8
Curitiba, quinta-feira, 23 de setembro de 2010 - Ano XII - Número 595 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected] DIÁRIO d o B R A S I L Homem também tem que cuidar da casa Pág. 6 Coluna | Gênero Luciano Sarote/ Arquivo LONA Pág. 4 e 5 Construção civil Programação da Bienal do Livro do Paraná já pode ser consultada Pág. 3 Geral Evento discute ensino e emprego para portadores de necessidades especiais Começa hoje o 3° Encontro de Curitiba sobre Escolariedade e Empregabilidade de Pessoas com Deficiência, que vai até sábado (25) Setor gera 190% mais empregos do que no ano passado

LONA-595-23/09/210

Embed Size (px)

DESCRIPTION

JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

Citation preview

Page 1: LONA-595-23/09/210

Curitiba, quinta-feira, 23 de setembro de 2010 - Ano XII - Número 595Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected]

DIÁRIO

do

BRASIL

Homemtambém temque cuidarda casa Pág. 6

Coluna | Gênero

Luciano Sarote/ Arquivo LONA

Pág. 4 e 5

Construção civil

Programação daBienal do Livro doParaná já pode serconsultada Pág. 3

Geral

Evento discuteensino e emprego

para portadores denecessidades

especiais

Começa hoje o 3° Encontro de Curitiba sobre Escolariedade e Empregabilidade de Pessoas com Deficiência, que vai até sábado (25)

Setor gera 190%mais empregosdo que no anopassado

Page 2: LONA-595-23/09/210

Curitiba, quinta-feira, 23 de setembro de 20102

OpiniãoReitor: José Pio Martins.Vice-Reitor: Arno Anto-nio Gnoatto; Pró-Reitorde Graduação: RenatoCasagrande; Pró-Reitorde Planejamento e Ava-liação Institucional: Cos-me Damião Massi; Pró-Reitor de Pós-Gradua-ção e Pesquisa e Pró-Reitor de Extensão: Bru-no Fernandes; Pró-Reitorde Administração: ArnoAntonio Gnoatto; Coor-denador do Curso deJornalismo: Carlos Ale-xandre Gruber de Cas-tro; Professores-orienta-dores: Ana Paula Mira eMarcelo Lima; Editores-chefes : Daniel Castro(castrolona@gmail. com),Diego Henrique da Silva( e d i e g o h e n r i q u [email protected]) e NathaliaCavalcante ([email protected]) .

“Formar jornalistas comabrangentes conheci-mentos gerais e huma-nísticos, capacitação téc-nica, espírito criativo eempreendedor, sólidosprincípios éticos e res-ponsabilidade social quecontribuam com seu tra-balho para o enriqueci-mento cultural, social,político e econômico dasociedade”.

O LONA é o jornal-laboratório diário doCurso de Jornalismo daUniversidade Positivo –UPRedação LONA: (41)3317-3044 Rua Pedro V.Parigot de Souza, 5.300 –Conectora 5. CampoComprido. Curitiba-PR- CEP 81280-30. Fone(41) 3317-3000

Expediente

Missão docursode Jornalismo

Ehnaeull E. G. Gonçalves

De um lado, uma multidão.Do outro, soldados armados,veículos e tanques de guerra. Acena poderia representar um le-vante popular, mas é o cotidia-no do povo palestino: toda vezque querem locomover-se den-tro de seu território, são barra-dos por soldados israelenses.Não há a mínima liberdade deir e vir. Isso ocorre diariamenteem todo o território da Cisjordâ-nia: centenas de palestinos pas-sam cotidianamente de uma ci-dade a outra para trabalhar,sempre envoltos pelas forças doestado de Israel.

Embargos, assentamentos eracismo são constantes para ospalestinos. Mães, em meio auma forte chuva, são manda-das de volta com os seus filhospequenos; trabalhadores ficamhoras debaixo do temporal, es-perando a boa vontade do sol-dado para voltarem para casadepois de um dia de trabalho.Ônibus escolares são parados eimpedidos de entrar em uma ci-dade devido a um suposto to-que de recolher, mas sem moti-vo aparente sua passagem é li-berada. Casos como esses sãomais comuns do que se pensa erevelam as intenções israelensesde cercear a liberdade do pales-tino.

Independente do governo,Israel não reconhece a autode-terminação do povo palestino.Além de só aceitar acordos depaz que não ajudem efetiva-mente os árabes, continua aconstruir assentamentos naCisjordânia, bloquear o acessoà Faixa de Gaza e a violar os di-reitos humanos, em total con-fronto com leis internacionais eresoluções da ONU.

Em algumas cidades pales-tinas da Cisjordânia, como He-bron, colonos judeus andam ar-mados e intimidam os cidadãosárabes do local – como descre-ve Joe Sacco em “Palestina, umaNação Ocupada”. Sob auspíci-os do exército e do governo is-raelenses, esses estrangeirostêm, na prática, mais direitosque os demais, não-judeus.

Medidas racistas não são es-porádicas. Em setembro desseano, Israel ordenou a expulsão

Vigiar e punirde 400 crianças e suas famíliasdo país. Motivo? “Essas crian-ças não são judias”. A própriaConstituição da nação celebra oracismo, ao considerar que opaís é só para os judeus – dei-xando os não-judeus relegadosa uma condição inferior.

