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Curitiba, sexta-feira, 18 de junho de 2010 - Ano XII - Número 580 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected] DIÁRIO d o B R A S I L Hoje, na edição do LONA, circula o “Loninha”, jornal pro- duzido pelos alunos do ensino médio do Colégio Positivo. O trabalho teve orientação de pro- fessores do colégio e de alunos de Jornalismo da UP, o que proporcionou troca de conheci- mento e experiência. Pág. 7 “Loninha” curcula hoje Encarte Campanha “Cada coisa em seu lu- gar” busca a participação de alunos e funcionários em um processo de cons- cientização ambiental. As lixeiras ga- Projeto de lei que aguarda sanção do Presidente Lula promove mudanças relevan- tes na educação, no entanto, gera polêmica quanto à ques- tão das cotas universitárias. Pág. 3 Legislação Estatuto da igualdade racial é aprovado UP promove campanha pelo meio ambiente nharam adesivos explicativos e há lembretes para que as luzes sejam des- ligadas e as torneiras fechadas quan- do não estiverem sendo utilizadas. Pág. 3 Cultura Pianista Arnaldo Cohen se apresenta em evento beneficente na UP UP promove campanha pelo meio ambiente Divulgação Pág. 8 Pág. 4 e 5 Especial Delegado da RMC aperta o cerco para agressores de mulheres Giórgia Gschwendtner

LONA 580 - 18/06/2010

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JORNAL LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO

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Curitiba, sexta-feira, 18 de junho de 2010 - Ano XII - Número 580Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected]

DIÁRIO

do

BRASIL

Hoje, na edição do LONA,circula o “Loninha”, jornal pro-duzido pelos alunos do ensinomédio do Colégio Positivo. Otrabalho teve orientação de pro-fessores do colégio e de alunosde Jornalismo da UP, o queproporcionou troca de conheci-mento e experiência.

Pág. 7

“Loninha”curcula hoje

Encarte

Campanha “Cada coisa em seu lu-gar” busca a participação de alunos efuncionários em um processo de cons-cientização ambiental. As lixeiras ga-

Projeto de lei que aguardasanção do Presidente Lulapromove mudanças relevan-tes na educação, no entanto,gera polêmica quanto à ques-tão das cotas universitárias.

Pág. 3

Legislação

Estatuto daigualdaderacial éaprovado

UP promovecampanha pelomeio ambiente

nharam adesivos explicativos e hálembretes para que as luzes sejam des-ligadas e as torneiras fechadas quan-do não estiverem sendo utilizadas.

Pág. 3

Cultura

PianistaArnaldoCohen seapresentaem eventobeneficentena UP

UP promovecampanha pelomeio ambiente

Divulgação

Pág. 8Pág. 4 e 5

Especial

Delegadoda RMCaperta ocerco paraagressoresde mulheres

Giórgia Gschwendtner

Curitiba, sexta-feira, 18 de junho de 20102

Opinião

Quando ouvimos falar de algum projeto, logo pensamosem algo monótono ou esperamos que tudo caia em nossasmãos sem que para isso precisemos nos esforçar muito.

O projeto de desenvolvimento local em Curitiba é umarealização do sistema SESI e FIEP. Esses sistemas visam olado social da cidade, e por isso resolveram investir no cres-cimento de Curitiba. O projeto tem como objetivo a cons-trução de redes sociais. Nada mais é do que proporcionar ainteração das pessoas. Todo o processo tem como base umametodologia composta por oito passos.

O primeiro consiste em instalar no bairro um comitê dearticulação, isto é, colocar as pessoas mais interessadaspelo projeto para conversar. Após isso, indicar aos agen-tes de desenvolvimento local do bairro lugares e pessoasque possam se interessar também pelo projeto.

O segundo passo é articular essas novas pessoas. O ob-jetivo é mobilizar 1% do bairro para que juntos os morado-res possam desencadear o projeto.

O terceiro passo é colocar todos os envolvidos para so-nhar com as melhorias necessárias para um prazo de 10anos (as melhorias são feitas pela comunidade de seis emseis meses para que todos vejam seus sonhos prontos).

O quarto passo é ver o que o bairro já tem e o que é pre-ciso melhorar (esse passo se chama: ativos e necessidades).O quinto passo é a elaboração de um plano – nele são es-tabelecidas metas para superar possíveis obstáculos e apro-veitar efetivamente o que o bairro tem de melhor. O sextopasso é a realização da agenda local, nela são traçados osprimeiros sonhos a serem desenvolvidos.

O sétimo passo é o pacto realizado com a comunidadeque se prontifica a tomar conta do desencadear do projetoe, finalmente, no oitavo passo é executada a agenda localonde cada um dos envolvidos tem uma responsabilidadediferente para o desenvolvimento do bairro.

Em Curitiba e Região Metropolitana todas as localida-des já têm seus agentes de desenvolvimento e em algunsdeles, como o Capão Raso, já estão em andamento. Inova-ções são realizadas no decorrer dos passos. Um bom exem-plo aconteceu no bairro Pilarzinho, em Curitiba, que atra-vés deste projeto juntou os comerciantes do bairro que seanimaram para a construção de uma associação dos comer-ciantes. Déficit este que prejudicava o comércio local. Osproblemas apontados são em geral os mesmos. Violência,drogas, falta de espaço para crianças e adolescentes prati-carem esportes aos finais de semana e falta de segurança.

Se você acredita que com a interação de pessoas é pos-sível proporcionar o crescimento da sua cidade, faça partedesse projeto. Afinal de contas, não podemos somente apon-tar os defeitos do bairro em que moramos, nós enquanto ci-dadãos temos o dever de buscar novas soluções para anti-gos problemas.

