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Igreja de Benguela COMO ESTUDAR? José de Jesús Suárez Arellano (Agosto de 2001) Estudar não é só uma ciência, é também uma arte. "Se um homem começa com certezas, terminará com dúvidas, mas se admite começar com dúvidas, terminará com certezas" (Francis Bacon, 1605) FINALIDADE: l Capacitar os aluno/leitor com alguns conhecimentos teóricos e no uso de variados exercícios práticos e técnicas que lhe facilitem o seu labor como estudante e lhe dêem ferramentas para a sua futura formação permanente. PREÂMBULO É verdade que na vida há um tempo de sermos oficialmente estudantes, mas hoje sabemos que o estudo é uma actividade que pode e é recomendada para toda a vida. Sabe-se que a actividade intelectual ajuda a manter jovem o nosso cérebro. Falamos do estudo como aprendizagem de conhecimentos que nos eram alheio e também da sua aplicação à nossa vida e os seus diversos desafios. Existem diversos factores que impedem estudar a muitas pessoas: ambientes hostis, dificuldades económicas, falta de saúde física, problemas interpessoais graves, transtornos afectivos e psicológicos mais ou menos graves, etc. Portanto, é importante prestar atenção aos factores favoráveis ao estudo, tais como: a alimentação, o descanso, o trabalho físico e a ginástica, as condições psico-afectivas, o ambiente do lugar escolhido para estudar, o horário, a posição do corpo ao estudar, por outras palavras à saúde integral (física, psicológica e espiritual). Em fim, a capacidade de, conhecendo todas estas coisas, ter a flexibilidade suficiente para encontrar o próprio estilo e os próprios métodos de estudo. Para muitos estudantes, e não só, estudar tem sido um martírio inútil. Mas, estudar pode ser fácil e até divertido, além de poder dar-nos resultados óptimos. É claro que para quem tem hábitos de estudo e encontra prazer nele! Reparemos numa coisa: o ser humano e a nossa civilização, tal como os conhecemos hoje, é fruto do estudo de muitos homens e muitas mulheres ao longo duma longa história. 1. MEMÓRIA "Uma cabeça sem memória é uma praça sem guarnição" Napoleão Bonaparte "A memória tão injustamente desdenhada, não é uma faculdade inferior. É ela que fornece à inteligência as matérias sobre as quais o espírito labora" Page 1 of 22 COMO ESTUDAR 18/3/2011 http://www.mh2.dds.nl/port/diversos/metest.htm Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now.

tecnicas de sublinhagem

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Igreja de Benguela

COMO ESTUDAR?José de Jesús Suárez Arellano

(Agosto de 2001)

Estudar não é só uma ciência,

é também uma arte.

"Se um homem começa com certezas, terminará com dúvidas,

mas se admite começar com dúvidas, terminará com certezas"

(Francis Bacon, 1605)

FINALIDADE:

l Capacitar os aluno/leitor com alguns conhecimentos teóricos e no uso de variadosexercícios práticos e técnicas que lhe facilitem o seu labor como estudante e lhe dêemferramentas para a sua futura formação permanente.

PREÂMBULO

É verdade que na vida há um tempo de sermos oficialmente estudantes, mas hoje sabemosque o estudo é uma actividade que pode e é recomendada para toda a vida. Sabe-se que aactividade intelectual ajuda a manter jovem o nosso cérebro. Falamos do estudo comoaprendizagem de conhecimentos que nos eram alheio e também da sua aplicação à nossavida e os seus diversos desafios.

Existem diversos factores que impedem estudar a muitas pessoas: ambientes hostis,dificuldades económicas, falta de saúde física, problemas interpessoais graves, transtornosafectivos e psicológicos mais ou menos graves, etc. Portanto, é importante prestar atençãoaos factores favoráveis ao estudo, tais como: a alimentação, o descanso, o trabalho físico ea ginástica, as condições psico-afectivas, o ambiente do lugar escolhido para estudar, ohorário, a posição do corpo ao estudar, por outras palavras à saúde integral (física,psicológica e espiritual). Em fim, a capacidade de, conhecendo todas estas coisas, ter aflexibilidade suficiente para encontrar o próprio estilo e os próprios métodos de estudo.

Para muitos estudantes, e não só, estudar tem sido um martírio inútil. Mas, estudar pode serfácil e até divertido, além de poder dar-nos resultados óptimos. É claro que para quem temhábitos de estudo e encontra prazer nele!

Reparemos numa coisa: o ser humano e a nossa civilização, tal como os conhecemos hoje,é fruto do estudo de muitos homens e muitas mulheres ao longo duma longa história.

1. MEMÓRIA

"Uma cabeça sem memória é uma praça sem guarnição"

Napoleão Bonaparte

"A memória tão injustamente desdenhada, não é uma faculdade inferior.

É ela que fornece à inteligência as matérias sobre as quais o espírito labora"

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G. Colin

"A memória é necessária para todas as operações do espírito"

Blas Pascal

"Não há ciência sem memória"

Dante

Sem memória o homem não poderia usar nem a inteligência nem a imaginação,portanto não poderia utilizar a sua própria experiência. Porque senão de que serviriaperceber claramente as coisas se as mesmas não permanecessem na nossa mente? Ainteligência trabalha com dados fornecidos pela memória que, por sua vez, é adepositária das nossas percepções passadas, quer tenham sido visuais, auditivas oucinestésicas.

Se olharmos à nossa volta podemos constatar que há pessoas possuidoras dememórias poderosas, fortes, tenazes, capazes de recordar quase qualquer coisa. Háoutras que só são fortes nalgumas áreas do conhecimento. Há outras, enfim, que sãodébeis em quase todos os campos. Ora bem, qual é a origem destas capacidades ouda falta delas? Será que se trata de dons com os quais as pessoas nascem ou trata-sede habilidades que podem ser desenvolvidas?

Podemos dizer em geral, salvo excepções por problemas de saúde ou dedesenvolvimento neurofisiológico, que a memória é uma habilidade. Quer dizer, é algosusceptível de se cultivar. É claro que se precisa praticar assiduamente algunsexercícios, tais como decorar gradual e progressivamente palavras, frases e textos;rostos, imagens, paisagens; vozes, sons; percepções sensíveis. É claro também quetemos de ter interesse, atenção e perseverança.

2. A LEITURA

ALGUMAS ORIENTAÇÕES PAR ANALISAR E INTERPRETAR TEXTOS

Comecemos por dizer que é importante saber distinguir um texto literário de um científicoou filosófico e que para alguns estudantes resulta difícil compreender com exactidão umtexto teórico.

Nos textos literários a sequência do raciocínio, e a mensagem, é apresentada dentro dequadros referenciais fornecidos pela imaginação.

Nos textos teóricos, científicos ou filosóficos, o raciocínio é apresentado nos dadosobjectivos sobre os quais os textos estão fundados, organizados conforme técnicasespecíficas às várias ciências. Precisa-se iniciação nessa ciência e muita disciplinaintelectual para compreender a mensagem com proveito e para que a leitura não se torneárida.

Antes de dar algumas directrizes para a leitura e análise de textos convém-nos revisaralgumas ideias básicas da teoria da comunicação. Partamos da consideração elementar deque a comunicação se dá quando um emissor transmite uma mensagem e esta é captadapor um receptor.

EMISSOR à MENSAGEM à RECEPTOR

Também digamos que uma mensagem sempre é transmitida com o objectivo de serpercebida, portanto, que é elaborada por uma consciência e que espera ser assimilada poroutra consciência. Antes de ser transmitida deve ser "pensada" e "mediatizada" em sinaissimbólicos, como a linguagem escrita. Assim sendo, um texto pode ser percebido como o

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intermediário pelo qual duas consciências se comunicam.

