8
1 FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO PARA ANIMADORES Diocese de São José dos Campos - SP - Informavo das CEBs - Ano IX - Outubro/Novembro/Dezembro de 2013 - Nº 88 2 Palavra do Assessor Página 4 Missionariedade Página 6 PJ e CEBs Página 3 Cantos da Comunidade Página 5 Rumo ao 13º Página Um Santo Natal a todos! Ano Novo na Luz do Senhor!

Jornal das CEBs - diocese de São José dos Campos - SP

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Jornal das CEBs - diocese de São José dos Campos - SP

Citation preview

Page 1: Jornal  das CEBs - diocese de São José dos Campos - SP

1

FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO PARA ANIMADORES

Lá vem o Trem das CEBs...Diocese de São José dos Campos - SP - Informativo das CEBs - Ano IX - Outubro/Novembro/Dezembro de 2013 - Nº 88

2• Palavra do Assessor

Pági

na 4• Missionariedade

Pági

na 6• PJ e CEBs

Pági

na3• Cantos da Comunidade

Pági

na 5• Rumo ao 13º

Pági

na

Um Santo Natal a todos! Ano Novo na Luz do Senhor!

Page 2: Jornal  das CEBs - diocese de São José dos Campos - SP

2

cho mais que sagrado no profano.”Por fim, a consulta ao documen-

to pode ser feita no site da Bibliote-ca Digital da USP, que disponibiliza o arquivo em PDF logo abaixo do avi-so que estabelece as condições de uso, no seguinte endereço eletrônico:

http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/

tde-03022010-121123/pt-br.php.

Jairo Augusto dos Santos (Guto).

:: Palavra do Assessor

Olá, queridos amigos e amigas das Comunidades Eclesiais de Base.

Estamos chegando ao final de mais um ano, e é sempre bom nos reunirmos para celebrar nossas conquistas, para nos alegrarmos com nossa família Cebs.

E como já realizamos todos os anos - sempre no último domingo de novembro - teremos o nosso Encontro Celebrativo no próximo dia 24 das 08h da manhã às 16h, na Chácara Lopes, no Bairro Rio Comprido.

Este encontro é uma oportunida-de para fortalecer os vínculos desta família – Cebs, e também uma moti-vação para os projetos propostos para o próximo ano. É oportunidade de rever muitas pessoas e de conhecer outras, aumentando nosso parentes-co e fortalecendo nossa Identidade.

O Encontro Celebrativo é movido

pelo entusiasmo e pela partilha, colu-nas que sustentam todos os animadores e animadoras da Cebs. Por isso, quere-mos neste Encontro de 2013, celebrar com nossas famílias, um dia muito es-pecial, um dia de Encontro e Encanto.

Encontro que desponta para o diálogo, para uma relação saudá-vel e de vida comungada e partilha-da, vivida e celebrada em Família.

Encanto que nos motiva cada dia mais, a seguir fiel à missão con-fiada por Jesus a cada um de nós – Ser Testemunha da Boa Nova.

Também já estamos próximos do Natal. Não é mais um Natal que vamos celebrar, mas sim, o Natal do Senhor, o Natal de Jesus. O Menino pelo qual deve-mos nos apaixonar todos os dias e acom-panhá-lo apresentando-O ao mundo.

O Natal nos traz a certeza de que

Deus quer está plenamente conosco. Ele quer nos conduzir e quer que tenha-mos atitudes semelhantes às suas. Que amemos sem medida e que cultivemos o Amor como manifestação direta dos sentimentos divinos, pela humanidade.

Deus quer nascer todos os dias no coração da humanidade. Por isso, se revela como amor, e como Amor, ama sua criação, ama tanto, que neste Natal, quer fazer do nosso coração, a sua casa.

Amigos, convido todos a olharmos para o Menino Deus, a abrir os olhos do coração e sentir com ele o coração da humanidade. Para todos os cristãos vale muito a figura do Menino Jesus que está sobre as palhinhas sendo aque-cido pelo bafo do boi e do jumento.

Deixemos que o Menino cres-ça em nossa casa, em nossa família, em nosso trabalho; que Ele nos ensi-

ne cada dia, a sermos cristãos e dis-cípulos, apaixonados pelo Reino.

Um abraço e minha bênção a todo o povo de Deus que faz parte das Comunidades Eclesiais de Base.

Pe. Fabiano KleberCavalcante do Amaral

Assessor Diocesano das CEBs

Encontro Celebrativo – 2012/Natal do Senhor

Formação e Informaçãopara Animadores

Publicação trimestral das Comunida-

des Eclesiais de Base (CEBs) da Diocese de

São José dos Campos. Diretor: Pe. Djalma

Lopes de Siqueira - Administrador Dioce-

sano – Diretor Técnico: Pe. Fabiano Kleber

Cavalcante do Amaral. Jornalista respon-

sável: Ana Lúcia Zombardi - Mtb 28.496.

Realização da Equipe de Formação/

Assessores das CEBs

Revisão Redacional: Diácono José Apa-

recido de Oliveira (Cido) - Diagramação: Fa-

brício Gustavo Flausino - Impressão: Katú

Editora Gráfica. CNPJ: 556.333.347/0001-

00 - Tiragem: 4.000 exemplares.

“As matérias assinadas e opiniões expressas

são de responsabilidade de seus autores”.

