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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA IMPLANTAÇÃO DA METODOLOGIA CCPM EM UMA EMPRESA DE SEGUROS Por: Aline Ferreira da Silva Peres Orientador Prof. Nelson Magalhães Rio de Janeiro 2015 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · Fonte: PMI, 2004, p.40. Fase de Iniciação ... De acordo com a 5ª edição do PMBOK temos 10 áreas de conhecimento com

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

IMPLANTAÇÃO DA METODOLOGIA CCPM

EM UMA EMPRESA DE SEGUROS

Por: Aline Ferreira da Silva Peres

Orientador

Prof. Nelson Magalhães

Rio de Janeiro

2015

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

IMPLANTAÇÃO DA METODOLOGIA CCPM

EM UMA EMPRESA DE SEGUROS

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão de Projetos.

Por: Aline Ferreira da Silva Peres

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, que é

o meu pilar de sustentação. Sem Ele

não teria forças para concluir essa

etapa. Agradeço ao meu marido

Gustavo Peres que sempre me

incentivou e aos amigos e parentes

que entenderam minha falta em muitos

momentos.

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho ao meu pai Adilton

Pereira, que mesmo não estando mais

presente, me ajudou nesse momento.

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RESUMO

O objetivo deste trabalho é analisar a implantação da metodologia CCPM em

projetos de desenvolvimento de sistemas em uma empresa de Seguros. Todos

os dias novas necessidades para acompanhar o mercado segurador ou para

atender as novas Leis e Circulares de Órgãos Reguladores são encaminhadas

para atualização ou desenvolvimento. A grande dúvida é: Como gerenciar

eficientemente o portfólio garantindo o término dos projetos no prazo?

A maioria das organizações não conhece a sua real capacidade interna para

condução de diversos projetos ao mesmo tempo. A tendência é iniciar diversos

projetos simultaneamente, acreditando que, quanto mais cedo forem iniciados,

mais cedo terminarão. De acordo com a metodologia CCPM, esta prática é

uma das principais causas da multitarefa entre recursos restritos, o que

geralmente leva a projetos que terminam mais tarde do que o esperado,

desagregam times e tendem a gerar mais horas extras. Esta monografia

apresenta a metodologia CCPM como solução para este tipo de conflito. O

estudo visa mostrar como está sendo a implantação dessa metodologia nesta

determinada empresa de seguros.

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METODOLOGIA

As referências bibliográficas serão baseadas em livros, sites, artigos

relacionados ao tema e a experiência vivida pela autora em uma empresa do

ramo de Seguros.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..................................................................................................08

CAPÍTULO 1 - GERENCIAMENTO DE PROJETOS.......................................10

CAPÍTULO 2 - TEORIA DAS RESTRIÇÕES....................................................20

CAPÍTULO 3 - CORRENTE CRÍTICA (CCPM).................................................27

CAPÍTULO 4 - REFORMULAÇÃO DO ESCRITÓRIO DE PROJETOS DE UMA

EMPRESA DE SEGUROS................................................................................32

CONCLUSÃO...................................................................................................36

LISTA DE SIGLAS E VERBETES....................................................................38 BIBLIOGRAFIA.................................................................................................40

WEBGRAFIA....................................................................................................42

ÍNDICE..............................................................................................................44

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INTRODUÇÃO

Mesmo sem pensar ou saber, todas as pessoas gerenciam projetos todos os

dias. Construir uma casa e planejar uma viagem ou festa são exemplos de

atividades cotidianas que podem ser consideradas projetos, pois necessitam

de fases para planejar as atividades, montar estratégias para executar e

controlar essas atividades e finalizar o empreendimento, que terá um objetivo

único e específico.

Neste trabalho será apresentada uma Empresa Especialista em Seguros que

tem seu escritório de projetos focado nos projetos de TI da companhia. Nesta

empresa os sistemas são integrados, para atender as linhas de seguro de vida,

previdência complementar aberta e fechada e capitalização.

Todos os dias novas necessidades para acompanhar o mercado segurador ou

para atender as novas Leis e Circulares de Órgãos Reguladores são

encaminhadas para atualização ou desenvolvimento. O problema é que essas

demandas são tão dinâmicas e constantes que o escritório de projetos não

conseguia gerenciar.

Analisando esse problema, a presidência da Empresa buscou uma consultoria

para auxiliar na reformulação do escritório, sugerindo novas práticas,

metodologias, formas de priorização e ferramentas de controle.

A consultoria contratada apresentou a idéia de trabalhar com a Teoria das

Restrições e Corrente Crítica, métodos desenvolvidos e divulgados pelo Físico

Israelense Eliyahu Goldratt.

No mundo cada vez mais competitivo e globalizado, as empresas estão sendo

obrigadas a otimizar seus processos com a intenção de minimizar seus custos

e aumentar sua produtividade.

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A proposta difundida por Goldratt visualiza a empresa como um todo, como um

sistema interligado, como uma corrente. Neste caso, nenhuma parte do

processo é analisada isoladamente, pois o sucesso do processo depende do

esforço conjunto de todos os seus elementos.

A Teoria das Restrições foi inicialmente usada em manufaturas e indústrias,

mas atualmente está sendo aplicada com sucesso em gerenciamento de

projetos, logística e distribuição, cadeia de suprimentos, marketing e vendas,

contabilidade, prestação de serviços, tecnologia da informação e engenharia

de software.

Este trabalho foi dividido em quatro capítulos e visa mostrar o que é

gerenciamento de projetos, o que são e como podem ser usadas a teoria das

restrições e a metodologia CCPM e como está sendo a reformulação do

escritório de projetos dessa empresa de seguros.