A ingerência israelense tam-bém afeta a democracia na Pa-lestina: em 2006, o Hamas foieleito pelas urnas. Porém, Isra-el não reconheceu a votação –possivelmente pelo grupo elei-to se opor frontalmente às polí-ticas do ocupante – e impediua posse, fazendo o partido iso-lar-se na Faixa de Gaza e dei-xando a Cisjordânia sob “con-trole” do Fatah, grupo mais dó-cil a suas ações – as aspas de-vem-se à influência constantedos sionistas nas políticas ado-tadas pelo Fatah.

O embargo em Gaza deve-seprimariamente a isso: por terousado eleger um grupo quenão está disposto a submeter-sea Israel, a população dessa áreaé forçada a viver em condiçõessub-humanas.

Em Israel, o alistamento écompulsório aos 17 anos. Ho-mens devem servir por três nãose mulheres, por dois. Quem serecusar, é preso. A própria cul-tura israelense valoriza o servi-ço militar: além de ser tidacomo um ritual de passagem, osque não servem dada a alcunhade “traidor” e “covarde”. A es-ses jovens, em sua maioria comconceitos prematuros do mun-do e imaturos, é dada a obriga-ção de controlar e vigiar os pa-lestinos que trafegam por Jeru-salém ocidental e por Tel-Aviv,além daqueles que ousam sairde suas cidades na Cisjordânia.

Entre aqueles que se opuse-ram a servir nos territórios ocu-pados, está Omri Evron, jovemde 19 anos natural de Tel-Aviv.Sua história é emblemática: aos16, tomou a decisão de não en-trar no exército e foi preso, inici-almente por 21 dias. Porém, nosmeses seguintes, foi sentenciadonovamente, cada vez por umtempo maior. De acordo com ele,“é ingenuidade acreditar quequem serve às FDI [Forças deDefesa de Israel] não está contri-buindo com a ocupação”. Pornão saber quanto tempo ficará

na prisão, ele declara-se prepa-rado para uma estadia longaatrás das grades. “Obviamente,eu tenho alguns medos e preo-cupações, mas também uma fa-mília que me apoia, amigos queestão fazendo o que podem parame ajudar. Mais importante, eusinto que essa é a cosia certa ase fazer”, explica Evron.

Parte desse cenário é mos-trado com clareza no documen-tário “Checkpoint”, de YoavShamir. Vencedor da edição de2003 do IDFA – o mais impor-tante festival de documentáriosdo mundo -, o documentáriomostra como os palestinos sãohumilhados diariamente, tendoque se submeter ao jugo do ocu-pante - que, com suas metralha-

doras e mentalidade segregaci-onista, força-os a esperar porrazões que vão desde a má-von-tade ao ódio puramente racista.

Rodado por um israelenseconsciente das atrocidades co-metidas pelo genocida ArielSharon e pela linhagem de go-vernantes de Israel, “Checkpo-int” deixa claro a que pontochegou a degradação moral deIsrael, ao submeter diariamentemilhares de cidadãos a humi-lhações - inclusive crianças. Po-rém, os agredidos não abaixama cabeça e desafiam os dogmasracistas do invasor, questionan-do a “paz baseada no apar-theid” do ocupante. Isso não épaz: é a recriação israelense doscampos de concentração.

Dilemas de um Ricardão

Daniel Castro

Os bastidores da políticaparanaense estão quentes. Noentanto, não é somente a brigade cachorros grandes na dis-puta pelo governo do estadoque movimenta os jornalistasatrás de declarações polêmicasque possam parar as máqui-nas e apimentar o confrontoentre Osmar Dias e Beto Richa.

Aliás, o último burburinhoenvolve o candidato tucano,mas apenas como ator coadju-vante. O protagonista da vez éo candidato do PP ao senado,Ricardo Barros, companheirode chapa de Beto Richa. Barroscausou polêmica ao reclamarque Richa gostaria de usar oseu horário na propagandaeleitoral para fazer campanha.As reclamações fazem corocom outras registradas anteri-ormente, sobre uma possívelpreferência pela campanha dooutro candidato ao senado nachapa tucana, o deputado fede-ral Gustavo Fruet.

Os protestos de Barros che-garam ao ápice quando ele dis-se que seus companheiros depalanque poderiam ter umasurpresa na passagem de Lulapor Maringá, que acontecehoje.

As ligações entre Barros eLula são antigas, já que o pa-ranaense era vice-líder do go-verno na Câmara dos Deputa-dos. Como no Paraná o PP foifisgado por Beto Richa paraapoiar a sua candidatura, Bar-ros virou um peixe forad’água, o que explica todas asreclamações, protestos e mágo-as que ele vem acumulando nodecorrer da campanha.

Pouco conhecido em Curi-tiba, Barros tem força princi-palmente em Maringá, ondefoi o prefeito mais jovem da ci-dade, como não se cansa deafirmar em suas propagandaspolíticas.

De lágrima em lágrima, elevai contribuindo para esquen-tar a briga pelas duas vagasdo senado que estão em dis-puta. Como grande parte doeleitorado está indecisa, oscandidatos têm trabalhadoforte para conquistar o povoque ainda está em cima domuro. No entanto, se serve deconselho para Barros (quantapretensão), fazer ameaças epular de galho em galho nãoganham votos, ou no mínimonão deveriam. Se bem que, noParaná, trocar de lado e fazeralianças misteriosas não é ne-nhuma novidade.

