• ELEIÇÕES ANGELA LEONG APRESENTA RECURSO NO TRIBUNAL

RESULTADOS FINAIS MANTÊM OS MESMOS 14 DEPUTADOS. LEONG VENG CHAI NA AL

PÁGINA 3

• AVALIAÇÃO PADRONIZADA

Executivo promove modelo único para cargos de chefia

PÁGINA 2

• LAGO SAI VAN

Complexo turístico não tem aprovação, defende Governo

PÁGINA 5

O macaense Filipe Tou foi, com Mok Ka Hang, o grande vencedor do concurso para criar o hino do 60.º Grande Prémio de Macau. Contudo, na primeira vez que a canção é divulgada oficialmente, o Governo da RAEM escolheu outro cantor, algo que o regulamento permite. Seja como for, a Direcção dos Serviços de Turismo não escapa à crítica do artista. “O que mais me magoa é estar a fazer algo por Macau e como resposta receber isto.” Da parte da DST, Helena de Senna Fernandes referiu ao HM que viver em Taiwan foi um ponto contra o cantor. “Temos de trabalhar de forma prática.” PÁGINA 16

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Ter para ler

LEI DE IMPRENSA

DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ • TERÇA-FE IRA 24 DE SETEMBRO DE 2013 • ANO XI I I • Nº 2941

Grande Prémio de Macau Criador da canção oficialnão teve oportunidade de a cantar pela primeira vez

Esquecidoem Taiwan

REVISÃO E NOVA CONSULTA PÚBLICA A CAMINHO PÁGINA 4

• VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

47% DAS MULHERESNÃO REPORTA AGRESSÕES DE QUE SÃO ALVO

PÁGINA 7

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O QUE AVALIA O RELATÓRIO DO GOVERNO?

2 hoje macau terça-feira 24.9.2013POLÍTICAJOANA FREITASjoana.freitas@hojemacau.com.mo

O Governo apro-vou um novo modelo para o relatório que

vai servir para avaliação aos cargos de chefia da Administração. De acordo com um despacho publicado ontem em Boletim Oficial (BO), o Chefe do Executivo deu autorização para que o modelo entrasse em vigor já hoje.

A avaliação aos funcioná-rios de direcção e chefia não é nova, sendo que está esti-pulada na lei desde 2009, nas Disposições Fundamentais do Estatuto deste pessoal. No entanto, o Governo pretende agora que este relatório tenha um modelo comum a todos os departamentos. “É de toda a conveniência que a apreciação do desempenho do pessoal de direcção se faça de acordo com princípios padronizados, sistemáticos e científicos e que a mesma se processe de forma uni-forme, independentemente do Secretário do Governo que aprecia o desempenho do pessoal de direcção dos serviços e entidades que estejam na sua dependência hierárquica ou tutelar”, pode ler-se no despacho publicado no BO.

O modelo, analisado pelo HM, tem 15 páginas, ainda que cada uma tenha pouca informação para ser preenchida. O documento tem três pontos de avaliação e começa com dados de identificação do organismo e do funcionário. Seguem--se depois informações

• PONTO 1

COMPETÊNCIA DEMONSTRADA NA EXECUÇÃODAS ORIENTAÇÕES SUPERIORMENTE FIXADAS- Cooperação com a entidade tutelar: avalia o modo como o dirigente coopera com a entidade tutelar, tendo em conta a forma franca e leal como aborda os problemas relacionados com a área de governação do organismo em causa

- Grau de cumprimento das acções governativas previstas nas LAG do organismo em causa: tem em conta principalmente se as tarefas são executadas tendo em conta o calendário previsto

- Grau de execução das orientações superiormente fixadas: avalia o grau de execução dos objectivos das políticas definidas pelo Governo, mas não previstas

nas LAG, fixadas pelo Chefe do Executivo ou pela entidade tutelar face às exigências da realidade de Macau

- Grau de execução do orçamento do organismo

• PONTO 2

COMPETÊNCIA DEMONSTRADANA DIRECÇÃO E GESTÃO DO SERVIÇO - Orientação para os resultados: avalia o modo como o dirigente se foca na realização das atribuições de serviços e na concretização dos objectivos

- Gestão de recursos: avalia a eficiência com que o dirigente organiza, coordena e afecta os recursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos

- Planeamento e organização: avalia a

capacidade do dirigente para analisar a evolução do ambiente, organizar e controlar a actividade do serviço e dos elementos que o integram, definindo objectivos e determinando prioridades

- Capacidade de liderança: avalia o modo como o dirigente orienta, influencia e mobiliza a equipa que dirige

- Capacidade de decisão: avalia o modo como o dirigente identifica os problemas e analisa os assuntos, de forma a equacionar diferentes prioridades e soluções

• PONTO 3

ÉTICA DE SERVIÇO PÚBLICOE SENTIDO DE RESPONSABILIDADE- Orientação para o serviço público: avalia o modo como o dirigente orienta a actividade do

organismo que dirige para a promoção de um serviço de qualidade

- Comprometimento organizacional: avalia o modo como o dirigente interioriza a missão de serviço que lhe está confiada e os valores a ela associados e assegura o cumprimento e implementação das directivas políticas

- Disponibilidade: avalia o empenho e a diligência que o dirigente coloca no exercício das suas funções, nomeadamente a forma pronta com que responde às solicitações que lhe são dirigidas pela entidade tutelar

- Sentido de responsabilidade: avalia o comprometimento e confiabilidade com que o dirigente desenvolve as políticas do sector, exerce as suas funções e assume as responsabilidades pelas consequências das suas acções

GOVERNO APROVA MODELO PADRONIZADO DE RELATÓRIO PARA AVALIAÇÃO DO PESSOAL DE DIRECÇÃO E CHEFIA

Todos diferentes, todos iguaisrelativas à “competência demonstrada na execução das orientações superio-res”, “à competência de-monstrada na direcção e gestão do serviço” e à “ética do serviço público e sen-tido de responsabilidade” [ver caixa], onde se pode preencher com uma cruz a nota dada ao funcionário (que vai de ‘deve melhorar’ a ‘excelente’) ou escrever num espaço destinado a “recomendações” e “ob-servações”.

Esta decisão do Exe-cutivo não está ainda rela-cionada com a promessa de implementação de um regime de avaliação para os altos cargos do Governo, algo que já tem vindo a ser falado na sociedade. Este modelo serve apenas para directores e subdirectores, chefes de departamento, de divisão e de secção dos organismos e chega devido a uma promessa feita nas LAG para este ano. “Conforme consta do Relatório das Linhas de Acção Governativa para o ano financeiro de 2013, o Governo está fortemente empenhado em aperfeiçoar o regime de apreciação do desempenho do pessoal que exerce funções de di-recção, para melhor poder avaliar a eficácia das suas acções e com vista a elevar o sentido de responsabili-dade do pessoal dirigente”, lê-se no BO.

Depois de preenchido, o relatório é entregue ao Chefe do Executivo, mas não sem antes ter a assi-natura do funcionário que está a ser avaliado.

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A recontagem dos votos válidos das listas 1, 9 e 13 não alterou a constituição da V Assembleia Legislativa (AL) escolhida pela po-pulação face aos primeiros resultados divulgados. Assim, os votos nulos legitimados e, mais tarde, a recontagem de todos os votos, pela Assembleia de Apuramento Geral (AAG) mantiveram Leong Veng Chai, número dois da lista Nova Esperança, como o 14.º deputado com entrada directa na AL e Kent Wong, número dois da lista Nova União para o Desenvolvimento de Macau, de fora, a 15 votos de diferença dos de Leong.

O ESSENCIAL

políticahoje macau terça-feira 24.9.2013

RITA MARQUES RAMOSrita.ramos@hojemacau.com.mo

T AL como se previa, a recon-tagem dos votos válidos das listas 1, 9 e 13 não alterou a constituição da V Assem-

bleia Legislativa (AL) escolhida pela população face aos primeiros resultados divulgados. Ou seja, os votos nulos legitimados e, mais tarde, a recontagem de todos os votos, pela Assembleia de Apuramento Geral (AAG) mantiveram Leong Veng Chai, número dois da lista Nova Es-perança, como o 14.º deputado com entrada directa na AL e Kent Wong, número dois da lista Nova União para o Desenvolvimento de Macau, de fora, a 15 votos de diferença dos de Leong. Os resultados finais das eleições legislativas foram ontem

CECÍLIA L INcecilia.lin@hojemacau.com.mo

N O programa da TDM, Fórum Macau, cinco novas caras da As-

sembleia Legislativa (AL) estrearam-se frente ao pú-blico, nomeadamente, os deputados directos Zheng

Anting, Wong Kit Cheng, Leong Veng Chai, e as de-putadas indirectas Ella Lei Cheng I e Chan Hong.

No passado domingo, entre a audiência, uma resi-dente de Jiangmen decidiu perguntar se a Associação dos Amigos daquela loca-lidade irá continuar a dar

dinheiro aos seus membros nos próximos anos.

O número dois da lista União Macau-Guangdong e vice-presidente da associa-ção, Zheng Anting, lembrou que o dinheiro não é financia-do pelo Governo nem pelos próprios sócios mas provém do lucro de negócio dos diri-

gentes e da carestia de vida dos membros. “A quantidade pode ser ainda maior mas é uma decisão dentro da asso-ciação”, começou por dizer. “Não é justo parar-se com actividades regulares [da associação] em ano eleito-ral. Espero que a Comissão dos Assuntos Eleitorais

da Assembleia Legislativa (CAEAL) possa criar uma guia para não limitar o nosso trabalho”, salientou Zheng.

De recordar que em Agosto, mês anterior às eleições, que o número um da lista, Mak Soi Kun, que é também vice-presidente da associação, justificou

a atribuição dos montan-tes aos idosos, junto com um cabaz alimentar, como um mecanismo regular da associação mas, segundo indicou também, esta acção foi aproveitada pelos seus oponentes como uma ma-neira de difamação durante a campanha.

ZHENG ANTING SOBRE SE DINHEIRO PARA A ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE JIANGMEN CONTINUARÁ A SER DISTRIBUÍDO

“Não é justo parar-se com actividades regulares”

Os resultados das eleições legislativas divulgados pela Assembleia de Apuramento Geral mantêm os mesmos 14 deputados apurados pela via directa. Leong Veng Chai consegue o assento na AL, ao contrário de Kent Wong que, em declarações ao Business Daily, disse que a lista 1 já recorreu para o TUI

ELEIÇÕES RESULTADOS FINAIS DÃO ASSENTO A LEONG VENG CHAI, NÚMERO DOIS DA NOVA ESPERANÇA

Angela Leong apresentou recurso ao TUIde manhã oficializados pela AAG e afixados na entrada principal do Edifício de Administração Pública.

No entanto, na edição de ontem do jornal Business Daily, a lista número 1 disse que já tinha inter-posto uma acção para o Tribunal de Última Instância (TUI) relativa aos votos nulos, recontados na pas-sada segunda e terça-feira, depois de Angela Leong ter contestado a forma de apuramento dos mesmos. “Já recorremos ao tribunal sobre certos votos invalidados e, tanto quanto sabemos, outros grupos também fizeram acções semelhan-tes. Estamos agora à espera que o tribunal decida em quatro dias úteis”, disse Kent Wong ao jornal de língua inglesa, admitindo que se a deliberação não for a favor da sua lista terá de o aceitar, até porque não há outro meio de recurso.

Segundo a lei eleitoral, “as irregularidades ocorridas no decur-so da votação e das operações de apuramento parcial ou geral podem ser apreciadas em recurso, desde que hajam sido objecto de recla-mação, protesto ou contra-protesto apresentado no acto em que se verificaram”, diz o artigo 136.º sobre o pressuposto de recurso con-tencioso. Por outro lado, “só pode

ser interposto recurso contencioso se também tiver sido previamente interposto recurso gracioso perante a AAG, no segundo dia posterior ao da eleição”. Segundo a legislação, o recurso contencioso é interposto no dia seguinte ao da afixação do edital com a publicação dos resulta-dos do apuramento, perante o TUI.

O presidente da AAG, Mai Man Ieng, disse ontem que, quando foi feita a recontagem de votos nulos e com problemas, “três listas afir-maram que queriam apresentar um recurso [ao TUI]”, ainda assim, o também procurador-adjunto do Ministério Público disse que “a AAG não recebeu um aviso oficial” se já o tinham feito ou não.

Segundo o Business Daily, há três opções para aquilo que TUI poderá fazer: deixar os resultados tal como estão, consentir que houve um defeito no processo de contagem de votos da lista liderada por Angela Leong ou determinar que toda a eleição deve ser feita novamente. Não há precedentes sobre qualquer destas decisões, diz também o diário inglês.

NOVA ESPERANÇA SEM MEDO, RESPONDE COM RECURSOMai Man Ieng fez ainda saber que houve um voto validado, na recon-tagem total de votos válidos das três listas, a favor da Nova Esperança. “Conforme os resultados, não

houve qualquer alteração dos 14 candidatos. Portanto, comparando os resultados [parciais, depois dos 18 nulos validados], houve mais um voto que foi revitalizado. Só um”, frisou.

Pereira Coutinho, em declara-ções Business Daily, diz-se con-tente que o “segundo candidato” se mantenha com um lugar na AL, e não se mostra preocupado pelo facto da lista 1 optar pelo recurso a tribunal. “Eles têm este direito, de acordo com a lei”, explicou. “Mas o resultado não será afectado dado que será difícil tornar os inválidos em válidos.”Por sua vez, Coutinho disse que também tem intenção de recorrer. “Estamos confiantes de que tudo se vai manter inalterado e, nessa perspectiva, também vamos apresentar o nosso recurso porque achamos que dois a três votos podem ser considerados válidos”, disse ontem à Rádio Macau.

A AAG tem de enviar os exem-plares dos resultados para a CA-EAL, que deverá depois entregar ao Chefe do Executivo e ao TUI.

Nesta última operação, foram recontados 52 mil votos das três listas, separadas por menos de uma centena de boletins, pelo que a lei obrigava ao procedimento.

4 política hoje macau terça-feira 24.9.2013

Associação Novo Macau Democráticopede salário mínimo de 30 patacas por horaA Associação Novo Macau Democrático (ANM) entregou uma carta ao Chefe do Executivo, bem como ao secretário para a Economia e Finanças, Francis Tam, sobre o aumento do salário mínimo para 30 patacas por hora. O deputado Ng Kuok Cheong pediu mesmo uma consulta alargada à sociedade sobre o assunto e a ANM oferece mesmo algumas recomendações às pequenas e médias empresas (PME), bem como exulta o Governo a dar algum subsídio para aliviar as pressão dessas empresas.

JOANA FREITASjoana.freitas@hojemacau.com.mo

E STÁ concluída a proposta de revisão da Lei de Impren-sa e o Executivo arranca hoje com a segunda ronda

de auscultação pública sobre o documento.

Durante 33 dias, os residentes vão ter oportunidade de dizer o que pensam sobre a proposta, que deixa de fora algumas áreas relacionadas com a profissão de jornalista. A criação de um Con-selho de Imprensa e do Estatuto do Jornalista são alguns destes exemplos, que não vão ser regu-

O Gabinete de Comunicação Social (GCS) sugere que se revoguem os artigos mais polémicos sobre o Conselho de Imprensa e o Estatuto do Jornalismo. Não vamos regular por lei, não vamos fazer isso. Durante 22 anos não conseguimos ter consenso. As opiniões são unânimes, essas disposições devem existir, mas devem ser feitas pelo próprio sector VICTOR CHAN director do Gabinete de Comunicação Social

Conselho de Imprensa, Estatuto do Jornalista e jornalismo on-line não vão ser regulados por lei. Esta é a sugestão do Governo, que apresentou, na semana passada, a proposta final da revisão da Lei de Imprensa

LEI DE IMPRENSA GOVERNO APRESENTA REVISÃO E ANUNCIA NOVA CONSULTA PÚBLICA

Sem pressa para chegar à AL

lados por lei. “O Gabinete de Co-municação Social (GCS) sugere que se revoguem os artigos mais polémicos sobre o Conselho de Imprensa e o Estatuto do Jorna-lismo”, começou por dizer Victor Chan, director do organismo. “Não vamos regular por lei, não vamos fazer isso. Durante 22 anos não conseguimos ter consenso [na criação de um Conselho de Imprensa]. As opiniões são unâ-nimes, essas disposições devem existir, mas devem ser feitas pelo próprio sector.”

Temas como este vão ser, por-tanto, autonomamente regulados pelas próprias associações de jor-

nalistas. Mas, de fora da lei, ficam ainda os meios de comunicação mais modernos.