Sugestões, críticas, artigos,envie para:

[email protected]

exPedIente

Ler com SaborAo inaugurar uma nova seção do nos-

so In-formativo, com o desafio de propor leituras, filmes, dicas de eventos culturais e similares, para que façamos juntos uma leitura do mundo e das coisas que acon-tecem ao nosso redor, não apenas em busca do saber, mas também em busca do sabor das coisas que nos alimentam, sustentam e dão prazer, inúmeras foram as possibilidades que se apresentaram.

No entanto, escolhi uma dentre elas que pode nos ajudar a não só olhar para trás sobre a nossa história enquanto Igre-ja que caminha, mas, acima de tudo, tam-bém nos ajudar a perceber as inúmeras lutas que ainda precisamos travar e os novos caminhos a serem desbravados sem medo, com coragem e em favor da-quela evangélica opção preferencial pe-los pobres que, em muitas igrejas, púlpi-tos e sermões, fora deixada de lado, seja pelo compromisso exigente que tal op-ção acarrete, seja por uma interpretação equivocada de parcela significativa da comunidade eclesial que a considera fora de moda ou ultrapassada, privilegiando--se ultimamente uma vivência eclesial mais individualista que comunitária.

Sendo assim, passo a apresentar como sugestão de leitura a tese de doutorado de Alfredo César da Veiga, defendida em 2009 no Programa de Pós-Graduação em História Social do De-

partamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, cujo título é: “Teologia da Libertação: Nascimento, ex-pansão, recuo e sobrevivência da imagem do excluído dos anos 1970 à época atual”, que sem dúvida, vem melhor apresenta-da através das palavras do próprio autor no Resumo que transcrevemos a seguir:

“Destaca a reconstituição histórica e estética do processo da arte político-re-ligiosa no Brasil de 1970 aos dias atuais.

O período marca o nascimento, ex-pansão, recuo e sobrevivência da Te-ologia da Libertação, e junto com o discurso que brota dessa reflexão, nas-ceu uma produção iconográfica pró-pria e que escapa daqueles modelos consagrados pela teologia tradicional.

O negro, o índio, o retirante nor-destino, a mulher marginalizada, em-prestam seus rostos à Virgem Maria e a Jesus Cristo, a fim de reafirmar o nascimento de um homem novo que surge dos escombros da colonização e da dependência política e econômi-ca que marcaram a América Latina.

As figuras, os desenhos, os carta-zes, as expressões corporais, se trans-formaram em documentos que essa teologia produziu ao longo das dé-cadas e que aqui serão abordados.

De fato, o que nos interessa de per-

to, não é privilegiar questões de estilo, mas compreender, através de dados ico-nográficos, a latência de uma teologia exuberante e eficaz em sua intenção de se tornar a voz do pobre e marginalizado.

A hipótese da pesquisa se constitui no problema referente ao processo de sacra-lização de iconografias, personagens pro-fanos sob a égide da Teologia da Liberta-ção no decorrer desse período no Brasil.

A originalidade está em mostrar como esse ideário tomou forma através de re-presentações pictóricas que facilitavam a sua compreensão e aceitação por parte do povo, especialmente o morador da pe-riferia das grandes cidades ou do campo.

Nesses lugares, graças a essa estraté-gia, conjugada a outras, como canções, danças e novos rituais, a Teologia da Li-bertação teve grande aceitação e força, semeando, através das CEBs (Comuni-dades Eclesiais de Base), a proposta da criação de uma nova sociedade, baseada em relações mais justas e fraternas, supe-rando a exploração e a opressão dos po-derosos a serviço do sistema capitalista.

No entanto, a partir do final dos anos 1980, o rosto do sagrado estampado no rosto do pobre começa a esmaecer, sinal de um retorno conservador na Igreja.

Apesar disso, esse rosto re-siste e atravessa os tempos reve-lando a sobrevivência de um ni-

Page 3: Jornal  das CEBs - diocese de São José dos Campos - SP

3

“Gente simples, fazendo coisas pequenas, em lugares pouco impor-

tantes, consegue mudançasextraordinárias.”

Documento 92 - CNBB

*MENSAGEM AO POVO DE DEUS SOBRE AS COMUNIDADES

ECLESIAIS DE BASE

*COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE NA IGREJA DO BRASIL

PARA APROFUNDAMENTO - SUGERIMOS PARA LEITURA E ESTUDO:DICA DE

LEITURACEBs

Venham todos, cantemos um canto que nasce na terracanto novo de paz e esperança em tem-po de guerraneste instante há inocentes tombando nas mãos de tiranostomar terra, ter lucros matando são es-ses seus planos.

EIS O TEMPO DE GRAÇAS/ EIS O DIA DA LIBERTAÇÃODE CABEÇA ERGUIDAS/ DE BRAÇOS UNIDOS IRMÃOSHAVEREMOS DE VER QUAQUER DIA CHEGANDO A VITÓRIAO POVO NAS RUAS FAZENDO A HISTÓ-RIACRIANÇAS SORRINDO EM TODA NA-ÇÃO.

Lavradores, Raimundo, José, Margari-da, Nativo, Assumir sua luta e seu sonho por nós é precisohaveremos de honrar todo aquele que caiu lutando

contra os muros e cercas da morte ja-mais recuando.Ó Senhor Deus da vida, escuta este nos-so cantarPois contigo o povo oprimido há de sem-pre contarPara além da injuria e da morte conduze nossa genteQue teu reino triunfe na terra deste con-tinente

Mais uma música do cantor das Co-munidades, Zé Vicente.

