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  uia prático  RF 230F vs. Lei Brasileira Por RF230.com.br Todos os direitos reservados. v.1 de 18/02/2009 1

Guia Pratico CRF230F e a Lei v1

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Guia prático

CRF 230F

vs.

Lei Brasileira

Por CRF230.com.br

Todos os direitos reservados.

v.1 de 18/02/2009 

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Introdução

Prezado leitor,

Este guia tem o objetivo de ajudá-lo a entender a relação da CRF 230F com alegislação de trânsito brasileira. Acreditamos que a criação deste guia foi necessáriapela quantidade de proprietários que tem tido problemas com os órgãos de trânsito desuas respectivas cidades.

Primeiramente, é importante lembrar que os problemas iniciam-se quando há umainfração de trânsito por parte do condutor da respectiva motocicleta. Em seguida,algumas autoridades de trânsito não têm sabido como lidar com a apreensão destas

CRFs, chegando a exigir de seus proprietários procedimentos que muitas vezes nãopossuem embasamento legal.

Nosso objetivo aqui não é, de forma alguma, desmerecer a imagem ou o trabalho dosagentes e autoridades de trânsito brasileiros. Muito pelo contrário, condenamos todotipo de ilegalidade e apoiamos iniciativas de controle e fiscalização das leis.

No entanto, consideramos importante oferecer condições para que o cidadão conheçaa legislação que rege o trânsito deste país, e, desta forma, poder adequar-se àsexigências e, quando for o caso, pagar pelas irregularidades, dentro dos limites legais.

Se você tiver alguma sugestão para melhorar este material, não hesite em enviar [email protected]

Grande abraço,

WebmasterCRF230.com.br

 Nas páginas seguintes, todos os textos em azul ou iniciados com esta marca são

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1. Como se referir aos textos das leis

Quando for se referir ao um texto encontrado em alguma lei use a seguinte regra,segundo os exemplo abaixo:

Exemplo:

  A parte em verde é o caput (lê-se cáput) do artigo;  Os números em laranja, I e II, são os incisos (“inciso um” e “inciso dois”);  As letras em vermelho indicam as alíneas (“alínea 'a'”, “alínea 'b'” etc); Os símbolos § representam os parágrafos (“§ 2º” = “parágrafo segundo”).

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Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será indicada por meio desinalização, obedecidas suas características técnicas e as condições detrânsito.

 § 1º Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máximaserá de:

  I - nas vias urbanas:

  a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido:  b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;  c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;  d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais;

  II - nas vias rurais:

  a) nas rodovias:

1) 110 (cento e dez) quilômetros por hora para automóveis,camionetas e motocicletas;

2) noventa quilômetros por hora, para ônibus e microônibus;  3) oitenta quilômetros por hora, para os demais veículos;

  b) nas estradas, sessenta quilômetros por hora.

  § 2º O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com circunscrição

sobre a via poderá regulamentar, por meio de sinalização, velocidadessuperiores ou inferiores àquelas estabelecidas no parágrafo anterior.

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1. Princípio da Legalidade

As leis são importantes para a manutenção da ordem, mas existem alguns princípiosque regem a Administração Pública, com o objetivo de que sejam controlados osexcessos. Um destes, é o Princípio da Legalidade, que “nada mais é que uma efetiva

limitação ao poder punitivo estatal, onde ninguém é privado de suas vontades senãoem virtude da lei”.

Ou seja, você não pode ser privado de utilizar sua CRF 230F se não houver uma leique especifique tal conduta. Portanto, toda ação de agentes públicos (sejam elespoliciais, agentes de trânsito, delegados, funcionários do Detran etc) deve estarbaseada em lei. Em outras palavras, tudo que um agente público for fazer, tem queestar amparado em alguma lei.