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CAPÍTULO 1

GERENCIAMENTO DE PROJETOS

“Projeto é um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma sequência clara e lógica de eventos, com inicio, meio e fim, que se destina a atingir um objetivo claro e definido, sendo conduzido por pessoas dentro de parâmetros predefinidos de tempo, custo, recursos envolvidos e qualidade” (Vargas, 2007, p.8).

Segundo o PMI, projeto é um conjunto de atividades temporárias, realizadas

em grupo, destinadas a produzir um produto, serviço ou resultado único. Um

projeto tem início e fim definidos, por isso é denominado temporário. Projeto

não se trata de atividades do dia-a-dia, projeto tem atividades definidas para

alcançar um alvo, envolvendo várias pessoas, de áreas distintas, por isso é

considerado único.

Projeto pode ser qualquer empreendimento, como por exemplo, obras de

construção civil, ações conjuntas para ajudar pessoas que moram em locais

atingidos por desastres naturais, ações de marketing para expansão de vendas

de uma determinada empresa para outras regiões, criação/adaptação de

programas de computador ou criação\adaptação de software de implantação e

venda de produtos de seguros, previdência e capitalização, como acontece na

empresa de seguros estudada nesta monografia.

Grandes projetos como as pirâmides do Egito, a muralha da China ou muro de

Berlim, são exemplos que o gerenciamento de projetos já existe há muitos

anos. Entre os séculos XVIII e XIX, a Revolução Industrial alterou

profundamente a estrutura econômica do mundo. Os projetos se tornavam

cada vez mais complexos, necessitando de um acompanhamento mais eficaz,

surgindo então os princípios da gerência de projetos.

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Os projetos devem ser organizados, documentados, acompanhados, para que

o objetivo final seja alcançado dentro do prazo e orçamentos previstos. O

gerenciamento de projetos visa unificar os objetivos do negócio com os

objetivos dos projetos, para tornar a empresa mais competitiva no seu ramo

mercadológico.

Frederick Taylor tem papel importante na história do gerenciamento de

projetos. No início do século XX, ele começou a estudar a possibilidade de

aumentar a produtividade da sua equipe de trabalho, sem aumentar as horas

de dedicação ao trabalho. Assim iniciou seus estudos científicos de forma

detalhada sobre a sequência de trabalho na indústria de aço.

Segundo Carolina Faria (2014), Taylor propunha que os operários fossem

escolhidos com base em suas aptidões para a realização de determinadas

tarefas (divisão do trabalho) e então treinados para que executassem da

melhor forma possível no menor tempo.

Henry Gantt, sócio de Taylor estudou detalhadamente a ordem das operações

no trabalho. Gantt construiu diagramas com barras de tarefas e marcos que

esboçavam a sequência e a duração de todas as tarefas de um processo.

Essa ferramenta chamada Gráfico de Gantt é usada até hoje. Taylor e Gantt

foram alguns dos estudiosos que fizeram a diferença na história do

gerenciamento de projetos.

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Figura 1: Modelo de Gráfico de Gantt – MS Project

Fonte: https://tiemfoco.wordpress.com/tag/ms-project/

Método PERT, criado pela Marinha Americana, consiste em representar

graficamente o encadeamento de uma rede de tarefas, e o Método do

Caminho Crítico que consiste em representar no sequenciamento das tarefas,

aquelas que não podem sofrer atrasos para não comprometer o prazo final do

projeto, se espalharam por todos os tipos de indústrias, também são exemplos

de ferramentas que foram largamente utilizadas no passado e que até hoje

ainda “sobrevivem”.

Figura 2: Representação de um projeto no Método PERT

Fonte: http://www.blogdaqualidade.com.br/metodo-do-caminho-critico/

As técnicas difundidas por Taylor e Gantt, bem como outras técnicas que

surgiram depois, espalharam-se rapidamente para todos os tipos de indústria.

Os negócios começaram a ser vistos como organismos vivos, deste modo,

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para que o negócio pudesse sobreviver e prosperar todas as suas partes

funcionais precisavam trabalhar de forma integrada visando atingir os objetivos

específicos e o cumprimento dos prazos.

1.1 - Gerenciamento de Projetos segundo o PMBOK

De acordo com o PMI, o gerenciamento de projetos, portanto, é a aplicação

de conhecimentos, habilidades e técnicas para a execução de projetos de

forma efetiva e eficaz. O Guia de Melhores Práticas, PMBOK, identifica

processos e áreas de conhecimento recorrentes no gerenciamento de projetos,

conforme descrito neste capítulo.

1.1.1 – Processos

Início

Planejamento

Execução

Monitoramento e Controle

Encerramento

1.1.1.1 - Ciclo de vida de um projeto na Empresa de Seguros

O ciclo de vida de um projeto é o mapeamento e a divisão de todas as fases

necessárias para um projeto, do planejamento ao encerramento. Geralmente

essas fases são iguais para todos os projetos, porém, como por característica,

cada projeto é único, pode e deve ser analisada a aplicabilidade em cada área

de atuação.

Cada fase do projeto é caracterizada pela entrega, ou finalização, de um

determinado trabalho. Toda entrega deve ser tangível e de fácil identificação.

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Figura 3: Modelo de ciclo de vida de um projeto

Fonte: http://larpaulodetarsoprojeto.blogspot.com.br/2009/09/semana-13-de-1312-19122009.html

A Empresa de Seguros estudada nesta monografia criou seu próprio modelo

de ciclo de vida, tendo como base as fases “pré-definidas” pelo PMBOK, de

acordo com a figura abaixo.

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Figura 4: Inter-relacionamento entre as fases em um projeto

Fonte: PMI, 2004, p.40.

Fase de Iniciação

É a fase inicial do projeto para a Empresa de Seguros, esta é a hora de

identificar e avaliar as oportunidades do negócio, obter aprovação da

Presidência, bem como dar início ao projeto.