Page 3: LONA-595-23/09/210

Curitiba, quinta-feira, 23 de setembro de 2010 3

Ailime Kamaia

Começa hoje o III Fó-rum de Curitiba sobre Esco-laridade e Empregabilidadeda Pessoa com Deficiência,no Parque Barigui. O temadeste ano é “As tecnologiasmediando a inclusão da Pes-soa com Deficiência”, e oevento ocorrerá durante trêsdias.

Segundo a psicólogada Secretaria Municipal daEducação e responsável pelofórum, Areni Pierin Molina-ri, hoje ainda há dificuldadeem se promover a inclusãotanto na escola quanto nomercado de trabalho. “O ob-jetivo é reunir instituições e

Giulia Lacerda

Geral

Na terceira-feira, foi re-alizada uma conversa entrea organização da 1ª Bienaldo Livro e imprensa no Esta-ção Embratel ConventionCenter, local que receberá oevento. O objetivo era divul-gar a programação oficial daBienal, que acontece entre osdias 1º a 10 de outubro. Quemapresentou as novidades foiAndréia Raspold, vice-presi-dente da Fagga Eventos (em-presa organizadora da edi-ção paranaense e da tradici-onal Bienal fluminense).

As atrações estarão di-

Divulgada a programaçãoda Bienal do Livro

discutir onde está a dificul-dade e como é possível su-perá-la para que a lei da in-clusão seja realmente cum-prida”, explica.

O fórum terá iníciocom abertura oficial hoje as18h30, no salão de atos doparque, e contará com diver-sas palestras e apresenta-ções, como da Banda ShowAffinitas, da APAE (Associ-ação de Pais e Amigos dosExcepcionais ) de PontaGrossa. Além disso, haverámesas-redondas e debatessobre assuntos relaciona-dos à importância da diver-sidade. Toda a programa-

ção deste ano está voltadapara a importância da tecno-logia no processo de inclusãodas pessoas com deficiência e,assim como nas edições ante-riores, busca uma mais cons-cientização sobre os potenci-ais dessas pessoas.

No último dia do even-to, sábado, acontecerá o Dia daCidadania Especial das 9h às17h, onde serão ofertados cor-tes de cabelo, atividades de la-zer, informações jurídicas, en-tre outros, às pessoas com de-ficiência e seus acompanhan-tes ou familiares. Para atendero público, aproximadamente500 colaboradores irão traba-

lhar na ação.Para conhecer a pro-

gramação completa e fazerinscrições basta entrar nosite (www. cidadedoconhe-cimento .org.br) e clicar nobanner sobre o III Fórum deCuritiba sobre Escolaridadee Empregabilidade da Pes-soa com Deficiência. “Asinscrições são gratuitas e po-dem ser feitas até mesmo nosdias do evento. O interessa-do só precisa informar onome, CPF e alguns dadossobre a instituição onde tra-balha ou estuda e se possuialgum tipo de deficiência”,afirma Areni.

Tecnologia comoforma de inclusãoTerceira edição de fórum incentiva inclusão de pessoas com deficiência em escolas e no mercado de trabalho

vididas em diversos espa-ços temáticos. O Café Lite-rário receberá autores paradebaterem diversos aspec-tos da Literatura. Com cu-radoria do jornalista e edi-tor do jornal literário Ras-cunho, Rogério Pereira, no-mes como Moacyr Scliar, Ig-nácio de Loyola Brandão,Arnaldo Bloch, CristovãoTezza e Ruy Castro, entremuitos outros, deverão es-tar presentes. Os temas de-batidos vão desde a cons-trução do leitor até a rela-ção entre cinema, TV e qua-drinhos com o gênero lite-rário.

As crianças não pode-

riam ficar de fora e terão pro-gramação específica no espa-ço Circo das Letras, assimcomo os jovens aproveitarão asatividades do Território Jovem.

Para os interessados emdebater sobre a produção ar-tística voltada para o públicoinfanto-juvenil haverá o Fó-rum de Literatura Infantil e Ju-venil. O Fórum será realizadonos dias 5 e 6 de outubro e darávoz para escritores, ilustrado-res, cineastas e educadoresque se preocupam com o tema.

Um programa de visita-ção escolar gratuito está pre-visto, assim como bibliotecá-rios, professores e profissio-nais do livro (ligados ao mer-

cado editorial e livrarias) nãoterão a entrada cobrada (me-diante inscrição). Para os de-mais interessados o valor doingresso será de R$ 8 ,00(meia-entrada, R$ 4,00). A ex-pectativa é que sejam 200 milvisitantes durante os dez diasde evento.

A 1ª Bienal do Livro doParaná irá homenagear o crí-tico literário Wilson Martins,falecido em fevereiro desteano. Durante 60 anos o críti-co produziu análises e rese-nhas sobre a produção edito-rial do país. A homenagemfica por conta da mesa-redon-da formada pelos amigos deMartins, Affonso Romano de

Sant’Anna e Miguel SanchesNeto no encerramento doevento.

Mais informações nosite www.bienaldolivro para-na .com. br.

Divulgação

“O objetivo é reunirinstituições e discu-tir onde está a difi-culdade e como épossível superá-lapara que a lei da in-c lusão se ja rea l -mente cumprida”

Areni Pierin Molinari,responsável pelo fó-rum

Inclusão

Page 4: LONA-595-23/09/210

Curitiba, quinta-feira, 23 de setembro de 20104

Setor passa porperíodo de otimismo

Construção civil

Paola Pruchneski

O Cadastro Geral de Empre-gados (CAGED) mostra queapenas no primeiro semestredeste ano a construção civil em-pregou, em todo o Brasil,230.019 novos trabalhadores,número 190% superior ao regis-trado no mesmo período no anopassado.

