Upload
geral
View
215
Download
2
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Edicao 458
Citation preview
AN
O 39 . Nº 458 . JANEIRO 2013 . R$ 9,90
Sistema CNDL
Os conteúdos dos anúncios publicados são de inteira responsabilidade dos anunciantes.
A responsabilidade pelo conteúdo dos artigos assinados vincula-se integralmente a seus autores,não refletindo necessariamente a opinião da Diretoria da CNDL.
www.midiakitcom.com.br / www.cnld.org.br
N E S TA E D I Ç Ã O
Diretor: Ariovaldo [email protected]
Departamento de Arte / Diagramação:Ari Junior / Demetrios [email protected]
Departamento de Jornalismo:Giovana Pessoa (MTB 0067093SP)[email protected]
Colaboradora:Livia [email protected]
Fotos da matéria: 53ª Convenção Nacional do Comércio Lojista: Fotógrafo Moraes Neto
Fotografia:Divulgação / Assessoria de Imprensa.
Sede:São PauloRua Marechal Barbacena 939 - TatuapéFones: 11 - 3368-1752 / 11 - 2814-6669Rodrigo [email protected]
Representantes:Rio de Janeiro (RJ)Media OpportunitiesAilton Guilherme Fones: (21) [email protected]
Brasília (DF)Ulysses ComunicaçãoUlysses CavaFones: (61) 3367-0180 / [email protected]
Projeto GráficoMídia Kitcom Comunicação
ImpressãoTeixeira Gráfica e Editora
O filósofo e escritor francês que influenciou diversos pensadores do iluminismo e da revolução francesa já enfatizava a importância do comércio para o desenvolvimento das cidades no século XVI. Porém a frase continua atual, já que a atividade comercial é, sem dúvida, uma importante propul-sora do desenvolvimento econômico, pois tem participação significativa na geração de renda e riqueza na econo-mia moderna, além da criação de em-pregos no país. Dentro desse cenário preparamos a Perspectiva de Merca-do para 2013, confira o que se espera para a economia brasileira neste ano em que os economistas acreditam que o PIB crescerá em 3,9%.
Na seção História do Comércio o destaque é para Uberaba (MG), que inaugurou em 2012 o memorial do comércio na região. Tire suas dúvidas sobre a lei da identificação dos impos-tos nas notas fiscais com a matéria Os 7 tributos. Mulheres Empreendedoras traz empresárias de muita iniciativa que contam sobre o perfil da mulher de negócios no varejo. Convidamos o especialista Ricardo Ventura que falou sobre “Promoções e Vendas no Início do Ano” e o consultor Roberto Garcia de Oliveira colaborou com o artigo Es-timando a Demanda.
Na matéria “Marketing dentro da loja” conheça o conceito de Mídia Indoor e descubra como aplicar es-tas novas estratégias para cativar os clientes. Brasil Lojista que traz as prin-cipais notícias das Federações e das CDLs de todo o país. Informe Jurídico e Brasil em Frases completam a edição de janeiro.
Ótimos negócios.
A revista Dirigente Lojista é produzidapela Mídia Kitcom Comunicação
4 l dirigente Lojista l dezembro 2011
DIRETORIA CNDL
PRESIDENTE Roque Pellizzaro Junior1º VICE-PRESIDENTE Vitor Augusto KochVICE-PRESIDENTE Adão Henrique VICE-PRESIDENTE Francisco Honório Pinheiro Alves VICE-PRESIDENTE Geraldo César de AraújoVICE-PRESIDENTE José César da CostaVICE-PRESIDENTE Melchior Luiz Duarte de AbreuDIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO Silvio Antônio de Vasconcelos SouzaDIRETOR DO DASPC Roberto Alfeu Pena GomesDIRETOR CDL Jovem Samuel Torres de VasconcelosDIRETORES Ralph Baraúna Assayag, Maurício Stainoff, Sergio Alexandre Medeiros, Jair Francisco Gomes, Mar-celo Caetano Rosado Maia Batista, Mustafá Morhy Júnior, Paulo Gasparoto, Ilson Xavier Bozi, Maria do Socorro Teixeira Noronha, Antônio Xará, Fernando Luis Palaoro, Francisco Regis Cavalcanti Dias
DIRETORIAS ESPECIAISAdilson SchuenkeEmanuel Silva PereiraCelso Vilela GuimarãesGeovanne TellesValdir Luiz Della GiustinnaMarcelo SalesAntoine Youssef TawilJosé Manoel RamosEgnaldo Pedro da Silva
CONSELHO SUPERIORRomão Tavares da Rocha, Aliomar Luciano dos Santos,
Geruza Lúcia de Nazareth, Francisco Freitas Cordeiro, Álvaro Cordoval de Carvalho
CONSELHO FISCAL Alberto Fontoura Nogueira da Cruz, Eduardo Melo Catão e Marcelino Campos (membros efetivos); Jayme Tas-sinari, Milton Araújo e Divino José Dias (suplentes)
SUPERINTENDENTE André Luiz PellizzaroGERENTE Kleber Sérgio Carvalho SilvaSUPERVISÃO Luiz Santana
CONSELHO DELIBERATIVO DO SPC BRASILPRESIDENTE Itamar José da Silva VICE-PRESIDENTE José César da Costa
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO SPC BRASILPRESIDENTE Roberto Alfeu VICE-PRESIDENTE Melchior L. D. de Abreu Filho DIRETOR FINANCEIRO Silvio Antônio de Vasconcelos Souza VICE-DIRETOR FINANCEIRO Marcelo Salles BarbosaDIRETOR DE COMUNICAÇÃO Dr. Francisco de FreitasSUPERINTENDENTE Nival Martins Júnior
CONSELHO FISCAL DO SPC BRASILLuiz Antônio Kuyava, Maria do Socorro Teixeira Noronha, Antoine Yossef Tawil
A revista Dirigente Lojista é produzida pela Editora Empreendedor
DIRETOR-EDITOR Acari [email protected] DE COMERCIALIZAÇÃO E MARKETING Geraldo Nilson de [email protected]ÇÃO [email protected]ÇÃO-EXECUTIVA Alexsandro VaninREPORTAGEM Ana Paula Meurer, Cléia Schmitz,Mateus Boing e Raquel RezendeEDIÇÃO DE ARTE Gustavo Cabral VazPROJETO GRÁFICO Wilson WilliamsREVISÃO Lu Coelho FOTO DE CAPA ShutterstockEDITORA DO PORTAL DA CNDL Ana Paula MeurerEDITORA DO PORTAL EMPREENDEDOR Carla Kempinski
SEDESSão PauloDIRETOR COMERCIAL Fernando Sant’Anna [email protected] DE CONTAS Gerson Cândido dos Santos e Osmar Escada JuniorRua Sabará, 566 – 9º andar – conjunto 92 – Higienópolis01239-010 – São Paulo – SP – Fone: (11) [email protected]
FlorianópolisEXECUTIVA DE ATENDIMENTO Joana [email protected] Padre Lourenço Rodrigues de Andrade, 496Santo Antônio de Lisboa – 88053-400Florianópolis – SC – Fone: (48) 3371-8666CENTRAL DE COMUNICAÇÃORua Anita Garibaldi, nº 79, sala 601 - CentroFone: (48) 3216-0600E-mail: [email protected]
ESCRITÓRIOS REGIONAISRio de JaneiroRua São José, 40 – 4º andar – Centro20010-020 – Rio de Janeiro – RJFones: (21) 2611-7996 / [email protected]íliaUlysses C. B. CavaCondomínio Ville de Montagne, Q. 01 Casa 81 - Lago Sul - 71680-357 - Brasília - DFFones: (61) 9975-6660 / [email protected] Grande do SulNenê Zimmermann / Renato ZimmermannRua Quintino Bocaiúva, 554 – conjunto 501 Floresta – 90440-051 – Porto Alegre – RSFone: (51) [email protected]@starteronline.com.br.com.brParanáMerconeti Representação de Veículos de Comunicação Ltda / Ricardo TakigutiRua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 – conjunto 3Boa Vista – 82560-460 – Curitiba – PRFone: (41) 3079-4666 – [email protected] Consultoria em Varejo Ltda / Hamilton MarcondesRua Ribeiro de Brito, 1111 – conjunto 605 – Boa Viagem 51021-310 – Recife – PE – Fone: (81) [email protected] GeraisSBF Representações / Sérgio Bernardes FariaAv. Getúlio Vargas, 1300 – 17º andar – conjunto 170430112-021 – Belo Horizonte – MG Fones: (31) 2125-2900 / [email protected]
PRODUÇÃO GRÁFICA Teixeira Gráfi ca e Editora
www.empreendedor.com.br
ASSINE A DIRIGENTE LOJISTA(61) 3213 2000 | [email protected] | www.cndl.org.br
SERVIÇO AO [email protected]
NESTA EDIÇÃO
Na edição que brinda o fi m de um ano e o início de outro, a Diri-
gente Lojista presenteia seus leitores com uma lista de tendências de com-portamento e consumo que devem movimentar os mercados no Brasil e no mundo. Alquimia? Bruxaria? Nada disso. Simplesmente o resultado de mapea-mento intensivo e constante desenvol-vido por uma consultoria especializada na área.
Obviamente, as tendências não “sur-gem” simplesmente no dia 1º de janeiro nem terminam no dia 31 de dezembro. Todas as tendências evoluem de modo constante, e aquelas que são apresen-tadas na matéria de capa desta edição estão acontecendo, de um modo ou de outro. Grandes tendências de consumo são mais parecidas com correntes do que com ondas únicas gigantescas. Por isso, atenção, algumas têm ligação direta com fenômenos que ocorrem na economia brasileira nos últimos anos e também com grandes eventos que acontecerão no Brasil, mais especifi camente a Copa do Mundo e as Olimpíadas.
O ano de 2012 está aí e reserva muitas oportunidades para quem sou-ber identifi cá-las e aproveitá-las. Para ajudar nosso varejista leitor nesta tare-fa, a matéria de capa deste mês traz 12 tendências de consumo que devem se destacar no mundo e no Brasil nes-te ano, entre outras dicas, como, por exemplo, o que fazer para identifi car tendências entre seu público específi co. Existem ainda outras dezenas de ten-dências de consumo importantes que não foram listadas nesta edição. Mas estas já servem de base para refl exão e inspiração para inovar e aproveitar mo-vimentos importantes do mercado. Ou seja, ganhar dinheiro. Aproveite bem e sucesso nos negócios!
Alexsandro Vanin, editor
“O país onde o comércio é mais livre será sempre o mais rico
e próspero” (Voltaire).
Dirigente Lojista - 3
4 l
diri
gen
te Lo
jista
l
deze
mbr
o 2
011
DIR
ETO
RIA
CN
DL
PRES
IDEN
TE R
oque
Pel
lizza
ro Ju
nior
1º V
ICE-
PRES
IDEN
TE V
itor
Aug
usto
Koc
hVI
CE-P
RESI
DEN
TE A
dão
Hen
rique
VI
CE-P
RESI
DEN
TE F
ranc
isco
Hon
ório
Pin
heiro
Alv
es
VICE
-PRE
SID
ENTE
Ger
aldo
Cés
ar d
e A
raúj
oVI
CE-P
RESI
DEN
TE Jo
sé C
ésar
da
Cost
aVI
CE-P
RESI
DEN
TE M
elch
ior
Luiz
Dua
rte
de A
breu
DIR
ETO
R A
DM
INIS
TRA
TIVO
E F
INA
NCE
IRO
Silv
io A
ntôn
io
de V
asco
ncel
os S
ouza
DIR
ETO
R D
O D
ASP
C Ro
bert
o A
lfeu
Pena
Gom
esD
IRET
OR
CDL
Jove
m S
amue
l Tor
res
de V
asco
ncel
osD
IRET
ORE
S Ra
lph
Bara
úna
Ass
ayag
, Mau
rício
Sta
inof
f, Se
rgio
Ale
xand
re M
edei
ros,
Jair
Fran
cisc
o G
omes
, Mar
-ce
lo C
aeta
no R
osad
o M
aia
Batis
ta, M
usta
fá M
orhy
Júni
or,
Paul
o G
aspa
roto
, Ils
on X
avie
r Bo
zi, M
aria
do
Soco
rro
Teix
eira
Nor
onha
, Ant
ônio
Xar
á, F
erna
ndo
Luis
Pal
aoro
, Fr
anci
sco
Regi
s Ca
valc
anti
Dia
s
DIR
ETO
RIA
S ES
PECI
AIS
Adi
lson
Sch
uenk
eEm
anue
l Silv
a Pe
reira
Cels
o Vi
lela
Gui
mar
ães
Geo
vann
e Te
lles
Vald
ir Lu
iz D
ella
Giu
stin
naM
arce
lo S
ales
Ant
oine
You
ssef
Taw
ilJo
sé M
anoe
l Ram
osEg
nald
o Pe
dro
da S
ilva
CON
SELH
O S
UPE
RIO
RRo
mão
Tav
ares
da
Roch
a, A
liom
ar L
ucia
no d
os S
anto
s,
Ger
uza
Lúci
a de
Naz
aret
h, F
ranc
isco
Fre
itas
Cord
eiro
, Á
lvar
o Co
rdov
al d
e Ca
rval
ho
CON
SELH
O F
ISCA
L A
lber
to F
onto
ura
Nog
ueira
da
Cruz
, Edu
ardo
Mel
o Ca
tão
e M
arce
lino
Cam
pos
(mem
bros
efe
tivos
); Ja
yme
Tas-
sina
ri, M
ilton
Ara
újo
e D
ivin
o Jo
sé D
ias
(sup
lent
es)
SUPE
RIN
TEN
DEN
TE A
ndré
Lui
z Pe
llizz
aro
GER
ENTE
Kl
eber
Sér
gio
Carv
alho
Silv
aSU
PERV
ISÃ
O L
uiz
Sant
ana
CON
SELH
O D
ELIB
ERA
TIVO
DO
SPC
BRA
SIL
PRES
IDEN
TE It
amar
José
da
Silv
a VI
CE-P
RESI
DEN
TE Jo
sé C
ésar
da
Cost
a
CON
SELH
O D
E A
DM
INIS
TRA
ÇÃO
DO
SPC
BRA
SIL
PRES
IDEN
TE R
ober
to A
lfeu
VICE
-PRE
SID
ENTE
Mel
chio
r L.
