Manual - Ufcd 3498 - Animação de Grupos Especiais (2)

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    1/47

    UFCD 3498

    ANIMAO DE GRUPOS

    ESPECIAIS

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    2/47

    Animao de grupos especiais

    1

    ndice

    Introduo ................................................................................................................... 2 mbito do manual ..................................................................................................... 2Objetivos .................................................................................................................. 2Contedos programticos ........................................................................................... 2Carga horria ............................................................................................................ 2

    1.Programas de animao .............................................................................................. 32.Normas de utilizao do material ................................................................................. 63.Regulamentao destinada a crianas ......................................................................... 104.Programas de terceira idade ....................................................................................... 225.Programas adaptados a portadores de deficincia ........................................................ 346.Adaptao de programas ao espao ............................................................................ 41Bibliografia .................................................................................................................. 46

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    3/47

    Animao de grupos especiais

    2

    Introduo

    mbito do manual

    O presente manual foi concebido como instrumento de apoio unidade de formao decurta durao n 3498 Animao de grupos especiais, de acordo com oCatlogoNacional de Qualificaes.

    Objetivos

    Identificar e planificar programas de animao de grupos especiais.

    Contedos programticos

    Programas de animao Normas de utilizao do material Regulamentao destinada a crianas Programas de terceira idade Programas adaptados a portadores de deficincia Adaptao de programas ao espao

    Carga horria

    50 horas

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    4/47

    Animao de grupos especiais

    3

    1.Programas de animao

    O direito acessibilidade e a sua promoo claramente uma condio necessria para aparticipao humana, para o desenvolvimento do nosso pas e para a construo de umasociedade para todos.

    Viajar, desfrutar do patrimnio, da cultura e do lazer so direitos individuais da pessoa queno podem ser limitados por falta de condies de acessibilidade nos espaos fsicos, nainformao ou comunicao.

    Alis, a negao de condies que nos permitam viajar, conhecer e participar nas atividadestursticas uma discriminao contra as pessoas com deficincias ou incapacidade.

    A Acessibilidade pode ser definida como a capacidade do meio (espaos, edifcios ouservios) de proporcionar a todos uma igual oportunidade de uso, de uma forma direta,imediata, permanente e o mais autnoma possvel.

    Sendo uma condio indispensvel para alguns turistas (nomeadamente para aqueles quetm alguma limitao fsica, sensorial ou cognitiva, como as pessoas com deficincia, osidosos ou as famlias com crianas pequenas), a experincia demonstra que a Acessibilidadese traduz, por regra, em maior segurana, conforto e funcionalidade para todos.

    A existncia de condies de acessibilidade na oferta turstica constitui, por isso, no apenasum direito (consagrado na lei) mas tambm um critrio objetivo de qualidade.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    5/47

    Animao de grupos especiais

    4

    Os consumidores que valorizam a acessibilidade na oferta turstica so decisivos para acompetitividade e sustentabilidade da oferta nacional. Este segmento j conta com mais de

    127,5 milhes de consumidores (s na Europa), e vai aumentar com o envelhecimentodemogrfico nos principais mercados emissores.

    Os estudos de mercado revelam que estes consumidores mobilizam importantes verbas,sublinhando as caractersticas especialmente apelativas do seu comportamento: estadiasmais prolongadas, maior nmero mdio de acompanhantes, maior fidelidade ao destino emelhor repartio pelas pocas altas e baixas. Note-se que o rendimento disponvel no necessariamente inferior (em muitos casos, bem pelo contrrio).

    O novo enquadramento legislativo da acessibilidade em Portugal conduzir progressivaqualificao da oferta neste domnio, ao obrigar adaptao dos locais de interesse tursticoe dos servios a prestados. Sendo este investimento obrigatrio, importa, naturalmente,assegurar a sua rentabilizao.

    Deve notar-se, neste ponto, que a adaptao de espaos e servios no basta, por si s,

    para aumentar a competitividade neste segmento. A disponibilidade de informao fivel,detalhada e pessoalmente relevante sobre as condies de acessibilidade igualmentefundamental para captar estes consumidores, que planeiam com especial cuidado as suasdeslocaes.

    A informao deve referir-se s condies reais, e no necessrio esperar pela realizaode adaptaes para a divulgar, porque pessoas diferentes tm necessidades diferentes, e ofacto de ainda no haver condies suficientes para alguns consumidores no significa,necessariamente, que no existam j condies suficientes para outros.

    A disponibilizao ao consumidor de informao sobre as condies de acessibilidade emlocais de interesse turstico implica a criao de um sistema que, de forma integrada, definae articule os procedimentos necessrios para a recolha de dados e para a sua divulgao.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    6/47

    Animao de grupos especiais

    5

    Uma anlise de boas prticas internacionais revela que os sistemas mais avanadospartilham, entre si, alguns traos distintivos: tm um mbito de aplicao bem definido, no

    se limitam a um tipo de espao ou atividade, centram a sua anlise nas condies reais,envolvem na sua gesto organizaes representativas dos sectores da Deficincia e doTurismo, consideram o rigor e a objetividade na anlise dos locais como uma condiochave para a utilidade da informao e do prprio sistema, tm em conta as necessidadesde diversos tipos de utilizadores, lidam com informao bastante detalhada, e aproveitam opotencial da Internet para ajudar o estabelecimento a difundir a informao, e para ajudar opotencial consumidor a encontr-la.

    A implementao de polticas pr-ativas de acessibilidade, de carcter social, cultural ou deordenamento territorial, que assegurem a todos os indivduos o acesso universal inclusivo aservios e espaos pblicos, tero impacto humano e econmico significativo, pois visamcontribuir quer para a qualidade de vida dos cidados residentes, quer para a qualidade esatisfao de turistas e excursionistas, independentemente das suas faculdades e ndice demobilidade.

    O despertar da conscincia cvica e poltica para a dimenso e alcance do conceito deacessibilidade universal, e as consequentes aes a desenvolver para responder ao desafio,tero impactos expressivos, a mdio e longo prazo, na atividade turstica e econmica dosterritrios.

    As organizaes pblicas com responsabilidade na gesto e qualificao dos destinostursticos devem procurar interpretar e projetar o territrio e as suas diferentes dimenses eservios numa tica universal, destinado ao usufruto de todos os indivduos, considerandoos benefcios socioeconmicos e ambientais da decorrentes, bem como o contributo deimpulsor da imagem e do marketing territorial face a destinos concorrentes.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    7/47

    Animao de grupos especiais

    6

    2.Normas de utilizao do material

    exigido aos animadores tursticos um variado conjunto de competncias profissionais, dasquais se destacam a capacidade para preparar e realizar programas de animao adequadoss expectativas dos turistas, bem como ter uma slida preparao na respetiva rea deespecializao.

    Devem ter fortes noes de segurana e primeiros socorros, uma vez que a integridadefsica do turista dever ser sempre salvaguardada.

    H que ter em considerao as qualidades profissionais e pessoais do animador para poderconcretizar as suas tarefas. O animador:

    Analisa, programa, organiza e executa todo o tipo de atividades recreativas em

    funo do grupo a que so dirigidas, mediante a utilizao de tcnicas adequadaspara satisfazer e entreter o cliente;

    No se pode limitar a atuar em frente ao cliente sem antes ter tudo bem delineado eorganizado, antecipando-se a pequenas ocorrncias que possam existir;

    Encarrega-se de selecionar, criar e preparar os instrumentos e materiais necessriospara levar a cabo os diferentes programas de animao da forma mais idnea;

    Utiliza de forma adequada os meios tcnicos e outros materiais necessrios,responsabilizando-se pelo seu uso e manuteno;

    Executa as atividades planificadas, detetando e corrigindo possveis erros,enriquecendo e atualizando os programas em funo das necessidades;

    Estabelece medidas a tomar em caso de haver imprevistos que o faam desviar daplanificao;

    Desenvolve as atividades de animao seguindo o programa estabelecido sem perdera finalidade do cliente ter uma experincia agradvel.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    8/47

    Animao de grupos especiais

    7

    No mbito da animao turstica, e comparativamente com outras atividades desportivas, aprtica do desporto de natureza uma atividade de risco devido a interao entre as foras

    da natureza e a atuao do ser humano.