É o Canto dos Mártires da Terra. Pro-fetas de nossa gente.

É o Sangue dos Mártires no Sangue de Jesus.

Verdadeiro Testemunho de luta pela Vida.

O tempo presente clama por Profetas.Pessoas que nos ajudam a enxergar

melhor as contradições da vida, da socie-dade, da Igreja.

Perceber as contradições e superá--las, construindo a Terra Sem Males, Pro-metida desde nossos Pais, na certeza de sua chegada.

Cantos da Comunidade Cantos que embalam nossa mística

Continuação: Canto dos Mártires da Terra (Zé Vicente)

Não é um caminho fácil, necessita de gente com coragem, comprometida com a Vida Plena para todos, que aponte os sinais da mudança, que ouse em sua ra-dicalidade do exemplo, que viva a vida do povo, que cure os doentes e anuncie a Boa Notícia aos pobres.

A Vida dos Mártires nos garantem

isso: que cada um de nós, impulsionados pelo mesmo Espírito, saibamos ser pro-fetas nos tempos de hoje, custe o que custar.

Mauro Kano

“Profissão de Fé nas CEBs”M: Eu creio nas CEBs, porque creio na

igreja como comunidade de fé, de espe-rança e amor.

H: Eu creio nas CEBs, porque creio na eficácia da oração de Jesus. “Que eles se-jam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti” (Jo17,21).

M: Eu creio nas CEBs, porque creio ser possível uma comunidade cristã, onde todos sejam “um só coração e uma só alma” (At.4,32).

H: Eu creio nas CEBs, porque creio em comunidade que vivem em profunda co-munhão, não de simples reunião, mas de verdadeira união, fruto de sincero amor.

M: Eu creio nas CEBs, porque creio nas comunidades cheias de ardor missio-nário, capazes de levar a Boa Notícia de Deus aos corações, as paróquias, as dio-ceses, as Igrejas do mundo inteiro.

H: Eu creio nas CEBs, porque creio nas comunidades geradoras de fé, de vida e de união, com suas celebrações festivas e com seu testemunho de vivência cristã.

M: Eu creio nas CEBs, onde a Palavra de Deus é ouvida, partilhada e confronta-da com o dia a dia, nesta simbiose divina de fé e vida.

H: Eu creio nas CEBs, celebrando a Eu-caristia e o Culto a Deus, e celebrando a

partilha dos dons e serviços, só por amor. M: Eu creio nas CEBs, estes pequenos

grupos de pessoas e de famílias, onde as relações de profunda comunhão e frater-nidade levam a uma intima convivência pela fé em Jesus Cristo.

H: Eu creio nas CEBs, reunindo-se nas Igrejas, nas capelas, nas casas, nas salas e salões, e até debaixo das árvores, apren-dendo a amar, a servir, a sonhar...

M: Eu creio nas CEBs, formadas pela base da Igreja, que são os Leigos, vivendo nas situações concretas da vida do povo, construindo o Reino de Deus para um mundo melhor.

H: Eu creio nas CEBs, como célula vi-vas da Igreja, não só nas regiões rurais, mas também nas grandes cidades, onde sejam talvez uma das únicas formas de evangelização urbana moderna.

M: Eu creio nas CEBs, como germe de produção humana e de desenvolvimento Eclesial, político e social, como fruto da fé, como gesto de esperança, como teste-munho de amor.

H: Eu creio nas CEBs, como semen-teira de futuros lideres políticos e sociais que façam de sua fé a raiz, de sua espe-rança a força, e de seu amor o segredo para a promoção do bem comum.

M: Eu creio nas CEBs, por um princi-pio de fé: o Evangelho que pode levar-nos a superar os instrumentos e as estruturas de morte.

H: Eu creio nas CEBs, pelos muitos frutos de renovação, de união, de solida-riedade e de justiça que já nos tem dado em tantos lugares e durante tanto tempo.

M: Eu creio nas CEBs, abençoadas pela Igreja, aprovadas pelo Papa, admira-das por bispos e sacerdotes, e apoiadas por cristãos sérios, que levam a sério o grito de Jesus peal união e pelo amor bem vivido e muito sofrido.

H: Eu creio nas CEBs, que farão nos-sas comunidades eclesiais mais evange-lizadoras, como redes de comunidades, unidas entre si e formando um belo con-junto de vida paroquial.

M: Eu creio nas CEBs, onde os cora-ções se abrem e os braços estendem para acolher, confortar, e socorrer a tantos ir-mãos e irmãs marginalizados e excluídos, os pobrezinhos, os preferidos de Jesus.

H: Eu creio nas CEBs, porque creio em muitos irmãos e irmãs, em muitos sacerdotes e religiosos, em muitos bispos e nos santo padre, o Papa, que também acreditam nelas por este mundo a fora.

M: Eu creio nas CEBs, miniaturas da

Igreja, onde convivem e sofrem e lutam, e se amam, e se ajudam, e se animam ir-mãos e irmãs nossos, com suas pastorais ativas, com seus movimentos participati-vos, com suas alegrias e angustias, mas sempre com seu sonho infindável de se-rem felizes.