Renata Alves

Desenvolvimentode Curitiba

Silvia Letícia [email protected]

Cidade“modelo”

Quem visita Curitiba e conhece seus pontos turísticosmais admirados, como Ópera de Arame, Jardim Botânico,Museu Oscar Niemeyer, suas praças arborizadas, ruas se-guras e limpas com todo o ar europeu, não imagina o quese esconde longe do centro da cidade. Dados do IPPUC re-velam que Curitiba é uma cidade de jovens com pouca ins-trução, vivendo num mundo de miséria. Mais da metade dapopulação dos cinco bairros mais populosos da capital(CIC, Sítio Cercado, Cajuru, Boqueirão e Uberaba) têm me-nos de 24 anos e se encontra nos segmentos mais pobresda sociedade.

Não é preciso nem ir muito longe para avaliar a serie-dade dos problemas da cidade. Perto do centro, no bairroParolin, tem-se a impressão de não estar mais em Curitiba,mas sim numa favela do Rio de Janeiro ou de São Paulo.Ao descer a Rua Montese, avista-se um amontoado de ca-sas, costuradas por fios que serviriam para levar energiade poste a poste. Mas não o fazem. Parece que servem ape-nas de “penduradouros” de tênis, pipas, faixas e o quemais puder agarrar-se lá. Asfalto, calçada, água tratada eesgoto são regalias para os moradores dessa região.

Não é preciso nem irmuito longe para avaliara seriedade dosproblemas da cidade

Mas não é assim para os pouco mais de 14 mil habitan-tes do Parolin. Nas ruas Padre Isaías de Andrade e Briga-deiro Franco, a menos de 200 metros da favela, tudo pare-ce em ordem. Casas de alvenaria, carros nas garagens, pes-soas bem vestidas levando seus limpos bichinhos de esti-mação para passear.

Este ano é perfeito para campanhas partidárias, promes-sas de melhorias de saúde, saneamento, educação, mora-dia... Afinal, é ano de eleições, e é praticamente apenas nes-ses casos que essas pessoas que sobrevivem com tão poucosão lembradas. Dentre os problemas sociais do Parolin es-tão: concentração habitacional abaixo da linha da pobre-za, ocupação irregular do solo, poluição residual, alto ín-dice de analfabetismo, e falta de assistência médica.

O bairro existe há muito tempo. Foram e vieram muitos gover-nos e esses problemas persistem. Parolin é só um dos 75 bairrosda cidade. Somente uma peça do quebra-cabeça que construirá areal Curitiba. Uma cidade que tenta esconder a miséria em quevive sua população.

Reitor: José Pio Martins.Vice-Reitor: Arno Anto-nio Gnoatto; Pró-Reitorde Graduação: RenatoCasagrande; Pró-Reitorde Planejamento e Ava-liação Institucional: Cos-me Damião Massi; Pró-Reitor de Pós-Gradua-ção e Pesquisa e Pró-Reitor de Extensão: Bru-no Fernandes; Pró-Reitorde Administração: ArnoAntonio Gnoatto; Coor-denador do Curso deJornalismo: Carlos Ale-xandre Gruber de Cas-tro; Professores-orienta-dores: Ana Paula Mira eMarcelo Lima; Editores-chefes: Nathalia Caval-cante ([email protected]), Daniel Cas-tro ([email protected]) e Diego Henri-que da Silva (ediegohen-rique@ hotmail.com).

“Formar jornalistas comabrangentes conhecimen-tos gerais e humanísticos,capacitação técnica, espíri-to criativo e empreendedor,sólidos princípios éticos eresponsabilidade social quecontribuam com seu traba-lho para o enriquecimentocultural, social, político eeconômico da sociedade”.

O LONA é o jornal-labora-tório diário do Curso deJornalismo da Universida-de Positivo – UPRedação LONA: (41) 3317-3044 Rua Pedro V. Parigotde Souza, 5.300 – Conectora5. Campo Comprido. Curi-tiba-PR - CEP 81280-30.Fone (41) 3317-3000

Expediente

Missão do cursode Jornalismo

1. O crédito de todas as fotos pu-blicadas ontem com a matéria“Cinema, uma paixão”, na ver-dade, são de arquivo pessoal deEstevão Furtado.2. O crédito para o texto do “Es-paço Literário”, publicado on-tem na página 8, na verdade, éde Marcos Felipe Monteiro.

Erratas

Curitiba, sexta-feira, 18 de junho de 2010 3

A preocupação com questõesambientais está em pauta nosmais diversos lugares. Existem,hoje, programas de conscientiza-ção e responsabilidade com omeio ambiente que procuram di-minuir o impacto que o lixo, gas-tos de energia e água causam nomundo, de modo geral.

Uma das atitudes adotadaspor muitas pessoas é separar ostipos de lixo, a chamada coletaseletiva, para que assim possa sermandado para a reciclagem, sen-do reaproveitado. Na Universida-de Positivo, desde 2004 existemlixeiras com cores respectivas aosdescartes dos resíduos. Apesar defacilitar, muitas pessoas acabamnão compreendendo e, para refor-çar a importância de destinar cor-retamente o lixo, não desperdiçarenergia e água, foi lançada a cam-panha “Cada coisa em seu lugar”.

Parte do Programa de GestãoAmbiental da UP, a campanhatem como ideais os 5Rs: Reciclar,

Cada coisaem seu lugarGiórgia Gschwendtner Reutilizar, Reduzir, Repensar e

Reeducar. E os “recrutas” esco-lhidos para colaborar nessaação são os alunos, professorese funcionários.