D. d
e A
breu
Filh
o D
IRET
OR
FIN
AN
CEIR
O S
ilvio
Ant
ônio
de
Vas
conc
elos
Sou
za
VICE
-DIR
ETO
R FI
NA
NCE
IRO
Mar
celo
Sal
les
Barb
osa
DIR
ETO
R D
E CO
MU
NIC
AÇÃ
O D
r. Fr
anci
sco
de F
reita
sSU
PERI
NTE
ND
ENTE
Niv
al M
artin
s Jú
nior
CON
SELH
O F
ISCA
L D
O S
PC B
RASI
LLu
iz A
ntôn
io K
uyav
a, M
aria
do
Soco
rro
Teix
eira
Nor
onha
, A
ntoi
ne Y
osse
f Ta
wil
A r
evis
ta D
irig
ente
Loj
ista
é p
rodu
zida
pe
la E
dito
ra E
mpr
eend
edor
DIR
ETO
R-ED
ITO
R A
cari
Am
orim
acar
i@em
pree
nded
or.c
om.b
rD
IRET
OR
DE
COM
ERCI
ALI
ZAÇÃ
O E
MA
RKET
ING
G
eral
do N
ilson
de
Aze
vedo
gera
ldo@
empr
eend
edor
.com
.br
RED
AÇÃ
O d
irige
ntel
ojis
ta@
empr
eend
edor
.com
.br
EDIÇ
ÃO
-EXE
CUTI
VA A
lexs
andr
o Va
nin
REPO
RTA
GEM
Ana
Pau
la M
eure
r, Cl
éia
Schm
itz,
Mat
eus
Boin
g e
Raqu
el R
ezen
deED
IÇÃ
O D
E A
RTE
Gus
tavo
Cab
ral V
azPR
OJE
TO G
RÁFI
CO W
ilson
Will
iam
sRE
VISÃ
O L
u Co
elho
FO
TO D
E CA
PA S
hutt
erst
ock
EDIT
ORA
DO
PO
RTA
L D
A C
ND
L A
na P
aula
Meu
rer
EDIT
ORA
DO
PO
RTA
L EM
PREE
ND
EDO
R Ca
rla K
empi
nski
SED
ESSã
o Pa
ulo
DIR
ETO
R CO
MER
CIA
L Fe
rnan
do S
ant’
Ann
a Bo
rba
fern
ando
borb
a@em
pree
nded
or.c
om.b
rEX
ECU
TIVO
S D
E CO
NTA
S G
erso
n Câ
ndid
o do
s Sa
ntos
e O
smar
Esc
ada
Juni
orRu
a Sa
bará
, 566
– 9
º an
dar
– co
njun
to 9
2 –
Hig
ienó
polis
0123
9-01
0 –
São
Paul
o –
SP –
Fon
e: (
11)
3214
-102
0em
pree
nded
orsp
@em
pree
nded
or.c
om.b
r
Flor
ianó
polis
EXEC
UTI
VA D
E A
TEN
DIM
ENTO
Joan
a A
mor
iman
unci
os@
empr
eend
edor
.com
.br
Rua
Padr
e Lo
uren
ço R
odrig
ues
de A
ndra
de, 4
96Sa
nto
Ant
ônio
de
Lisb
oa –
880
53-4
00Fl
oria
nópo
lis –
SC
– Fo
ne: (
48)
3371
-866
6CE
NTR
AL
DE
COM
UN
ICA
ÇÃO
Rua
Ani
ta G
arib
aldi
, nº
79, s
ala
601
- Ce
ntro
Fone
: (48
) 32
16-0
600
E-m
ail:
com
erci
al@
cent
ralc
omun
icac
ao.c
om.b
r
ESCR
ITÓ
RIO
S RE
GIO
NA
ISRi
o de
Jane
iro
Rua
São
José
, 40
– 4º
and
ar –
Cen
tro
2001
0-0
20 –
Rio
de
Jane
iro –
RJ
Fone
s: (
21)
2611
-799
6 /
9606
-791
0m
illa@
triu
nvira
to.c
om.b
rB
rasí
liaU
lyss
es C
. B. C
ava
Cond
omín
io V
ille
de M
onta
gne,
Q. 0
1 Ca
sa 8
1 -
Lago
Sul
- 7
1680
-357
- B
rasí
lia -
DF
Fone
s: (
61)
9975
-666
0 /
3367
-018
0ul
ysse
scav
a@gm
ail.c
omRi
o G
rand
e do
Sul
Nen
ê Zi
mm
erm
ann
/ Re
nato
Zim
mer
man
nRu
a Q
uint
ino
Boca
iúva
, 554
– c
onju
nto
501
Flor
esta
– 9
0440
-051
– P
orto
Ale
gre
– RS
Fone
: (51
) 33
27-3
700
nene
@st
arte
ronl
ine.
com
.br.c
om.b
rre
nato
@st
arte
ronl
ine.
com
.br.c
om.b
rPa
raná
Mer
cone
ti Re
pres
enta
ção
de V
eícu
los
de C
omun
icaç
ão L
tda
/ Ri
card
o Ta
kigu
tiRu
a D
ep. A
tílio
Alm
eida
Bar
bosa
, 76
– co
njun
to 3
Boa
Vist
a –
8256
0-4
60 –
Cur
itiba
– P
RFo
ne: (
41)
3079
-466
6 –
ricar
do@
mer
cone
ti.co
m.b
rPe
rnam
buco
HM
Con
sulto
ria e
m V
arej
o Lt
da /
Ham
ilton
Mar
cond
esRu
a Ri
beiro
de
Brito
, 111
1 –
conj
unto
605
– B
oa V
iage
m
5102
1-31
0 –
Reci
fe –
PE
– Fo
ne: (
81)
3327
-338
4hm
cons
ulto
ria@
hmco
nsul
toria
.com
.br
Min
as G
erai
sSB
F Re
pres
enta
ções
/ S
érgi
o Be
rnar
des
Faria
Av. G
etúl
io V
arga
s, 1
300
– 17
º an
dar
– co
njun
to 1
704
3011
2-02
1 –
Belo
Hor
izon
te –
MG
Fo
nes:
(31
) 21
25-2
900
/ 21
25-2
927
sbfa
ria@
sbfp
ublic
idad
e.co
m.b
r
PRO
DU
ÇÃO
GRÁ
FICA
Tei
xeira
Grá
fi ca
e Ed
itora
ww
w.e
mpr
eend
edor
.com
.br
ASS
INE
A D
IRIG
ENTE
LO
JISTA
(61)
321
3 20
00 |
assi
natu
ra.d
irige
ntel
ojis
ta@
cndl
.org
.br
| ww
w.c
ndl.o
rg.b
r
SERV
IÇO
AO
ASS
INA
NTE
assi
nant
e.di
rigen
telo
jista
@cn
dl.o
rg.b
r
NE
STA
E
DIÇ
ÃO
Na
ediç
ão q
ue b
rinda
o fi
m d
e um
an
o e
o in
ício
de
outr
o, a
Dir
i-ge
nte
Lojis
ta p
rese
ntei
a se
us l
eito
res
com
um
a lis
ta d
e te
ndên
cias
de
com
-po
rtam
ento
e
cons
umo
que
deve
m
mov
imen
tar o
s m
erca
dos
no B
rasi
l e n
o m
undo
. Alq
uim
ia?
Brux
aria
? N
ada
diss
o.
Sim
ples
men
te o
res
ulta
do d
e m
apea
-m
ento
inte
nsiv
o e
cons
tant
e de
senv
ol-
vido
por
um
a co
nsul
toria
esp
ecia
lizad
a na
áre
a.O
bvia
men
te, a
s te
ndên
cias
não
“su
r-ge
m”
sim
ples
men
te n
o di
a 1º
de
jane
iro
nem
ter
min
am n
o di
a 31
de
deze
mbr
o.
Toda
s as
ten
dênc
ias
evol
uem
de
mod
o co
nsta
nte,
e a
quel
as q
ue s
ão a
pres
en-
tada
s na
mat
éria
de
capa
des
ta e
diçã
o es
tão
acon
tece
ndo,
de
um m
odo
ou d
e ou
tro.
Gra
ndes
ten
dênc
ias
de c
onsu
mo
são
mai
s pa
reci
das
com
cor
rent
es d
o qu
e co
m o
ndas
úni
cas
giga
ntes
cas.
Por
isso
, at
ençã
o, a
lgum
as tê
m li
gaçã
o di
reta
com
fe
nôm
enos
que
oco
rrem
na
econ
omia
br
asile
ira n
os ú
ltim
os a
nos
e ta
mbé
m
com
gra
ndes
eve
ntos
que
aco
ntec
erão
no
Bra
sil,
mai
s es
peci
fi cam
ente
a C
opa
do M
undo
e a
s O
limpí
adas
.O
ano
de
2012
est
á aí
e r
eser
va
mui
tas
opor
tuni
dade
s pa
ra q
uem
sou
-be
r id
entifi
cá-
las
e ap
rove
itá-l
as.
Para
aj
udar
nos
so v
arej
ista
leito
r ne
sta
tare
-fa
, a
mat
éria
de
capa
des
te m
ês t
raz
12 t
endê
ncia
s de
con
sum
o qu
e de
vem
se
des
taca
r no
mun
do e
no
Bras
il ne
s-te
ano
, en
tre
outr
as d
icas
, co
mo,
por
ex
empl
o, o
que
faz
er p
ara
iden
tifi c
ar
tend
ênci
as e
ntre
seu
púb
lico
espe
cífi c
o.
Exis
tem
ain
da o
utra
s de
zena
s de
ten
-dê
ncia
s de
con
sum
o im
port
ante
s qu
e nã
o fo
ram
lis
tada
s ne
sta
ediç
ão.
Mas
es
tas
já s
erve
m d
e ba
se p
ara
refl e
xão
e in
spira
ção
para
inov
ar e
apr
ovei
tar
mo-
vim
ento
s im
port
ante
s do
mer
cado
. O
u se
ja, g
anha
r di
nhei
ro. A
prov
eite
bem
e
suce
sso
nos
negó
cios
!A
lexs
andr
o Va
nin,
edi
tor
4 - Dirigente Lojista
As vendas à prazo, a partir das informa-ções fornecidas pelo SPC Brasil, apontam um crescimento de 6,75% nos índices do varejo no ano passado. O comércio mais uma vez conseguiu fechar no azul, mesmo num ano com muitos desafios e incertezas. Devemos considerar que alguns fatores e a conjuntura de nossa economia, contribuí-ram para o resultado positivo.
Ambiente favorável,lojista preparado
PA L AV R A D O P R E S I D E N T E
O PIB brasileiro abaixo das expectativas em 2012 não afetou consideravelmente os números e nem tirou o ânimo do varejo.
Dirigente Lojista - 5
“
“
PA L AV R A D O P R E S I D E N T E
Confirmando o cenário que projetamos, 2013 vai ser um ano interessante
para o comércio, com muitas realizações e
oportunidades de inovação. Esperamos também que
a indústria retome seu ritmo e recupere os índices
históricos de crescimento. Com relação às soluções de
infraestrutura, transporte e estradas, dentre outras
prioridades que afetam nosso país, esperamos que
as mesmas comecem a sair do papel, pois grandes
eventos internacionais, como a Copa das
Confederações, Copa do Mundo e Olímpiadas já
estão à nossa porta e não dá para perder mais tempo..
A redução da taxa básica de juros, pelo Banco Central, o baixo índice de desempre-go, as prorrogações da redu-ção do IPI para eletrodomés-ticos, móveis e automóveis, a ampliação deste mesmo incentivo para outros seto-res, o acesso facilitado ao crédito e a manutenção da confiança do consumidor ajudaram para que o comér-cio mais uma vez mostrasse sua força, o que beneficia todo o ambiente social, pois o comércio é um dos maio-res geradores de emprego do pais, onde as micro e pe-quenas empresas tem papel fundamental nas oportuni-dades de trabalho.
Para 2013, mantemos o otimismo para que os nú-meros também sejam po-sitivos e mais uma vez teremos fatores que impul-sionarão o consumo, como por exemplo, a continuidade da redução do IPI, a manu-tenção da oferta de empre-go e o aumento do salário mínimo. Para que possamos comemorar um índice satis-fatório de vendas ao final deste ano, deveremos estar preparados para atender o consumidor em seus dese-jos. O cliente está confiante, mas também cada vez mais
informado, muitas vezes em condições de igualdade com o nível de conhecimento do produto ou serviço, que o vendedor possui. A portabi-lidade, as vendas pela inter-net, as diversas opções de canais de venda e o cresci-mento fantástico dos canais de relacionamento mostram que o lojista deve fazer uma reciclagem constante de sua visão de negócios, a fim de acompanhar o ritmo frené-tico do mercado. É preciso cada vez mais inovar no portfolio, no atendimento, no jeito de vender.
Para o consumidor a ex-periência de compra deve ser prazerosa e marcante. E para que isto aconteça, os comerciantes precisam entender a linguagem do cliente, oferecer qualidade nos produtos e nos servi-ços, atraindo rapidamente a atenção dos consumidores, pois estes tem uma gama de atrações que lhe são oferecidas nas 24 horas do dia e precisam fazer suas escolhas com agilidade e segurança. Nesta hora, um decisivo fator de apoio para o lojista é o SPC, ferramenta indispensável quando o as-sunto é análise e concessão de crédito.
6 - Dirigente Lojista
458
Í N D I C E
EDIÇÃO
Vendas24
Nova Lei46
Os “7” tributos
Mulher Empreendedora50
Carinho e Coragemna Gestão Feminina!
Estimandoa Demanda
Demanda28
Promoções e Liquidaçõesde Início de Ano
Vitrine57
Identidadede Marca
Dirigente Lojista - 7
08
19
20
22
Brasil Lojista
CDL Jovem
Informe Jurídico
O Varejo em Frases
60 História do Comércio
SEÇÕES
Matéria de Capa
“Os motivos da reversão das expectativas do PIB em 2012deveram-se a divulgação preliminar do produto interno bruto do 3º trimestre, que registrou um crescimento de 0,6% quando comparado ao 2º trimestre de 2012 e no resultado acumulado do ano até o mês de setembro apresentou aumento de 0,7%, em relação a igual período do ano anterior”, comenta Erivaldo Vieira, professor de economia da FECAP.
Perspectivas para 2013
35
Uma das principais cidades do Triângulo
Mineiro, ocupa atualmente o 78° lugar no ranking dos municípios
que mais geramriqueza no país.
Uberaba
8 - Dirigente Lojista
B R A S I L L O J I S TA
Inadimplência
No mês de dezembro, a inadim-plência do consumidor brasilei-
ro registrou leve alta de 1,12% em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com o indicador mensal de inadimplência do comércio divulgado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Diri-gentes Lojistas (CNDL).
Na comparação com o mês ime-diatamente anterior, houve uma ligeira retração de 0,91%. Para a economista do SPC Brasil, Ana Pau-la Bastos, esse resultado reflete “a preocupação dos consumidores em não se endividarem, tendo em vista as compras de Natal e os compro-missos com contas sazonais de início de ano, como IPTU, IPVA e matrículas escolares”, explica.
No acumulado do ano — de ja-neiro a dezembro de 2012, frente ao mesmo período de 2011 —a inadimplência cresceu 1,90%, mas na avaliação da economista, o ce-nário não chega a ser preocupan-te. “O nível de desemprego está menor e os ganhos salariais têm crescido acima da inflação, o que possibilita ao consumidor ter maior controle sobre o orçamento e uma maior capacidade de quitar os dé-bitos”, sustenta.
registram altaem dezembro, segundo
dados do SPC Brasil
Inadimplênciae vendas
Dirigente Lojista - 9
B R A S I L L O J I S TA
Vendas
Em relação às consultas ao banco de dados do SPC Brasil que, de
certa forma, refletem o nível de ati-vidade no varejo, o mês de dezem-bro registrou alta de 8,27% frente ao mesmo período de 2011. Na com-paração de dezembro com o mês imediatamente anterior, o número de consultas apresentou crescimen-to de 33,42%. Já no acumulado do ano, a atividade comercial apresen-tou acréscimo de 6,75%.
De acordo com os especialistas do SPC Brasil, este crescimento é conside-rado natural e responde às expectati-vas do setor, uma vez que grande par-te do consumo em dezembro se deu em função das compras de Natal e da injeção de pelo menos R$ 131 bilhões na economia brasileira, decorrente da segunda parcela do 13º salário.
Já o resultado consolidado nos úl-timos 12 meses no azul decorre da conjuntura econômica favorável ao consumo. A política de afrouxamento monetário adotada pelo Banco Cen-tral (redução da taxa básica de juros de 11,00% a.a em dezembro/2011 para 7,25% a.a em dezembro/2012), as prorrogações da redução do IPI Zero para eletrodomésticos, móveis e automóveis e o acesso facilitado ao crédito foram fatores que contribuí-ram com o aquecimento do mercado.
Onúmero de cancelamento de registros, que reflete a recu-
peração de crédito no varejo e a quitação de dívidas, foi positivo em dezembro de 2012 e apresentou alta de 1,08% sobre o mesmo mês em 2011.
Em relação a novembro de 2012, a recuperação de crédito cresceu 21,50%. No acumulado do ano, o número de consumidores que sal-daram dividas atrasadas apresentou uma pequena elevação de 0,43%, segundo indicador SPC Brasil.
Na avaliação da entidade, as pressões do governo federal so-bre os bancos comerciais para que houvesse uma redução das taxas cobradas no crédito para pessoa física permitiu aos consumidores, em 2012, um ambiente mais propí-cio para regularizar dívidas com os credores.
De acordo com o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Jr,
o ano de 2012 pode ser conside-rado positivo para o setor do co-mércio varejista. “Os consumidores se mostraram mais estimulados a irem às compras, principalmente, porque a maioria deles está devi-damente empregada”, justifica.
E para 2013, o cenário é de otimismo, avaliam a CNDL e o SPC Brasil. Tanto pela
manutenção dos altos índices de empregabilidade (O IBGE aponta que em novembro a taxa de desocupação foi de
4,9%) como pelas projeções de um crescimento mais vigoroso do PIB, somados a entrada em operação do “Cadastro Positivo”, que vai favorecer a ampliação
do crédito para os bons pagadores. Fatores que, juntos,
tendem a beneficiar o consumo.
No entanto, a economista aler-ta: “É necessário disseminar a cul-tura do planejamento orçamentário, porque nem todos os consumido-res estão imunes às compras por impulso que, na maior parte das vezes, comprometem a capacidade de pagamentos”.