H: Eu creio nas CEBs, porque creio na Santíssima Trindade, a comunidade per-feita: em Deus, que é Pai de todos; em Jesus Cristo, que é esperança de todos; e no Espirito Santo, que é fonte de amor, de justiça e paz!...

M: Irmãos e irmãs, pensando na fe-licidade de tantos, pensando no bem da Igreja na glória de Deus, é que faço, do fundo do coração, está Profissão de Fé: Eu creio nas Comunidades Eclesiais de Base!

Amém!

* “Profissão de fé nas CEBs” - autoria de Dom José Belvino do Nascimento – bispo emérito da

Diocese de Divinópolis - MG. Fonte: Livreto “Reflexão em

comunidade”, que a coordenaçãodiocesana das CEBs de Divinópolis

nos enviou pelo correio.Adaptado para homens e mulheres

Page 4: Jornal  das CEBs - diocese de São José dos Campos - SP

4

Missionariedade e papel do leigo e da leiga naIgreja e no mundo à luz dos 50 anos do Concílio Vaticano II

A Igreja de Jesus Cristo, se não é para ser construída nas nuvens mas na carne e nos ossos da humanidade e, particular-mente, no suor e nas lágrimas do mundo pobre, deverá buscar e encontrar a signi-ficação profundamente válida, embora anônima, da grande ministerialidade li-bertadora que, a seu modo, está exercen-do hoje na libertação dos pobres da terra.

A Comunidade Eclesial de Base é a Igreja que reencontra no Batismo em Cristo e na Confirmação em seu Espíri-to a raiz essencial de sua consagração e missão. Por isso, a Comunidade de Base é Igreja que se percebe como essencial e totalmente ministerial, devido aos dons de graça para o ministério (carismas) com os quais o Senhor enriquece a comunida-de. Daí por que os cristãos das CEBs têm e exercem uma ministerialidade que lhes é própria.

Nas Comunidades Eclesiais de Base, de sua eclesialidade flui sua ministeriali-dade, e uma ministerialidade que, por ser “de base”, constrói uma nova eclesialida-de ou nova forma de ser a única Igreja de Jesus Cristo.

As práticas ministeriais da “base” são eclesiais porque também a “base” é a Igreja. Porque também na “base” está o carisma da verdade e da interpretação, da prática viva da tradição, do estabele-cimento da verdade e de sua formulação; e a grande riqueza de carismas e minis-térios para evangelizar, ensinar, educar, celebrar, testemunhar, proclamar com a palavra e com a ação pessoal e política tendo em vista a fé e a justiça, a convi-vência e a dignidade dos pobres de Jesus Cristo. Não enquanto o Reino termine aí, mas enquanto o Reino é construído a partir daí.

A partir dos impulsos dados pelos do-cumentos Apostolicam Actuositatem e Lumen Gentium, ambos do Concílio Ecu-mênico Vaticano II, Christifideles Laici do Papa João Paulo II, dos documentos da Conferência Episcopal Latino-Americana (Medellín, Puebla, Santo Domingo e Apa-recida), como também da Conferência dos Bispos do Brasil (Missão e ministérios dos cristãos leigos e leigas), a teologia do laicato deu um grande passo na recupe-ração de seu lugar dentro da ciência te-ológica.

De fato “a noção povo de Deus expri-me a profunda unidade, a comum digni-dade, e a fundamental habilitação de to-dos os membros da Igreja à participação na vida da Igreja e à corresponsabilidade na missão [...] além de toda e qualquer diferenciação carismática e ministerial” (CNBB, Est. 77, n. 65). Todo aquele que é inserido na vida de Cristo e em sua co-munidade discipular participa da identi-dade crística e dos elementos fontais da comunidade por ele constituída: profeta, rei e sacerdote (cf. LG 10; 1Pd 2,9-10), em vista de uma missão comum: “ide pelo mundo inteiro e pregai o Evangelho” (Mt 28,19). A realidade laical é a primei-ra expressão dessa existência profética--real-sacerdotal, que se manifesta epi-fanicamente como filialidade (batismo), liberdade (Confirmação) e a fraternidade (Eucaristia). O seguimento a Cristo segun-do essas notas fontais (núcleo da vida lai-cal) é o que conduz ao desenvolvimento da vocação humana originária que é ser a imagem de Deus.

É evidente que, o marco conciliar re-coloca a compreensão da identidade e

da missão do leigo na Igreja e no mun-do em novas bases teológicas antes de estabelecer definições funcionais de um segmento, no âmbito do corpo eclesial. O leigo emerge como uma condição básica do ser cristão: povo de Deus que em co-munhão com o Espírito do Ressuscitado caminha nesse mundo rumo à pátria de-finitiva e que tem como missão contribuir com a construção do Reino de Deus no mundo. O leigo é portador dessa condi-ção eclesial fundamental a partir da qual se pensa em diferentes funções no corpo eclesial, incluindo, evidentemente, a fun-ção do próprio laicato.

