imprime no todouniversal as agitaes que se propagam para os fins a que se destinam, noconcerto da Grande Obra, que assim se irradia eternidade e por todo o infinito.

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    I. Ser o fluido universal uma emanao da divindade?"No."

    II. Ser uma criao da divindade?"Tudo criado, exceto Deus."III. O fluido universal ser ao mesmo tempo o elemento universal?"Sim, o princpio elementar de todas as coisas."(O Livro dos Mdiuns pg. 92)

    DIFERENCIAO DOS FLUIDOS

    As modificaes do fluido universal ficam, assim, mais fceis decompreender. O meio etrico em que se propagam as ondas agitam-se emconformidade com parmetros bsicos como o comprimento deonda, amplitude, perodo e freqncia. O mesmo meio etrico, quando submetidoa uma agitao com uma dada freqncia no ter as mesmas propriedadesquando submetido a uma freqncia diferente. Freqncia e perodo sograndezas inversamente proporcionais, de onde se tira que os fluidos mais densosso os de freqncia menor porquanto ostentam perodos maiores.

    No estado de eterizao, o fluido csmico no uniforme; semdeixar de ser etreo, sofre modificaes to variadas em gnero e maisnumerosas talvez do que no estado de matria tangvel. Essas modificaesconstituem fluidos distintos que, embora procedentes do mesmo princpio, sodotados de propriedades especiais e do lugar aos fenmenos peculiares aomundo invisvel.

    (A Gnese pg. 274)

    Assim tambm se exprime a diferenciao do fluido fundamental naseara teosfica:

    A substncia Primordial em sua latncia pr-csmica no passaraainda objetividade diferenciada nem sequer para converter-se no Protilo invisvelda cincia. Quando soa a hora, ele recebe a impresso Fohtica do PensamentoDivino (o Logos, Alaya, aspecto masculino da Anima Mundi). Ento a substnciase diferencia e os Trs se convertem em Quatro. Esta a origem da Trindade e doMistrio da Imaculada Conceio. Isto conduz a uma concepo possvel daDeidade, a qual como Unidade Absoluta tem que permanecer incompreensvelpara as inteligncias finitas. A Deidade, sendo Absoluta, tem que ser onipresente;da no existir um s tomo que no a contenha.

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    (Sntese da Doutrina Secreta Ed. Pensamento pg. 38 - grifei)

    Obs: FOHAT A Ideao Csmica necessita de uma base fsicapara concentrar um Raio da Mente Universal, pelo que a manifestao incidesobre o substrato da Substncia Csmica. Da a dualidade Esprito Matria. Oelemento que une o esprito matria o Fohat, a energia dinmica da IdeaoCsmica. No aspecto da conscincia, o Fohat o liame inteligente entre oPensamento Divino e o pensamento manifestado nos Dhyan Chohans (AltaEspiritualidade).

    Consoante a Codificao Esprita:

    Os fluidos espirituais, que constituem um dos estados do fluidocsmico universal, so, a bem dizer, a atmosfera dos seres espirituais; o elementodonde eles tiram os materiais sobre que operam; o meio onde ocorrem osfenmenos especiais, perceptveis viso e audio do Esprito, mas queescapam aos sentidos carnais, impressionveis somente matria tangvel; omeio onde se forma a luz peculiar ao mundo espiritual, diferente, pela causa epelos efeitos da luz ordinria; finalmente, o veculo do pensamento, como o ar o do som.

    (A Gnese pg. 281 grifei)

    O meio etrico circundante reage prontamente ao pensamento e vontade dos Espritos. Os fluidos mudam sua cor, densidade, subdividem-se,reaglomeram-se. Mas no percamos de vista que os fluidos so irradiaes nomeio etrico, de modo que essas irradiaes podem vibrar nos mais variadospatamares, gerando luzes, sons, odores, tanto quanto podem condensar o meioat mesmo a tangibilidade fsica.

    Basta que o Esprito pense uma coisa, para que esta se produza,como basta que modele uma ria, para que esta repercuta na atmosfera.