Quando um autor (emissor) escreve um texto está codificando a mensagem pensada por elee o leitor (receptor) ao ler um texto, realiza a descodificação da mensagem do autor, para,por sua vez, compreendê-la, pensá-la, assimilá-la e personalizá-la; assim se completa ociclo da comunicação.

Este processo nem sempre é fácil. Existem interferências pessoais e culturais que põem emrisco a objectividade da comunicação. Por isso necessitamos de certas precauções.

Precisamos, como já dizíamos, uma preparação geral relativa à área em que o texto se situae domínio da língua (símbolos/códigos) em que está escrito, além dalguns recursosmetodológicos. Eis algumas sugestões para que a ciclo da comunicação, numa leitura,possa ter um feliz resultado:

1 Delimita a unidade de leitura

Pode ser um sector do texto que forma uma totalidade de sentido, p. e., um capítulo, umasecção, uma parte, etc.. O tamanho será determinado pela dificuldade da obra e pela tuaperícia neste tema. Portanto, a leitura deve ser feita por etapas sucessivas e contínuas.

2 Faz uma análise textual: prepara o texto:

Deves fazer uma leitura seguida e atenta e corrida de toda a unidade de leitura em estudo,sem pretensões de compreender tudo. O objectivo disto é teres uma visão de conjunto doraciocínio do autor. Ainda é preciso assinalar os pontos de dúvida que condicionam a tuacompreensão da mensagem do autor.

Um primeiro esclarecimento será, sempre que possível, buscares dados sobre o autor daobra.

A seguir deves assinalar o vocabulário. Trata-se de fazer um levantamento dos conceitosque são fundamentais par a compreensão do texto e dos desconhecidos para ti. É precisoeliminares as ambiguidades.

Por vezes os textos fazem referência a outras doutrinas, autores ou factos que o autorpressupõe conhecidos pelo leitor, mas nem sempre é assim.

Deves transcrever todos estes elementos em folha à parte. Antes de continuar devesrecorrer às obras de referência ou a algum especialista da área.

Depois das pesquisas, podes fazer um primeiro esquema do texto, evidenciando a suaestrutura redaccional, para poderes visualizá-lo em conjunto. Uma sugestão é dividir aunidade em: introdução, desenvolvimento e conclusão; toda unidade completa comportanecessariamente estes três momentos. Depois serão feitas as subsequentes divisões.Ajudar-te-á dar referência das páginas ou, se o texto é pequeno, dos parágrafos,previamente numerados.

3 Faz uma análise temática

AUTOR à

PENSAMENTO

Conceitos

Juízos

raciocínio

à TEXTO à

PENSAMENTO

Conceitos

Juízos

Raciocínio

à LEITOR

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Trata-se agora, numa nova leitura de apreenderes, sem intervir nele, o conteúdo de suaabordagem. Para obter o conteúdo da mensagem imagina que fazes uma série de perguntasao autor e ouves as respostas do autor:

l De que fala o texto? A resposta é o tema o assunto da unidade e a perspectiva doautor.

l Qual é o problema que provocou o autor? Qual a dificuldade a ser resolvida? Qual oproblema a ser solucionado? A formulação deste problema quase sempre estáimplícita.

l Como o autor responde ao problema levantado? Que ideia defende? O que é que querdemonstrar? A resposta a estas perguntas será a ideia central, a proposiçãofundamental ou a tese do autor nessa unidade. Nos textos bem estruturados apareceráuma única ideia em cada unidade. Normalmente a ideia-mestra devia estar formuladaexpressamente, contudo isso não ocorre sempre. A tese deve ser formulada como umjuízo completo.

l Como o autor demonstra a sua tese? Qual foi a sua argumentação? Aqui se descobrea estrutura lógica do texto.

l Há algumas ideias secundárias?

4 Faz uma análise interpretativa

Esta nova abordagem do texto é para poderes tomar uma posição própria a respeito dasideias enunciadas, é para superares a estrita mensagem do texto, é ler entre linhas, édialogar com o autor, é explorar a fecundidade das ideias expostas, é cotejá-las com outras.

Esta é a fase mais difícil já que podes ter maior interferência pessoal ou cultural.

l Deves situar as ideias desta unidade no contexto de vida e obra do autor em outrasfontes, e situar o autor no contexto mais amplo da sua especialidade e do pensamentocientífico em geral, desde o ponto de vista histórico e teórico;

l Deves também explicitar os pressupostos implicados no texto, aquelas ideiasimplicitamente aceite pelo autor para fundamentar o seu raciocínio. Muitas vezes sãoestes princípios não claramente expressados que justificam a posição assumida peloautor;

l Convém-te comparar as ideias do autor com ideias relacionadas à mesma teoria;

l Assim chegarás ao momento de formular um juízo crítico, de uma tomada de posição,de uma avaliação do texto em várias perspectivas: da sua coerência interna, davalidade e contribuição à discussão do problema, da originalidade do tratamento dadoao problema, da profundidade de análise do tema e do alcance das suas conclusões econsequências.

l Finalmente deves fazer uma apreciação e juízo pessoal, é a fase mais delicada dainterpretação porque exige muita maturidade intelectual da tua parte.

5. Descobre a problematização

Trata-se de uma retomada geral de texto para fazer um levantamento das questões,implícitas ou explícitas, para uma reflexão pessoal e para uma discussão em grupo. Estareflexão e este debate são essenciais à actividade intelectual e à documentação.

6. Faz uma síntese pessoal: reelabora pessoalmente a mensagem

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Finalmente hás-de elaborar um novo texto, retomando todas as abordagens anteriores, seráuma síntese pessoal, escrita logicamente, com discussão e reflexão pessoais. Esta pode seruma actividade didáctica, tipo um relatório. Será um valioso exercício de raciocínio.

Enfim, uma leitura analítica desenvolverá em ti uma série de posturas lógicas quecontribuirão à tua própria formação específica e geral.

TÉCNICAS PARA SUBLINHAR, RESUMIR, ESQUEMATIZAR

1 COMO RESUMIR?

Lembra-te que um resumo busca a síntese das ideias do autor e não a simples redução dosparágrafos.

1.1 Como encontrar a ideia principal? É preciso compreender antes de resumir. Ter umpropósito inicial e ler em função dele. Ter a ideia do assunto. Ter a essência.

1.1.1 No parágrafo. Em cada parágrafo existe uma só ideia principal: geralmente no início doparágrafo, outras vezes no fim, por razões estéticas.

A ideia principal não a encontramos numa frase completa. Devemos resumi-la em sujeito epredicado. Os adjectivos quase são eliminados sempre. Habituar-se a encontrar sempre aideia principal e expressá-la com as próprias palavras, o quanto possível.

1.1.2 Num capítulo, secção ou obra deves captar o esboço ou plano seguido pelo autor.Saber identificar a actividade do autor: informa, explica, interpreta, analisa, discute,demostra, prediz.

Todo desenvolvimento lógico redigido, se faz através de proposições, que se dividem em:

a. Sujeito: funciona como causa, variável independente, condição determinante dofenómeno expresso através dos factos;

b. Predicado: funciona como, atributo do sujeito, efeito, variável dependente, elementocorrelato.

Exemplo: se uma comunidade é supersticiosa, então obstará o seu própriodesenvolvimento económico. Trata-se de uma relação entre duas variáveis:

a. Superstição religiosa de uma comunidade: é sujeito, variável independente.

b. Obsta o seu desenvolvimento económico: predicado, variável dependente.