Recuperação de crédito Balanço do ano
10 - Dirigente Lojista
B R A S I L L O J I S TA
CNDL e Banco do Brasil
incrementam parceria
AConfederação Nacional de Dirigentes Lojistas e o Banco do Brasil incrementaram parceria firmada no dia 19 de dezembro. Com o
objetivo de disponibilizar às Micros e Pequenas Empresas uma linha de crédito atrativa para atender às necessidades de caixa das empre-sas, em especial para o pagamento de tributos, o GIRO MPE TRIBUTOS terá como período de vigência de 02 de janeiro a 31 de março de 2013.
O público-alvo do GIRO MPE TRIBUTOS são empresários individuais e micro e pequenas empresas com faturamento bruto anual (FBA) de R$ 3,6 milhões, clientes do Banco do Brasil, com cadastro e limite de crédito vigentes.
Participaram da reunião o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior; o diretor do Banco do Brasil, Adilson do Nascimento Anísio; a gerente executiva do Banco do Brasil, Rosemar Casagrande Faust; a gerente de divisão do Banco do Brasil, Vera Lúcia Carregaro Basílio; a assessora do Banco do Brasil, Fernanda Maria Gaetano Alencar; além do superintendente da CNDL, Dr. André Luiz; e os gerentes da CNDL Luiz Santana e Kleber Silva.
Mais informações: qualquer agência do Banco do Brasilou acesse: www.bb.com.br/mpe
Linha de crédito:BB Capital de Giro Mix Pasep.
Recursos disponíveis:R$ 1 bilhão.
Taxa de juros:a partir de TR + 0,96% ao mês.
Prazo de pagamento:até 24 meses.
Carência:até três meses, podendo chegar até 149 dias para o pagamento da primei-ra parcela de capital, dependendo da data base escolhida.
Vantagens para a empresa:possibilidade de utilização do Fundo de Garantia de Operações (FGO) como ga-rantia; economia de 50% do valor de IOF, tendo em vista que a linha conta com mix de recursos e o imposto não incide sobre a parcela do Pasep; en-cargos diferenciados em função do re-lacionamento do cliente com o Banco.
Vigência:de 02/01/2013 até 31/03/2013(ou até acabarem os recursos).
Dirigente Lojista - 11
B R A S I L L O J I S TA
Na presença de familiares, ami-gos do movimento lojista mi-
neiro e autoridades, o presidente da Federação das Câmaras de Dirigen-tes Lojistas de Minas Gerais (FCDL--MG), José César da Costa, recebeu na noite do dia 20 de dezembro, na Casa Legislativa, o título de Cidada-nia Honorária de Belo Horizonte.
De acordo com o vereador Hugo Thomé (PMN), autor da indicação, a honraria é uma forma de reconhe-cimento aos trabalhos e dedicação de José César ao movimento lojista no Estado, promovendo o desenvol-vimento e consolidado importantes conquistas para Belo Horizonte e Mi-nas Gerais.
Na avaliação do presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) Roque Pellizzaro Jr., Minas Gerais tem características úni-
Presidente da FCDL-MG é homenageado pela Câmara Municipal
da capital
cas, não só em termos de geogra-fia, que em sua comparação, possui quatro vezes o número de municí-pios que possui o Estado de Santa Catarina, por exemplo. Para o diri-gente, Minas Gerais tem se desta-cado no cenário nacional, pela atua-ção e representatividade. "Parabéns ao vereador Hugo Thomé por esta grande iniciativa, reconhecendo o trabalho desta pessoa que tanto tem feito pelo comércio de Minas Gerais, e também por Belo Horizonte. Mui-to nos orgulha ver o presidente de uma Federação ser reconhecido por uma capital pelo seu trabalho. Junta-mente com José César, há toda uma equipe que ele representa, lidera e que hoje faz a diferença nessa cida-de", pontuou Roque Pellizzaro Jr.
O presidente da FCDL-MG, José César da Costa, revelou em sua fala,
estar bastante emocionado com a homenagem. Segundo ele, Belo Horizonte é sua cidade de coração, município que o acolheu e que se destaca pelo vanguardismo, inova-ção, empreendedorismo, mas tam-bém pelo tradicional pão de queijo com cafezinho, ao final do dia.
Na oportunidade, José César lembrou a dupla sertaneja mineira, César Menotti e Fabiano, quando afirmaram que "não há lugar melhor que BH". O líder lojista agradeceu a todos que o acompanharam em sua trajetória, pessoal ou profissional, e que contribuíram para a concretiza-ção de tantos sonhos e planos.
"Neste instante, senhoras e se-nhores, mais que comemorar o título de Cidadania Honorária, quero agra-decer à Câmara Municipal, em nome do seu presidente, vereador Léo Bur-guês, pela honrosa homenagem, ao dedicado vereador Hugo Thomé, au-tor da indicação que distinguiu meu nome na concessão desta honraria, e a todos os amigos do movimen-to lojista mineiro. Recebo este título com a missão de honrá-lo e contri-buir para a formação de uma cidade cada vez melhor", destacou José Cé-sar da Costa.
Também durante a cerimônia, foi exibido um videoclipe que reu-niu fotos das principais conquistas do presidente da FCDL-MG, parti-cipação em importantes eventos, mobilizações e reuniões estratégi-cas para o movimento lojista em todo o Estado.
12 - Dirigente Lojista
B R A S I L L O J I S TA
A CNDL marca presença na “102ª Convenção Anual da NRF” que aconte-ceu entre os dias 10 a 18 de janeiro em Nova York. Quase 300 conven-
cionais integraram a delegação da CNDL que foram à NRF para conhecer as próximas tendências do mercado do varejo mundial, além de trocar experi-ências e se relacionar com lojistas do Brasil e do mundo.
Aconteceu também o Salão EXPO que é uma vitrine para as novas tecno-logias para o varejo. Diariamente foram promovidas exclusivas sessões em Nova York para nossos convencionais e através de renomados consultores estaremos destacando as palestras com enfoque na realidade brasileira.
Ao final, o grupo participou de um encontro para avaliar toda a NRF, ava-liando as expectativas e aprendizados de cada convencional. No próximo mês faremos uma reportagem especial trazendo todas as informações do maior evento do varejo mundial. Fique por dentro!
CNDL presente na 102ª NRF levando quase 300
convencionais de todo o Brasil
AFederação das Câmaras de Di-rigentes Lojistas do Rio Grande
do Sul - FCDL-RS, prestigiou a posse de cinco novos deputados na Assem-bleia Legislativa, no dia 03 de janeiro. A solenidade realizada no Salão Júlio de Castilhos, no 1º andar do Palácio Farroupilha, garantiu o início dos tra-balhos dos parlamentares Décio Fran-zen (PDT), Elisabete Felice (PSDB) e Marcos Daneluz (PT), Nelson Härter (PMDB) e Vinícius Ribeiro (PDT).
Os senhores a partir de hoje assu-mem todas as prerrogativas que um parlamentar tem nessa casa, com di-reitos plenos. Assumem também, a
defesa dos interesses do Rio Grande do Sul, com a maior transparência possível - afirma o presidente da As-sembleia Legislativa, Alexandre Postal (PMDB).
Para o presidente da FCDL-RS, Vi-tor Augusto Koch, participar desta ce-rimônia é fundamental para os inte-resses do varejo gaúcho, uma vez que os parlamentares são peças funda-mentais na tomada de decisões que influenciarão o desenvolvimento do comércio rio-grandense.
Temos convicção que existem bons líderes nesta casa, que serão capazes de prestar um imprescindí-
vel auxílio para o fortalecimento dos lojistas, fomentando o empreende-dorismo em busca de novas fontes de emprego e renda para os gaúchos - aponta Vitor Koch.
Na suplência desde as eleições de 2010, os parlamentarem assumiram as funções graças à vitória das elei-ções municipais dos deputados Alceu Barbosa (PDT), Alexandre Linden-meyer (PT), Luciano Azevendo (PPS), Luis Fernando Schmidt (PT), Marco Alba (PMDB) e Paulo Azeredo (PDT). Os novos donos dos cargos represen-tam 9% das cadeiras do Legislativo, que somam 55 assentos.
FCDL-RSdialoga sobre interesses do varejo gaúcho
em posse de parlamentaresna Assembleia Legislativa
Foto
: R
afae
l Dia
s B
org
es.
Foto
: Raf
ael D
ias
Bor
ge
s.
14 - Dirigente Lojista
B R A S I L L O J I S TA
No período de 6 a 9 de dezem-bro aconteceu a 2º edição da
Fecom Especial de Natal, no Cen-tro de Convenções e Eventos de Cascavel.
Organizado pela CDL de Casca-vel-PR, o evento contou com um público de mais de 120 mil pessoas, 250 estandes, mais de 150 exposi-tores e uma movimentação finan-ceira de mais de R$ 4 milhões em negociações.
Os consumidores que passaram pela feira, tiveram oportunidade de
comprar, vestuário, calçados, aces-sórios, móveis, carros, entre outros produtos com descontos bem atra-tivos. Quem passou pela feira certa-mente fez ótimos negócios.
Os preços atraíram muitos visi-tantes, com produtos de qualidade e com desconto de até 70%. Segun-do o Presidente da CDL de Cascavel, Samoel Antonio de Mattos Junior, a feira veio para contribuir com os empresários da cidade, obtendo um bom retorno financeiro e fazendo com que suas marcas fiquem cada
vez mais evidentes. Desta forma, tanto os consumidores quanto os expositores saíram satisfeitos.
Como não podia faltar o brilho do Natal, Papai Noel também este-ve presente na feira, e chegou em grande estilo deixando as renas de lado e chegando de helicóptero, en-cantando crianças e adultos, e não foi só o Bom Velhinho que pode an-dar de helicóptero, durante o dia 8 e 9 um helicóptero esteve fazendo voos panorâmicos sobre a cidade de Cascavel.
Foto
s d
e H
orua
l Le
on
CDL Cascavelrealiza 2º Edição Fecom Especial de Natal
Comissão organizadora do 1º Fórum Nacional do Comércio Lojistase reúne em Brasilia
A comissão organizadora do 1º Fórum Nacional do Comércio Lojista esteve reunida na manhã do dia
19 de dezembro, na sede da CNDL em Brasília. Esta foi a primeira reunião do grupo que tem como membros o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior; o presi-dente da CDL/DF, Geraldo Araújo; o vice-presidente da CDL/DF, Álvaro Silveira; o gerente da Primundo Viagens, Alexandre Buhatem Filho; além do superintendente da CNDL, Dr. André Luiz; e dos gerentes da CNDL, Luiz San-tana e Kleber Silva. Entre os assuntos, a comissão tratou sobre a data, a escolha do local e o formato do evento.
Foto
s d
e H
orua
l Le
on
Dirigente Lojista - 15
C D L J O V E M
A pós três finais de semana de sucesso, as do-ações recebidas na “Casinha do Papai Noel”
durante a 4ª edição do Natal Solidário, ultrapas-saram meia tonelada de alimentos.
O Natal Solidário uma realização da CDL Jovem Colatina (ES), teve início no dia 24 de novembro com a tradicional chegada do Papai Noel na Praça Sol Poente, além das visitas em sua casinha nos domingos, contando com sorteio de bicicletas e muita diversão para toda a família.
Uma novidade nesta quarta edição foi a “Carreata da Alegria”, que levou o bom velhinho a visitar as crianças em alguns bairros de Colatina.
Os alimentos arrecadados serão destinados a famílias carentes de Colatina, além de algumas instituições como asilos e creches.
CDL Jovem de Colatinarealiza Natal Solidário
CDL Jovem de Fortalezaparticipa de encontro com prefeito
A CDL Jovem de Fortaleza (CE), em conjunto com diversas entidades classistas e empre-
sariais, recebeu o prefeito eleito Roberto Cláudio no dia 10 de dezembro em Fortaleza.
Na ocasião, as entidades compartilharam suas necessidades e entregaram um trabalho colaborativo para a construção da Fortaleza do futuro.
O coordenador da CDL Jovem de Fortaleza, Pablo Guterres, ressaltou a importância de pen-sar coletivamente as ações para a copa do mun-do, citando exemplos da cidade de Barcelona e recebeu elogios do prefeito eleito pela aborda-gem inteligente sobre o assunto.
16 - Dirigente Lojista
Quatro em cada dez inadimplentes possuemcontas em atraso nocartão de crédito
Estudo encomendado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) sobre o perfil e o planejamento das finanças pessoais do consumidor brasileiro concluiu que 38% dos entrevistados com contas atrasadas possuem alguma fatura não liquidada no cartão de crédito, sendo que destes, 82% afirmam que essas contas estão há mais de 90 dias atrasadas.
“
“
Dirigente Lojista - 17
Na avaliação da economista do SPC Brasil, Ana Paula Bastos, para usufruir das van-
tagens de um cartão de crédito, antes de qual-quer coisa, o consumidor precisa ter clareza de que não pode gastar mais do que efetivamente tem. “O cartão de crédito trouxe conveniência e segurança porque viabiliza o poder imediato de compra, mesmo que o consumidor não dis-ponha de dinheiro no momento do uso, mas é necessário aprender a usá-lo corretamente para evitar contratempos”, pondera.
Compreender minimamente os mecanis-mos de funcionamento no sistema de cobrança do cartão de crédito torna mais fácil utilizá-lo de maneira comedida, evitando sustos no rece-bimento da fatura ou inclusão do próprio nome em bancos de dados de proteção ao crédito.
18 - Dirigente Lojista
O problema de comprar parce-lado com cartão de crédito e não pagar o valor total da fatura é ter de enfrentar as altas taxas de juros aplicadas em operações no Brasil. No entanto, descontada a anuidade, o custo do cartão de crédito pode ser zero, se o consumidor tiver condições de pagar a fatura com o valor integral e na data de ven-cimento. Enquanto 93% dos consu-midores adimplentes se organizam e conseguem pagar 100% do valor das faturas na data do vencimento, 24% dos consumidores inadimplen-tes optam pelo chamado “crédito rotativo”, em que pagam apenas o valor mínimo da parcela (em média corresponde a 20% do valor inte-gral da fatura). A diferença restante é cobrada na fatura seguinte e as-sim sucessivamente, além de juros embutidos.
85% desses consumidores inadimplentes que pagam somente uma parte da fatura cobrada pelo cartão de crédito admitem não ter conhecimento sobre a taxa de juros cobrada por esse tipo de financia-mento.
“É um caminho complicado de sair. Antes de optar por uma forma de pagamento, é recomendável avaliar as vantagens e desvanta-gens, calculando os juros do perío-do para o saldo devedor, uma vez que eles incidirão sobre o que for financiado”, alerta a economista Ana Paula.
Pagamento integral da fatura
Xcrédito rotativo
Perfil do consumidor inadimplente:38% possuem compras com parcelas em atraso no cartão de crédito, 24% pagam
apenas parte da fatura e 85% desconhecem como os juros são cobrados.
O SPC Brasil recomenda que an-tes de tentar uma negociação com o banco ou procurar ajuda profissional, é importante montar uma planilha de gastos para se ter uma noção do tamanho da dívida e do quanto é cobrado de juros. Somente dessa maneira o consumidor saberá o va-lor da parcela que caberá no próprio bolso. “É mais recomendável quitar essa dívida com recursos obtidos por meio de algum empréstimo bancá-rio, por exemplo, do que continuar pagando faturas cumulativas e cada vez maiores por causa de juros exor-bitantes”, alerta Ana Paula.
Sobre a pesquisa:Realizada em todas as capitais brasileiras com
1.277 entrevistados, a pesquisa com os consumidores inadimplentes e adimplentes tem margem de erro de 4% e 3,8%,
respectivamente, e intervalo de confiança
de 95%.
20 - Dirigente Lojista
I N F O R M E J U R Í D I C O
“O exercício do silêncio é tão importante quanto a prática da palavra”William James
COBRANÇA VEXATÓRIAUm credor de uma dívida que praticou cobrança vexatória em público ao devedor foi condenado a indeniza-lo por danos morais diante da ofensa. Essa decisão da 1.ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Paraná. O relator do recurso, Juiz Leo Henrique Furtado Araújo, assinalou que o réu extrapolou os limites do razoável e abusou no uso do direito. A alegação do recorrente acerca de exercício regular do direito não merece acolhimento ante o disposto nos artigos 187 do Código Civil: também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes’.”
Fonte: TJPR.