A compreensão do leigo demarcada pelo Vaticano II expressa um novo dina-mismo eclesial que tem como epicentro o Reino de Deus a serviço do qual exerce a Igreja sua missão no mundo e entende a si mesma. Na questão dos cristãos-lei-gos, este concílio foi o que mais se debru-çou sobre a sua compreensão eclesial, destacando o seu modo de ser e de fazer Igreja. O protagonismo do leigo na Igre-ja, como expressou o Sínodo de 1987, é fruto de um processo histórico-eclesial que tem como marco fundamental o Concílio Vaticano II com suas revisões

eclesiológicas. O fato de o concílio repen-sar e recolocar a missão e identidade da Igreja impulsionou o apostolado leigo até então organizado e ativo e possibilitou o surgimento de novas formas de ação do laicato fora e dentro da Igreja. Muitas formas de serviços receberam incentivos por parte dos pastores em suas Igrejas particulares, sendo reconhecidos e or-ganizados como ministérios em sintonia com os ministérios ordenados. Também numerosas foram as formas associativas que emergiram com seus carismas e ob-jetivos, configurando uma diversidade de grupos e movimentos nas esferas nacio-nais e internacionais.

A Igreja do Concílio Vaticano II pode ser entendida como uma Igreja de leigos e com os leigos e, em boa medida, para os leigos, sabendo do diálogo que visa es-tabelecer com todos os seres humanos, cristãos e não-cristãos, crentes e não--crentes. A rica distinção entre as esferas da Igreja, do Reino e do mundo fornece os lugares e as dimensões que situam, desafiam e dinamizam a identidade e a missão do leigo. E como acolhida ao dom do Espírito que cada fiel recebe na Igre-ja, o leigo lança-se a serviço do Reino no mundo.

Pois, o leigo é um agente eclesial central na ação da Igreja no mundo. A atuação dos cristãos no mundo foi sen-do compreendida cada vez mais como uma missão inerente à condição cristã, decorrência mesmo da fé e que envol-veu o magistério com suas declarações e decisões, a organização dos leigos em âmbito mundial e nas Igrejas locais, bem como a iniciativa de muitos leigos que se lançaram abnegadamente na luta por melhores condições sociais para os seus semelhantes. Pode-se dizer que a Igreja do século XX exerceu sua missão, tendo como contributo essencial a atuação do laicato, que contribuiu para que a mes-ma Igreja repensasse a si mesma em sua relação com o mundo, agora não mais como uma sociedade separada, mas sim inserida na realidade temporal e destina-da a encarnar-se nessa mesma realidade como sinal de salvação.

Por isso, o leigo não constitui tão so-mente um segmento passivo, espécie de consumidor dos bens salvíficos dispensa-dos pela Igreja por meio de seus mem-bros ordenados dentro do corpo eclesial, mas sim como portador de uma dignida-de fundamental que constitui a própria

Igreja como comunhão de fiéis unidos a Jesus Cristo pela força do Espírito. Do ponto de vista eclesiológico ao leigo não falta nada; ao contrário, recebe tudo en-quanto batizado e membro da comunhão dos filhos de Deus. Nesse sentido, o leigo é plenamente Igreja e dentro dela exerce sua missão própria enquanto membro do corpo místico de Cristo. O leigo situa-se, portanto, em um movimento que reco-loca a identidade e missão da Igreja no mundo:

- Do poder no mundo para o serviço ao mundo = o leigo tem tarefa fundamen-tal nessa missão;

- Do clero para o conjunto do povo de Deus = o leigo é portador da condição fundamental do povo de Deus e do sacer-dócio universal;

- Da unidade hierárquica perfeita à pluralidade de funções = o leigo tem mis-são específica no conjunto dos demais serviços exercidos na Igreja;

- De uma visão eclesiocêntrica a uma visão reinocêntrica = o leigo é agente que leva o Reino de Deus ao mundo;

- De uma Igreja fechada em si mesma a uma Igreja em diálogo com a cultura e com as outras religiões = o leigo se mos-tra como interlocutor do diálogo;

- De uma visão filosófica e teológica clássica para o diálogo com as ciências modernas = o leigo posiciona-se como interlocutor privilegiado como sujeito de ciência;

- De uma Igreja triunfalista para uma Igreja dos pobres = o leigo é protagonista dessa opção indissociavelmente espiritu-al e política.

Chamado por Deus, unido em Jesus Cristo e ungido pelo Espírito o Povo de Deus tem como lei o amor, como lugar o mundo, como meta o Reino de Deus e como missão primordial ser sinal e instru-mento de salvação no mundo (Cf. LG, n. 9). Em síntese, o Povo de Deus possui as seguintes dimensões: sobrenatural (ori-gem nas missões das Pessoas da Santíssi-ma Trindade), histórica (fiéis que formam a “união social visível” que é a Igreja pe-regrina no mundo rumo ao céu), cultual (povo sacerdotal que se oferece a Deus na oração, no culto e na caridade), dia-conia (serviço comum dos diversos caris-mas na comunidade eclesial e serviço da caridade, construção do Reino de Deus na história), missionária (testemunho de fé perante os povos e anúncio de Jesus Cristo), sapiencial (certeza da verdade da fé por parte do conjunto dos fiéis) e esca-tológica (Igreja que caminha nesse mun-do rumo a comunhão perfeita com Deus).

Enfim, o Concílio, através de seu do-cumento sobre os leigos (Apostolicam Actuositatem), explicita duas temáticas importantes: uma pneumatologia da condição e da atuação do laicato (O Es-pírito que distribui dons e suscita a ação diversa no mesmo corpo eclesial na bus-ca de transformação do mundo em Reino de Deus, donde se completam a auto-nomia do dom recebido e a unidade da Igreja), uma espiritualidade do leigo (os dons do Espírito que sustentam a ação do leigo donde se destacam os dons da fé, esperança e caridade e as habilidades diversas traduzidas em organizações que permitem a ação no mundo).