As maneiras utilizadas paraa divulgação das ideias podemser vista por todos aqueles quefrequentam a universidade, nosmais variados espaços do cam-pus. As lixeiras estão com ade-sivos para indicar qual é a me-lhor maneira de descartar o seulixo. Nos banheiros, salas e can-tinas há também adesivos comdicas de como ajudar na inicia-tiva. Os banners presentes emcada bloco trazem o slogan dacampanha.

Para efetivar e fazer a cam-panha dar certo, foi propostoum jogo. Na semana passada,no centro da universidade, pró-ximo à reitoria, havia uma Kom-bi, onde os alunos foram desafi-ados a acertar “resíduos” naslixeiras corretas. Os vencedoresganhavam ecobags e botons.

Para Jair Bordignon, diretor

administrativo da UP e idealizadorda campanha, as metas são “a eco-nomia no consumo de energia em10%, na água de 5% e uma separa-ção dos resíduos recicláveis em tor-no de 15%, até o final do ano”.

O intuito, além de melhorar ascondições ambientais dentro dauniversidade, é despertar nas pes-soas uma atitude que seja pratica-da também em seu ambiente fami-liar e em outros lugares frequenta-dos. “Se os alunos conseguiremtambém melhorar alguma coisa nasua casa, no seu condomínio ou nasua empresa, nós vamos sentir quea tarefa está sendo bem realizada”,diz Bordignon.

O aluno de jornalismo RodolfoMay diz já perceber as mudançasdesde o inicio da campanha. “An-tes, ao chegar de manhã, as luzes dealgumas salas às vezes estavam aces-sas, sem ter ninguém utilizando asala. Agora estão apagadas”. Rodol-fo também acha importante a cam-panha e os adesivos colados, poisincentivam e auxiliam os alunos.

Os materiais recolhidos, no casodas lixeiras, terão como destino areciclagem. O dinheiro arrecadadopor meio da venda dos materiaisserá revertido em cestas básicas aosfuncionários mais carentes e emprogramas de educação ambiental.

O Estatuto da IgualdadeRacial foi aprovado pelo Se-nado na quarta-feira. Ele temo objetivo de combater a dis-criminação e buscar a igual-dade de oportunidades. Osenador Demóstenes Torres(DEM-GO) é o relator do pro-jeto, que precisará passarpela sanção do presidenteLuiz Inácio Lula da Silva.

Na área da educação, oestatuto obriga escolas darede pública e privada a in-cluírem conteúdos que abor-dem a participação negra e ahistória geral da África. A ca-poeira ganhou o reconheci-mento de esporte, e o gover-no será obrigado a destinarrecursos para a atividade.

Como não poderia deixarde ser, o projeto abordou asmídias eletrônicas de formadiferenciada. Crimes de ra-cismo cometidos na internetserão punidos com multas einterdições da página emque a manifestação foipublicada.

Uma das discussõesmais polêmicas do projetoficou de fora da aprovação.Segundo os políticos envol-vidos no estatuto, eles serãodiscutidos em outros mo-mentos, com textos específi-cos. Com isso, as cotas paranegros nas universidades,partidos políticos e televisãonão foram incluídas.

Para o Presidente da As-sociação Cultural de

Aprovaçãocontestada

Daniel CastroNathalia Cavalcante

Negritude e Ação Popular dosAgentes de Pastorais Negros(ACNAP), Jaime Tadeu da Sil-va, o Estatuto não mudará aatual situação. “Esta aprova-ção prova que a nossa luta nãoavançou”, lamenta. O presi-dente da ACNAP acrescentaque seria necessária a conti-nuidade de ações de inserção.“A retirada das cotas das uni-versidades foi um dos pontosnegativos”, diz. Silva reforçaque a sociedade brasileira per-siste em ideais que conduzemao racismo. “Quando ligamosa TV parece que não existemnegros na cidade”.

Com projetos culturais, in-clusão digital e de valorizaçãoda história do negro, aACNAP busca levar às pesso-as da comunidade um meiopara que não se perca o focodesta questão. A Associaçãomantém um cursinho pré-ves-tibular destinado às pessoasde baixa renda. São ofertadasvagas a negros e negras e 20%de estudantes não negros.Além de abordar os conteúdospara o vestibular, o curso tam-bém reforça a questão da cida-dania, trazendo para a sala deaula, assuntos sobre os negrosno Brasil. “Nós tentamos ele-var a história da populaçãonegra”, acrescenta.

Até este sábado, dia 19, es-tarão abertas as inscriçõespara o exame de seleção docursinho. A ACNAP está lo-calizada à Rua Francisco JoséLobo, 214, no bairro Sítio Cer-cado. Os telefones para con-tato são 3349-2162 e 3349-6710.

Versão final do Estatuto da IgualdadeRacial provoca divergências

“Se os alunos conseguirem também melhoraralguma coisa na sua casa, no seu condomínioou na sua empresa, nós vamos sentir que atarefa está sendo bem realizada”.Jair Bordignon, diretor administrativo da UP

Campanha de educação ambiental está sendo divulgada dentro da UP e prevêparticipação e colaboração de professores, funcionários e alunos

Giórgia Gschwendtner

“Quando ligamos a TV parece quenão existem negros na cidade”.Jaime Tadeu da Silva,Presidente da ACNAP

Curitiba, sexta-feira, 18 de junho de 20104

Algumas pessoas, especial-mente as vítimas, acham com-plicado reverter uma agressãoque pode ter consequências de-finitivas em uma pena de al-guns meses de reclusão ou en-tão em uma fiança mais aces-sível. Porém, a delegacia deCampo Largo, sob o comandodo delegado Haroldo Luiz Ver-gueiro Davison, está tomandomedidas mais rigorosas parapunir os autores de agressõesdomésticas. Com isso, a fiançacobrada para esse tipo de cri-me passou a ter o valor máxi-mo, chegando a R$ 1.200.