Numa comunicação científica, o autor normalmente usa o método dedutivo através deproposições logicamente demonstradas a partir da ideia principal. Em torno dela serãocolocados detalhes importantes ou acessórios. Por isso, é possível empregar esquemaspara se obter o que é essenciais:

X = objecto: "o que é?" – seres, indivíduos, elementos observáveis que, sobre os quais seconclui algo;

N = circunstâncias: "sob que condições?" circunstâncias e condições que afectam oobjecto, seu comportamento;

S = estímulo: "por quê?" condições próximas que se acrescenta, retira ou modifica e queafectam o comportamento, objecto;

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R = resposta: "como?" reacção do objecto ao estímulo, os efeitos, as variáveisdependentes.

2 COMO SUBLINHAR?

Não se trata de sublinhar por sublinhar. Esta é uma ferramenta que tem o seu valor a partirdum propósito formulado dentro de um plano prévio. Não se sublinha desde o momento emque se começa a ler. É preciso primeiro examinar o livro, o capítulo,… e formular perguntassobre ele, procurando respondê-las à medida que se lê. Nesta primeira fase, é preferível nãosublinhar. Se achar que foram localizados detalhes de valor, ideias importantes, coloque àmargem um sinal convencional: p. e., "X", "+", ".", " –", ">",etc.

Depois de terminada a leitura do texto inteiro, volta a ler, buscando a ideia principal, osdetalhes importantes, os termos técnicos, as definições, as classificações, as provas. Isto éque deve ser sublinhado!

Nesta Segunda leitura, não sublinhes as orações, mas só os termos essenciais. Habitue-sea sublinhar depois que releu um ou dois parágrafos, para o devido confronto. Voltando,pense exactamente o que irá sublinhar. Use como guia os sinais que coloco à margem.Agora, será até possível mudar de opinião e seleccionar com critérios mais seguros. Deve-se agir de tal modo que, relendo o que foi sublinhado, se consiga a estrutura sintética esignificativa de tudo o que se leu.

Sinais convencionais que podem ser usados durante a segunda leitura (quando o livro épróprio):

___________ = ideia principal

i = muito importante

0 = resumo

v = exemplo

? = obscuro

+ = "não concordo

! = curiosidade

3 COMO ESQUEMATIZAR?

Para a maior parte das matérias que estudamos, o mais indicado é fazermos esquemas eresumos, pois eles são a melhor forma de conseguir uma séria compreensão do textoestudado, ajuda a salientar as ideias centrais e o seu esquema interno. Fazer esquemas éestudar activamente:

l Obrigam a participar activamente na aprendizagem; captando: a ideia principal, osdetalhes, as definições, as classificação, os termos técnicos que ajudam a assimilar amatéria.

l Obrigam a repetir com as próprias palavras o que se leu e estudou, que é o testeprincipal para se verificar o que se assimilou.

l Facilitam repassar a matéria para o exame ou comunicação em público.

l Reduzem em poucas linhas um capítulo e até uma obra.

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Quanto melhor se compreende um conjunto esquematizado de informações (visão deconjunto), maior é a possibilidade de dar informações sobre o mesmo. Quanto mais seestudam partes sem relacioná-las ao todo, maior é a dificuldade em evocar os factos e oque eles significam. O esquema visa justamente este objectivo: estabelecer um planológico, isto é, as relações e as classificações.

3.1 Indicações práticas para a elaboração de esquemas.

Fazer esquemas requer técnica e treino.

a. A estrutura da exposição do autor pode-se obter a partir dos títulos, subtítulos eepígrafes;

b. Pode-se utilizar o sistema de enumeração progressiva (1; 1.1; 1.1.1; 1.2; 2; 2.1;…),letras ou números para indicar as divisões sucessivas;

c. Colocar as ideias centrais do texto e/ou dos parágrafos, usando símbolosconvencionais e abreviaturas;

d. Finalmente passar ao papel um esboço de esquema;

e. Fazer perceptível o esquema com frases breves das ideias principais e das ideiassecundárias mais importantes;

f. Ainda podes destacar os títulos com cores diferentes ou sublinhando, etc.

3.2 Características de um esquema útil:

a. As ideias centrais do texto estudado dever estar salientadas com claridade;

b. A estrutura lógica do texto, com a sua devida ligação e subordinação de ideaisprincipais e secundárias, devem estar apresentadas de maneira intuitiva;

c. Deve ter uma apresentação clara e limpa para uma rápida compreensão do conteúdo;

d. O esquema escreve-se em linguagem concisa, quase telegráfica.

e. Deve ajudar não só a captar o conteúdo dum determinado texto, mas a comunicá-locom as suas próprias palavras.

1. O ESTUDO

HABILIDADES DE ESCRITA PAR A REDACÇÃO:

Para escreveres um bom material, este deve contar com alguns pontos imprescindíveis:

1. Em primeiro lugar deves ter claro quais são os objectivos para escrever este material.O que é que queres que o leitor perceba?

2. Algumas orientações úteis:

l Utiliza palavras relativas aos diferentes sentidos – visuais, auditivas e de sensações –de modo que o leitor possa ver, ouvir e colher o que tu lhe estarás transmitindo.

l Usa perguntas, elas são úteis para chamar à atenção do leitor, não é verdade?

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l Escreve de modo que o leitor possa fazer-se uma ideia da pessoa real que escreve.

l Dirige-te ao leitor como a um igual; explica, não pontifiques.

l Ao escreveres, usa a segunda pessoa. Se escrevo em primeira pessoa, dou aimpressão de me apresentar como uma autoridade, não o faço?

1. Procura que o texto, além de informativo, seja visualmente atractivo.

2. Escreve de modo claro e simples, a menos que propositadamente pretendas serambíguo para deixar abertas várias possibilidades.

3. Utiliza uma pontuação simples.

4. Ao escreveres, respeita as regras gramaticais, tendo presente o uso geral. Os errosortográficos, gramaticais e de pontuação transmitem uma mensagem negativa acercado teu material.

5. Fala com uma linguagem positiva e clara. Explica o que queres dizer, não o que nãoqueres que se perceba.

6. Usa exemplos, sempre que possível.

7. Se o material apresentado e longo (mais de 1 000 palavras) indica no princípios qual éo conteúdo e faz um pequeno resumo ao final.

8. Relê o material ao dia seguinte de tê-lo escrito, desde o ponto de vista do/sdestinatário/s. Fica tudo claro? Alcança os teus objectivos? Corrige-o até te sentiressatisfeito.

3. EXERCÍCIOS PRÁTICOS

3.1 Estados emocionais / Estado de Excelência

Entendemos por estado emocional, ou simplesmente estado, a soma de todos os processosneurológicos que estão a acontecer num indivíduo, num momento dado. Podemos dizer quehá estados que facilitam uma actividade e há estados que a dificultam. Convinha-nos,portanto, encontrar os estados adequados para cada momento e lugar.

Exercício:

1. Identifica, nas tuas memórias, uma vez em que te sentiste totalmente à vontade aoestudar/aprender; uma situação em que sentiste que "funcionavas" bem no estudo.Este é o teu estado de excelência para o estudo.

2. Cria mentalmente um círculo frente a ti, no chão, próximo a ti e pinta-o da tua corpreferida.

3. Lembrando intensamente aquela experiência, entra no círculo imaginário. Recuperaeste momento em que te sentiste com todos os teus recursos e capacidades para aaprendizagem. Recorda o que é que estavas a ver naquele dia, o que estavas a ouvir e,sobretudo, o que estavas a sentir. Volta a recriar essa cena como se estivesse aacontecer neste momento. Qual é o teu estado interno dentro desta fantasia?