O sujeito leigo ainda é uma tarefa de construção dentro da Igreja, tarefa desa-fiadora de contra-cultura no mundo atu-al, missão de todos na Igreja e dom do Es-pírito para os seguidores de Jesus Cristo.

Fontes e referências:- Compêndio do Vaticano II.

Petrópolis: Vozes, 1969;- Libânio, J. Batista.Concílio Vaticano II.

Em busca de umaprimeira compreensão.

São Paulo: Loyola, 2005;- João Décio Passos, Leigos:

Fundamentação Teológica a Prtir do Vaticano II; Texto em arquivo PDF,

baixado da Internet, site: www.cnbb.org.br/site/publicações/do-cumentos, às 20h13, 23 de outubro de

2013.- Os Ministérios na Igreja dos

Pobres, Alberto Parra, SJ,Coleção Teologia e Libertação,

Petrópolis, Vozes, 1991;As Janelas do Vaticano II.

A Igreja em diálogo com o mundo.Almeida – Manzini – Maçaneiro,

Editora Santuário, 2013, páginas 446-447.

Nivaldo Aparecido SilvaMembro da Equipe Diocesana de

Assessores das CEBs

Page 5: Jornal  das CEBs - diocese de São José dos Campos - SP

5

“Deus nos dá a graça de come-çar, nos dá a graça de continuar. A graça das graças é não desani-mar nunca” (Dom Helder Câmara).

Nos dias 21 e 22 de setembro de 2013, delegados e delegadas do Regio-nal Sul 1 da CNBB, rumo ao 13º Intere-clesial de CEBs, em número de quatro-centos e nove, nos encontramos em Pirajuí, cidade do Rio do Peixe Dourado, na Comunidade Nossa Senhora Apare-cida, da Paróquia São Sebastião, Dioce-se de Lins, da Sub Região de Botucatu.

Carinhosamente nos acolheu o Bis-po de Lins Dom Irineu Danelon, a ele, nosso muito obrigado, igualmente agra-decemos a presença em tempo integral do nosso Bispo Referencial e da diocese de Registro Dom José Luiz Bertanha. A todos e todas, nossa gratidão pelo ca-rinho com que fomos acolhidos e aco-lhidas, nossa eterna gratidão a todos que tornaram possível este encontro.

Contamos com as assessorias dos Padres Nelito Dornelas e Benedito Fer-raro, estudamos e refletimos o tema: CEBs: Justiça e Profecia no Campo e na Cidade e a Identidade das CEBs.

Nas orações, fizemos memória de todos os intereclesiais realizados neste chão de romeiros e romeiras de todos os cantos e recantos deste imenso país.

As Comunidades Eclesiais de Base devem ser sinais de esperança em meio às dificuldades encontradas no coti-diano da vida; ser como água revigo-rante, que dá força e vigor ao sofrido, alegre e esperançoso Povo de Deus.

Liz Marques e Edmundo Monteiro, nossos representantes na Ampliada Na-cional, nos apresentaram as realidades e características de Juazeiro do Norte, cidade do Padre Cícero. Assim conhe-cemos um pouco mais da cidade e do modo de como seremos acolhidos e acolhidas na Centenária Igreja de Crato.

Padre Ferraro refletiu conosco so-bre a Identidade das CEBs. Vimos o rosto das CEBs, nosso modo de ser e o que é preciso para ser uma CEBs. Quando falamos de CEBs falamos de fé e vida; CEBs não é pastoral nem movi-mento. CEBs são Igreja. O nosso com-promisso social é a luta pela justiça.

Padre Nelito nos assessorou sobre o tema Justiça e Profecia no Campo e na Cidade. Trouxe-nos a reflexão sobre

a necessidade de respirarmos o ar puro da Palavra de Deus para conseguimos lutar contra as injustiças do mundo.

Nos “ranchos” e “chapéus” aprofun-damos os temas: CEBs e Espiritualidade Romeira; CEBs no Campo e na Cidade; CEBs e o Protagonismo da Juventude; CEBs a Serviço da Vida; CEBs e a Pratica da Justiça; CEBs e a sua Vocação Proféti-ca e CEBs e o Compromisso Missionário.

Ao anoitecer do sábado assistimos ao documentário “Nos Caminhos de Ju-azeiro” e assim conhecemos ainda mais a religiosidade popular que move a Fé do Povo Romeiro, dos campos e cida-des de nosso rico semiárido brasileiro e toda região Nordeste de nosso Brasil.

As Dores de Nossa Senhora e as alegrias dos sub-regionais do esta-do de São Paulo foram nossas ora-ções do findar do primeiro dia.

Iniciamos o nosso domingo com a Celebração Eucarística, Memorial da Vida, Paixão, Morte e Ressurrei-ção de Jesus e a Memória da Cami-nhada das Comunidades de nosso Re-gional Sul1. Moções e reflexões nos motivaram a assumir o compromisso com as diversas realidades que vivemos.

Vivenciamos este momento agra-ciado na vida da Igreja, com o início do

Apostolado do Papa Francisco, no qual refletimos sobre a necessidade de tornar-nos Comunidade de Co-munidades, para que juntos e com a ajuda do Espírito Santo que tudo renova, possamos fazer que nossas comunidades sejam atuantes, eco-lógicas, resistentes e comprometi-das na construção do Reino de Deus.