ONLINE ‘OUT’Se a falta de consenso ditou a auto--regulação dos jornalistas em algu-mas áreas, a falta de opinião ditou a exclusão de matérias ligadas ao jornalismo online. Victor Chan diz que é melhor esperar pelas experi-ências das regiões vizinhas antes de se avançar com uma legislação. “O público não acha que deve existir [lei], não deve ser introduzido neste momento. Vamos dar prioridade a matérias que reúnam consenso e não às que ainda não existe acordo ou opiniões predominantes. Não temos condições para regular esta matéria não havendo experiências boas dos outros países.” O Governo considera que se deve regular o jor-nalismo online, mas não “através desta lei”. O GCS não deixa no ar mais pistas sobre o assunto.

MANUTENÇÃO DOS DIREITOSA revisão da Lei de Imprensa e da Lei de Radiodifusão já começou

em Março de 2010, levando a que fossem gastos 3,5 milhões de patacas numa sondagem delibera-tiva e que fossem levadas a cabo consultas públicas.

Contudo, na quinta-feira, o

GCS apresentou apenas uma das propostas de revisão concluídas, anunciando que os trabalhos re-lativos à revisão da Lei de Radio-difusão vão demorar mais tempo, devido a ser “importante uma melhor conjugação e articulação da revisão das leis relacionadas com a área das telecomunicações.

Sobre a Lei de Imprensa, a técnica é a mesma que já tinha sido prometida: além da revogação de ar-tigos, a revisão pretende surgir com a terminologia das normas mais adequada às leis locais em vigor. “Os pontos essenciais da revisão passam também pela actualização e uniformização das normativas com a legislação vigente, nomeadamente a Lei de Reunificação, os códigos Penal e do Processo Penal, e ainda a Lei de Bases da Organização Judiciária, explicou a jurista Ana Telo Mexia.

As alterações não vão interferir com o espírito do diploma, diz ainda Ana Telo Mexia e Victor Chan, já que “continuam a ser mantidos o direito à informação e à independência jornalística e ainda o direito de proteger as fontes”.

Com a revisão, a Lei de Im-prensa passa a ter seis, em vez do sete, capítulos e 44 em vez dos 66 artigos. Não se sabe quando estará concluída a proposta de lei, que pretende substituir o diploma que existe desde 1990, para entregar na Assembleia Legislativa, mas Vic-tor Chan não acredita que aconteça ainda durante este ano. “Nunca tivemos calendário, não queremos acabar à pressa”, realçou.

As sessões de consulta para os profissionais do sector decorrem nas primeiras duas semanas de Outubro (dias 3, 4, 7, 9 e 12) na sala polivalente do Gabinete de Comunicação Social. O público é ouvido também no dia 12 do pró-ximo mês, mas na parte da manhã.

OPINIÕES DOS INQUIRIDOSSOBRE COMPLEXO TURÍSTICO

NOVAS SUGESTÕES DO GOVERNO PARA MELHORIAS EM REDOR DO LAGO SAI VAN

“APREENSIVOS E PREOCUPADOS”

OPINIÕES DOS INQUIRIDOSSOBRE FEIRA NOCTURNA

5hoje macau terça-feira 24.9.2013 SOCIEDADE

92,5% DAS PESSOAS MOSTRARAM-SE PREOCUPADAS COM A POLUIÇÃO• poluiçãodaágua:91,3%• poluiçãoluminosa:84,6%• poluiçãosonora:84,7%• poluiçãodoar:86,5%• poluiçãodevidoaolixo:91,5%

JOANA FREITASjoana.freitas@hojemacau.com.mo

N ÃO, não e não. Os re-sidentes não querem o Projecto do Complexo Turístico da Praça do

Lago Sai Van, apresentado pelo Governo e este já desistiu da ideia. Dados divulgados a sema-na passada mostram um enorme chumbo à sugestão, que, em Outubro de 2012, tinha tido “aval positivo”, segundo informações do Executivo. Na altura, a polémica instalou-se, tendo mesmo alguns deputados acusado o Governo de ter feita uma falsa auscultação: a população não sabia do projecto e, a maioria, segundo estudos individuais, mostrava-se contra.

Foi precisamente essa contro-

99,1%das pessoas inquiridas num universo de mais de duas mil pessoas estão contra a localização do projecto

EXECUTIVO DESISTE DA CRIAÇÃO DO COMPLEXO TURÍSTICO NO LAGO SAI VAN

Mais, mas para quem é de cáOs residentes querem melhorias em redor dos Lagos Sai Van, mas não querem nenhum tipo de construção ligada ao turismo. O Governo desistiu da ideia do Complexo Turístico que tinha proposto, até porque 99% da população considera que os lagos não são o melhor sítio para quem é de fora, mas avança com novas instalações

vérsia que levou a uma segunda ronda de auscultações, que não podia ter resultados mais claros: “a maioria das opiniões dos cidadãos sobre o projecto do Complexo Turístico da Praça do Lago Sai Van segue o sentido da negativa”,

ASSOCIAÇÕES • Posicionamentodoprojecto:95,1%contra/4,9%afavor• Conteúdodoprojecto:70,4%contra/29,6%afavor• Localizaçãodoprojecto:87,3%contra/12,7%afavor

PESSOAS• Posicionamentodoprojecto:74,1%contra/12,7%afavor• Conteúdodoprojecto:61,2%contra/38,8%afavor• Localizaçãodoprojecto:99,1%contra/0,99%

Médiageral,deacordocomdadosfornecidosaoHM:85,6%contra/14,4%afavor

disse Alex Vong, presidente subs-tituto do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), na apresentação dos resultados.

E, de facto, assim é: 99,1% das pessoas inquiridas num universo de mais de duas mil pessoas estão contra a localização do projecto, enquanto 87,3% das associações que responderam à chamada tam-bém votam contra.

O sítio escolhido pelo Gover-no para o complexo foi, desde sempre, o mais polémico. A ideia apresentada nas Linhas de Acção Governativa para 2011 sugeria a instalação de restaurantes de co-mida típica, lojas de lembranças e uma feira nocturna, num foco mais virado para o turismo. “Desde 2010 que foram surgindo opiniões para a criação de um complexo turístico e de lazer, para dar aos turistas um lugar especial de visita para experi-mentarem as características locais e que fomentasse a diversificação das actividades económicas”, co-meçou por resumir Alex Vong. “O Governo apontou a optimização do Lago Sai Van como meio de transformar essa zona num centro de actividades turísticas e de lazer.

• Arborizaçãoeoptimizaçãodasinstalaçõesdelazer• Reconstruçãodasinstalaçõessanitárias,incluindoWCparadeficientes• Alargamentodospasseios• Equipamentosdeginástica• Postesdeiluminação• Segurançastodaanoite• MesasdeXadrez• Repavimentaçãodocorredoràbeira-mar(2500metros)• CamposdeBasquetebol• CamposdeBadmington

Apopulaçãosentiu-se“apreensivaepreocupada”comoimpactoqueumcomplexoturísticopodiaviraternoambienteemredordoslagos,dizoGoverno.

[Mas] a maioria das opiniões enten-de não ser adequada a localização.”

PORÁGUAABAIXOÉ precisamente pelo facto de estar mais inclinado para os turistas que o projecto recebe nota negativa da população. A maioria dos que respon-deram à segunda ronda de auscultação mostraram-se a favor da melhoria das instalações, mas deram negas na forma como o Governo pensou neste assunto. Por exemplo, o posiciona-mento do projecto recebeu 95,1% dos votos de associações contra e 74,1% das pessoas inquiridas também se mostrou contra neste âmbito.

A segunda ronda de auscultação, que o Governo diz ter feito “tendo em conta as preocupações demonstra-das”, durou três meses e fez com que a Administração desistisse de criar o complexo turístico previamente anunciado, pelo menos para já. “Os resultados da auscultação apontam claramente para uma orientação a seguir e o projecto do Complexo Turístico da Praça do Lago Sai Van

não reúne condições para, que nesta fase, tenha continuidade”, frisou Alex Vong. “Claro que, no futuro, vamos continuar a ouvir as opiniões, mas o projecto não vai para a frente.”

MAIS ESPAÇO PARA DESPORTO Apesar das muitas opiniões contra, Alex Vong aponta aos jornalistas que o público considera necessário acrescentar instalações de lazer e de actividades em redor dos lagos. “Segundo as opiniões recolhidas na página temática [sobre o projecto], 75,8% das pessoas consideram que devem existir mais instalações de lazer em Macau e, de acordo com o resultado dos inquéritos por telefone, 60% dos cidadãos são da opinião que deve haver mais instalações nas margens dos lagos e mais de 70% acham ainda ser necessário dispor de mais vias com espaços verdes, pista pedonal e pista para jogging, equipamentos de recreação infantil e de manutenção física.”

O Governo compromete-se, agora, a fazer isso mesmo. No plano entregue aos jornalistas na semana passada, o IACM assegura que pretende reajustar os diferentes níveis das plataformas e as configu-rações irregulares da zona de lazer do Lago Sai Van, para colocar duas áreas distintas: uma para ginástica – onde serão colocados aparelhos – e outra desportiva – onde entrarão campos para desportos em equipa.

6 sociedade hoje macau terça-feira 24.9.2013

CECÍLIA L IN*cecilia.lin@hojemacau.com.mo

Q UASE 70 voos cance-lados e cerca de três mil passageiros afectados. Este é o balanço após a

passagem do tufão Usagi por Macau. Tido como a maior tempestade tropi-cal do planeta este ano, no território, o tufão não causou muitos estragos nem fez vítimas, sendo que nem foi necessário içar o sinal oito.

O Usagi foi, no entanto, um incómodo para quem queria sair ou chegar a Macau por via aérea. De acordo com informações da Administração do Aeroporto de Macau, cerca de 70 voos foram cancelados, sendo que alguns desses estavam previstos para hoje. Apenas os aviões com origem em Singapura e Banguecoque tiveram autorização para descolar.

JOANA FREITASjoana.freitas@hojemacau.com.mo

C OMEÇA hoje a 4.ª Confe- rência de Aeroportos da China e dos Países de Língua

Portuguesa, que junta em Macau profissionais da aviação. A CAM espera que 230 pessoas participem nas actividades de quase dois dias, onde estarão presentes representan-tes de Portugal.

A ANA aeroportos é uma das empresas que envia oradores para a convenção que pretende, prin-cipalmente, instigar à troca de experiências e ao ensino de novos profissionais. O engenheiro Luís Coimbra, presidente da Navega-ção Aérea de Portugal é um dos que falará sobre a “Coordenação e Desafios do Tráfego Aéreo”, enquanto Gualdim Carvalho, director dos serviços técnicos da ANA, chega ao território para falar sobre o planeamento de adaptação às capacidades e ex-

O reitor da Universidade de Macau (UMAC) não sabe se o Comissa-

riado Contra a Corrupção (CCAC) está ou não a investigar o plano de habitação do novo campus na Ilha da Montanha, diz a Rádio Macau.

Depois da recente notícia de que o processo de atribuição de residências estaria sujeito a alegadas ilegalidades e que o processo estaria suspenso e a ser investigado pelo Comissariado contra a Corrupção, Wei Zhao foi ques-tionado sobre o assunto, mas diz que nada sabe sobre o assunto. “Prestamos informações não só ao CCAC, mas também a outros serviços públicos de Macau. Prestamos as informações de acordo com a lei. Quanto à pergunta se o CCAC está ou não a investigar este caso, a UMAC não foi informada. Por isso, não sei”, à Rádio Macau.

Recorde-se que era suposto que os apartamentos para funcionários e pro-fessores começassem a ser atribuídos em Julho, mas isso não aconteceu. Wei Zhao garante que não tem conheci-mento de reclamações deste grupo de profissionais.

ARRANCA CONFERÊNCIA DE AEROPORTOS DA CHINA E DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA

Plataforma também na aviaçãoUniversidade de Macau assume ter prestado declarações ao CCAC

USAGI TUFÃO NÃO IMPRESSIONA EM MACAU, MAS ORIGINA CANCELAMENTO DE VOOS

Turistas insatisfeitos e desiludidosSMG PEDE DESCULPA POR INFORMAÇÃO ERRADAOs Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) de Macau pediram desculpa por terem fornecido informações erradas, no seu site oficial, desde as 6h21 às 6h25 da manhã do dia 22. A informação dava conta da chegada de um tufão de sinal dez. Apesar de ter sido por poucos minutos, a informação espalhou-se rapidamente pelas redes sociais, o que causou inconvenientes. Os SMG afirmam que vão evitar que incidentes semelhantes voltem a acontecer.

pectativas dos passageiros. Car-los Gutierres, director comercial de actividades não-aeronáuticas, vai debruçar-se sobre as oportu-nidades comerciais.

O evento tem como objectivo

principal a desenvolver a aviação civil, usando Macau como pla-taforma para tal. Com cursos na área do controlo de tráfego aéreo, aeroportos sustentáveis e oportu-nidades comerciais na aviação, a

Por causa do tufão, muitos voos foram cancelados. A maioria dos turistas queixa-se de falta de informações sobre cancelamento dos voos e problemas de alojamento. Oito fizeram queixa à Autoridade de Aviação Civil

O problema trouxe algum caos ao aeroporto de Macau. Turistas de Taiwan, por exemplo, queixaram-se à TDM chinesa por causa de voos programados pela Air Macau. A companhia, dizem, cancelou as ligações sem avisar e os passageiros em lista de espera eram tantos que espera-se que só haja lugar na próxima quinta-feira. Um outra passageira, também da Formosa e de apelido Liang, ex-plicou que a TransAsia Airways, uma empresa de Taiwan, tinha voos programados para antes do meio-dia de domingo, mas que como a Air Macau cancelou todos os voos de ontem, também não foi possível fazer algo. “Não houve avisos, nem nos arranjaram aloja-mento. Disseram-nos apenas que nos conseguem arranjar lugar no avião só quarta-feira à noite. Isto, a meu ver, mancha a imagem do

turismo de Macau. Tenho de ficar no aeroporto toda a noite.”

Oito pessoas apresentaram queixas à Autoridade de Aviação Civil de Macau (AACM) contra a Air Macau. Por causa de confusão nas informações, dizem, perderam o seu voo para Taiwan e foram obrigados a ficar dentro do aero-porto. Os passageiros explicam que as informações dadas na Internet davam conta de que a ligação de voos tinha sido adiada para as 14h30, mas o voo afinal partiu à hora marcada, que era ao meio--dia. Os passageiros queixam-se de que não foi possível contactar a companhia.

Segundo a TDM, mais de cem turistas ficaram presos no aero-

porto durante a noite de domingo para segunda-feira. Uma turista da Malásia contou à televisão que nem o Wi-fi do aeroporto estava disponível e que, por isso, não conseguiu contactar com a família.

De acordo com a Rádio Ma-cau chinesa, a Air Macau disse ter avisado sobre o cancelamento dos voo e prometeu alterar o voo para os turistas gratuitamente, mas descartou a hipótese de ser responsável por encontrar alojamentos.

MAIS DE 400 PASSAGEIROS ESPERAM NOS TERMINAIS MARÍTIMOS Segundo um comunicado da Di-recção dos Serviços de Assuntos Marítimos e da Água, quase todos

os serviços de transporte marítimo já voltaram à normalidade antes das 15h de ontem, sendo que ape-nas as rotas para Shenzhen estão suspensas por causa do tufão. No domingo, o último barco a partir do Terminal do Pac On, na Taipa, foi às 17h30, e o último barco a partir do Terminal Exterior foi à 18h. Nessas horas eram mais de 400 os passageiros que esperavam nos terminais.

O Usagi provocou, pelo me-nos, 25 mortes na província de Guangdong, referiu a Televisão Nacional da China (CCTV). Acompanhada de ventos fortes e chuvas torrenciais, a tempestade tropical chegou no domingo à costa chinesa por volta das 20h, na cidade de Shanwei, e causou rasto de destruição. - *com Joana Freitas

CAM espera receber apenas “um ou dois” alunos locais, sendo que a maioria vem da China. “O continente tem regulações muito específicas e certas técnicas e, por isso, vão aprender muito com isto”, revelou ontem, na conferência de apresentação, Vicki Mou, vice--directora do gabinete do Comité Executivo da CAM.

Desde 2004 que se realiza esta conferência, que já contou com cerca de 481 participantes nos cursos. Destes, apenas “20 e tal” eram de Macau. No deste ano, cerca de 150 pessoas são da China, Portugal ou dos países de Língua Portuguesa, enquanto 80 são locais. As sessões não são abertas ao público.

Para a CAM, as conferências têm “aberto muito espaço” para cooperação na área da aviação e assinatura de diversos acordos. “A maioria está relacionada com treino e formação, mas há outros que poderão vir a surgir.”