4. Deixando este estado - estas sensações - no círculo, depois voltarás a entrar, sai porum momento. Mexe o teu corpo um pouco.

5. Regressa a ele, o que é que experimentas quando entras nele? Esta é só uma pequena

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prova para saberes que o simples facto de entrar no círculo, onde está ancorada estaexperiência, pode te ajudar a recuperar este estado de excelência. Depois deexperimentar estas mudanças no teu corpo, sai novamente. Mexe novamente o teucorpo.

6. Fora do círculo, pensa onde e quando gostarias de ter este estado de excelência.Representando esta situação na tua mente, talvez como num filme, entra no círculo.

7. Dentro do círculo, assiste aos ajustes que automaticamente se dão na tuarepresentação e no teu estado interno. Podes também fazer outros ajustes ao teuestado e/ou desempenho até ficares satisfeito/a. O que é que te indicará, no futuro, queé tempo de usares este estado de excelência? (Pode ser uma coisa que vejas, queoiças ou que sintas).

Antes de saires do círculo, imagina que o absorves, que a sua cor entra no teu corpo,que a sua luz corre pelas tuas veias… Até todo o teu ser estar pintado com essascaracterísticas. Finalmente sai deste lugar.

Faz uma prova final na tua mente da possível situação futura: o que é que se passaagora se pensas nesta situação futura?

1. ANEXOS

4.1 Os quatro pilares da educação para o Século XXI

Antigamente bastava acumular na infância uma determinada quantidade de conhecimentosque abasteciam indefinidamente ao longo de toda a vida. Hoje é necessário estar à altura deaproveitar e explorar todas as ocasiões de actualizar, aprofundar e enriquecer estesprimeiros conhecimentos e de se adaptar constantemente a este mundo em mudançaconstante e que dispõe, como nunca antes, de meios para armazenamento e circulação deconhecimentos assim como de comunicação.

Portanto, as tarefas/missões da educação deste século serão:

a. Transmitir de forma maciça e eficaz cada vez mais saberes e saber fazer evolutivos,adaptados à civilização cognitiva;

b. Encontrar e assinalar as referências que impeçam às pessoas de ficar submergidasnas efémeras ondas de informação e possam orientar-se para projectos dedesenvolvimento individual e colectivo;

c. Fornecer a cartografia dum mundo complexo e a bússola para navegá-lo.

Para poder cumprir com estas tarefas a educação deve de organizar-se, desde o princípioda vida, a volta de quatro aprendizagens fundamentais, que serão os quatro pilares doconhecimento:

a. Aprender a conhecer: aquisição dos instrumentos da compreensão;

b. Aprender a fazer: para poder agir sobre o meio envolvente;

c. Aprender a viver em comum: para poder participar com os outros em todas a sactividades humanas;

d. Aprender a ser: via para integrar as três precedentes

Existem entre estas quatro aprendizagens pontos de contacto, de relacionamento e depermuta.

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Geralmente, o ensino formal orienta-se quase exclusivamente para o aprender a conhecer e,em menor escala, para o aprender a fazer… Mas, cada um dos quatro pilares deve serobjecto de atenção igual por parte do ensino estruturado.

Neste século a educação deve transcender a visão puramente instrumental que se tem dela.A educação deve incentivar a realização da pessoa na sua totalidade; descobrir, reanimar efortalecer o potencial criativo… Enfim, aprender a ser.

a. Aprender a conhecer:

Este tipo de aprendizagem visa, não tanto a aquisição dum repertório de saberescodificados, mas antes o domínio dos próprios instrumentos do conhecimento. Pode serconsiderado como meio e como finalidade.

l Meio: pretende-se que cada pessoa compreenda o mundo que a rodeia. Para viverdignamente, para desenvolver as suas capacidades profissionais e para se comunicar.

l Finalidade: para propiciar o prazer de compreender, conhecer e descobrir, a alegria doconhecimento e da investigação individual, para despertar a curiosidade intelectual,para compreender o real e estimular o sentido crítico e adquirir autonomia acapacidade de discernir… Trata-se de se tornar para toda a vida ‘amigos da ciência’ ,de fortalecer conceitos e referências resultantes dos avanços das ciências e dosparadigmas do nosso tempo.

O conhecimento é múltiplo e evolui infinitamente, torna-se cada vez mais inútil tentarconhecer tudo… Mas, a especialização não deve excluir a cultura geral e a capacidade detrabalhar em profundidade um determinado número de assuntos… a cultura geral permitecomunicar, implica abertura a outros campos do conhecimento e opera profundas sinergiasentre diversas disciplinas. Aprender a conhecer supõe aprender a aprender: exercitar aatenção, a memória e o pensamento…

l Exercitar a atenção: nas sociedades dominadas pelos mídia, pela sucessão rápida deinformações mediatizadas (visuais e/ou auditivas) fica prejudicado o processo dedescoberta que implica uma aprendizagem prolongada e profunda. A aprendizagem daatenção reviste várias formas e tira partido de várias experiências e situações: jogos,estágios, viagens, trabalhos práticos, etc.

l Exercitar a memória: é o antídoto contra a submersão nas informações instantâneasdifundidas pelos meios de comunicação social. A faculdade humana de memorizaçãoassociativa, não é redutível a um automatismo, deve cultivar-se e não pode ser supridapelas capacidades de armazenamento e difusão dos modernos meios cibernéticos… Amemória deve ser treinada desde a infância, é errado suprimir a prática escolar deexercícios tradicionais só por serem considerados fastidiosos.

l Exercitar o pensamento: a criança deve ser iniciada no exercício do pensamento e esteexercício comporta avanços e recuos entre o concreto e o abstracto; deve combinar oensino e a investigação e os métodos dedutivo e indutivo…

Os primeiros anos de educação podem considerar-se bem sucedidos se conseguiremtransmitir às pessoas a força e as bases que façam com que continuem a aprender durantetoda a vida, no trabalho e fora dele.

a. Aprender a fazer:

Esta aprendizagem está mais ligada à formação profissional. Responde às questões decomo levar à prática os conhecimentos e como adaptar a educação ao trabalho futuroquando não se pode ainda prever qual será a sua evolução.

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1. Nas sociedades assalariadas.

Nas sociedades assalariadas o trabalho humano tornou-se imaterial e as tarefas têm umcarácter cada vez mais cognitivo. O futuro das economias depende da capacidade detransformar os conhecimentos em inovações geradoras de novas empresas e novosempregos.

Aprender a fazer não pode continuar a ser a simples transmissão de práticas rotineiras.

l Da noção de qualificação à noção de competência.

O progresso técnico modifica as qualificações exigidas pelos novos processos deprodução. Hoje o trabalho de produção e mais mental e intelectual; no comando,manutenção e vigilância das máquinas, nas tarefas de concepção, estudo e organizaçãocom máquinas cada vez mais ‘inteligentes’…

Cada vez mais pede-se a competência: que é a qualificação/formação técnica ouprofissional, mais a aptidão para o trabalho em equipa, a capacidade de iniciativa, o gostopelo risco, a capacidade de comunicar, a capacidade de gerir e resolver conflitos…

l A ‘desmaterialização’ do trabalho e a importância dos serviços entre as actividadesassalariadas.