    (A Gnese pg. 282 grifei)

    assim, por exemplo, que um Esprito se faz visvel a umencarnado que possua a vista psquica, sob as aparncias que tinha quando vivona poca em que o segundo o conheceu, embora haja ele tido, depois dessapoca, muitas encarnaes.Apresenta-se com o vesturio, os sinais exteriores -enfermidades, cicatrizes, membros amputados, etc. - que tinha ento. Umdecapitado se apresentar sem a cabea. No quer isso dizer que hajaconservado essas aparncias, certo que no, porquanto, como Esprito, ele no coxo, nem maneta, nem zarolho, nem decapitado; o que se d que,

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    retrocedendo o seu pensamento poca em que tinha tais defeitos, seu perispritolhes toma instantaneamente as aparncias, que deixam de existir logo que omesmo pensamento cessa de agir naquele sentido. Se, pois, de uma vez ele foinegro e branco de outra, apresentar-se- como branco ou negro, conforme aencarnao a que se refira a sua evocao e que se transporte o seupensamento.

    (A Gnese pg. 282 grifei)

    Importante notar que, como o Esprito tem um perisprito fludico,tudo o que for modelado no meio etrico ter para ele plena existncia objetiva eno apenas uma forma sem substncia.

    Por anlogo efeito, o pensamento do Esprito cria fluidicamente osobjetos que ele esteja habituado a usar. Um avarento manusear ouro, um militartrar suas armas e seu uniforme, um fumante o seu cachimbo, um lavrador a suacharrua e seus bois, uma mulher velha a sua roca. Para o Esprito, que , tambmele, fludico, esses objetos fluidicos so to reais, como o eram, no estadomaterial, para o homem vivo; mas, pela razo de serem criaes do pensamento,a existncia deles to fugitiva quanto a deste.

    (A Gnese pg. 282 grifei)

    Essa capacidade de plasmagem e modelagem fludica comumente denominada ideoplastia. A ideoplastia traz tona uma verdade a queo homem comum no est habituado: nada mais ilusrio do que a privacidadede um pensamento.

    H mais: criando imagens fludicas, o pensamento se reflete noenvoltrio perispirtico, como num espelho; toma nele corpo e a de certo modo sefotografa. Tenha um homem, por exemplo, a idia de matar a outro: embora ocorpo material se lhe conserve impassvel, seu corpo fludico posto em aopelo pensamento e reproduz todos os matizes deste ltimo; executa fluidicamenteo gesto, o ato que intentou praticar. O pensamento cria a imagem da vtima e acena inteira pintada, como num quadro, tal qual se lhe desenrola no esprito.

    Desse modo que os mais secretos movimentos da almarepercutem no envoltrio fludico; que uma alma pode ler noutra alma como numlivro e ver o que no perceptvel aos olhos do corpo. Contudo, vendo a inteno,pode ela pressentir a execuo do ato que lhe ser a consequncia, mas nopode determinar o instante em que o mesmo ato ser executado, nem lheassinalar os pormenores, nem, ainda, afirmar que ele se d, porque circunstnciasulteriores podero modificar os planos assentados e mudar as disposies. Eleno pode ver o que ainda no esteja no pensamento do outro; o que v a

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    preocupao habitual do indivduo, seus desejos, seus projetos, seus desgniosbons ou maus.

    (A Gnese pg. 283 grifei)

    Como j observado mais de uma vez, o fluido uma irradiao nomeio etrico. Isso muito relevante porque, paralelamente a tudo o que j foi dito,os fluidos tocam-se tambm de propriedades correlatas qualidade dopensamento que o imprime. Um fluido um fluido. matria. Ainda que etrica, matria. Mas uma forma de matria que absorve vibrao por vibrao opensamento modelador, tomando-lhe os efeitos diretos de suas caractersticasboas ou ruins.

    O pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais,como o dos desencarnados, e se transmite de Esprito a Esprito pelas mesmasvias e, conforme seja bom ou mau, saneia ou vicia os fluidos ambientes.