De acordo com a Lei Mariada Penha, para esse tipo de cri-me é vedada a aplicação de pe-nas de cesta básica ou de pres-tação pecuniária, bem como asubstituição de pena que impli-

que o pagamento isolado demulta. O que a lei estipula éque os agressores sejam puni-dos de forma proporcional aotipo de violência causada àsvítimas.

Logo, quando a autoridadepolicial é acionada e a vítimaquer representar contra o seuagressor, ele pode ser preso emflagrante, gerando uma penaque varia de um a três anos deprisão. Porém, a punição podeser muito maior. “A pena de-pende da extensão das lesõescorporais. Aqui eu procuro fa-zer com que o agressor ao me-nos sinta no bolso a extensãodo ato praticado. Isso servecomo um alerta para que aspessoas que resolvem beber eagredir suas parceiras saibamque irão responder por seusatos”, destaca o delegado Da-vison.

Vanessa Dasko ePatrícia Schor

Penas mais

Outra medida adotada peladelegacia é o incentivo à repre-sentação contra o autor dasagressões. “Incentivamos as ví-timas, seja qual for, para querepresente. É preciso que oagressor reflita no mal que elecausa agindo assim. Quem so-fre é toda uma comunidade. Amulher, os filhos, os familiares,os vizinhos que precisam so-correr as vítimas, entre outros.O mal perde suas dimensões”,diz o delegado.

Após a representação, a de-legacia instaura um inquérito eaciona as medidas cabíveispara a proteção da vítima. Casohaja a prisão do agressor, ou-tros problemas podem surgir.Dessa forma, a polícia tem fei-to o alerta a fim de anunciarque os autores de agressões do-mésticas serão severamenteresponsabilizados, como ob-

serva o delegado. “O valor dafiança já é um preço alto, masquando existe a prisão de umindivíduo, ele pode sofrer ou-tros tipos de repressão dentroda carceragem. Em uma cela,ele terá contato com outrospresos, que na maioria das ve-zes têm regras. Lá ele se tornavítima de outras agressões, quenem sempre são possíveis deserem controladas”.

Casos de vítimas que so-frem caladas são muito co-muns em todos os lugares domundo. No entanto, pesquisasrevelam que o número de de-núncias através do telefone 180já aumentou de forma signifi-cativa. “Isso é o mais importan-te. Quando mais vítimas fize-rem a denúncia, a populaçãofica ciente que os agressores se-rão responsabilizados porisso”, frisa Davison.

rigorosas“Nunca Mais”, com Jennifer

Lopez, trata da violênciacontra a mulher. A

protagonista foge domarido que a agredia e

aprende defesa pessoal

Divulgação

Div

ulga

ção

Delegado estipula fiança

máxima para agressores

SERVIÇO

A Central deAtendimento à Mu-lher foi criada pelaSecretaria Especialde Políticas para asMulheres (SPM),com o objetivo de au-xiliar e orientar asmulheres em situa-ção de violência. Oserviço funciona 24horas por dia.

Através do telefo-ne 180, as vítimasconseguem obterorientações, infor-mações e realizar de-núncias.

Curitiba, sexta-feira, 18 de junho de 2010 5

Divulgação

O primeiroprocesso de

assédio sexualno trabalho éretratado em“Terra Fria”,

com CharlizeTheron

“Dogville”, com Nicole Kidman,aborda o abuso ao ser humano

Divulgação

A Lei Maria da Penha trazem suas delimitações fatores quecaracterizam as diferentes for-mas de violência sofridas dentrodo ambiente doméstico e famili-ar. Não é só fisicamente que asmulheres são agredidas. Todosos dias novas vítimas de violên-cia psicológica, sexual, patrimo-nial somam-se às estatísticas.

De maneira mais específi-ca, a violência contra a mulheré abordada no Capítulo II dalei, onde são traçados distin-tos tipos:- violência física: conduta queofenda a integridade ou saúdecorporal;

Vanessa Dasko ePatrícia Schor

O queconfigura a

violênciadoméstica

- violência psicológica: condutaque cause dano emocional e di-minuição da auto-estima, medi-ante ameaça, constrangimento,humilhação, manipulação, isola-mento, vigilância constante, per-seguição contumaz, insulto,chantagem, ridicularização, ex-ploração e limitação do direitode ir e vir ou qualquer outromeio que lhe cause prejuízo àsaúde psicológica e à autodeter-minação;- violência sexual: conduta queoferece constrangimento a pre-senciar, manter ou participar derelação sexual não desejada, me-diante intimidação, ameaça, co-ação ou uso da força; que a in-duza a comercializar ou a utili-zar, de qualquer modo, a sua se-

xualidade, que a impeça deusar qualquer método contra-ceptivo ou que a force ao matri-mônio, à gravidez, ao aborto ouà prostituição, mediante coação,chantagem, suborno ou mani-pulação; ou que limite ou anu-le o exercício de seus direitossexuais e reprodutivos;- violência patrimonial: condu-ta que configure retenção, sub-tração, destruição parcial ou to-tal de seus objetos, instrumen-tos de trabalho, documentospessoais, bens, valores e direi-tos ou recursos econômicos, in-cluindo os destinados a satisfa-zer suas necessidades;- violência moral: conduta queconfigure calúnia, difamaçãoou injúria.