O que é que são os serviços? É o sector que reúne actividades que não estão ligadas àindustria nem à agricultura e que não produzem um bem material. Definem-se em função darelação interpessoal a que dão origem e pelas actividades de informação e comunicaçãopara determinados projectos (serviços de acompanhamento e aconselhamento;tecnológico, social, ensino, saúde, etc.).

A relação com a matéria e a técnica deve ser completada com a aptidão para as relaçõesinterpessoais estáveis e de qualidade. Aptidões que a formação tradicional não transmitia…

Parece que as futuras sociedades ultratecnicistas exigirão aptidões de novo tipo, baseadasmais nos comportamentos (intuição, jeito, capacidade de julgar, de manter unida umaequipa…) do que em aptidões intelectuais. Os altos estudos não garantem,necessariamente, aquelas… A pergunta aqui é: como, quando e onde ensinar estasqualidades?

2. O trabalho na economia informal.

Nas economias em desenvolvimento (muitos países da África subsaariana, da AméricaLatina e da Ásia) só uma pequena parte da população recebe salário, a grande maioriaparticipa na economia tradicional de subsistência. As competências são de tipo tradicional.Na educação trata-se mais da aprendizagem duma qualificação social do que dumaqualificação profissional. Nalguns países existe também um sector de economia ao mesmotempo moderno e informal, por vezes bastante dinâmico, à base de artesanato, de comércioe de finanças…

Nestes países encara-se o futuro como estando estreitamente ligado à aquisição da culturacientífica que lhes dará acesso à tecnologia moderna, sem negligenciar as capacidades deinovação e criação ligadas ao contexto local.

A uma questão comum aos países desenvolvidos e em desenvolvimento: como aprender acomportar-se eficazmente numa situação de incerteza, como participar na criação dofuturo?

a. Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros:

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Poderemos conceber uma educação capaz de evitar os conflitos, ou de os resolver demaneira pacífica, desenvolvendo o conhecimento dos outros, das suas culturas, da suaespiritualidade?

Os seres humanos temos a tendência a sobrevalorizarmos as nossas qualidades e as dogrupo a que pertencemos e a alimentarmos preconceitos desfavoráveis em relação aosoutros. Existe um clima geral de concorrência na economia intra e internacional que dáprioridade ao espírito de competição e ao sucesso individual… Resultado: tensão, guerra,exacerbamento das rivalidades históricas. A educação, infelizmente, muitas vezescontribuiu para alimentar este clima, devido a uma má interpretação da ideia de emulação.

Que fazer para melhorar a situação? Não basta pôr em contacto e/ou comunicação pessoasde grupos diferentes se já no seu espaço comum entram em competição ou se o seuestatuto é desigual, para vencer as os preconceitos e as hostilidades. É preciso criarcontextos igualitários e objectivos e projectos comuns, assim surgirá a cooperação e aamizade. Há, portanto, duas vias complementares: a descoberta progressiva do outro e aparticipação em projectos comuns.

1. À descoberta do outro:

A educação tem, neste ponto, duas missões:

l transmitir conhecimentos sobre a diversidade da espécie humana e

l levar as pessoas a perceber as semelhanças e a interdependência entre todos os sereshumanos.

Temos de aproveitar para isto algumas cadeiras como a geografia, as línguas, a literatura,história, antropologia, psicologia, etc.

A descoberta do outro passa, necessariamente, pela descoberta de si mesmo, só assimpoderá ser empático, pôr-se no lugar do outro, compreender as suas reacções… Ensinandona escola a adoptar a perspectiva doutros grupos étnicos ou religiosos podem evitar-seincompreensões geradoras de ódio e violência ao longo de toda a vida.

O dogmatismo de alguns professores não ajuda. Mata a curiosidade, o espírito crítico, acapacidade de abertura à alteridade e de enfrentar as inevitáveis tensões entre pessoas… Oconfronto através do diálogo e da troca de razões é um dos instrumentos indispensáveis àeducação do século XXI.

2. Tender para objectivos comuns:

Trabalhar em projectos comuns, ultrapassando rotinas individuais, valoriza as diferenças. Aprática de tarefas comuns como desporto, actividades culturais e sociais, pesquisas,investigações, serviços de solidariedade entre diversos grupos e gerações, etc. podemajudar a transcender tensões.

A educação formal deve reservar tempo para projectos comuns de cooperação entre alunose professores. Isto pode, além de enriquecer a relação professor/aluno, dar origem àaprendizagem de métodos de resolução de conflitos e constituir uma referência para a vidafutura.

a. Aprender a ser:

A educação deve contribuir para o desenvolvimento total da pessoa - espírito e corpo,inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, espiritualidade. Todoo ser humano deve ser preparado para elaborar pensamentos autónomos e críticos que lhepossibilitem decidir como agir nas diferentes circunstâncias da vida.

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Talvez, a educação neste século, mais do que preparar aos alunos para uma determinadasociedade, deva fornecer-lhes forças e referências intelectuais que lhes permitam conhecero mundo que os rodeia e comportar-se nele como actores responsáveis e justos. O papelessencial da educação parece ser o de conferir a todos os seres humanos a liberdade depensamento, discernimento, sentimentos e imaginação de que necessitam para desenvolveros seus talentos e permanecerem, tanto quanto possível, donos do seu próprio destino.

O século XXI necessita de diversidade de talentos e de personalidades. Portanto, devedada-se importância à imaginação e à criatividade e os alunos devem poder dispor deocasiões de descoberta e de experimentação - estética, artística, desportiva, científica,cultural e social -, do que já foi criado pelas gerações que os precederam ou as suascontemporâneas. A arte e a poesia deveriam ocupar um lugar mais importante do queaquele que lhes é concedido. Devia-se revalorizar também a cultura oral e osconhecimentos retirados da experiência.

Não devemos esquecer que o desenvolvimento visa a realização completa do homem, emtoda a sua riqueza e complexidade: membro duma família e duma colectividade, cidadão eprodutor, inventor de técnicas e criador de sonhos… A educação é, antes de mais, umaviagem interior, cujas etapas correspondem às da maturação contínua da personalidade. Aeducação é um processo individualizado e uma construção social interactiva.

…Cada pessoa, durante toda a sua vida, deve poder tirar o melhor partido dum ambienteeducativo em constante alargamento.

10.2 Glossário de termos de Programação Neurolinguística e habilidades de formação

Aceder aos recursos do público(accessing audience resources)

Extrair e utilizar os recursos e estados de aprendizagem dosalunos.

Acuidade sensorial (sensoryacuity)

Treinar os sentidos para que percebam mais finas e maisúteis do mundo. É uma parte importante de aprender ainterpretar a linguagem do corporal.

Administração do marco temporal(Time frame management)

Utilizar o tempo com o maior proveito durante a formação, demaneira que as actividades nem se prolonguem nem seabreviem desnecessariamente.

Ajuste de objectivos (dovetailingoutcomes)

O processo de combinar distintos objectivos a fim de criar amelhor situação em que ambas as partes ganhem. É a basedos acordos e negociações. Parte da tarefa do monitorconsiste em ajustar os distintos objectivos da formação.

Âncora (anchor) Qualquer estímulo que se associa a uma respostaespecífica. As âncoras pode formar-se espontânea oudeliberadamente. I. e. soar uma sineta para chamar aatenção ou utilizar um lugar determinado para responder àsperguntas.

Ancoragem (anchoring) O processo de criar uma associação entre uma coisa eoutra.

Ancoragem de recurso (resourceanchoring)

Um processo simples para atrair estados de recursos (deexcelência) ao momento presente cada vez que sejamnecessários.