OPINIÃO DAS MULHERES

7 sociedadehoje macau terça-feira 24.9.2013

RITA MARQUES RAMOSrita.ramos@hojemacau.com.mo

É o terceiro relatório ela-borado, de dois em dois anos, pela Comissão dos Assuntos das Mulheres

(CAM) sobre a condição da mulher em Macau, desta feita relativo a 2012. Numa amostragem de 1003 mulheres, dos 15 aos 74 anos, que representam 0,33% do universo feminino em Macau (301 mil, segundo os dados da DSEC no quatro trimestre de 2012), cerca de 10% das mulheres revelaram ter sofrido violência doméstica, sendo que 47% das vítimas esco-lheram ficar silenciosas. Por essa razão, a CAM entende que deve ser feito “um acompanhamento da legislação contra a violência doméstica” para apoiar as mulheres vulneráveis. Mas, neste ponto, não tece comentários sobre os pilares da nova legislação.

Neste perfil social e da menta-lidade dominante das mulheres de Macau, traçado pela CAM por meio de entrevistas em Dezembro do ano passado, se 55,8% das mulheres trabalha hoje a tempo integral, mais de 90% das quais cuida também da família. Por outro lado, mais de 33% prefere não trabalhar para cuidar dos familiares e fazer traba-lhos domésticos. Por essa razão, a CAM entende que há certas políti-cas que devem ser optimizadas ou atendidas. A assistência durante o período de gravidez, horários mais flexíveis e mais dias de férias são algumas das políticas que deveriam ser conduzidas para beneficiar este papel dualista.

Na perspectiva profissional, o estudo mostra que quanto menor é o grau de ensino (primária ou inferior) também menor é a taxa de emprego e vice-versa. E, por isso, “o aumento do nível educativo promove a mobilidade ascendente das mulheres”. De acordo com os dados recolhidos, a taxa de mulhe-res no ensino superior tem vindo a aumentar de 54% em 2010 para 64% em 2011, sendo que há mais quase 20% de mulheres no ensino superior do que homens. Também, “há uma tendência para diminuir as restrições sobre a promoção de cargos das mulheres, seja por factores exteriores (ofertas de cargos) seja por factores interiores (competências pessoais)”.

RENDIMENTO CAIEM DESPESAS FAMILIARESMas ainda hoje há muitas mulheres a receberem um salário “extrema-mente baixo” (3000 patacas ou inferior), o que corresponde a 3,9% do universo do sexo feminino, e mulheres com rendimento “baixo” (6000 patacas ou inferior), 10,2% das mulheres que têm emprego.

São as despesas com a família que representam o destino dado ao seu salário, com 90% das en-trevistadas a assumir que o seu

O magnata de Hong Kong, Joseph Lau, um dos principais acusados no pro-cesso La Scala, afirmou à imprensa

da região vizinha que está a “ser perseguido por pessoas influentes”. Lau, dono da Chinese Estates Holdings Ltd., falou pela primeira vez desde que foi formalmente acusado de subornar o ex-secretário das Obras Públicas Ao Man Long. “Estou a ser perseguido por pesos pesados, que são dez vezes mais inteli-gentes e mais fortes que Cheung Tze-Keung”, referiu, fazendo alusão ao, já falecido, famoso criminoso da década de 90 do século passado.

O milionário, que se recusou a identificar os seus perseguidores, vai mais longe e afirma que pretende mesmo produzir um filme intitulado

“Cheung Tze-Keung e o Grande Lau”, por forma a mostrar ao Governo Central que determinado local “não pode ser controlado por algumas pes-soas influentes, geração após geração”

Recorde-se que Joseph Lau e outro empre-sário de Hong Kong, Steven Lo, estão a ser julgados pela acusação de lavagem de dinheiro e suborno a Ao Man Long no valor de 20 milhões de Hong Kong dólares para vencer a licitação de um pedaço de terra junto ao Aeroporto de Macau, onde o La Scala – um projecto de construção de luxo -, deveria ter nascido. Lau negou, à imprensa de Hong Kong, as acusações. “Desde que tudo começou, até agora, que não de nada sobre esse assunto.”

O Governo da RAEM já cancelou, em 2012,

a concessão feita em 2006 e cancelou em Abril deste ano uma outra parcela concessionada em 2011. Lau, ausente de qualquer sessão do seu julgamento, admite que gostaria de resolver a questão de forma “harmoniosa” e reiterou que a sua saúde ser encontra debilitada – sofre de diabetes crónicos e isso tem sido a justificação dos advogados para a sua ausência no tribunal. “Se a audiência fosse em Hong Kong, comparecia definitivamente. Mas ir para Macau é o mesmo que colocar a minha segurança em risco”, revelou.

Recentemente, Joseph Lau reformulou a sua equipa de advogados de defesa. David Azevedo Gomes e Bernardete Fan substituiram Leong Weng Pun e Lee Kam Iut. O julgamento recomeça no dia 7 de Outubro. – G.L.P.

LA SCALA JOSEPH LAU FALA EM PERSEGUIÇÕES

“Pesos-pesados” assustam

As mulheres mantêm-se tendencialmente caladas face à violência doméstica. Um estudo levado a cabo pela Comissão dos Assuntos das Mulheres mostra que 47% das vítimas não reporta as agressões de que foi alvo. Por essa razão, o organismo pede o “acompanhamento da legislação contra a violência doméstica”

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA COMISSÃO DOS ASSUNTOS DAS MULHERES PEDE LEGISLAÇÃO

Assistência à famíliacontinua a ditar tradicionalismo

rendimento está canalizado para estes gastos, um aumento face a 2010. São também as mulheres que assumem mais as despesas da família - mais de 60% - face aos homens. E, no mesmo sentido, os encargos financeiros continuam a ser a primeira fonte de stress de que resulta a insatisfação das mu-lheres (12% das inquiridas) sobre a vida familiar, sendo superior em comparação com anos passados.

ATENÇÃO REDOBRADATalvez pelos dados concluídos, a CAM entende que se devem pres-

tar “mais serviços para crianças e idosos”, nomeadamente, mais creches e mais vagas bem como mais lares de apoio à terceira idade (com supervisão sobre os preços para garantir que as famílias conseguem “suportar esses encargos”). Por outro lado, devem também ser oferecidas mais formações diversifica-das destinadas à qualidade e à competência dos trabalhadores domésticos e “melhorarem-se as políticas, medidas e regimes de supervisão do mercado laboral dos trabalhadores domésticos, reduzindo a situação de mudar o tipo de trabalho”. De outro modo, é preciso ainda atentar aos trabalhos da saúde das mulheres, reforçando a sensibilização e a prevenção, bem como o trata-mento das doenças femininas.

Sobre a filosofia dos valores da família, houve seis aspectos analisados relativamente ao seu papel prestado no seio familiar, na profissão, na sociedade, a nível de educação e sexual bem como sobre o conceito de casamento [ver caixa]. Neste contexto, o tradicionalismo não impera de uma forma exa-cerbada. Por exemplo, 62,3 %

concorda que os homens devem ser o pilar económico da família mas, 79% concorda também que existe responsabilidade idêntica entre homens e mulheres sobre o rendimento familiar.

Sobre a participação pública das mulheres, a taxa deixa a desejar sendo que apenas 7,1% se manifesta nas redes sociais ou em meios públicos, e 60,1 por cento concorda que os homens têm maior capacidade de análise sobre os assuntos relacionados

• 92,9% os filhos têm responsabilidade de cuidar dos pais• 55,6% as mulheres devem casar e ter filhos• 86,8% o mais importante para a mulher é ter um bom marido• 62,3% os homens devem ser o pilar económico da família• 79%% as mulheres têm a mesma responsabilidade que os homens sobre o rendimento da família• 60% os homens têm maior capacidade de análise sobre os assuntos relativos ao governo e sociedade• 54% as mulheres têm mais facilidade em procurar emprego do que os homens• 68,6% não concorda que os homens possam não ter emprego e só cuidar da família• 83% não concorda que as mulheres não devem assumir a liderança.

com o Governo e a sociedade. Neste aspecto, a CAM entende que uma política pública que deveria ser implementada passa pela “promoção das mulheres em actividades políticas”, bem como um “maior alargamento do espaço e incentivo às mulheres para participarem nas actividades políticas, realizar os seus poderes políticos, aumentar a distribuição dos recursos das mulheres na vida política e oportunidade de participação”, frisa o documento.

8 publicidade hoje macau terça-feira 24.9.2013

ANÚNCIO 【N.º179/2013】

Para os devidos efeitos vimos por este meio notificar os representantes dos agregados familiares da lista de candidatos a habitação social abaixo indicados, no uso da competência delegada pela alínea 11) e 14) do n.º 3 do Despacho n.º 62/IH/2013, publicado no Boletim Oficial da RAEM, n.º 34, II Série, de 21 de Agosto de 2013 e nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro:

Nome N.º do boletim de candidatura

Nome N.º do boletim de candidatura

TAM SI KIT 31200907465 CHAN KAM SENG 31200907207CHU MAI TENG 31200900060 CHEONG HIO IN 31200907908LAM MAN KUN 31200900487 CHAN SOK CHENG 31200905665CHU IO WA 31200907650 HO CHOI IAN 31200905645KUAN KIN IAN 31200906074 NG WAI MAN 31200905631WU CHOU WA 31200903287 FONG KAM PUI* 31200905285AO WENG SUT 31200907826 WONG PUI KUAN* 31200906865IEONG SU KAN 31200904774 IP FOK UN* 31200906688MAK LING 31200901305 CHE HOI CHUN* 31200907264

CHOI SIO SAN 31200907601 CHANG CHENG IAN* 31200907816

LEONG NGAI WA 31200904319 LAM PUI I* 31200907557LAM KA WAI 31200903379 LAO KA MENG* 31200907637SI CHU HOI 31200907873 IAO SOK IONG* 31200900158LAI VAI IU 31200904878 LOK WAI IENG* 31200904656WONG TOU KIN 31200902210 CHOI LEONG* 31200905232AO IEONG MAN SAN 31200902293 CHAN CHI KUAN* 31200906481

CHANG HEI MAN 31200906483 WONG NGA CHAN* 31200900509CHAN NGAI 31200906822

De acordo com o n.º 2 do artigo 9.º do Regulamento de Candidatura para Atribuição de Habitação Social, aprovado pelo Despacho do Chefe Executivo n.º 296/2009, para nova verificação, se os candidatos preenchem os requisitos de candidatura ao arrendamento de habitação social, o Instituto de Habitação (IH) informou-os por meio de ofício, para que sejam entregue os documentos indicados no prazo fixado, mas os interessados acima referidos não entregaram os documentos dentro do prazo fixado, pelo que não reúnem nos termos do n.º 3 do artigo 9.º do mesmo regulamento.

De acordo com os artigos 93.º e 94.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, devem apresentar, por escrito, as suas contestações e todas as provas testemunhais, materiais, documentais ou as demais provas, no prazo de 10 (dez) dias, a contar da data de publicação do presente anúncio.

Caso não apresentarem a contestação no prazo fixado ou os mesmos não forem aceite pelo IH, as respectivas candidaturas serão excluídas da lista geral de espera por IH, nos termos da alínea 1) do artigo 11.º do Regulamento de Candidatura para Atribuição de Habitação Social, aprovado pelo Despacho do Chefe Executivo n.º 296/2009.

* Simultaneamente, será cessado a concessão de abono de residência por o agregado familiar beneficiário ter sido excluido da lista geral de espera, de acordo com os termos da alínea 1) do n.º 1 do artigo 8.º do Regulamento Administrativo n.º 23/2008(Plano Provisório de Atribuição de Abono de Residência a Agregados Familiares da Lista de Candidatos a Habitação Social).

No caso de dúvidas, poderão dirigir-se ao IH, sito na Travessa Norte do Patane, n.º 102, Ilha Verde, Macau, durante as horas de expediente, ou contactar Sr. Sou, através o tel. n.º 2859 4875 (ext. 242), para consulta do processo.

O Chefe do Departamento de Habitação Pública,

Chan Wa Keong 18 de Setembro de 2013

ANÚNCIO [N.º182/2013]

Para os devidos efeitos, vimos por este meio notificar os representantes dos agregados familiares seleccionados da lista de espera de habitação económica abaixos mencionados:

N.º do boletim de candidatura Nome

N.º do boletim de candidatura

Nome

86850 CHU KUAI FONG *78486 *MAK MAN IAM*83314 *SIT CHEONG *83419 *IEONG CHIN PANG

*84200 *WONG CHI MENG *84242*SI SAO CHONG ALIAS WONG FOK KEI ALIAS ELENA ANG SY CHUAN

*85739 *TANG WAI FONG *90318 *IM KA IAN*90384 *TONG KUN NAM *93512 *CHEOK KAM PENG*93574 *LUCIA HUI *94220 *SIO KAM WAI*95784 *LIO KAO MUI *97751 *CHEONG HIO IN*97878 *LEONG SIO IENG *107702 *LEI SUT I*114453 *IEONG HON MUI *116675 *LEONG SIN FONG

De acordo com os termos do artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 26/95/M, de 26 de Junho, o Instituto de Habitação (IH) informa os representantes dos agregados familiares acima referidos, através de ofícios, para se dirigirem pessoalmente ao IH, sita na Travessa Norte do Patane, n.º 102, Ilha Verde, Macau (perto da Escola Primária Luso-Chinesa do Bairro Norte), no dia 10 de Outubro de 2013, às horas fixadas nos respectivos ofícios, para escolha das fracções de habitação económica disponíveis de T2 na zona de Macau.

Nessa altura, os agregados familiares da lista de espera acima referidos devem apresentar os documentos comprovativos (originais e cópias) abaixo mencionados, para efectuar a nova verificação dos requisitos da candidatura da aquisição de habitação económica. Caso as respectivas informações afectem os actuais requisitos da aquisição de fracção ou existirem mudança da composição dos agregados familiares acima referidos, este Instituto irá suspender, imediatamente, o procedimento da escolha de habitação económica:

1. Documentos de identificação de todos os elementos do agregado familiar e os seus cônjuges (caso houver) registados no boletim de candidatura de habitação económica.

2. Prova de casamento (aplicável aos indivíduos casados. Caso tenha entregue ao IH, nos últimos três meses, não é necessário a entregar de novo).

3. Boletim de candidatura dos dados dos agregados familiares de habitação económica devidamente preenchidos e assinados.

De acordo com os termos do n.º 2 do artigo 13.º do decreto-lei acima referido, com as alterações introduzidas pelo Regulamento Administrativo n.º 25/2002, caso os agregados familiares da lista de espera acima referidos não tenham comparecido no IH, no dia e horas fixados, e apresentado os documentos acima referidos, para escolha de habitação ou não pretendam adquirir nenhuma das fracções de habitação económica disponíveis no momento podem optar entre, por motivo não justificado, implica a perda do direito de escolha e passagem automática para o último lugar da lista geral; ou após a apreciação dos dados apresentados, verifique que não reunirem com os requisitos da candidatura, os agregados familiares seleccionados serão excluídos na lista geral.

* Em caso da 2.ª convocação, os agregados familiares seleccionados que não tenham comparecido no IH, no dia e horas fixados, e apresentado os documentos acima referidos, para escolha de habitação ou não pretendam adquirir nenhuma das fracções de habitação económica disponíveis no momento podem optar entre, serão excluídos na lista geral, de acordo com os termos das alínea a) do artigo 14.º do decreto-lei acima referido, com as alterações introduzidas pelo Regulamento Administrativo n.º 25/2002 e alínea 2 do n.º 5 do artigo 60.º da Lei n.º 10/2011.

No intuito de proporcionar os agregados familiares seleccionados para terem mais conhecimentos sobre as informações das fracções de habitação económica disponíveis, o IH juntamente os ofícios enviará em anexo o catálogo com descrições das fracções para venda, tabela dos preços, rácio bonificado, pontos de observação, informações sobre a fracção de modelo. Caso os agregados familiares seleccionados não tenham recebidos os ofícios remetidos pelo IH, até sete dias antes da data fixada, poderão dirigir-se ao IH sito na Travessa Norte do Patane n.º 102, Ilha Verde, Macau) ou consultar através do telefone n.º 2859 4875, durante o horário de expediente.

O Presidente,

Tam Kuong Man

19 de Setembro de 2013

9 publicidadehoje macau terça-feira 24.9.2013

10 hoje macau terça-feira 24.9.2013CHINA

U M tribunal chinês con-denou este domingo a prisão perpétua um dos mais populares políticos

do país, evidenciando o prometido empenho da nova liderança chinesa em combater a corrupção e tentar eliminar uma grande fonte de des-contentamento popular.

Antigo membro do Politburo do Partido Comunista e ex-primeiro secretário da organização em Chon-gqing, o maior município da China, Bo Xilai foi o mais alto líder chinês condenado por corrupção desde que o actual presidente, Xi Jinping, assumiu o cargo de secretário-geral, em Novembro passado.