Os diferentes tipos de violên-cia doméstica podem ocorrer deforma individual ou de maneiraagrupada. E o que agrava essequadro é que não é apenas a ví-tima direta que sofre com asagressões, mas, como explica odelegado Haroldo Luiz Verguei-ro Davison, o problema torna-semuito maior. “Não há como cal-cular os danos causados pela vi-olência cometida dentro de casa.Ela não afeta só a mulher. Nãotemos como ter a dimensão dosefeitos que isso causa sobre umacriança”, explica.

Para o delegado, a violência

física pode não ser a mais gra-ve. “Eu reputo a violência psí-quica, moral como sendo a pior,porque ela tem marcas eternas.Uma criança leva isso para avida dela e um dia pode se tor-nar um adulto agressivo tam-bém, ou despertar a timidez, irmal nos estudos, nas relações,na vida pessoal”, enfatiza.Além disso, pesquisas revelamque vítimas de violência domés-tica ou familiar apresentamqueda na auto estima, no de-sempenho de trabalho e aindapodem desenvolver uma sériede doenças.

Curitiba, sexta-feira, 18 de junho de 20106

Esta semana um palco esportivo brasilei-ro completou 60 anos. Poucos se referem a elepelo verdadeiro nome, salvo o eterno cronis-ta Nelson Rodrigues e suas narinas de cadá-ver. A verdade é que o nome não oficial é omais lembrado. Um vocábulo do idioma tupi-guarani, nome de um pássaro alaranjado erabugento que, em vez de cantar melodiosa-mente, prefere imitar o som de um chocalho...Maracanã, “Maraca” para os íntimos!

O gigante de concreto foi construído es-pecialmente para a Copa do Mundo de1950. O primeiro jogo oficial foi na Copa,vitória brasileira em cima do México. Ainauguração ocorreu em 16 de junho de1950, no amistoso disputado entre a SeleçãoPaulista e a Carioca. A vitória foi dos pau-listas, mas o meio-campista Didi, da equipecarioca, foi o primeiro a balançar o barban-te do estádio.

A construção durou apenas três meses efoi muito contestada por Carlos Lacerda, quena época era inimigo político do prefeito dacidade. Mas a construção era apoiada pelojornalista Mário Filho, irmão de Nelson Ro-drigues. Em homenagem ao seu apoio e seuamor por esportes, Mario foi homenageadotendo seu nome como o oficial do Estádio.

O nosso querido Maracanã não recebeapenas partidas de futebol; em 1983, as se-leções de Brasil e União Soviética disputa-ram uma partida de vôlei no estádio paracerca de 95 mil pessoas, maior público já re-gistrado em uma partida de voleibol, só quenão era a primeira vez que o Maracaña era

Daniel ZanellaHá dias em que reflito profun-

damente sobre a minha irmã, amais nova. Não deve ser minhairmã, penso. Deve ser de outra ge-nealogia, inventada, estrangeira,tal o abismo infinito de entendi-mento e compreensão que noshabita e separa.

A minha irmã é o avesso demeu espelho, o porão, o fragmentode minhas ruindades – que as te-nho sob controle navalhar. Se eutiver algo por dizer na brevidade donovelo, certamente a minha irmãnão será a plateia. Antes, é precisoesclarecer: ela não lê, portanto, sin-to-me livre de possíveis problemasdomésticos ao espezinhar suasmais ínfimas idiossincrasias.

De pequeno, a sala da casa demeus pais era decorada com pra-teleiras suntuosas de livros, alma-naques, revistas, canecas de cerve-ja, tudo influência de meu pai, lei-tor voraz, enciclopédico, capaz dedizer a capital da Birmânia em doissegundos, sem saber que os paísesnão existem porque o povo tam-bém não existe. Existem ideologias.Sentia-me feliz por saber que o es-paço entre o sofá e as prateleiras erasó meu. A minha irmã só invadiaminha trincheira pra modo de pas-sar no chão o aspirador de pó.

Formei-me leitor nesse canto,ao imaginar as aventuras de JulioVerne. Jules, no francês, Julio, natrincheira. A minha irmã sempretratou de considerar meu excessode horas lendo como um requinteda teoria de que eu não auxiliavaem nada na limpeza da casa, oque, de fato, não era uma teoria me-ramente conspiratória. Desconfiode que ela jamais leu um livro, nemo meu. E se leu, deve ter sido umtremendo aborrecimento.

Das relações afectivas: não melembro de ter absorvido um filmeao seu lado, assistido uma peça deteatro juntos, compartilhado umamigo, dividido um segredo, cho-rado um sofrimento ou ouvidouma música que não fossem asdelas. Também não fui lá pra con-ferir horizontes. A minha irmã nãoperde tempo pensando em tolices.Nunca a ouvi dizendo nada acer-ca do mundo, a não ser por umavez em que se declarou contráriaao acesso à internet de minha so-brinha de dez anos. (Surpreende-me constatar que de uns tempospra cá ela até pode ser vista beben-do uma e outra cerveja, talvez in-fluenciada pelo consumo conside-

IrmãEspaço Literário

Um jovemEsporte

Divulgação

usado para outros esportes; em 1952 a equi-pe norte-americana de basquete HarlemGlobetrotters já havia se apresentado lá.

Além disso, o “Maraca” já viveu momen-tos inesquecíveis como a abertura e encer-ramento dos jogos Pan-Americanos de 2007e, em 2016 vai entrar no hall dos estádiosque receberam abertura de Olimpíadas e fi-nal de Copa do Mundo, se igualando aosestádios olímpicos de Munique e Roma.