    Contudo, quando praticado em segurana e acompanhado por tcnicos com a formaoadequada, o desporto de natureza apresenta nveis de segurana muito satisfatrios. Paraisso, importante conhecer e saber avaliar os vrios fatores envolvidos que so:

    Condies do meio e meteorolgicas; Capacidade fsica e psquica dos praticantes; Tipo e nvel de intensidade das atividades vs. Praticantes; Qualificaes dos tcnicos adequadas s diferentes atividades; Utilizao correta do equipamento; Informao sobre comportamentos e prticas adequadas; Capacidade de prestar os primeiros socorros e participar em situaes de resgate.

    No existe uma segurana absoluta na prtica do desporto de natureza, mas possvelgarantir uma prtica mais segura pela adoo de rigorosas medidas de segurana que

    reduzam os eventuais riscos e minimizem os danos em caso de acidente.

    Estas atividades oferecem vrios nveis de dificuldade, exigindo diferentes capacidades eexperiencias do praticante, pelo que a mesma atividade pode ser adequada para unspraticantes, mas excessiva e prejudicial para outros.

    importante que os praticantes tenham conscincia das suas capacidades e limites e umperfeito autodomnio e controlo. Devem dar especial ateno ao seu estado de sade geralpara saberem se esto em condies fsicas e psquicas para suportar e resistir ao grau dedificuldade da atividade.

    Muitos praticantes dedicam o seu tempo livre prtica destas atividades e consegueminclusivamente atingir um elevado nvel de competio e de competncias especiais.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    9/47

    Animao de grupos especiais

    8

    No entanto, a prtica destas atividades est cada vez mais massificada e muitas pessoas,sem experincia, mas desejosas de novas aventuras com amigos, familiares ou colegas de

    empresa, recorrem a entidades que organizam atividades deste gnero. Neste caso, aescolha de um prestador de servios requer uma ateno especial.

    Deve ser procurada informao sobre: O licenciamento do prestador de servios para a prtica das atividades oferecidas; As qualificaes tcnicas e a experincia dos monitores; A tabela de preos de todos os servios a contratar; Os seguros de responsabilidade civil e de acidentes pessoais do prestador de

    servios; A capacidade de organizao das atividades; A existncia de planos de emergncia, socorro e evacuao.

    Um outro fator indispensvel para um servio de elevada qualidade e segurana aformao e qualificao tcnica dos seus monitores, que lhes permita o domnio tcnico dasatividades, o conhecimento da resistncia dos materiais, a capacidade de interpretar

    condies naturais do meio, prestar primeiros socorros e liderar operaes de resgate.

    Para atividades com elevada complexidade e risco, como o mergulho, a conduo deembarcaes nuticas e de voo livre, os profissionais devem possuir habilitao e formaoespecfica.

    O prestador de servios tem de ter capacidade tcnica para avaliar as condies do meionatural para a prtica de uma determinada atividade como, por exemplo, estado do tempo,descargas de barragens e modificao das mars e dos ventos.

    Os procedimentos de segurana implicam a verificao tcnica sistemtica e a manutenoperidica dos equipamentos especficos utilizados na prtica das atividades de desporto denatureza. Este equipamento, guardado de acordo com normas de acondicionamento e

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    10/47

    Animao de grupos especiais

    9

    armazenamento especfico, tem de estar sempre em perfeitas condies de funcionamento erespeitar as normas de certificao internacionais em vigor.

    Muitos acidentes decorrem, por exemplo, do desconhecimento sobre o uso correto doequipamento e de comportamentos desadequados. Para que isto no acontea, a entidadeque organiza estas atividades tem de prestar a seguinte informao:

    Contraindicaes (mdicas e/ou fsicas) para a prtica da atividade; Riscos inerentes prtica da atividade; Comportamentos seguros a adotar pelo praticante; Prticas proibidas e prejudiciais; Equipamento necessrio para a prtica da atividade (por ex: botas e fatos

    isotrmicos, coletes homologados, capacetes); Instrues sobre a utilizao correto do equipamento; Instrues sobre a utilizao correta de infraestruturas e/ ou espaos.

    O inesperado acontece e, em caso de acidente, fundamental haver planos de emergncia,resgate e evacuao, eficazes e imediatos.

    Os planos de emergncia possibilitam a prestao de primeiros-socorros, com aplicao detcnicas de reanimao e utilizao de equipamento de regaste. Os planos de evacuaopermitem uma ligao eficaz entre as zonas afetadas e as unidades de emergncia mdica,que devem ser convocadas de imediato.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    11/47

    Animao de grupos especiais

    10

    3.Regulamentao destinada a crianas

    REGULAMENTO QUE ESTABELECE AS CONDIES DE SEGURANA A OBSERVLOCALIZAO, IMPLANTACO, CONCEPO E ORGANIZAO FUNCIONAL DOS E

    DE JOGO E RECREIO, RESPECTIVO EQUIPAMENTO E SUPERFCIES DE IMPACTE.

    ObjetoO presente Regulamento estabelece as condies de segurana a observar na localizao,implantao, conceo e organizao funcional dos espaos de jogo e recreio, respectivoequipamento e superfcies de impacte, destinados a crianas, necessrias para garantir adiminuio dos riscos de acidente, de traumatismos e leses acidentais e das suas

    consequncias.

    mbitoEste Regulamento aplica-se a todos os espaos de jogo e recreio de uso coletivo, erespectivo equipamento e superfcies de impacte, destinados a crianas, qualquer que seja olocal de implantao.

    Excluem-se do mbito de aplicao deste diploma os recintos com diverses aquticas.

    DefiniesPara efeitos de aplicao deste Regulamento entende-se por:

    Espao de jogo e recreio rea destinada atividade ldica das crianas, delimitadafsica ou funcionalmente, em que a atividade motora assume especial relevncia;

    Equipamento de espao de jogo e recreio - materiais e estruturas, incluindocomponentes e elementos construtivos, destinados a espaos de jogo e recreio, com

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    12/47

    Animao de grupos especiais

    11

    os quais ou nos quais as crianas possam brincar ao ar livre ou em espaosfechados, individualmente ou em grupo;

    Superfcie de impacte - superfcie na qual deve ocorrer o impacte do utilizador doequipamento, em resultado da sua utilizao normal e previsvel e que possuipropriedades de absoro do choque produzido pelo impacte;

    Entidade responsvel pelo espao de jogo e recreio - pessoa singular ou coletiva dedireito pblico ou privado que assegura o regular funcionamento do espao de jogoe recreio.

    Obrigao geral de seguranaOs espaos de jogo e recreio no podem ser suscetveis de pr em perigo a sade esegurana do utilizador ou de terceiros, devendo obedecer aos requisitos de seguranaconstantes deste Regulamento.

    LocalizaoOs espaos de jogo e recreio no devem estar localizados junto de zonas ambientalmentedegradadas, de zonas exteriores utilizadas para carga, descarga e depsito de materiais e

    produtos ou de outras zonas potencialmente perigosas, nem de locais onde o rudo dificultea comunicao e constitua uma fonte de mal-estar.

    AcessibilidadeOs espaos de jogo e recreio devem observar as seguintes condies:

    Acessibilidade a todos os utentes, designadamente aqueles que apresentem umamobilidade condicionada, e que facilitem a interveno dos meios de socorro esalvamento;

    Estar inseridos na rede de circulao de pees da respetiva rea urbanizada,devendo os seus acessos estar bem sinalizados e equipados, designadamente compassadeiras pedonais e iluminao artificial.

    Os acessos aos espaos de jogo e recreio devem:

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    13/47

    Animao de grupos especiais

    12

    Ser afastados das zonas de circulao e estacionamento de veculos e,designadamente, daquelas com trnsito mais intenso e rpido;

    Ter solues de pormenor que evitem o acesso intempestivo das crianas s zonasde circulao e estacionamento de veculos.

    No acesso aos espaos de jogo e recreio a partir dos edifcios circundantes deve evitar-seos atravessamentos de vias para veculos, aceitando-se apenas atravessamentos de vias deacesso local.