Fase de Planejamento

É a fase responsável por detalhar e documentar tudo que será realizado pelo

projeto, incluindo escopo, cronograma, análise de custos. No final dessa fase,

o projeto está suficientemente detalhado para ser executado sem dificuldades

e imprevistos. Nesta fase, os planos auxiliares de comunicação, qualidade,

riscos, aquisições e regras para mudanças de escopo, também são

desenvolvidos.

Fase de Execução / Monitoramento e Controle

É a fase que executa tudo que foi planejado anteriormente. Nesta fase,

qualquer erro cometido no planejamento fica exposto. Quase todo orçamento e

esforço são consumidos neste momento, principalmente nesta Empresa de

Seguros que trabalha com terceirização de praticamente todos os sistemas

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utilizados. Os diferentes fabricantes prestam serviços de

criação/adaptação/manutenção dos sistemas contratados.

Nesta etapa também acontece o monitoramento e controle de tudo aquilo que

está sendo realizado no projeto. Os Gerentes de Projetos precisam ser

altamente dinâmicos, propor ações corretivas e preventivas no menor espaço

de tempo possível após a detecção de anormalidades. O objetivo do controle é

comparar o status atual do projeto com o status previsto de planejamento,

tomando ações corretivas em caso de desvio.

Fase de Encerramento

Nesta fase tudo que ocorreu durante o projeto é avaliado. Uma reunião de

lições aprendidas é realizada. Todas as vitórias e falhas são compartilhadas

para que nos próximos projetos a execução seja ainda melhor. Nesta fase

também é realizado o encerramento do projeto, retirando o mesmo da Carteira

de Projetos ativos da Companhia.

1.1.2 – Áreas de Conhecimento

De acordo com a 5ª edição do PMBOK temos 10 áreas de conhecimento com

o intuito de facilitar a prática do gerenciamento de projetos.

Gerenciamento de Escopo

Gerenciamento de Risco

Gerenciamento de Tempo

Gerenciamento das Partes Interessadas

Gerenciamento da Integração

Gerenciamento de Qualidade

Gerenciamento de Custos

Gerenciamento de Aquisições

Gerenciamento de Recursos Humanos

Gerenciamento das Comunicações

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como aquilo que não precisa ser modificado/adicionado não esteja

contemplado. O que não faz parte do escopo do projeto é considerado escopo

excludente. Nesta Empresa de Seguros são usados modelos de declaração de

escopo, EAP do Produto e o Dicionário da EAP do Produto.

Gerenciamento do Tempo – Processo que garante que o projeto seja

concluído no tempo correto. Consiste na definição das atividades,

sequenciamento de atividades, estimativas de duração de atividades, indicação

dos recursos. A criação do cronograma é feita no MS Project utilizando o

método Corrente Crítica e importado na ferramenta de controle e

acompanhamento de projetos Concerto Web.

Gerenciamento de Custo – Processo necessário para garantir que o

orçamento previsto e o orçamento realizado estejam em conformidade. O

planejamento de recursos e estimativa de custos de construção interna e

externa são disponibilizados pela área de Tecnologia de Informação da

empresa porque em grande parte das vezes eles são responsáveis pela

manutenção dos contratos de terceirização.

Gerenciamento da Qualidade – Processo necessário para verificar se o

desenvolvimento realizado está contemplando as reais necessidades

solicitadas.

Gerenciamento de Recursos Humanos – Processo para garantir o uso mais

eficiente das pessoas envolvidas no projeto. Neste momento há a formação da

equipe do projeto, a responsabilidade de cada membro da equipe também é

documentada.

Gerenciamento de Comunicações – Processo necessário para que a

informação do projeto seja gerada, coletada, distribuída, armazenada e/ou

descartada da forma correta. Nesta Empresa de Seguros são usados modelos

de plano de comunicação, relatório de desempenho operacional e relatório

gerencial.

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Gerenciamento de Risco – Consiste na identificação, quantificação e

qualificação de riscos e desenvolvimento de planos de ação para abordagem

ao risco.

Gerenciamento de Aquisições – Processos necessários para a aquisição de

bens e serviços de terceiros. Consiste de planejamento de aquisições,

planejamento de solicitações, seleção dos fornecedores, administração de

contratos e fechamento de contratos. Essas aquisições são geridas pela área

de Tecnologia de Informação da empresa porque, em grande parte das vezes,

eles são responsáveis pela manutenção dos contratos de terceirização.

Gerenciamento das Partes Interessadas – A 5ª edição do Guia PMBOK

reforça a importância das partes interessadas em nossos projetos. Nesta

Empresa de Seguros é usado um modelo de lista para identificar os

Stakeholders.

Gerenciamento de Integração – A partir desse processo temos melhor

garantia que os diversos elementos do projeto estão apropriadamente

coordenados. Nesta Empresa de Seguros são usados modelos de plano de

gerenciamento do projeto e o controle integrado de mudanças para unificar

todos os documentos e solicitar aprovação dos responsáveis.

Segundo o Guia PMBOK, o gerenciamento da integração do projeto inclui os

processos e as atividades necessárias para identificar, definir, combinar,

unificar e coordenar os vários processos e atividades dos grupos de processos

de gerenciamento.

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CAPÍTULO II

TEORIA DAS RESTRIÇÕES

Analisando o histórico ruim do portfólio de projetos desta Empresa de Seguros,

seus executivos resolveram buscar no mercado uma consultoria que ajudasse

a melhorar a entrega dos projetos do portfólio.

A consultoria contratada é focada nos métodos Teoria das Restrições e

Corrente Crítica. Os capítulos II e III visam demonstrar o que são esses

métodos e como eles podem ser aplicados.