No Paraná, foram criadas15.434 novas vagas, 208% amais do que no ano passado.Em Curitiba e Região Metropo-litana, os números são expres-sivos, com 9.498 novos postosde empregos gerados de janei-ro a junho de 2010, ou seja,160% de crescimento.

Houve um aumento de qua-se 15% no total de trabalhado-res contratados, que hoje soma74,5 mil pessoas, de acordo como Sindicato da Indústria daConstrução Civil do Paraná(SINDUSCON-PR).

Uma empresa que aposta noParaná é o Grupo Brasanitas,que mantém 5% de negócios ge-rados no estado. Segundo o di-retor comercial da empresa,Marcelo Trofati, o potencial demercado no Paraná cresce doisdígitos ao ano.

Londrina e Maringá são asprincipais regiões em que a em-presa investe, além da estrutu-ra e suporte já existentes para ademanda de novos clientes. Cu-ritiba é um atual cenário positi-vo junto com os fregueses con-quistados.

O Grupo atende clientescomo: Natura,Vale, vários sho-ppings do Grupo Multiplan eHospital Albert Einstein.

Na empresa Terex LatinAmerica do setor de construçãocivil, oferece Plataformas Aére-as de Trabalho, Construção,Guindastes e Processamento deMateriais. Em maio deste ano, aTerex fechou parceria com aempresa Tauron, de Curitiba,

para a distribuição de equipa-mentos compactos no Brasil,como minicarregadeiras e mini-escavadeiras, utilizadas em di-versos segmentos, especialmen-te o de empreendimentos imobi-liários e de infra-estrutura.

Quando se trata de serviçosde locação dos equipamentos, ospreços não são tabelados, poisestes valores para a empresa va-riam de acordo com a aplicaçãoem que trabalhará o equipamen-to. A mesma definirá o modelodesse equipamento, o seu aces-sório e se acompanharia ou nãoos operadores treinados. O pra-zo para a entrega é rápido con-tando com um estoque adequa-do a realidade do mercado, ouseja, pronta entrega.

A empresa vai investir naestrutura física da nova conces-sionária, na manutenção de umestoque completo da linha, ca-pacitação técnica da equipe(seja comercial, administrativo,pós-venda), e a cobertura domercado de São Paulo, que jáestão penetrando. Também es-tão apostando em novas solu-ções para aproximar o cliente emanter um relacionamento comele, estudando projetos que per-mitam trabalhar em outras regi-ões.

Para essa empresa o merca-do imobiliário em Curitiba, sem-pre foi muito tradicional, asconstruções sempre seguindoas mesmas tendências.

Com a modificação do per-fil das construções, a abrangên-cia de regiões em que antes nãotinham tantos investimentossignificativos neste setor, a es-pecialização em oferecer umadiversidade de diferenciaisconstrutivos aos compradores,o cenário de fato mudou, podeser visto em Curitiba hoje umainfinidade de prédios e condo-mínios residenciais, empresari-ais e comerciais que atingem to-das as classes.

Com um crescimento tão ex-pressivo, o mercado da Cons-trução Civil terá em todos ossegmentos ligados a ele umcrescimento constante, princi-palmente para as construtoras,incorporadoras, empresas demáquinas e equipamentos, en-

Construtoras paranaenses criam mais de 15 mil novas vagas de trabalho, 208% a mais do que no ano em 2010

tre outros que forem inovadores.“O fato é que se antes tínha-

mos uma malha viária adequa-da, modelos de transporte cole-tivo eficiente, projetos culturais,ou seja, tudo que poderia gerarqualidade de vida fazendo fren-te a outras cidades tão bem es-

truturadas no mundo, hoje tam-bém possuímos um mercado al-tamente rentável e competitivono segmento imobiliário”, afir-ma Juliano Felix Carneiro, dire-tor geral da Tauron, distribui-dor da Terex com sede em Cu-ritiba-PR.

Divulgação

Page 5: LONA-595-23/09/210

Curitiba, quinta-feira, 23 de setembro de 2010 5

Wilton Fontes Ramos

O menino de carrinho anteum gramado sintético brinca deser criança. Pequenas mãos se-guras que, na sua imaginaçãode trânsito, e aos sons das bu-zinas e derrapagens proferidospor ele baixinho, imita o caosda tarde, absorto aos contrastesem escala da vida lá fora. Mas,por hora, este é o seu mundo:uma faixa verde, cercada porum muro de mais ou menos 10centímetros, que acaba nos qua-tro ângulos de um mundo àparte.

O menino descrito acima, nasua cena em atenção, é umaamostra do fascínio que as ma-quetes exercem nas pessoas. So-mos, afinal, crianças grandes eteimosas diante das responsabi-lidades, com um olhar curiosoabarcando um universo entre-cortado. No caso, ele está acom-panhado de seus pais — quetambém pararam, encantados,admirando as maquetes dosapartamentos apresentadosidealizados — nas pesquisas depreços para aquisição de umimóvel.

Como suporte das suntuo-sas ofertas que o mercado ofe-rece, as maquetes (representa-ções em escala) enchem os olhose projetam, em miniatura, umavida grandiosa de sonhos a se-rem concretizados. As maque-tes são ferramentas fundamen-tais para compreender e comu-nicar um empreendimento, ouproduto, e dão um enorme su-porte às vendas.