    Proteo contra o trnsito de veculosOs espaos de jogo e recreio devem estar isolados do trnsito, restringindo-se o acessodireto entre esses espaos e vias e estacionamentos para veculos por meio de soluestcnicas eficientes, devendo ser observadas as seguintes distancias, contadas a partir dopermetro exterior do espao at aos limites da via ou do estacionamento de, pelo menos:

    o 10 m em relao s vias de acesso local sem continuidade urbana eestacionamentos, admitindo-se afastamentos mnimos at 5 m, apenasquando a velocidade dos veculos seja fisicamente limitada a valores muito

    reduzidos e desde que sejam previstas solues tcnicas eficientes deproteo contra o transito de veculos;

    o 20 m em relao s vias de distribuio local com continuidade urbana eestacionamentos, admitindo-se afastamentos mnimos at 10 m, apenasquando a velocidade dos veculos seja fisicamente limitada a valores muitoreduzidos e desde que sejam previstas solues tcnicas eficientes deproteo contra o transito de veculos;

    o 50 m em relao s restantes vias de circulao de veculos com maiorintensidade de trfego, devendo os espaos de jogo e recreio estarfisicamente separados destas vias.

    Os espaos de jogo e recreio existentes data de entrada em vigor do presente diploma eque no preencham os requisitos estabelecidos no nmero anterior devem assegurar aproteo contra o trnsito de veculos por meio de solues tcnicas eficientes.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    14/47

    Animao de grupos especiais

    13

    Nas vias de circulao de veculos deve existir limitao de velocidade por sinalizao e

    adequadas solues de controlo fsico da velocidade e da circulao de veculos, adaptadasa cada situao especfica, tais como lombas, bandas sonoras, traados virios sinuosos,barreiras e interdies localizadas da circulao e estacionamento de veculos.

    Proteo contra efeitos climticosOs espaos de jogo e recreio devem oferecer abrigo das intempries, quando se situem emzonas no adjacentes habitao.

    Proteo dos espaosOs espaos de jogo e recreio devem ser protegidos de modo a:

    Impedir a entrada de animais; Dificultar os atos de vandalismo; Impedir acessos diretos e intempestivos de crianas s vias de circulao e s zonas

    de estacionamento de veculos, devendo existir separao fsica adequada em todasas vias que no sejam as de acesso e distribuio local

    Condies de proximidade e visibilidadeOs espaos de jogo e recreio devem:

    o Estar situados na proximidade de acessos a edifcios habitacionais ou deinstalaes de uso coletivo em funcionamento;

    o Possuir adequadas e durveis condies de iluminao artificial.

    Conceo e organizao funcionalNa conceo dos espaos de jogo e recreio deve atender-se sua insero no espaoenvolvente, ao objetivo, ao uso e aptido ldica.

    Na organizao funcional dos espaos de jogo e recreio deve ter-se em conta,nomeadamente:

    A adequao s necessidades motoras, ldicas e estticas dos utentes;

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    15/47

    Animao de grupos especiais

    14

    O equilbrio na distribuio de equipamentos e reas, designadamente porhierarquizao dos graus de dificuldade e pela previso de zonas de transio, de

    modo a permitir a separao natural de atividades e a evitar possveis colises.

    Mobilirio urbano e instalaes de apoioOs espaos de jogo e recreio devem estar devidamente equipados, nomeadamente com:

    o Iluminao pblica;o Bancos;o Recipientes para recolha de resduos slidos.

    Os espaos de jogo e recreio devem, sempre que possvel, estar devidamente equipadoscom bebedouros e telefone de uso pblico ou, em alternativa, devem possuir estesequipamentos nas suas imediaes, a uma distncia adequada e de rpido e fcil acessopara os seus utentes.

    Informaes teisNos espaos de jogo e recreio deve existir informao distribuda por diferentes locais, bemvisvel e facilmente legvel, contendo, nomeadamente, as seguintes indicaes:

    o Identificao e nmero de telefone da entidade responsvel pelo espao de jogo e recreio e da entidade fiscalizadora;

    o Localizao do telefone mais prximo;o Localizao e nmero de telefone da urgncia hospitalar ou outra mais

    prxima;o Nmero nacional de socorro.

    Circulao interna pedonalNos espaos de jogo e recreio devem existir corredores de circulao interna pedonal, livresde quaisquer obstculos, bem identificados, que facilitem a circulao de todos os utentes,designadamente daqueles que apresentem mobilidade condicionada.

    Os corredores de circulao interna pedonal devem respeitar a largura mnima de 1,60 m.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    16/47

    Animao de grupos especiais

    15

    Nos casos em que for prevista a possibilidade de utilizao de bicicletas, patins ou outroequipamento semelhante, devem ser criados corredores de circulao prprios, devidamente

    identificados e separados dos corredores referidos no n. 1.

    Obrigao geral de seguranaOs equipamentos e superfcies de impacte destinados aos espaos de jogo e recreio, quandoutilizados para o fim a que se destinam ou outro previsvel atendendo ao comportamentohabitual das crianas, no podem ser suscetveis de pr em perigo a sade e a seguranado utilizador ou de terceiros, devendo, quando colocados no mercado e durante todo operodo da sua utilizao normal e previsvel, obedecer aos requisitos de seguranaconstantes deste diploma.

    Conformidade com os requisitos de segurana A conformidade com os requisitos de segurana deve ser atestada pelo fabricante ou seumandatrio ou pelo importador estabelecido na Unio Europeia, mediante a aposio sobreos equipamentos e respetiva embalagem, de forma visvel, legvel e indelvel, da menoConforme com os requisitos de segurana.

    O fabricante ou seu mandatrio ou o importador estabelecido na Unio Europeia deequipamentos destinados a espaos de jogo e recreio devem apor, ainda, de forma visvel,legvel e indelvel, sobre:

    O equipamento e respetiva embalagem: O seu nome, denominao social ou marca, o endereo, a identificao do modelo e

    o ano de fabrico;o ii) A idade mnima e mxima dos utilizadores a quem se destine;o iii) O nmero mximo de utentes em simultneo;

    O equipamento e os avisos necessrios preveno dos riscos inerentes suautilizao.

    Manual de instrues

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    17/47

    Animao de grupos especiais

    16

    Todo o equipamento e superfcie de impacte devem ser acompanhados de ummanual de instrues, redigido em portugus, que contenha indicaes adequadas,

    claramente descritas e ilustradas, respeitando os requisitos previstos nosdocumentos normativos aplicveis.

    Segurana dos materiaisOs materiais utilizados no fabrico dos equipamentos devem ser durveis e de fcilmanuteno.

    No podem ser utilizados materiais facilmente inflamveis, txicos ou suscetveis deprovocar alergias.

    Segurana dos equipamentos As fundaes para a instalao dos equipamentos devem ser executadas de forma a quegarantam a sua estabilidade e resistncia e no devem constituir obstculo que ponha emrisco a sade e segurana dos utilizadores.

    Os equipamentos dos espaos de jogo e recreio no devem ter:o Arestas vivas, rebarbas ou superfcies rugosas suscetveis de provocar

    ferimento;o Lascas, pregos, parafusos ou qualquer outro material pontiagudo suscetvel

    de causar ferimento:o Fixaes ao solo salientes e cabos de fixao que possam constituir obstculo

    pouco visvel e suscetvel de provocar acidente;o Cordas, cabos ou correntes pouco resistentes ou facilmente deteriorveis;o Superfcies que provoquem queimaduras quer por contacto quer por frico.

    Os equipamentos dos espaos de jogo e recreio devem ser concebidos de forma que:o As dimenses, o grau de dificuldade e a atractibilidade sejam adequados

    idade dos utilizadores;o O risco inerente atividade seja apreendido e previsto pelos utilizadores;

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    18/47

    Animao de grupos especiais

    17

    o As junes e as partes mveis no tenham aberturas que permitam prenderpartes do vesturio ou provocar entales de partes do corpo;

    o Os adultos possam aceder a todas as partes do equipamento.