Teoria das Restrições (no inglês Theory of Constraints ou TOC) é uma filosofia de negócios que se baseia na existência de restrições ou gargalos. Um gargalo nada mais é do que um recurso dentro do sistema de produção cuja capacidade é menor ou igual à demanda alocada para esse recurso. (NATUCCI, Gabriel, 2013, disponível em: http://www.auctus.com.br/a-teoria-da-restricoes-o-que-e/)

A Teoria das Restrições foi proposta pelo físico israelense Eliyahu Moshe

Goldratt no livro “A Meta”. Neste livro, onde expõe o tema na forma de um

romance, Goldratt explica a filosofia que visa controlar os elos mais fracos da

organização.

Figura 6: A Teoria das Restrições: controlar os elos fracos da organização

Fonte: http://www.auctus.com.br/a-teoria-da-restricoes-o-que-e/

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Para definir a Teoria das Restrições, é preciso primeiro definir o que é uma

restrição. Uma restrição é “qualquer elemento ou fator que impeça que um

sistema atinja um nível maior de desempenho em relação a sua meta”

(WATSON et al., 2007, p.391 – Tradução: ALVES, Alessandro P.; SILVA,

Tatiane G.; ALMEIDA, Rodrigo e COGAN, Samuel, 2011).

De acordo com a Teoria das Restrições, toda organização tem pelo menos

uma restrição que limita o desempenho do processo em um dado momento da

história. Deste modo, para melhorar a performance da companhia em relação

aos seus objetivos/metas, a restrição deve ser identificada e administrada.

A Figura 7 demonstra os possíveis benefícios trazidos pela implementação da

Teoria das Restrições em algumas empresas.

Figura 7: Exemplo de empresas usando a filosofia TOC

Fonte: BARCAUI, André B.; QUELHAS, Osvaldo, 2004, p.2.

Em seu artigo sobre “A Teoria das Restrições” para o site Auctus Qualidade e

Gestão, Gabriel Natucci explica em um exemplo prático o que pode ser

considerada uma restrição ou gargalo.

Um gargalo é uma máquina ou processo de fabricação incapaz de atender a demanda que lhe é requisitada; uma máquina parada devido a algum defeito é temporariamente um gargalo, pois é incapaz de produzir qualquer coisa (sua capacidade é nula). (NATUCCI, Gabriel, 2013, disponível em: http://www.auctus.com.br/a-teoria-da-restricoes-o-que-e/)

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Pode acontecer a mesma coisa, por exemplo, com recursos humanos,

logísticos, sistêmicos ou processos e normas.

Devido ao modelo de negócios, o ambiente nesta Empresa de Seguros é

altamente propenso a mudanças. Desta forma, a análise do processo deve ser

acompanhada a todo o momento, pois as restrições podem mudar e novas

formas de gerenciar podem ser necessárias.

A Teoria das Restrições visa melhorar o processo identificando os gargalos

através de três perguntas básicas: O que mudar? Como mudar? Como motivar

a mudança?

Figura 8: TOC: suas três perguntas-chave.

BARCAUI, André B.; QUELHAS, Osvaldo, 2004, p.3.

2.1. O que mudar?

Um dos princípios da Teoria das Restrições é FOCO. Para saber o que mudar

é preciso focar e descobrir a real capacidade da empresa. Para Goldratt

(2002), um gargalo dentro de um sistema nada mais é do que um recurso cuja

capacidade é menor ou igual do que a demanda alocada para o mesmo. Desta

forma, descobrir o que mudar significa descobrir os gargalos.

Geralmente, entre as restrições a serem identificadas estão:

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Equipamento/Maquinário: É preciso escolher os equipamentos certos para

cada processo, bem como descobrir a maneira correta de sua utilização,

para não limitar sua capacidade.

Nesta Empresa de Seguros, uma restrição descoberta foi à falta de

ambientes virtuais para testes e homologações dos projetos. Durante essa

fase, o desenvolvedor de TI ficava ocioso, sem poder produzir, pois os

testes deveriam ser feitos em sua máquina física, por falta de um ambiente

virtual.

A melhor estratégia nesse caso é buscar junto à equipe de infraestrutura

de rede uma máquina virtual com o sistema instalado em quatro ambientes

distintos: desenvolvimento, teste, homologação e produção.

Recursos Humanos: A falta de pessoas capacitadas pode limitar um

processo.

Nesta Empresa de Seguros, Recursos Humanos também é uma restrição.

A demanda de projetos é muito grande para a capacidade de

desenvolvimento da equipe de TI. Como, geralmente, os desenvolvimentos

são realizados em empresas terceirizadas contratadas, os prazos orçados

são muito altos. Além disso, a equipe interna só tem capacidade para

desenvolver e testar um projeto por vez, impossibilitando, muitas vezes, o

atendimento de projetos para regularização legal.

Outro problema com relação a Recursos Humanos é a falta de pessoas

com dedicação exclusiva para homologar os projetos. Geralmente a equipe

operacional tem que dividir o tempo entre atender a equipe de projetos e

realizar as suas atividades do dia-a-dia, que também limita a capacidade

de entrega de projetos.

Políticas/Normas: Políticas e normas utilizadas tanto formal quanto

informalmente podem atrapalhar mais do que ajudar uma empresa a atingir

seus objetivos.

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As empresas de seguros, no geral, são regidas por Órgãos Fiscalizadores

atuantes. Todos os anos, novas Leis ou Normas Circulares são publicadas

para proteger o consumidor, além de evitar fraudes e lavagem de dinheiro.

O aumento da quantidade de projetos devido a essas publicações, que

geralmente, se não cumpridas, geram multas ou até mesmo a paralização

das operações de uma seguradora, impede ou “atrapalha” a empresa a

focar em menos projetos.

2.2. Como mudar?

Após a identificação do que mudar, através da descoberta dos gargalos, é

necessário conseguir estratégias para aumentar a capacidade dos gargalos.