    Desde que estes se modificam pela projeo dos pensamentos doEsprito, seu invlucro perispirtico, que parte constituinte do seu ser e querecebe de modo direto e permanente a impresso de seus pensamentos, h de,ainda mais, guardar a de suas qualidades boas ou ms. Os fluidos viciados peloseflvios dos maus Espritos podem depurar-se pelo afastamento destes, cujosperispritos, porm, sero sempre os mesmos, enquanto o Esprito no semodificar por si prprio.

    Sendo o perisprito dos encarnados de natureza idntica dosfluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma esponja se embebede um lquido. Esses fluidos exercem sobre o perisprito uma ao tanto maisdireta, quanto, por sua expanso e sua irradiao, o perisprito com eles seconfunde.

    (A Gnese pg. 285 grifei)

    Ainda mais importante, a ao dos fluidos modelados pelopensamento ruim atingem o prprio corpo fsico.

    Atuando esses fluidos sobre o perisprito, este, a seu turno,reagesobre o organismo material com que se acha em contacto molecular. Se oseflvios so de boa natureza, o corpo ressente uma impresso salutar; se somaus, a impresso penosa. Se so permanentes e enrgicos, os eflvios mauspodem ocasionar desordens fsicas; no outra a causa de certas enfermidades.

    Os meios onde superabundam os maus Espritos so, pois,impregnados de maus fluidos que o encarnado absorve pelos poros perispirticos,como absorve pelos poros do corpo os miasmas pestilenciais.

    (A Gnese pgs. 285/286 grifei)

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    MODELAGEM DE FLUIDOS

    Referindo-se aos objetos existentes com Espritos na erraticidade,Kardec abordou diretamente a questo da modelagem dos fluidos.

    4. Seria um desdobramento da matria inerte? Haveria no mundoinvisvel uma matria essencial que revestiria as formas dos objetos que vemos?Numa palavra, esses objetos teriam o seu duplo etreo no mundo invisvel, comoos homens so ali representados pelos Espritos?

    No assim que isso se d. O Esprito dispe, sobre oselementos materiais dispersos por todo o espao da vossa atmosfera, de umpoder que estais longe de suspeitar. Ele pode concentrar esses elementos pelasua vontade e dar-lhe a forma aparente que convenha s suas intenes.

    (O Livro dos Mdiuns pg. 85 - grifei)

    A interao entre o Esprito e os fluidos pode atingir nveiselevados de realizao. Um objeto moldado em fluidos ter praticamente todas ascaractersticas de um objeto material, inclusive quanto cor, odor, tangibilidade,sabor e at mesmo outros efeitos.

    11. Suponhamos que ele quisesse fazer uma substncia venenosaque uma pessoa a tomasse. Ficaria envenenada?

    O Esprito poderia faz-la, mas no a faria porque isso no lhe permitido.

    12. Poderia fazer uma substncia salutar, apropriada cura deuma doena, e isso j aconteceu?

    Sim, muitas vezes.13. Poderia ento, da mesma maneira, fazer uma substncia aliar?

    Suponhamos que fizesse uma fruta ou uma iguaria qualquer. Algum poderiacom-la e sentir-se saciado?

    Sim, sim. Mas no procures tanto para achar o que to fcil decompreender. Basta um raio de sol para tornar perceptveis aos vossos rgosgrosseiros as partculas materiais que enchem o espao no meio do qual vives.No sabes que o ar contm vapor d'gua? Condensa-os e voltaro ao estadonormal. Priva-os de calor e vers que essas molculas impalpveis e invisveis setransformam num corpo slido e bem slido. Assim muitas outras substncias deque os qumicos ainda tiraro maravilhas mais espantosas. Mas acontece que oEsprito possui instrumentos mais perfeitos que os vossos: a vontade e apermisso de Deus.