 Saiba mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Princ%C3%ADpio_da_legalidade

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2. Legislação que você precisa conhecer

Lei 9.503 (CTB): http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/L9503.htm

Resoluções do CONTRAN: http://www.denatran.gov.br/resolucoes.htm

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3. Preço das multas, conforme a gravidade

- Gravíssima: R$ 191,54- Grave: R$ 127,69- Média: R$ 85,13- Leve: R$ 53,20

  Resolução que trata dos valores das multas: Resolução 136/02

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4. Trechos do CTB especificamente relacionados à CRF 230F

Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional,abertas à circulação, rege-se por este Código.

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Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, oscaminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentadopelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridadeslocais e as circunstâncias especiais.

Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias terrestres aspraias abertas à circulação pública e as vias internas pertencentes aos condomínios

constituídos por unidades autônomas.

  Apesar de o CTB especificar que as vias internas de condomínios são regidas peloCódigo, as ruas internas (ou trilhas) de chácaras, fazendas, e propriedadesparticulares não são. Por isso, onde o CTB não “alcança”, você não precisa sepreocupar. Se preocupe em não rodar com sua CRF em vias públicas.

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Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, o condutordeverá verificar a existência e as boas condições de funcionamento dosequipamentos de uso obrigatório, bem como assegurar-se da existência decombustível suficiente para chegar ao local de destino.

Veja a Resolução 14 do CONTRAN

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Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão circularnas vias:I - utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos protetores;II - segurando o guidom com as duas mãos;III - usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações do CONTRAN.

Até o fechamento deste guia, o CONTRAN ainda não havia especificado o vestuáriode proteção citado no inciso III.

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Art. 96. Os veículos classificam-se em:

I - quanto à tração:

a) automotor; (aqui se enquadra a CRF 230F)b) elétrico;

c) de propulsão humana;d) de tração animal;e) reboque ou semi-reboque;

II - quanto à espécie:

a) de passageiros:1 - bicicleta;2 - ciclomotor;3 - motoneta;4 - motocicleta; (aqui se enquadram as motos de uso urbano)

5 - triciclo;6 - quadriciclo;7 - automóvel;8 - microônibus;9 - ônibus;10 - bonde;11 - reboque ou semi-reboque;12 - charrete;

b) de carga:1 - motoneta;2 - motocicleta;3 - triciclo;4 - quadriciclo;5 - caminhonete;6 - caminhão;7 - reboque ou semi-reboque;8 - carroça;9 - carro-de-mão;

c) misto:1 - camioneta;2 - utilitário;3 - outros;

d) de competição; (aqui se enquadra a CRF 230F)

e) de tração:- caminhão-trator;

2 - trator de rodas;3 - trator de esteiras;4 - trator misto;

f) especial;

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g) de coleção;

III - quanto à categoria:

a) oficial;b) de representação diplomática, de repartições consulares de carreira ou

organismos internacionais acreditados junto ao Governo brasileiro;c) particular; (aqui se enquadra a CRF 230F)d) de aluguel;e) de aprendizagem.

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Art. 114. O veículo será identificado obrigatoriamente por caracteres gravados nochassi ou no monobloco, reproduzidos em outras partes, conforme dispuser o

CONTRAN.

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Art. 115. O veículo será identificado externamente por meio de placas dianteira etraseira, sendo esta lacrada em sua estrutura, obedecidas as especificações e modelosestabelecidos pelo CONTRAN.

§ 6º Os veículos de duas ou três rodas são dispensados da placa dianteira.

  Lembre-se que o CTB rege o trânsito de veículos que circulam em vias públicas.Portanto, se você utilizá-la somente em vias particulares, não precisa cumprir estaexigência.

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Art. 120. Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semi-reboque,deve ser registrado perante o órgão executivo de trânsito do Estado ou do DistritoFederal, no Município de domicílio ou residência de seu proprietário, na forma da lei.

Pouca gente sabe, mas por se enquadrar em “automotor”, a CRF 230F deveria serregistrada no Detran do estado de residência de seu proprietário (como é feito com osautomóveis), mesmo que o uso dela seja exclusivamente off-road. Isso quer dizerque, por lei, você tem direito ao documento dela, além da nota fiscal.