Aprendizagem (learning) O processo de adquirir conhecimentos, habilidades,experiências ou valores por meio do estudo, a experiênciaou a formação.

Ascender, descer (chunking) Mudar as percepções ascendendo ou descendo respeito a

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um nível lógico. Ascender é considerar um nível que englobao que está a ser estudado; p. e., considerar a intenção quemotiva uma pergunta é ascender desde essa pergunta.Descer consiste em passar a um nível inferior paraconsiderar um exemplo ou um fragmento mais específico doque se está estudando, p. e., o primeiro passo para formularum objectivo consiste em expressá-lo de forma positiva.

Calibrar (calibrating) Reconhecer com precisão o estado da outra pessoa o dumgrupo mediante a interpretação de sinais não verbais. P. e.,calibrar a atenção de alta qualidade para ser capaz dereconhecê-la quando se dê no grupo.

Canais sensoriais (sensorycannel)

Os nossos seis sentidos em quanto canais de comunicaçãocom o mundo: vista, ouvido, tacto, olfacto, paladar eequilíbrio. Veja-se sistemas representativos(representacionais)

Ciclo de aprendizagem (learningcycle)

As etapas da aprendizagem na adquirição de habilidadesautomáticas: incompetência inconsciente, seguida deincompetência consciente, seguida de competênciaconsciente e por último competência inconsciente.

Colocação (Layout) A maneira em que se estrutura o entorno da formação, p. e.,colocar as cadeiras em filas ou em círculo. A colocaçãotransmite uma mensagem acerca da formação.

Competência consciente(conscious competence)

A terceira etapa do ciclo da aprendizagem, na que ainda senecessita plena atenção consciente para desempenhar umaactividade. A habilidade ainda não está plenamenteintegrada nem é automática.

Competência inconsciente(unconscious competence)

A Quarta etapa do ciclo da aprendizagem, na que ahabilidade já tem sido plenamente integrada e é automática.

Comportamento, conduta(behavior)

Qualquer actividade que realizamos, incluindo os processosmentais. É um dos níveis neurológicos.

Congruência, coerência(congruence)

Alinhamento coerente de distintas partes:

a. Congruência pessoal: alinhamento de crenças, valores,habilidades e acções; estar em sintonia consigomesmo;

b. Congruência mensageiro-mensagem: quando omonitor encarna e modela as habilidades ou valoresque se pretendem ensinar na formação;

c. Congruência de alinhamento: quando as diversaspartes da comunicação (palavras, tom de voz ylinguagem corporal) transmitem a mesma mensagem.

Conteúdo (content) As palavras que se dizem, em contraposição à maneiracomo se dizem.

Coreografia (choreography) O uso sistemático de diversos lugares na área da formaçãopara diferentes classes de comportamento de formação. P.e., pôr-se de pé ou sentar-se numa posição distinta para darinformação, organizar um exercício, aceitar e responderperguntas, narrar ou fazer citações, etc., desta maneira seestabelecem âncora espaciais para o grupo.

Credibilidade (credibility) O seu posicionamento perante o grupo, o grau em que lhe

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consideram sincero, competente e congruente. Estabelecera credibilidade ajuda a estabelecer um conjunto deexpectativas positivas que favorecem a aprendizagem dogrupo. Por vezes ser-lhe-á necessário manifestar a suacondição de autoridade sobre o tema.

Crenças (beliefs) As generalizações que fazemos sobre nós mesmos, osoutros e o mundo. As crenças actuam como profecias que sedão cumprimento a si mesmas e influem em todo o nossocomportamento. É um dos níveis neurológicos.

Demonstração (demonstration) Dar um modelo da actividade que o grupo há-de realizar.Uma boa demonstração proporciona um modelo claro e umdos factores que mais influem na boa realização daactividade.

Descrição múltipla (multipledescription)

Adoptar distintos pontos de vista para reunir a máximainformação possível acerca duma pessoa ou situação. P. e.,contemplar um workshop desde o seu próprio ponto de vista,desde o ponto de vista dos participantes, desde o ponto devista dos organizadores. Também chamadas primeira,Segunda e meta-posição.

Descrição sensorial (sensory-based description)

Descrição duma realidade mediante os seus elementossensoriais - o que s pode ver, ouvir ou sentir – seminterpretá-los para expressar o que a gente crê que está aacontecer.

Desenho (design) A estrutura, o processo e o conteúdo de uma formação,estabelecidos para atingir os objectivos da formação.

Desigualar (mismatching) Adoptar um comportamento diferente ao da/s outra/spessoa/s com o propósito de mudar o rumo de uma reuniãoou conversa.

Dirigir (leading) Mudar o comportamento com a suficiente sintonia para serseguido pela outra pessoa ou pelo grupo.

Encoberto (covert) Subtil, fora da percepção consciente.

Enquadre aberto (open frame) Uma ocasião para que os alunos formulem qualquerpergunta ou comentário que lhes interesse acerca domaterial.

Enquadre de controlo (controlframe)

Impor um limite ao âmbito ou à duração duma actividade, p.e., o tratamento de um exercício.

Entorno (environment) O contexto físico que você cria para a aprendizagem; p. e., asala, a colocação da mobília, os materiais, a informaçãodistribui, os acessórios visuais e o equipamento.

Estado (state) Abreviação de estado fisiológico, que é como uma fotografiainstantânea da neurologia total: a experiência mental,emocional e física. Administrar o próprio estado e o dosalunos é provavelmente a habilidade de formação maisimportante.

Estado de plenitude de recursos(resourceful states)

Uma combinação de pensamentos, sentimentos e fisiologiaque fazem qualquer tarefa mais fácil e agradável.

Estilos de aprendizagem(learning styles)

As distintas maneiras preferidas de aprender. Existemmuitos modelos diferentes, tais como distintos sentidos,

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meta-programas ou sequências de conceito-estrutura-aplicação. Uma habilidade chave é a de empregar todos osestilos, mais do que ensinar segundo o próprio estilopreferido e inconsciente. Por outra parte, o grupo pode teruma experiência comum.

Estratégia de aprendizagem(learning strategies)

Sequências de imagens, sons e sensações que conduzem àaprendizagem. Desde o ponto de vista da formação, procureproporcionar uma combinação de vista, ouvido e acção paraatender a todas as estratégias.

Estratégia de recuperação(recovery strategy)

Maneira de sentir-se em plenitude de recursos e de gerarnovas opções quando você se sente atacado oupressionado.

Exercícios (exercises) Actividades estruturadas com um objectivo; constituem onúcleo da formação pela experiência. Os bons exercícioscriam um contexto no qual resulta fácil aprender. As etapasdum exercício são: desenho, organização, demonstração,adestramento e tratamento.

Exteriorização (uptime) Estado no qual a atenção se dirige principalmente ao exteriore se está muito alerta e em plenitude de recursos.

Filtros perceptuais (perceptualfilters)

O mundo sempre é mais rico do que a experiência quetemos dele. Os nossos filtros perceptuais determinam o quepercebemos e o que suprimimos. Podem-se desenvolverfiltros para perceber p. e. o estado emocional do grupo, etc.

Fisiologia (physiology) Relativa ao corpo, antes do que à mente. Se quer saber oque se está a passar segundo os outros, cultive a habilidadede calibrar as mudanças subtis da fisiologia.

Formação pela experiência(experiential training)

Criação de aprendizagem mediante a experiência. A melhormaneira de aprender habilidades é pela acção, porqueimplica a mente consciente e a inconsciente. Oconhecimento cognitivo implica só a mente consciente e umaboa memória.