No caso de maquinários/equipamentos, fazer manutenção preventiva para

evitar paradas desnecessárias ou substituir as máquinas antigas por atuais,

geralmente, mais potentes e com menos gastos.

No caso de recursos humanos, contratar novos colaboradores ou envolver os

funcionários em treinamentos e até mesmo estudar a otimização do processo

utilizado pela restrição.

2.2.1. Processo de Melhoria Contínua

Para garantir e efetuar o controle do processo, a Teoria de Restrições de

Goldratt propõem um processo de cinco passos, conforme abaixo.

1. Identificar as restrições (gargalos) do sistema estudado:

Uma forma de identificar um gargalo é por meio da realização de cálculos da

carga que cada máquina suporta versus a carga que é solicitada para

produção, conforme citado por Cogan (2007).

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2. Explorar as restrições encontradas:

Neste passo é preciso identificar a melhor maneira de explorar as restrições.

De acordo com ALVES; SILVA; ALMEIDA e COGAN, 2011, é preciso

conseguir atingir a melhor taxa de rendimento possível, dentro dos limites dos

recursos atuais do sistema. A intenção é fazê-las funcionar a favor da

capacidade de produção.

3. Subordinar o sistema às mudanças elaboradas no passo anterior:

Nesse passo os recursos devem trabalhar no mesmo ritmo. Segundo Csillag e

Corbett Neto (1998) não pode deixar faltar material para a restrição trabalhar,

pois assim ela pararia e o desempenho do sistema seria afetado

negativamente. Tão pouco adiantar as etapas, pois desta forma sobrará

estoque no processo, ou no caso da Empresa de Seguros, deixará outros

recursos críticos ociosos.

4. Elevar a capacidade das restrições:

Nesta etapa devem ser consideradas várias alternativas para investir mais na

restrição: mais turnos, mais um recurso idêntico, enfim melhorar o

desempenho da restrição, de acordo com Csillag e Corbett Neto (1998).

5. Impedir que a inércia gere novas restrições:

Garantir que a falta de ação e mudanças nos processos existentes não criem

novos gargalos. Isso quer dizer, efetuar a monitoração constante do processo.

2.3 - Como motivar a mudança?

Depois de descobrir o que mudar e como mudar e sugerir as melhores

estratégias para redução dos problemas, a empresa encontra a barreira da

resistência às mudanças.

Geralmente os funcionários tem resistência ao desconhecido, por isso mapear

os benefícios e os malefícios ajuda a expor claramente como a mudança será

realizada. Desta forma, os colaboradores não terão os principais medos e

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preocupações decorrentes da mudança e da sensação de falta de

direcionamento.

A matriz de ponderação é um exemplo de ferramenta para mapear os

benefícios e malefícios que pode ser usada.

Figura 9: Matriz de Ponderação: Pesando benefícios e malefícios do estado atual e futuro nos olhos dos

interessados

Fonte: http://www.auctus.com.br/a-teoria-das-restricoes-como-motivar-a-mudanca/

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CAPÍTULO III

CORRENTE CRÍTICA (CCPM)

Baseada na Teoria das Restrições, em meados da década de 90, surge uma

nova metodologia desenvolvida por Eliyahu Goldratt chamada Corrente Crítica

ou CCPM (Critical Chain Project Management). É uma nova abordagem para

Gerenciamento de Projetos, que oferece novos métodos de estimativas de

tempo, com foco nas atividades de monitoração do projeto e de formação da

rede de precedência.

A metodologia Corrente Crítica é uma abordagem gerencial com enfoque na

diagramação de rede. A principal mudança neste método é a nova forma de

ver e criar os cronogramas, buscando sempre resolver os conflitos principais,

de forma a eliminar os gargalos.

Por muitas vezes, a “Corrente Crítica” é confundida com “Caminho Crítico”.

Segundo a 5ª edição do PMBOK, pag. 176, “O caminho crítico é a sequência

de atividades que representa o caminho mais longo de um projeto, que

determina a menor duração possível de um projeto”.

O método da corrente crítica vai além, propondo analisar não somente o prazo

das atividades, mas o nivelamento dos recursos destinados a atuar nas tarefas

do cronograma.

Geralmente, durante a elaboração de um cronograma, os recursos alocados

tem a tendência de superestimar as horas necessárias para execução das

tarefas. Segundo Kendall (2005), muitas pessoas estão envolvidas em mais de

um projeto ou tem responsabilidades operacionais, por isso dão estimativas

altas para resguardar-se. Este é o caso de empresa não projetizadas, como

acontece na Empresa de Seguros estudada neste trabalho.

Mesmo com as estimativas superestimadas, muitos projetos terminam

atrasados com relação ao seu planejamento. Na Teoria das Restrições isso

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acontece devido à chamada Síndrome de Estudante. Para Kendall (2005),

essa síndrome tem esse nome, pois “se refere ao comportamento de

estudantes que têm a notícia sobre uma prova três semanas antes, mas

esperam até a noite anterior para começar a estudar”.

Nas organizações essa síndrome do estudante é frequente. Para SIQUEIRA e

COLLAO (2002), em projetos, mesmo embutindo segurança nos prazos

acordados, os responsáveis por uma atividade, tendo tempo disponível se

preocupam em distribuir as atividades em todo o tempo deixando a maior parte

para o fim.

Outro caso de possíveis atrasos nos projetos é a Lei de Parkinson. Está lei

consiste em preencher o tempo disponível com a tarefa, mesmo com a

atividade quase completa.

Uma tarefa, mesmo que terminada antes do tempo, tende a

perder o tempo disponível ou até mesmo atrasar, pois o

recurso que está alocado nesta atividade gasta todo o tempo

que resta para “terminar de completá-la”. (OLIVEIRA, Érico da

Silva; CANÇADO, Rodrigo Queiroz Lopes, 2009, p. 2)

A multitarefa também é um fator determinante para atrasos. Fazer várias

atividades ao mesmo tempo tende a reduzir a produtividade do recurso.