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Art. 125. As informações sobre o chassi, o monobloco, os agregados e ascaracterísticas originais do veículo deverão ser prestadas ao RENAVAM:

I - pelo fabricante ou montadora (Honda), antes da comercialização, no caso deveículo nacional;

Este artigo diz que, antes de comercializar a CRF 230F, a Honda deveria repassarao RENAVAM as informações citadas neste artigo. Como na nota fiscal de venda deuma CRF 230F 0km o campo “Renavam” vem em branco, fica a dúvida se a Hondatem sido omissa nesse ponto.

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Art. 161. Constitui infração de trânsito a inobservância de qualquer preceito deste

Código, da legislação complementar ou das resoluções do CONTRAN, sendo oinfrator sujeito às penalidades e medidas administrativas indicadas em cada artigo,além das punições previstas no Capítulo XIX.

Parágrafo único. As infrações cometidas em relação às resoluções do CONTRAN terãosuas penalidades e medidas administrativas definidas nas próprias resoluções.

O Capítulo XIX diz respeito ao Crimes de Trânsito.

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Art. 230. Conduzir o veículo:

IV - sem qualquer uma das placas de identificação;V - que não esteja registrado e devidamente licenciado;Infração - gravíssima;Penalidade - multa e apreensão do veículo;Medida administrativa - remoção do veículo;

IX - sem equipamento obrigatório ou estando este ineficiente ou inoperante;Infração - grave;Penalidade - multa;Medida administrativa - retenção do veículo para regularização;

A maior parte das apreensões relacionadas à CRF 230F diz respeito a este artigo. Ofator complicador nessa questão é que o inciso IX prevê como medida administrativaa retenção da moto para regularização. Nesse caso, a retirada da moto estariavinculada à instalação dos equipamentos de uso obrigatório. No entanto, ao terproblemas com esta questão, é preciso alegar que a CRF 230F enquadra-se naclassificação “de competição”, conforme o Art. 96 deste CTB, situação onde não se

exige tais equipamentos.

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Art. 262. O veículo apreendido em decorrência de penalidade aplicada será recolhidoao depósito e nele permanecerá sob custódia e responsabilidade do órgão ou entidadeapreendedora, com ônus para o seu proprietário, pelo prazo de até trinta dias,conforme critério a ser estabelecido pelo CONTRAN.

§ 1º No caso de infração em que seja aplicável a penalidade de apreensão do veículo,

o agente de trânsito deverá, desde logo, adotar a medida administrativa derecolhimento do Certificado de Licenciamento Anual. (Não é o caso da CRF 230F, poisela não possui registro).

§ 2º A restituição dos veículos apreendidos só ocorrerá mediante o prévio pagamentodas multas impostas, taxas e despesas com remoção e estada, além de outrosencargos previstos na legislação específica.

§ 3º A retirada dos veículos apreendidos é condicionada, ainda, ao reparo de qualquercomponente ou equipamento obrigatório que não esteja em perfeito estado defuncionamento. (Nesse ponto você pode ter problemas, conforme explicação do Art.

230).

§ 4º Se o reparo referido no parágrafo anterior demandar providência que não possaser tomada no depósito, a autoridade responsável pela apreensão liberará o veículopara reparo, mediante autorização, assinando prazo para a sua reapresentação evistoria.

  Resolução que trata das apreensões de veículos: Resolução 53/98

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Art. 271. O veículo será removido, nos casos previstos neste Código, para o depósitofixado pelo órgão ou entidade competente, com circunscrição sobre a via.

Parágrafo único. A restituição dos veículos removidos só ocorrerá mediante opagamento das multas, taxas e despesas com remoção e estada, além de outrosencargos previstos na legislação específica.

  Resolução que trata das apreensões de veículos: Resolução 53/98

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