O Banco Central foi condena-do pela 7ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho a pagar indenização de R$ 500 mil por danos morais coletivos. O motivo foi a inclusão de uma cláusula em edital de licitação
prevendo a impossibilidade de contratação, por empresa terceirizada, de vi-gilante que tivesse seu nome em cadastro de inadimplentes de serviços de proteção ao crédito. No exame do recurso de revista, a mesma turma havia julgado procedente a ação civil pública, considerando discriminatória a cláu-sula restritiva do edital para contratação de serviços de vigilância e concluin-do pela sua ilegalidade.
A JUSTIÇA DO TRABALHO DEFERIU ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
A UM TRABALHADOR RURAL POR TER
FICADO EXPOSTO, DURANTE TRABALHO PESADO NA LAVOURA DE CANA-DE-AÇÚCAR,
A TEMPERATURAS ENTRE 26,8ºC E
32ºC, ÍNDICES QUE ULTRAPASSAM O LIMITE
DE TOLERÂNCIA DE EXPOSIÇÃO AO CALOR
DE 25ºC. O PAGAMENTO DE ADICIONAL FOI
DEFERIDO LOGO NA PRIMEIRA INSTÂNCIA,
TENDO A EMPREGADORA INTERPOSTO
SUCESSIVOS RECURSOS, SEM SUCESSO.
Fonte: Tribunal Superior do Trabalho.
Novo Recorde A carga tributária brasileira somou 35,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em
2011, estabelecendo nova marca recorde, informou a Secretaria da Receita Federal. Os números do Fisco mostram que foram arrecadados no ano passa-do, em tributos federais, estaduais e municipais, R$ 1,46 trilhão (valor não in-
clui multas e juros), enquanto o PIB do mesmo período somou R$ 4,14 trilhões. Em 2011, a arrecadação de impostos e con-tribuições havia somado R$ 1,26 trilhão, enquanto o PIB do
mesmo período totalizou R$ 3,77 trilhões. Segundo a Receita Federal, a maior parte dos tributos foi arrecadada pelo governo fede-
ral, no ano passado. A União arrecadou em 2011, ainda de acordo com dados oficiais, R$ 1,02 trilhão, o correspondente a 70% da receita total. Ao
mesmo tempo, os estados foram responsáveis pela arrecadação de 357 bi-lhões, e os municípios responderam pela arrecadação de R$ 80,7 bilhões.
Fonte: G1.
é o valor de todos os impostos pagos
pelos cidadãos e empresas
na proporção das riquezas produzidas
no país.
Carga Tributária:
S P C
Fonte: Valoronline.
Adicionalde insalubridade
Dirigente Lojista - 21
I N F O R M E J U R Í D I C O
Em BAIXA:com uma carga tributária que soma 35,3% do PIB
e a arrecadação em 2011 bateu novo recorde. Com R$ 1,46 trilhão em tributos o Brasil é o
país que proporciona o PIOR retorno dos valores arrecadados em prol do bem estar da sociedade.
Em ALTA:a participação das FCDLs e CDLs na AGO da CNDL aprovando as pautas por unanimidade
traduz no reconhecimento do trabalho da Diretoria da CNDL e também na união e destaque
do “Sistema CNDL” e do “SPC”.
Por: André Luiz Pellizzaro
E-mail: [email protected]: @PELLIZZAROANDRE
Blog: www.pellizzaro.adv.br/blog
Incluir nome de empregado em “lista de ação trabalhista” atenta contra a dignidade da
pessoa humana, na medida em que prejudica o trabalhador na obtenção de novos empregos,
com nítido escopo discriminatório. a sexta turma do tst manifestou esse entendimento e decidiu não conhecer do recurso de uma empresa de
recursos humanos que mantinha uma lista com nomes de trabalhadores que haviam ingressado
com ação trabalhista.Fonte: Tribunal Superior do Trabalho.
O Tribunal Superior do Trabalho aprovou recentemente alterações na sua jurisprudência. São os destaques: Sú-mula 428: sofreu alteração. Pelo novo entendimento, o empregado que estiver submetido ao controle do patrão por meio de instrumentos telemáticos e informatizados, aguardando a qualquer momento um chamado para o serviço durante seu período de descanso, tem direito ao adicional de sobreaviso, correspondente a 1/3 da hora normal. Súmula 244: estendeu ao direito à estabilidade à gestante e ao trabalhador vítima de acidente de trabalho (com a alteração da Súmula 378) mesmo em caso de ad-missão mediante contrato por tempo determinado. Uma nova súmula garante ainda ao trabalhador que tiver seu contrato de trabalho suspenso em virtude de auxílio-
-doença acidentário o direito à manutenção do plano de saúde ou assistência médica por parte do empregador. OJ nº 84 da SDI-I: a questão do novo prazo de Aviso Prévio também foi pacificada pela alteração da, a qual dispôs que o direito ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço somente é assegurado nas rescisões de contra-to de trabalho ocorridas a partir da publicação da Lei nº 12.506, em 13 de outubro de 2011.
TST amplia direitos
Fonte: Tribunal Superior do Trabalho.
Danos Morais
Um vigilante que alegar ter desenvolvido esquizofrenia psicótica após prestar serviços uma empresa não vai receber indenização por danos morais. A decisão é da Primeira Turma do Tribunal Superior do Traba-lho (TST), que disse que o trabalhador não conseguiu provar, perante o juiz de primeiro grau e o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG), a culpa da empresa pela doença. O Tribunal Superior manteve a decisão do Tribunal Regional que acolheu as palavras do psiquiatra que não teria havido nexo de causalidade entre a doença do vigilante e seu trabalho. A Corte regional, firmou convicção no sentido de que não teria havido culpa das empresas, já que nenhuma medida que fosse adotada poderia evitar a doença, e ainda de que não houve nexo de causalidade entre a doença e o trabalho.
Doença ocupacional
Fonte: Tribunal Superior do Trabalho.
Tributos e Nota fiscalSancionada pela Presidenta Dilma Rousseff, a Lei 12.741/12 obriga que a partir de junho de 2013 as notas fiscais informem o valor dos tributos IOF, IPI, PIS, Pasep, Cofins, Cide, ICMS e ISS em-butidos no preço de produtos ou serviços adquiridos pelo consu-midor. Também foi contemplado os serviços financeiros onde as informações sobre os tributos deverão ser colocadas em tabelas fixadas nos pontos de atendimento, como agências bancárias. A lei também estabelece que a nota fiscal deverá trazer o valor da contribuição previdenciária dos empregados e dos empregado-res sempre que o pagamento de pessoal constituir item de custo direto do serviço ou produto fornecido ao consumidor. O des-cumprimento resultará ao infrator seu enquadrado no Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90), que prevê sanções como multa, suspensão da atividade e cassação da licença de funciona-mento. A exigência inicia-se em junho de 2013. Fonte: Asseimp.
A Câmara analisa o Projeto de Lei 4344/12, da deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), que obriga o fornecedor de produtos e serviços a comprovar a entrega do boleto bancário para cobrança no endereço do consu-midor com, no mínimo, 05 dias antes do vencimento do do-cumento. A proposta altera o Código de Defesa do Consumi-dor (Lei 8.078/90). De acordo com o texto, o consumidor não precisará pagar multa, juros e correção monetária até cinco dias depois do recebimento da cobrança se não houver a comprovação de entrega. Segundo a autora da proposta, as obrigações entre consumidor e fornecedor de produtos e serviços estão invertidas atualmente. “Os consumidores é que estão procurando os seus fornecedores para obter os meios de pagar, correndo o risco, inclusive, de terem serviços básicos e indispensáveis cancelados”. O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de De-senvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Novas regras para o Boleto de cobrança
Fonte: Agência Câmara de Notícias.
22 - Dirigente Lojista
O VA R E J O E M F R A S E S
“Em 2012, os consumidores se mostraram mais estimulados a irem às compras, principalmente, porque a maioria deles está devidamente empregada”.
Roque Pellizzaro Junior.Presidente da CNDL ao fazer
um balanço de 2012.
“Entre os desafios de 2013 está propor alterações a legislação
da Substituição Tributária. A FCDL/RS entende que a
medida, como está, inibe o desenvolvimento da micro e
pequena empresa e inviabiliza o tratamento diferenciado as
MPEs criado na Lei Geral”.Vitor Koch.
Presidente da FCDL/RSsobre os desafios de 2013.
“Não são os bancos, cartões de crédito ou os lojistas que
definiram como o crédito será concedido, o consumidor sabe do poder que tem, não aceitará ser extorquido, é ele quem dará a ultima palavra”.
Maurício Stainoff.Presidente da FCDL/SP
em mensagem aos lojistas de São Paulo.
“As palavras-chaves são convergência, mobilidade
e portabilidade. Isso significa que os indivíduos terão muitas ferramentas e aplicativos em um só
equipamento, capaz de operar em qualquer ambiente e cada vez mais leves e compactos”.
Sérgio Alexandre Medeios.Presidente da FCDL/SC
sobre o Consumer Eletronic Show.
“2011 e 2012 foram anos de plantio. 2013 vai ser um ano de colheita dessa situação que coloca a economia brasileira em situação mais favorável”.
Guido Mantega.Ministro da Fazenda em entrevista sobre as expectativas para 2013.
José César da Costa.Presidente da FCDL/MG em mensagem aos lojistas de Minas Gerais.
Adjar Soares.Presidente da FCDL/PE no twitter sobre as vendas em 2013.
“Agora é renovar os estoques e manter o ritmo. Com o apoio do SPC Brasil o comércio deve vender ainda mais em 2013”.
“Que em 2013 tenhamos metas ainda mais ousadas, mas que
paralelamente, saibamos planejar nossas iniciativas e
aumentar as chances de êxito”.
Crédito para pagar os tributos da sua empresa? Tá na mão.
Central de Atendimento BB 4004 0001 ou 0800 729 0001 – SAC 0800 729 0722 Ouvidoria BB 0800 729 5678 – Deficiente Auditivo ou de Fala 0800 729 0088
@bancodobrasil /bancodobrasil
Sujeito a aprovação de crédito e ao atendimento das condições do produto.Custo Efetivo Total – a partir de Taxa Referencial mais 21,3% ao ano.
No Banco do Brasil, sua empresa tem uma linha de crédito para o pagamento de tributos sem comprometer seu caixa. Com juros a partir de 0,96% ao mês mais Taxa Referencial, prazo de até 24 meses e até 90 dias para começar a pagar. Bom para sua empresa, bom para o Brasil.
BB_CreditoMPE_210x280mm.indd 1 09/01/13 12:28
Crédito para pagar os tributos da sua empresa? Tá na mão.
Central de Atendimento BB 4004 0001 ou 0800 729 0001 – SAC 0800 729 0722 Ouvidoria BB 0800 729 5678 – Deficiente Auditivo ou de Fala 0800 729 0088
@bancodobrasil /bancodobrasil
Sujeito a aprovação de crédito e ao atendimento das condições do produto.Custo Efetivo Total – a partir de Taxa Referencial mais 21,3% ao ano.
No Banco do Brasil, sua empresa tem uma linha de crédito para o pagamento de tributos sem comprometer seu caixa. Com juros a partir de 0,96% ao mês mais Taxa Referencial, prazo de até 24 meses e até 90 dias para começar a pagar. Bom para sua empresa, bom para o Brasil.
BB_CreditoMPE_210x280mm.indd 1 09/01/13 12:28
24 - Dirigente Lojista
Promoções e Liquidaçõesde Início de Ano
V E N D A S
Dirigente Lojista - 25
V E N D A S
F alando de modo mais abran-gente, as liquidações e pro-
moções são imprescindíveis ao mundo das vendas! Com o termo liquidações, entendemos as ofer-tas de mudança de estação ou pontas de estoque, e por promo-ções, ofertas em produtos que não tiveram sua saída na veloci-dade do esperado, às vezes pela não aceitação do consumidor ou por ele não ser conhecido pelo consumidor, por não saber suas características. Tanto a promoção quanto a liquidação mexem nos
preços para baixo, diminuindo literalmente o valor cobrado por peça ou ainda criando-se combi-nações de produtos com um pre-ço inferior do que teriam se ad-quirido em separado, oferecendo quatro peças pelo preço de três, por exemplo.
Normalmente as metas não são alavancadas pelas promo-ções. A ordem é inversa! É co-mum utilizarmos do artifício das ofertas para atingir as metas de início de ano e renovar o esto-que. Quanto ao vendedor, exis-
tem muitas políticas nestas épo-cas que o dirigente lojista pode aplicar para atingir seus objetivos do inicio do ano: Em alguns ca-sos o gestor continua pagando a comissão normal; Outras vezes, além da comissão paga-se um “prêmio” por vender tais peças em promoção; Também é pos-sível, em comum acordo, que a comissão seja rebaixada ou até chegando a “zero” para que o produto saia logo da loja. Sendo substituído por algo que a loja necessite ter em estoque!
Outra oportunidade que poucos vendedores ou donos de loja percebem nas épocas das ofertas é que você tem grandes chances de ter contato com clientes que normalmente não entrariam em sua loja! E estes agora são atraídos pelas ofertas de preços baixos! Mostrar bom atendimento é garantia de cliente satisfeito, com grande potencial de retorno e indicação.
Produto encalhado não é bom para ninguém, nem para o dono da loja, nem para os vendedores. Por isso que muitas vezes há uma cooperação entre o empresário e os funcionários, entrando em acordo para baixar o preço do produto. Para isso, muitas vezes chegando a zerar a comissão do vendedor para livrar-se o mais rápido possível do encalhe.
Observando o lado motivacional,existem dois grandes tópicos que devemos nos atentar:
1 2
26 - Dirigente Lojista
V E N D A S
Faça este cliente novo ter uma “experiência” feliz dentro do seu estabelecimento. Coisa que normalmente não acontece, pois clientes de liquidação muitas vezes são vistos como “aproveitadores”. Faça-o sentir-se valorizado.
Aproveite e mostre toda a sua loja (perceba, eu disse mostre, não venda). Faça o cliente saber tudo o que ela tem a oferecer, seus diferenciais, a nova coleção, as qualidades, os prazos utilizados e etc. Quando ele precisar de algo, vai saber onde encontrar.
Neste momento toda loja deve estar preparada para “encantar” o cliente!Pense na redução do valor do produto não como uma redução nos ganhos, mas como um investimento e
uma forma de chamar a atenção dos novos clientes. Não é custo, e sim estratégia.
Dirigente Lojista - 27
V E N D A S
São muitos os métodos para se desfazer dos produtos en-calhados, mas fazê-lo do jeito certo é garantia de bons negó-cios e um investimento seguro. Pode montar kits, liquidações, brindes especiais, cupons, sis-temas de pontos, promoções por blogs e páginas nas redes sociais. Fique atento para esco-lher as ferramentas mais ade-quadas ao seu público, pois as técnicas utilizadas devem ter a cara da empresa e do cliente. Tem que ser eficiente e ade-quada à imagem que o lojista quer trazer para sua loja.
O risco da queda dos preços é que os clientes que compraram anteriormente não vão gostar muito de terem pago mais pela peça, mas vão compreender se ocorrer no momento certo. Do ponto de vista do estoque, pro-duto parado é prejuízo, precisa ter rotatividade para que a em-presa não fique estagnada. Se o montante de produtos parados prejudica o crescimento, é preci-so tomar uma atitude rápida. A vantagem das mídias digitais ou um sistema de pontos e cupons de promoção ou fidelidade, é que o custo é baixo.
Estoque em dia Atenção
“No pós-festas de fim de ano surgem outras possibilidades de ne-gócios com as trocas que acontecem em muitos ramos varejistas. O bacana é perceber aqui que pode ser a chance de esses clientes esta-rem vindo pela primeira vez na loja, e ainda que só troquem o produto, estão conhecendo o estabelecimento e devem ser atendidos de modo especial. Quem comprou o presente fez praticamente uma indicação para o amigo ir na sua loja e comprar também. Este novo cliente já che-ga com uma impressão positiva, pois imagina que o amigo ou familiar comprou neste local por algum bom motivo, e vai querer saber qual é. Cliente de oferta e de trocas devem ser bem tratados. É comum depois da troca comprarem até mais do que estavam planejando quando o atendimento é adequado. Aproveite! Mostre acessórios, coleções novas, as formas de trabalho da loja.”
Nesta época do ano sabemos que o movimento é menor, não há tanta correria, então aproveite para criar mecanismos para aumentar as vendas. Que tal começar com um cadastro de clientes? Cadastre nome, aniversário, e-mail, telefone e facebook. É interessante também fazer um follow-up destes clientes no período posterior a compra, anote algo que faça você lembrar-se do cliente e também algo que conversaram durante a venda ou atendimento. Coisas simples como a informação de que clien-te irá viajar de navio no carnaval ou pretende comprar novos produtos nas férias, por exemplo. Quando for retornar a ligação relembre destes detalhes e utilize a experiência anterior para iniciar a conversa, o cliente vai se surpreender! Mas, seja cauteloso, não escreva estes itens na frente do cliente ou de qualquer outro, ele não vai gostar de ter sua vida exposta.