Só que os momentos memoráveis não sãofeitos só de alegrias. A maior decepção fu-tebolística do país passa por ali. “Só trêspessoas calaram o Maracanã com mais de200 mil pessoas. O Papa João Paulo II, oFrank Sinatra e eu”, afirmou o carrasco bra-sileiro em 1950, Alcides Gigghia. O mara-canazo, como ficou conhecido aquele 16 dejulho de 1950, é a página mais triste dovovô Maracanã.

Mas, deixando o tom de tristeza de lado,o estádio já viu dois times brasileiros se sa-grarem campeões do mundo; Santos em 1963contra o Milan e Corinthians em 2001 contrao Vasco. O “Maraca” ainda teve a honra dereceber o milésimo gol do Rei, viu Garrinchae suas jogadas que entortavam até o pescoçodos espectadores, e teve suas redes balança-das por exatas 333 vezes com gols do Zico, omaior artilheiro do estádio.

Eu, como todo menino que já sonhou emjogar futebol, já me imaginei marcando umgol na final da Copa do Mundo no Maraca-nã. Como não deu, fica o consolo expressadopelo grito das torcidas: O Maraca é nosso!

sexagenário

rável do namorado. Naturalmente,bebe a pior cerveja. Às vezes, tenhoo intento de lhe dizer: Irmã! Nãobeba isso! Compre a cerveja dez cen-tavos mais cara.)

Há pouco lá estava ela, lavan-do roupa, enquanto na cozinha dacasa de meus pais – raramente al-moço lá – conferia os gols da roda-da. Óbvio que ela odeia futebol. Poralguma força bruta da natureza, elarepentinamente irrompeu, saiu dosilêncio de uns trinta minutos e di-rigiu-se, gritando, lá de fora, à mi-nha mãe, pra modo de dizer que aminha roupa iria molhar na chu-va que, de fato, estava rufando seustambores. Fiquei a pensar: não se-ria o caso de dirigir suas palavrasa mim, que estava ao lado? Fingi,como tantas outras vezes nessasduas décadas, que não ouvi, já queexistimos em frequências diferentese ela parece despertar o que tenhode pior e mais ignoto em relação aotrato com semelhantes.

Desconfio de que minha irmãé triste e gelada por uma contin-gência de fatores que prumam daraiz do desinteresse total até a di-ferenciação dos estímulos educa-cionais (fui educado por meu pai,entre livros e noticiários, ela foieducada por minha mãe, entre nú-meros de campanha e limpeza dacasa, somos duas casas, enfim).Também tenho cá minhas dosesde tristeza diárias, principalmen-te quando desconfio de que estoua entregar meu punho e vigor poralgo impalpável e incoerente, masnão sobrevivo sem. Ontem, o donodo mercado reclamou com a espo-sa porque ela ficava lendo demaise deixando de lhe dar a devidaatenção. Outra me disse que a lei-tura é a pior coisa, entre tantas ou-tras desgraças, de acordar cedo eir à escola. Não lhe retiro a razão:com aquelas curvas e olhos ver-des, a sociedade permitirá o anal-fabetismo com aplausos veemen-tes e pagando ingresso. Talvez es-teja lá, mas não vou é pedir bis.

Eu e a minha irmã somos duasilhas em eterno conflito, duas ma-nadas inimigas que se cruzam enão se batem por mero dever soci-al, dois nomes desconexos numfilme preto e branco italiano, jan-gadas que saem por mares de pe-dra e as pedras são pontiagudase se ferem em mares abertos.

E no fim da incompatibilidade edesarmonia que grassa e escurece,está a amargura silenciosa de meupai, que assiste a tudo calado, quemsabe imaginando que um dia issomude. O jornal das oito anuncia umnovo pacote econômico e o quarto vo-lume da série do historiador francêssobre o Egito está quase acabandoem sua mesinha de centro.

Danilo GeorgeteEscreve semanalmente, às sextas-feiras,sobre [email protected]

Curitiba, sexta-feira, 18 de junho de 2010 7

Da Redação

A edição do jornal-laborató-rio LONA, de hoje, sai com onúmero 1 do “Loninha”, suple-mento elaborado por alunos daprimeira e da segunda série doensino médio das escolas Posi-tivo em parceria com o curso deJornalismo da Universidade.

Desenvolvido pela coorde-nação de Língua Portuguesa doensino médio, o projeto tem porobjetivo possibilitar a criação detextos sobre si-tuações reais ev e i c u l á - l o snuma publica-ção que circulana UP e nas es-colas Positivo.

Para a reali-zação da pri-meira edição,os alunos doensino médiopassaram poruma preparação especial. O tra-balho começou em abril, nasaulas de Língua Portuguesa,quando os professores do colé-gio apresentaram aos estudan-tes as especificidades do textojornalístico.

O passo seguinte foi uma vi-sita ao curso de Jornalismo daUP, onde os estudantes conhe-ceram laboratórios, conversa-ram com professores e alunos.Na ocasião, tiveram uma aula-debate com o professor de jor-nalismo gráfico Marcelo Lima— sobre produção de reporta-gem e dicas de texto — e com oprofessor de fotografia do cursode Publicidade e PropagandaFábio Muniz — com dicas so-bre fotojornalismo.