O tribunal de Jinan, leste da China, deu como provado que Bo Xilai aceitou subornos no valor de cerca de 24 milhões de patacas, crime passível de pena de morte, e considerou-o também culpado de desvio de fundos e abuso do poder.

O julgamento de Bo Xilai foi também considerado “o mais trans-parente” realizado no país, sendo saudado na imprensa oficial como “um grande passo em frente na promoção do primado da lei” e uma demonstração de que “ninguém está acima da lei”.

Num gesto sem precedentes, o tribunal de Jinan recorreu ao Sina Weibo, o Twitter chinês, para relatar o que se passava na sala de audiências, incluindo algumas declarações do acusado.

Bo Xilai admitiu ter cometido “alguns erros”, mas negou todas as acusações que lhe eram imputadas.

Numa carta à família difundida há três dias na imprensa de Hong Kong, Bo Xilai comparou o seu destino ao do pai, o antigo vice-primeiro-ministro Bo Yibo (1908-2007), que passou mais de uma década na prisão acusado de “contra-revolucionário” e que seria depois reabilitado.

Bo Xilai não foi o primeiro membro do Politburo condenado por corrupção nas últimas duas dé-cadas, mas, no seu caso, o veredicto foi o mais severo.

A imprensa oficial chinesa sau-dou a condenação a prisão perpétua do ex-líder Bo Xilai como “uma prova da determinação” da nova liderança da China em combater a corrupção e um “aviso a todos os funcionários corruptos”. “Algumas pessoas acreditavam que Bo nunca

O caso Bo Xilai, nome do ex-líder chinês condenado a prisão perpétua e cujo

processo abalou a reputação do maior partido comunista do mundo, foi comparado a um romance de es-pionagem ao estilo de John Le Carré.

A história inclui até o homi-cídio de um empresário britânico alegadamente relacionado com antigos funcionários do MI-6, os serviços secretos do Reino Unido, mas, neste caso, a fic-ção parece ter ficado aquém da realidade. “Quando aparecem em público, os líderes chineses apresentam-se como um retrato de total solidariedade”, mas “in-ternamente, há renhidas lutas pelo poder, opondo diferentes facções políticas e interesses económicos, e envolvendo grandes doses de corrupção e intriga”, afirmam Pin Ho e Wenguang Huang num livro publicado este verão com o título “A Death in the Lucky Holiday

Hotel - Murder, Money on the Epic Power Struggle in China”.

“Lucky Holiday” é o nome do hotel de Chongqing, leste da China, onde o referido empresário britânico, Neil Heywood, apare-ceu morto, em Novembro de 2011.

A última pessoa vista a sair do quarto de Heywood foi Gu Kailai, uma advogada de sucesso e mulher de Bo Xilai, líder da organização local do Partido Comunista Chinês (PCC) e um dos políticos mais populares do país.

Ex-ministro do Comércio e filho de um antigo vice-primeiro--ministro, Bo Xilai, nascido em 1949, era um “príncipe vermelho” e um forte candidato ao Comité Permanente do Politburo do PCC, a cúpula do poder na China, com-posta por apenas sete elementos.

Publicamente, Bo Xilai as-sumia-se como uma espécie de líder da chamada “nova esquerda”, promovia o revivalismo em torno

da Grande Revolução Cultural Proletária (1966-76) e criticava as crescentes desigualdades sociais. “Como dizia o presidente Mao quando estava a construir a nação, o objectivo da nossa sociedade socialista é assegurar que todos tenham um emprego para trabalhar e comida para comer, e que todos sejam ricos. Se apenas algumas pessoas são ricas, então resvalámos para o capitalismo. Falhámos”, dis-se Bo Xilai numa das suas últimas intervenções públicas.

O filho mais novo, no entanto, estudava em Harvard, nos Estados Unidos, e a mulher tinha vários negócios fora da China com Neil Heywood, e um rico empresário de Dalian, cidade do nordeste da China que Bo Xilai dirigiu na década de 1990.

Gu Kailai foi condenada à morte com pena suspensa por dois anos pelo homicídio de Neil Heywood e o então chefe da po-

lícia de Chongqing, Wang Lijun, que inicialmente encobriu o crime, foi condenado a 15 anos de prisão.

Há um ano, ao anunciar a expulsão de Bo Xilai, a Comis-são Central de Disciplina do PCC afirmou que o antigo líder “violou seriamente a disciplina” e “prejudicou significativamente a reputação da China”.

Durante o julgamento, realiza-do em Agosto passado em Jinan, leste da China, Bo Xilai respondeu por três crimes: corrupção, desvio de fundos, e abuso do poder.

Bo Xilai admitiu ter cometido “alguns erros”, mas negou todas as acusações.

O antigo líder rejeitou mesmo o depoimento da mulher acerca de uma vivenda comprada pela família na Cote d’Azur francesa, qualificando-a como “louca”, e disse que Wang Lijun, o ex-chefe da policia de Chongqing, estava “secretamente apaixonado” por ela.

Todas as pessoas são iguais perante a lei (...) A vontade do povo foi atendida no julgamento de Bo Xilai, o espírito da lei foi também enaltecidoGLOBAL TIMES

CONDENAÇÃO DE BO XILAI REFORÇA CAMPANHA LEVADA A CABO POR PEQUIM CONTRA CORRUPÇÃO

Um julgamento inédito

CASO BO XILAI UMA HISTÓRIA EM QUE A FICÇÃO FICOU AQUÉM DA REALIDADE

Ao estilo de John Le Carré

cairia devido ao seu estatuto e posi-ção (...) O julgamento foi um sinal de alerta para os funcionários cor-ruptos, mostrando a determinação e confiança do governo central para levar por diante a campanha anti--corrupção”, disse o Global Times, num editorial intitulado “Sentença de Bo mostra que o poder da lei é real”. “Todas as pessoas são iguais perante a lei (...) A vontade do povo foi atendida no julgamento de Bo Xilai, o espírito da lei foi também enaltecido”, comentou o Global Times, uma publicação em língua inglesa do grupo “Diário do Povo”, o órgão central do PCC.

O China Daily considerou igual-mente que o julgamento de Bo Xilai “evidenciou a vontade política das autoridades centrais de combater a corrupção com punho de ferro”, mas salientou que a forma como o pro-cesso decorreu “deixou um legado muito mais significativo”. “Antes do julgamento não havia muitas coisas à espera que o julgamento fosse transmitido através de micro blogues (...) Estabeleceu um bom precedente para julgamentos seme-lhantes no futuro”, disse o jornal.

O julgamento de Bo Xilai, realizado num tribunal de Jinan, leste da China, “foi muito mais aberto do que os envolveram an-teriormente altos funcionários”, realçou também a agência noticiosa oficial chinesa Xinhua. “Não haverá excepções quando estão em causa a disciplina do Partido e a lei. Os infractores serão severamente punidos independentemente de quem estiver envolvido ou qualquer que seja o seu posto”, proclama a Xinhua.

11 chinahoje macau terça-feira 24.9.2013

A China vai explorar três milhões de hec-tares de terra cultivá-vel na Ucrânia, num

plano que irá prolongar-se por 50 anos e será o projecto agrícola do gigante asiático no exterior.

De acordo com o diário South China Morning Post, que se publica em língua in-glesa em Hong Kong, uma das duas Regiões Administrativas Especiais da China, a iniciativa representa “um passo significa-tivo nos recentes esforços da

China para estimular as suas empresas nacionais a cultivar terras no exterior, à medida que cresce a procura de alimentos na China a par do processo de urbanização”.

Na primeira fase do pro-jecto a Ucrânia disponibilizará 100.000 hectares de terra de elevada qualidade na região de Dnipropetrovsk, onde a China vai plantar produtos em grão e criar suínos.

A atribuição de terras será, depois, ampliada gradualmente

até chegar a três milhões de hectares.

O acordo para a explora-ção das terras foi assinado em Junho pela empresa chinesa china Xinjiang Production and Construction Corps (XPCC) e a ucraniana KSG Agro.

A XPCC, também conhe-cida como Bingtuan, é uma organização quase militar que se estabeleceu na província de Xinjinag nos anos de 1950 para explorar e habilitar áreas cultiváveis e consolidar defesas

contra a então União Soviética.Apesar da empresa não ter

revelado o volume do investi-mento, a imprensa ucraniana indicou valores próximos das cerca de 20 milhões de patacas.

A China explora cerca de dois milhões de hectares de terras no exterior, entre eles 234.000 hectares na Argentina.

Os produtos colhidos e os animais criados nas terras ucranianas serão vendidos a preços preferenciais para duas empresas chinesas.

A China incitou, na passa-da sexta-feira, a uma rá-pida implementação do

acordo russo-norte-americano que prevê a destruição do arsenal químico da Síria, manifestando esperança relativamente a uma solução política para a crise.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, cujo país é membro permanente do Conse-lho de Segurança da ONU, disse que Pequim estava “firmemente contra o uso de armas químicas por qualquer país ou indivíduo”. “Apoiamos o rápido lançamento do processo para a destruição das armas químicas da Síria”, declarou Wang Yi, na Brookings Institution, em Washington.

Wang Yi também se mos-

trou favorável à realização, “o mais rápido possível”, de uma segunda conferência de Genebra sobre o fim da sangrenta guerra civil na Síria. “Acreditamos que uma solução política é a única forma correcta de resolver a crise síria”, disse, citado pela agência AFP.

O chefe da diplomacia chinesa falava um dia depois de se ter encontrado com o seu homólogo norte-americano, John Kerry, que insistiu que a China deve desempenhar um papel “construtivo” no que toca à questão síria, afirmando que as duas potências tiveram “nítidas divergências” relativamente a uma resposta global ao uso de armas químicas.

Maduro confirma nova linhade crédito chinesaO presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmou este domingo, em Pequim, a assinatura de uma nova linha de crédito com a China no valor de cerca de 40 mil milhões de patacas e um acordo para produzir 200.000 barris de petróleo adicionais por dia. Maduro fez o anúncio pelo Twitter, durante a sua primeira viagem oficial à China como presidente.”Com este crédito financiaremos a habitação, a agricultura, os transportes, a indústria, a construção de estradas, o sector eléctrico e de minério, a saúde, a ciência e a tecnologia”, disse o presidente venezuelano através do microblog. No sector energético, foi firmado um contrato entre a Venezuela e a empresa chinesa Sinopec, que exigirá um investimento de cerca de 110 mil milhões de patacas. O objectivo é produzir, de forma conjunta, 200.000 barris de petróleo por dia.

Presidente afegão realiza visita oficial esta semanaO Presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, vai realizar uma visita de Estado à China entre os dias 25 e 28 deste mês, anunciou ontem o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. A visita de Karzai, que se inicia na quarta-feira, surge a convite do Presidente chinês, Xi Jinping, indicou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Hong Lei, na sua conferência de imprensa diária. Durante a sua estada, o Presidente afegão vai participar da cerimónia de abertura do Fórum Económico Euro-Ásia, refere um despacho da agência oficial chinesa Xinhua.

Produzido primeiro computador transformável do mundo Inspirados pela orgânica do polvo, os cientistas chineses inventaram o primeiro computador transformável do mundo, que recebeu no sábado, em Xangai, a aprovação das autoridades chinesas. No estado normal de funcionamento o computador opera numa estrutura fixa e trabalha através de software. Mas o computador transformável pode alterar a estrutura conforme as exigências dos utilizadores, à semelhança do que se viu no filme Transformers. A inovação faz com que a China se coloque na liderança nesta área a nível global e eleva significativamente o nível do sistema de computadores de alta eficiência, informa a rádio China.

Estudante condenadoa prisão perpétua por homicídioUm estudante chinês, do ensino secundário, acusado de matar uma criança de nove anos, foi condenado à pena de prisão perpétua por um tribunal da cidade de Xizhou, na província de Shanxi, no norte da China, informou sábado a Xinhua. O julgamento não foi aberto ao público devido à tenra idade do homicida. Segundo um documento do tribunal, o estudante, de apelido Lyu, raptou a menina, em Dezembro, tendo depois abusado sexualmente dela antes de a matar. Dez dias depois entregou-se às autoridades.

UCRÂNIA TRÊS MILHÕES DE HECTARES VÃO SER EXPLORADOS POR CHINESES

Projecto para cinquenta anos

CONFORMIDADE RUSSO-NORTE-AMERICANA PREVÊ DESTRUIÇÃO DO ARSENAL QUÍMICO

China encoraja implementação rápida do acordo na Síria

12 hoje macau terça-feira 24.9.2013CINEMAO “Qingdao Oriental Movie Metropolis” vai ser a nova Hollywood em terras chinesas. O empreendimento vai estar completo em 2017, na província de Shandong, pelas mãos da empresa Dalia Wanda Group, do magnata Wang Juanlin, num investimento que ronda as 64 milhões de patacas. Tornar a China numa “potência cultural”, sagrando-se na detentora da maior indústria cinematográfica do mundo no espaço de cinco anos, é um dos objectivos do homem mais rico do Império do Meio, segundo a revista Forbes

HOMEM MAIS RICO DA CHINA, SEGUNDO A FORBES, VAI CRIAR UMA “CIDADE DO CINEMA” NO CONTINENTE

“Chinawood” vai nascer na capital da cerveja

EXPANSÃO DA WANDA PARA O CINEMAA Dalia Wanda Group opera 72 centros comerciais, 38 hotéis de cinco estrelas, mais de 6.000 salas de cinema, 62 lojas e 68 outlets de karaoke. O grupo possui mais de nove milhões de metros quadrados de propriedade investida e tem comprado activos em muitos mercados desenvolvidos, sendo o entretenimento uma parte essencial das ambições do grupo. “Com as fusões e aquisições queremos promover os filmes chineses no exterior. No ano passado, ajudámos três e este ano cinco. A bilheteira não importa, é apenas para dar a conhecer às pessoas “, disse, prevendo que a China irá corresponder às receitas dos Estados Unidos da América em 2018 e dobrá-las em 2023. A empresa de cinema, Wanda Media, envolveu-se no filme de estreia de Keanu Reeves enquanto realizador “Man of Tai Chi”, com Jackie Chan, e no filme de animação “O Rei Macaco: Tumulto no Céu 3D”, com Donnie Yen e Chow Yun-fat.

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A empresa de entre-tenimento Dalia Wanda Group vai avançar com uma

indústria cinematográfica e televisiva de raiz em Qing-dao, capital da cerveja, na península de Shandong, a sul de Pequim. A ideia é que as produções chinesas possam fazer frente às da maior “ci-dade do cinema” do mundo, em Hollywood, nos Estados Unidos.

O “Qingdao Oriental Movie Metropolis” foi apre-sentado por Wang Juanlin, proprietário do grupo, no sábado, numa cerimónia de lançamento que reuniu várias estrelas do cinema ocidental - Leonardo Di Caprio, Nicole Kidman, John Travolta, Ewan McGregor, Christoph Waltz, Kate Beckinsale e Catherine Zeta-Jones - e vedetas chine-sas - Zhang Ziyi, Jet Li e Xu Zheng -, com um calendário que refere Junho de 2016 como o mês em que irá nascer a primeira fase deste mega empreendimento de 376 hec-tares. O projecto, no seu todo, deve estar concluído em 2017.

Neste espaço, mais de 200 hectares estão reservados à produção cinematográfica, com 20 estúdios - entre os quais, o “maior do mundo” com dez mil metros quadrados

e “o maior estúdio subaquá-tico” - que deverão produzir “pelo menos uma centena de filmes anualmente”. Os restantes vão dar lugar a um “museu de cera”, uma sala de projecção com 4.000 lugares e montanhas russas aquáticas, bem como um centro comer-cial, sete hotéis, uma estrutura hospitalar e um iate clube.

O homem mais rico da China, segundo uma clas-sificação recente da revista Forbes, vai investir cerca de 50 mil milhões de yuans (64,2 mil milhões de patacas) no projecto. À France Presse, Wang Juanlin disse que “este é um grande projecto que visa aplicar a política nacional para

tornar [a China] uma potên-cia cultural”, referindo-se ao aparecimento de uma “China-wood” na cena internacional.

A ideia do multimilioná-rio, que se encontra a expandir a empresa globalmente, é transformar a indústria cine-matográfica do país na maior do mundo no espaço de cinco anos. “O futuro da indústria de filmes é na China porque temos 1,3 mil milhões de pessoas e vamos ter o maior negócio cinematográfico do mundo em 2018”, afirmou Wang, que passou 17 anos no Exército de Libertação do Povo Chinês, tendo sido um conselheiro-chave para o Partido Comunista.