Dica: pode ser feito um acordo com os
fornecedores, procure desenvolver uma
parceria que permita uma renegociação
quando os produtosnão tiverem uma boa
saída. Neste acordo podem facilitar a
forma de pagamento ou diversificar os
produtos para ajudar o lojista.
Lembre-se: é
do interesse do fornecedor que você
também venda
Ricardo VenturaConsultor de negócios
28 - Dirigente Lojista
D E M A N D A
Com a proliferação cada vez maior de novos produtos e serviços voltados para atender cada necessidade do cliente e lhe proporcionar o máximo de conforto e conveniência, vai levar a conta aquele que estiver mais próximo desses clientes no exato momento que ele precisar:A loja física? A internet?A vendedora porta-a-porta?O leilão na TV? O catálogo?Ou todos eles?”.Esse é um questionamentoda pesquisadoraClaudia Bittencourt.
ESTIMANDO A DEMANDA
Dirigente Lojista - 29
D E M A N D A
Em resumo,a definição de demanda é a
quantidade de produtos ou serviços que os consumidores estão dispostos
a comprar, o quanto estão procurando deste produto. E oferta é a quantidade
de um produto ou serviço disponível para compra. A lógica é simples:
quando a demanda é maior do que a oferta, os preços dos produtos tendem
a subir, já que os consumidores se dispõem a pagar mais para obter um determinado item. As vezes
pagam caro por um produto em que enxergam uma exclusividade, algo
que só eles, ou poucas pessoas podem ter, por isso acaba sendo bem mais
caro. Por outro lado, quando a oferta é maior do que a demanda, os preços
tendem a cair. Quando temos uma grande quantidade de um produto
em estoque e queremos que ele saia rápido, então queremos aumentar as vendas, aumentar a oferta, fazer com
que comprem mais, e para isso as vezes é preciso facilitar as condições
de compra, por exemplo.
Em resumo,a definição de demanda é a
quantidade de produtos ou serviços que os consumidores estão dispostos
a comprar, o quanto estão procurando deste produto. E oferta é a quantidade
de um produto ou serviço disponível para compra. A lógica é simples:
quando a demanda é maior do que a oferta, os preços dos produtos tendem
a subir, já que os consumidores se dispõem a pagar mais para obter um determinado item. As vezes
pagam caro por um produto em que enxergam uma exclusividade, algo
que só eles, ou poucas pessoas podem ter, por isso acaba sendo bem mais
caro. Por outro lado, quando a oferta é maior do que a demanda, os preços
tendem a cair. Quando temos uma grande quantidade de um produto
em estoque e queremos que ele saia rápido, então queremos aumentar as vendas, aumentar a oferta, fazer com
que comprem mais, e para isso as vezes é preciso facilitar as condições
de compra, por exemplo.
30 - Dirigente Lojista
D E M A N D A
O consumidor se propõe a comprar diversos tipos de produtos para aten-der as mais variadas necessidades e desejos. Muitas vezes são produtos consumidos ao longo do ano inteiro, outras porém são procuras sazonais, que variam de acordo com a época. Ou seja, é comum vender mais sor-vete no verão do que no inverno, por exemplo. Para entender um pouco dessas diferenças, convidamos o es-pecialista Roberto Garcia de Oliveira, consultor em expansão empresarial, que explica em detalhes essas carac-terísticas que todo consumidor tem e que influenciam na escolha do pro-duto, do momento de compra e até mesmo da loja em que fará o negócio.
Desejo, necessidade e consumo
O crescimento dos negócios é essencial para funcionamento do mundo dos mercados, espe-cialmente para as redes que não atingiram massa crítica suficiente para alcançar as chamadas eco-nomias de escala e, consequen-temente, atingir competitividade. Neste mundo menos exuberante, onde sucessivas crises econômi-cas e as eternas necessidades de redução de custos para aumen-tar a competitividade são fatores inerentes na disputa pelo que resta de demanda, se preceitua que estas condições serão cada vez mais ferozes.
Com a complexidade das rela-ções econômicas, é difícil conce-ber atividades empresariais sem a criação de valor para benefício da sociedade ou sem o desejo das pes-soas de nela se engajar produtiva-mente. Mas, é igualmente essencial para as redes com um desenvolvi-mento já razoável ou consolidado, que, se não forem capazes de ex-pandir de maneira sustentada para novos mercados e aproximar-se de forma eficaz aos consumidores, fi-carão à mercê da movimentação de seus concorrentes. É bem intuitivo que quanto melhores forem as in-formações sobre o comportamento da demanda de mercado, melho-
Os empresários, assim como a economia de
todos os países, carecem de uma agenda cada
vez mais ousada, que contemple investimento,
educação, inovação e produtividade - que são as
verdadeiras fontes de crescimento perene.
res serão as chances da empre-sa em adotar estratégias e ações adequadas, uma vez que todos os negócios não se sustentam apenas no tempo presente, passando pela análise da saúde do setor de atua-ção com uma visão e acompanha-mento de longo prazo.
O primeiro passo dado ao ana-lisarmos qualquer futuro negócio é prognosticar como determinado negócio faz ou pretende gerar re-ceitas. Estimar a demanda, ou ta-manho do mercado, é o primeiro desafio. O tamanho de um merca-do é definido como o conjunto de potenciais compradores atuais e futuros de um produto ou serviço.
Dirigente Lojista - 31
D E M A N D A
Demanda significa busca, interesse por um produto ou por um serviço por parte de um segmento do mercado. Parece simples, mas antes, é importante definir outras duas palavras:
Necessidade é uma força que surge para atender a uma exigência orgânica, vital para o organismo, seja de uma pessoa, de um conjunto de pessoas, de uma empresa, de uma sociedade ou de um país. De acordo Maslow todos nós temos necessidades, e nós só nos esforçamos para atender a uma necessidade quando a anterior, mais importante, já estiver atendida. A “ordem de importância” das necessidades segundo Maslow é: fisiológicas (comer, ter calor, ir ao banheiro); sentir-se seguro (de forma física e emocional); de nos socializar (principalmente ao nos sentirmos parte de um grupo, seja família ou de amigos, até mesmo de trabalho); ter afeto (sentir-se amado); e, por último, o autodesenvolvimento (que implica em conquistas intelectuais).
Desejos não são uma exigência orgânica, e sim uma exigência psicológica em que os determinantes são principalmente culturais. Poderíamos dizer que um desejo é uma necessidade cultural. Por exemplo, eu posso estar “necessitando” de um automóvel, e “desejando” uma Ferrari. Desejos e necessidades não são, portanto, excludentes, mas é necessária uma boa dose de consciência e maturidade para entender a diferença.
E finalmente chegamos à demanda novamente. Trata-se de uma relação adequada entre o binômio “necessidades e desejos” e a condição financeira para satisfazê-lo. Em outras palavras, de nada me adianta necessitar ou desejar se eu não tiver o dinheiro necessário e suficiente para atender à necessidade ou ao desejo. Eu necessito de um carro, desejo uma Ferrari, mas “demando” um Fusca básico. Boa parte das compras é realizada hoje com base nos desejos do indivíduo, entender isso pode ajudar a despertar o desejo de compra no cliente. O cliente quer estar encantado com o produto e, depois de suas necessidades atendidas, ele busca atender seus caprichos. Se o produto atende as necessidades do cliente, há um tipo de demanda, se atende os desejos, deve ser trabalhado como tal
Roberto Garcia de OliveiraConsultor e Empresário com atuação
em diversos segmentos como hotelaria,consultoria empresarial,
setor moveleiro e de investimentos
necessidadee desejo.
32 - Dirigente Lojista
Dirigente Lojista - 33
34 - Dirigente Lojista
[email protected] (61) 3213.2000 - Linha Direta Assinaturas
Dirigente Lojista - 35
C A PA
Perspectivas para 2013
“Os motivos da reversão das expectativas do PIB em 2012 deveram-se a divulgação preliminar do produto interno bruto do 3º trimestre que
registrou um crescimento de 0,6% quando comparado ao 2º trimestre de 2012. No resultado acumulado do ano até o mês de setembroapresentou aumento de 0,7%, em relação a igual período do ano
anterior”, comenta Erivaldo Vieira, professor de economia da FECAP.
“Os motivos da reversão das expectativas do PIB em 2012 deveram-se a divulgação preliminar do produto interno bruto do 3º trimestre que
registrou um crescimento de 0,6% quando comparado ao 2º trimestre de 2012. No resultado acumulado do ano até o mês de setembroapresentou aumento de 0,7%, em relação a igual período do ano
anterior”, comenta Erivaldo Vieira, professor de economia da FECAP.
36 - Dirigente Lojista
t
C A PA
A relação econômica do país funciona assim: Quando há pouco investimento, o crescimento é baixo, deixamos de criar empregos e o resultado da indústria acaba por influenciar o de todos os outros setores da economia, inclusive do comércio.
Portanto a solução é aumentar o investimento e facilitar a circulação de mercadorias dentro e fora do país. Conversamos com especialistas em economia para entendermos como está o cenário econômico nacional e saber o que podemos esperar para este ano que acaba de começar.
Panorama Mundial2012 trouxe turbulências na economia do mundo todo, mas
o Brasil se manteve relativamente bem diante do panorama mundial. A crise da União Européia ainda deve se arrastar por um longo período, os EUA se recuperam de forma lenta e o crescimento da China está desacelerando. Enquanto isso o Banco Central mantém uma grande reserva de dólares, que tornará possível que o país suporte eventuais crises cambiais. “Além do contexto internacional, a ausência de reformas estruturais, investimentos e de ações efetivas para ampliar a competitividade doméstica explicam esse resultado tão abaixo do esperado”, afirma a economista Cristina Helena P. de Mello, professora de economia da PUC-SP e ESPM. “Para 2013 devemos enfrentar um redesenho tributário e ampliar investimentos produtivos para obter resultados melhores”, conclui.
No início do ano passado o crescimento do PIB estava previsto em 4%, porémo baixo investimento da indústria acabou por segurar o crescimento brasileiro em 1%. Novamente o governo aposta em um crescimento de 3,9%, aproximadamente, e muda as estratégias para alcançar este resultado.
Alguns especialistas estão mais otimistas que outros, mas de modo geral o cenário econômico do país continua positivo, estamos equilibrados e continuamos crescendo, ainda que em um ritmo mais modesto.
“A reação esperada pelo mercado no terceiro trimestre não ocorreu, frustrando as expectativas de que o crescimen-to econômico ficasse entre 1,5% e 2,0% em 2012. Os novos resultados apontam para um crescimento inferior a 1% para o fim do ano passado, uma taxa quase 2 pontos percentuais abaixo da registrada em 2011 e 4 pontos percentuais inferior aquela que se projetava para 2012 ao final do ano anterior”, pontua Carlos Eduardo Oliveira Junior, Assessor Econômico da Confederação Nacional de Serviços. “Em larga medida, as economias mundial e brasileira se comportaram dentro do que se esperava para o ano de 2012”, ressalta. “Houve, como o esperado, um crescimento moderado nos Estados Unidos (2,2%) e na Zona do Euro (-0,4%), com recuperação da economia japonesa (2,2%). No Brasil, continuou o cresci-mento do consumo, sustentado pela expansão do emprego e da renda”, comenta. “A boa notícia, contudo, é o com-portamento da intenção de investir, observada a partir do volume de recursos em consulta no BNDES. Para o setor de serviços, esse indicador cresceu 24% em 2012, com proje-tos em consulta no valor de R$ 47 bilhões. Isso indica que, o investimento em serviços pode voltar aos patamares de 2011”, conclui animado.
Dirigente Lojista - 37
t
C A PA
O Varejo e a questão dos tributosA preocupação com a tributação
é evidente. Em 2012, o governo Dil-ma, com o objetivo de responder aos desafios que a conjuntura mun-dial apresenta, reduziu substan-cialmente a taxa básica de juros e houve um direcionamento da taxa cambial. Ainda foram feitas inter-venções na economia um tanto ou-sadas: como a redução das taxas de empréstimos bancários, dos impos-tos em alguns setores, no preço da energia elétrica e dos combustíveis. Tudo isso deve repercutir na econo-mia brasileira no médio prazo. Faci-litando o investimento, a economia deve crescer, esse é o objetivo final.
A especialista defende, porém, que a redução da taxa básica de ju-ros, apesar de expressiva, teve pou-co impacto de redução nos juros co-brados pelo varejo até o momento. A pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Ane-fac) mostra que em dezembro de 2011, os juros do comércio eram 5,36% ao mês ou 87,12% ao ano. “Os dados de dezembro de 2012 ainda não foram publicados, mas esta pesquisa mostra que os juros do comércio caíram para 4,3% ao mês ou 65,73 % ao ano”, comenta Mello. “Portanto, os juros continu-am muito elevados. Aparentemente a redução do IPI, teve impacto mais significativo”, conclui.
Ela acredita que para o país crescer de vez, tanto com relação ao investimento na indústria quan-to em serviços e comércio, a solu-ção está numa reforma tributária eficaz, assim o comerciante teria preços mais competitivos - quando se tratar da redução de impostos indiretos - e maior volume de ven-das, pois a redução de impostos diretos eleva a renda disponível para outros gastos. Mello afirma que se o país tivesse melhor infra-estrutura, redução da burocracia e melhoria nos serviços públicos, os empresários teriam muito mais re-cursos para investir nos negócios, ampliar, modernizar e contratar. O Brasil é uma das maiores demo-cracias do planeta, e mudanças significativas no cenário econômi-co democrático costumam ser len-tas, dependem de conscientização da população e negociação entre os diversos atores da sociedade.
“O varejo atendeu às expectativas”, conta Mello. “Porém, chama a atenção as grandes diferenças regionais”, ressalta. “O crescimento do varejo se distribuiu heterogeneamente entre Estados e Municípios em função de crescimento também heterogêneo da renda”, comenta.
38 - Dirigente Lojista
C A PA
Como vai ficar o PIB?“Com a elevação da
base de consumo com uma quantidade maior
de consumidores no mercado o lojista
deve procurar investir, observando o seu
nicho de mercado e o reflexo dos eventos
que o Brasil se prepara para receber, como
a Copa do Mundo, as Olimpíadas e a Jornada Mundial da Juventude, com a visita do Papa”,
afirma Oliveira.
Para 2013, a projeção do Banco Central em relação ao PIB oscilou de 3,96% para 3,94%, ou seja, próximo do que se esperava para 2012, 4%. Vieira coloca que as “expectativas de crescimento da indústria é de 6% em 2013 - atrelada a materiali-zação dos incentivos oferecidos pelo governo ao setor industrial e a ma-nutenção do crescimento da deman-da por bens de consumo em 3,5%”. Como a intenção de investir está alta novamente, as expectativas são oti-mistas. “Para chegar nestes núme-ros o BC baseia-se em indicadores, como crescimento econômico, em-prego, cambio, índices de inflação, Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), investimentos, exportações e impor-tações, além de aumento de renda”, explica Oliveira. Para ele, o lojista deve buscar uma equalização, pes-quisando bastante para reduzir os custos, investir em divulgação dos seus produtos, e, caso precise fazer financiamentos, procurar juros baixo.
Oliveira explica que o forte ritmo nos últimos anos na geração de em-prego proporcionou uma elevação na renda e consequentemente no consumo, no último ano ela ficou estagnada em alguns setores. “Os lojistas de pequeno e médio porte foram os grandes beneficiados desta elevação do consumo, porém, quan-do as vendas ficam estagnadas os lojistas devem adequar os custos à nova realidade procurando alterna-tivas mais baratas para atender as suas necessidades”, explica.
No inicio do ano com a elevação do salário mínimo deve-se injetar mais 32,7 bilhões de reais na eco-nomia nacional.
Dirigente Lojista - 39
C A PA
O Brasil e o mundoCom relação ao Investimento Es-
trangeiro Direto (IED) no Brasil, deve sofrer uma redução em 2013, pas-sou de US$ 60 bilhões para US$ 59 bilhões, de acordo com Oliveira. “O IED menor implica em retração nos investimentos na indústria, comércio e serviço, levando a um menor cres-cimento da economia de um modo geral”, comenta Oliveira. Porém te-mos assistido a um grande investi-mento interno com os preparos para a Copa e Olimpíadas, o que pode equilibrar este quadro.