Bruno Dias de Macedo, cor-retor de imóveis da ImobiliáriaGalvão, conta que as maquetes(também conhecidas como“maquetas” ou simplesmente“modelos”; “mockup”, no en-tanto, para quem já ouviu o ter-mo associado, é a representaçãoexagerada de um produto ou

Maquetes facilitamvenda de imóveis

Construção civil

Ao melhorar visualização de apartamentos ainda na planta, elas têm ajudado a impulsionar negócios

conjunto de detalhes que for-mam um projeto) ajudam, emuito, nas escolhas dos futurosproprietários de imóveis.

“As pessoas chegam, obser-vam o projeto, visualizam o ce-nário todo. Nas maquetes, elasidealizam suas conquistas, pla-nos e uma série de detalhes”,conta. E acrescenta: “Por exem-plo: identificando a posição es-colhida do imóvel nas maque-tes, as pessoas calculam a inci-dência do sol e outras observa-ções que muitas vezes nem agente está cuidadoso em notar.”

RéplicasDe acordo com a empresa

Réplica Maquetes, o processo deprodução das maquetes duraem média 45 dias. Mas isso de-pende muito dos projetos — eda empresa escolhida para exe-cução dos pedidos, ou mesmodas funcionalidades do projetodentro de um contexto práticoou publicitário. Geralmente, osprojetos contam com equipesespecíficas que se dividem nassuas responsabilidades. Tem-se, por exemplo, grupos de pro-fissionais treinados que cuidamda pintura, marcenaria e reves-timentos.

As bases das maquetes co-mumente são feitas de acrílico(material termoplástico rígido etransparente), cujas peças pas-sam por cortes a laser. Tais su-portes — esqueletos a serempreenchidos com detalhes —servirão de estrutura dos prédi-os, como portas, janelas e torres.Também são utilizadas para aestrutura das maquetes polieti-leno e MDF (do inglês: Medium-density fiberboard); este último,um material fabricado atravésda aglutinação de fibras de ma-deira com resinas sintéticas eoutros aditivos.

Após a montagem dos com-ponentes, a estrutura passa por

uma primeira camada de tintabranca e só depois começa apintura de acordo com as espe-cificações do projeto original.São utilizadas as mesmas refe-rências de cores definidas nosprojetos e criados os mesmosefeitos de acabamento.

Luciano Scheidt, engenheirocivil, conta que as maquetes au-xiliam na visualização materi-al dos projetos — além, é claro,da parte visual que lhes cabemimportantes atribuições. “Semas maquetes o projeto fica po-bre”, afirma Scheidt. Mas ele re-clama também dos preços co-brados pelas empresas da área.“Projetos bem acabados de ma-quetes, de empresas conceitua-das no mercado, estão numafaixa de custo que vai de R$15mil a R$70 mil para mais. Cons-

trutoras pequenas, que é o meucaso, digo, o local onde eu tra-balho, pecam por apresentaremprojetos baratos e grosseiros”.

O processo de paisagismotambém é feito nos mínimos de-talhes. Tudo vale para encantarfuturos compradores de imó-veis. Quando prontas, as ma-quetes são acomodadas em ba-ses de madeira. Finalizadas,elas pesam em média 40 ou 50quilos, mas podem chegar a 150,dependendo do tamanho. Con-trapondo aos projetos lúdicos,que, generalizando, poderiamser classificados os projetos demaquetes, existe uma tendênciade mercado que confere às tec-nologias visuais disponíveisuma elaboração para campa-nhas de vendas. São os dese-nhos assistidos por computador

que recebem a denominação es-pecífica de “maquete eletrôni-ca” — cenários virtuais estes,ricos em detalhes, que conferema sensação de abrigo em temporeal.

Independente das novastecnologias, o encanto que asmaquetes exercem nas pessoasremete a uma fase de infância.O trajeto de passeio feito pelosoldadinho de chumbo (ou bo-neca preferida) que, pilotandoo seu jipe (ou guiando o seuCadillac rosa), adentrava, de-pois de um árduo dia de traba-lho, na sua residência feita comesmero. Admira-se nas maque-tes as construções que sãocomparadas às nossas saudo-sas edificações feitas de caixasde sapatos ou arrumações empapelão.

Wilton Fontes Ramos/ LONA

As maquetes conseguem exercer um fascínio sobre as pessoas

Page 6: LONA-595-23/09/210

Curitiba, quinta-feira, 23 de setembro de 20106

Me deparei com esse tweet acima, hoje. Poisentão, né? Volta e meia escuto algum comen-tário do tipo: “Nossa que homem perfeito, eleaté te ajuda em casa!”.

Pois bem, mulheres. Vou contar uma coi-sa para vocês: o seu namorado não deve lheajudar com as tarefas domésticas. Por quê?Porque se ele te ajuda, é porque ele está tefazendo um favor, está sendo bonzinho. Elenão tem que te ajudar, porque a responsabi-lidade de deixar a casa limpa não é sua. Aresponsabilidade é dos dois.

Não parece óbvio? Quem deve limpar acasa? Quem mora nela. Simples assim.

Não se deixem abalar pelo comentário desuas avós. A minha, por exemplo, quando osmeus pais eram casados, e ela encontrava omeu pai lavando a louça, ficava indignada:“Como pode? Tanta mulher nessa casa e meufilho lavando a louça?”. Pois é, vovó, ele co-meu, ele sujou: ele lava também.