    (O Livro dos Mdiuns pg. 85 - grifei)

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    Outro aspecto muito importante a se abordar que o Esprito

    modela fluidos por ao de sua vontade mesmo que no saiba que assim que ascoisas acontecem. O Esprito traz em si condicionado pelos evos de progresso osmecanismos de atuao no meio fludico.

    15. Todos os Espritos tm no mesmo grau o poder de produziaobjetos tangveis?

    O certo que o Esprito, quanto mais elevado, mais facilmente oconsegue, mas isso tambm depende das circunstncias: os Espritos inferiorespodem ter esse poder.

    16. O Esprito tem sempre conscincia da maneira pela qualproduz as suas roupas ou os objetos que torna aparentes?

    No. Muitas vezes ajuda a form-los por uma ao instintiva,que ele mesmo no compreende, se no estiver suficientemente esclarecida paraisso.

    (O Livro dos Mdiuns pg. 87 - grifei)

    o prprio Kardec quem nos oferece um resumo precioso acercada interao dos Espritos com os fluidos circundantes.

    A teoria acima pode ser resumida assim: o Esprito age sobre amatria; tira da matria csmica universal os elementos necessrios para formar,como quiser, objetos com a aparncia dos diversos corpos da Terra. Podetambm operar, pela vontade, sobre a matria elementar, uma transformaontima que lhe d certas propriedades. Essa faculdade inerente natureza doEsprito, que a exerce muitas vezes de maneira instintiva e, portanto, sem operceber, quando se faz necessrio. Os objetos formados pelo Esprito so deexistncia passageira, que depende da sua vontade ou da necessidade: ele podefaz-los e desfaz-los a seu bel-prazer. Esses objetos podem, em certos casos,parecer para os vivos perfeitamente reais, tornando-se momentaneamente visveis

    e mesmo tangveis. Trata-se de formao e no de criao, pois o Esprito nopode tirar nada do nada.A existncia de uma matria elementar nica hoje quase

    geralmente admitida pela cincia e os Espritos a confirmam, como acabamos dever. Essa matria d origem a todos os corpos da Natureza. As suastransformaes determinam as diversas propriedades os corpos. assim que umasubstncia salutar pode tornar-se venenosa por uma simples modificao. [...]

    Desde que o Esprito, atravs apenas da sua vontade, pode agirto decisivamente sobre a matria elementar, compreende-se que possa formar

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    substncias e at mesmo desnaturar as suas propriedade, usando a prpriavontade como reativo.

    (O Livro dos Mdiuns pg. 87 - grifei)

    GUA MAGNETIZADA

    A ao dos Espritos sobre os fluidos em geral permitecompreender que, seja o Esprito por si s, seja com o concurso de umencarnado, plenamente possvel acumular fluido magntico na gua de umrecipiente. Os fluido magntico atuar nas propriedades da gua, podendopotencializ-la com efeitos benficos.

    O encarnado, dentro de certos limites, poder fazer o mesmo aindaque sem a ajuda de um Esprito. Obviamente a vontade de assim proceder deveser mais intensa, exigindo maior concentrao.

    Esta teoria nos d a soluo de um problema do magnetismo, bemconhecido mas at hoje inexplicado, que o fato da modificao das propriedadesda gua pela vontade. O Esprito agente o do magnetizador, na maioria dasvezes assistido por um Esprito desencarnado. Ele opera uma transmutao pormeio do fluido magntico que, como j dissemos, a substncia que mais seaproxima da matria csmica ou elemento universal. E se ele pode produziruma modificao nas propriedades da gua, pode igualmente faze-lo no tocanteaos fluidos orgnicos, do que resulta o efeito curativo da aomagntica convenientemente dirigida.

    (O Livro dos Mdiuns pg. 88 - grifei)

    CORPSCULOS MENTAIS

    A atuao do pensamento acha-se bem destacada no seguintetrecho:

    Como alicerce vivo de todas as realizaes nos planos fsico eextrafsico, encontramos o pensamento por agente essencial. Entretanto, ele ainda matria, a matria mental, em que as leis de formao das cargas magnticasou dos sistemas atmicos prevalecem sob novo sentido, compondo o maravilhosomar de energia sutil em que todos nos achamos submersos e no qualsurpreendemos elementos que transcendem o sistema peridico dos elementosqumicos conhecidos no mundo.