    As zonas elevadas acessveis dos equipamentos devem ser corretamente protegidas, paraevitar o risco de queda acidental.

    rea de utilizao Para cada equipamento e superfcie de impacte deve ser respeitada uma rea de utilizaoconstituda por:

    o rea ocupada pelo equipamento e superfcie de impacte;o rea livre de obstculos, que impea quer as colises entre os utilizadores

    quer as destes com o prprio equipamento;o rea de transio entre cada um dos equipamentos.

    Deve ser feita uma marcao evidente das reas de jogo ativo associadas aos diversosequipamentos.

    Requisitos de segurana para equipamentos especficos

    Escorregas As superfcies de deslizamento devem ser concebidas de modo que a velocidade de descidaseja razoavelmente reduzida no final da trajetria.

    As aceleraes da velocidade do corpo resultante das variaes da curvatura do escorregadevem ser limitadas, de modo a no provocarem acidentes devidos ao ressalto e a evitarque os utilizadores sejam projetados para fora da trajetria.

    A parte deslizante do escorrega deve ser de fcil acesso.

    A entrada da superfcie de deslizamento deve ser concebida de modo a desencorajarqualquer tentativa de acesso na posio de p.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    19/47

    Animao de grupos especiais

    18

    Equipamentos que incluam elementos rotativos

    Os elementos rotativos devem ser concebidos de modo que os riscos de leso sejamreduzidos ao mnimo, em particular quando o utilizador cai do elemento rotativo ou sai deleainda em movimento.

    Os espaos entre os elementos rotativos do equipamento e as suas estruturas estticas nodevem permitir a introduo de partes do corpo, nem do vesturio, suscetveis de prender outilizador ao elemento rotativo.

    Baloios e outros equipamentos que incluam elementos de balanoTodos os elementos de balano devem ter caractersticas apropriadas de amortecimento doschoques, nomeadamente atravs do encabeamento dos topos frontal e posterior doassento do baloio por uma bordadura em material adequado a essa finalidade, por forma aevitar leses se um desses elementos atingir o utilizador ou um terceiro.

    A colocao dos baloios e de outro equipamento semelhante deve permitir a apreenso do

    movimento pendular e impedir o acesso pela retaguarda do equipamento.

    SoloO solo para implantao dos espaos de jogo e recreio deve possuir condies de drenagemadequadas.

    Superfcies de impacte As superfcies de impacte devem ser concebidas de acordo com os requisitos estabelecidosnos documentos normativos aplicveis.

    No permitida a utilizao de superfcies de impacte constitudas por tijolo, pedra, beto,material betuminoso, macadame, madeira ou outro material rgido que impossibilite oamortecimento adequado do impacte.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    20/47

    Animao de grupos especiais

    19

    Da manuteno A entidade responsvel pelo espao de jogo e recreio deve assegurar uma manuteno

    regular e peridica de toda a rea ocupada pelo espao, bem como de todo o equipamentoe superfcies de impacte, de modo que sejam permanentemente observadas as condiesde segurana e de higiene e sanidade.

    Manuteno do espao de jogo e recreioPara que seja assegurada uma manuteno regular e peridica do espao de jogo e recreiodevem ser efetuadas verificaes de rotina que abranjam toda a rea ocupada pelo espaode jogo e recreio, incluindo, nomeadamente, as vedaes, os portes, o mobilirio urbano eas instalaes de apoio.

    Sempre que se verifiquem deterioraes suscetveis de pr em risco a segurana dosutentes, a entidade responsvel pelo espao de jogo e recreio deve diligenciar a suareparao imediata ou se esta no for vivel a imobilizao ou retirada do elementodanificado.

    Manuteno dos equipamentos e superfcies de impacte A manuteno dos equipamentos e superfcies de impacte deve ser assegurada de acordocom o disposto nos documentos normativos aplicveis.

    Caso os equipamentos ou as superfcies de impacte apresentem deterioraes suscetveis depr em risco a segurana dos utentes, a entidade responsvel pelo espao de jogo e recreiodeve diligenciar a sua reparao imediata ou, se esta no for vivel, a imobilizao ouretirada do equipamento.

    Quando apenas uma parte do equipamento tenha de ser desmontada ou retirada, devetambm aquela entidade proceder proteo ou desmontagem das fixaes ou dasfundaes do equipamento.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    21/47

    Animao de grupos especiais

    20

    Sempre que a superfcie de impacte seja constituda por areia, aparas de madeira ou outromaterial semelhante, deve ser assegurado o nvel de altura da camada de material

    adequada absoro do impacte.

    Condies hgio-sanitrias A entidade responsvel pelo espao de jogo e recreio deve manter o espaopermanentemente limpo, incluindo os equipamentos, as superfcies de impacte, o mobiliriourbano e as instalaes de apoio.

    Sempre que a superfcie de impacte seja constituda por areia, aparas de madeira ou outromaterial semelhante, deve proceder-se sua renovao completa pelo menos uma vez porano.

    Livro de manuteno A entidade responsvel pelo espao de jogo e recreio deve possuir um livro de manutenoque contenha os seguintes elementos:

    o Projeto geral de arquitetura e demais especialidades que elucidem sobre a

    distribuio dos equipamentos, o posicionamento das infraestruturas e odesenvolvimento do espao de jogo e recreio;

    o Listagem completa e detalhada dos equipamentos, dos seus fornecedores edos responsveis pela manuteno;

    o Programa de manuteno e respectivos procedimentos, adequados scondies do local e do equipamento, tendo em conta a frequncia deutilizao e as instrues do fabricante;

    o Registo das reparaes e das principais aes de manuteno correnteefetuadas;

    o Registo das reclamaes e dos acidentes.

    Seguro de responsabilidade civil A entidade responsvel pelo espao de jogo e recreio ter de celebrar obrigatoriamente umseguro de responsabilidade civil por danos corporais causados aos utilizadores em virtude de

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    22/47

    Animao de grupos especiais

    21

    deficiente instalao e manuteno dos espaos de jogo e recreio, respectivo equipamento esuperfcies de impacte.

    O valor mnimo obrigatrio do seguro referido no nmero anterior fixado em 50 000 000$e ser automaticamente atualizado em Janeiro de cada ano, de acordo com o ndice depreos no consumidor verificado no ano anterior e publicado pelo Instituto Nacional deEstatstica.

    Da fiscalizao A fiscalizao do cumprimento do disposto neste Regulamento compete s cmarasmunicipais.

    O Instituto Nacional do Desporto fiscaliza os espaos de jogo e recreio cuja entidaderesponsvel seja a cmara municipal.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    23/47

    Animao de grupos especiais

    22

    4.Programas de terceira idade

    O envelhecimento da populao tende, com o progresso material e a evoluo doconhecimento mdico, a aumentar e, consequentemente, cresce a necessidade de seprogramarem aes relacionadas com a Animao para a terceira idade. Daqui resulta,igualmente, uma procura cada vez mais crescente de um perfil de Animador preparado paraintervir nesta faixa etria.

    A animao de idosos a maneira de atuar em todos os campos do desenvolvimento daqualidade de vida dos mais velhos, sendo um estmulo de vida mental, fsica e afetiva dapessoa idosa.

    Este tipo de animao deve tornar todos os idosos mais ativos e interventivos, tornando-osmais teis e solicitando a sua participao. importante no infantilizar o idoso, nemsobrevalorizar algumas situaes.

    A Animao na terceira idade funda-se, portanto, nos princpios de uma gerontologiaeducativa, promotora de situaes operativas, com vista a auxiliar as pessoas idosas aprogramar a evoluo natural do seu envelhecimento, a promover-lhes novos interesses enovas atividades, que conduzam manuteno da sua vitalidade fsica e mental, deperspetivar a Animao do seu tempo, que , predominantemente, livre.

    Consiste na atuao de forma a favorecer, promover e aumentar a qualidade de vida dosidosos, estimulando-os de forma mental, fsica e afetiva. Pretende-se facilitar o acesso auma vida mais ativa e mais criadora, contribuindo para a melhoria das relaes e

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    24/47

    Animao de grupos especiais

    23

    comunicao com os outros. Para uma melhor participao na comunidade e desenvolvendoa personalidade do individuo e a sua autonomia.