Mas falando em avós, uma coisa do tem-po delas, que ainda fazem, é Chá de Panela.Se você for fazer o seu – aquele tradicionalem que a futura esposa tem que adivinhar ospresentes e, se errar, tira a roupa, paga micoe blá-blá-blá – por favor, não me convide,porque eu não vou. E por quê? Primeiro queeu não acho divertido ficar adivinhando pre-sentes. “Oh, que legal, mais um copo!”,“Uau, um jogo de panelas”, “Uhu, um rolode macarrão!”. Essa última, ainda garante apiadinha infame: “Esse vai ser útil, hein?”.

Fora toda essa derrama de “diversões”,em um Chá de Panela tradicional, só vãomulheres. Ei, espera aí, vamos pensar: O Chá

Agora, na reta final das Eleições 2010, é possível ressal-tar um momento peculiar do governo brasileiro, ocorridotambém nas urnas norte-americanas. Dois anos após assu-mir a presidência dos EUA, Bill Clinton não obteve o apoionecessário dos novos parlamentares, para que seus planosde governo fossem colocados em prática. Clinton foi envol-vido em escândalos – vale ressaltar que nunca foram com-provados – como o caso Monica Lewinsky, que quase o le-vou ao impeachment.

O que Bill Clinton fez nesse momento? Tornou-se um pre-sidente de oposição. A força dele estava na aceitação e noapoio popular. Assim, terminou seu governo com uma enor-me aprovação americana. Hoje é um homem que tem gran-des atuações diplomáticas pelo mundo, a exemplo disso,conseguiu negociar com o ditador norte-coreano, Kim Jong-il, a soltura das duas jornalistas, Laura Ling e Euna Lee,que entraram ilegalmente na Coreia do Norte. Após as des-culpas de Clinton a Kim, as duas jornalistas puderam vol-tar para Los Angeles.

Parafraseando com o cenário brasileiro, nosso presiden-te, Luiz Inácio Lula da Silva, vive algo semelhante. Na Câ-mara Federal, teve que se render à força peemedebista, paraconseguir alguma atuação. Daí, como de praxe, houve o for-necimento de alguns cargos aos aliados. Mesmo assim, foium governo que se sustentou pelo grande apoio popular e,por essa jogada, com o PMDB. Não podemos nos esquecerda ferrenha oposição do Partido da Imprensa Golpista(PIG), definição do povo dito de esquerda. Assim, Lula,como já dizia Lavoisier, “nada se cria, tudo se transforma”,realizou um governo em que apenas reformulou os proje-tos já existentes.

Puxando para as eleições 2010, após consolidar a ima-gem de Dilma Rousseff perante o país, com quase certa vi-tória, o presidente vai para uma verdadeira luta por todo opaís, para que seus aliados se elejam nos governos estadu-ais. No Paraná, isso é visível com o crescimento do candi-dato aliado, Osmar Dias. Após o bate-papo no horário elei-toral entre os “amiguinhos” Osmar e Lula, as pesquisas devotos vêm refletindo isso. Mesmo com a grande aceitaçãoem Curitiba, o candidato Beto Richa sofre retaliação da ima-gem do presidente ao lado de Osmar. Richa está estagna-do, enquanto Dias vem captando os votos dos outros can-didatos e dos indecisos que somavam mais de 10%. Falamas más línguas que podemos esperar uma derradeira vira-da nas próximas pesquisas de pelo menos dois pontos per-centuais, isso significa na verdade um empate na prática,pela margem de erro. Entretanto, é um empate com gostode vitória para a coligação “A União Faz Um Novo Ama-nhã”. E, sem dúvida, o drama deve ser grande dentro docomitê do PSDB. Voltando a Lula, após eleger Dilma e con-seguir o apoio da maioria dos governos estaduais e Con-gresso Nacional, finalmente crê-se que o plano de governolulista poderá ser colocado de fato em prática, ou não, cabeàs surpresas que o futuro revelará.

Para terminar, repasso uma metáfora que li na revistaÉpoca, há algum tempo. Personagens como Clinton e Lula,no cenário mundial, após seus governos, são verdadeiroscavalos do jogo de Xadrez. Eles não têm a força de umadama nem a importância de um Rei, entretanto, depois deseus governos, conseguem realizar movimentos diplomáti-cos que só eles têm a capacidade e eficácia de se fazer.

Lula e ClintonO seu namorado nãodeve ajudar com astarefas domésticas

Henrique Bonacin FilhoÉ colunista de política e escrevequinzenalmente, às quintas-feiras, para o [email protected]

Priscila SchipEscreve quinzenalmente sobre questões de gênero,sempre às [email protected]

Política

Dilvugação

Gênero

de Panela é uma festa promovida a fim deque o futuro casal receba presentes para mo-biliar a sua nova casa, em especial, a cozi-nha, certo? Certo. Então, se é para o casal,por que só a mulher participa? Por que quemvai usar os pratos, panelas e copos é só ela,né? Deve ser.

Até porque se entrar nessa de Maria Ma-dalena, lave os pés dele também.

Não se deixem abalarpelo comentário de suas

avós. A minha, porexemplo, quando os

meus pais eramcasados,eela

encontrava o meu pailavando a louça, ficava

indignada:“Como pode?Tanta mulher nessa

casa e meu filholavando a louça?”. Poisé, vovó, ele comeu, elesujou: ele lava também

Repr

oduç

ão

Page 7: LONA-595-23/09/210

Curitiba, quinta-feira, 23 de setembro de 2010 7

Uma sala de coleta de lei-te materno está garantindo aamamentação e a saúde de be-bês prematuros atendidos peloHospital Infantil Waldemar Mo-nastier, em Campo Largo. As cri-anças que nascem antes de suacompleta maturação intra-uteri-na são dependentes da nutriçãoque lhes é oferecida, e o leite hu-mano é a única alimentação quegarante a sobrevivência dos pe-quenos. Como os bebês que nas-cem antes dos nove meses degestação não conseguem mamardireto nos seios de suas mãesdevido a pouca idade, a alterna-tiva é a alimentação feita por son-das.