Gerador de novoscomportamentos (new behaviourgenerator)

Simples e eficaz técnica para ensaiar mentalmente novashabilidades e condutas ou para introduzir mudanças nocomportamento existente.

Habilidade (skill) Acção ou pensamento consistente e eficaz que atinge oobjectivo desejado e é respaldada por crençascapacitadoras.

Habilidade de adestramento(coaching skill)

Saber quando e como intervir num processo para possibilitara aprendizagem. Frequentemente consiste em usarperguntas para desviar a atenção duma pessoa de talmaneira que se produza espontaneamente a mudançadesejada no comportamento.

Identidade (identity) Imagem ou conceito de si mesmo. A missão. É um dosníveis neurológicos.

Igualar (matching) Adoptar alguns aspectos do estilo de comunicação da outrapessoa com o propósito de estabelecer sintonia. P. e.,igualar a sua posição. Igualar não é imitar, que seria a cópiaconsciente e exacta do comportamento do outro.

Incompetência consciente A Segunda etapa do ciclo de aprendizagem, na que a

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(conscious incompetence) atenção consciente se concentra na tarefa e os resultadossão variáveis. Ainda que resulte incómoda, esta é a etapaem que se produz maior aprendizagem.

Incompetência inconsciente(unconscious incompetence)

A primeira etapa do ciclo de aprendizagem, na que nãotemos consciência alguma duma habilidade.

Incongruência (incongruence) Contradição ou conflito entre distintas partes de si mesmo,crenças, valores ou acções. Pode ser sequencial (p. e.: umaacção seguida de outra que a contradiz) ou simultânea (p. e.:uma afirmação positiva expressada num tom de vozdubitativo).

Induzir (eliciting) A habilidade de obter um comportamento nos outros, comocomentários, perguntas, objectivos, estados e habilidades.Pode-se fazer verbal ou não, de modo encoberto oudescoberto.

Informação útil (feedback) As respostas que obtém das suas acções. Precisa-seacuidade sensorial para percebê-las e flexibilidade paraajustar as acções afim de continuar encaminhado rumo aosobjectivos.

Integridade (integrity) Congruência e sinceridade. Para atingir um elevado nível dehabilidade de formação requer-se integridade pessoal eacções éticas. Sem elas, as habilidades da PNL darão unsresultados desagradavelmente distintos dos esperados.

Intenção (intention) O propósito ou objectivo desejado de qualquercomportamento.

Intenção positiva (positiveintention)

O propósito positivo que está por debaixo de qualquercomportamento "difícil", o que consegue para a pessoa queapresenta esse comportamento e que é importante para ela.Descobrir a intenção positiva proporciona a chave pararesponder eficazmente.

Interiorização (downtime) Quando estás a atender os teus próprios pensamentos esensações. A interiorização resulta útil depois da formaçãopara levares a cabo o tratamento, relaxar-te e ocupar-te de simesmo.

Interrupção de padrão (patterninterruption)

Qualquer intervenção desenhada para deter umcomportamento presente… k$yr por centobn&rpd@lfd… demaneira que possas te dirigir rumo a outro ponto mais útil.

Intervenção (intervention) Interromper uma interacção para mudar o objectivo. Pararealizar uma intervenção eficaz há que saber quando fazê-la(acuidade sensorial) e como fazê-la (flexibilidade decomportamento). Trata-se de obter a máxima ganância coma mínima intervenção.

Linguagem verbal (language) Embora sendo o menor canal de comunicação nasapresentações (7%), a linguagem tem importância crítica.Compõe-se de declarações o perguntas que podem sermuito específicas (meta-modelo) ou engenhosas e vagas(modelo de Milton).

Linguagem corporal (bodylanguage)

O principal canal de comunicação com o público (55%). Usaa tua linguagem corporal para influir no grupo e observe odos participantes como informação útil no curso da

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formação.

Marcado analógico (analoguemarking)

Uso do tom de voz, a linguagem corporal, os gestos, etc.,para marcar alguma peça chave do material da formação.

Marcado espacial (spatialmarking)

Uso coerente de distintas zonas do espaço para distintasacções, a fim de associar a localização com a acção. (Vercoreografia).

Marcado tonal (tonal marking) Uso da voz para destacar certas palavras comosignificativas.

Mente consciente (consciousmind)

A parte da mente que está na percepção do momentopresente. Só pode prestar atenção a umas quantas variáveisao mesmo tempo e não vê ao longo prazo nem asconsequências profundas.

Mente inconsciente (unconsciousmind)

Todo o que fazemos com a nossa realidade interior sem nosapercebermos no momento presente.

Meta (meta) Prefixo de origem grega, significa além de. Que existe numnível distinto ao de outra coisa.

Meta-comentário (metacomment) Um comentário sobre um processo que está a acontecer; p.e., você está a ler esta explicação. Na formação, convémmarcar espacialmente os meta-comentários.

Meta-conhecimento(metacognition)

Ter o conhecimento duma habilidade não só por fazê-labem, mas por ser capaz de explicar como a faz bem. Acapacidade de adoptar um ponto de vista desprendido sobreas próprias habilidades.

Metáfora (metaphor) Comunicação indirecta por meio de um relato ou uma figurade dicção que implica uma comparação. Em PNL, o termo‘metáfora’ inclui símiles, parábolas e alegorias.

Meta-mensagem (metamessage) Uma mensagem acerca de uma mensagem. A hortografia émuitu importante neste grossário. A meta-mensagem destafrase não é a mesma que a sua mensagem. Como formador,o teu comportamento não verbal está transmitindoconstantemente meta-mensagens ao grupo acerca de ti e domaterial apresentado.

Meta-modelo (meta model) Um poderoso conjunto de pautas de linguagem e perguntasda PNL que vincula a linguagem com a experiênciasensorial. Perguntas chaves para esclarecer e especificar osignificado.

Meta-posição (metaposition) A terceira posição perceptiva, o desapegado e benévoloobservador de si mesmo e dos outros.

Meta-programas (metaprograms) Filtros habituais e sistemáticos que pomos na nossaexperiência, tipicamente inconscientes. P. e., estar motivadopara se mover em direcção às recompensas antes que parase afastar das consequências desagradáveis. A tomada deconsciência desta pauta pode tornar a formação mais fácil emais eficaz.

Modelagem (modelling) Pode ser actuar como modelo de comportamento paraoutros, como quando se faz uma demonstração, ou oprocesso de explicitar a sequência de pensamentos ecomportamentos que possibilitam a alguém realizar uma

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tarefa ou uma habilidade. A modelagem é a base da PNL eda aprendizagem acelerada.

Modelo de Milton (Milton model) É o contrário do meta-modelo: o uso engenhoso de padrõesde linguagens vagos para que cada pessoa capte, segundoa sua própria experiência, o significado preciso que é maisútil para ela.

Moldura "como se" ("as if" frame) Uso da suposição, a imaginação o a ficção como meio parafazer alguma coisa que não se tem feito nunca. Pergunta-te:‘como seria se eu pudesse…?’

Negociação (Negotiation) A habilidade de intercambiar diferenças para chegar a umacordo no qual ambas as partes ganhem.

Níveis neurológicos (Neurologicallevels)

Conhecidos também como níveis lógicos da experiência:contexto, condutas, capacidades, crenças e valores,identidade/missão, espiritualidade.

Objectivo (outcome) Um resultado ou objectivo que cumpre com as seguintescondições: está expressado em termos positivos, especificao papel que joga a pessoa na sua obtenção e os recursos deque dispõe para alcançá-lo, é o bastante específico para Teruma evidência baseada nos sentidos e tem-se examinado sepode ter consequências imprevistas.