Às comunidades deste imenso Es-tado de São Paulo nossa saudação. Que a Senhora Aparecida ajude-nos a reacender a Paixão pelo Reino no Se-guimento a Jesus e a sermos Portado-res da Paz, da Alegria e da Esperança. Que estejamos em comunhão e em oração com os romeiros e romeiras rumo ao 13º Intereclesial das Comu-nidades Eclesiais e Base do Brasil e do mundo, que será realizado de 7 a 11 de janeiro de 2014, aos pés da Ser-ra do Araripe um dos poucos locais de área verde do Cariri no semiárido nordestino. Na Santíssima Trindade, a melhor comunidade, vos abraçamos.

Delegados e

Delegadas das CEBs doEstado de São Paulo.

Setembro de 2013,Mês da Bíblia, Ano da Fé.

Carta do Encontro de Delegados e Delegadas do Estado deSão Paulo para o 13º Intereclesial das CEBs

Page 6: Jornal  das CEBs - diocese de São José dos Campos - SP

6

:: encontro dos delegados (as) para o Intereclesial da CeBs

Juventude na Luta pela Justiça a serviço da Vida

Assembleia Diocesana da Pastoral da Juventude

Foi nos dias 20, 21 e 22 de setem-bro que fomos animados e cheios de Esperança juntamente com pessoas tão queridas naquele trem da CEBs rumo as terras quentes e carinhosas de Pira-juí, cheia de aprendizado, reencontros e encontros preparando o caminho para o 13º Intereclesial da CEBs em Juazei-ro do Norte, terra do Padinho Cicero e Padre Ibiapina, e de um povo que apesar de sofrido traz no peito a es-perança das Lutas e da causa do Reino.

Apesar da longa viagem, fomos ce-lebrando nossa vida e lutas, é lindo ver a Pastoral da Juventude e a CEBs juntas, partilhando e vivendo o Reino em comu-nidade, e assim foi as longas horas de Viajem, foram rodeadas de Cantorias e

Conversas! Chegando em Pirajui, reen-contramos vários jovens que também se faziam presente neste Intereclesial e que junto com vários companheiros e compa-nheiras deste extenso Regional Sul 1 fazia presente os gritos e a vida a caminho des-te tão esperado encontro em Juazeiro.

De forma muito especial destacamos a história deste solo tão rico que é a Dio-cese de Crato, terra que irá nos acolher e refletir através de seu povo, de sua his-tória, regados de Espiritualidade, de uma mística que nos liberta. Para a Pastoral de Juventude o contato mais próximo com a CEBs é sempre um momento de for-talecer a caminhada, de saber que não estamos sozinhos e de fato que somos “ o mesmo Corpo, mesma alma e que tes-

temunhamos o mesmo compromisso”.A Juventude espera e sonha com

esse momento, que que este 13º Inte-reclesial da CEBs possa discernir nossas vidas para o verdadeiro sentido de Co-munidade em tempos que a individuali-dade está totalmente dentro da vida da Juventude, para que assim a Juventude possa ser protagonista de uma realidade mais justa e solidaria, levando a bandeira da paz em todos os espaços e que jun-tos possamos construir um novo mundo.

Nestes dias refletimos sobre qual é a missão da CEBs, sua identidade nos reco-nhecendo cada vez mais, e comungando do mesmo espirito que nos move e do ali-cerce que nos sustenta, afinal ser comuni-dade é ser igreja, e afirmamos como pre-

ferencia pela CEBs como um espaço de ser igreja no meio do povo, firmando nos-sa comunhão, é a PJ e a CEBs lutando pela vida e pela justiça a caminho do Reino!

Agradecemos as CEBs da Diocese de São José dos Campos que nos acolheu e fez destes momentos cheios de ótimas recordações, ao povo da cidade de Pira-jui pela hospitalidade e pelo amor que nos recebeu, e nunca nos esqueçamos:

- Pastoral da Juventude e CEBscaminhando juntos a Civilização do Amor!

Danilo (Coração Eucarístico de Jesus), Robson ( Nossa senhora de Guadalupe), Dayane (Santa Cecília) e Lucas (Coração

Eucarístico de Jesus)

manda falar a João que preso estava, e detinha dúvidas sobre o Messias no Evan-gelho de Mateus (11,4-5). Ou ainda em Lucas 4,18, que Jesus assenta na sinagoga para ler e encontra um trecho que diz: “O Espírito do Senhor está sobre mim, por-que me ungiu; enviou-me para anunciar a Boa Nova aos pobres, e sarar os contri-tos de coração”. E enquanto lia, as pes-

Foi nos dias 27, 28 e 29 de setem-bro que jovens coordenadores da Pas-toral da Juventude da Diocese de São José dos Campos se reuniram em Parai-buna para reavaliar suas ações no ano de 2013 e planejar as metas para 2014.

Nesta Assembleia Avaliativa e Forma-tiva o anúncio do Evangelho aos pobres teve seu foco a exemplo de Jesus quando

soas ficavam de olhos fixados no Senhor. Isso nos fez remeter que assim como

Ele nós também temos o dever de levar o Evangelho a todos que necessitam da palavra de Deus e não têm como acessá--la. Deus se faz presente em todos e pela ação do seu Espírito realiza suas obras.