Segundo a enfermeiragestora da sala de coleta de leitematerno do hospital, Eliane Ma-ziero, a amamentação por son-das é a única responsável pelaalimentação da criança. Além deo leite humano ser o alimentoprincipal para o desenvolvi-mento do bebê, as crianças pre-maturas não conseguem coorde-nar a sucção. Eliane explica ain-da que o ato de sugar o leite podelevar a um gasto excessivo deenergia, fazendo com que o re-cém nascido perca peso. Porisso, o bebê precisa alimentar-seatravés de sonda gástrica.

O leite que as crianças re-cebem por sondas é, no geral, desuas próprias mães, que asacompanham no hospital. A or-denha do leite materno aconte-ce em uma sala especial, total-mente esterilizada, com a pre-sença de uma profissional. O lei-te é acondicionado em vidrostambém esterilizados e coloca-do em um refrigerador, onde elepode ser mantido durante 24horas na geladeira e até três me-ses congelado.

Segundo Eliane, o hospi-tal ainda não teve casos de mãessem condições de amamentar ascrianças. Caso isso ocorra, o lei-te materno deve ser buscado em

Saúde

Gislaine Cristina da Silva

Amamentação por sondasgarante alimentação de bebês

Continuidade

Mesmo após deixar aUTINeonatal no hospital, osbebês continuam recebendo oleite por sondas ou diretamen-te pela boca até que consigamsugar o leite do seio da mãe.

um dos dois bancos de leite deCuritiba. Nessa situação, Elianeressalta o pequeno número dedoações de leite no Paraná, quenão é suficiente para atender ademanda no Estado. Hoje, noBrasil são 270 Unidades de Ban-co de Leite Humano (BLH). NoParaná, existem apenas oito uni-dades de BLH, localizadas emLondrina, Maringá, Toledo,Cascavel, Foz do Iguaçu e Curi-tiba.

Até que isso aconteça, uma fo-noaudióloga realiza uma ava-liação motora-oral para avali-ar a força de sucção da crian-ça.

Ana Paula Mendel, deCuritiba, está com sua filha naUTINeonatal do Hospital In-fantil de Campo Largo. Suaprimeira filha nasceu prematu-ra com sete meses de gestaçãoe precisa receber o leite mater-no por uma sonda. A mãe sabeda necessidade do leite huma-no para o bebê. “Mesmo com aamamentação feita por sonda,deu para perceber uma grandemelhora. O leite materno temtodos os nutrientes que ela pre-cisa e por isso, pretendo man-ter a amamentação até quandoeu puder”, diz Ana Paula.

Divulgação: SECS –AEN

Alimentação

Nos primeiros seis me-ses de vida da criança, a ama-mentação deve ser exclusiva.Nem mesmo água precisa serdada ao bebê. Somente apósesta idade o número de ma-madas começa a ser reduzidoe outros alimentos começama ser introduzidos na dieta dobebê.

Todas as vitaminas,minerais, proteínas e outrosnutrientes estão presentes noleite materno e garantem o me-lhor crescimento e desenvol-vimento da criança. Além dis-so, a amamentação facilita atransferência de imunidadematerna para o recém nasci-do, deixando ele longe de in-

fecções, desnutrição, alergias eoutras doenças. “Dizemos queo leite materno é a primeira va-cina que os bebês tomam. Issoporque o leite materno contémos anticorpos imunoglobuli-nas, que garantem a saúde dacriança”, diz Eliane. O Minis-tério da Saúde recomenda quea amamentação seja mantidaaté os dois anos da criança oumais.

Bebês prematuros na UTINeonatal recebem amamentação por sondas

O leite que as crianças re-cebem por sondas é, nogeral, de suas própriasmães, que as acompa-nham no hospital.

Page 8: LONA-595-23/09/210

Curitiba, quinta-feira, 23 de setembro de 20108

Cultura

MenuA bossa nova de “Os Cariocas” será apresentada no Auditório

Mário de Mari, neste domingo. O grupo musical traz no repertório“Águas de Março”, Balanço Zona Sul, entre outras.

O Ciclo Especial de Leitura – Odisseia da Palavra, do PalaceteWolf, proporciona até este domingo leitura de textos da Roma Antiga.O mestre em linguística Roosevelt Araújo da Rocha Júnior conduz aleitura da primeira parte da obra Odisseia, do canto 1 ao 12, de Homero.

Onde: Palacete Wolf. Praça Garibaldi, 07, CentroQuando: Até 26/09/2010, das 9h às 12hPreço: Gratuito

Odisseia da Palavra

O m ú s i c ofluminense Fred Martinsse apresenta neste fim desemana, no Teatro da Cai-xa. O show “GuanabaraTempo Afora” tambémtrará sucessos de NeyMatogrosso, Zélia Duncane Maria Rita.