Para o déficit em transações cor-rentes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), houve ajuste na projeção de US$ 54,6 bilhões para US$ 54 bilhões, este ano.
Para 2013, a estimativa é de US$ 65 bilhões. De modo geral entende--se que o Brasil deve exportar mais neste ano, bem como assistir a uma elevação de transferência de dividendos e recursos ao exterior. Quando trabalhamos com muitos produtos importados, eles vêm para a economia brasileira para concorrer
com produtos nacionais, e conse-quentemente reduz os seus valores, força a indústria nacional a criar so-luções mais competitivas.
Para o produtor nacional, a im-portação não é um bom negócio, o varejo de uma maneira geral en-xerga essa concorrência de maneira positiva.
Investimentos internos
Aumentaram as taxas de importação para encarecer os produtos estrangeiros e assim motivar a compra de produtos
nacionais, o que seria bom para a indústria brasileira, mas Vieira acredita que os resulta-dos dessa ação governamen-tal deve ficar para o primeiro
trimestre de 2013.
“
“Quando percebem um cenário de crise e incertezas econômicas, é comum as empresas adiarem os investimentos que pretendem fazer para esperar um cenário mais favorável economicamente. Muitas vezes é isso que segura o crescimento econômico. É neces-sário sermos cautelosos, mas não podemos parar. “Os investimen-tos privados têm contrariados os diversos estímulos e incentivos proporcionados pelo governo nos últimos meses”, conta Vieira.
40 - Dirigente Lojista
C A PA
Como está a dívida pública interna?De acordo com o BC, a estimativa
para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB foi mantida em 35,2%, este ano, e em 34%, em 2013. “O conceito de dívida pública está relacionado com o conceito de déficit orçamental. Aliás, é em parte devido às diferenças orçamentais que a dívida pública existe”, explica Oliveira. “Imaginemos o caso de um Estado que, num determinado ano, gasta 140 unidades monetárias, mas recebe apenas 100 unidades em impostos. Feitas as contas no final do exercício, há um déficit de 40 unidades que alguém terá que pagar”, exemplifica. O economista conta que não é ruim que o Estado tenha dívidas. “O crédito é uma fonte de crescimento econômico se for gerido com prudência”, enfatiza.
Crédito e InadimplênciaCom o incentivo e barateamento
do crédito, o consumo de bens du-ráveis das famílias tem aumentado. Isso contribui para seu bem-estar e ajuda a manter o bom nível de em-prego. Porém é importante ficarmos atentos para evitar o endividamen-to em excesso – o que pode gerar inadimplência alta. Erivaldo lembra que a Pesquisa Nacional de Endivi-damento e Inadimplência do Con-sumidor e a Serasa indicam uma estabilização nos níveis de endivi-damento e inadimplência, porém as perspectivas são de melhoras.
“Isso porque o mercado de trabalho está com taxas de desemprego
historicamente baixas, os ganhos salariais estão acima da inflação,
por causa das perspectivas de manutenção da taxa básica de
juros, expectativas de aceleração do crescimento econômico doméstico e mercado financeiro com menor
volatilidade devido a estabilização das expectativas em
relação ao Euro”, conclui Vieira
Confira na página 42
a entrevista completa
com o assessor
econômico da
Confederação
Nacional de Serviços,
Carlos Eduardo Oliveira Jr.
“
Cristina HelenaProfessora de Economia
da PUC-SP e ESPM
Erivaldo VieiraProfessor de Economia da FECAP
Dirigente Lojista - 41
42 - Dirigente Lojista
C A PA
Dirigente Lojista - As expectativas de crescimento do PIB em 2012 eram elevadas no inicio do ano, por volta de 4%, no fim do ano fechamos com uma projeção de 1,5%? Porque houve uma redução tão grande? O que é preciso fazer para que 2013 tenha resultados melhores?
Carlos Eduardo Oliveira Jr. - O resultado do PIB brasileiro foi cercado de decepção. A reação esperada pelo mercado no terceiro trimestre não ocorreu, frustrando as expectativas de que o crescimento econômico ficasse entre 1,5% e 2,0% em 2012. Os novos resultados apontam para um crescimento inferior a 1% este ano, uma taxa quase 2 pontos percentuais abaixo da registrada em 2011 e 4 pontos percentuais inferior aquela que se projetava para 2012 ao final do ano passado. Em larga medida, as economias mundial e brasileira se comportaram dentro do que se esperava para o ano de 2012. Houve, como o esperado, um crescimento moderado nos Estados Unidos (2,2%) e na Zona do Euro (-0,4%), com recuperação da economia japonesa (2,2%). No Brasil, continuou o crescimento do consumo, sustentado pela expansão do emprego e da renda, houve queda da taxa de juros e várias medidas de incentivo foram implantadas (desoneração da folha e desoneração de IPI, por exemplo). Isso indica que fatos novos, e de certa forma inusitados, levaram a economia brasileira à estagnação. A boa notícia, contudo, é o comportamento da intenção de investir, observada a partir do volume de recursos em consulta
no BNDES. Para o setor de serviços, esse indicador cresceu 24% em 2012, com projetos em consulta no valor de R$ 47 bilhões. Isso indica que, o investimento em serviços pode voltar aos patamares de 2011.
DL - E quanto ao desempenho do setor varejo, atendeu as expectativas para 2012?
Carlos Jr. - Mesmo com a elevação e incentivo ao consumo com 2,8%, e a redução dos juros, o comercio cresceu baixo cerca de 1% no período de 1 ano. A construção civil e os serviços contribuíram positivamente para o crescimento econômico. A construção cresceu 2% em termos reais até o terceiro trimestre deste ano e os serviços privados não financeiros, que incluem todas atividades de prestação serviços exceto comércio, serviço público e bancos, observaram expansão de 1,3%.
DL - Para 2013, a projeção do Banco Central oscilou de 3,96% para 3,94%. Os dados constam do boletim Focus, divulgado semanalmente pelo BC. Como é feita essa projeção e o que ela indica? Com base nessa informação, o que o lojista pode fazer para ter bons resultados?
Carlos Jr. - A projeção é baseada em indicadores, como: Crescimento Economico, Emprego, Cambio, índices de inflação, TJLP, Investimentos, Exportações e Importações. Aumento de Renda. O Lojista deve buscar sempre uma equalização buscado redução dos custos, divulgar os produtos, pesquisar fornecedores, financiamentos com juros baixo, são exemplos de obter bons negócios.
DL – É um bom momento para o lojista contratar, expandir a loja, investir numa reforma por exemplo, ou é um momento para poupar?
Carlos Jr. - Com a elevação da base de consumo com uma quantidade maior de consumidores no mercado o lojista deve procurar, sempre observando o mercado em que atua e seus nichos, além dos grandes eventos que irão ocorrer no pais como Copa do Mundo e Olimpiadas, Visita do Papa, temos que estar preparado para atender esta grande fatia da população por isso é importante investir.
DL – Qual o impacto que a desaceleração do crescimento pode ter no comércio?
Carlos Jr. - Sempre tem um impacto negativo, com redução de investimento por parte do setor, menor contratação de mão-de-obra, redução na lucratividade e expansão do número de lojas.
DL – Ouvimos falar que o setor mais afetado é a indústria, qual o grande problema que a indústria enfrenta hoje para crescer e como isso pode afetar também o setor varejista?
Carlos Jr. - A indústria é a grande decepção do PIB. A indústria de transformação acumulou queda de 3,2% do valor adicionado real até o terceiro trimestre de 2012. Em termos nominais, a queda do valor adicionado foi ainda maior: de 7,1%, indicando deflação de 3,9% no valor adicionado do setor. Uma implicação imediata do baixo crescimento econômico e da crise
Dirigente Lojista - 43
C A PA
na indústria foi a contaminação dos setores de serviços e comércio. O comércio fechou o terceiro trimestre com crescimento acumulado no ano de apenas 1% e o setor de transportes ficou estagnado em relação a 2011. O segmento de outros serviços, que inclui os serviços prestados às empresas, cresceu apenas 1,1%, comprometendo a expansão global dos serviços privados não financeiros. A previsão de crescimento de 1,6 (%)
DL - Outra questão muito comentada nos últimos anos é o dinamismo do mercado, devido ao aumento da oferta de empregos, pela expansão da massa salarial e políticas públicas. Como foi em 2012 e como deve ser neste ano?
Carlos Jr. - O forte ritmo nos últimos anos na geração de emprego proporcionou uma elevação na renda e consequentemente no consumo, no último ano ela ficou estagnada. Os lojistas de pequeno e médio porte foram os grandes beneficiados desta elevação do consumo, com aumento das vendas de modo geral, quando as vendas ficam estagnadas os lojistas devem adequar seus custos à nova realidade até que o mercado torne-se mais dinâmico, mas com as medidas tomadas no mundo todo para recuperar a economia e mesmo os eventos que o país sediará, as perspectivas são positivas. A previsão de crescimento do comércio é de 2,5%.
DL – De acordo com o BC, a estimativa para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB foi mantida em 35,2%, este
ano, e em 34%, em 2013. O que isso significa na prática? Como o comerciante deve interpretar essa informação para gerir melhor o seu negócio
Carlos Jr. - O conceito de dívida pública está relacionado com o conceito de défice orçamental. Aliás, é em parte devido aos déficits orçamentais que existe dívida pública.Imaginemos o caso de um Estado que, num determinado ano, gasta 140 unidades monetárias, mas recebe apenas 100 unidades em impostos. Feitas as contas no final do exercício, há um déficit de 40 unidades que alguém terá que pagar. Não é necessariamente mau que o Estado tenha dívidas. O crédito é uma fonte de crescimento econômico se for gerido com prudência.
DL – Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), houve ajuste na projeção de US$ 54,6 bilhões para US$ 54 bilhões, este ano. Para 2013, a estimativa é de US$ 65 bilhões. Como essa informação deve ser interpretada pela classe comerciaria, o que é importante saber a respeito? A redução do déficit de compra e venda do país com o exterior traz benefícios ou prejudica o crescimento interno do varejo?
Carlos Jr. - Significa aumento das importações em relação as importações, bem como elevação de transferência de dividendos e recursos ao exterior. Para o lojista
depende. Os produtos importados vêm para concorrer com produtos nacionais, consequentemente reduzindo os seus valores, para o produtor nacional a importação não e um bom negócio, o varejo de uma maneira geral enxerga essa concorrência de maneira positiva. Para o país, consumir produtos nacionais contribuirá para a recuperação da indústria brasileira.
DL – Houve também uma projeção de redução do Investimento Estrangeiro Direto (IED) no Brasil, este ano de US$ 60 bilhões e, para 2013, passou de US$ 60 bilhões para US$ 59 bilhões. Pode comentar esta questão?
Carlos Jr. - O IED menor significa redução nos investimentos pelos agentes externos. A Implicação é retração nos investimentos na indústria, comércio e serviço, levando a um menor crescimento da economia
Carlos Eduardo Oliveira Jr,Assessor Econômico da Confederação
Nacional de Serviços.
44 - Dirigente Lojista36 l dirigente Lojista l dezembro 2011 dirigente Lojista l dezembro 2011 l 37
Dirigente Lojista - 45dirigente Lojista l dezembro 2011 l 37
46 - Dirigente Lojista
N O VA L E I
Em 10 de dezembro de 2012 a presidenta Dilma Rousseff sancionou uma nova lei que determina a inclusão dos valores aproximados que correspondem a sete tributos federais, estaduais e municipais nas notas fiscais entregues na compra dos produtos
A criação desta lei foi uma iniciativa popular e a ideia geral é que a população brasileira, ao ter
uma noção melhor do quanto se paga de imposto, ficará mais ciente de seus direitos e terá melho-res condições de cobrar um posicionamento claro do governo sobre como esse dinheiro deverá ser aplicado. Para o Instituto Brasileiro de Defesa ao Consumidor (IDEC).
Os “7” tributos
“consumidor mais informado sobre os tributos pagos em cada aquisição consegue exigir mais seus direitos e planejar seu orçamento com responsabilidade” informa a assessoria.
Dirigente Lojista - 47
N O VA L E I
A lei determina que os tributos incidentes sobre um produto ou serviço que influenciam na formação do preço final devem ser informados ao consumidor separadamente da informação do preço. Isso significa que o consumidor saberá o quanto paga pelo produto ou serviço e quanto de imposto incide sobre essa aquisição.
A ideia é boa, e já foi aprovada no país. Agora o comerciante tem até junho de 2013 para se adequar às novas condições que a lei exigirá quando entrar em vigor. Cabe ao lojista informar por meio das notas dos produtos comprados o valor referente a cada um destes impostos. No caso de serviços, pode-se utilizar tabelas fixadas nas paredes do estabelecimento para identificar a relação de valores, de modo que os clientes tenham acesso à informação.
Funcionária do Procon orienta lojista
“A lei é ótima para o consumidor, porque concretiza a informação a que ele tem direito e que é prevista no CDC, bem como atende ao princípio da transparência nas relações de consumo e naquelas com o próprio Estado, já que o consumidor possui o direito de saber qual o impacto tributário da aquisição de qualquer produto ou serviço no seu orçamento. Um consumidor e cidadão melhor informado, exige muito mais os seus direitos tanto diante do comerciante quanto do Estado, bem como planeja adequadamente o seu orçamento” conclui a advogada.
Assim que a lei entrar em vigor,
quem não cumprir as exigências
poderá ser enquadrado no
Código de Defesa do Consumidor
(Lei 8.078/90), que prevê sanções
como multa, suspensão da
atividade e até a cassação da licença de funcionamento. Melhor começar a informar-se desde já, tirar todas as
dúvidas antes que seja obrigatório, assim você evita
dor de cabeça desnecessárias.
Alerta:
48 - Dirigente Lojista
Quais são os 7 tributos?
Como devo informá-los nas notas fiscais? Afinal, o que foi vetado e por quê?
O que a CNDL acha da nova lei?
O superintendente da CNDL explica que “A Presi-dente Dilma retirou da lista o Imposto de Renda e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido com o veto porque os dois só são contabilizados ao final do exer-cício financeiro, o que dificulta a apresentação de seus valores corretos no decorrer do ano”, conta. “Outro veto diz respeito aos tributos que estão sendo questionados na Justiça e que não vão constar nas notas como esta-va previsto na proposta original”, complementa. O fato é que se a ideia é dar informações para o cliente ter consciência de quanto está pagando, não adianta colo-car um valor sem ter certeza de que está correto, pois poderá criar problemas de interpretação e, ao contrário do que se quer, acabar desinformando.
“A CNDL é favorável a Lei”, comenta o superinten-dente. “Contudo nos preocupa a oneração aos empre-sários, em especial aos micro e pequenos que terão que se adaptar a esta norma com a necessidade de investimento para adequar seu sistema”, diz. André Pellizzaro conclui lembrando que na verdade o que precisamos é de uma reforma tributária que reduza a carga e não simplesmente uma lei que mostre o que estamos pagando, mas este pode ser um começo, assim comerciante e consumidor terão mais uma ferra-menta para saber o que exigir dos governantes. Basta que saibamos usar a informação da forma correta e exerçamos nossa cidadania.
Tem valor mínimo de produto ou serviço para a aplicação da lei?
O que mais deve ser informado?
Os tributos que devem ser identificados são: Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), PIS/Pasep, Cofins, Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto sobre Serviços (ISS).
Essas informações deverão ser dispostas nas notas em forma de percentual ou em valores monetários, além de poder constar em painel afixado em local vi-sível ao consumidor ou por qualquer outro meio ele-trônico ou impresso (quando se tratar de um serviço).
Não há valor mínimo. Todos os serviços e produtos que tenham incidência dos tributos incluídos nesta lei devem ter a identificação dos valores aproximados nas notas.
1 - A lei estabelece que a nota fiscal deverá conter também o valor da contribuição previdenciária dos empregados e dos empregadores sempre que o pagamento dos salários for constituído de custo direto do serviço ou produto fornecido ao consumidor.
2 – “No caso de produtos importados deverão ainda constar os valores dos impostos relativos à importação”, explica André Luiz Pellizzaro, superintendente da CNDL.
3 – No caso de produtos fabricados com matéria--prima importada que represente mais de 20% do preço de venda, os valores referentes ao Imposto de Importa ão, ao PIS/Pasep e ao Cofins incidentes Funcionária do Procon orienta lojista
Não seja pego de surpresa, entenda os detalhes da lei
N O VA L E I
Dirigente Lojista - 49
Pode falar um pouco sobre o que é essa nova lei? Consultando algumas matérias a respeito, verifiquei que a lei nasceu de uma iniciativa popular, pode comentar um pouco sobre isso?