13 cinemahoje macau terça-feira 24.9.2013

Aquisição do Piano para o Instituto Politécnico de MacauCONCURSO PÚBLICO N.º 02/DOA/2013

Objecto:Aquisição do Piano para o Instituto Politécnico de Macau.Prazo de validade das propostas do concurso:As propostas do concurso são válidas até 90 dias contados da data de abertura das mesmas.Explicação do Programa do ConcursoHora e Data: 24 de Setembro, pelas 15H00.Local: Divisão de Obras e Aquisições do Instituto Politécnico de Macau, sita na Rua de Luís Gonzaga Gomes.Prazo da Apresentação das propostas do concurso:Hora e Data: 08 de Outubro de 2013, pelas 17H45.Local: Divisão de Obras e Aquisições do Instituto Politécnico de Macau, sita na Rua de Luís Gonzaga Gomes.Abertura das Propostas do Concurso:Data e Hora: 09 de Outubro de 2013, pelas 15H00.Local: Anfiteatro III, 1.º andar do Edifício Wui Chi do Instituto Politécnico de Macau, sita na Avenida de Dr. Rodrigo Rodrigues.Caução Provisória:Devem os concorrentes prestar uma caucão provisória, no valor de $22 000,00 (vinte e duas mil patacas), mediante depósito no Serviço de Contabilidade e Tesouraria do Instituto Politécnico de Macau, ou mediante garantia bancária.A avaliação das propostas do concurso será feita de acordo com os seguintes critérios:- Prazo razoável (40%)- Conformidade de qualidade dos artigos com as exigências do utente (30%)- Poupança de energia e características de segurança (5%)- Garantia/Serviços-pós-venda (10%)- Prazo de entrega (10%)- Curriculum Vitae, competências e experiência do concorrente (5%)Consulta e Aquisição do “Programa do Concurso” e do “Caderno de Encargos”:O “Programa do Concurso” e o “Caderno de Encargos” podem ser consultados e adquiridos na Divisão de Obras e Aquisições do Instituto Politécnico de Macau, sita na Rua de Luís Gonzaga Gomes, mediante o pagamento de MOP100,00 (cem patacas).Horário: de 2ª feira a 5ª feira das 9H00 às 13H00 e das 14H30 às 17H45. 6ª feira das 9H00 às 13H00 e das 14H30 às 17H30.Informações:8599 6178, 8599 6123 e 8599 6287.

Macau, aos 17 de Setembro de 2013.O Presidente, Lei Heong Iok

Aquisição do Sistema Ecrãs no Pavilhão Polidesportivo do Instituto Politécnico de MacauCONCURSO PÚBLICO N.º 03/DOA/2013

Objecto:Aquisição do Sistema Ecrãs no Pavilhão Polidesportivo do Instituto Politécnico de Macau.Prazo de validade das propostas do concurso:As propostas do concurso são válidas até 90 dias contados da data de abertura das mesmas.Explicação do Programa do ConcursoHora e Data: 24 de Setembro, pelas 10H00.Local: Divisão de Obras e Aquisições do Instituto Politécnico de Macau, sita na Rua de Luís Gonzaga Gomes.Prazo da Apresentação das propostas do concurso:Hora e Data: 09 de Outubro de 2013, pelas 17H45.Local: Divisão de Obras e Aquisições do Instituto Politécnico de Macau, sita na Rua de Luís Gonzaga Gomes.Abertura das Propostas do Concurso:Data e Hora: 10 de Outubro de 2013, pelas 10H00.Local: Anfiteatro III, 1.º andar do Edifício Wui Chi do Instituto Politécnico de Macau, sita na Avenida de Dr. Rodrigo Rodrigues.Caução Provisória:Devem os concorrentes prestar uma caucão provisória, no valor de $30 000,00 (trinta mil patacas), mediante depósito no Serviço de Contabilidade e Tesouraria do Instituto Politécnico de Macau, ou mediante garantia bancária.A avaliação das propostas do concurso será feita de acordo com os seguintes critérios:- Prazo razoável (40%)- Conformidade de qualidade dos artigos com as exigências do utente (30%)- Poupança de energia e características de segurança (10%)- Garantia/Serviços-pós-venda (7.5%)- Prazo de entrega (7.5%)- Curriculum Vitae, competências e experiência do concorrente (5%)Consulta e Aquisição do “Programa do Concurso” e do “Caderno de Encargos”:O “Programa do Concurso” e o “Caderno de Encargos” podem ser consultados e adquiridos na Divisão de Obras e Aquisições do Instituto Politécnico de Macau, sita na Rua de Luís Gonzaga Gomes, mediante o pagamento de MOP100,00 (cem patacas).Horário: de 2ª feira a 5ª feira das 9H00 às 13H00 e das 14H30 às 17H45. 6ª feira das 9H00 às 13H00 e das 14H30 às 17H30.Informações:8599 6178, 8599 6123 e 8599 6287.

Macau, aos 17 de Setembro de 2013.O Presidente, Lei Heong Iok

O homem mais rico da China, segundo uma classificação recente da revista Forbes, vai investir cerca de 50 mil milhões de yuans (64,2 mil milhões de patacas) no projecto. À France Presse, Wang Juanlin disse que “este é um grande projecto que visa aplicar a política nacional para tornar [a China] uma potência cultural”, referindo-se ao aparecimento de uma “Chinawood” na cena internacional

HOMEM MAIS RICO DA CHINA, SEGUNDO A FORBES, VAI CRIAR UMA “CIDADE DO CINEMA” NO CONTINENTE

“Chinawood” vai nascer na capital da cerveja

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Esta estrutura política de base do Governo chinês identificou a cultura como um “pilar da indústria” e Wang espera atingir 80 mil milhões de yuans (103 mil milhões de patacas) de receitas anu-ais com o negócio cultural do Wanda. “A economia da China está a crescer rapida-mente mas ainda representa apenas metade da economia dos Estados Unidos, mas em menos de 10 anos vamos con-seguir chegar lá. A indústria do cinema chinês não pode competir com Hollywood e

ainda há uma grande lacuna, mas isso também significa que o potencial é grande. Esta indústria representa apenas 2% da nossa economia, mas na América tem a importância de 20%”, disse.

“A minha meta é que Wan-da seja uma das maiores em-presas do mundo no sector de cultura é por isso que não me aposentei ainda”, sublinhou o magnata de 59 anos, que fez fortuna à conta do sector imobiliário. “Acreditamos que o conceito da indústria de produção de filmes vai

fazer crescer o turismo e o consumo naquele espaço, tornando-o num projecto lu-crativo”, esclareceu Wang aos jornalistas, em declarações divulgadas pelo South China Morning Post.

ÓSCARES CHINESES A CAMINHOO Dalia Wanda Group, entre-tanto, já chegou a uma acordo preliminar com a “Academy of Motion Picture Arts and Sciences”, a organização responsável pelos Óscares da academia norte-americana. Esta instituição vai apoiar a

empresa chinesa a organizar o Festival Internacional de Cinema de Qingdao em to-dos os meses de Setembro a partir de 2016, como um dos maiores do mundo, dentro de três a cinco anos, garantiu, dependendo da aprovação do Governo Central.

Quatro das maiores agên-cias de talentos de entrete-nimento, incluindo a CAA, WME, UTA e ICM, estão a trabalhar de modo a atrair grandes estrelas do cinema, sendo que as mesmas agências já se comprometeram a con-

vidar estrelas internacionais e directores para caminhar na passadeira vermelha neste evento anual e, de outro modo, produzir 30 filmes estrangei-ros por ano.

O continente organiza dois festivais internacionais de fil-mes anualmente, em Pequim e Xangai, mas a sua influên-cia é muito limitada quando comparada com os Óscares dos Estados Unidos da Amé-rica ou o Festival de Cannes, em França. “A China está a tornar-se num dos maiores mercados de filmes. No entanto,

a sua influência na indústria de filmes global é ainda fraca. Precisamos desesperadamente de uma marca para impulsionar a imagem e posição da indústria cinematográfica da China”, acrescentou Wang.

Depois de adquirir a cadeia de televisão dos Estados Unidos AMC por 2,6 mil milhões de dólares (20,4 mil milhões de patacas) em Junho passado, a Wanda vai continuar a procurar outros alvos de aquisição na indústria de cinema dos EUA, confirmou o magnata.

Wang Jianlin disse mes-mo, em entrevista ao The Wall Street Journal, que a empresa irá trabalhar mais intensamente com os estúdios de Hollywood num futuro próximo e pretende anunciar dois acordos de co-produção no fim do ano. No entanto, Wang recusou-se a revelar mais detalhes. “Esperamos que algumas das empresas com as quais trabalhamos venham a tornar-se parcerias de sucesso, transformando-se em ‘joint ventures’ de longo prazo”, frisou. Segundo anunciou, o projecto seria criado em Hong Kong devido a restrições legais que impedem a sua criação noutro lugar na China.

Zhang Ziyi

14 publicidade hoje macau terça-feira 24.9.2013

15hoje macau terça-feira 24.9.2013 VIDA

N AS contas oficiais, o fim do gelo no Árctico durante o Verão está mais perto do que se esperava.

Um rascunho do relatório da quinta avaliação do Painel Intergoverna-mental para as Alterações Climáti-cas (IPCC, sigla em inglês), avança que “é provável um oceano Árctico quase sem gelo antes do meio do século”, cita o Financial Times, na passada quinta-feira.

O jornal britânico teve acesso ao rascunho do relatório do organismo das Nações Unidas. O IPCC lança, com alguns anos de distância, ava-liações com vários relatórios sobre as alterações climáticas causadas pela actividade humana, os impac-tos dessas alterações, e medidas que sirvam de adaptação.

Previamente, na quarta avaliação do IPCC, publicada em 2007, esse momento – que se prevê vir a ser um testemunho definidor das alterações

climáticas – estava estimado para o final deste século. Mas o rascunho do relatório da nova avaliação, que vai começar a ser publicada a 27 de Setembro mas que só deverá ser totalmente concluída no início do próximo ano, antecipa o fim de gelo no Pólo Norte. As estimativas dependem da quantidade de gases com efeito de estufa que poderão ser emitidos para a atmosfera nas dé-cadas futuras. “Esta nova avaliação do Árctico é um dos mais notáveis aspectos do relatório”, considera o Financial Times. O documento é o produto do trabalho de 800 cien-tistas de 200 países do mundo que pertencem ao IPCC, um organismo com 25 anos de idade. Um Árctico sem gelo oferece ao tráfego comer-cial novas rotas, mas o documento descreve o fenómeno como uma “bomba-relógio económica”, já que uma subida de temperatura pode ajudar a libertar o metano contido

no permafrost, os solos gelados que existem nas latitudes mais a norte. Este metano pode acelerar as alterações climáticas.

Outra conclusão central do rascunho, diz o jornal britânico, é a de que os cientistas estão mais certos do que nunca que a causa das alterações climáticas é devido à libertação de gases com efeitos de estufa nas actividades humanas. “É extremamente provável que a influência humana no clima seja a causa de mais de metade da subida das temperaturas médias globais ob-servadas à superfície para o período de tempo entre 1951-2010”, lê-se no rascunho do relatório transcrito pelo Financial Times. De acordo com o documento, esta actividade humana causou o aquecimento dos oceanos, o degelo, o aumento do nível médio do mar e mudou alguns extremos climáticos durante a segunda metade do século XX.

HOJE NO CHÁVENA

Drosera

Paula BichoNaturopata e Fitoterapeuta • obichodabotica@gmail.com

Assine-oTELEFONE 28752401 | FAX 28752405

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EM 2050, O ÁRCTICO NÃO DEVERÁ TER GELO NO VERÃO

Realidade preocupanteNome botânico: Drosera rotundifolia L.Família: Droseraceae.Nomes populares: Orvalhinha; Orva-lho-do-sol; Rabo-de-raposo; Rorela

Espécie protegida por se encontrar em extinção, a Drosera é uma planta com cerca de 15 cm de altura e pequenas flores brancas formando cachos. As folhas, dispostas em roseta basal, têm um longo pecíolo e são ar-redondadas; encontram-se cobertas por uns pelinhos avermelhados e pe-gajosos, terminando com umas gotas de um suco brilhante e viscoso rico em enzimas. A sua curiosa aparência permite atrair, aprisionar e digerir os insetos que dela se aproximam, estimando-se em cerca de 2000 num só verão. Habita locais húmidos e pan-tanosos, especialmente de montanha, na Europa, Ásia e América do Norte.Considerada uma planta carnívora, a Drosera atraiu, no passado, alquimis-tas, bruxos e adivinhos. Mas não só. As suas virtudes medicinais há muito que são conhecidas. No século XII, os monges já a usavam para aliviar a tosse irritante. Atualmente, são utili-zadas igualmente espécies africanas (Drosera madagascariensis DC.) com idênticas propriedades. Em fitoterapia usa-se a parte aérea da planta.

COMPOSIÇÃONaftoquinonas (plumbagona), fla-vonoides, antocianósidos, taninos, mucilagens, ácidos orgânicos, uma enzima que degrada as proteínas semelhante à pepsina do nosso suco gástrico, vitamina C, sais minerais (cálcio, enxofre, fósforo, magnésio) e oligoelementos (alumínio, ferro, manganésio, silício).

AÇÃO TERAPÊUTICAEsta pequena planta combate os es-pasmos e acalma a tosse, dissolve as mucosidades e facilita a expetoração, desinflama e auxilia a regenerar os tecidos das mucosas respiratórias, tem atividade antibiótica sendo eficaz

contra estreptococos, estafilococos e pneumococos, e reduz a intensidade da reação alérgica. Por tudo isto, a Drosera é ideal para a tosse, espe-cialmente a tosse seca ou irritativa, e para todas as afeções das vias respiratórias que dela se acompa-nham: faringite, laringite, traqueíte, tosse convulsa, bronquite aguda ou crónica, bronquiolite, asma e tosse provocada por alergénios como o pó, pólenes ou pelos de animais. É especialmente recomendada para as crianças.Os estudos científicos apoiam o seu uso na tosse espasmódica e tosse seca. Na doença pulmonar obstrutiva crónica, uma fórmula de plantas con-tendo Drosera demonstrou melhorar a função respiratória e a oxigenação do sangue, melhorando a qualidade de vida dos doentes.

OUTRAS PROPRIEDADESAplicada topicamente, a Drosera provoca um afluxo de sangue ao local aliviando a dor e inflamação, razão pela qual tem sido utilizada tradicionalmente em dores muscula-res, articulares e nevralgias. O suco aplicado em calos e verrugas ajuda a removê-los. COMO TOMARUSO INTERNO• Infusão: 1 colher de sopa por chá-vena de água fervente. Tomar 4 ou 5 chávenas por dia adoçadas com mel.• Em xarope ou gotas, participando em fórmulas de plantas para a tosse, de acordo com as indicações. Para as crianças optar por preparações sem álcool.

USO EXTERNOSuco da planta fresca: Aplicar topica-mente em calos e verrugas.

PRECAUÇÕESNão são conhecidas. Em caso de dúvida, consulte o seu profissional de saúde.

PORTUGAL BRILHA NOS CÉUS DE MACAU

16 hoje macau terça-feira 24.9.2013CULTURA

JOSÉ C. MENDESinfo@hojemacau.com.mo

A Direcção dos Serviços de Tu-r ismo (DST) desenvolveram

este fim-de-semana, em Hong Kong, uma acção de promoção da 60.ª edição do evento, a acontecer no pró-ximo mês de Novembro. Na ocasião, e contrariamente ao que seria de esperar, a can-ção eleita para representar o acontecimento, não foi interpretada por Filipe Tou, o intérprete vencedor do concurso efectuado em Maio para eleger precisamente a canção representativa da-quele que é considerado o maior evento desportivo do território.

Nascido em Macau há 36 anos, Filipe Tou, que para além de intérprete, criou em conjunto com Mok Ka Hang o tema “Nº 1” mostrou-se “surpreendido e magoado” com aquilo que se passou este sábado. No Facebook as reacções não se fizeram esperar, sendo muitos os comentários de indignação e de solidarie-dade para com o cantor macaense.

No entanto, as regras do jogo são evidentes, e o regulamento do con-curso “Tema Musical do

O autor da canção está em Taiwan e por isso resolvemos arranjar dois cantores de Macau para interpretar o tema. Contactámos com o agente dele, mas como estava em Taiwan, pensámos que esta era a melhor soluçãoHELENA DE SENNA FERNANDES directorados Serviços de Turismo

CRIADOR DA CANÇÃO DO GP DE MACAU MAGOADO COM PROMOÇÃO DO EVENTO EM HONG KONG

Filipe Tou colocado em segundo plano

Grande Prémio de Macau 2013”, não podia ser mais claro: “O Grande Prémio de Macau detém todos os direitos de autor da música vencedora, e tem o direito de fazer novos arranjos, editar, reescrever a letra, reinterpretar, executar a música vencedora, e tais actos não requerem auto-rização ou pagamento de qualquer valor ao compo-sitor original da música vencedora”, pode ler-se no regulamento publicado.