Em seu artigo para o site o gerente.com, Luiz de Paiva explica os problemas

da multitarefa:

Sempre que você muda sua atenção de uma atividade para outra, sua mente demora alguns instantes para se adaptar à nova tarefa. Isso varia de uma pessoa para outra, mas somente computadores conseguem fazer a migração entre tarefas em centésimos de segundos. Em outras palavras, quanto mais você pula de uma tarefa para outra, mais tempo de adaptação precisará ao longo do dia. (PAIVA, Luiz de, 2007, disponível em

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http://ogerente.com/stakeholder/2007/06/10/gerente-de-projetos-%E2%80%93-o-profissional-multitarefas/)

Para minimizar os atrasos, a metodologia CCPM propõe retirar a segurança

das tarefas individualmente, criando um pulmão de proteção para as atividades

no final do projeto.

Na Empresa de Seguros estudada neste trabalho monográfico, o

replanejamento dos cronogramas dos projetos em andamento, considerando

somente a redução de esforço, reduziu o prazo final dos projetos em

aproximadamente 50%.

A corrente crítica propõe uma nova forma de trabalho, abaixo estão descritos

alguns itens utilizados na implantação desta metodologia na Empresa de

Seguros para ajudar a reduzir, eliminar ou em alguns casos tornar gerenciáveis

os efeitos das restrições sobre a carteira de projetos.

3.1 - Tempo Seco

A nova forma de elaborar cronogramas propõe a estimativa de horas secas,

sem as chamadas “gorduras”. Os novos prazos serão entregues aos recursos,

que deverão realizar a tarefa no menor tempo possível, reportando

periodicamente o prazo que falta para concluir a determinada tarefa.

3.2 - Pulmões

Neste caso, os desvios nas entregas são considerados normais, porém, toda

folga é controlada pelo Gerente de Projeto nos chamados "Pulmões". A

proteção do projeto contra o risco de atraso, por conta de estimativas

arrochadas, é gerenciada através desses pulmões. Nesta Empresa de Seguros

são usados os pulmões de convergência e o pulmão de projeto.

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Figura 10: Simulação de tarefas com e sem segurança

Fonte: http://richardmassari.blogspot.com.br/2012/07/corrente-criticaaplicada-em-projetos-de.html

• Pulmão de projeto (Project Buffer) – Criado para proteger a Corrente

Critica do Projeto. Na Empresa de Seguros é adicionado ao final do

cronograma um valor de 50% do tempo estimado para execução das

atividades do caminho mais longo, considerando a maior restrição.

Na Figura 11, a corrente crítica está representada na cor vermelha e o pulmão

do projeto representado na cor rosa.

• Pulmão de Convergência (Feeding Buffer) – Criado para proteger as

atividades do caminho secundário do cronograma. Teoricamente, essas

atividades não representam perigo de atraso para o projeto, porém, se as

atividades atrasarem a ponto de consumir todo pulmão de convergência, a

corrente crítica do projeto pode ser alterada e essas atividades, antes sem

risco, devem ser gerenciadas mais atentamente, pois passarão a consumir o

pulmão final do projeto.

Na Figura 11, o caminho secundário é representado na cor azul e o pulmão de

convergência está representado na cor verde.

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Figura 11: Simulação de Corrente Crítica no Gráfico de Gantt – MS Project

Fonte: Elaborada pela autora, 2015

3.3 - Recurso Crítico

Geralmente algumas pessoas são críticas para a companhia, pode ser por

escassez de tempo ou por expertise em determinado assunto, desta forma, a

metodologia corrente crítica visa identificar e proteger essas pessoas que são

chamadas de tambores.

O planejamento será focado nessas pessoas e suas atividades otimizadas e

protegidas para evitar atraso dos projetos.

3.4 - Foco em Menos Projetos

A gerência de projetos enfrenta conflitos fundamentais em duas áreas. A primeira relacionada a projetos singulares, onde o gerente de projeto tem que entregar no menor tempo possível, mas dentro da especificação técnica e orçamento esperados, garantindo a satisfação do cliente. A segunda em ambientes onde vários projetos são executados em paralelo, e onde o desejo de começar novos projetos (visando obter benefícios mais rapidamente), tem que ser administrados em função do foco em completar os projetos já existentes. (BARCAUI, André B.; QUELHAS, Osvaldo, 2004, p.6)

Por fim, e talvez o mais importante, o portfólio de projetos deve ser priorizado,

as energias devem ser concentradas para a entrega de qualidade de um

número menor de projetos. A consequência é clara: mais foco, menos gasto,

mais gestão sobre o portfólio de projetos.

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CAPÍTULO 4

REFORMULAÇÃO DO ESCRITÓRIO DE PROJETOS DE

UMA EMPRESA DE SEGUROS

O mercado de seguros no Brasil é caracterizado por uma concentração das companhias seguradoras que competem significativamente por volume e participação de mercado, uma baixa sofisticação dos produtos oferecidos e um alto potencial de crescimento e aumento de penetração de produtos de seguros na economia brasileira. (Brasil Insurance, 2011, disponível em: http://ri.brasilinsurance.com.br/brasilinsurance/web/conteudo_pt.asp?idioma=0&conta=28&tipo=34407)

O diferencial dessa Empresa de Seguros é o aproveitamento de

oportunidades, pois o mercado de seguros é muito dinâmico. As seguradoras

lutam diariamente por uma fatia maior do mercado e para absorver essas

oportunidades é preciso fazer a fila de projetos “andar” rapidamente, focando

nas prioridades com disciplina.

O propósito da nova iniciativa da Empresa de Seguros é acelerar a entrega de

projetos da Companhia, tornando o portfólio de projetos da empresa mais

saudável.