    Objetivos da animao para Idosos Promover a inovao e novas descobertas; Valorizar a formao ao longo da vida; Proporcionar uma vida mais harmoniosa, atrativa e dinmica com a participao e o

    envolvimento do idoso; Incrementar a ocupao adequada do tempo livre para evitar que o tempo de lazer

    seja alienado, passivo e despersonalizado; Valorizar as capacidades, competncias, saberes e cultura do idoso, aumentando a

    sua autoestima e autoconfiana.

    Competncias do animador de idosos:1. Entusiasmo: motivar idosos;2. Empatia: compreender os idosos, colocar-se no lugar deles;

    3. Atitude construtiva: ser positivo, demonstrar seriedade, comentrios positivos;4. Ter esprito de adaptao;5. Organizar o espao;6. Possuir uma grande variedade de atividades/jogos;7. Planificar e preparar os jogos /atividades com antecedncia;8. Apresentar os jogos/atividades com clareza;9. Observar e acompanhar os idosos durante os jogos/atividades.

    Modalidades de animao

    Animao Ldica A animao ldica um tipo de animao que tem como objetivo divertir as pessoas e osgrupos, ocupar o tempo, promover convvio e divulgar os conhecimentos, artes e saberes.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    25/47

    Animao de grupos especiais

    24

    Este tipo de animao est especialmente dirigido para o lazer, o entretenimento e abrincadeira.

    importante que estas reas sejam desenvolvidas com os idosos pois para alm detrabalhar a sua parte fsica trabalha tambm a parte social, de convivncia e a partecognitiva e psicolgica.

    Desporto e RecreioEsta animao engloba atividades fsicas que podem ser praticadas em equipa ouindividualmente, com ou sem fins competitivos. Os desportos mais aconselhveis para osidosos so o atletismo, os jogos tradicionais, a natao, o tnis, a pesca, o golfe e a marcha.

    As atividades recreativas so realizadas em e para o grupo e tm por objetivo o recreio, oconvvio, a solidificao das relaes sociais e o desenvolvimento comunitrio.

    Como atividades recreativas tem-se os bailes (carnaval, final de ano, etc.), os torneios de jogos de cartas, os desfiles de moda, as marchas populares, as festas de aniversrio e dos

    santos populares, as procisses, os jornais de parede, os piqueniques, a decorao de casasou ruas com flores e outros adereos de papel, concursos de poesia, prosa ou fotografia,etc.

    Turismo snior A Animao turstica para a terceira idade requer processos de vivncia, convivncia e,sobretudo, uma ao comprometida com o seu desenvolvimento pessoal.

    A Animao turstica para a 3. idade deve ser entendida como um conjunto de atividades,que transformam o ver no envolver, o viver no conviver, desafiando o turista numaestratgia de desenvolvimento pessoal e humano numa determinada fase do seu percursode vida.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    26/47

    Animao de grupos especiais

    25

    A integrao ativa social, atravs da Animao turstica, procura no limitar a pessoa aobservar apenas o meio mas a interagir com ele. Na Animao turstica no h turistas

    forasteiros e residentes anfitries, existem pessoas com necessidade de interagir, de serelacionarem e de promoverem aes sociais, culturais e educativas dinmicas, geradoras delaos fortes que confiram sentido s relaes humanas.

    A animao turstica snior deve ser entendida com um conjunto de atividades, quetransformam o ver em envolver, o viver em conviver, desafinando o turista numa estratgiade desenvolvimento pessoal e humano numa determinada fase do seu percurso de vida.

    Quando se planeia uma viagem com idosos deve-se ter em ateno se o local para onde sevai e onde vo ficar instalados est preparado para acolher pessoas com dificuldades delocomoo.

    Visitas culturais As visitas culturais so idnticas ao turismo snior, a grande diferena a durao,enquanto o turismo snior remete para vrios dias as visitas tm, por norma, a durao de

    um ou dois dias.

    Principais roteiros das visitas culturais: Museus; Exposies; Cidades e monumentos histricos; Teatro e cinema; Feiras; Parques Naturais.

    O Turismo Snior insere -se, desde logo, nos grandes desgnios da atividade turstica, emgeral, e do Turismo Social, em particular, que podem ser enunciados, em sntese, daseguinte forma:

    Contribuir para dar resposta aos modernos desafios da excluso e integrao sociais;

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    27/47

    Animao de grupos especiais

    26

    Criar condies de acesso aos benefcios do Turismo ao Maior nmero de cidadostrabalhadores;

    Desempenhar um papel ativo no reforo da economia e na criao de empregoconstituindo-se como fator de coeso social;

    Conciliar desenvolvimento turstico, proteo do ambiente e respeito pela identidadecultural das comunidades locais.

    Para garantir a qualidade da experincia turstica dos Seniores, os programadores devemestabelecer dispositivos que prevejam:

    Fatores bsicos de qualidade, como segurana, higiene e sade, interessesambientais, independncia, acessibilidade aos servios e instalaes e normas deproteo ao consumidor;

    Uma alimentao saudvel e exerccio fsico, assim como outros fatores queconstituam o bem-estar fsico, bem como aqueles que constituam o bem-estarespiritual e qualidade de vida;

    Interao com as comunidades locais; Dinamizao de visitas turstico-culturais, promoo de experincias educativas e das

    culturas e patrimnios locais; Atividades de animao, incluindo espetculos ao ar livre; A elaborao de programas de acesso facilitado s Termas; Altos padres de servio, atividades sociais estruturadas, flexibilidade nos

    programas, ritmo e intensidade adequados para as atividades fsicas, assim comoinformao clara e precisa.

    GastronomiaNa vida dos idosos a gastronomia assume um papel fundamental, quer como consumidores,quer como executantes. tambm na culinria que os idosos se podem sentir mais teis,devido aos seus conhecimentos e experincias.

    Ao trabalhar a culinria possvel: Aprender a distinguir ervas aromticas, bebidas, molhos, cheiros e sabores.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    28/47

    Animao de grupos especiais

    27

    Estimular a criatividade na preparao de alimentos. Manter e transmitir receitas antigas e tradicionais, como licores, doces, enchidos,

    etc. Aproveitar e reutilizar diversos alimentos.

    O jogoO jogo tem um papel essencial na educao e na animao. O jogo bastante importanteno processo de socializao e de desenvolvimento intelectual, social e motor.

    A realizao de jogo com grupos de crianas, adultos ou idosos das melhores formas detransmisso de mensagens, de aprender e de diverso.

    Com o jogo consegue-se: Aumentar o grau cultural e o compromisso coletivo; Aumenta o nmero de amizades e relacionamentos; Canalizar a criatividade; Divertir;

    Libertar tenses e emoes; Obter integrao intergeracional; Orientar positivamente as angstias quotidianas; Refletir; Ter predisposio para realizar outros trabalhos.

    Animao educativa

    Atividades de Cincia As atividades de cincia no so muito vulgares na animao de idosos, no entanto podemproporcionar momentos muito interessantes e didticos. Ao apresentar-se algumasexperincias cientficas, os idosos manifestam a sua surpresa ao descobrirem comoacontecimentos com que lidaram a vida toda, tem explicaes muito simples.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    29/47

    Animao de grupos especiais

    28

    ExpressesEste tipo de animao permite ao idoso explorar e cativar os sentidos. So os sentidos que

    recolhem informaes com as quais constroem as imagens mentais, necessrias construo de conceitos.

    Estas atividades permitem educar o corpo, o gesto, a audio, a voz, a viso. Aumenta acapacidade de interpretao, expresso e criao que o idoso tem do mundo. Aumenta,tambm, as experincias dos idosos, desenvolvendo ou alargando a sua sensibilidade,imaginao e sentido esttico.

    As expresses mais conhecidas so: Expresso dramtica. Expresso musical. Expresso plstica.

    Expresso dramtica das principais formas de atividades educativa, pela diversidade de formas que pode tomar,

    sendo adaptada aos objetivos a desenvolver e s ideias e meios disponveis.