Contactado pelo HM,

Filipe Tou, reconheceu que os direitos da canção pertencem à organização, mas não esperava, que na primeira acção de promo-ção a interpretação fosse entregue a outra pessoa. “Sei que os direitos pertencem à comissão organizadora. Mas enquanto músico profissio-nal, a canção é minha. Fui eu que a escrevi e não estava à espera que ela fosse entregue a outra pessoa para a cantar no primeiro evento promo-cional”. O acontecimento apanhou-o desprevenido,

embora o seu agente tivesse sido contactado em Julho, sobre a possibilidade de se deslocar a Hong Kong. “Recebemos dois e-mails diferentes, em datas distin-tas, a convidarem-me para participar no evento. O meu agente respondeu a ambos com o mesmo orçamento, mas nunca mais obtivemos resposta. Nunca pensei que o espectáculo fosse para a frente, nem que me iriam substituir. Ninguém me dis-se nada, não fazia a mínima ideia”, afirmou.

E surpreendidos tam-bém devem ter ficado muitos dos fãs do cantor macaense, a residir actu-almente em Taiwan, que não deixaram de expressar a sua revolta na sua página do Facebook. “Do ponto de vista legal é correcto, mas do ponto de vista racional não faz sentido nenhum”, escreve um utilizador. “Meu Deus, como é que isto é pos-sível?!”, acrescenta outro, ou ainda “Isto é uma enorme

falta de respeito para com o cantor.”

Curiosa, no mínimo, é a mensagem de solidariedade do cantor que interpretou o tema no evento de Hong Kong, Terence Siuffay. “O Filipe é quem consegue can-tar melhor esta canção. É o seu estilo. Para nós, foi muito difícil. Não desanime.”

A JUSTIFICAÇÃO OFICIALDa Comissão do Grande Prémio de Macau também chegou uma mensagem ao Facebook reafirmando a de-tenção dos direitos autorais, mas deixando a porta aberta para uma futura participação do cantor macaense em pró-ximas acções promocionais. “De acordo com o regula-mento os direitos desta can-ção pertencem à comissão organizadora e esperamos poder contar com a participa-ção de Filipe Tou para cantar de novo este tema”, lê-se na mensagem da organização.

O cantor não descarta. “Sim, com certeza que

estarei disponível, mas não sei quando, e se isso irá acontecer. Terão de falar com o meu agente para tratar dos pormenores. Mas não sei se me irão chamar a mim ou a outra pessoa”, diz Filipe Tou, que se afirma orgulhoso por ser macaense e ter criado esta canção. “Tenho muito orgulho em ter escrito esta canção, fi--la com o coração e espero que Macau também tenha orgulho dela. Sou um com-positor macaense que leva a sua música até Taiwan e digo sempre isso às pessoas. Que sou de Macau. Tenho muito orgulho nisso. Já re-presentei e promovi Macau em vários lugares como no Kuwait, em Xangai ou em Pequim, e o que me magoa mais é estar a fazer algo por Macau e como respos-ta receber isto”, lamentou Filipe Tou.

“Enquanto artista, gosto que outras pessoas cantem a minha canção, é uma coisa boa, mas nesta ocasião par-ticular, é difícil de aceitar. Espero poder voltar a cantá--la futuramente em acções ligadas ao Grande Prémio de Macau. Mas o mais engraçado é que não fui eu o primeiro a cantá-la. Amo Macau e continuarei sempre a amar e a escrever canções para esta terra. Só peço que me respeitem como artista”, desabafou Filipe Tou.

Contactada pelo HM, a directora dos Serviços de Turismo, Helena de Senna Fernandes, afirmou que os serviços tentaram trazer o cantor até Hong Kong, mas tal não foi possível por este residir em Taiwan. “O autor da canção está em Taiwan e por isso resolvemos arranjar dois cantores de Macau para interpretar o tema. Contactámos com o agente dele, mas como estava em Taiwan, pensámos que esta era a melhor solução”.

Questionada sobre a possibilidade de, no futuro, a política a seguir nestas acções ser a mesma, Helena Senna Fernandes, não foi peremp-tória. “Temos de trabalhar de forma prática, mas também depende dos horários dele. Hoje em dia os cantores também têm a sua vida e nem sempre podem participar nos nossos eventos.”

Este fim-de-semana ficou marcado pela actuação de Portugal no 25.º Concurso Internacional de Fogo de Artifício de Macau. A empresa portuguesa Macedo’s Pirotecnia, Lda., que já venceu anteriormente em 2000 e participa no evento pela quinta vez, representou as cores lusas.

Filipe Tou (à direita)

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17 culturahoje macau terça-feira 24.9.2013

A banda portuguesa “Bla-ck Dog Blues Band” é uma das 12 finalistas de um concurso mundial

de ‘jazz & blues’, lançado pela operadora de jogo Sands China, e tem actuação em Macau marcada para Outubro.

A “Black Dog Blues Band” é constituída por Daniel Henri-ques (voz e harmónica) Eduardo Fernandes (bateria), Rodolfo Cró (guitarra) e Paulo Aveiro (baixo).

As 12 bandas finalistas vão ‘lutar’ por uma parte do prémio de 500 mil dólares de Hong Kong durante o “Cotai Jazz & Blues Festival”, que decorrerá entre 11 e 13 de Outubro no Venetian Macau, que alberga o maior casino do mundo, mostrando o que valem em actuações de meia hora sob o olhar de um júri.

Além da “Black Dog Blues Band”, a lista de finalistas integra “Andrey Kondakov Quartet” (Rússia /Espanha/Brasil), “Liz Rosa” (Bra-sil), “Bossa Negra” (Brasil/Hong Kong/Singapura/Austrália), “Andy Frasco & the U.N.”, “Low Down Brass Band” e Manami Morita (as três dos EUA), “Chekov” (China), “Bleu Rascals” (Filipinas), “Co.Thai project” (Tailândia), “Big Bang Blues” (Índia) e “Turrini-Bonivento--Trevisani Trio” (Itália).

A organizadora do evento anun-ciou, em comunicado, que as actua-

O vice-presidente do Instituto Cultural do Governo de

Macau, Yao Jing Ming, elo-giou o modelo de fixação de indústrias criativas em Óbidos como um exemplo que aquela região adminis-trativa poderá seguir para diversificar a economia local. “É muito interessante o projecto de fixação de empresas criativas na vila e pensamos que é um modelo de onde poderemos retirar algumas ideias para aplicar em Macau, apesar de ser um território bastante di-ferente”, disse à Lusa Yao Jing Ming, vice-presidente do Instituto Cultural do

BANDA PORTUGUESA ENTRE FINALISTAS DE CONCURSO INTERNACIONAL DE JAZZ

O cão preto está na final

IC ELOGIA MODELO DE FIXAÇÃO DE EMPRESAS CRIATIVAS

Exemplo vem de Óbidos

ções vão conduzir a uma ronda final já com apenas cinco dos 12 finalistas, os quais vão protagonizar um derra-deiro espectáculo, após o que serão anunciados os três vencedores.

O trio de vencedores vai ser escolhido por um júri formado por “personalidades conhecidas da cena do ‘jazz & blues’”, com base nos critérios de estilo/inter-pretação, improvisação, técnica, musicalidade, actuação e reacção por parte do público.

O primeiro classificado vai re-ceber um prémio de 250 mil dólares de Hong Kong, o segundo de 150 mil e o terceiro de 100 mil dólares.

O “Cotai Jazz & Blues Festival” foi criado em 2012, ano em que contou com cerca de 100 candida-turas, duas delas de Portugal, que não chegaram à final.

Na edição de 2012, os norte--americanos “The Main Squeeze”, de Indiana, foram os vencedores e os chineses “Red Groove”, de Xangai, e os norte-americanos “Spoke”, de Nova Iorque, ficaram em segundo e terceiro lugar, respectivamente. - Lusa

Governo da Região Ad-ministrativa Especial de Macau.

Yao Jing Ming está em Portugal a chefiar uma delegação de 12 membros do Conselho Consultivo para o Desenvolvimento da Indústria Criativa e Cultural de Macau com o objectivo de “conhecer os projectos que Portugal está a desenvolver neste momento, uma vez que Macau também precisa de diversificar de forma adequada a sua economia que depende em cerca de 80% das receitas do jogo”.

O Parque Tecnológico de Óbidos e o ABC, uma

incubadora de empresas localizada num antigo convento restaurado foram os primeiros projectos visi-tados pela delegação cujo líder elogiou “o modelo baseado no aproveitamento de património abandonado para albergar este tipo de empresas”.

Apesar das diferenças entre Óbidos e Macau, “uma cidade muito mais po-pulosa, desenvolvida e com mais edifícios modernos do que património histórico”, Yao Jing Ming acredita que “algumas ideias poderão ser aproveitadas ou adaptadas à nossa realidade é a política de diversificação económi-ca em que o Governo está a apostar”.

Depois de Óbidos, a delegação visita esta tarde a Universidade de Coimbra no âmbito da deslocação que compreende ainda a passagem pelo Porto e que culmina, no dia 24, com uma mesa redonda, em Lisboa, sob o tema “Património, Criatividade e Tecnologia”. - Lusa

18 hoje macau terça-feira 24.9.2013DESPORTO

ANÚNCIO

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HM-1ªvez 24-9-13PROCESSO: Confiança Judicial CV1-13-0016-MPS 1º Juízo Cível

----- A MÃE BIOLÓGICA DO REQUERIDO: SU-PARTI, nascida em 16 de Dezembro de 1980, de nacio-nalidade Indonesiana, titular do passaporte da Indonésia nº APx850x1, ora ausente em parte incerta. -------------------- O Dr. SENG IOI MAN, Mmº, Juíz de Direito do 1º Juí-zo Cível do Tribunal Judicial de Base da R.A.E.M.: --------------- FAZ-SE SABER que, nos autos de Confiança Judicial acima indicados, é por este meio citado a mãe biológica do requerido para, no prazo de DEZ DIAS, que começa a cor-rer depois de finda a dilação de TRINTA DIAS, contada da data da segunda e última publicação do anúncio, deduzir querendo, oposição à Confiança Judicial do seu filho aos requerentes, nos termos de artº. 147º n.º 1 do Decreto-Lei 65/99/M.----------------------------------------------------------------- R.A.E.M., aos 10 de Setembro de 2013. -----------------

MARCO CARVALHOinfo@hojemacau.com.mo

D OIS jogos, duas derrotas, dez go-los sofridos, ne-nhum marcado.

Este é, até ao momento, o balanço do desempenho da Selecção de Sub-16 de Ma-cau no fase de qualificação para o Campeonato Asiático da categoria. A vizinha Re-gião Administrativa Espe-cial de Hong Kong acolhe até ao próximo domingo os trâmites de apuramento referentes ao Grupo G do processo de qualificação para a fase final da prova, mas os jovens craques do território dificilmente con-seguirão marcar presença na fase decisiva de uma competição que terá a Tai-lândia como país anfitrião no próximo ano.

Orientada pelo macaense João Rosa, a selecção de Sub-16 do território ficou in-tegrada num grupo um tanto ou quanto exigente. Realiza-do no final de Abril em Kuala Lumpur, o sorteio ditou que Macau tivesse de esgrimir ar-gumentos com Hong Kong,

A Associação dos Co-mités Olímpicos de Língua Oficial Por-

tuguesa (ACOLOP) decidiu em Assembleia-Geral extra-ordinária adiar para 18 a 29 de Janeiro de 2014 a terceira edição dos Jogos da Lusofo-nia previstos para Novembro.

O adiamento dos jogos “foi uma decisão unânime” dos associados da ACOLOP e “mostra a grande unidade” existente na associação, explicou Alex Vong, presi-dente da ACOLOP.

O mesmo responsável recordou que a “força da ACOLOP reside na solida-riedade e cooperação” entre todos os membros e que “é necessário perceber que nem todos os comités olímpicos participantes” possuem as mesmas capacidades de realização. “Por isso é pre-ciso entendimento no sen-tido do reforço da unidade continuidade dos Jogos da Lusofonia”, afirmou.

O adiamento dos Jogos da Lusofonia acontece porque as instalações desportivas ne-cessárias aos jogos não estão todas concluídas prevendo--se, no entanto, para breve a conclusão dos trabalhos.

Na reunião que decorreu em Macau ficou também decidida uma visita de ins-pecção a Goa em Dezembro.

JOGOS DA LUSOFONIA EM GOA ADIADOS

Até JaneiroAntes da prova na Índia,

os membros da ACOLOP podem participar noutros eventos em conjunto como seja a Volta do Cacau do ci-clismo em São Tomé e Prín-cipe ainda em Setembro, a Maratona Internacional de Macau e a corrida de São Silvestre em Luanda, am-bas no mês de Dezembro.

O adiamento dos Jogos poderá, contudo, limitar a participação de alguns países em todas as nove modalidades como é o caso de Portugal.

Em declarações à agên-cia Lusa, José Manuel Constantino, presidente do Comité Olímpico de Portugal, disse que o adia-mento dos jogos “é a solu-ção possível atendendo ao atraso” da construção das infra-estruturas”. “Para nós não é positivo porque vai mexer com os quadros competitivos quer nacio-nais quer internacionais que já estão programados, mas enfim, as circunstâncias assim o impuseram”, disse o mesmo responsável.

José Manuel Constanti-no disse também que será “muito difícil” Portugal participar em todas as modalidades, “designa-damente nas colectivas”, embora tudo tenha de ser conversado e decidido com as federações. “Faremos os possíveis para ter uma delegação condigna, mas respeitando também aquilo que são os compromissos das nossas federações na-cionais”, acrescentou.

Para o futuro dos Jogos da Lusofonia, José Manuel Constantino defende que há que olhar para a questão e “fazer uma reavaliação se o modelo é o adequado e se há condições para este regime de rotatividade en-tre os países na realização dos Jogos da Lusofonia”, até porque, defendeu, re-plicar Macau é difícil até porque custa dinheiro. “Temos que verificar se sim ou não este modelo é o modelo exequível ou se, por outro lado, pode haver a realização de jogos que envolvam todos os países integrantes da ACOLOP sem, naturalmente, terem a expressão que têm tido até à data até porque é muito difícil de manter e de sus-tentar, até porque é muito caro”, concluiu. - Lusa

FUTEBOL MACAU PERDE COM TAIWAN E COM HONG KONG POR 5-0

Jovens craques à deriva

com Taiwan, com Singapura e com a Austrália para garan-tir a passagem à fase final do Campeonato Asiático. Dois

dos duelos já se concretiza-ram e em nada abonaram às aspirações da mais jovem das selecções do território.

Macau estreou-se no pro-cesso de qualificação para o Asiático frente a Taiwan e não teve argumentos para

contrariar o favoritismo do onze formosino. O conjun-to taiwanês não demorou a chamar a si a vantagem,

inaugurando o marcador aos nove minutos por inter-médio de Yu Chia-huang. Dois minutos depois, os sub-16 da Formosa dupli-caram a vantagem, numa jogada concluída por Tsou Yu-chieh. Aos 33 minutos, Huang Jyun-wun apontou o terceiro do onze de Taiwan e a quatro minutos do inter-valo Lan Hao-yu estendeu a vantagem para as quatro bolas a zero na conversão de uma grande penalidade. Yu Chia-huang encerrou a marcha do marcador aos 62 minutos, ao apontar o quinto golo da partida, segundo da conta pessoal.

Ontem, a selecção orien-tada por João Rosa voltou a entrar em campo e voltou a sofrer nova derrota copiosa. Frente à anfitriã Hong Kong, a selecção jovem do territó-rio voltou a não evidenciar grandes argumentos para contrariar o melhor futebol do adversário e acabou derrotada por cinco bolas a zero. O grupo de trabalho orientado por João Rosa vol-ta a entrar em acção a meio da manhã desta quarta-feira, frente à Austrália.

19 desportohoje macau terça-feira 24.9.2013

MARCO CARVALHOInfo@hojemacau.com.mo

O Sporting Clube de Macau deu um passo de gigante rumo

à permanência no principal escalão de futebol de sete do território, ao derrotar a formação do Organismo Autónomo Desportivo da Casa de Portugal pela mar-gem mínima, em desafio a contar para a quinta ronda do Grupo A da competição. O encontro – o segundo de três a colocar frente-a-frente formações de matriz portu-guesa na presente edição da “Bolinha” - opunha duas formações com ambições, perspectivas e necessidades similares. Tanto o emblema orientado por Mandinho e José Maria Pegado, como o grupo de trabalho dirigido por Pelé faziam da conquista dos três pontos um desígnio, com o objectivo de escapar aos lugares fundeiros da classificação e à conse-quentes descida ao segundo escalão.