O escritório de projetos desta Empresa de Seguros é o centralizador das

demandas de desenvolvimento / manutenção de sistemas corporativos

enviadas por toda companhia.

O PMO é responsável por receber o documento de abertura de projeto,

chamado de caso de negócio. Neste documento, o solicitante preenche o

motivo da abertura do projeto e seus principais benefícios quantitativos e

qualitativos, além de mencionar o risco do projeto não ser realizado.

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O modo de selecionar as demandas será alterado. Será criado um comitê de

priorização liderado pela presidência dessa Empresa de Seguros. Todos os

projetos da Companhia serão priorizados por esse comitê, que elegerá os mais

significativos, com base no caso de negócio enviado pelo demandante.

Os projetos escolhidos como mais importantes, levando em consideração

alguns requisitos como obrigações legais, parcerias estratégicas e/ou novos

produtos estratégicos, devem ser prioridade para toda a empresa, desta forma,

acontece à manutenção do fluxo das atividades, ou seja, uma vez iniciadas,

não devem ser interrompidas até a sua conclusão.

Além da geração de informações do portfólio de projetos para a alta gestão da

empresa e para a empresa como um todo, com relatórios operacionais e

gerenciais, o escritório de projetos também geri a equipe de gerentes de

projetos, alocando e acompanhando os mesmos da fase de iniciação a fase de

conclusão dos projetos priorizados.

O principal objetivo dessa iniciativa é acelerar a entrega dos projetos,

reduzindo o prazo para conclusão de tarefas, sem alterar a qualidade do que é

entregue e nem os recursos disponíveis, apenas racionalizando o uso desses

recursos.

A aceleração na entrega dos projetos precisa acontecer de forma harmônica,

desta forma, o estresse tende a diminuir à medida que se tem mais foco para

trabalhar nos projetos de real interesse. A comunicação também é

fundamental, pois todos devem estar alinhados em busca de um mesmo

objetivo.

O trabalho para mudança de cultura será grande, pois será fundamental que

todos os funcionários trabalhem de forma contínua para a entrega desses

projetos.

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4.1. Implantação da ferramenta Concerto

Para auxiliar o acompanhamento do portfólio será instalada uma nova

ferramenta de gestão de projetos, o software Concerto, que precisa ser

operado em conjunto com o MS Project.

Antes da implantação do Concerto, a carteira de projetos desta companhia era

gerida somente através do MS Project, utilizando a funcionalidade de

nivelamento diário de recursos, através do método do caminho crítico.

Segundo López (2008), o software desenvolvido pela Microsoft para o

gerenciamento de projetos, MS Project, é um aplicativo que possibilita

organizar a informação sobre a atribuição de tempos às tarefas, a associação

de custos tanto de mão de obra quanto de materiais, de forma proporcional ao

gerenciamento dos prazos, sem exceder o orçamento, objetivando alcançar as

metas propostas para o projeto. Esse software ajuda no planejamento e

controle dos projetos, além de oferecer funcionalidades para criação de

gráficos e relatórios.

O MS Project não possui funcionalidade nativa para a implantação de corrente

crítica, mas a sua interface pode ser sincronizada com o software Concerto

para geração dos cenários para análise.

Figura 12: Simulação de priorização de carteira

Fonte: http://richardmassari.blogspot.com.br/2012/07/corrente-criticaaplicada-em-projetos-de.html

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O software Concerto é desenvolvido e distribuído pela Realization INC e possui

acesso web independente. Esse software se apresentou adequado a essa

Empresa de Seguros, pois possui funcionalidades para gerir grande número de

projetos em paralelo com alta restrição de recursos.

Nesta Empresa de Seguros, o software Concerto está sendo utilizado para três

funções distintas, conforme descrito no site da distribuidora Realization, no

endereço web http://www.realization.com/products/business-process-

implementation-services , com tradução da autora, 2015.

CONCERTO CRITICAL CHAIN PLANNING CLIENT – Usado para planejar os

cronogramas. Tem integração com MS Project para que os gerentes de

projetos possam identificar a corrente crítica do seu projeto. Essa

funcionalidade cria automaticamente pulmões de convergência e de projeto.

CONCERTO PIPELINE CLIENT – Usado em fase de planejamento, após

construção do cronograma, esse software permite o gerenciamento do

portfólio. Usando a Teoria das Restrições, o administrador do sistema pode

identificar e alterar a prioridade de projetos com base nos recursos críticos,

além de criar cenários para análise da carteira para tomada de decisão da alta

gestão.

CONCERTO WEB CLIENT – Após o planejamento e nivelamento dos projetos

em carteira, o cronograma é exportado para um portal web para

acompanhamento da execução e geração de indicadores de desempenho para

controle.

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CONCLUSÃO

Repensar a forma de trabalho nesta Empresa de Seguros era necessário. A

principal mudança na implementação da Teoria das Restrições e Corrente

Crítica é na forma de agir das pessoas e neste caso, partiu do nível mais alto

da companhia, dos seus executivos.

O acompanhamento da implantação está sendo feito de perto pelos gestores,

desta forma, o projeto ganha credibilidade diante de todos os colaboradores da

empresa. Foi criado, no portal web interno, um local para divulgação das

regras, novidades e indicadores de desempenho, assim todos podem contribuir

para o alcance da meta.

É um princípio da Teoria das Restrições e CCPM focar em menos projetos,

desta forma, de acordo o estudo de capacidade realizado, a empresa poderia

ter até 12 projetos abertos em andamento, sendo 6 em planejamento e 6 em

execução.

O primeiro passo foi buscar a priorização dos projetos em carteira, pelo Comitê

de Priorização formado pela diretoria da empresa, com o intuito de reduzir ao

máximo possível o mecanismo de “inicia-pausa-inicia” nas tarefas dos projetos.