Sim, a Lei n. 1472/07, que obriga a publicação nas notas fiscais dos tributos pagos na compra de produtos e serviços veio de uma iniciativa popular e tem vigência a partir de junho de 2013.
N O VA L E I
Qual a posição da CNDL sobre a nova lei?
A CNDL é favorável a Lei, contudo nos preocupa a oneração aos empresários, em especial aos micro e pequenos que terão que se adaptar a esta norma com a necessidade de investimento para adequar seu sistema. O que precisamos é de uma reforma tributária que reduza a carga e não simplesmente uma lei que mostre o que estamos pagando
Confira entrevista completacom André Pellizzaro, assessor jurídico da CNDL
Por que é importante identificar os valores por tributo?
Para dar mais transparência no ato da compra informando o contribuinte/consumidor sobre a carga tributária incidente nas mercadorias.
Como o lojista e o consumidor podem se beneficiar com essa informação? Há lados positivos e negativos?
O consumidor no ato da compra estará sabendo o valor aproximado dos tributos incidentes, sendo: ICMS; ISS; IPI; IOF; PIS; Pasep; Cofins e Cide e no caso de produtos importados deverão ainda constar da nota os impostos relativos à importação.
Como o lojista terá que se adequar às novas exigências, o que terá que ser feito?
Sim, através do sistema que emite o documento fiscal ou através de meio eletrônico ou impresso, ou de tabelas fixadas no seu estabelecimento.
Essa lei se aplica a todos os produtos e serviços? Tem um valor mínimo? Quais os tributos que devem ser informados e de que forma?
Sim, todo produto e serviço que tenha a incidência dos tributos determinado pela Lei.
Porque alguns tributos foram vetados de serem identificados de acordo com essa lei?
A Presidente Dilma com o veto retirou da lista o Imposto de Renda e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido, porque os dois só são contabilizados ao final do exercício financeiro, o que dificulta a apresentação de seus valores corretos no decorrer do ano. Outro veto diz respeito aos tributos que estão sendo questionados na Justiça e que não vão constar nas notas como estava previsto na proposta original.
50 - Dirigente Lojista
M U L H E R E M P R E E N D E D O R A
Carinhoe coragem na gestão feminina!
O mundo inteiro tem assistido a emancipação feminina, sendo próximo
o número de mulheres empreendedoras em
relação aos homens. A consultora do Sebrae de
Maringá, Vânia Paula Claus, ressalta “há dez anos as mulheres representavam 22% do número total de
empreendedores no Brasil, hoje somos 49%”.
Dirigente Lojista - 51
M U L H E R E M P R E E N D E D O R A
L onge de serem con-sideradas o sexo
frágil, atualmente elas têm cada vez mais iniciativa
e Vânia Paula Claus não fica atrás. Hoje ela é consultora do
Sebrae de Maringá e foi a ideali-
zadora do evento “Inovação para mulheres empresárias”, que reuniu
120 mulheres no dia 10 de dezembro.“Decidi promover esse evento
porque percebi que nos últimos anos a atuação feminina nos negó-cios está crescendo num ritmo ace-lerado e que, além disso, essas mu-lheres são um público interessado, são guerreiras, estão cada vez mais buscando aprimorar seus trabalhos e isso é bom para ela, para os fami-liares, para os clientes e a economia como um todo. Elas estão sempre em busca de consultoria, informa-ções, treinamentos e novidades. A mulher está despertando seu inte-resse para o desenvolvimento do negócio de forma profissional e não mais informal como antigamente”, completa Vânia Claus.
“As mulheres estão avançando porque o perfil das famílias e da economia tem mudado. Atualmente, elas têm a necessidade de se sustentar e de ter uma participação profissional que as satisfaçam”, explicou Suzie Kaetsu, professora de marketing da UEM, que participou do ciclo de palestras do evento.
Ela lembra que a mulher sem-pre procurou desenvolver uma ati-vidade para complementar a ren-da, seja fazendo um crochê, doces para vender ou outras atividades que pudesse desenvolver em casa, mas entende a iniciativa do gover-no de criar a opção de microem-presa individual foi um marco para o desenvolvimento econômico do país e, mais especificamente, do crescimento no empreendedoris-mo feminino.
“A mulher é cautelosa, pesquisa bastante antes de abrir o negócio e isso faz com que tenham uma longevidade maior. O fato de o governo ter aberto a possibilidade de tornar-se empreendedor indi-vidual facilitou a inserção dessas mulheres no empreendedorismo, diminuiu a burocracia e redu-ziu os custos. Tudo isso fez com que mais mulheres oficializassem negócios que já desenvolviam e criassem novos”, conta Claus
Foto: Evento Sebrae - Inovação e gestão feminina.
52 - Dirigente Lojista
M U L H E R E M P R E E N D E D O R A
Isso traz outras consequências, pois,com a formalização,cria-se a possibilidade dea empresária ter uma conta como pessoa jurídica, onde ela pode ter acesso à crédito de forma acessível, aplicar outras formas de pagamento no seu estabelecimento, como por meio de máquina de débito e crédito, o que facilita para o cliente. Além de sair da informalidade, poder contratar por CLT, emitir nota fiscal e todos os benefícios legais de ter uma empresa. “Essa formalização está vindo junto com a necessidade e interesse dessas mulheres em buscar informação, de se profissionalizar, de implantar inovações na empresa, e essa ação do governo corroborou para que a mulher conseguisse tornar-se cada vez mais ativa no mundo corporativo”, conclui Claus.
Dirigente Lojista - 53
M U L H E R E M P R E E N D E D O R A
A pesquisadora Hilka Machado, professora associada da Universida-de Estadual de Maringá UEM, afir-ma que em vários setores, a mulher já é maioria. “No Brasil, a atuação das mulheres é predominante em confecção, alguns segmentos do turismo, estética e educação, mas ainda é reduzida a participação nos setores agrícola, industrial e metal mecânica”, comenta. “Em geral, o papel das mulheres nos pequenos empreendimentos é cada vez mais significativo, mas é necessário pen-sar em estratégias de crescimento desses negócios”, alerta. Ou seja, foi maravilhoso que estas mulheres conseguiram iniciar suas empresas individuais tornando o negócio for-mal e mesmo abrindo seus estabe-lecimentos de modo legal, porém agora é o momento de elas apren-derem a desenvolver todo seu po-tencial de crescimento. Segundo o ditado, filho criado é trabalho do-brado, mas todo mundo quer mes-mo que ele cresça e se desenvolva, nos negócios não é diferente. Hi-lka mostra ainda que as mulheres têm muita iniciativa para criar um negócio, com grandes chances de crescimento, mas que frequente-mente deixam de desenvolver por medo, sendo este o motivo pelo qual a participação das mulheres em escalões elevados de grandes empresas ainda é reduzido.
Vânia ainda afirma que eventos que integram grupos de empre-sárias são importantes por per-mitir uma troca de experiências, gera o sentimento de pertencer a um grupo social reconhecido, que acaba por aumentar ainda mais o ânimo dessas mulheres.
A mulher não vai para o mer-cado de trabalho ou parte para o empreendedorismo apenas por uma questão financeira, mas também social.
Elas buscam comunicar-se e criar laços, querem ser reconhe-cidas como profissionais capazes e fazem por merecer. “A mulher tem um jeito diferente de fazer a gestão do negócio. Nesse even-to discutimos bastante essas di-ferenças. A mulher costuma ser mais criativa que o homem, é bastante dedicada e, apesar de ter que conciliar os cuidados com a casa e os filhos, ainda é capaz de inovar na gestão empresarial”, diz Claus. “Procuramos estimular essa consciência da capacitação e tivemos resultados positivos. Na semana do evento, a quanti-dade de mulheres em busca de consultorias aumentou conside-ravelmente, não só entre as que compareceram ao evento como também as que souberam da discussão através da mídia local”, conta Claus.
A dona da Pede Gás e Água, de Maringá, Sandra Ruiz, participou do encontro e disse ter gostado do formato do evento, que permitiu um ambiente descontraído e aconchegante para as mulheres. “Considero essa iniciativa muito importante por oportunizar o acesso ao conhecimento, motivar as empresárias e ampliar a rede de contatos. Além disso, nos permite conhecer a experiência de mulheres que conseguem ter sucesso ao serem mães, mulheres e empresárias”, declarou Sandra Ruiz.
“A partir do final dos anos 80 o número de mulheres que
criaram empresas foi crescendo e
isso coincide com a valorização dos
pequenos negócios na economia. Mas, o
crescimento dessas empresas precisa
ser discutido e estimulado.
O cenário econômico
mundial está se reestruturando e atualmente é
possível identificar modelos de
empreendedoras que se destacam social, cultural e
economicamente. Isso é muito
importante para a legitimação de
mulheres no papel de empreendedoras”,
Hilka Machado.
54 - Dirigente Lojista
M U L H E R E M P R E E N D E D O R A
Para não ficar para trás, o melhor é criar coragem e arregaçar as mangas. Machado conta que investir em es-tratégias de crescimento e atualização do comércio, bem como utilizar as redes sociais como canal de comunica-ção, por exemplo, são um diferencial nos dias de hoje, porém, é preciso driblar a falta de tempo com organiza-ção e planejamento.
Claus ressalta que, quando propomos o conceito de inovação nos negócios, não queremos dizer apenas para elas inventarem algo que ninguém propôs ainda, mas muitas vezes trata-se de adaptar ideias de outras em-presas, outros ramos de atuação, para melhorar o seu próprio empreendimento.
A consultora do Sebrae diz que a principal proposta é mostrar para a mulher que a partir do momento em que ela obtém informação, ela aumenta suas capaci-dades de gestão.
“Para as mulheres que ainda tem um pouco de receio na hora de investir, de criar algo novo, eu digo que coloquem suas ideias no papel e procu-rem organizá-las. Em seguida, procurem o Sebrae ou outras instituições que podem tirar suas dúvi-das”, lembra a consultora. “Não fique na dúvida, continue sempre buscando algo novo”, aconselha. “Uma boa dica é sempre ler alguma coisa relaciona-da ao seu setor, ao segmento em que você atua e sobre o mercado de um modo geral. Se você procu-rar ler uma notícia por dia relacionada ao seu nicho de mercado, ao longo de um mês ou um ano vai ter conseguido obter um volume considerável de informações, com isso vai ter mais conhecimento para investir nas estratégias certas”, diz.
“Coisas simples que você pode fazer no dia a dia e que ajudarão a ter boas ideias para aplicar na sua loja”
Dirigente Lojista - 55
M U L H E R E M P R E E N D E D O R A
Valéria Abdo Debien Linhares de Andrade é uma empreendedora mi-neira, dessas corajosas desde cedo. “Acho que já nasci com a vonta-de de ser empreendedora. Desde pequena já tentava vender algu-ma coisa na escola para ter meu próprio dinheiro. Nunca foi fácil ”, lembra. Mas ela não desistiu e continuou no ramo. “Sou filha de imigrante árabe, que tem o comér-cio como base forte, então era só seguir a trilha”, conta. Hoje, com sua família estruturada, cuida com todo ímpeto e dedicação da franquia L’acqua di Fiore que possui. Formada em engenharia civil, chegou a atuar nesta área e também como analista de sistemas, mas conta que sempre sentiu falta de ter seu próprio ne-gócio. Foi então que decidiu voltar às origens, trabalhar com comércio. “Meu objetivo sempre foi crescer mais do que os limites que meus trabalhos me impunham”, conta Valéria.
Esse é o segredo do seu sucesso. Claro que no início enfrentamos al-gumas dificuldades, como o pouco capital para o ponto, a montagem, o estoque, contratação e tudo mais que o negócio exige, mas nada que o tempo, a persistência e a discipli-na financeira não nos permitisse superar. Já faz 23 anos desde que comecei a empreender, passamos por vários planos de governo, in-flação galopante, troca de moedas, crises mundiais e burocracia exces-siva, mas sempre buscando asses-soria junto à CDL de Belo Horizonte e consultores profissionais”, diz Va-léria Andrade.
Maria Clara Vilela é carioca da gema, empresária e mãe dedicada. Hoje mora em Laranjeiras e tem loja em Copacabana – coisa fina! Ela não abre mão de estar próxima da família, cuidar da casa e do marido e de si mesma, curtindo a vida e passeando bastante. Com essa alegria que contagia ela conduz seu negócio satis-fazendo a clientela.Começou trabalhando na loja do marido e, pouco tempo depois, em dezembro de 1994 ela e a cunhada Elizabeth decidiram abrir juntas a loja "Tribo do Som", comércio de instrumentos musicais, sob comando feminino! “A primeira loja foi na rua Sete de Setembro, no Centro do Rio, onde ficamos por oito anos”, conta. “E agora em setembro de 2012 mudamos para a Avenida Nossa Senhora de Copa-cabana, n° 1181”, ressalta orgu-lhosa. Agora, com uma cara nova e nome novo, "Musical Ca-rioca", ela revela: “Nossa ideia era inovar o mercado de instrumentos musi-cais no Rio, com uma loja bonita, confortável e atraente para os nossos clientes. E pelo visto con-seguimos, pois depois que abri-mos nossa loja, as demais da região seguiram a nossa linha”. Para Maria Clara, trazer novidades de forma criativa é a chave para o sucesso. Ousou fazer diferente, e os resultados surgiram.
“Meus objetivos eram me realizar profissionalmente e ter prazer com o que faço”, diz Maria Clara.
56 - Dirigente Lojista
Vânia Paula Claus,consultora do Sebrae de Maringá.
Maria Clara Vilela,empresária.
Valéria Abdo D. L. de Andrade,empresária.
Maria Clara acredita que não é fácil para ninguém, ter um negócio “requer muita determinação para superar desafios, muita garra e um grande desejo de vencer seus próprios limites”, diz. A empresária ainda comenta que vê diferenças básicas entre a condução de um homem e de uma mulher à frente de uma loja, “a mulher empresária é mais detalhista, o que é bom porque ela vai querer inovar, reproduzir na empresa um clima mais humanizado, por considerar a empresa uma grande família e o homem empresário é mais prático, racional e encara a empresa principalmente como um negócio para ganhar dinheiro”, analisa. Valéria ainda completa, “temos mais facilidade de enxergar as oportunidades que a vida oferece, pensamos no que faz sentido para as outras mulheres e aí exploramos a criatividade que nos é natural e vamos em frente, sentindo as reações dos clientes e nos adaptando”.
A lição que podemos tirar do depoimento dessas duas mulheres é que podemos usar da natureza dos nossos gêneros as vantagens que nos são natas e aprender com o outro um modo de complementar a gestão. Que neste ano novo, o homem aprenda a ser mais humano e detalhista e a mulher, um pouco mais prática.
“Um empreendimento, pequeno ou grande, traz consigo muitas responsabilidades. Se você escolheu esse negócio para mudar de vida, então é partir para o trabalho sério, focado e disciplinado”, indica Valéria
M U L H E R E M P R E E N D E D O R A
O prático e a detalhista
Dirigente Lojista - 57
Capturar, fascinar, entreter, convencer, mais do que um espaço de exposição temática ou promocional de produtos, a vitrine é, atualmente, um excelente local para comunicar propósitos e identidade de marca, adotando, assim, uma posição mais estratégica no planejamento de comunicação da marca por meio da loja.
V I T R I N E
Identidade de marcae canal de
comunicação
58 - Dirigente Lojista
V I T R I N E
Uma vitrine é, portanto, uma janela para o
mundo em que as pessoas param
para apreciar e conhecer as propostas que a loja possui, em produtos,
marcas, serviços e diferenciações
Em seu papel ampliado a vitrine configura-se como um meio de comu-nicação e apresenta ao varejista inú-meras possibilidades de venda e de informação. Se por um lado a vitrine pode ser vista como um forte meio de comunicação, a exemplo de um anún-cio em revista ou um comercial de te-levisão, nos quais a principal diferença é que tudo acontece em tempo real, por outro, além de adotar um formato mais direto e promocional de comuni-car, ela pode apresentar inovação tec-nológica, ser interativa, abordar assun-tos atuais, como característica de atrair o consumidor. O importante é lembrar que uma vitrine deve sempre ser do-tada de recursos para atrair, apresen-tando o que a loja tem a oferecer e, a partir disso, incentivar o consumidor a entrar, conhecer e comprar.