    Ajudam no desenvolvimento bio-psico-scio-motor, permitindo jogar com a expressividade,criatividade e conscincia de valores, a par com o relacionamento social. de grandeimportncia para a dinmica do grupo.

    A aplicao deste tipo de atividade requer do animador uma grande motivao e uma sriede pressupostos:

    1. Pesquisa sobre o tema a desenvolver.2. Criao do ambiente (meio e o local).3. Motivao do grupo para o ambiente da ao.

    Aps esta fase de investigao e motivao, o animador passa por trs fases, at suaconcluso.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    30/47

    Animao de grupos especiais

    29

    1 Preparao

    Aqui faz uma reunio com o grupo para discusso de como vo desenvolver o tema,distribuio de papis, materiais a consumir e distribuio de tarefas. Segue-se uma srie detrabalhos de grupo como: adaptao de vesturio, construo de acessrios e cenrios,preparao de sons, luzes, etc.

    2 AtuaoQue comea pelo ensaio de cada uma das partes, preparao e disposio cenrios,vesturio e maquilhagem, colmatando com a representao em si.

    3 Avaliao Analisa-se o ocorreu bem ou mal, retirando do que correu mal ensinamentos teis paramelhores resultados futuros.

    O sucesso de uma atividade dramtica depende do grau de maturao e recetividade dogrupo e do animador, assim como das caractersticas do meio e do material disponvel.

    As tcnicas de expresso dramtica mais utilizadas so: Mmica: representao por gestos de uma histria, acontecimento ou situao. Expresso Oral: a transmisso ou expresso de sentimentos, atravs de uma

    articulao semntica e gramatical correta das palavras. Trabalha-se a entoao, onfase, a clareza e o ritmo da voz.

    Jogo Dramtico: so improvisaes sobre temas dados, onde se exercitam aimaginao e a criao artstica.

    Dramatizao: aps dominar bem a expresso oral e o gesto e, o jogo dramtico vai-se para a dramatizao de pequenas peas ou textos.

    Expresso Musical A msica uma arte, parte integral da educao. necessria, benfica e acessvel a todos.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    31/47

    Animao de grupos especiais

    30

    O seu objetivo desenvolver o ouvido musical, o sentido rtmico, o reconhecimento ereproduo de frases musicais. uma oportunidade de expressar ideias e sentimentos, por

    parte de quem a utiliza.

    A atividade musical desenvolve a capacidade de observao e ateno e leva a pessoa aenvolver-se e a participar. Os temas a desenvolver devem ser adaptados s situaes ouobjetivos que pretende incrementar, aos espaos e materiais disponveis, aos interesses envel de conhecimentos do grupo.

    As atividades musicais desenvolvidas em grupo, numa comunidade, permite desenvolver asocializao e a responsabilizao. Estas atividades desenvolvem tambm a motricidade,atravs de exerccios de expresso verbal e vocal, percusso corporal, tcnica instrumental emovimento.

    Em anexo, vai um conjunto de atividades, onde podem pr em prtica as diferentesatividades musicais.

    Expresso plstica A expresso plstica das mais diversificadas, das expresses, contribuindo para:

    Desenvolvimento da imaginao, criatividade e realizao de projetos. Desenvolvimento das aptides tcnico-manuais. Desenvolvimento do sentido crtico. Compreenso do poder comunicativo das imagens visuais. Desenvolvimento da capacidade de anlise e recriao de imagens e objetos de arte,

    de valor simblico.

    Antes de iniciar uma atividade de expresso plstica, o animador deve ter em conta osconhecimentos anteriores do grupo e procurar fazer uma ligao interdisciplinar, com aexpresso dramtica e musical.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    32/47

    Animao de grupos especiais

    31

    A expresso plstica tem uma forte ligao com as expresses anteriores, contribuindo comas suas tcnicas para uma globalizao das reas abordadas.

    Trabalhos manuaisO desenvolvimento de trabalhos manuais bastante utilizado no trabalho com idosos, poisatravs dos trabalhos pode-se estimular o idoso a nvel da motricidade fina (membrossuperiores), a nvel cognitivo, nomeadamente a concentrao e criatividade e tambm comodeve estar sempre presente o entretenimento e o lazer.Os trabalhos manuais que podem ser desenvolvidos so:

    Pintura pode ser realizada em tela, papel, tecido, madeira, entre outros. Colagem baseia-se na utilizao de pequenos recortes de jornais, revistas, ou

    folhas coloridas que podem, posteriormente, colados em objetos, painis e cartazes.Desenho baseado na estimulao da criatividade dos idosos.

    Tecelagem com ela podem-se fazer tapetes, cachecis, bases individuais pararefeio, quadros decorativos, entre outros.

    Picotagem com ela pode-se fazer trabalhos interessante onde trabalhada aperfeio e o equilbrio dos membros inferiores. Com um pico pode-se recortar uma

    imagem ressaltar determinados pontos de um desenho e dar efeitos decorativos acartazes, folhetos e postais.

    Expresso dramtica

    Dinmicas de grupo A Dinmica de grupos consiste no estudo das interaes entre membros do grupo, tendo emconsiderao o seguinte:

    A participao dos membros nas decises e soluo dos problemas; A natureza dos grupos: sua constituio, estrutura, funcionamento e objetivos; A interdependncia entre os membros do grupo; A coeso do grupo; A presso social exercida sobre o grupo; A capacidade de resistncia mudana do grupo;

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    33/47

    Animao de grupos especiais

    32

    Os processos de liderana no grupo.

    Tcnica quebra-gelo Ajuda a tirar as tenses do grupo, desinibindo as pessoas para o encontro; Pode ser uma brincadeira onde as pessoas se movimentam e se descontraem; So recursos que quebram a seriedade do grupo e aproximam as pessoas.

    Tcnica de apresentao Ajuda a apresentar-se uns aos outros. Possibilitando descobrir: quem sou, de onde

    venho, o que fao, como e onde vivo, o que gosto, sonho, sinto e penso... Semmscaras e subterfgios, mas com autenticidade e sem violentar a vontade daspessoas;

    Exige dilogo verdadeiro, onde partilho o que posso e quero ao novo grupo; So as primeiras informaes da minha pessoa; Precisa ser desenvolvida num clima de confiana e descontrao; O momento para a apresentao, motivao e integrao. aconselhvel que sejam

    utilizadas dinmicas rpidas, de curta durao.

    Tcnica de integrao Permite analisar o comportamento pessoal e de grupo. A partir de exerccios bem

    especficos, que possibilitam partilhar aspectos mais profundos das relaesinterpessoais do grupo;

    Trabalhar a interao, comunicao, encontros e desencontros do grupo; Ajuda a sermos vistos pelos outros na interao de grupo e como nos vemos a ns

    mesmos. O dilogo profundo no lugar da indiferena, discriminao, desprezo,vividos pelos participantes em suas relaes;

    Os exerccios interpelam as pessoas a pensar suas atitudes e seu ser em relao;

    Tcnicas de animao e relaxamento

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    34/47

    Animao de grupos especiais

    33

    Tem como objetivo eliminar as tenses, soltar o corpo, voltar-se para si e dar-seconta da situao em que se encontra, focalizando cansao, ansiedade, fadigas etc.

    Elaborando tudo isso para um encontro mais ativo e produtivo; Estas tcnicas facilitam um encontro entre pessoas que se conhecem pouco e

    quando o clima de grupo muito frio e impessoal; Devem ser usadas quando necessitam romper o ambiente frio e impessoal ou

    quando se est cansado e necessita retomar uma atividade. No para preencheralgum vazio no encontro ou tempo que sobra.

    Tcnica de capacitao Deve ser usada para trabalhar com pessoas que j possuem alguma prtica de

    animao de grupo; Possibilita a reviso, a comunicao e a perceo do que fazem os destinatrios, a

    realidade que os rodeia; Amplia a capacidade de escutar e observar; Facilita e clareia as atitudes dos animadores para que orientem melhor seu trabalho

    de grupo, de forma mais clara e livre com os grupos;

    Quando proposto o tema/contedo principal da atividade, devem ser utilizadasdinmicas que facilitem a reflexo e o aprofundamento; so, geralmente, maisdemoradas.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    35/47

    Animao de grupos especiais

    34

    5.Programas adaptados a portadores de deficincia

    O Deficiente e o DesportoNo existem grandes diferenas nos motivos, pelos deficientes e pelos atletas dito normais,como responsveis na sua deciso de praticar desporto.