Os leões do território acabaram por ser mais felizes, mas foi a Casa de Portugal a criar as primei-ras grandes oportunidades do desafio. O francês Ni-cholas Friedmann voltou a ser uma das figuras de proa da equipa orientada pelo são-tomense Pelé e é dos pés do franzino dian-teiro que nasce a primeira

Tenista Zhang Shuai conquistaprimeiro troféu do circuito profissionalA tenista chinesa Zhang Shuai conquistou o primeiro troféu da carreira no circuito profissional feminino (WTA), ao vencer o torneio de Cantão, na China. Zang Shuai, número 112 do “ranking” mundial, superiorizou-se na final à norte-americana Vania King, 124.ª da hierarquia, em dois “sets”, pelos parciais de 7-6 (7-1) e 6-1. Esta foi a segunda vez que as duas jogadoras se cruzaram no circuito profissional, depois de se terem defrontado na ronda inaugural do torneio de Tóquio de 2011. Nesse embate venceu Vania King, por expressivos 6-1 e 6-0.

José Gonçalves fica a um segundo do vencedorda Volta à China em bicicletaO português José Gonçalves (La Pomme Marseille) terminou a Volta à China em bicicleta a um segundo do vencedor, o russo Kiryll Pozdnyakov (Baku Cycling), após ter sido segundo na sexta e última etapa. Pozdnyakov foi o mais rápido ao concluir em 3:43.01 horas os 137,2 quilómetros entre Zunyi Songkan e Zunyi, conquistando um segundo de vantagem sobre os principais perseguidores, casos de Gonçalves e dos espanhóis Constantino Zaballa (Christina Watches-Onfone) e Aritz Bagües (Kalparsoro). Com este desfecho, Pozdnyakov venceu a Volta à China, com um segundo de vantagem sobre Zaballa, antigo corredor da LA-MSS, LA-Rota dos Móveis e do CC Loulé, e de Gonçalves. O outro português na corrida chinesa, Fábio Silvestre (Leopard Trek) concluiu a tirada no 38.º lugar, a 9.26 minutos do vencedor, e terminou a prova no 37.º posto, a 11.17 minutos de Pozdnyakov.

BOLINHA MONTE CARLO VENCE LAM PAK E CONSERVA LIDERANÇA

Sporting derrota Casa de Portugal

grande oportunidade da partida. Cheang Hok Man responde ao remate cruza-do de Friedmann com um ligeiro desvio e no pontapé de canto que se seguiu, o

avançado francês voltou a semear o pânico no último reduto adversário, desta feita através de um remate de cabeça.

Rápido a repor a bola,

Cheang Hok Man potenciou o contra-atraque dos leões, numa jogada conduzida por Pascoal Júnior. O avançado, de origem moçambicana, aguentou a pressão dos

defesas adversários e per-correu meio-campo com a bola nos pés, mas acabou por rematar denunciado para a defesa fácil de Rafael Cardoso.

A resposta do Organis-mo Autónomo Desportivo materializou-se na recta final da primeira parte e teve novamente Nicholas Friedman como principal arquitecto. Numa jogada de génio, o dianteiro fran-cês cirandou à frente da muralha defensiva monta-da pelos leões e desmarcou José Manuel Costa na fren-te de ataque, mas o capitão da Casa de Portugal não conseguiu levar a melhor sobre Cheang Hok Man no um contra um com o guarda-redes do Sporting.

EQUILÍBRIO AO INTERVALOO encontro chegou ao in-tervalo com o nulo a pautar o andamento do marcador, mas a igualdade não perdu-rou por muito tempo. Mais expeditos na recta inicial da segunda metade, os leões tiraram proveito do desgaste físico do adversá-rio e chegaram ao golo aos 46 minutos, na sequência de uma jogada rápida con-duzida por Pascoal Júnior. O dianteiro arrastou atrás de si dois adversários, an-tes de abrir para o coração da grande área da Casa de Portugal, onde estava Henrique Ferreira. Sem oposição, o camisola 21 do

Sporting – que começara o jogo no banco – empurrou com acerto e facilidade para o fundo das redes à guarda de Rafael Cardoso. A formação orientada por Pelé não baixou os braços e Jorge Rodrigues Silva qua-se empatou a partida pouco depois, num cabeceamento a que Cheang Hok Man respondeu com uma defesa soberba. A última grande oportunidade do encontro pertenceu, ainda assim, ao Sporting e a Pascoal Júnior. O dianteiro conduziu um contra-ataque rápido pelo flanco esquerdo e levou a melhor sobre três defesas adversários antes de rema-tar de forma perdulária à baliza da Casa de Portugal em Macau.

Com o triunfo obtido frente à formação orientada por Pelé, o Sporting fugiu aos derradeiros lugares da tabela e colocou-se em boa posição para garantir a ma-nutenção na principal prova do futebol de sete de Macau.

No outro extremo da classificação, no que diz respeito às contas do Grupo A, o Monte Carlo resistiu incólume a um dos desafios mais exigentes que tinha pela frente na primeira fase da prova e conservou a liderança isolada da classificação. A formação “canarinha” derrotou o Lam Pak por três bolas a duas, num desafio que teve em Chan Man a sua principal figura. O jovem marcou os três golos com que o Monte Carlo levou a melhor sobre o arqui-rival. Os golos do Lam Pak foram apontados por Li Keng Pan e pelo brasileiro William Carlos Gomes.

ANTÓ

NIO

MIL

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ENS

20 publicidade hoje macau terça-feira 24.9.2013

ANÚNCIO 【N.º 181/2013】

Para os devidos efeitos vimos por este meio notificar os representantes dos agregados familiares da lista de candidatos a habitação social abaixo indicados, no uso da competência delegada pela alínea 11) e 14) do n.º 3 do Despacho n.º 62/IH/2013, publicado no Boletim Oficial da RAEM, n.º 34, II Série, de 21 de Agosto de 2013 e nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro:

Nome N.º do boletim de candidaturaLEONG KA LON 31200907022LAM WAI KEONG 31200900358SUN CHON MAN* 31200906937*SIN SOI KUONG 31200902310

Após as verificações deste Instituto, notamos que os representantes dos agregados familiares ou os seus cônjuges de candidatos a habitação social acima mencionados são proprietários de fracções autónomas na Região Administrativa Especial de Macau, desde o termo do prazo para entrega do boletim de candidatura até à data de assinatura do contrato de arrendamento com este Instituto, pelo que, estes não reúnem os requisitos exigidos para a candidatura, nos termos das alíneas 2) do n.º 4 do artigo 3.º do Regulamento Administrativo n.º 25/2009(Atribuição, Arrendamento e Administração de Habitação Social). De acordo com os artigos 93.º e 94.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, devem apresentar, por escrito, as suas contestações e todas as provas testemunhais, materiais, documentais ou as demais provas, no prazo de 10 dias, a contar da data de publicação do presente anúncio.

Se não apresentarem as contestações no prazo fixado ou as mesmas não forem aceites por este Instituto, as respectivas candidaturas serão excluídas da lista geral de espera por IH, nos termos dos artigo 5.º e alínea 2) do artigo 11.º do Regulamento de Candidatura para Atribuição de Habitação Social, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 296/2009, e n.º 2 do artigo 9.º do Regulamento de Candidatura para Atribuição de Habitação Social, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 296/2009, alterado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 141/2012.

*Simultaneamente, será cessado a concessão de abono de residência por o agregado familiar beneficiário ter sido excluido da lista geral de espera, e implicando a restituição do abono recebido a partir do mês seguinte ao da verificação da respectiva ocorrência, de acordo com os termos da alínea 1) do n.º 1 e n.º 3 do artigo 8.º do Regulamento Administrativo n.º 23/2008(Plano Provisório de Atribuição de Abono de Residência a Agregados Familiares da Lista de Candidatos a Habitação Social). No caso de dúvidas, poderão dirigir-se ao IH, sito na Travessa Norte do Patane, n.º 102, Ilha Verde, Macau, durante as horas de expediente, ou contactar Sr. Wong, através o tel. n.º 2859 4875 (Ext. 266), para consulta do processo.

O Chefe do Departamento de Habitação Pública,

Chan Wa Keong18 de Setembro de 2013

ANÚNCIO【N.º 183/2013】

Para os devidos efeitos vimos por este meio notificar os representantes dos agregados familiares da lista de candidatos a habitação social abaixo indicados, no uso da competência delegada pela alínea 11) e 14) do n.º 3 do Despacho n.º 62/IH/2013, publicado no Boletim Oficial da RAEM, n.º 34, II Série, de 21 de Agosto de 2013 e nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro:

Nome N.º do boletim de candidatura

KU UT UN 5021212

NG CHUN HONG* 5015109*

Após as verificações deste Instituto, notamos que o total do rendimento mensal dos agregados familiares de candidatos a habitação social acima mencionados ultrapassam o valor constante da tabela I do n.º 1 do Despacho do Chefe do Executivo n.º 179/2012, alterado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 23/2013, pelo que, estes não reúnem os requisitos exigidos para a candidatura, nos termos da tabela I do n.º 1 do Despacho do Chefe do Executivo n.º 179/2012, alterado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 23/2013, alínea 3 do artigo 2.º e n.º 1 do artigo 3.º do Regulamento Administrativo n.º 25/2009 (Atribuição, Arrendamento e Administração de Habitação Social). De acordo com os artigos 93.º e 94.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, devem apresentar, por escrito, as suas contestações e todas as provas testemunhais, materiais, documentais ou as demais provas, no prazo de 10 dias, a contar da data de publicação do presente anúncio. Se não apresentarem as contestações no prazo fixado ou as mesmas não forem aceites por este Instituto, as respectivas candidaturas serão excluídas da lista geral de espera por IH, nos termos dos n.º 1 do artigo 46.º do Regulamento Administrativo n.º 25/2009 (Atribuição, Arrendamento e Administração de Habitação Social), artigo 5.º e alínea 2) do artigo 11.º do Regulamento de Candidatura para Atribuição de Habitação Social, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 296/2009, e n.º 2 do artigo 9.º do Regulamento de Candidatura para Atribuição de Habitação Social, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 296/2009, alterado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 141/2012.

*Simultaneamente, será cessado a concessão de abono de residência por o agregado familiar beneficiário ter sido excluido da lista geral de espera, e implicando a restituição do abono recebido a partir do mês seguinte ao da verificação da respectiva ocorrência, de acordo com os termos da alínea 1) do n.º 1 e n.º 3 do artigo 8.º do Regulamento Administrativo n.º 23/2008(Plano Provisório de Atribuição de Abono de Residência a Agregados Familiares da Lista de Candidatos a Habitação Social). No caso de dúvidas, poderão dirigir-se ao IH, sito na Travessa Norte do Patane, n.º 102, Ilha Verde, Macau, durante as horas de expediente, ou contactar Sr. Wong através o tel. n.º 2859 4875 (Ext. 266), para consulta do processo.

O Chefe do Departamento de Habitação Pública,

Chan Wa Keong 19 de Setembro de 2013

C I N E M A Cineteatro[ T E L E ] V I S Ã O

Pu Yi

À VENDA NA LIVRARIA PORTUGUESA

RUA DE S. DOMINGOS 16-18 • TEL: +853 28566442 | 28515915 • FAX: +853 28378014 • MAIL@LIVRARIAPORTUGUESA.NET

hoje macau terça-feira 24.9.2013 FUTILIDADES 21

TEMPO AGUACEIROS OCASIONAIS MIN 26 MAX 30 HUM 80-95% • EURO 10.7 BAHT 0.2 YUAN 1.3

POR MIM

FALO

Poucas surpresas

[ ] SALA 1SADAKO 2 [C]FALADO EM JAPONÊS LEGENDADO EM CHINÊSUm filme de: Tsutomu HanabusaCom: Miori Takimoto, Koji Seto, Itsumi Oosawa14.30, 16.15, 18.00, 21.45

2 GUNS [C]Um filme de: Baltasar KormakurCom: Denzel Washington, Mark Wahlberg, Paula Patoon19.45

SALA 2 PARANOIA [B]Um filme de: Roberto LuketicCom: Liam Hemsworth, Amber Heard, Harrison Ford 14.30, 16.30, 19.30, 21.30

SALA 3JOBS [B]Um filme de: Joshua Michael SternCom: Ashton Kutcher14.30, 16.45, 19.15, 21.30

TDM13:00 TDM News - Repetição13:30 Telejornal + 360° (Diferido)14:30 RTPi DIRECTO17:40 Caminho das Índias (Repetição)18:30 TDM Desporto (Repetição)19:30 Vingança20:30 Telejornal21:00 TDM Entrevista21:40 Irmãos e Irmãs Sr.A22:20 Caminho das Índias23:00 TDM News23:30 Portugal Água Tão Perto00:30 Telejornal (Repetição)01:00 RTPi DIRECTO

RTPi 8214:00 Telejornal Madeira14:35 Geosfera15:00 Iniciativa15:30 O Nosso Tempo16:00 Bom Dia Portugal17:00 Ler +, Ler Melhor17:05 Verão Cá Dentro18:15 O Teu Olhar (Telenovela)19:05 Viva a Música20:00 Jornal da Tarde 21:15 O Preço Certo 22:00 Profissões22:30 Portugal no Coração

30 - FOX Sports13:00 Liga Bbva 2013/14 Valencia CF vs. Sevilla FC14:30 Archery World Cup 201315:00 NASCAR Sprint Cup Series 201318:00 The Football Review 2012 - 1318:30 Liga Bbva 2013/14 Weekly Review19:30 (LIVE) FOX SPORTS Central20:00 Dutch Eredivisie 2013/14 Highlights21:00 La Liga 2013/14 Real Madrid CF vs. Getafe CF22:00 FOX SPORTS Central22:30 The Ultimate Fighter 1823:23 Singha Football Crazy 223:30 The Football Review 2012 - 1323:55 (LIVE) AFC Cup 2013 Al Faisaly vs. Kitchee

31 - STAR Sports 13:00 Planet Speed 2013/1413:30 Motorsports@ Petronas14:00 Kite Europeans14:30 WTA - Guangzhou International Women’s Open Semifinals15:55 (LIVE) AFC Cup 2013 Semen Padang vs. East Bengal18:00 Rolex Grand Slam Of Show Jumping18:30 WTA - Guangzhou International Women’s Open Final20:00 FIM Supermoto World Championship 2013 Highlights Grand Prix of Sicilia20:30 FIA World Touring Car Championship 2013 - Highlights21:00 Golf Focus 201321:30 (LIVE) Score Tonight 201322:00 The Football Review 2012 - 1322:30 Golf Focus 201323:00 V8 Supercars C’ship Series 2013 - Highlights23:55 Score Tonight 201300:25 Liga Bbva 2013/14 Real Valladolid vs. Atletico de Madrid01:55 (LIVE) Liga Bbva 2013/14 FC Barcelona vs. Real Sociedad03:55 (LIVE) Liga Bbva 2013/14 Atletico de Madrid vs. CA Osasuna

40 - FOX Movies11:50 The Covenant13:30 Lawless15:25 13 Going On 3017:05 John Carter19:20 Stolen21:00 Con Air22:55 Once Upon A Time23:45 Lawless

41 - HBO12:00 Tower Heist13:45 Innocent Moves Aka Searching For Bobby Fischer15:30 Puss In Boots17:00 One Day18:50 The Matrix Revolutions21:00 The Three Musketeers22:50 Serangoon Road23:50 Fun With Dick And Jane

42 - Cinemax12:15 The Marksman14:00 The Quick And The Dead16:00 Robinson Crusoe On Mars18:15 Wonder Woman20:00 Battle Los Angeles22:00 Spartacus: War Of The Damned23:00 Texas Chainsaw Massacre The Next Generation00:30 John Carpenter Presents Vampires

JOBS

M A C A U [ S Ã ] A S S A D ONOÇÃO DE LIBERDADE Foto: José C. Mendes

• É sempre agradável passear pelos jardins de Macau. Têm-se aquela sensação de “ibrtade” inigualável. Muitos, levando a coisa mais à letra afirmam mesmo que é proibido “ibrtar” peixes. Seja como for, haja liberdade de compreender que nem sempre temos “ibrtade”.

QUANTAS MADRUGADAS TEM A NOITE • Ondjaki“Quantas Madrugadas Tem a Noite” está destinado a ser um marco na literatura angolana e na literatura de língua portuguesa em geral. Com uma extraordinária mestria narrativa, Ondjaki conta aqui uma história em que não se sabe o que admirar mais, se a fulgurante imaginação do autor, se a sua capacidade para a criação de tipos e situações carregados de significado, se a sua capacidade para elevar a linguagem coloquial a um altíssimo nível literário. O humor, a farsa, o lirismo, a tragédia, o horror, todos estes sentimentos são aqui convocados e expostos, com a fluência de quem conta, simplesmente, uma história, na Luanda dos dias de hoje. Assim: «A vida não é um carnaval? Vou te mostrar alguns dançarinos, damos e damas, diabo e Deus, a maka da existência. Transformo só o material pra lhe dar forma, utilidade. O artista molha as mãos pra trabalhar o destino do barro? Eu molho o coração no álcool pra fazer castelo das areias em cima das estórias... Uma noite, quantas madrugadas tem?»