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    (Mecanismos da Mediunidade - Andr Luiz Pg. 39 grifei)

    O fluido que circunda cada ser humano, por ser o meio etrico emque se agitam as vibraes decorrentes de seu pensamento, terminam compondoum halo que o envolve na exata medida das propriedades desse pensamento freqncia, cor e demais parmetros ondulatrios.

    Assim que o halo vital ou aura de cada criatura permanece tecidode correntes atmicas sutis dos pensamentos que lhe so prprios ou habituais,dentro de normas que correspondem lei dos quanta de energia e aos princpiosda mecnica ondulatria, que lhes imprimem freqncia e cor peculiares.

    Essas foras, em constantes movimentos sincrnicos ou estado deagitao pelos impulsos da vontade, estabelecem para cada pessoa uma ondamental prpria.

    (Mecanismos da Mediunidade - Andr Luiz Pg. 40 grifei)

    A faixa de freqncia em que vibram os pensamentos das pessoasem geral terminam fixando um padro em que o fluido assim modelado imprimeformas naquilo que chamado vulgarmentematria mental, como apontado notexto de Andr Luiz.

    O mesmo Esprito, no entanto, refere-se ao padro depensamentos de uma pessoa como uma onda mental prpria. a aplicao dadualidade matria-onda estudada pela fsica quntica na conhecida proposio deDe Bloglie, como expressamente anotado na mesma obra:

    Foi o estudioso fsico francs, Luis De Broglie, que compareceu nocenrio das contradies, enunciando o seguinte princpio:

    Compreendendo-se que as ondas da luz, em certascircunstncias, procedem feio de corpsculos, por que motivo os corpsculos

    de matria, em determinadas condies, no se comportaro maneira deondas?E acrescentava que cada partcula de matria est acompanhada

    pela onda que a conduz.(Mecanismos da Mediunidade - Andr Luiz Pg. 35 grifei)

    INDUO MENTAL

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    Conjugando, agora, o que j foi exposto acerca da noo decampo (uma forma de interpretar o meio etrico em agitao), possvelcompreender que os corpsculos mentais, com as respectivas ondas associadas,imprimem uma agitao no meio fludico capaz de transmitir energia e ser captadopor outra mente com caractersticas semelhantes.

    Ou seja, o pensamento pode ser induzido.

    Tanto quanto, no domnio da energia eltrica, a induo significa oprocesso atravs do qual um corpo que detenha propriedades eletromagnticaspode transmiti-las a outro corpo sem contacto visvel, no reino dos poderesmentais a induo exprime processo idntico, porquanto a corrente mental suscetvel de reproduzir as suas prprias peculiaridades em outra corrente mentalque se lhe sintonize. E tanto na eletricidade quanto no mentalismo, o fenmenoobedece conjugao de ondas, enquanto perdure a sustentao do fluxoenergtico.

    (Mecanismos da Mediunidade - Andr Luiz Pg. 41 grifei)

    HARMNICOS E RESSONNCIA

    O fenmeno de induo relaciona-se com a noode harmnicos eressonncia. Uma onda caracteriza-se por um tom fundamental,que a notabiliza no contexto das vibraes. Mas em seu mago ressoam tambmondas menores de mais baixa amplitude e comprimento.Cada onda menor umharmnico que se acha embutido na onda fundamental, que a sua tnica. Nocaso dos sons, a maneira como se distribuem os harmnicos que maiscaracterizam o timbre de uma mesma nota musical soada por instrumentosdiferentes.