Em seguida, no contraturnodas aulas, sob a orientação dosprofessores de Língua Portu-guesa e de alunos voluntáriosde Jornalismo da UniversidadePositivo, desenvolveram pautas(roteiros com os principais as-pectos que devem ser abordadosnum texto jornalístico), coleta-ram informações, fizeram entre-vistas e redigiram as matériasda primeira edição do “Loni-nha”, que foram corrigidas pe-los professores e, depois disso,editadas pelos alunos de Jorna-lismo da UP.

Para a diagramação do jor-

Edição de hoje traz “Loninha”nal, foi desenvolvido um proje-to gráfico especial, pelo alunodo quarto ano de JornalismoCarlos Guilherme Rabitz. Aprogramação visual procurouvalorizar os textos e a facilida-de de leitura.

Resultados pedagógicosMais do que uma experiên-

cia de 40 alunos do colégio Po-sitivo pelo mundo do jornalis-mo, o “Loninha” tem objetivoseducacionais bastante claros.

“Editar um jor-nal, com toda aestrutura neces-sária, ainda naescola, é um di-ferencial peda-gógico que de-senvolve a per-cepção da reali-dade, aguça avisão crítica,aproxima osalunos da elabo-

ração textual de estilo jornalís-tico e melhora a autoestima,além de criar um espírito deequipe — necessário para a re-alização de qualquer projeto”,afirma o professor VanderleiSiqueira, coordenador de Lín-gua Portuguesa das escolasPositivo e um dos idealizado-res do projeto.

Para ele, independentemen-te de o aluno optar pela áreade jornalismo num futuro ves-tibular, por exemplo, a experi-ência obtida no projeto forneceferramentas indispensáveis emqualquer formação profissio-nal, já que o jornalismo incitaa pesquisa, a curiosidade e anecessidade de organizar o ra-ciocínio. “O ‘Loninha’ tornou-se famoso no Colégio e já háoutros alunos pleiteando a par-ticipação nas edições que se-rão publicadas no próximo se-mestre”.

Para a professora do cursode jornalismo da UP PatríciaPallu, responsável por parceri-as entre o curso de Jornalismo eas escolas Positivo, o “Loni-nha” é um importante instru-mento de aproximação entre osdiferentes níveis de ensino doPositivo.

“Os alunos do ensino médiotiveram a oportunidade de co-nhecer o curso de Jornalismo, e

Educação

os nossos estudantes de Jorna-lismo puderam pôr em práticaum trabalho interessante de ori-entação dos estudantes a partirde conceitos aprendidos duran-te o curso”, afirma. “Para osnossos alunos, foi uma formanão só de praticar conceitos im-portantes do jornalismo, mastambém de ensiná-los aos estu-dantes do ensino médio”.

A estudante do quarto ano dejornalismo Eli Antonelli, que tra-balhou como monitora no proje-to orientando os estudantes do

A edição do suplemento“Loninha” está ligada ao pro-jeto Repórteres Mirins, desen-volvido em parceria entre o co-légio e o curso de Jornalismoda Universidade Positivo des-de o ano passado. Em 2009,alunos do curso de Jornalismoda UP e os editores-chefes doLONA, além de professores doensino médio, orientaram aprodução de matérias que osalunos fizeram para a cobertu-ra de eventos culturais, comoexposição de artes (Posiart),peças de teatro e o festival demúsica Posimusic.

Em 2010, além do “Loni-nha”, o projeto Repórteres Mi-rins já participou da cobertu-ra da Copa do Mundo Positi-vo, campeonato de futebol re-

Jornal é elaboradopor alunos do ensinomédio das escolasPositivo soborientação deprofessores deLíngua Portuguesa eacadêmicos deJornalismo da UP

ensino médio, afirma que o tra-balho com o “Loninha” propor-ciona uma aproximação com aeducomunicação, área que uti-liza o jornalismo como um ins-trumento pedagógico.

“Os jovens tiveram amplaabertura para pensarem no pro-cesso comunicacional como umtodo. Nesta primeira proposta,foi um exercício de conhecimen-to dos estudantes de como é abusca e apuração da informa-ção”, diz.

Outro ponto destacado

pela estudante é que um pro-jeto como o “Loninha” é sem-pre uma forma de aproximaros estudantes com o jornalis-mo impresso, incentivando aleitura.

“Avalio que a atividade meproporcionou significativa-mente em minha formação, umavez que almejo a área educacio-nal. Destacaria ainda o contatocom os jovens, que é sempreuma experiência rica. Eles sãoextremamente alegres e motiva-dos para atividades como esta”.

Jornalismo da UP e escolasPositivo mantêm parceria

alizado em maio. Os editores doLONA e alunos voluntários dojornalismo produziram jornal nainternet e orientaram os repórte-res mirins que trabalharam nacobertura do evento.

A parceria tem história. Já em2004, foi desenvolvido o jornal“Em formação”, em formato se-melhante ao “Loninha”. Em2005, foi criado o programa derádio “Papo sem furo”, na Rá-dio Teia, rádio-laboratório docurso de Jornalismo veiculadana internet. O programa teve aparticipação, como entrevista-dores, de alunos do ensino fun-damental, na faixa etária de 7 a13 anos.

Desde 2008, é realizada a co-bertura especial pelo LONA doPosimusic, festival de música

promovido pela área de LínguaInglesa das escolas Positivo. Em2008, foram editados dois núme-ros especiais do LONA sobre ofestival; em 2009, saíram cincoedições especiais do jornal Po-simusic Countdown.

Além de produtos jornalísti-cos, a parceria se traduz em mi-nicursos e palestras para os alu-nos do Colégio Positivo. Em2009, cerca de 80 estudantes doensino médio tiveram aulas deedição de vídeo no estúdio deTV do curso de jornalismo daUP. Os conhecimentos foramutilizados para a produção devideoclips do Posimusic. Em2009 e 2010, o professor Marce-lo Lima participou de aulas-de-bates sobre jornalismo com es-tudantes de 11 a 16 anos.