SENHOR D • Alan Lightman “Se bem me lembro, tinha acabado de acordar de uma pequena sesta quando decidi criar o universo.” Assim começa o divertido e profundo romance de Alan Lightman: a história da Criação do Universo, narrada por Deus. Enfastiado com a vida no reluzente Vazio e incapaz de continuar a suportar as discussões entre o tio Deva e a tia Penélope, o Senhor d decide divertir-se um pouco e criar o tempo, o espaço e a matéria. E, entusiasmado, não pára. A seguir vêm as estrelas, os planetas, a matéria animada, a consciência e, por fim, os seres inteligentes com dilemas morais. Mas mesmo os melhores planos podem ter consequências imprevistas e o “Senhor d” depressa descobre que a sua criação do espaço e do tempo gera também um diabólico rival, o misterioso Belhor. Adversário intelectual à sua altura, o irritante Belhor exige uma explicação para o inexplicável e defende a existência e necessidade do Mal. À medida que o seu universo preferido atinge a maturidade, o Senhor d começa a compreender até que ponto o ato da criação pode mudar o próprio Criador.

IDepois uma semana recontagens e polémicas, os resultados finais não trazem qualquer mudança. A lista Nova Esperança, de José Pereira Coutinho, continua a elege o seu segundo deputado. Na verdade, quem fica a sofrer é Angela Leong que, apesar de já ter recorrido em tribunal, deverá permanecer sozinha na Assembleia Legislativa.Mas, mais do que estas incertezas, o que me causa alguma apreensão é a votação da população de Macau. Os idosos votam em peso e os mais jovens nem por isso, o que me deixa a pensar que a população não vota a pensar do longo-prazo e naquilo que pode ser melhorado no futuro. É tudo no imediato, nos interesses do curto-prazo.Lembro-me de uma deputada – Kwan Tsui Hang - que se mostrou contra a ajuda pecuniária através do famoso cheque e foi logo criticada. Ela trazia à baila os problemas com os olhos postos no futuro e muitos entenderam que ela era, simplesmente, contra o cheque. É uma pena...Contudo, quero deixar claro que não estou a usar este espaço para defender essa deputada, nem qualquer outro. Eu sou um gato e vejo as coisas de modo muito prático. Para mim ou é justo ou é injusto, e só nesses pressupostos me movo.

IIO maior tufão acabou por ser uma bufa. Fez, disse e aconteceu, e no final de contas não causou grandes transtornos para além dos problemas nos aeroportos e portos marítimos. Pelo menos em Macau, já que na China morreram mais do que 20 pessoas. Na verdade, este tufão lembra-me muita da forma de fazer política em Macau. Muito barulho e depois nada.É preciso que as pessoas se foquem no presente e no futuro. Chega de pormenores do passado, de quezílias que não ajudam ninguém nem a RAEM.Contudo, nem tudo ficou resolvido no passado e isso pode ter repercussões no futuro. É preciso que resolvam as coisas e não se deixem para amanhã. Esta constante incerteza, que paira na cabeça de quem se preocupa verdadeiramente pelos desígnios da RAEM, é um pedra constante em muitos sapatos. É preciso que a população tem uma consciência cívica a longo-prazo, e que não se olhe apenas para os umbigos, para os seus próprios interesses, porque ninguém é eterno. Amanhã morremos e o que será de Macau? Isso ninguém fala...

22 hoje macau terça-feira 24.9.2013OPINIÃO

O Brasil «respira futebol» e adora o samba. Criou-se mesmo a ideia que o futebol e o samba constituíam uma espécie de «ópio do povo», que arredava para segundo plano, todos os problema de desigualdades económicas e de injustiças sociais. Foi assim durante décadas,

desde o tempo das ditaduras militares, até à era da democracia pluripartidária.

Porém, o que se passou durante o cam-peonato das confederações de futebol e continua a acontecer, com manifestações um pouco por todo o país, algumas com actos de violência, trouxeram à superfície graves problemas, pondo em causa o governo da Presidente Dilma.

Os gastos exagerados com os estádios de futebol cerca de 12 mil milhões, tanto quanto

Os brasileiros saíram à rua por considerarem mais importante e prioritário o investimento na saúde, educação e em melhores salários e transportes urbanos, deixando para segundo plano o futebol e os grandes eventos desportivos que aí vêm!

O Brasil, já não é só Samba e Futebol!foi gasto pelos Países que organizaram os três últimos campeonatos do mundo, e as responsabilidades financeiras assumidas com a organização do que terá lugar em 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2018, trouxeram para a rua centenas de milhares de cidadãos em protestos em várias cidades do Brasil.

A indignação teve como primeiro motivo a má qualidade e o aumento dos custos nos transportes urbanos, mas depressa se es-tendeu aos graves problemas existentes nas áreas da saúde, da educação e à corrupção, que dizem existir na classe política.

Numa tentativa de fuga para a frente, a Presidente, reconheceu o perigo e a importân-cia das manifestações, chegando a defender a necessidade de consultar o Povo através de um referendo, tendo contudo, sido travada pela inconstitucionalidade da sua pretensão.

Prometeu também, a criação de um fundo financeiro de dezenas de milhões de

reais, oriundo das vendas do petróleo, para responder aos anseios da população.

Independentemente da evolução da situação e do cumprimento das promessas,

cartoon por Stephff ELEIÇÕES NA ALEMANHA

o Governo Brasileiro, foi surpreendido, porventura, quando menos esperava, isto porque decorria um grande evento do tão querido futebol!

Uma conclusão se pode tirar deste mega protesto: Os brasileiros saíram à rua por considerarem mais importante e prioritário o investimento na saúde, educação e em melhores salários e transportes urbanos, deixando para segundo plano o futebol e os grandes eventos desportivos que aí vêm!

Com esta atitude verdadeiramente surpreendente, o campeonato das confe-derações de futebol no Brasil, serviu de pretexto, funcionando como um meio para destapar algumas misérias e atingir outros, porventura mais objectivos, colocando em xeque a classe política que governa um dos Países emergentes, com mais potencial de crescimento e de riqueza. O grande proble-ma, neste caso, estará na sua distribuição!

desporto e não sóFERNANDO VINHAIS GUEDES

lacional mais afectado, só não saem do País os que não podem. Mão de obra qualificada desaparece todos os dias em direcção às fronteiras. A fuga é semelhante aos níveis do êxodo dos anos 60. São 100 mil portu-gueses que viram costas à Pátria em cada ano nos últimos anos, a maioria deles com boa qualificação profissional, ao contrário de antigamente. O desemprego alastra, mesmo descontando este abandono.

A austeridade é exigida sobre os aposen-tados, os trabalhadores por conta de outrem, as viúvas e viúvos. A cobardia política governamental nem ousa dirigir-se com tais modos aos ricalhaços, aos que ficam a ganhar muito mais com a crise, aos que recebem mensalmente reformas vitalícias de dezenas de milhar, os que colocam milhões no exterior, fora do alcance dos impostos. Esses, rebolam-se de gozo, propõem legis-lação terrorista contra as pessoas, ameaçam.

As elites construídas em plena fancaria política e governativa, são sempre assim, des-providas de dignidade. Como não é crível que apareça movimento ou figura aglutinadora de vontades, com outras políticas, outras pro-postas, o abismo aumenta em cada instante.

Portugal não devia merecer que esta gente se pavoneasse pelos poderes. Ou será que merece?

A Nação devia, decididamente, provar que não é merecedora de tal subjugação. Devia correr com tão desprezível gente. Guardar-se-á para as eleições? Aguardará pela contagem dos 40 por cento que irão votar e, destes, uma magra maioria colocará mais ou menos os mesmos na condução do País?

Perversão da democracia. E os abutres sabem disso.

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Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editor Gonçalo Lobo Pinheiro Redacção Andreia Sofia Silva; Cecilia Lin; Joana de Freitas; José C. Mendes; Rita Marques Ramos; Zhou Xuefei [estagiária] Colaboradores Amélia Vieira; Ana Cristina Alves; António Falcão; António Graça de Abreu; Hugo Pinto; José Simões Morais; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros Colunistas Arnaldo Gonçalves; David Chan; Fernando Eloy ; Fernando Vinhais Guedes; Gonçalo Alvim; Helder Fernando; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; Leocardo; Paul Chan Wai Chi Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia António Falcão, Gonçalo Lobo Pinheiro; Tiago Alcântara; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva (publicidade@hojemacau.com.mo) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail info@hojemacau.com.mo Sítio www.hojemacau.com.mo

RicaRdo Pinhotwitter.com/ricardo

«O óptimo é inimigo do bom», diz o medíocre.

disse-me um passarinho...

hoje macau terça-feira 24.9.2013

T ECLO esta crónica ainda em Portugal, onde a crise, nascida e crescida no colo corrupto dos mais ricos e de-savergonhados da Europa e do mundo, tem sobrealimentado precisamente os que mais têm e mais continuam a explorar.

Como o clima continental português é único na Europa, a

gastronomia também, a bonomia dos locais idem, as narrativas e os vestígios edificados de História, as paisagens, o conforto moder-no, tudo fica ali à mão de semear e colher logo a seguir, o País, mesmo com menos espanhóis em algumas regiões, enche-se de turistas nórdicos e outros, todos interessados em conhecer tudo ao pormenor. Turistas visivelmente bem dispostos, disponíveis a comunicar, a aprender a língua, ensaiar expressões em português, sobre o fado, so-bre os pratos que escolhem, os vinhos que sempre surpreendem, os bairros ou cidades que visitam, o artesanato que apreciam.

Pelo que me dizem, não é apenas Lisboa, ou o litoral alentejano pelas praias de Tróia, Costa Vicentina, o turismo rural ou o Algarve a permanecerem na moda.

Cidades como o Porto com muito mo-vimento no seu aeroporto internacional, e Guimarães com património medieval apre-sentado de forma dinâmica, a Veneza por-tuguesa que é Aveiro, cada vez mais bonita, ou outra cidade à beira-rio que é Viana do Castelo, ou mesmo, majestática, a Bragança enigmática e românica, são cidades procu-radas por motivos diversificados, tal como Braga onde o turismo religioso também é significativo. Depois, o coração da Costa Verde, o Parque da Peneda-Gerês, as navega-ções lindíssimas pelo Douro, a beleza rural e histórico-patrimonial do verde Minho, enfim o ambiente mais a norte é também a busca de muitos e atentos visitantes, bem falados, bem comidos e bem bebidos, alimentados ainda de conhecimento histórico, afagados por um clima singular, fãs incondicionais da célebre e cada vez mais autêntica e sábia hospitalidade portuguesa.

Por isto, pelo trabalho, dedicação, amor verdadeiro às suas terras, as populações fazem no dia a dia com que Portugal valha a pena. O machado decapitador empunhado

A Nação devia, decididamente, provar que não é merecedora de tal subjugação. Devia correr com tão desprezível gente. Guardar-se-á para as eleições? Aguardará pela contagem dos 40 por cento que irão votar e, destes, uma magra maioria colocará mais ou menos os mesmos na condução do País?

Os abutres

pela governança instalada em Lisboa, esse é a erva daninha, o veneno letal que sufoca.

Felizmente, a generalidade dos estran-geiros não está por dentro da miserável desgovernança que sacrifica os que querem realizar, esmaga os que menos podem, para favorecer sem hesitações os nababos que há décadas vivem à custa das piores políticas que o País alguma vez viveu.

As falcatruas fantasiosas que todos os dias aparecem na triste campanha eleitoral para as autárquicas, envergonham qualquer cida-dão. Aparecem “independentes” plantados e colhidos à pressa, com falsa vergonha dos partidos a que pertencem. Os partidos polí-ticos do parasitariamente denominado “arco

da governação”, atrapalham-se uns aos outros num arrastar sem chama, sem ideias, sem convicções. Ao mesmo tempo vão fazendo imitações de pré-campanhas eleitorais para as legislativas. A patetice é tanta que o sujeito que passa por ser o líder do “maior partido da oposição”, até promete devolver o dinheiro dos cortes feitos aos portugueses pelo actual trambolho governativo, quando, quiçá por outro acidente do anedotário político portu-guês, for ele o próximo primeiro-ministro.

Pelas auto-estradas é um deserto, foram milhares de milhões que se derreteram pelo asfalto nos últimos 30 anos, para agora poucos as utilizarem.

Da juventude habilitada, o sector popu-

à f lor da peleHELDER FERNANDO

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hoje macau terça-feira 24.9.2013

A taxa de inflação em Ma-cau fixou-se em 5,39% no ano terminado em

Agosto face aos 12 meses ime-diatamente anteriores, indicam dados oficiais divulgados.

De acordo com os Ser-viços de Estatística e Cen-sos (DSEC), registaram-se acréscimos significativos nos índices de preços das secções de habitação e combustíveis (8,75%) e de produtos alimen-tares e bebidas não alcoólicas (6,76%). Em sentido inverso, houve uma descida (3,10%) no da educação.

Face ao mesmo mês de 2012, o Índice de Preços no Consumi-dor (IPC) aumentou 5,31%, num crescimento impulsionado pela ascensão de preços das refeições adquiridas fora de casa, das excursões turísticas ao exterior e das rendas de casa.

“Subidas notáveis” foram registadas nos índices de pre-ços das secções de habitação e combustíveis (10,74%); saúde (6,38%) e produtos alimentares e bebidas não alcoólicas (6,09%) comparativamente ao apurado em Agosto do ano passado, as quais se ficaram a dever, segundo a DSEC, ao aumento das rendas, dos preços das con-sultas externas; dos preços das refeições adquiridas fora de casa e ainda dos preços dos produtos alimentares frescos e vivos.

Em contrapartida, os índi-ces de preços das secções da educação e das comunicações diminuíram 3,14% e 2,58%, respectivamente.

Já em termos mensais, o IPC geral expandiu-se 0,17%, sobre-tudo devido à subida de preços do gás de petróleo liquefeito, dos produtos hortícolas, das rendas de casa, das excursões turísticas ao exterior, das refeições adqui-ridas fora de casa e dos serviços domésticos.

Os índices de preços das secções da habitação e combus-tíveis, da recreação e cultura e de equipamento doméstico e materiais de utilização corrente elevaram-se 1,20%, 0,99% e 0,86%, respectivamente, face a Julho.

Em sentido inverso, o índice de preços da secção do vestuário e calçado desceu 3,76%, graças aos saldos do vestuário e calçado de verão.

No cômputo dos oito pri-meiros meses do ano, o IPC geral médio cresceu, em termos anuais, 5,28%. - Lusa

OS novos empréstimos hi-potecários para a habitação

aprovados pelos bancos de Ma-cau aumentaram 49,1% em Ju-lho, face ao mês anterior, e 17,7% em termos anuais, para 4,5 mil milhões de patacas. De acordo com estatísticas publicadas pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM), do total, 98,3 % dos empréstimos foram concedidos a residentes locais. Em termos de montantes aprovados, os novos empréstimos hipotecários para habitação concedidos aos resi-dentes subiram 51,9% e os aos não-residentes desceram 27,3% face a Junho. Em sentido inverso, em Julho, e face ao mês anterior, diminuíram em 33,7% os novos empréstimos comerciais para a actividade imobiliária aprovados pela banca de Macau, os quais se cifraram em 2,6 mil milhões de patacas. Do total, 95,5% foram concedidos a locais. Já face a igual período do ano passado, os novos empréstimos comerciais

para actividades imobiliárias caíram 47,7%, segundo os mesmos dados da AMCM. No final de Julho, o saldo bruto dos empréstimos hipotecários para habitação atingiu os 108,4 mil milhões, um acréscimo de 1,9% relativamente ao mês anterior e de 25,9% em termos anuais. Por outro lado, o saldo bruto dos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias dimi-nuiu 1,2% em termos mensais e aumentou 18,6% em termos anu-ais, totalizando 77,4 mil milhões de patacas. O rácio das dívidas não pagas aos empréstimos hipotecários para habitação foi de 0,05%, em Julho, traduzindo descidas ligeiras relativamente ao mês anterior e ao período homólogo de 2012. O rácio dos empréstimos comerciais para actividades imobiliárias em dívida manteve-se inalterado em relação ao mês anterior e ao período homólogo do ano passado, atingindo 0,08%. - Lusa

TAXA DE INFLAÇÃO FIXOU-SE EM 5,39%

Em alta

Empréstimos hipotecáriospara habitação subiram 49,1%