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SUPLEMENTO GRATUITO DO SEMANÁRIO NACIONAL OPERÁRIO E SOCIALISTA CAUSA OPERÁRIA ANO XI, Nº 133, DE 9 A 15 DE 2016 - DISTRIBUIÇÃO NACIONAL - INTERNET: WWW.PCO.ORG.BR - ENDEREÇO ELETRÔNICO: [email protected] LUTAR SÓ CONTRA O AUMENTO, NÃO. ESTATIZAR O TRANSPORTE! Em nove capitais e alguns municípios o reajuste ultrapassa os 11% N o primeiro dia do ano diversos prefei- tos e governadores anunciam reajuste das tari- fas de transporte. O aumento nas tarifas dos transportes pú- blicos já é uma realidade para diversos moradores de cida- des como Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Aracaju, Boa Vis- ta, etc. Nesses municípios, as passagens ficaram, em média, 11% mais caras. Na capital do Acre, Boa Vista, onde o custo da passa- gem era de 3,40 passou para 4,00, um aumento de 17,65% no momento lidera o ran- king. Na capital de Rondônia, Roraima, a passagem de ôni- bus passou de R$ 2,80 para R$ 3,10, crescimento de 10,74%. Em Aracaju, o preço co- brado pelo transporte rodo- viário passou de R$ 2,70 pa- ra R$ 3,10 em dezembro, um aumento de 14,81%. Floria- nópolis e Rio de Janeiro o rea- justes foi de 12% no acumula- do do ano. No Rio de Janeiro houve também aumento nos trens e barcas. Em Teresina, o Conselho Municipal de Transportes Co- letivos aprovou um aumento de 13% nas passagens de ôni- bus, de R$ 2,50 para R$ 2,80, Em Belo Horizonte, houve reajuste de 8,24%, de R$ 3,40 para R$3,70, a segunda alta nos últimos seis meses. O Mi- nistério Público contesta esse aumento. Pela estatização do transporte Frente a esta ofensiva de- vemos nos mobilizar con- tra os reajustes das tarifas do transporte público. A contes- tação deve ser com a mobili- zação de rua, como ocorreu em 2013. As empresas de ônibus são concessões públicas, ou se- ja, a prefeitura concede o di- reito das empresas prestarem serviços. Porém o que vemos é um enorme confisco sala- rial. O aumento das passa- gens representa um ataque às condições de vida da popu- lação. Enquanto e os empre- sários lucram, a população é obrigada a arcar com os va- lores abusivos do transporte coletivo. É preciso lutar pela estati- zação do transporte coletivo sob o controle das organiza- ções de trabalhadores e usuá- rios para acabar com o lucro dos monopólios do setor e ga- rantir um transporte público que atenda às necessidades da população. www.pco.org.br

Suplemento do Jornal Causa Operária nº133

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Suplemento gratuito do Semanário nacional operário e SocialiSta

CAUSA OPERÁRIAano Xi, nº 133, de 9 a 15 de 2016 - diStribuição nacional - internet: www.pco.org.br - endereço eletrônico: [email protected]

Lutar só contra o aumento, não. estatizar o transporte!em nove capitais e alguns municípios o reajuste ultrapassa os 11%

no primeiro dia do ano diversos prefei-tos e governadores

anunciam reajuste das tari-fas de transporte. O aumento nas tarifas dos transportes pú-blicos já é uma realidade para diversos moradores de cida-des como Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Aracaju, Boa Vis-ta, etc. Nesses municípios, as passagens ficaram, em média, 11% mais caras.

Na capital do Acre, Boa Vista, onde o custo da passa-gem era de 3,40 passou para 4,00, um aumento de 17,65% no momento lidera o  ran-king. Na capital de Rondônia, Roraima, a passagem de ôni-bus passou de R$ 2,80 para R$ 3,10, crescimento de 10,74%.

Em Aracaju, o preço co-brado pelo transporte rodo-

viário passou de R$ 2,70 pa-ra R$ 3,10 em dezembro, um aumento de 14,81%. Floria-nópolis e Rio de Janeiro o rea-justes foi de 12% no acumula-do do ano. No Rio de Janeiro houve também aumento nos trens e barcas.

Em Teresina, o Conselho Municipal de Transportes Co-letivos aprovou um aumento de 13% nas passagens de ôni-bus, de R$ 2,50 para R$ 2,80, Em Belo Horizonte, houve reajuste de 8,24%, de R$ 3,40 para R$3,70, a segunda alta nos últimos seis meses. O Mi-nistério Público contesta esse aumento. 

Pela estatização do transporteFrente a esta ofensiva de-

vemos nos mobilizar con-tra os reajustes das tarifas do transporte público. A contes-

tação deve ser com a mobili-zação de rua, como ocorreu em 2013.

As empresas de ônibus são concessões públicas, ou se-ja, a prefeitura concede o di-reito das empresas prestarem serviços. Porém o que vemos é um enorme confisco sala-rial. O aumento das passa-gens representa um ataque às condições de vida da popu-lação. Enquanto e os empre-sários lucram, a população é obrigada a arcar com os va-lores abusivos do transporte coletivo. 

É preciso lutar pela  estati-zação do transporte coletivo sob o controle das organiza-ções de trabalhadores e usuá-rios para acabar com o lucro dos monopólios do setor e ga-rantir um transporte público que atenda às necessidades da população.

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Leia

causa operÁria

Garanta o

operÁriao golpe é contra o povo e a economia nacional

A direita quer derrubar o governo que foi eleito pela maioria do povo brasileiro.