Fábio Muniz/LONA

Professorparticipa depalestra-debatecom alunos doensinofundamentalsobre linguagemjornalística:Universidadeofereceatividades aosalunos dasescolas Positivo

Curitiba, sexta-feira, 18 de junho de 20108

MenuA Companhia de Teatro Humor Proprium

apresenta, hoje e amanhã, a comédia “Pais QuaseCegos”, no Teatro Londrina do Memorial deCuritiba. A peça gira em torno de uma famíliaque vive sob as tradições curitibanas: o casal demeia-idade e a filha que está saindo daadolescência. Tudo parece perfeito, mas entram

Família CuritibanaJanaine Stoco, Juliana Guerra e Rodrigo Cintra

Cultura

“Toy Story 3” chega hoje às telas de cinema detodo país. Nessa nova aventura, o boneco cowboyWood, o astronauta de brinquedo Buzz Lightyer eos outros brinquedos que ficaram famosos noprimeiro longa-metragem de animação da Pixar,em 1995, são doados para uma creche quandoAndy vai para a faculdade. Mas as crianças são

Eles estão de voltaNo dia 23 de junho serárealizado na UniversidadePositivo um concerto benefi-cente com o pianis taArnaldo Cohen, um dos maisrenomados pianistas brasi-leiros, que foi o único alunoa graduar-se com grau máxi-mo em violino e piano pelaUFRJ.

O pianista já real izoumais de dois mil concertospelo mundo todo e é consi-derado pela BBC magazinecomo um “raro fenômeno”.

Todos os anos a Univer-sidade Positivo realiza emseu espaço cultural recitaise apresentações filantrópi-cas, cuja renda é doada a ins-t i tuições de car idadeselec ionadas pelosorganizadores do evento.Oobjetivo da proposta é abrirpara o público as portas cul-turais da universidade, alémde ajudar a quem precisa.

Alessandra Túlio, coorde-nadora de cultura da Univer-sidade, afirma que esse pro-jeto beneficia tanto a quemassiste o recital, como alu-nos e a comunidade em ge-ral, quanto quem recebe o au-xílio. “É um projeto que exis-te desde 2008, quando tam-bém realizamos um recital depiano, e por vir dando certo,vamos continuar o fazendo”.

Tânia Maria Petla, ex-alu-

na de administração da uni-versidade afirma que proje-tos como estes são extrema-mente importantes para aconsciência humana. Ela, for-mada também em direito,costuma visitar exposições eparticipar de shows organi-zados pela instituição. “Omelhor de tudo é que além depresenciarmos um show deum grande artista, estamosajudando o próximo; nada nomundo paga por isto”, dizela.

O evento acontece no dia23 de junho, as 20 h, no Gran-de auditório da Universida-de Positivo. A entrada é umkg de alimento não perecível.Mais informações vis i tewww.up.com.br, ou liguepara (41)- 33173446.

Aline Pampuche

Depois da morte do filho mais velhoBennett, a família Brewer começa a entrarem uma crise. O pai não consegue suportara situação, a mãe fica obcecada pensandoque não pode deixá-lo ir, e isso agrava asituação do irmão mais novo, que passa parasegundo plano. A situação se agravaquando Rose, a namorada de Bennettaparece grávida.

Em cartaz no Cinesystem Curitiba, UCIEstação e UCI Palladium.

Em busca de uma nova chance

Outro estreia de destaque é a comédia “Tudo Pode DarCerto”, do cineasta Woody Allen. O filme conta a históriade uma inusitada amizade entre o velho rabugento BorisYellnikoff e uma ingênua menina sulista, Melodie St. AnnCelestine. Quando Boris sai para um passeio pela cidadede Nova York, encontra a garota que não tem onde ficar. Elepermite que Melodie passe uns dias em seu apartamento.Mas os dois não se entendem, e esses dias acabam marcadospor constantes brigas. Em cartaz no Cineplex Batel, UCIPalladium e Espaço Unibanco.

Tudo pode dar certo

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Solidariedadeque

o coraçãotoca

“O melhor de tudo éque além depresenciarmos umshow de um grandeartista, estamosajudando o próximo,nada no mundo pagapor isto”.Tânia Maria Petla, ex-aluna deadministração da UP

A estreia do cinema brasileirofica por conta de “Os Famosos eos Duendes da Morte”. Em umacolônia alemã no sul do Brasil,um jovem de 16 anos tem contatocom as pessoas apenas atravésda internet. A única pessoa comquem ele se identifica é umagarota que parte, mas deixavídeos e fotos na internet. Mas avolta do misterioso Julian o levaa um mundo além da realidade.

Em cartaz no CinemarkMueller.

Os famosos e osduendes da morte

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em cena a madrinha moderna e a vizinha correta.Onde: Teatro Londrina (Memorial de Curitiba) -Rua Doutor Claudino dos Santos, s/nº, bairroSão FranciscoQuando: dias 18 e 19 de junho, às 20h30min.Quanto: R$14 e meia-entrada a R$7,50 no localdo evento.

verdadeiros monstrinhos que destroem todos osnovos brinquedos.

Em cartaz no Cinemark Barigui, CinemarkMueller, Cine Água Verde, Cineplus Jardim dasAméricas, Cineplus Xaxim, Cinesystem Curitiba,Cinesystem Total, IMAX, UCI Estação, UCI Palladiume Espaço Unibanco.

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