Ordens embebidas (encobertas)(embedded commands)

O que se faz para destacar certas frases que poderiam serconsideradas por si sós como ordens, mudando o tom devoz ou os gestos de modo que os presentes não as captemconscientemente, mas inconscientemente.

Organizar os exercícios (settingup exercises)

Apresentar um exercício de tal modo que as pessoasqueiram fazê-lo e tenham claro ‘que’, ‘porquê’ e ‘como’ vãofazê-lo.

Padrão de citação (quotespattern)

Um padrão linguístico no qual a mensagem é expressadacomo se proviesse de outra pessoa.

Partilhar / acompanhar (pacing) Unir-se a outros na sua realidade e estabelecer sintoniaantes de começar a se dirigir a um "lugar" distinto. Pode-separtilhar em qualquer nível, desde o do comportamento até odos valores e das crenças.

Perguntas (questions) Representam as perguntas a intersecção da linguagem e aaprendizagem? Pode você induzir perguntas, significarperguntas, pré-significar perguntas, utilizar perguntas erespondê-las formulando outra pergunta? Em que medidaacredita que a qualidade das perguntas que se formula a simesmo determina a qualidade dos resultados que cria?

Posição perceptiva (perceptualposition)

O ponto de vista de que somos conscientes num momentodado. Pode ser o nosso (primeira posição), o de outro(segunda posição) ou o de um observador objectivo ebenevolente (terceira posição).

Pré-significação (outframing) Estabelecer uma prévia significação que exclua possíveisobjecções.

Pressuposição (presupposition) Algo que deve dar-se por suposto para que umcomportamento ou uma declaração tenham sentido.

Primeira posição (first position) Experimentar o mundo desde o próprio ponto de vista e estar

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em contacto com a própria realidade. É uma das trêsposições perceptivas; as outras são a segunda e a terceiraposição (ou meta-posição), tomadas em conjunto,proporcionam uma descrição múltipla.

Processo e conteúdo (processand content)

O conteúdo é o ‘que’ se faz, entanto que o processo dizrespeito ao ‘como’ de faz. P. e., o que tu dizes é conteúdo,como o dizes é processo. Por vezes nos atolamos porque sónos fixamos no conteúdo. Durante a formação, o melhor émanter-se atentos ao nível do processo.

Programação Neurolinguística(Neuro-Linguistic Programming)

Estudo da excelência e modelo de como os indivíduosestruturam a sua experiência.

Qualidade de voz (voice quality) O segundo canal de comunicação e influência nasapresentações, por ordem de importância. As investigaçõesindicam que representa um 39% do impacto total dacomunicação.

Questionamento de pertinência(relevancy challenge)

Consiste em perguntar de que maneira uma afirmação ouum comportamento específicos contribuem para atingir umobjectivo aceite por todos.

Rapport Processo pelo qual se estabelece e mantém uma relação deconfiança mútua e compreensão entre duas ou maispessoas. A capacidade de gerar respostas úteis de outrapessoa. Amiúde atua nos níveis de palavras, acções, valorese crenças.

Recapitulação (retro-rastejo)(backtracking)

Um resumo muito preciso utilizando as mesmas palavraschave e o mesmo tom de voz que se utilizaramoriginalmente. Evita que se distorçam ideias originais e é útilpara repassar os pontos chaves.

Representações internas(internal representations)

Todos os nossos pensamentos e as nossas sensações. Asimagens, sons e sensações mentais que recordamos econstruímos.

Resignificação (reframing) Mudar a maneira de entender uma afirmação ou umcomportamento para dá-lhes outro sentido.

Resistência (resistance) Um obstáculo para a compreensão ou a acção. Todaresistência existe unicamente em virtude de uma forçacontinuada na direcção contrária. Assim sendo, na formaçãoé útil perguntar-se: "o que é que eu estou a fazer quecontribui à resistência desta pessoa?"

Seguir a pista (tracking) Prestar atenção a aspectos determinados da formação.Pode fazer-se de modo consciente ou, com a prática,inconsciente.

Seguir múltiplas pistas(multitracking)

A habilidade de atender a muitas coisas simultaneamente. P.e., ao receberes uma pergunta, avaliar o que é que a pessoarealmente quer de ti (segunda posição), o tempo de quedispões, os níveis de interesse do grupo, as diversasrespostas possíveis e o que o grupo obterá de cada uma…tudo isso antes de abrir a boca!

Segunda posição (secondposition)

Perceber o mundo desde o ponto de vista de vista de outrapessoa e, portanto, compreender a sua realidade. É uma dastrês posições perceptivas.

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1. À MANEIRA DE CONCLUSÃO

Eu gosto de não concluir muitos trabalhos. Mas deixá-los abertos ao futuro… A caminhadaestá a começar. Estudantes temos de ser a vida toda.

BIBLIOGRAFIA:

l PNL para formadores – manual para directivos, formadores y comunicadores, JosephO’Connor – John Seymour, Urano, Barcelona, 1996.

Significação (framing) Dar instruções sobre como entender e interpretar o materialque vem a continuação, a que se deve prestar atenção e quenão se há-de ter em conta. Um exemplo seria estabelecerum enquadre de objectivos e examinar cada parte daformação para ver como contribui a atingir os objectivos.Veja-se também pre-enquadrar e re-enquadrar.

Sistemas representacionais(representation systems)

Maneira em que codificamos informação na nossa mentemediante um ou mais dos canais sensoriais: visual, auditivo,cinestésico (movimento e emoções), olfactivo, gustativo evestibular (equilíbrio). Utilizar os sentidos internamente.

Sistémico (systemic) Relativo aos sistemas, que contempla as relações econsequências no tempo e no espaço antes do que umarelação linear de causa e efeito.

Situar-se no futuro (future pacing) Ensaiar mentalmente novos conhecimentos, habilidades ouatitudes num futuro imaginário em que serão necessários. Éessencial para transferir a aprendizagem fora da sala deformação.

Suavizadores (softeners) Amortecer o impacto de uma afirmação ou uma perguntadirecta utilizando um tom de voz suave ou uma introduçãocomo "Estaria disposto a dizer-me X?", em lugar de "Diga-me X".

Submodalidades (submodalities) As qualidades das imagens, os sons e as sensaçõesmentais; p. e., as imagens podem ser grandes ou pequenas,em movimento ou fixas, a cor ou a preto e branco.

Terceira posição (third position) A visão sistémica. Veja-se Meta-posição.

Trance (trance) Estado alterado com um foco de atenção dirigido ao interior.

Tratamento dos exercícios(processing exercises)

Sessão de comentários e perguntas depois de realizar umexercício, para pôr em relevo os distintos pontos daaprendizagem.

Utilização (utilization) A habilidade de aproveitar qualquer comportamento ouincidência para favorecer os objectivos da formação.

Valores (values) Aquilo que é importante para nós. São os que impulsão osnossos actos.

Vincular (linking) Explicitar as conexões entre as diferentes partes daformação conforme se passa de uma à seguinte, a fim deproporcionar continuidade aso alunos.

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l Método de Estudo, Francisco Kapitiya, Paulinas, Lisboa, 1999.

l Materiais diversos do "Centro Mexicano de Programación Neurolingüística" e do"Centro de Psicolterapia Breve y Salud Integral".

José de Jesús Suárez Arellano, Pbro., Lic.

[email protected] ou [email protected]

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ultima revisão deste pagina 12 de Novembro 2001

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