Mas essa história começou bem antes do pedido  impea-chment  ser admitido na Câ-mara dos Deputados.

O julgamento do Mensa-lão pelo STF e a prisão sem provas de dirigentes do PT e membros do governo foram um primeiro passo no cami-nho do golpe.

Em 2014, antes mesmo do resultado da eleição, os tucanos já falavam em impeachment.

O impeachment é um golpe.Pela Constituição, o impe-

dimento de um presidente se dá como consequência de um determinado ato ilegal.

Aqui acontece o contrário. Lançaram a ideia do  impea-chment  e estão procurando um pretexto para derrubar o governo.

Tentaram de tudo.A Operação Lava Jato, o

TSE , o Tribunal de Contas  e o Congresso   não têm

provas concretas para justifi -car o impeachment.

Mesmo assim, a direita levou à Câmara dos Deputados um pedido de  impeachmentcuja base é uma só: o seu próprio in-teresse de voltar ao poder.

Isto é um golpe de Estado.E quem são os golpistas?Os atos da direita reuniram a

burguesia e parte da classe mé-dia fantasiadas de verde e ama-relo, a grupos de extrema-direi-

ta, saudosistas da ditadura e de-fensores do golpe militar.

Organizações golpistas co-mo o MBL, Vem Pra Rua, Re-voltados Online, são uma fa-chada para os interesses de grandes empresários, do impe-rialismo estrangeiro, da direita neoliberal norte-americana.

Essa direita tem se mos-trado cada vez mais histérica: anti-comunista, anti-demo-crática, racista e anti-povo.

A recente agressão sofri-da pelo cantor Chico Buarque mostrou a cara dos que que-rem derrubar o governo. En-tre os fi lhinhos de papai que o agrediram estavam o neto do banqueiro e estelionatário Mário Garnero, o fi lho de um usineiro condenado por su-perexplorar trabalhadores e fi lho de um latifundiário pro-cessado várias vezes por tra-balho escravo.

E que tipo de governo eles querem?

Vimos nesse ano as tentati-vas dos governadores do PS-DB, no Paraná, em São Paulo e Goiás, de colocar em prática o seu plano de “ajuste”.

Assim como fi zeram os tu-canos Richa, Alckmin e Pe-rillo, um governo da direi-ta golpista vai fechar escolas, privatizar a educação, arro-char salários e demitir pro-fessores e funcionários e re-primir duramente a popula-ção que protestar contra es-sas medidas.

E não vai ser só um “ajuste”.A direita [José Serra] já de-

clarou que pretende tirar o pré-sal do controle da Petro-bras e concluir a privatização da nossa principal estatal, ini-ciada na famigerada era FHC.

A situação do Brasil é a mesma em toda a América Latina e em outros países.

Na Venezuela, tentaram derrubar Chávez em 2002 e desde então o enfrentamento entre a direita e as forças po-pulares tem sido constante.

Em 2008, a direita tentou derrubar Evo Morales, na Bo-lívia.

Em 2009, derrubaram Ma-nuel Zelaya, em Honduras.

Em 2010, um golpe con-tra Rafael Correa foi frustra-do no Equador.

Em 2012, a direita derrubou o governo Fernando Lugo no Paraguai em um processo-re-lâmpago de impeachment

Da mesma forma, a cam-panha da direita contra a ex-presidente Cristina Kirch-ner foi uma constante nos úl-timos anos na Argentina...

Em 2013, os militares der-rubaram o governo naciona-lista moderado da Irmandade Muçulmana no Egito 

A campanha “contra a cor-rupção”, feita por notórios corruptos, é um sintoma cla-ro da preparação do golpe.

Assim aconteceu com Ge-túlio Vargas em 1954 e João Goulart em 1964.

O cartel da imprensa, mo-nopolizado pela direita, vem atuando de maneira ininter-rupta. Já são mais de quatro anos sob uma chuva de de-núncias e acusações contra o governo e de silêncio e cum-plicidade com a roubalheira da direita no passado e ali on-de ela governa hoje.

Por tudo isso, o Partido da Causa Operária se colocou desde o primeiro momento contra a tentativa de golpe de Estado da direita.

Não apoiamos a política do governo do PT

Colocamos acima disso a defesa dos interesses da maio-ria da população, pobre e tra-balhadora, que vai ser a maior prejudicada caso a direita al-cance seus objetivos.

O golpe é contra o povo e a economia nacional.

As forças golpistas não ce-deram nem recuaram. Vão retomar a ofensiva em breve.

É preciso combater o cres-cimento da direita fascista, anti-povo e anti-operária.

Para isso, só há um caminho: sair às ruas, enfrentar a direi-ta e impedir o golpe, como nas grandes e combativas mobiliza-ções de 16 de dezembro.

O PCO convida você jo-vem e trabalhador a fazer parte desta luta.

Venha para o PCO, fortale-ça o Partido da luta contra o golpe, pela Revolução e o So-cialismo.

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supLemento semanaL Do JornaL causa operÁria Ano X, edição semanal • nº 133, 9 a 15 de janeiro de 2016 • tiragem: 100 mil exemplares • distribuição gratuita • editado pela Secretaria Nacional de Agitação e Propaganda do CCN/PCO • Rua Serranos nº 108, Saúde, São Paulo-SP, CEP 04147-030 • fone (11) 9-4999-6537• site: www.pco.org.br

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