    Quando a onda atinge uma estrutura semelhante quela que aveiculou no meio etrico, por induo faz com que essa outra estrutura passe a

    vibrar em consonncia com suas caractersticas. Ambas as estruturasencontraro maior eficincia na transmisso da energia conforme mais seaproximem de uma freqncia denominada freqncia de ressonncia. Conformevariam as estruturas que emitem ondas, varia tambm a freqncia em que ofenmeno da ressonncia ocorre.

    No caso de duas mentes, o pensamento de uma ir induzir umpensamento semelhante em outra com maior ou menor eficincia conformeestejam elas naturalmente mais ajustadas ou no para a freqncia deressonncia entre si. Por isso h indivduos que se entendem antes do final da

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    frase. Chega mesmo a haver o fenmeno da telepatia. Infelizmente, pelosmesmos fundamentos que ocorrem tambm indues prejudiciais e at processosobsessivos.

    FORMAS-PENSAMENTO

    A induo do pensamento, bem como a ressonncia de mentessintonizadas, leva, tambm, a outro campo de fenmenos muito importantes noestudo comparado do Espiritismo: as formas-pensamento. Como j vimos, trata-seda capacidade de modelagem dos fluidos, j bem descrita nos textos de Kardec.

    Merece ser acrescido, agora mais pertinentemente ressonncia,que o pensamento modela fluidos, induz pensamentos de semelhante natureza e,por ressonncia, reafirma-se no contexto de outras mentes inclusive namodelagem de fluidos. Assim, o pensamento modela fluidos em consonncia comoutros pensamentos, que passam a colaborar na modelagem conjunta dessesfluidos. Vrias mentes passam a compor formas-pensamento conjuntamente,mesmo que no tenham a inteno ou mesmo conscincia disso.

    Emitindo uma idia, passamos a refletir as que se lhe assemelham,idia essa que para logo se corporifica, com intensidade correspondente nossa

    insistncia em sustent-la, mantendo-nos, assim, espontaneamente emcomunicao com todos os que nos esposem o modo de sentir. nessa projeo de foras, a determinarem o compulsrio

    intercmbio com todas as mentes encarnadas ou desencarnadas, que se nosmovimenta o Esprito no mundo das formas-pensamentos, construessubstanciais na esfera da alma, que nos liberam o passo ou no-lo escravizam, napauta do bem ou do mal de nossa escolha. Isso acontece porque, maneira dohomem que constri estradas para a sua prpria expanso ou que talha algemaspara si mesmo, a mente de cada um, pelas correntes de matria mental queexterioriza, eleva-se a gradativa libertao no rumo dos planos superiores ouestaciona nos planos inferiores, como quem traa vasto labirinto aos prprios ps.

    (Mecanismos da Mediunidade - Andr Luiz Pg. 42 grifei)

    A fenomenologia de modelagem fludica e construo conjunta deformas-pensamento constituem aspectos comuns na interao entre os seres,estejam na erraticidade, estejam encarnados.

    A partcula de pensamento, pois, como corpsculo fludico, tantoquanto o tomo, uma unidade na essncia, a subdividir-se, porm, em diversos

  • 8/9/2019 Fluidos - Estudo Com Base No Espiritismo

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    Marco Aurlio Leite da Silva

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    tipos, conforme a quantidade, qualidade, comportamento e trajetrias doscomponentes que a integram.

    E assim como o tomo uma fora viva e poderosa na prpriacontextura, passiva, entretanto, diante da inteligncia que a mobiliza para o bemou para o mal, a partcula de pensamento, embora viva e poderosa na composioem que se derrama do Esprito que a produz, igualmente passiva perante osentimento que lhe d forma e natureza para o bem ou para o mal, convertendo-se, por acumulao, em fludo gravitante ou libertador, cido ou balsmico, doceou amargo, alimentcio ou esgotante, vivificador ou mortfero, segundo a fora dosentimento que o tipifica e configura, nomevel, falta de terminologiaequivalente, como raio da emoo ou raio do desejo, fora essa que lhe operaa diferenciao de massa e trajeto, impacto e estrutura.

    (Evoluo em Dois Mundos - Andr Luiz Pg. 92 grifei)