Ao entender a influência que uma vitrine exerce no comportamento do consumidor, convencendo-o a iniciar o processo de compra, é fundamental que o varejista planeje a vitrine como canal de comunicação de sua loja. O primeiro passo é estruturar um calen-dário de vitrine que deverá contemplar as mudanças, definindo: datas come-morativas, períodos de lançamento de produtos, parcerias com as marcas de fornecedores, períodos promocionais e datas especiais da própria rede de lojas. Planejar significa que além do calendário é necessário estabelecer a dimensão do investimento em vitrine, desenvolver os projetos tematizados e produzir os materiais que serão im-plantados, efetuar a manutenção e a troca de produtos, gerando no consu-midor a expectativa e surpreendê-lo com o resultado.
No varejo brasileiro temos bons exemplos de uso do espaço de vitrine como forma de atrair o consumidor, como os projetos realizados por marcas internacionais de prestígio, a Louis Vuiton adota sempre uma temática relacionada à sua linha de produtos, trazendo ambientes em forma de instalações e esculturas, unindo moda e arte, outro exemplo é a LOccitane que dá densidade ao seu propósito de marca, criando como enredo da exposição em vitrine, a origem, explorando as embalagens, os lançamentos e os kits de produtos. Já as joalherias desdobram-se para atender a proposição de valor de sua linha de produtos, integrando a linguagem de comunicação impressa com a exposição na vitrine. Outra referência é a Zara - varejo fastfashion de moda, que tem suas vitrines como principal veículo de comunicação.
Dirigente Lojista - 59
V I T R I N E
Os projetos de vitrine da rede são sempre bem elaborados e traduzem a temática de sua coleção à venda na loja, em que além de contemplar os principais lançamentos de suas cole-ções trazem os atributos mais relevan-tes que a moda propõe na estação.
Um tópico à parte é que, no varejo de moda verificamos o uso da vitrine como uma forma de divulgar produtos e novidades, muitas vezes incensados pela velocidade do próprio segmento, mas a vitrine tem sido abordada como canal também por outros segmentos. Um exemplo mais recente é o da loja conceito do Banco do Brasil em Brasí-lia, em toda a fachada se vê vitrines com exposição dos eventos esportivos e dos projetos culturais patrocinados pelo banco, mostrados como produtos em exposição. Já vai longe o tempo em que a principal função da vitri-ne era expor liquidação, promoção e queima de estoque.
Ela mostra o que o consumidor es-pera ver, ao mesmo tempo em que prende sua atenção. No caso da moda, o cliente não quer só a roupa, mas todo o conceito no qual se baseia, quer a combinação certa e, a cima da tudo, sentir-se bela e elegante. Em cada se-tor o consumidor tem um desejo implí-cito, que chamará atenção na vitrine
A vitrine é um espaço propício
para desenvolver narrativas sobre
a marca, os produtos e os consumidores, apresentado o que todos eles
têm em comum, a perspectiva de vivenciar uma
boa estória e ser seu principal protagonista
Heloisa OmineProfessora de Comunicação
In Store do MBA da ESPM-SP.
60 - Dirigente Lojista
H I S T Ó R I A D O C O M É R C I O
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), medido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, indica que
Uberaba saltou da 9ª para a 4ª colocação em Minas Gerais, num período de 10 anos.
A cidade que nasceu para o comércio teve muitas conquistas recentes, e sempre valorizando a memória. No ano passado tiveram a merecida inauguração do Memorial do Comércio, para guardar as lembranças e os aprendizados adquiridos nos momentos que marcaram seu desenvolvimento.
O segmento de comércio e serviços é o responsável por 59,30% da movimentação financeira do município e cerca de um quarto da população economicamente ativa atua no comércio, de acordo com Fúlvio Ferreira, presidente da CDL Uberaba até dezembro último.
Uberaba,Uma das principais cidades do Triângulo Mineiro,
ocupa atualmente o 78° lugar no ranking dos municípios que mais geram riqueza no país
“Posso afirmar com toda a certeza que em toda casa uberabense há pelo menos uma pessoa trabalhando com o comércio, direta ou indiretamente”, diz Ferreira.“
“Vista Aérea do Centro da cidade de Uberaba.Ao centro, a Praça Rui Barbosa (1950).
uma bela de uma cidade!
H I S T Ó R I A D O C O M É R C I O
CENTRO COMERCIAL DE UBERABARUA ARTUR MACHADO - 1966.
ARTHUR MACHADO ALFAIATARIA RICIOPPO.Década de 30.
A origem da cidade está nitidamente relacionada
à atividade comercial.
A região começou a ser povoada ainda no final do século XVIII, com as sesmarias concedidas pela capitania de Goiás, na época do Brasil Colônia. Uma boa parte destas terras foi dada ao Tenente Joaquim da Silva e Oli-veira, irmão do sargento-mor Antô-nio Eustáquio da Silva e Oliveira, que fundou o povoado oficialmente em 1809. “O então sargento Eustáquio escolheu essa região por ser favore-cida pelo sistema fluvial, a cidade é banhada pelas águas do Rio Grande. Havia um grande interesse em colo-
car um entreposto às margens deste rio para abrigar os tropeiros que pas-savam por aqui”, diz Ferreira.
Depois esse mesmo caminho vi-rou a sequência da via Anhanguera, hoje BR50, que faz a ligação entre Santos e Belém, passando pelo mu-nicípio. “A elevação do povoado à freguesia ocorreu em 02 de março de 1820, quando passou a ter um padre nele residindo”, lembra o his-toriador Guido Bilharinho. Tornando--se vila apenas em 1836, e cidade em 1856, já com o nome de Uberaba. O historiador lembra ainda que foi o sargento-mor Oliveira quem mandou construir a primeira casa uberaben-se, onde hoje é a praça Rui Barbosa, um dos principais pontos da cidade.
Ao mesmo tempo em que os latifun-diários foram os primeiros a ocupar as terras e tornar Uberaba um im-portante pólo agropecuário, desde o início traz o comércio como um forte pilar da economia local por sua po-sição geográfica, tendo destaque na comercialização do Sal entre 1830 e 1850 e por ser uma das fornecedoras de suprimentos para a Força Expedi-cionária Brasileira, que invadiu o Pa-raguai pelo norte. Tudo isso dinami-zava a região e fortalecia a atividade comerciária até o século XX, “quando surgiram as estradas de ferro Mojia-na (1896) e Noroeste (1911), e Ube-raba perdeu o posto de principal elo entre o litoral e os estados de Goiás e Mato Grosso”, lembra o historiador.
H I S T Ó R I A D O C O M É R C I O
A história da família do radialista Fuad Miguel Hueb se confunde com a do comércio local há mais de um século. “Meu avô João Miguel veio do Líbano, em 1907, direto para Uberaba, para trabalhar com Mascate, uma forma de vendas de produtos gerais de porta em porta, carregando aquelas malas nas costas. Estabeleceu-se em 1914, quando casou e fundou a sua loja”, lembra o historiador Guido Bilharinho. “Fomos ficando por aqui, de geração em geração”, diz. Ele conta que o comércio da família fornecia mantimentos e produtos de limpeza para a cidade e região e de como as coisas estão mudadas, sempre para melhor.
A região sempre foi um importante local de passagem e, por isso, um ponto estratégico para o comércio. “Com o tempo desenvolveu-se como entreposto comercial entre o litoral e as províncias de Goiás e Mato Grosso, por situar-se na confluên-cia de dois grandes corredores comerciais: Santos - São Paulo – Uberaba – Goiás e Mato Grosso e Rio de Janeiro – São João del Rei – Uberaba – Goiás e Mato Grosso”, detalha Bilharinho. “As fases de prosperidade e estagnação da cidade até o início do século XX estiveram, todas, ligadas ao maior ou menor fluxo comercial ocorrente nesses cor-redores”, conclui. Mesmo que em menor número, Uberaba nunca para de receber e acolher pessoas dos quatro cantos do Brasil.
A inauguração da energia elétrica mobilizou a cidade in-teira e a Câmara Municipal realizou uma quermesse em frente à Matriz, na praça Rui Barbosa. Apesar de aquele dia 31 de dezembro de 1905 estar chuvoso, muita gente prestigiou o momento. Crianças e adultos se deliciavam com doces e amendoins, aproveitavam para conversar e festejavam o momento que marcava o avanço da cidade. Todos aguardavam ansiosos para que as autoridades des-sem início à solenidade.
Ali estavam o bisbo, o vigário, o juiz da Comarca, o dele-gado de polícia, o agente executivo, vereadores e repre-sentantes das câmaras do Prata, Uberabinha e Monte Ale-gre. Todo mundo queria ver o momento em que o Coronel Borges Sampaio acenderia pela primeira vez as luzes da cidade. Após os discursos, o octuagenário coronel fechou a chave da corrente e, instantaneamente, acenderam-se qua-renta e duas lâmpadas de mil velas cada uma, iluminando toda a Rua Municipal.
MARIA FUMAÇA - 1910.
VISTA PARCIAL DE UBERABA 1880.NO ALTO A IGREJA MATRIZ COM DUAS TORRES.
H I S T Ó R I A D O C O M É R C I O
FARMACIA SANTO ANTONIO.1930.
MEMORIAL DO COMÉRCIO FICA NA SEDE DA CDL UBERABA/MG.2012.
Nascida para receber viajantes e turistas, mantém sua tradição no comércio e influência na região, hoje abrigando também estudantes de muitas universidades, particula-res e federais. Por falar em tradição, o comerciante Ivando Laterza, dono de uma loja de construção fundada por seu pai há 55 anos, se anima ao lembrar suas origens. “Meu avô, Miguel Laterza, veio da Itália. Ele era pedreiro, foi o construtor de várias casas de Uberaba. Entre os filhos, alguns foram trabalhar com engenharia e arquitetura, outros foram ajudá-lo nas construções e por ai começamos a trabalhar com esse material. Veio no sangue La-terza”, comenta.
Ele lembra que a loja foi cria-da logo que começou a construção de Brasília, que acelerou e muito o desenvolvimento do interior do Brasil, era construção que não pa-rava mais. “Aqui a gente teve mo-mentos bons e ruins, na época do Getúlio e do Juscelino crescemos muitos, mas quando entrou o Jâ-nio Quadros o país estagnou. Só
depois do plano cruzado o desen-volvimento voltou”, lembra.
Ferreira conta que a cidade pas-sou por alguns anos de letargia na década de 80 e começo dos anos 90, mas ressalta com orgulho os avanços recentes. “Nos últimos oito anos, Uberaba experimen-tou um crescimento muito grande, teve a ampliação de duas univer-sidades federais, recebeu muitas empresas de fora, grandes redes do comércio abriram suas filiais na região e recebemos investi-mentos grandes, especialmente do governo federal”, revela.
“As empresas locais também se potencializaram, não só expan-diram, mas procuraram se espe-cializar nos setores em que atu-am, trazendo um diferencial para o consumidor, o que todo lojista deve buscar”, completa.
“Houve uma mudança gigan-tesca no comércio de quando eu era menino até hoje em dia, assim como nas comunicações e tecno-logias, foi algo notável e extrema-mente rápido”, comenta Ferreira.
A Igreja Dominicana teve a sua construção iniciada em 1899, sendo inaugurada,
em 01 de outubro de1904.
A Igreja Santo Antonio e São Sebastião de Uberaba, começou a ser construída em 1827
e foi inaugurada no ano de 1853.
H I S T Ó R I A D O C O M É R C I O
CERVEJARIA DE RIGOLETO DE MARTINO Década de 40-50 - RUA ARTUR MACHADO.
CASA DO LINHO PURO.
Filho de comerciantes, manteve a tradição e, apesar da formação em direito, não larga o balcão da Opção Jóias, sua joalheria fundada em 1988. “Fui criado dentro de loja e gosto muito. Sempre me identi-fiquei com a atividade comercial, especialmente da área de atendi-mento, a linha de frente”, coloca. “A visão que eu tinha quando aju-dava meus pais na década de 70 e 80 e que o comércio era mais ‘ar-tesanal’, digamos assim, os clientes tinham muito menos informações, comprava o que a loja tinha, ha-via poucas opções, poucas lojas no centro da cidade e poucos ar-mazéns nos bairros”, lembra. Hueb completa dizendo que o que mudou muito também foi a forma de pa-gamento: “antigamente fazíamos o controle dos pagamentos anotan-do na caderneta, e contava com os comprometimento dos clientes que pagavam religiosamente. Hoje nós temos várias formas de pagar, cheques, promissórias, cartões, e temos que tomar cuidado com a inadimplência”, brinca.
MERCADO MUNICIPAL DE UBERABA.Década 1920.
INTERIOR DO MERCADOIMIGRANTES JAPONESES -1956.
H I S T Ó R I A D O C O M É R C I O
CONDUTOR DE GÊNEROS, QUE FAZIA O TRANSPORTE DE SAL EM CARROÇASEM FRENTE À CASA COMERCIAL DE JOSÉ SEVERINO SOARES - 1894.
AGÊNCIA DO BANCO HYPOTHECARIO, ESQUINA DA AVENIDA LEOPOLDINO DE OLIVEIRA COM A RUA ARTUR MACHADO -1930.
O acesso à informação mudou muito o modo de gerir os negócios. “Hoje nossos clientes tem uma ferramen-ta na mão, chamada internet, que está até mesmo no telefone, e estão informados sobre tudo que acontece no mundo, e em relação às mercadorias também. Se diz fiel, mas sabe o preço e até o modus operandis do seu concorrente, o que exige que hoje o lojista seja extremamente competente, para atender todas essas circunstâncias que o mercado vem oferecendo”, con-clui Ferreira. “O cliente hoje sabe o que quer, ele ne-gocia, pechincha e exige qualidade. Você tem que ser competente ou está fora do mercado”, alerta. Nesse ponto Laterza até concorda, “mas a essência continua a mesma. O segredo é abrir a porta todo dia de manhã e fechar à tarde”, diz.
Ferreira conta que a CDL tem contribuído muito para o desenvolvimento do comércio na região e se orgulha de ter feito parte dela desde 1996, quando foi convi-dado por um amigo de seu pai, da loja vizinha, para ser diretor da CDL, na época. “Uma grande conquista que tivemos neste ano foi a criação do Memorial do Comércio e da concessão de uma área 26 mil metros quadrados, onde já começamos a construir um centro de eventos”, ressalta orgulhoso. O comércio não pode parar, e é mantendo esse ânimo que os resultados sur-girão. “Uberaba é acolhedora e oferece um café e um pão de queijo como nenhuma outra”, saliente Ferreira. “Ela cresceu, se desenvolveu, e hoje é uma bela de uma cidade”, finaliza Laterza.RUA ARTHUR MACHADO.
66 - Dirigente Lojista
H I S T Ó R I A D O C O M É R C I O
Lembranças resgatadas
O memorial do comércio de Uberaba nos convida a viajar no tempo. O espaço resgata imagens que retratam a atividade comercial na cidade, os costumes dos comerciantes de décadas passadas, sua indumentária, e até a própria paisagem urbana que hoje já é bem diferente. Os objetos como caixas registradoras de vários tipos nos lembram como a tecnologia avançou rápido. Grande parte do mérito pela fundação do museu é do historiador Guido Bilharinho, mas a iniciativa e o esforço valeram a pena. “Uberaba não tinha um lugar que valorizasse o que os antepassados fizeram no comércio e agora temos. Isso é muito importante para a cidade”, completou Bilharinho. Foi preciso ajuda da classe comerciaria lo-cal, pedir os objetos antigos guardados pelas famílias durante anos e anos para tornar possível a exposição. As famílias contribuíram, e o resultado e a cultura da cidade cada vez mais valorizada.
“Pudemos trazer algumas coisas para cá, como papeleira, computa-dor antigo, calculadora, registradora e a fotografia da nossa loja antiga. É uma emoção muito grande porque faz parte da nossa vida”, contou o ex-comerciante Daniel Fabre que participou da abertura do memorial. Fabre, que dedicou boa parte de sua vida ao comércio e ajudou na cons-trução dessa bela história mostra saudade ao falar do passado.
Radialista,Fuad Miguel Hueb.
Historiador,Guido Bilharinho.
Presidente da CDL Uberaba/MG,Fúlvio Ferreira.
Para quem quiser visitar, o memorial fica na sede da CDL,na Rua Luiz Soares, nº 520, Bairro Vila Olímpica.
Também é possível agendar entrega de doações pelo telefone:(34) 3319-4400
Dirigente Lojista - 68