    Ao longo do tempo o conceito de desporto tem sofrido algumas variaes devido evoluoda cultura dos diferentes povos e a um melhor conhecimento do fenmeno desportivo.Durante muito tempo o desporto foi associado masculinidade, fora, resistncia evelocidade, ao jovem de ombros largos e perfeito em todo o seu ser.

    Esta imagem ficou abalada ao emergir o lema Desporto para todos. Hoje praticam

    desporto os homens e as mulheres, as crianas e jovens, os adultos e os idosos, os

    saudveis e os doentes, os normais e os deficientes.

    O deficiente tem direito prtica desportiva. O desporto um direito que assiste a todos oscidados, independentemente da sua condio. O desporto deve chegar a todos e a cadaum.

    Inicialmente, o desporto para deficientes contemplava uma vertente clinicamenteteraputica. Mais tarde, juntamente como valor fisiolgico.

    Com esta evoluo, passa a ser notrio, que, o desporto contribui para o desenvolvimentoda performance dos deficientes, para um melhor conhecimento das suas capacidadesefetivas, para aumentar a sua autoestima e para alertar a populao em geral. Isto , odesporto d a possibilidade do deficiente demonstrar sociedade e a si prprio que serdeficiente no significa ser invlido.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    36/47

    Animao de grupos especiais

    35

    Assim, o desporto passa a ter um papel fundamental para o deficiente pois contribui para a

    sua (re)integrao na sociedade.

    Ento ao participar em atividades desportivas proporciona ao deficiente: Auto conceito / imagem corporal Capacidade fsica Ajustamento social Favorecera imagem corporal, contribuindo para o aceite do corpo e consequente

    relao corporal e afetiva com os outros.

    O desporto dever permitir ao doente visualizar um caminho positivo para a vida, orientandoo seu comportamento para a sade, para a sua personalidade, para a sua vida emsociedade, para a sua motricidade e perante si mesmo.

    Eis alguns exemplos de modalidades desportivas: Atletismo (a p ou em cadeira de rodas)

    Natao Futebol (de 5 e de 7) Boccia Basquetebol (a p ou em cadeira de rodas) Voleibol Tnis (a p ou em cadeira de rodas) Tnis de Mesa (a p ou em cadeira de rodas) Ciclismo (triciclo, bicicleta e tandem) Xadrez Goal Ball Bowling Ginstica Pesca Tiro

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    37/47

    Animao de grupos especiais

    36

    Tiro com Arco Esgrima

    Halterofilia Judo Remo (na gua ou indoor) Vela Hipismo

    Programao de animao desportiva para pessoas com deficincia mental A deficincia mental refere-se a um estado de funcionamento atpico no seio dacomunidade, manifestando-se logo na infncia, em que as limitaes do funcionamentointelectual (inteligncia) coexistem com as limitaes de comportamento adaptativo.

    Atitudes, comunicao e comportamentos Recolha de informaes (histria familiar, ambiente socioeconmico,...). Determinar as capacidades da pessoa. No subestimar as capacidades e interesses. No assumir que a pessoa com deficincia ter tambm outras.

    Com uma pessoa em cadeira de rodas ou baixa estatura assumir a posio de sentadoem frente da mesma.

    Ser paciente, sem ser super-protector ou indulgente. No assumir de imediato que uma pessoa em cadeira de rodas necessita de ajuda. Permitir a participao em todas as atividades que se oferece ao grupo. Comunicar de forma aberta e clara independentemente da sua incapacidade. Oferea ajuda para realizao das atividades, mas no o faa antes de lhe ser solicitada. Repetir as instrues e sempre que possvel demonstrar. Dar feedback frequentes. Use terminologia apropriada na comunicao. Limite as barreiras do envolvimento. Explicar a atividade e assegurar-se que a pessoa percebeu as instrues. Assegurar de que o tempo de execuo suficiente. Permitir a repetio. Rever todos os procedimentos de segurana. Alguns indivduos podem no ter a noo

    do risco.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    38/47

    Animao de grupos especiais

    37

    Caso uma PPDM caia espere indicao da pessoa se precisa de ajuda. Se for pedidaajuda, pergunte de que forma o deve fazer.

    No remova os equipamentos auxiliares da rea de atividade das PPDM. Elabore programas que permitam oportunidades de sucesso, novas experincias e

    desafios para os participantes. Providenciar igualdade de oportunidades na realizao das atividades. Adaptar as

    atividades. Encontrar solues para que as pessoas se sintam em segurana, desejem agir e

    possam conquistar autonomia.

    Atividades Dana tradicional/ moderna Tiro com arco Atividades em aparelhos com cordas Escalada Jogos tradicionais Atividades aquticas

    Musculao/ cardiofitness Passeios pedestres

    Materiais Materiais similares Ser criativos, inovadores e ter a capacidade de adaptar os equipamentos, sem desprezar

    nunca os aspectos de segurana. Critrio de participao deve ser adequado ao potencial do participante, s

    possibilidades de adaptao dos equipamentos e s questes de segurana e norelativa deficincia do sujeito.

    Espaos Fase inicial ; prefervel que as sesses decorram em espaos mais reservados e s

    depois do grupo estar preparado quedevemos utilizar espaos abertos.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    39/47

    Animao de grupos especiais

    38

    necessrio criar condies no espao fsico envolvente que restrita o movimento ea participao, reduzir as barreiras arquitetnicas portas, escadas, etc., e as

    barreiras naturais.

    N de pessoas a enquadrar

    Atividades N mx. Pessoas aenquadrar

    N mx. PPDM

    Dana tradicional/ moderna 1 15Tiro com arco 3 8

    Atividades em aparelhos comcordas

    3 8

    Escalada 3 8Jogos tradicionais 2 8

    Atividades aquticas 3 11Musculao/ cardiofitness 2 8Passeios pedestres 2 8

    Aspectos de segurana: Linguagem simples. Flexveis e criativos. Sesses previamente preparadas. Informar os tcnicos que ajudam a enquadrar a atividade sobre os aspectos de

    segurana e sobre o plano de sesso. Sobre o risco da atividade, planear quando e como o comunicamos s pessoas,porque se sentem insegurana j no realizam a atividade.

    Tipo de organizao das atividades

    Escalada Desportiva

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    40/47

    Animao de grupos especiais

    39

    Visualizao de revistas e vdeos Desenho

    Conversmos Selecionamos os alunos de acordo com o seu

    interesse pela atividade Formmos um grupo de 9 utentes

    Primeira Fase Escalada - Numa paredeindoor os alunos efetuaram travessiaslaterais. Como equipamento de segurana foram usados capacetes e colches paraeventuais quedas.

    Segunda fase Escalada - Exemplificamos a escalada de uma via de 3 metrosnuma parede em outdoor, aps o qual os alunos iniciaram a realizao.

    Terceira fase Escalada - Abrimos duas vias de 5 metros, uma ao lado da outra.Como estratgia o tcnico escalou ao mesmo tempo que o aluno dando-lhefeedbacks positivos e de informao sobre qual a melhor presa para agarrar. Comalguns alunos no foi necessrio utilizar esta estratgia uma vez que noapresentaram receio na realizao.

    Passeio Pedestre - Alguns conselhos Caminhadas Curtas e Pedaggicas; Foto Paper; Jogos Tradicionais ou ldicos (pistas); Brincadeiras; Comunicao; Muitas Paragens; Fotografia;

    Tiro com Arco - Alguns conselhos 1 Distncia Pequena (+ -3/4 metros)Ajudar a efetuar a puxada com pequena abertura, sempre com apoio+ de 4 metros s se o grupo tiver experincia ou se j passamos a 1 fase

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    41/47

    Animao de grupos especiais

    40

    2 monitores para o controlo do grupo em espera; Atividade de risco (zona de segurana);

    Dana Tradicional e Moderna - Alguns conselhos Msica Tradicional (Zumba na Caneca) Msica Moderna (Portuguesa ou Brasileira) Gestos Simples (comer, beber, chuto, palmas) Repetir e repetir Promover Espetculos

    Recomendamos para o ensino de atividades de recreao e de desporto de natureza comPPDM, que ashabilidades bsicas ou fundamentais sejam includas e consideradascomo contedos bsicos numaprimeira fase dos programas de interveno.