Onde: Teatro da CaixaQuando: 24/09/2010 a26/09/2010, às 21h. Nodomingo, às 19hPreço: R$ 10 e R$ 5

Guanabara Tempo Afora

Nathalia Cavalcante

Terapia para Mulheres

“Terapia para Mulheres”aborda o universo femininocontemporâneo. A peça falasobre as dúvidas erelacionamentos em plenoséculo 21. A direção de AmauriErnani Vieira apresenta essesmomentos que podem estar àbeira da crise.

Onde: Teatro Cultura. PraçaGaribaldi, 39, São FranciscoQuando: 24/09/2010, às 21hPreço: R$ 20 e R$ 10

Onde: Auditório Mário deMari - CIETEPQuando: 26/09/2010, às 19hPreço: R$ 20

Divulgação

DivulgaçãoLaura Beal Bordin

Aulas de redação e produ-ção de texto, ilustração e artesplásticas ajudam crianças de 8a 12 anos a produzir seus pri-meiros livros. O projeto “Letri-nhas – Escrevendo meu primei-ro livro” foi idealizado peloprofessor e jornalista ManoelVilela e posto em prática peloseu irmão, o engenheiro apo-sentado Hamilton Vilela deMagalhães, através da LetternetLivraria e Editora.

“Eu segui a área de exatas,mas a minha família sempreteve ligação com a cultura”, dizele, ao explicar a razão que o le-vou a, após passar 30 anosconstruindo estradas, construirnas crianças a vontade de co-nhecer. E conhecer, no caso,pode ser demonstrado atravésda edição de um livro escritopor elas mesmas.

Na Academia Brasileira deLetrinhas, além de aprender di-ferentes formas de construçãotextual e teorias, as crianças de-senvolvem textos baseados nosconceitos de literatura, e aindatêm contato com artes plásticas— criando as ilustrações deseus próprios livros.

Segundo Magalhães, a cri-ança tira todas as inspiraçõesdela mesma — não se concen-trando apenas no que aconteceno exterior. Além da formaçãoliterária, é um exercício de cons-trução pessoal. Conhecimentoque, para Hamilton, ajuda adesfazer o mito de que “línguaportuguesa é uma matéria cha-ta”, rompendo com o sistemaatual, que coloca as crianças emuma postura passiva no ensi-no.

“Conhecer seu indivíduointerior implica muito na arte —música, artes plásticas, artes cê-nicas”, explica Hamilton, falan-

O incentivo daliteraturaCom leitura e artes plásticas, criançasproduzem seus próprios livros

do sobre os benefícios da arte nodesenvolvimento das crianças.“E a literatura ajuda muito naexpressão desse sentimento”,completa.

Após a conclusão do curso,com duração de seis meses eacompanhamento de professo-res especializados, a criançatem seu livro editado e publica-do em um evento, recebe um di-ploma e a condecoração de“membro da Academia Brasilei-ra de Letrinhas”. Cerca de 20 li-vros já foram editados e publi-cados pela Letternet, através daatividade.

O mentor do projeto não es-conde a alegria quando vê ascrianças completando seu cur-so, e aproveita para comentarsobre a atual situação da edu-cação brasileira: “Só em Curiti-ba, temos 400 escolas de inglês,enquanto não temos nenhumaescola especializada em línguaportuguesa. E a iniciativa priva-da se concentra apenas nos ní-veis superiores de ensino, es-quecendo do início, quando ascrianças começam a aprender”,constata Hamilton.

Outros projetosAlém da Academia Brasilei-

ra de Letrinhas, a Letternet tam-bém criou o projeto “Uma Bibli-oteca em Cada Escola”, que aju-da a aumentar o número deexemplares nas bibliotecas emtodo o país. Dentre os livros pu-blicados pela editora, as escolascadastradas pelo projeto têmdescontos na compra de livrosinfantis. Assim, as escolas maiscarentes, no interior do país,podem criar o hábito de leituraem seus alunos.

A Casa de Cultura Letrinhastem uma biblioteca com mais decinco mil livros voltados ao pú-blico infanto-juvenil, e tambémabriga outros espaços: o Circo

Theatro Tem-Tem, que recebesessões de contação de históri-as, teatro de fantoches e ofici-nas de literatura; A FlorestaEncantada, um espaço paraconscientização das criançassobre a necessidade de conser-vação da natureza e do meioambiente; e o Letrinhas Ateliê,que oferece cursos de artesplásticas para crianças e adul-tos.

Existem também os projetosParaná, Brasil e Terra Notável,no qual as crianças aprendemsobre lugares específicos do es-tado, do país e do mundo. Nomaterial encontra-se um peque-no texto com a história do atra-tivo. Depois disso, há uma telajá riscada para a criança fazera pintura. Entre os lugares re-tratados estão a Ópera de Ara-me, a Catedral de Maringá, oPantanal e o Monte Everest. Éuma maneira de as crianças te-rem aulas de geografia, histó-ria e artes de forma lúdica.

Sobre a possibilidade de ex-pansão do projeto, Hamiltondiz que a intenção é estimulara criação de outros núcleospelo país, utilizando a mesmametodologia do projeto Letri-nhas: "Não é nosso objetivo fa-zer riqueza com isso, mas pre-tendemos que uma professoraem uma cidade pequena do in-terior possa pegar esse métodoe aplicar em sua escola, comum custo extremamente baixo.Esse é a nossa intenção, fazercom que o método seja aplica-do em âmbito nacional".

ServiçoLivraria Letrinhas - Casa de

CulturaAv. Sete de Setembro, 6234 -

Seminário - Curitiba/PR(41) [email protected]