O critério de priorização usado, inicialmente, foram projetos que já estavam em

construção e/ou projetos que possuíam data legal para ser entregue.

Os projetos priorizados tiveram o escopo reavaliado e reaprovado visando à

redução de possíveis solicitações de mudança durante a implantação do novo

método.

Após essa etapa, os cronogramas foram adaptados para a metodologia

corrente crítica. Os esforços foram “enxugados”, os pulmões de convergência e

de projeto foram criados e os projetos foram implantados na plataforma de

acompanhamento de projetos web do software Concerto.

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A nova forma de estimar os esforços (sem “gordura”) para realização das

atividades e a utilização diária da ferramenta web para atualização do status

das tarefas são as principais dificuldades encontradas na implantação da nova

filosofia, até o momento.

Foi verificada, de acordo com as estatísticas parciais dos projetos, que a maior

restrição da empresa é a falta de recursos da área de TI para atender todas as

demandas abertas.

Ficou claro que a nova forma de administrar a carteira de projetos é baseada

em uma nova forma de gerenciar os seus recursos críticos, sem ignorar as

incertezas inerentes aos projetos. Gerenciar os gargalos é tão importante

quanto gerenciar o escopo, o tempo, o custo e a qualidade.

Utilizando essas práticas esta Empresa de Seguros busca a maturidade em

gerenciamento de projetos. De acordo com Kerzner (2002), a maturidade em

gerenciamento de projetos é o desenvolvimento de processos e sistemas

repetitivos, de modo a aumentar a probabilidade de sucesso dos projetos

submetidos a estes processos e sistemas.

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LISTA DE SIGLAS E VERBETES

CCPM - CRITICAL CHAIN PROJECT MANAGEMENT - GERENCIAMENTO

DE PROJETOS DA CADEIA CRÍTICA

CONCERTO – SOFTWARE DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS

DESENVOLVIDO E DISTRIBUÍDO PELA REALIZATION INC

CONCERTO CRITICAL CHAIN PLANNING CLIENT – SOFTWARE PARA

CRIAÇÃO E ANÁLISE DA CORRENTE CRÍTICA DOS PROJETOS

CONCERTO PIPELINE CLIENT – SOFTWARE PARA GERENCIAMENTO DO

PORTFÓLIO DE PROJETOS

CONCERTO WEB CLIENT – SOFTWARE PARA ACOMPANHAMENTO DA

EXECUÇÃO E CONTROLE DOS PROJETOS VIA WEB

MÉTODO PERT - PROGRAM EVALUATION AND REVIEW TECHNIQUE -

AVALIAÇÃO DE PROGRAMAS E REVISÃO TÉCNICA

PMBOK - PROJECT MANAGEMENT BODY OF KNOWLEDGE – MANUAL DE

MLEHORES PRÁTICAS DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS PUBLICADO

PELO PMI

PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE – INSTITUTO DE GESTÃO DE

PROJETOS - INSTITUIÇÃO INTERNACIONAL SEM FINS LUCRATIVOS QUE

ASSOCIA PROFISSIONAIS DE GESTÃO DE PROJETOS

PMO - PROJECT MANAGEMENT OFFICE – ESCRITÓRIO DE PROJETOS

SOFTWARE - UM PROGRAMA DE COMPUTADOR INTERPRETADO E

EXECUTADO POR UM PROCESSADOR OU POR UMA MÁQUINA VIRTUAL

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TOC - THEORY OF CONSTRAINTS – TEORIA DAS RESTRIÇÕES

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BIBLIOGRAFIA

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OLIVEIRA, Erico da Silva; CANÇADO, Rodrigo Queiroz Lopes. Artigo

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PMI – Project Management Institute. Um Guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK), 4ª Edição, 2008.

PMI – Project Management Institute. Um Guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK), 5ª Edição, 2013.

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http://www.sagres.org.br/artigos/historiagerenciamento.pdf

http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/395

http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/681

http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialgerswap1/pagina_3.asp

https://tiemfoco.wordpress.com/tag/ms-project/

www.realization.com

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO..........................................................................................02

AGRADECIMENTO..........................................................................................03

DEDICATÓRIA.................................................................................................04

RESUMO..........................................................................................................05

METODOLOGIA...............................................................................................06

SUMÁRIO.........................................................................................................07

INTRODUÇÃO..................................................................................................08

CAPÍTULO 1 - GERENCIAMENTO DE PROJETOS........................................10

1.1 - Gerenciamento de Projetos segundo o PMBOK.....................13

1.1.1 - Processos.............................................................................13

1.1.1.1 - Ciclo de vida de um projeto na Empresa

de Seguro........................................................................................13

1.1.2 - Áreas de Conhecimento.......................................................16

CAPÍTULO 2 - TEORIA DAS RESTRIÇÕES....................................................20

2.1 - O que mudar?...........................................................................22

2.2 - Como mudar?...........................................................................24

2.2.1 - Processo de Melhoria Contínua............................................24

2.3 - Como motivar a mudança?......................................................25

CAPÍTULO 3 - CORRENTE CRÍTICA (CCPM).................................................27

3.1 - Tempo Seco.............................................................................29

3.2 - Pulmões...................................................................................29

3.3 - Recurso Crítico.........................................................................31

3.4 - Foco em menos projetos..........................................................31

CAPÍTULO 4 - REFORMULAÇÃO DO ESCRITÓRIO DE PROJETOS DE UMA

EMPRESA DE SEGUROS................................................................................32

4.1 - Implantação da ferramenta Concerto......................................34

CONCLUSÃO...................................................................................................36

LISTA DE SIGLAS E VERBETES....................................................................38

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BIBLIOGRAFIA.................................................................................................40

WEBGRAFIA....................................................................................................42

ÍNDICE..............................................................................................................44