Recordamos também a importância de cuidar dos nossos grupos e o quan-

to são importantes para a construção do Reino, mas também lembramo-nos dos jovens que estão nas ruas e sofrem com a discriminação, a falta de recur-sos, e demais causas que retiram estes da construção de um futuro melhor.

Nosso Papa Francisco já di-zia “nada melhor para evangeli-zar um jovem, do que outro jovem”.

Page 7: Jornal  das CEBs - diocese de São José dos Campos - SP

7

15 de setembro de 2013

Enviados pelo Espírito Santo nos reuni-mos, 275 pessoas, no dia 15 de setem-bro das 8:00 às 16hs, na Comunidade Galo Branco para Formação Diocesana de CEBs, com o tema: Justiça e Profecia a serviço da vida. Iluminados pela Espiritu-alidade Maia, saudamos o Deus de todos os povos e pedimos para nos abençoar e nos conduzir neste dia de formação.

:: Formação diocesana das CeBs

Grito dos Excluídos

Este é o nosso País, essa é a nossa bandeira, é por amor a esta Pátria Brasil que a gente segue em fileira...

Aconteceu na Paróquia Coração Eu-carístico de Jesus com a participação da

O assessor Mauro Kano nos levou a re-fletir sobre a Igreja que somos e que queremos ser: Igreja nas comunidades a partir da base, uma Igreja voltada para os pobres; como ser profeta hoje diante do sistema capitalista que vivemos. “ O fato de nos reunirmos nas casas é para fazermos o trabalho de base, gastando tempo naquela casa, sentindo a necessi-dade daquela família; nos reunimos nas casas para resolver os problemas de nos-

Fátima e Rosa da Paró-quia São Vicente o grito dos excluídos, que se encerrou com a Santa Missa.A participação foi de um número reduzido de participantes. Mesmo com o convite para toda comunidade e o incenti-vo do Pe Vicente o nú-mero de participantes ficou aquém do espera-do. Mas não nos senti-mos incomodados, pois

sabemos que para denunciar as injustiças são poucos os que se comprometem.

O grito dos excluídos é uma manifes-tação popular carregada de simbolismo, é um espaço de animação e profecia.

Com a participação de pastorais so-

ciais e movimentos, denunciamos o mo-delo político e econômico que ao mesmo tempo concentra riqueza e renda con-denando milhões de pessoas à exclusão social; tornar público nas ruas e praças o rosto desfigurado dos excluídos, vítimas das drogas, do desemprego, da miséria e da fome; propor caminhos alternativos ao modelo econômico neoliberal, de for-ma a desenvolver uma política de inclu-são social.

Não devemos ter medo de chamar atenção da sociedade para as condições de crescente exclusão social.

Põe a semente na terra, não será em vão; não te preocupe a colheita, planta para o irmão.

Silvia MacedoParóquia Coração Eucarístico de Jesus

sa vida, para ser a Igreja, para se ter vida em plenitude.”Após o delicioso almoço, preparado com muito carinho e amor pela equipe de co-zinha, fizemos nossa Caminhada Proféti-ca: invocamos os Mártires da caminhada para que se façam presentes em nosso dia a dia, em nossas lutas para construir o Reino de Deus nos encorajando e nos impulsionando. Na mesa da Eucaristia selamos o compro-

misso de sermos Igreja viva de Jesus Cris-to no seio das comunidades, no meio do povo pobre ouvindo o seu clamor.Retornamos para nossas comunidades mais fortalecidos e convictos de que é pela causa de Jesus Cristo que estamos nessa caminhada e a assumimos até as últimas consequências.

Rosa Maria SilvaComissão Diocesana das CEBs

Page 8: Jornal  das CEBs - diocese de São José dos Campos - SP

8

:: Aconteceu

Encontro de Avaliação 2013 e Planejamento 2014 - 05 de Outubro de 2013No Centro de Espiritualidade Dom Oscar Romero - Capela Mártir Jesus

CONVITE

CEBs DIOCESE DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP

Solicitado levar:1. carne e refrigerante para partilhar quantidade que a família/

participante, irá consumir2. kit refeição: caneca, prato e talheres

3. roupa de banho – PISCINA A PARTIR DAS 13h.

Horário: das 8h às 16hLocal: Rua Acre 343 – Chácara Lopes

Bairro Rio Comprido - Jacareí – SP.

Com direito a uma cartela de bingo para concorrer a:

UM COLAR DE PÉROLAS

CONVITES ANTECIPADOSCOM ANIMADORES E ANIMADORAS DAS CEBs

Dia 24 deNovembro

de 2013

“Todos os que abraçaram a fé eram unidos e colocavam em comum

todas as coisas” (Atos 2,44).

CONTRIBUIÇÃO R$ 5,00CRIANçAS ATé DEz ANOS NãO PAGAM

XXV ENCONTRO CELEBRATIVO DAS CEBs

Aniversário de

100 Anos de Dona Alice

Paroquia Coração Eucarístico de Jesus

Aniversário de

100 Anos de Dona Alice

Paroquia Coração Eucarístico de Jesus

LaNÇameNTO da ageNda LaTINO ameRICaNa 2014

LOCAL: IGREJA MATRIz SãO JOSé OPERáRIORUA MABITO SHOJI, 800 - CIDADE SALVADOR - JACAREí – SãO PAULO

dia 07 dedezembro de 2013 às 19h