    S aps haver um nvel de execuo adequado s e dever avanar para oensino/experimentao das suas formasmais exigentes e para a sua integrao ematividades desportivo-motoras mais complexas.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    42/47

    Animao de grupos especiais

    41

    6.Adaptao de programas ao espao

    Adaptao de jogos recreativos na gua As atividades recreativas levam ao doente o descobrimento do seu prprio corpo, a umarelao entre o movimento e o desenvolvimento tanto intelectual como fsico, s relaessociais, comunicao verbal e no-verbal e aprendizagem da maioria das capacidades de

    autonomia possvel.

    O efeito lenificado da gua proporciona ao deficiente o tempo suficiente para reagir eaprender a utilizar o seu corpo com maior liberdade, considerando que neste meio se podemsuprimir grande nmero de ajudas de carcter tcnico.

    Ser de grande importncia a forma como se segura debaixo da gua, para que se sintasegura, mas sem anular as sensaes que provoca este meio.

    Na gua os deficientes vo encontrar: uma maior mobilidade articular, a facilitao demovimentos e uma perceo afinada das manobras, a um relaxamento muscular, a sedaodas dores, diminuio da resistncia dos deslocamentos, a um trabalho propriocetivo, atranquilidade e relaxamento.

    A piscina

    de grande importncia a temperatura a que se encontra a gua. com grande facilidadeque podemos alter-la, obtendo efeitos bem diversos. O organismo humano conseguemanter a sua temperatura, sem que haja necessidade de adicionar mecanismostermorreguladores.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    43/47

    Animao de grupos especiais

    42

    preciso ter em conta em no manter o deficiente durante tempos prolongados a umadeterminada temperatura, este apresentar uma menor capacidade de defesa. Por isso

    temos que ter cuidados especiais quando colocamos um deficiente na gua.

    O deficiente encontrar uma certa dificuldade a resistir turbulncia (ao movimento dagua) e fora que se ope deslocao do corpo ou segmento. Apresenta maisinstabilidade quando colocado em piscinas de ondas, no mar, ou jatos de gua.Os deficientes sero apropriadamente equipados com: bias nos braos, ou um colete parapermitir uma maior mobilidade e para o deficiente no tocar tanto no cho da piscina.Dentro da piscina dever encontrar-se um terapeuta.

    A altura da gua deve aproximar 85 metros, para dar mais segurana ao deficiente. Apiscina deve ter escadas num dos cantos, e sua volta deve ter um corrimo.

    Jogos recreativos adaptados

    Disco voador

    Atividade: Formar grupos de duas pessoas e lanar o disco voador de um jogador paraoutro.

    Adaptao: A distncia que separa os dois jogadores deve ser curta- O tipo de lanamentos deve variar- Os jogadores podero jogar sentados, numas cadeiras de borracha que flutuam em cimada gua- Os discos devero ser leves, e devero ter uma adaptao prpria para os jogadores teremfacilidade a pegarem no disco

    Material: Discos, cadeiras de borracha.

    Vlei na gua

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    44/47

    Animao de grupos especiais

    43

    Atividade: Formar as equipas e colocar uma rede no meio da piscina, com o objetivo de

    passar a bola por cima da rede em direo equipa adversria.

    Adaptao:- A bola no deve ser pesada, e o tamanho poder variar (ex. bola de praia)- A altura da rede deve ser baixa, de modo que os jogadores tenham facilidade a passar abola para a equipa adversria- Introduzir algumas regras mais acessveis. Por exemplo: um jogador pode tocar duasvezes seguidas na bola, a equipa no pode tocar na bola mais de quatro vezes, sem passarpara o outro campo

    Material: Rede, bolas

    A bola gigante

    Atividade: Formar grupos de trs, e cada grupo colocar a sua bola gigante

    num canto da piscina; um jogador coloca-se em cima da bola, e com a ajuda dos restantesmembros, vai ser realizado um movimento de deslize (da bola).

    Adaptao:- O jogador poder optar por vrias posturas: deitado de boca para baixo ou de boca paracima, sentado - Um dos membros da equipa deve ser o terapeuta, para agarrar a bola com mais fora,para esta no rebolar. Deve agarrar o jogador (conforme a postura do jogador)- A bola dever ter de cada lado umas pegas onde o jogador poder colocar as mos,sentindo-se seguro (no necessitando ajuda do terapeuta).- A bola deve ser resistente

    Material: bolas gigantes resistentes

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    45/47

    Animao de grupos especiais

    44

    Aquacesto

    Atividade: Formar equipas, com objetivo de lanar bolas para dentro dum cesto.

    Adaptao:- A bola no deve ser pesada- A altura do cesto deve distanciar aproximadamente 1 m e 20 cm da gua- Os jogadores devero estar sentados em cima dum flutuador- As medidas do campo no devem ser grandes, para os jogadores no se afastarem muitodo cesto- Aumentar o nmero de cestos consoante o nmero de jogadores

    Material: bola, flutuadores, tabela e cesto de Basquetebol.

    Tiro ao Meco

    Atividade: Lanamentos de bolas com o objetivo de derrubar objetos que se encontram na

    borda da piscina

    Adaptao:- A distncia do lanamento deve ser curta para facilitar o movimento- O tamanho dos objetos devero ser de grande volume, para facilitar a visualizao doobjeto e o seu derrubamento- O tamanho da bola dever ser pequena e no muito pesada (ex. bola de tnis)- A posio de jogador poder ser sentado (nos flutuadores), de p ou em cima dumascamas;- A resistncia das camas flutuadoras deve ser grande- Os objetos a derrubar devem ser leves para facilitar o derrubamento

    Material: bolas, flutuadores, camas flutuadoras, garrafas de refresco, tbuas.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    46/47

    Animao de grupos especiais

    45

    Vamos pesca

    Atividade: Pescar peixes de plstico com canas de pesca

    Adaptao:- O tamanho dos ganchos (tanto do peixe como o das canas) devem ser grandes, parafacilitar a pesca- Os ganchos devem ter man, para facilitar a aproximao- Os jogadores podero estar de p ou em cima de pranchas de windsurf- Os peixes devem ser flutuadores, encontrando-se ao nvel da gua- Os peixes devem ser de vrias cores, e estas devem ser cores garridas para facilitar avisualizao- A cana dever ter cerca de 1m de comprimento e o fio cerca de 30cm- A espessura da cana deve ser moderada para facilitar a preenso- A cana deve ser leve.

  • 8/10/2019 Manual - Ufcd 3498 - Animao de Grupos Especiais (2)

    47/47

    Animao de grupos especiais

    Bibliografia

    AA VV.,Recursos para a animao de grupos , Anigrupos, 2007

    AA VV,Turismo acessvel, turismo para todos - Guia de referncia para profissionais deturismo uma resposta s necessidades especiais dos turistas com deficincia. CNAD Cooperativa Nacional e Apoio a Deficientes, 1999

    Jacob, Lus, Animao de Idosos , Ed. mbar, 2007

    Jimnez Casas, Cipriano Lus (coord).Lazer sem barreiras: Guia de turismo adaptado parapessoas com deficincia projecto CAMI, Kadmos S.C.L. Salamanca, 2004

    Torres, Zilah (2004) Animao Turstica , 3 edio, So Paulo, Editora Roca.

    Sites consultados

    http://www.cnad.org.pt/

    LegislaoDecreto-Lei n. 379/97, de 27 de Dezembro - Aprova o regulamento que estabelece ascondies de segurana a observar nos espaos de jogo e recreio

    http://www.cnad.org.pt/http://www.cnad.org.pt/http://www.cnad.org.pt/